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desenho infantil, arte
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7/17/2019 A Influência Do Desenho Infantil Nas Artes Visuais
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FESBFACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS DE BRAGANÇA
PAULISTA
FERNANDA CARDOSO DA COSTA
A INFLUÊNCIA DO DESENHO INFANTIL NAS ARTES VISUAIS
EDUCAÇÃO ARTÍSTICA
BRAGANÇA PAULISTA – SP
2008
1
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FESB
FACULDADE DE CIÊNCIAS E LETRAS DE BRAGANÇAPAULISTA
FERNANDA CARDOSO DA COSTA RA 2006460
A INFLUÊNCIA DO DESENHO INFANTIL NAS ARTES VISUAIS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentadaa Faculdade de Ciências e Letras deBragança Paulista, como requisito parcial deobtenção do Grau em Licenciatura deducação !rt"stica
#rientação$ Pro%& specialista dson !ntonioGonçal'es
EDUCAÇÃO ARTÍSTICA
BRAGANÇA PAULISTA – SP
2008
(
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A INFLUÊNCIA DO DESENHO INFANTIL NAS ARTES VISUAIS
# desenho in%antil de'e ser estimulado, não com a intenção de ensinar t)cnicas
para as crianças, mas pelo %ato de ser um importante processo de aprendi*agem+ a
oportunidade dela se e-pressar, de e-por de %orma concreta seus pensamentos e
sentimentos+ . medida que a criança desenha, ela aprende, pois assim ela organi*a e
concreti*a seus pensamentos+ !o mesmo tempo em que lhe d/ autocon%iança por estar
construindo e se e-pressando li'remente+
!s crianças têm id)ias pr0prias, interpretaçes, representaçes ou teorias sobre a produção de arte e o %a*er art"stico, tais construçes são edi%icadas a partir de
e-periências que tem ao longo de sua 'ida, tudo isso en'ol'e relaçes, mediada ou não
por educadores e agentes educati'os, 'i'enciando o contato com a produção de arte,
com o mundo %"sico e com seu pr0prio %a*er 2L#34FL5 e B67TT!74, 189:;+
4o decorrer da simboli*ação, a criança incorpora progressi'amente regularidades
ou c0digos de representação de suas imagens+ <# desenho pode em certo sentido ser
considerado como um processo que permite representar ob=etos, tanto pelo
conhecimento que temos dele ou pela maneira como o conhecemos, como pela
aparência que o%erecem aos nossos olhos> 2L?@?T, 1898, p+ 8;+
! nature*a da criança ) 'i'enciar o mundo de modo lAdico, %a*er o que lhe d/
pra*er e satis%ação+ Por isso gosta tanto de brincar e desenhar+ !o brincar e desenhar
com espontaneidade a criança se integra a percepção, imaginação, re%le-ão en'ol'endo
se sensi'elmente e passa a 'i'er intensamente esses momentos, obser'ando tudo a sua
'olta, criando e recriando a realidade+
!ssim, bem antes que uma criança pequena possa organi*ar e elaborar seus
desenhos, ) necess/rio encora=/la a descobrir os ob=etos, suas cores e suas %ormas+ !s
descobertas %eitas pelas crianças pequenas são mais signi%icati'as e mais importantes do
que o resultado est)tico obtido+
< preciso educar o seu olhar, a sua audição, seu tato, paladar e ol%ato para
perceberem de modo acurado a realidade em 'olta e aquelas outras não acess"'eis em
seu cotidiano+ # que se consegue de inAmeras maneiras, incluindo a" o contato com as
obras de arte> 25?!6T 6+, (DDE, p+ (8;+
E
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nesse momento que habitualmente acontece sua primeira e-perimentação de
ob=etos, como o gi* de cera, os pinc)is, as tintas, etc+ 5ando possibilidades as crianças
de e-plorar di%erentes materiais e, assim, se apro-imar de uma importante e-pressão
art"stica+
muito importante a atenção do adulto nessa %ase de descoberta da criança, ) ele
que acompanha seus primeiros passos, os primeiros gestos e as primeiras sensaçes+
empre respeitando o espaço, o tempo de cada criança+ Permitindo que ela mesma crie e
recrie suas pr0prias maneiras peculiares de representação, possibilitando que ela crie seu
repert0rio+
4a arte a e-perimentação de materiais e suportes, ) %undamental e esse esp"rito
de'e ser estimulado+ Tratase de 'alori*ar o conhecimento que a criança =/ tr/s com ela
de casa, do seu diaadia+ stimular o ato de desenhar como algo essencial no processo
de desen'ol'imento da linguagem+ # desenho como e-pressão que quer di*er algo, a
re%le-ão sobre esse desenho e sua inserção na produção de arte atual, assim como, sua
conte-tuali*ação como produção de sua )poca+
4as crianças o criar ) a e-pressão de todo o sentimento que estão 'i'endo naquele
momento+ Pois o lAdico est/ sempre presente na 'erdadeira criação+ oportuno
obser'ar que, por interm)dio de sua ação lAdica, a criança poderia 'i'er de modo
condi*ente sua %ai-a et/ria e, assim, estaria embasando a sua %ormação signi%icati'a
como ser e não apenas mero indi'"duo requerido pelos padres de pro%undidade social
2!4, 188H;+
! criança desenha, possuindo caracter"sticas b/sicas que correspondem ao seudesen'ol'imento geral+ Brinca e desenha com naturalidade+ Possui %)rtilcapacidade de imaginação, pois tem o dom de %antasiar e de unir o que conhece,de modo a ultrapassar os limites do poss"'el e do imposs"'el, conquistando,assim, uma criati'idade aguçada+ 2!4, 188H, p IE I:;+
4este sentido, a criança e o artista estão pr0-imos quanto originalidade no
momento de criação+
! escolha do tema <! 7n%luência do 5esenho 7n%antil nas !rtes Pl/sticas>,
en%ocando a in%luência do desenho in%antil nas obras de grandes artistas do s)culo JJ e
a e-pressi'idade do desenho da criança de 1 a 1( anos de idade, para desen'ol'er a
monogra%ia de conclusão de curso, de'ese ao %ato da arte ser rele'ante nos conteAdos
do curr"culo escolar da criança+
:
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ssa pesquisa poder/ contribuir com pro%essores da ducação 7n%antil e nsino
Fundamental e tamb)m com pro%issionais na /rea de !rte, analisando a importKncia e a
necessidade de dei-ar a criança li're para se e-pressar atra')s do desenho e
possibilitando a criança a ter oportunidade de e-perimentar '/rios materiais art"sticos+
! partir das consideraçes e-postas, essa pesquisa busca responder as seguintes
questes$ Como a criança interage com seus desenhos e materiais e-pressi'os @uais as
moti'açes que despertaram em artistas como Paul Mlee, oan Niro e Pablo Picasso, o
interesse pelo desenho in%antil
# ob=eti'o geral desta pesquisa ) identi%icar e analisar a importKncia do desenho
in%antil na concepção de obras de artes e a e-pressão lAdica, como o principal %ator de
relação de id)ias entre a criança e o artista+
#s ob=eti'os espec"%icos são$
!nalisar o desenho da criança e suas caracter"sticas mais e-pressi'as, apontando a
importKncia do lAdico na ação in%antil+
7ndicar os %atores que se assemelham e os que di%erem entre as criaçes pl/sticas
da criança e do artista+
5escre'er a in%luência do desenho da criança nas obras de artes de Paul Mlee, oan
Niro e Pablo Picasso+
ste estudo %oi elaborado atra')s de pesquisa bibliogr/%ica que de acordo com
Oergara 21889, p+:I; <) o estudo sistemati*ado desen'ol'ido com base em material
publicado em li'ros, re'istas, =ornais, redes eletrnicas, isto ), material acess"'el ao
pAblico em geral>+
! monogra%ia est/ estruturada em três cap"tulos sendo que, o Cap"tulo 7 analisa o
desen'ol'imento do desenho da criança de 1 a 1( anos+ # Cap"tulo 77 en%oca a
e-pressão lAdica, como principal %ator de relação de id)ias entre a criança e o artista+ 4o
Cap"tulo 777 ser/ apresentada a in%luência do desenho da criança nas obras de Paul Mlee,oan Niro e Pablo Picasso+ ncerrando, apresentamse as consideraçes %inais+
H
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CAPITULO I
ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO DO DESENHO DA CRIANÇA
DE A 2 ANOS
! ati'idade de desenhar, al)m de aumentar a criati'idade e a coordenação
motora da criança, tamb)m a=uda em sua al%abeti*ação, pois ela aprende que pode
comunicar, contar alguma coisa para outra pessoa por meio do desenho e não s0
%alando+
<# desen'ol'imento criador tem in"cio logo que a criança traça os primeiros
riscosQ e o %a* in'entando suas pr0prias %ormas e pondo nelas algo de si mesma, domodo que lhe ) peculiar> 2L#34FL5 e B67TT!74, 189:, p+:8;+
<. medida que as crianças mudam sua arte tamb)m se trans%orma+ !s crianças
desenham de %ormas pre'is"'eis, passando por sucessi'as %ases, ra*oa'elmente
de%inidas, que começam com as primeiras garatu=as, numa %olha de papel, e que 'ão
progredindo atra')s da adolescência> 2L#34FL5 e B67TT!74, 189:, p+H:HH;+
@uando a criança começa a desenhar alguma coisa, um carro, por e-emplo, a
partir da" ela 'ai obser'ar com mais atenção os carros em seu dia a dia+ # ato dedesenhalo, e o resultado %inal do seu desenho, lhe despertam a atenção sobre o tema
carro+
# desenho in%antil não mant)m as mesmas caracter"sticas do princ"pio ao %im+
Portanto se %a* necess/rio destacar o car/ter distinti'o das suas %ases sucessi'as
26ealismo %ortuito e 6ealismo %alhado, 6ealismo intelectual e 6ealismo 'isual;1+ e o
desenho ) do princ"pio ao %im essencialmente realista, cada uma dessas %ases ser/
caracteri*ada por uma esp)cie de determinada de realismo 2L?@?T, 18I8;+
# desenho, uma 'e* e-ecutado ou em plena e-ecução, recebe do seu autor umainterpretação, a intenção era apenas o prolongamento de uma id)ia que a criança tinha noesp"rito no momento de começar o traçadoQ do mesmo modo a interpretação de'ese a umaid)ia que tem no esp"rito enquanto e-ecuta o traçado, ao qual d/ o nome 2L?@?T, 18I8,
p+E9;+
1R!"#$%&' (')*+$*'$ ! criança que começou por traçar signos sem dese=o de representação descobre por acaso uma analogia com um ob=eto e passa a nomear seu desenho+ R!"#$%&' ("#,"-'$ Tendo descoberto aidentidade %ormaob=eto, a criança procura reprodu*ir esta %orma. R!"#$%&' $/*!#!*+"#$ Caracteri*ase
pelo %ato que a criança desenha do ob=eto não aquilo que 'ê, mas aquilo que sabe+ 4esta %ase ela mistura
di'ersos pontos de 'ista 2 perspecti'as ;+ R!"#$%&' 1$%+"# marcado pela descoberta da perspecti'a e asubmissa s suas leis, da" um empobrecimento, um en-ugamento progressi'o do gra%ismo que tende a se
=untar as produçes adultas 2L?CRT, 18I8;+
I
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5esse modo, 'eri%icase que por ser o desenho in%antil um meio de compreensão
da realidade, ) um 'alioso instrumento da arte educação, pois mostra um produto
resultante da imaginação e ati'idade criadora da criança+
<5e %ato ) normal que uma criança cu=a inteligência se desen'ol'e chegue a
interrogarse sobre a maneira como os ob=etos se apresentam aos seus olhos e a terem
conta, desde que desenhe as obser'açes que pode %a*er> 2L?@?T, 18I8, p+1D;+
5esenhar constitui, para a criança, uma ati'idade integradora, que coloca em =ogo
as interrelaçes do 'er, do pensar, do %a*er e d/ unidade aos dom"nios percepti'o,
cogniti'o, a%eti'o e motor+ S! criança desenha, entre outras tantas coisas, para se
di'ertir+ ?m =ogo que não e-ige companheiros, onde a criança ) dona de suas pr0prias
regras+ 4esse =ogo solit/rio, ela 'ai aprender a estar s0, Saprender a s0 serS 2565M,18U8, p+ HD;+
!l)m de caracter"sticas pessoais da criança, que podem de%inir sua pre%erência
pelo desenho ou por outra ati'idade e-pressi'a, o gosto pelo desenhar tamb)m depende
das oportunidades o%erecidas pelo meio+ 4o caso do ambiente escolar, a in%luência )
ainda maior, =/ que o desenho se insere no conte-to do saber institucionali*ado, cu=a
SautoridadeS tende a repercutir sensi'elmente na relação da criança com a linguagem+
1+1 O -!%!/,' -" )$"/3" -! " 4 "/'%
! partir de 1 ano de idade a criança começa a desenhar, para preponderantemente
se di'ertir em um =ogo de construçes cogniti'as de um mundo pr0prio+ ! criança
desenha, para brincar e brincando sempre reali*a uma criação, indicando mAltiplos
caminhos que e-pressam suas 'i'ências, suas emoçes, seu car/ter criati'o 2Figura V 1;+
o desenho uma e-pressão rica de intençes, um processo pessoal que não permiteigualar uma criança outra+
Figura 1 V 6abiscosFonte$ Luciana Cardoso de Lima 21 ano e U meses;+
9
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# desenho como representação não ), portanto, um dado inicial do processoQ )
uma conquista posterior, que possibilita ati'idade gr/%ica ser guiada por uma intenção
pre'iamente estabelecida e criança identi%icar, em seus desenhos, %iguras do mundo
real+
# desen'ol'imento da criança não se d/ de %orma linear, numa cur'a s0
ascendente+ ão comuns os retornos s %ormas de ati'idade mais primiti'as, assim como
o recurso deliberado do su=eito a elas+ Percebemos que, não ) moti'o de preocupação o
caso de crianças que, mesmo =/ sendo capa*es de representar nitidamente o real, 'e* por
outra rabiscamQ ao contr/rio, no ato de rabiscar podem descobrir no'os recursos que
enriqueçam sua representação gr/%ica+
! criança se e-prime espontaneamente muito cedo, seu primeiro registro
permanente assume, com %reqWência, os rabiscos, por 'olta dos de*oito meses de idade+
sse primeiro rabisco ) um importante passo no seu desen'ol'imento, pois ) o in"cio da
e-pressão que a condu*ir/ não s0 ao desenho e a pintura, mas tamb)m pala'ra
escrita 2L#34FL5 e B67TT!74, 189:;+
! criança desenha o que ) capa* de interpretar do mundo ao seu redor+ e ela não
desenha algum membro humano ) porque, naquele momento, ele não tem importKncia
para ela+ @uando ela se d/ conta de todos os elementos do corpo, passa a represent/los
gra%icamente+ Tratase da passagem de um est/gio de construção do conhecimento para
outro+ # desenho e-pressa a e'olução dessa maturidade+
Para LoXen%el% 2189:, p+IH; <na realidade, não e-iste nenhuma indicação ou
limite no que se re%ere idade em que a criança possa ou de'a começar a desenhar ou a
pintar>+ !t) os : anos, as crianças ainda não desenham %iguras, mas h/ uma e'olução
nas garatu=as+ # traçado começa linear, passa a ser circular e, aos poucos, a criança sai
de pontos espec"%icos e consegue usar todo o papel+ ! escolha de cores não ) tão
importante nessa idade, quando os arabescos tendem a ser monocrom/ticos+@uando a criança consegue e'oluir das linhas retas para as bolinhas ) sinal de que
est/ concluindo o maternal+ < a" =/ se re%ere a si como YeuZ+ Coincidentemente, o
%echamento do c"rculo no papel simboli*a o %echamento do ciclo b/sico do
desen'ol'imento, importante tanto para sua estruturação como indi'"duo quanto para
%ormar a competência para a escrita> 2L#34FL5 B67TT!74, 189:;+
!lmeida 2188D; tamb)m analisa o desenho in%antil, especi%icamente a imagem
gr/%ica de espaço e de tempo no desenho da criança, desde sua gênese at) oaparecimento espontKneo da perspecti'a, tentando demonstrar como o desenho da
U
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criança se trans%orma de um simples =ogo de mo'imentação em imitação, imagem e
esquemas con'encionais de representação+ 5e acordo com esta autora, at) os dois anos
de idade a percepção do espaço est/ ligada aos sentidos e ati'idade motora+
Podese, então, entender a gênese do desenho dentro de um conte-to de
desen'ol'imento corporal da criança, onde <o desenho ), no in"cio, ati'idade puramente
cinest)sica, =ogo de e-erc"cio, prolongamento do gesto> 2!LN75!, 188D, p+:D;+
ans 2188H, p+(9; a%irma que, <a criança começa a desenhar, quase sempre, aos (
anos+ 7nicialmente se interessa mais pelo e%eito que o material produ*, do que
propriamente pelo desenho que %a*>+ Por 'olta dos E anos, a criança possui controle
muscular para desenhar com mais %irme*a+ Gosta de imitar a escrita e rabisca sobre
inAmeras marcas repetiti'as 2Figura (;+
Figura ( V Narcas repetiti'as+
Fonte$ Niguel ( anos e ( meses
Para LoXen%eld 21899;, <as crianças apenas incluem em seus desenhos as coisas
que elas conhecem e que são importantes para elas+ no desenho que elas 'ão e-pressar
suas pre%erências e tamb)m aquilo que as desagrada e as suas reaçes emocionais ao
mundo em que 'i'em>+ !ssim, a criança combina dois %atores nesse momento$ o seu
conhecimento das coisas e a sua relação indi'idual com elas+
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# autor a%irma que ) por interm)dio das pinturas de uma criança que podemos
obter uma pro%unda compreensão das relaçes que estabeleceu com aquilo que
representou gra%icamente+ Nas essas relaçes não são imut/'eis, muito pelo contr/rio+
LoXen%eld 21889, p+U8; di* < medida que a criança cresce, as suas relaçes com
o mundo e com o que a cerca mudam, pois ela 'ai conhecer mais pro%undamente as
coisas e, então, o seu interesse emocional tamb)m mudar/>+ !ssim, ) importante
a%irmar, que nesta 'isão, quanto maior %or a 'ariedade de suas pinturas, mais %le-"'el a
criança ser/ em suas relaçes com o mundo, pois colocando em desenho o que sente e o
que pensa sobre determinado tema ou assunto, ela consegue se e-pressar e,
conseqWentemente, lidar melhor com estes+
5os rabiscos surge o c"rculo, que começa a aparecer com mais %reqWência em seus
desenhos+ ! criança o %a* de modo imper%eito, por)m, 'isando a impressão de
%echamento, de con%iguração de algo, destacandose do %undo+ 7nicialmente os c"rculos
são %eitos em %orma puraQ aparecem 'a*ios+ Nas logo a criança começa a preenchêlos
com riscos, at) cru*/lo de di'ersas maneiras 2!4, 188H;+
5e modo geral, as crianças dei-am de garatu=ar entre os : e cinco anos de idade,
mas as que o %a*em at) os I anos ainda podem alcançar, rapidamente, o ritmo de
desen'ol'imento normal+
LoXen%el% 2189:, p+1D9; di* que, <a medida que a criança cresce, =/ não se satis%a*
com a simples e %ict"cia relação entre seu pensamento imagin/rio e o que desenha e
pinta+ @uer agora estabelecer uma relação 'erdadeira>+
Oer a %orma organi*ada emergir dos rabiscos das crianças ) assistir a um dos
milagres da nature*a+ ! hist0ria escrita, a construção em ala'anca dos membros
humanos %a'orece o mo'imento cur'il"neo+ # braço gira ao redor da articulação do
ombro e rotação mais sutil ) possibilitada pelo coto'elo, pulso e pelos dedos+ # c"rculo
que com simetria central não particulari*a nenhuma direção ) o padrão 'isual maissimples 2!64R7N, (DDD;+
.2 O -!%!/,' -" )$"/3" -! 4 " "/'%
! criança, de : a H anos, descobre uma relação entre cor e ob=eto, e assim repete as
mesmas cores para os mesmos ob=etos+ 7sto indica que ela começou a encontrar uma
1D
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certa l0gica no mundo e est/ estabelecendo relaçes concretas com as coisas que a
rodeiam+
! %igura humana tornase mais elaborada, com a adição de braço ao lado das
pernas, que representam o abdmen e, s 'e*es, o corpo+ ! concepção que se tem ) que
a criança não est/ copiando um ob=eto 'isual, mas est/ se desenhando+
! criança de : a H anos =/ inicia o delineamento do corpo humano com maior
e%ic/cia+ <Passa a mostrar a %igura humana de modo mais minucioso, com os dedos dos
p)s e das mãos, as orelhas, o umbigo e outros detalhes> 2!4, 188H; 2Figura E;+
Figura E Figura Rumana 2Barbie;
11
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Fonte$ uliana Cardoso de Lima H anos e : meses
Por outro lado LoXen%eld 2189:, p+1D; a%irma que$
ntre os : ou H anos de idade 2Figura :;, a maioria das crianças começa a 'incular seus pensamentos com o mundo e-terior e a desenhar ou pintar pessoas e coisas+ e a criançacomeça %a*êlo aos três anos ou antes, isto não signi%ica que se=a um gênio+ !o contr/rio,
pode identi%icar que ela não dedicou bastante tempo aos borres e aos rabiscos no papel+ ea criança continua com suas garatu=as aos seis anos de idade, isso tampouco signi%ica quese=a retardada+
Figura : V Planetauliana Cardoso de Lima 2H anos e H meses;+
Nas se, aos sete anos, ainda continua com seus borres, ) aconselh/'el consultar o
pro%essor ou psic0logo escolar, pois nessa idade todas as crianças de'em relacionar seus
pensamentos com imagens+
! partir dos seis anos, em geral, a criança descobre a relação entre seu desenho e a
realidade+ 6epresentar o real ) seu intuito, colocando, em seus trabalhos, in%luências da
cultura na qual est/ inserida+ ! sua capacidade de s"ntese, por meio de uma obser'ação
aguçada, adequase per%eitamente com o seu modo de e-pressão pl/stica 2!LN75!,
(DD9;+
1(
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a partir dos : anos que a criança começa a desenhar com mais %reqWência os
ob=etos do seu cotidiano, mas ainda os distribui no papel, sem relação uns com os
outros como se esti'essem soltos 2!4, 188H;+
4a %igura H podese obser'ar que os traços ainda são esquem/ticos, mas a
proporção est/ mais pr0-ima da real, a %olha de papel ) totalmente apro'eitada e os
detalhes começam a ser 'alori*ados+
Figura H Fam"liaFonte$ Bianca #li'eira H anos e 9 meses
Crianças de : anos geralmente =/ têm noção de espaço e desenham dentro do
limite da %olha, mas ainda não estabelecem uma escala de tamanho nem conhecem bem
as cores+ ?ma /r'ore inteira pode ser pintada de 'erde e ser do tamanho de uma %lor,
uma borboleta do mesmo tamanho que um sol 2Figura I;+
1E
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Figura I V # solFonte$ uliana Cardoso de Lima 2: anos e I meses;+
1+E O -!%!/,' -" )$"/3" -! " 0 "/'%
um per"odo em que a criança e-perimenta a sensação de pro'ar a si mesmo
que ) capa* de desenhar uma /r'ore, uma casa ou outras coisasQ surge uma e-igência
maior do que a de mudar continuamente de concepçes+
5 4este n"'el de desen'ol'imento, as crianças não %a*em distinção entre a
realidade e-terna e as suas pr0prias reaçes emocionais+ em se importarem com o que
) poss"'el na realidade> 2L#34FL5, 189:, p+1E1;+
Tamb)m ) nesse per"odo que a criança atra')s de suas pinturas, obser'amos
como os ob=etos se encontram, dispersos sem sentido, ou dispostos de acordo com
alguma realidade emocional da criança+
Como se pode obser'ar na %igura 9, todos os ob=etos, tais como casas, /r'ores,
%iguras e autom0'eis, estão colocados na mesma linha ou perto da margem do papel+
Nuitas pessoas se admiram, por que assim procede a criança, =/ que essa linha não
e-iste na nature*a 2L#34FL5, 189:, p+1EI;+
4essa %ase a criança desenha proporcionadamente em relação aos seussentimentos e desproporcionadamente para os que olham, ob=eti'amente, as suas
pinturas+
Figura 9 V ! criança que desenha tudo numa linha s0+Fonte$ LoXen%eld, 2189:, p+1E9;
1:
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Portanto, <o desenho de coisas ou pessoas sobre uma linha de base ou na beira do
papel pode ser considerado um %ato natural e um ind"cio de saAde no desen'ol'imento
da criança> 2L#345LF, 189:, p+1EU;+
! principal descoberta desta etapa ) a e-istência de uma ordem nas relaçes
espaciais+ ste primeiro conhecimento re'elador, o de que a criança começa a
considerarse parte de seu ambiente, e-pressase por um s"mbolo chamado linha de
base+
# espaço ) ainda bidimensional, sendo que raras 'e*es surgem algumas linhas para
dar noção de pro%undidade+ ! linha de base ) uni'ersal, sendo indicati'a de que a
criança percebeu a relação entre ela e o ambiente+
! criança descobre o plano, acentua mais a relação de pro%undidade entre os
elementos ordenados em cena, dei-ando paulatinamente de utili*arse da linha b/sica+
!o atingir essa no'a etapa, seu sendo cr"tico %ica mais e-igenteQ procura cada 'e* mais
pr uma l0gica em sua criação, perdendo aos poucos a espontaneidade que lhe )
peculiar nos anos anteriores+
.4 O -!%!/,' -" )$"/3" -! 0 " 2 "/'%
ste per"odo constituise numa etapa importante no desen'ol'imento da criança,
s0 se pode compreendêlas colocandose no lugar delas+
! criança descobre o plano, acentua mais a relação de pro%undidade entre os elementosordenados na cena+ !o atingir essa etapa, seu senso critico %ica mais e-igenteQ procura cada'e* mais pr uma l0gica em sua criação, perdendo aos poucos a espontaneidade que lhe era
peculiar nos anos anteriores 2!4, 188H, p+ED;+
!inda nessa %ase, para a criança, brincar e desenhar são ati'idades importantes que
en'ol'em por inteiro e a %a*em 'i'er intensamente esses momentos, criando e recriando
a realidade+
<Brincar e desenhar com espontaneidade %a* parte da nature*a da criança+
necess/rio que o adulto a au-ilie a não perder essa imaginação %)rtil que se mani%esta
principalmente por interm)dio de sua ação lAdica> 2!4, 188H, p+:(;+
!gora que a criança est/ se desen'ol'endo com maior consciência 'isual, não usa
e-ageros, nem %a* omisses ou outros des'ios para e-pressar suas emoçes
2L#34FL5 e B67TT!74, 189:;+
1H
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4a %igura U, podese obser'ar que as crianças estão trabalhando em grupo, que )
uma caracter"stica dessa %ase de sua idade+ Como se pode obser'ar eles estão
interessados na e-ploração submarina+ emelhantes murais %a'orecem a oportunidade
de participação numa ati'idade em grupo+
Figura U Trabalho em mural na paredeFonte$ LoXen%eld e Brittan, 2189:, p+(:9;
importante ressaltar que o trabalho grupal ) um meio de sociali*ação da criançaatra')s do desenho+
sta etapa corresponde ao descobrimento, por parte da criança, de que ela ) um
membro da sociedade, que est/ constitu"da por seus pares+ a idade da ami*ade em
grupo, em grupo de iguais, na qual se obser'a um crescente desen'ol'imento da
independência social em relação ao dom"nio dos adultos+
#s temas escolhidos são di%erentes para meninos e meninas, aumentando a
apro-imação entre cores e ob=etos+ Com essa crescente consciência 'isual, a criança
descobre que o espaço entre as linhas de base adquire signi%icado, e acaba descobrindo
o plano+ Passa, assim, rapidamente, da linha de base Anica ao descobrimento do plano
2L#34FL5 e B67TT!74, 189D;+
7LO! 2188E, p+11; a%irma, que a perspecti'a hist0rico V cultural <possibilita 'er o
desenho como um signo empregado pelo homem e constitu"do a partir das interaçes
sociais>+
!l)m disso, as teses dessa teoria apontam para a necessidade de se e-aminar o
desenho a partir de outros Kngulos, entre os quais, a relação estabelecida com a %ala+
1I
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< importante considerar tanto a %ala auto organi*adora quanto a %ala nas trocas
dial0gicas, que permeiam a ati'idade da criança e que tem sido negligenciada na an/lise
do desenho+> 27LO!, 188E, p+1U;+
Figura 8 V Tirinhas do Laerte+Fonte$ ornal Folha de ão Paulo V 1E[D1[(DD9+
4a %igura 8 obser'ase que se trata de um e-emplo cl/ssico do desenho que a
criança de 1( anos gosta de %a*er, atrelando o desenho e o di/logo, o que mostra que o
desenho tem grande in%luência na %ormação da leitura e da escrita da criança nessa
idade+
4o desen'ol'imento desse cap"tulo obser'ouse que o desenho aparece na 'ida de
uma criança muito antes de seu ingresso na escola e, conseqWentemente, de seu primeiro
contato com o desenho escolar propriamente dito+ poss"'el que, ao entrar na escola, a criança =/ tenha 'isto os desenhos de seu
irmão, sua mãe, seu pai, parentes, amigos, 'i*inhos, etc, e acaba entrando em contato
com li'ros que possuem gra'uras, desenhos in%antis de tele'isão, 'ideogames, re'istas,
=ornais, entre outros recursos que são %ontes dos mais 'ariados tipos de representação
gr/%ica+ Portanto, segundo il'a 2(DD(; grande parte das crianças =/ chega escola com
'i'ências com desenhos das mais 'ariadas %ormas poss"'eis+
! criança, por nature*a, apresenta o 'i'er imaginati'ocriati'o espontaneamente+
la, interati'amente, est/ sempre pesquisando todas as coisas no seu con'i'er+ mais,
19
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sua imaginação ultrapassa os limites da imagem, le'andoa conceber e criar ob=etos que
simboli*am ou lhe possam 'aler alguma representação+ ?ma roda meta%ori*ase a ela
como um carroQ e assim, uma boneca, uma criançaQ um cabo de 'assoura, um ca'alo+
4ada h/ o que não lhe inspire e estimule a criati'idade+ ! criati'idade est/ em todo o
seu 'i'er e agir+
mbora não se=a ob=eti'o desse cap"tulo en%ocar as questes abordadas por
O\gots]\, %a*se necess/rio um pequeno en%oque a respeito do tema abordado+
O\gots]\ 218U9, p+IE; a%irma que <as etapas atra')s das quais as crianças passam
em seus desenhos são mais ou menos comuns para as crianças da mesma idade>+ Tanto
este autor como muitos outros %i*eram uma descrição da e'olução do desenho em
crianças normais+
ão cinco %ases e-istentes na e'olução do desenho, <no caso da criança
e-cepcional, pode ha'er um desen'ol'imento art"stico mais lento, como tamb)m pode
ocorrer um estacionamento em algum est/gio, sem progresso aparente> 267L, 18UI,
p+ 1(;+
!s %ases são$ garatu=a, pr)esquem/tica, esquem/tica, realismo 'isual e naturalista+
! primeira %ase ) a %ase dos rabiscos, quando a criança e-plora li'remente o espaço do
papel, rabiscando não por moti'os est)ticos, mas por pra*er cin)tico+ 4o in"cio seus
rabiscos são descontrolados, muitas 'e*es, sem %ocali*ação 'isual do papelQ num certo
momento, a criança descobre que os riscos são %eitos por ela pr0pria, começando a se
concentrar na ati'idade com interesse reno'ado, passando a controlar seus rabiscos+ !
criança não passa diretamente do rabisco ao desenho do homem cabeça e pernas+ la
desen'ol'e do rabisco descontrolado ao rabisco controlado, do rabisco nomeado ao
rabisco em %ormato, da %orma com um traço at) a =unção das %ormas descobertas+
! criança ainda segundo 6eil\ 218UI;, pode %icar muito tempo nesta %ase dos
rabiscos e, se o pro%essor não conhece a e'olução que acontece nesta %ase, ele não 'aisaber reconhecer o desen'ol'imento que a criança est/ tendo+
! ati'idade de desenhar, al)m de aumentar a criati'idade e a coordenação motora
da criança, tamb)m a=uda em sua al%abeti*ação, pois ela aprende que pode comunicar,
contar alguma coisa para outra pessoa por meio do desenho e não s0 %alando+ 5e'ese
insenti'ar os pais a incenti'ar seus %ilhos para que desenhem, usando l/pis e papel ou
dei-ando que rabisquem no chão com gi*, pedra, car'ão+ podem tamb)m %alar da
importKncia das pessoas elogiarem os desenhos da criança e con'ersarem sobre elescom ela+
1U
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!s crianças =/ estão inseridas em um meio onde o desenho est/ presente o tempo
todo+ e=a atra')s das imagens na tele'isão, dos r0tulos dos produtos, dos carta*es nas
ruas ou at) mesmo das re'istas+ !tra')s do desenho a criança desen'ol'e sua %orma de
e-pressar no mundo e para o mundo atra')s de sua imaginação usando cores, %ormas,
tamanhos e s"mbolos 267L, 18UI;+
5entre as ati'idades educati'as reali*adas pelas crianças em sala de aula,
encontrase o desenho como uma das ati'idades mais constantes, pra*erosas e
signi%icati'as+ !ssim, muitas pesquisas têm sido reali*adas acerca do ato de desenhar,
como linguagem Anica e peculiar, presente na constante interação entre ensinar e
aprender, dentro dos mais di%erentes ei-os epistemol0gicos e distintas abordagens+
Toda'ia, encontrase uma lacuna com relação ao olhar da criança quanto e%eti'a
aprendi*agem mediante produçes gr/%icas de desenhos+
com o desenho, entre outras possibilidades, que a criança in'enta s"mbolos
pr0prios para representar as suas açes sobre o mundo que a rodeia+ ste ) um dos
momentos de a'anço de conceitos, com notaçes pr0prias, cu=os signi%icados de'em ser
amplamente compartilhados+
#s registros au-iliam as crianças a lidar com suas id)ias, organi*andoas e
construindoas mentalmente, pois con%orme Golbert 2(DD(, p+(9;$ <^+++_ os s"mbolos
escritos podem ser'ir de ob=etos de re%le-ão>+
# desenho ) uma das e-presses mais ricas e pro%undas, mais pr0-ima ao mundo
interior de signi%icados sens"'eis, que articula a cultura social, interligandose s
circunstKncias geogr/%icas, temporais e culturais da hist0ria humana, espelho da
sociedadeQ e a cultura indi'idual, espelho de sonhos e olhares Anicos 267L, 18UI;+
n%im, ) %ato que a partir do ingresso da criança na escola, seu desenho passa a
so%rer mudanças qualitati'as, pois se a in%luência do outro, na maioria das 'e*es era
sutil, ela passa, então, a ser %ormali*ada+# desenho ) uma das %ormas de e-pressão 'isual que busca constantemente
comunicar construçes cogniti'as, pois ao desenhar, representamos por meio de
gra%ismos( 2Figura 1D; <id)ias que queremos comunicar ou algo que 'imos, para
( Gra%ismo ) o meio pelo qual a criança mani%esta sua e-pressão e 'isão de mundo, constituindose assimcomo uma linguagem art"stica, na qual a sua elaboração ) constitu"da por %ases, con%orme o n"'el de
desen'ol'imento ps"quico in%antil que ) 'ari/'el a cada criança e en'ol'e tamb)m estados de Knimo e oe-erc"cio de uma ati'idade imagin/ria, que relacionase a um processo dinKmico, em que a criança
procura representar o que conhece e entende 2565M, 188:, P+11;
18
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conhecer melhor a realidade, guardar ou transmitir in%ormaçes ou como uma %orma de
e-pressão art"stica>2C#LL, C+Q TB6#M, ! $ (DD(, p+(E;
Figura 1D V Gra%ismoFonte$ Niguel !*e'edo Costa V 1 ano
N)redieu 21888; entende que a interpretação de um desenho não pode ser isolada
do conte-to em que %oi elaborado, precisa, antes de tudo, ter uma dinKmica no tempo,criandose uma retrospecti'a, ou se=a, uma repetição para entender as trans%ormaçes,
trans%erências e condensaçes+ Nuitas 'e*es ) na scola que estes desenhos tornamse
pobres, pois se impe criança um repert0rio de signos gr/%icos uni%ormes+
comum que a maioria dos alunos desenhem o mesmo %ormato de casa, a mesma
/r'ore e %lor, padroni*ando at) as cores, tornandose paisagem Anica, mesmo com
di%erentes olhares+ Nais que in%luenciada pelas suas leituras, a criança tamb)m se
contagia pelas imagens do mundo moderno que lhe prope um modelado atra')s domeio 'irtual propiciado principalmente pela tele'isão+
# presente cap"tulo abordou o processo de desen'ol'imento do desenho in%antil de
crianças de 1 a 1( anos, ressaltando que o desenho não ) um con=unto de rabiscos, mas a
representação simb0lica que a criança mani%esta de sua 'isão de mundo+
5esde muito cedo, o aluno gosta de se e-pressar atra')s de rabiscos, pinturas,
desenhos elaborados, tanto em papel como em qualquer outro material+ # pro%essor
poder/ se utili*ar da interpretação desta e-pressão para ler o mundo em que o seu aluno
'i'encia, inclusi'e como ele se pro=eta dentro das trans%ormaçes sobre o ambiente+
(D
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Permitirse, primeiramente, conhecer o aluno antes de iniciar a ati'idade %a* com
que ele participe do processo de aprendi*agem com temas e abordagem signi%icati'os,
conseqWentemente, ter o espaço 'i'ido como tema gerador %a* com que o aluno
e-perimente como homem que trans%orma o lugar+
! criança, ao criar plasticamente, necessita que a id)ia inicial se desen'ol'a
continuadamente, perdurando todo o momento da e-ecução de sua mão de obra+
4esse conte-to o cap"tulo a seguir en%oca a e-pressão lAdica, pois esta tem a
capacidade de unir o conhecimento e o sonho+
era analisadas na e-pressão lAdica as crianças de 1 a 1( anos, quanto ao
desen'ol'imento dos componentes est)ticos quanto aos conteAdos e a %orma+
CAPÍTULO II
A EPRESSÃO L7DICA DA CRIANÇA
(1
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# desenho possibilita que a criança retrate aspectos da sua realidade, incluindo sua
percepção sobre a di%erença de %orma espontKnea+ ssa espontaneidade ) a base da
e-pressão lAdica, que permite, atra')s da brincadeira+
5#s principais %atores da similaridade de id)ias apontada entre a criança e o artista
contemporKneo le'am a discutir o componente essencial para a criação art"stica, que ) a
e-pressão lAdica> 2!4, 188H, p+9H;+
!s pala'ras brinquedos, brincadeiras e crianças estão diretamente ligadas uma s
outras+ Todas as sociedades reconhecem o brincar como parte da in%Kncia+ <#s primeiros
registros desse reconhecimento %oram obtidos atra')s de esca'açes arqueol0gicas e
datam de um per"odo em que nossa esp)cie sobre'i'ia da caça e da coleta>
2#L7O76!, 1889, p+I1;+
ssa nobre ati'idade da in%Kncia ) destacada em '/rias concepçes te0ricas por
autores como Piaget, O\gots]\, Leontie' e l]onin onde cada um, sua maneira,
mostra a importKncia da brincadeira para o desen'ol'imento in%antil e aquisição de
conhecimentos+
Piaget 2188U; acredita que ele ) essencial na 'ida da criança+ 5e in"cio temse o
=ogo de e-erc"cio que ) aquele em que a criança repete uma determinada situação por
puro pra*er, por ter apreciado seus e%eitos+
m torno dos (E e HI anos notase a ocorrência dos =ogos simb0licos, que
satis%a*em a necessidade da criança de não somente relembrar o mentalmente o
acontecido, mas de e-ecutar a representação+
m per"odo posterior surgem os =ogos de regras, que são transmitidos
socialmente de criança para criança e por conseqWência 'ão aumentando de importKncia
de acordo com o progresso de seu desen'ol'imento social+ Para Piaget 2188U, p+HI;, <o =ogo constituise em e-pressão e condição para o desen'ol'imento in%antil, =/ que as
crianças quando =ogam assimilam e podem trans%ormar a realidade>+
/ O\gots]\ 2188U;, di%erentemente de Piaget, considera que o desen'ol'imento
ocorre ao longo da 'ida e que as %unçes psicol0gicas superiores são constru"das ao
longo dela+ le não estabelece %ases para e-plicar o desen'ol'imento como Piaget e
para ele o su=eito não ) ati'o nem passi'o$ ) interati'o+
egundo ele, a criança usa as interaçes sociais como %ormas pri'ilegiadas deacesso a in%ormaçes$ aprendem a regra do =ogo, por e-emplo, atra')s dos outros e não
((
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como o resultado de um enga=amento indi'idual na solução de problemas+ 5esta
maneira, aprende a regular seu comportamento pelas reaçes, quer elas pareçam
agrad/'eis ou não+
nquanto O\gots]\ %ala do %a*deconta, Piaget %ala do =ogo simb0lico, e podese
di*er, segundo #li'eira 21889; ,que são correspondentes+
# desenho in%antil ) uma ati'idade lAdica e est)tica+ @uando a criança associa um
rabisco a uma id)ia, ele adquire signi%icado+
<Considerando o desenho dessa %orma, podese ir al)m dos est/gios do desenho
in%antil, e analis/lo como e-pressão de uma linguagem, da qual a criança se apropria ao
tornar 'is"'eis suas impresses, sociali*ando suas e-periências> 2!LN75!, (DDD, p+
(9;+
# lAdico at) 1( anos de idade na 'isão de !lmeida 2(DDD, p+:U;$
!; 5e ( a E anos$possuem necessidades de manipular materiais 'ariados, precisam
desen'ol'er seus mAsculos e sua imaginação, precisam estimular a sua criati'idade,
necessitam con'i'er com outras crianças+ ua obser'ação se=a ati'ada e que o
conhecimento de ob=etos que a cercam se=a despertadoQ Gostam de brincar mais
so*inhos, e seu principal interesse ) descobrir seu pr0prio corpo+
B; 5e 2: a I anos; gostam de ser elogiadas e têm tendência a emoçes e-tremas,
adoram no'idades 2lugares, pessoas e ob=etos;+ Ficam pouco tempo reali*ando uma
ati'idade, e-igem troca constante e r/pida de açes, precisam de regras e limitadas, que
desa%iem sua imaginação, apegam, se a %amiliaresQ !doram mostrar o que sabem %a*er,
nesta %ase estão descobrindo o pra*er de brincar =unto com outras crianças+
C; 5e 9 a 8 anos tem grande precisão de mo'imento, sendo uma etapa totalmente
'i/'el para o incenti'o s ati'idades desporti'as e quelas que demandam es%orço
%"sico, necessitam de moti'ação para o con'"'io social, precisam de moti'ação no
desen'ol'imento do seu intelecto, com açes que possam proporcionar re%le-es edescobertasQ 6equerem re%orço nas ati'idades sobre as di%erencias entre grande e
pequeno, direita e esquerda, claro e escuro ou outros elementos, essas ati'idades de'em
ser re%orçadas nas ati'idades lAdicas++
5; 5e 1D a 1( anos tem grande interesse e necessidade de ati'idades ao ar li're,
=ogos de equipes, necessitam de autonomia e oportunidades de aceitação dentro de um
grupo, precisam de ati'idades especi%icas para meninos ou meninas, de'ido di%erença
de interesse e ao ritmo de amadurecimento, possui grande interesse em =ogos ati'idades
(E
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de grupo, mAsicas do momento e açes de humorQ Precisam trabalhar a sensibilidade e o
ciAme com o uso de t)cnicas e dinKmicas indi'iduais e em grupo+
4esse conte-to, dialogar com a in%Kncia requer apro-imarse da l0gica da
e-pressão in%antil, repleta de especi%icidades+
star aberto ao di/logo, 'isitar uma escolinha de artes e 'i'enciar de perto o %a*er
criador in%antil ) muito importante para 'eri%icar a e-pressão lAdica das crianças+
5entre as e-presses lAdicas 'i'enciadas pelas crianças, temse$ artes pl/sticas,
musicali*ação e teatro+
! obra est)tica in%antil 'eicula uma mensagem pr0pria, do uni'erso de suas representaçesdo mundo, da 'ida+ sta mensagem materiali*ase partir do processo criati'o que a pro=etae inicia com o impulso lAdico que tradu*se atra')s da e-pressão lAdica+ egundo ans, ae-pressão lAdica não pode ser medida, <participa em di%erentes est/gios da ati'idadecriadora, con%orme a ocasião, a necessidade interior> 2!4, 188:, p+9I;+
!ssim sendo, nas obras est)ticas das crianças transparecem a %antasia, a
imaginação, o despertar do esp"rito lAdico+ Tal como pode ser e'idenciado nos trechos
abai-o$
Como e-emplo podese citar as aulas de cerKmica, sob a inspiração in%antil, as
crianças modelam na argila e criam$ pão %rancês, pão de trigo, p/ssaros, o que a
imaginação pode in'entar+ # uni'erso lAdico e-pressase na linguagem de uma das
crianças que ao modelar o pão de quei=o, olha para o lado e brincando, o%erece um pedaço ao colega+
#utro e-emplo ) a o%icinas de artes no ensino %undamental que são uma
alternati'a que o%erece repert0rios de e-periências, di%erentes daqueles que colocam as
crianças na posição de meras espectadoras da cultura de massa, presas %acilmente
manipuladas pelos meios de comunicação+
4as aulas de mAsica, '/rias ati'idades são reali*adas+ 5entre elas, obser'ei
algumas+ 4esta aula, as crianças criam e e-ecutam uma mAsica partir de imagens 'isuais,
desenhadas pelo pro%essor+ !ssim sendo, a imaginação in%antil tece representaçes
mentais dos sons, e'ocandoos em consonKncia com a e-pressão pl/stica+
2XXX+ced+u%sc+br[`*eroseis[relato + !cesso em DE !go+ (DDU;
5epois de cantar e gesticular algumas cançes, dessa 'e*, as crianças %a*em a
interpretação da mAsica atra')s de desenhos, isto ), de imagens 'isuais+ 4esse sentido,
'/rias linguagens uniamse, em articulação signi%icati'a$ linguagens auditi'as, 'isuais,
musicais, cênicas, pl/sticas, entre outras+
(:
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! interação com a criação do som era eminentemente lAdica, as crianças
produ*iam sons compondo di'ertidamente, numa atitude criadora e pra*erosa+ 4as
o%icinas de !rte, ampliase o repert0rio musical das crianças e possibilitase o contato
com obras est)ticas di%erentes daquelas e-postas no mercado dos produtos culturais+ +
2XXX+ced+u%sc+br[`*eroseis[relato:+html+ !cesso em DE !go+ (DDU;
!tualmente, a cultura do consumismo e-pe a mAsica enquanto produto
cultural, escra'i*ado a parKmetros comerciais de 'endagem e empobrece o seu car/ter
est)tico+ !o compreender as limitaçes dessas obras ) que as e-periências com as aulas
de mAsica na scolinha de !rtes, mani%estam sussurros de resistência esta cultura
consumista, abrindo canais para a e-pressão in%antil na composição, e-ecução,
interpretação e apreciação musical+
!a obser'ar as aulas de Teatro, 'i'enciam momentos da hora do conto+ !
pro%essora tem a oportunidade de contar hist0rias e acende nas crianças as turbinas da
e-pressão lAdica+ !s crianças atentas hist0ria, 'ão tecendo representaçes mentais,
imaginando simbolicamente umas realidades ausentes,
%ict"cias 2XXX+ced+u%sc+br[`*eroseis + !cesso em DE !go+ (DDU;+
Para 'eri%icar a e-pressão lAdica nas crianças podese iniciar um processo
criati'o coleti'o, na construção do =ogo dram/tico partir da hist0ria+ ! seleção dos
ob=etos para o cen/rio, a criação das %alas, constituem um laborat0rio de e-perimentos,
de ludicidade+
4esse sentido, tanto o processo de criação quanto o resultado %inal, que culmina
na apresentação do =ogo dram/tico, reportase brincadeira do %a* de conta,
impre'istos, e-pectati'as, tentati'as, em que as crianças assumem pap)is, re%erenciadas
pela hist0ria contada 2M7R7N#T#, 188U, p+91;+
!ssim sendo, por e-emplo, nessa dinKmica interati'a, obser'ase que uma
criança no papel de raposa, que entala sua boca no prato de sopa, %a*endo rir a plat)ia+#bser'ase tamb)m que e-iste uma %ruição lAdica, uma satis%ação de 'er uma obra
compartilhada socialmente, que pode ser percebida, atra')s da alegria, do pra*er,
emblemados nas crianças+
! criança tem enorme interesse em manipular e in'estigar materiais di'ersos$
cai-as 'a*ias, tampinhas, sementes e sucatas, organi*andoas em no'as situaçes, para
atender s suas intençes lAdicas+ 5esenhar para ela tamb)m ) tão natural quanto
brincar+ !ge com impulso espontKneo, numa curiosidade que emana da sua pr0priaação2XXX+ced+u%sc+br[`*eroseis[relato:+html+ !cesso em DE !go+ (DDU;+
(H
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!s suas 'ontades não são a'aliadas antecipadamente+ #s atos de brincar e de
desenhar acontecem no presente imediato+ Pierre Francastel obser'a$ <4a criança, o
desenho e-prime menos o modelo que a ati'idade percepti'a do su=eitoQ o desenho não
) leitura, mas ação> 2apud 5erd\] 18U8, p+ 11(;+
# brincar e o desenhar para a criança mani%estamse impulsionados pela mesma
essência moti'adora, que ) caracteri*ada pela ação lAdica+ !contece um constante
relacionamento mAtuo entre esses dois atos que podem estar tão interligados que em
'/rios momentos estarão simultaneamente numa mesma %unção+ ! ação de brincar pode
acontecer no ato de desenhar, assim como a ação de desenhar pode tamb)m se inserir no
ato de brincar+ 2XXX+ced+u%sc+br[`*eroseis[relato:+html+ !cesso em DE !go+ (DDU;
!o brincar, distribuindo os brinquedos sua 'olta, a criança estar/ ati'ando o
seu senso compositi'o, a=ustandoo sua intenção na brincadeira+ 5e certo modo, esse
senso compositi'o tamb)m se mani%esta quando desenha, 'ariando de acordo com a sua
intenção interpretati'a+
Como discernir o brincar no momento em que a criança desenha la poder/
estar desenhando um superhomem a 'oar sobre as montanhas, mas, num determinado
momento, poder/ estar encarnada na personagem, como se %osse ela mesma e esti'esse
'oando dentro do seu pr0prio desenho+ Poder/ desenhar uma %ormiga que caminha por
dentro da terra e, então, a seu modo, sentirse como tal+
2XXX+ced+u%sc+br[`*eroseis[relato:+html+ !cesso em DE !go+ (DDU;
Portanto, ela pode brincar enquanto desenha, ser e %a*er qualquer coisa que a sua
%)rtil imaginação queira+ 7sso pode acontecer no seu desenho e tamb)m em qualquer
outra ati'idade cotidiana, pois a criança possui uma capacidade ideati'a 'ers/til que a
acompanha durante a in%Kncia+
Para a criança, brincar e desenhar são ati'idades importantes que a en'ol'em por
inteiro e a %a*em 'i'er intensamente esses momentos, criando e recriando a realidade+Tal'e* de'êssemos pensar no brincar como um antecedente necess/rio para a
participação no processo est)tico+ egundo Gardner 2188:, p+19U;, <o impulso de
brincar se torna o impulso da arte>+
R/, por)m, uma di%erença antagnica no sentido da ação do brincar entre o
adulto e a criança+ 7sso ) mais 'is"'el quando %ocali*ado sob aspecto da di'ersão+ #
primeiro 'ê o brinquedo como um di'ertimento que o distrai, que o tira da realidade,
como se %osse uma %uga desta, para poder encontrar pra*er+ Com o segundo, acontece aocontr/rio+ @uando brinca, se coloca diante tamb)m do que lhe ) e-teriorQ procurando
(I
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penetrar no mundo do adulto, e-pressa de modo simb0lico as suas %antasias, dese=os e
e-periências+ 4os desenhos in%antis isso tamb)m ) e'idenciado, podendose notar nas
tem/ticas pre%eridas+ 2XXX+ced+u%sc+br[`*eroseis[relato:+html+ !cesso em DE !go+
(DDU;
! criança não desenha no sentido abstrato+ # que %a* pro')m da realidade do
que conhece, transmutando o real imaginariamenteQ e caso seu desenho pareça abstrato,
ser/ somente o aspecto 'isual, mas certamente não ser/ sua intenção+ Nuitos autores
consideram a <inserção na realidade> como sendo a di%erença b/sica do signi%icado do
lAdico entre a criança e o adulto+
! criança sempre age 'alori*ando os seus dese=os e as suas 'ontades+ o moti'o
%undamental que a impulsiona a brincar e desenhar ) o pra*er e a alegria que essas
ati'idades lhe proporcionam
# brincar e o desenhar para a criança são momentos ati'os que despertam
enorme interesse e 'alori*ação interior+ Nuitas 'e*es o adulto considera somente o
produto %inal e não percebe que no desen'ol'imento dessas ati'idades o processo )
'i'enciado com capricho e atenção, constituindose em muitas ocasies, como %orma de
trabalho+ Como os adultos não %icam 'ontade com ati'idades sem ob=eti'o, eles
tendem a brincar relati'amente pouco e, quando brincam, eles impem os tipos de
limitaçes associadas aos =ogos %ormais ou ati'idade art"stica+
( XXX+ced+u%sc+br[`*eroseis[relato:+html+ !cesso em DE !go+ (DDU;
Brincar e desenhar com espontaneidade %a* parte da nature*a da criança+
Portanto, ) necess/rio que o adulto a au-ilie a não perder essa imaginação %)rtil que se
mani%esta principalmente por interm)dio de sua ação lAdica+ # adulto ) o re%le-o de sua
in%Kncia, e s0 por isso =/ bastaria para que essas ati'idades merecessem respeito+
, sob esse prisma de reconhecimento e de respeito pelo processo e produto da
ação lAdica da criança, que analisaremos todo o desen'ol'imento da %iguração e darealidade que constitui o desenho e a pintura in%antil+
Para LoXen%eld 21899, p+1((;, <as crianças apenas incluem em seus desenhos as
coisas que elas conhecem e que são importantes para elas>+ no desenho que elas 'ão
e-pressar suas pre%erências e tamb)m aquilo que as desagrada e as suas reaçes
emocionais ao mundo em que 'i'em+ !ssim, a criança combina dois %atores nesse
momento$ o seu conhecimento das coisas e a sua relação indi'idual com elas+ 5essa
%orma, esse autor a%irma que ) por interm)dio das pinturas de uma criança que podemos
(9
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obter uma pro%unda compreensão das relaçes que estabeleceu com aquilo que
representou gra%icamente+
Nas essas relaçes não são imut/'eis, muito pelo contr/rio+ LoXen%eld di* que
medida que a criança cresce, as suas relaçes com o mundo e com o que a cerca
mudam, pois ela 'ai conhecer mais pro%undamente as coisas e, então, o seu interesse
emocional tamb)m mudar/+ !ssim, ) importante a%irmar, que nesta 'isão, quanto maior
%or a 'ariedade de suas pinturas, mais %le-"'el a criança ser/ em suas relaçes com o
mundo, pois colocando em desenho o que sente e o que pensa sobre determinado tema
ou assunto, ela consegue se e-pressar e, conseqWentemente, lidar melhor com estes+
2XXX+ced+u%sc+br[`*eroseis[relato:+html+!cesso em DE !go (DDU;+
egundo LoXen%eld 21899, 1(:;!s mani%estaçes art"sticas iniciadas nos primeiros anos de 'ida, podem ser a di%erença
para essas crianças entre indi'"duos adaptados e %eli*es e outros, que apesar de suacapacidade pa a tal, acabam sendo desequilibrados e com di%iculdade em suas relaçescom o pr0prio ambiente+ Para ele, a arte ) procurada pelas crianças, naturalmente,como maneira de e-pressão quando alguma coisa as aborrece+
ste autor de%ende a id)ia de que os adultos, no momento da arte in%antil não
de'em inter%erir no desen'ol'imento natural das crianças, pois a maioria delas se
e-pressa li're e originalmente se não so%rer qualquer tipo de inibição pro'ocada pelainter%erência dos adultos+ e o adulto %icar perguntando o que a criança est/ desenhando
e tenta ensinar como se desenha alguma coisa, ele pode estar inibindo a criança de se
desen'ol'er li'remente e pode at) %a*er com que elimine uma %ase de seu
desen'ol'imento+ ! criança pode simplesmente querer rabiscar uma %olha de papel, o
que tamb)m ) importante para chegar pr0-ima etapa, que ) garatu=ar+ 4esse momento
ela est/ descobrindo a relação entre o mo'imento de seu braço e o desenho que %ica no
papel+ muito importante a coordenação entre o mo'imento e o e%eito do mo'imento
para o %uturo desen'ol'imento de uma criança+
5a coordenação de um de seus sentidos mais importantes depende sua habilidade emmo'imentarse, em desen'ol'er sua destre*a manual e, at) mesmo, sua pr0pria linguagem,
pois tamb)m, neste caso, os mo'imentos coordenados da l"ngua com os e%eitos que produ*em são de grande importKncia+ 2L#34FL5, 1899, p+((;
(U
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egundo Noreira 218U:;, no momento do desenho e-iste uma possibilidade de
'erse e re'erse, em que o indi'"duo pode pro=etarse em um mo'imento de dentro para
%ora e de %ora para dentro, e a criança, ainda que não tenha compreensão intelectual do
processo, est/ modi%icando e sendo modi%icada pelo desenhar+
Para esta autora, ) preciso considerar, quando uma criança desenha, o que ela
pretende %a*er V como contarnos uma hist0ria, por e-emplo+ mas tamb)m de'emos
reconhecer os mAltiplos caminhos que ela utili*a para e-por aos outros os seus dese=os,
seus con%litos e seus receios+ Porque o desenho ) uma %orma de linguagem, assim como
o gesto ou a %ala+ 2N#676!, 18U:; ! criança desenha com a %inalidade de %alar e
poder registrar o que se quer %alar, como uma escrita, um registro+ !ntes de aprender a
escre'er, a criança se ser'e do desenho como %orma de registrar seu pensamento, seus
sentimentos e dese=os+ 2N#676!, 18U:;
Como di*ia N/rio de !ndrade 218I9, apud N#676!, 18U:;, <o desenho %ala,
chega mesmo a ser uma esp)cie de escrita, uma caligra%ia>+
e h/ crianças que desenham para contar uma hist0ria, tamb)m h/ aquelas que
não desenham para não contar+ Noreira 218U:; relata que deparouse com crianças que
apresenta'am um desen'ol'imento da linguagem 'erbal compat"'el com sua idade V
que era de H anos, e que o desenho não passa'a de garatu=as+ ! garatu=a corresponderia,
no n"'el do desenho, ao n"'el de balbucio, no n"'el da %ala+ Com a obser'ação,
constatouse que estas crianças possu"am uma di%iculdade no n"'el emocional e que na
medida em que esta di%iculdade %oi sendo superado, o desenho %oi aparecendo+
sta ) uma 'isão natural"stica sobre desen'ol'imento do gra%ismo, em que se h/
discrepKncia entre o desen'ol'imento da linguagem e o desenho de uma criança,
4ecessariamente esta possui um problema emocional+ importante lembrar que
e-iste sim a possibilidade de uma discrepKncia entre o n"'el de desen'ol'imento da
linguagem oral e o n"'el do desenho ser recorrentes s questes emocionais, por)m, 'aleressaltar que podem ser relati'as ausência de mediaçes estabelecidas em relação ao
desenhar+ 2XXX+ced+u%sc+br[`*eroseis[relato:+html, !cesso em DE !go+ (DDU;+
# que percebeuse, nesta pesquisa de Noreira 218U:;, ) que ao desenhar,
sentimentos e pensamentos estão =untos, sendo que as crianças que tamb)m possuem
um comprometimento intelectual acabam apresentando um comprometimento no
desenho tamb)m+ ?m ob=eto de arte ) uma %orma de %a*er, de %ormar ou de construir
que sinteti*a em si respostas percepti'as, a%eti'as e cogniti'as+ ! arte em si )importante, pois contribui para a %ormulação da e-periência que se tem, pois a coloca de
(8
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uma %orma ordenada+ # desenho como uma possibilidade de %alar, marca o
desen'ol'imento da in%Kncia+
?m outro te0rico sobre este assunto, LoXen%eld 21899;, concorda que o desenho
in%antil ) produto do que a criança pensa e sente, por)m ele possui uma 'isão contr/ria
de O\gots]\ quanto importKncia do <outro> no processo de desen'ol'imento da
criança e, conseqWentemente no processo de desen'ol'imento do gra%ismo+ Para este
autor, quando ela começa a desenhar, a criança est/ pensando em alguma coisa, e )
nesse momento que ela se con%ronta com o seu pr0prio YeuZ, com a sua e-periência
pessoal+ nquanto ele pensa em si mesma, nas suas 'i'ências, as suas re%le-es se
concentram naquilo que ter/ que pintar, sendo um ob=eto ou uma e-periência 'i'ida+
LoXen%eld 21899; ainda aponta para a importKncia de dei-ar que se descubra
so*inho e na segurança que tais açes independentes costumam inspirar na criança+ Para
ela, o %ato de poder controlar a pr0pria linha que traça no papel lhe tra* uma con%iança
em si mesma que ) muito importante para sua %ormação saud/'el+
egundo o autor, os adultos não têm o direito de pri'ar uma criança disso, pois )
algo que pode pre=udic/la em sua autocon%iança para a reali*ação de outras açes+
Para melhor conhecimento do desen'ol'imento do desenho in%antil e a obra de
arte, a seguir o cap"tulo três en%oca a in%luência do desenho da criança nas obras de
Pablo Picasso, Paul Mlee, e oan Niro+
CAPÍTULO III
ED
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A INFLUÊNCIA DO DESENHO DA CRIANÇA NAS OBRAS DE
PABLO PICASSO PAUL 9LEE E :OAN MIRO
! criança a partir de uma determinada idade passa a 'alori*ar a representação%otogr/%ica da realidade diante da quantidade de re%erências 'isuais que 'imos nos dias
de ho=e e, diante da di%iculdade em desenhar como ela 'ê no real, acaba por utili*ar
estere0tipos que, 'eiculados pela m"dia, muitas 'e*es 'alidados pela escola, se
apresentam como uma alternati'a segura criança que no momento est/ insegura com
sua produção+
<# desenho in%antil, mesmo tendo caracter"sticas 'isuais semelhantes ao de
muitos artistas consagrados, não ) entendido como arte> 2!4, 188H, p+1D:;+# que ocorre ) que se ao se analisar os %atores que en'ol'em a criação de uma
obra, tanto da criança como o adulto têm condiçes de criar e produ*ir obras com
qualidades est)ticas+
;. P"<#' P$"%%'
<! obra de Pablo Picasso merece atenção, ser'indo de esteio para situar similaridades com o desenho da criança> 2M!4574M apud !4, 188H, p+:H;E+
4esse sentido tratase de apontar a e-istência do lAdico e da e-pressão nas
criaçes pl/sticas, tanto da criança como do artista do s)culo JJ+
Pablo Picasso 21UU1189E; %oi um dos mais in%luentes artistas do s)culo JJ+
Criador de mais de ((+DDD obras de arte em di'ersos meios, incluindo cerKmicas,
esculturas, litogra%ias, mosaicos e outras %ormas de arte, ele trabalhou com temas e
estilos di%erentes+ 2http$[[XXX+1Demtudo+com+br[artigos+ !cesso em 1( et+ (DDU;+
4esse aspecto, Picasso era o artista com o qual todos os demais eram
comparados+ di%"cil indicar um mo'imento art"stico no s)culo (D que ele não tenha
desen'ol'ido ou, como no caso do cubismo, em parceria com Georges Braque+
! tela de Picasso, intitulada Le demoiselles dZ!'ignon 218D9; não reprodu*
%igurati'amente, as mulheres da rua !'ignon como estão no real, mas representa
analogicamente a 'i'ência do artista em relação / elas+ ?ma tela que re'olucionou a
hist0ria da !rte+ Les 5emoiselles ) o auge dos es%orços de Picasso, para analisar e
E M!4574M, Oassil\ O+ 5o spiritual na arte+ Lisboa, Publicaçes 5om @ui-ote, 18U9+
E1
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simpli%icar as %ormas aos elementos b/sicos sem perder o contato com a realidade
transparecendo a pai-ão insaci/'el de seu criador pela inocência da sensibilidade+
4a obra de Picasso, tudo se re%ere a sensação e dese=o+ ua meta nunca %oi
questionar a coerência, mas sim perseguir um alto n"'el de sentimento, transmitido com
impressionante e rigorosa %orça pl/stica+ le nunca %oi um grande colorista como
Natisse ou Pierre Bonnard, mas Picasso agrupa'a camadas de signi%icado a %im de
produ*ir %lashes de re'elação+ 4esse processo, ele conseguiu re'erter uma das correntes
do modernismo$ o %a'orecimento das relaçes %ormais em detrimento das narrati'as
4essa no'a pro%usão de 'alores que Picasso impulsionou para a arte,
obser'amos que Le demoiselles dZ!'ignon ) a p/gina c)lebre de sua produção que
apro-ima a relação 'isual e criati'a de sua obra com os desenhos das crianças+ Como as
crianças, Picasso <não desenha o que 'ê, mas, sim o que conhece+ Por meio de
mutaçes, ele começa pela intenção representati'a, abandona o realismo natural e 'ai
para o realismo in%antil+ 5esprendese dos modelos ideais e conquista um estilo
incon%und"'el+ interessante notar que Picasso pintou somente o que considerou
essencial, simpli%icando as %ormas, tal como acontece com as crianças+
2XXX+artenaescola+org+br[upload[monogra%ias[resenha(:I+doc+ !cesso em 1( et+
(DDU;
4ão se trata de de%ender que a criança de'a crescer permanecendo num
<in%antilismo>, mas que tenha direito sua e-pressão de liberdade e não se=a coibida no
seu modo de pensar+
<!s caracter"sticas inerentes pintura do primiti'o e ao desenho in%antil tamb)m
se mani%estaram com ên%ase na arte do s)culo JJ> 26!5 apud !4, 188H, p+HH;:+
4esse conte-to podese di*er que Picasso utili*ou di%erentes tonalidades na
mesma personagem, sem a intenção de, com claros e escuros, iludir o espectador, a%im
de causar impressão de 'olume+# e-emplo de Picasso, escolhido por ans 2188H;, resume bem o esp"rito de
quem e-perimenta e descobre no'as %ormas, no'os s"mbolos, no'os padres, o que est/
presente no quadro, marco para as criaçes est)ticas, Les demoiselles d!'ignon 218D9;+
2Figura 11;+
4a obra Les demoiselles d !'ignonS, podese obser'ar a presença de
caracter"sticas herdadas de detalhes obser'/'eis em algumas esculturas e de m/scaras
tribais a%ricanas al)m de obser'ar o conte-to em que Picasso a %e*+: 6!5, Rerbert+ Rist0ria da pintura moderna+ ão Paulo, C"rculo do Li'ro, 18U:+
E(
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Figura 11 V Les demoiselles d !'ignon 18D9Fonte$ Coleção Folha Grandes Nestres da Pintura tradução Nartin rnesto6usso, 18I9, p+H:
Pouco ap0s o t)rmino de Les 5emoiselles dZ!'ignon, Picasso e Georges Braque
di%undiram o mo'imento cubista, a arte de %a*er %iguras a partir de %ormas %ragmentadas
como triKngulos e cubos+ 4a primeira %ase deste mo'imento, conhecida como cubismo
anal"tico, os artistas utili*aram o ob=eto[pessoa em mAltiplas %ormas geom)tricas+ 4a
segunda %ase, conhecida como cubismo sint)tico, os artistas uniram di'ersas %ormasgeom)tricas para representar uma pessoa, ob=eto ou outra %orma, in'ertendo o processo
'isual da primeira %ase, hou'e uma grande re'olução com a aplicação de colagens de
=ornais e pap)is te-turados+
m 18E9, Picasso criou sua obraprima, Guernica+ Guernica ) uma cidade
espanhola que %oi bombardeada pelos na*istas como sinal de apoio ao general espanhol
Francisco Franco, que luta'a contra a 6epAblica spanhola+ 4este quadro, Picasso
retrata os horrores da guerra+
EE
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Picasso chegou mesmo a a%irmar, <que no inicio desenha'a como 6a%ael, mas
que precisou de toda uma e-istência para aprender a desenhar como as criançasS
2N#676!, 18U:, p+ EI;+
4esse sentido não se pode esquecer que Picasso mudara a 'isão conser'adora e
ecl)tica do mundo, e não se esqueceu de di'ulgar e tornar pAblicos os problemas deste+
Por outro lado, Natisse escre'eu que ao artista ) indispens/'el a coragem de 'er
a 'ida inteira como no tempo em que era criança, pois a perda dessa condição nos pri'a
da possibilidade de uma maneira de e-pressão original, isto ), pessoalS 2N#676!,
18U:, p+E9;+ !inda segundo o mesmo autor SNatisse no mesmo a%irma a necessidade de
se olhar a 'ida inteira com olhos de criançaS 2p, :(;+
!ssim podese di*er que a arte da criança ) mais sens"'el em relação ao adulto,
para tanto ) necess/rio ter a 'isão da criança ao compor uma obra de arte+
Grandes criadores correm o risco de e-ecração+ Natisse, 5)rain e Braque,
contemporKneos e amigos de Picasso, tamb)m %icaram chocados com as senhoritas+ #
artista re'olucionou no momento em que ps de lado a tradição renascentista, a
perspecti'a e o ponto de %uga, sub'ertendo o belo e o puro, pelo %eio e a %orça 'ital+
Nais tarde aconteceria o grande Guernica, onde Picasso e-pressase com a ousadia de
uma criança+
Podese di*er que essa ) a grande obra do s)culo+ Ludicidade e e-pressão,
energia e espontaneidade contribuem para o surgimento de uma no'a 'isão est)tica+
;.2 P"+# 9#!!
Paul Mlee nasceu em 1U de de*embro de 1U98 em NWnchenbuchsee, perto de
Berna, na u"ça+
@uando garoto, adora'a ou'ir os contos de %adas de sua a'0, muitos dos quais
ela mesma ilustra'a+ Logo se interessou por desenhar e pintar sempre %antasiando,
nunca a partir da obser'ação da nature*a+
ua pintura abstrata ) uma das mais marcantes do per"odo modernista+ 4ascido
em NWnchenbuchsee, perto de Berna, em 1U8U 'ai estudar na !cademia de Nunique, na
!lemanha+ eus quadros mostram a mistura de inAmeros elementos, da arte pr)
colombiana tapeçaria persa, do mosaico bi*antino ao racionalismo geom)trico+
2http$[[XXX+algosobre+com+br[biogra%ias+ !cesso em 1I et+ (DDU;+
E:
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http://slidepdf.com/reader/full/a-influencia-do-desenho-infantil-nas-artes-visuais 35/43
# abstracionismo de Mlee, %a* com que sua obra chegue mais pr0-ima do que
uma criança apresenta quando começa seu primeiros traços de desenho, 'alori*ando
assim a produção art"sica in%antil+
4o entanto pode se obser'ar que Mlee esquemati*a total ou parcialmente o
ob=eto, de modo a permitir que essa ru"na produti'a possa 'ir a ser enriquecida pelos
detalhes, li'remente adicionados composição em uma %ase posterior+ !tra')s da
mesma 0tica, o artista aborda as leis da nature*a e as da geometria, concebendo um =ogo
das %ormas que supe o processo ad'indo dessa tensão+
Mlee aponta as di%erenças da arte e-pressionista em relação impressionista, ao
de%inir o impressionismo como o momento da recepção da impressão da nature*a, ao
passo que o e-pressionismo estaria relacionado reprodução dessa impressão+ egundo
o artista, ) a percepção %ragmentada do ob=eto que pode de'ol'er, ap0s anos de latência,
a impressão primeira que ele ha'ia suscitado, alinhando destruição e construção na
necessidade de superar a %orma+ Logo, as relaçes sugeridas pelos %ragmentos
'iabili*am a potência de um olhar que não se prende somente s aparências,
propagandose para os aspectos latentes da percepção+
m Mlee, as %ormas decompostas podem re'elar impresses %ragmentadas que
parecem palpitar em um espaço %luido, estabelecendo cone-es que se modi%icam todo
o tempo 2XXX+scielo+br[scielo+phppid1H19+ !cesso em 1I et+ (DDU; 2Figuras 1( e
1E;+
4o entanto, as sensaçes con%irmam, na lu* e na cor, a %alta de solide* dos
ob=etos que emergem da mem0ria, e geram uma no'a inteligibilidade+ Mlee promo'e
uma apro-imação entre uni'ersos 'isuais distintos, em que admite a e-pansão dos
limites da arte+
#s %ragmentos nas obras de Mlee acentuam a mobilidade de espaço e tempo ou a
%alta de gra'itação, elegendo os meios e-pressi'os 2linha, plano, tonalidade e cor; como base para o desen'ol'imento do seu pensamento criati'o+ 2L!G!, (DDI;H+
H
L!G#!, Naria Beatri* da 6ocha+ # a'esso do 'is"'el V po)tica de Paul Mlee+ 5ispon"'elem$http$[[XXX+scielo+br[scielo+phppid1H19+ !cesso em 1I et+ (DDU
EH
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Figura 1( Prisioneiro 2Paul Mlee+ 18:D;
Figura 1E V 7ntenção V Paul Mlee+Fonte$ http$[[XXX+scielo+br[scielo+phppid1H19+ !cesso em 1I et+ (DDU
4esse conte-to a obra de Mlee, ) mais agrad/'el de ser apreciada em %unção
dessas caracter"sticas e-pressi'as que apresenta, em relação a Niro+
EI
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;.; :'"/ M$)=
oan Nir0 nasceu em 1U8E, em Barcelona, na Catalunha, spanha+ !inda muito =o'em, participou das 'anguardas art"sticas que agitaram a 'ida cultural espanhola no
in"cio do s)culo JJ e sempre praticou uma pintura de colorido intenso, com %orte
in%luência do mo'imento %au'ista, que na França te'e como principais representantes os
artistas Renr\ Natisse e Naurice de Olaminc]+ 2?47F#6, (DDU;I+
Nir0 se destaca pela simplicidade de seu car/ter+ #rdem, respeito, equil"brio e
autoe-igência são os traços que marcam um pintor que te'e uma 'ida discreta , mas de
uma %orça interior e-traordin/ria+
!pesar da insistência do pai em 'êlo graduado, não completou os estudos+
FreqWentou uma escola comercial e trabalhou num escrit0rio por dois anos at) so%rer um
esgotamento ner'oso+ m 181(, seus pais %inalmente consentiram que ingressasse numa
escola de arte em Barcelona+ studou com Francisco Gal", que o apresentou s escolas
de arte moderna de Paris, transmitiulhe sua pai-ão pelos a%rescos de in%luência
bi*antina das igre=as da Catalunha e o introdu*iu %ant/stica arquitetura de !ntonio
Gaud"+ 2http$[[XXX+pitoresco+com+br + !cesso em 1I et+ (DDU;+
Nir0 %e* uma s)rie de pinturas de %undo a*ul+ 4essas obras, <ele> re'i'eu seu
interesse in%antil pela <atração magn)tica do 'a*io>, que representa'a sua capacidade de
e'ocar no espectador o mundo do impalp/'el+
ntre os artistas contemporKneos, os letristas %oram os primeiros a e-plorar essa
ligação entre a escrita e o desenho+ Mlee e Nir0, por e-emplo, igualmente sentiram essa
%ascinação da escrita+
Nir0 tra*ia intuiti'amente a 'isão despo=ada de preconceitos que os artistas das
escolas %au'ista e cubista busca'am, mediante a destruição dos 'alores tradicionais+ m
sua pintura e desenhos, tentou criar meios de e-pressão meta%0rica, ou se=a, descobrir
signos que representassem conceitos da nature*a num sentido po)tico e transcendental
2Figura 1: e 1H;+ 4esse aspecto, tinha muito em comum com dada"stas e surrealistas+
2http$[[XXX+pitoresco+com+br + !cesso em 1I et+ (DDU;+
nesse aspecto que Nir0 in'enta uma escrita /gil, cursi'a, musical, ao
introdu*ir letras na sua pintura, e depois signos hierogl"%icos, Mlee atinge o
I @uem %oi Niro+ !rtigo dispon"'el em$ http$[[XXX+uni%or+com+br !cesso em 1E #ut+ (DDU
E9
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esquematismo do gra%ismo in%antil, que redu* os ob=etos a emblemas sinal)ticos+ #
limite entre o desenho e a escrita ) %lutuante+
+
Figura 1:V ! mulher e o gato V uan Niro Fonte$ http$[[XXX+colegiosao%rancisco+com+br[al%a[=oanmiro+ !cesso em 1E #ut+ (DDU
Figura 1H #ouro do%irmamento
Fonte$Coleção Folha
V GrandesNestres da
Pintura, 18I9 p+U(
4o li'ro
<! Cor dos
Neus
onhos> , 188(,
onde Nir0 ) entre'istado por Georges 6aillard, pude analisar que Nir0 era um
<ncantador>+ Com as %ormas, linhas e cores de suas obras, ele procurou libertar a
pintura para melhor culti'ar os sonhos+ #nde ele dei-a claro que trabalhou para tocar a
alma das pessoas+ que dentre muitos presentes de artistas %amosos como Picasso ele
guarda de uma criança+
EU
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Para Niro 2188(, p+ 1EH; o Anico desenho presente em seu atelier, ) um desenho
de criança, pois as crianças são mais puras, menos podres, tamb)m se dei-am tocar mais
espontaneamente+
Nir0 representou os camponeses catalães apenas pelo bon) ou um cachimbo$
uma %aca de caçador ou um re'0l'er+ O/rias da s %iguras cmicas são ingênuas e pouco
so%isticadas, como se %ossem rabiscos de criança+ le tenta'a criar uma arte que pudesse
despertar no espectador sensaçes b/sicas de alegria, medo, e-citação e pai-ão, no
intuito de redescobrir o aspecto m/gico e religioso das coisas, caracter"stica dos po'os
primiti'os+ Criou %iguras por um processo de simpli%icação, eliminando quaisquer
detalhes desnecess/rios+
!lgumas %iguras camponeses, mulheres, p/ssaros, escadas, estrelas e estranhas
%iguras noturnas, são %requentes em sua obra+ ! escada, por e-emplo, integra'a um
cmodo da casa da %a*enda em Nontroig, onde se amontoa'am %erramentas+ !os
poucos, ela %oi se trans%ormando num s"mbolo de %uga, que em geral condu*ia a um c)u
noturno 2G47# 5! P74T?6![!B67L C?LT?6!L, (DDI;+
! %igura de mulher era quase sempre retratada como a mãe terra$ um s"mbolo de
%ecundidade, como, ali/s, aparece com %requência em esculturas primiti'as+ o p/ssaro,
tal como a escada, representa a liberdade de esp"rito e a %uga da realidade cotidiana+
!lguns s"mbolos são mais di%"ceis de interpretar e alguns at) parecem a escrita =aponesa+
Niro distorceu a realidade e reordenou segundo sua imaginação+ 4ão respeita'a
os padres est)ticos con'encionais+ ! partir de um determinado momento passou a
utili*ar materiais baratos, %a*endo colagens e esculturas em papelão e usando 'elhos
sacos, pedaços de corda, pregos en%erru=ados, mola de cama, louça quebradas, entre
outras 2G47# 5! P74T?6![!B67L C?LT?6!L, (DDI;+
Nir0 no %inal de sua 'ida redu*iu os elementos de sua linguagem art"stica a
pontos, linhas, alguns s"mbolos e redu*iu a cor, passando a usar basicamente o branco eo preto+
CONSIDERAÇ>ES FINAIS
E8
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Como pode ser obser'ado no transcorrer deste trabalho, o desenho da criança no
in"cio dos registros gr/%icos pl/sticos, ocorre o rabisco e a garatu=a, estes gestos
manuais, aparecem como simbolismo de primeira ordem, constitui a primeira
representação do signi%icado+
4o entanto, mesmo encontrando di%iculdades na pesquisa bibliogr/%ica, o
ob=eti'o proposto nesse trabalho %oi grati%icante, le'andose em consideração as teorias
apontadas, tais como re'elanos Piaget, ans, LoXen%eld, #li'eira, Noreira entre
outros+
!bordamos tamb)m que para a criança o desenho engloba o con=unto de suas
potencialidades e necessidades, e que o desenho in%antil passou a ser ob=eto de estudos e
pesquisas de especialistas, que conceituaram e a'aliaram as %ases et/rias do
desen'ol'imento do gra%ismo in%antil+ -istem '/rias teorias e interpretaçes a respeito
da produção e-pressi'a in%antil, mas procuramos nos ater a apenas a alguma delas como
apontado anteriormente+
# desenho in%antil %oi estudado criteriosamente sob o aspecto de sua 'alori*ação
no ensino, %a'orecendo a compreensão de sua real importKncia para o desen'ol'imento
sadio do ser humano no decorrer de sua in%Kncia+
4esse aspecto podemos di*er que o desenho in%antil e-pressa o mundo interno
da criança, sua personalidade+ !tra')s dele, podese conhecer seus pensamentos,
dese=os, %antasias, medos e ansiedades+
!tra')s desenho, constatamos como a criança percebe e compreende o mundo,
ha'endo a e-pressão de aspectos a%eti'os e cogniti'os de sua personalidade+ !l)m disso,
podese atra')s da an/lise do desenho, constatar o n"'el de maturidade intelectual de
cada indi'iduo+
!o e-pressarse gra%icamente, a criança e-prime o que conhece de um ob=eto, a
representação mental que ela tem constru"da do mesmo no momento em que desenha+Cada desenho tem um signi%icado pessoal, assim como sua e-pressão+ Todo o s"mbolo
analisado de'e ser 'isto dentro do conte-to da hist0ria pessoal do autor do desenho, pois
pode ter um signi%icado di%erente para outra pessoa+ !o analisarse a produção 'isual
desenhos de uma mesma criança ao longo de um per"odo, ) poss"'el perceber as
mudanças que ocorrem e a conseqWente e'olução do desenho+
Portanto, crianças que 'i'em em ambientes culturais onde a !rte est/ presente
cotidianamente, serão melhores produtores, conhecedores e cr"ticos de !rte+ Crianças
:D
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a%astadas das e-presses art"sticas das culturas humanas poucos recursos terão para se
desen'ol'er nesta /rea de conhecimento+
5esse modo essa pesquisa buscou in'estigar como o desenho pode contribuir
para a construção do conhecimento na criança, e contribuir para o processo educati'o
nessa %ase da 'ida, ressaltando essa %orma de e-pressão para a educação no ensino
%undamental, buscando ainda en%ati*ar a importKncia das obras de Paul Mlee, Pablo
Picasso e uan Niro+ @ue no meu entendimento ti'eram uma grande similaridade com a
liberdade, ludicidade e a e-uberante %orça gr/%ica e e-pressi'a do desenho in%antil+
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
!LN75!, 4eusa 5ias+ A importância do desenho no ensino infantil e fundamental.
Trabalho de conclusão de curso+ Faculdade de Ciências e Letras de Bragança PaulistaP, (DD9+
:1
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http$[[XXX+lite+%ae+unicamp+br[grupos[educacaoin%antil[dissertacoesdemestrado+htmj!cesso em$ (U un+ (DDU+
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