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Universidade Federal de Juiz de Fora Faculdade de Educação Física e Desportos A Influência Motivacional da Música em Praticantes de Ginástica Localizada em Juiz de Fora Aline Barbosa dos Anjos Pedro Juiz de fora 2009

A Influência Motivacional da Música em Praticantes de ...ªncia... · seletiva do indivíduo seja voltada para a dor e para o cansaço, ao invés de estar voltada para o bem estar,

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Universidade Federal de Juiz de Fora

Faculdade de Educação Física e Desportos

A Influência Motivacional da Música em Praticantes de Ginástica Localizada em Juiz de Fora

Aline Barbosa dos Anjos Pedro

Juiz de fora

2009

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Universidade Federal de Juiz de Fora

Faculdade de Educação Física e Desportos

A Influência Motivacional da Música em Praticantes de Ginástica Localizada em Juiz de Fora

Elaborada por

Aline Barbosa dos Anjos Pedro

como requisito para obtenção do titulo de

Bacharel em Educação Física

Comissão examinadora:

Adriana de Sousa Leite

(Orientadora)

Marina Morisson de Moraes

(Co-orientadora)

Cláudia Xavier Corrêa

(Prof. Convidado)

Juiz de Fora, Dezembro de 2009

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AGRADECIMENTOS

Durante este trabalho...

As dificuldades não foram poucas...

Os desafios foram muitos...

Os obstáculos, muitas vezes, pareciam intransponíveis.

O desânimo quis contagiar, porém, a garra e a tenacidade foram mais fortes,

sobrepondo esse sentimento, fazendo-me seguir a caminhada, apesar da

sinuosidade do caminho.

Agora, ao olhar para trás, a sensação do dever cumprido se faz presente e posso

constatar que as noites de sono perdidas, o cansaço dos encontros, os longos

tempos de leitura, digitação, discussão; a ansiedade em querer fazer e a angústia de

muitas vezes não conseguir, por problemas estruturais; não foram em vão.

Aqui estou, como sobrevivente de uma longa batalha, porém, muito mais forte.

Agradeço em primeiro lugar a Deus, que é a inteligência suprema que me permite

estar aqui neste espaço e neste tempo, vivendo e convivendo, ensinando e

aprendendo.

Agradeço aos meus pais, Raimunda e Noel, que me criaram e proporcionaram

minha educação, tanto escolar quanto moral, e que me ensinaram que para viver é

preciso ser perseverante.

Agradeço a professora e amiga Adriana de Sousa Leite, pela paciência, pela

orientação, estímulo, cobrança e todo o incentivo dado para o desenvolvimento

deste trabalho.

Agradeço também aos meus amigos, sempre presentes, a cada instante, para rir,

chorar, conversar e bagunçar e que me incentivaram e compreenderam nos

momentos de dificuldades.

A todos, muito obrigada.

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RESUMO

A música parece ter um papel significativo no sucesso das sessões de

Ginástica Localizada, tornando relevante a escolha de uma seleção musical que

possa contribuir para a motivação e o prazer de estar naquele ambiente praticando

tal atividade.

O presente estudo objetivou analisar dentre os diferentes estilos musicais,

qual proporciona o maior grau motivacional para a prática de Ginástica Localizada

em academias de ginástica de Juiz de Fora.

Foram acompanhadas sessões de Ginástica Localizada cada uma com um

estilo musical diferente.

Palavras-chave: ginástica localizada; motivação; música.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................05 2. HISTÓRICO DA GINÁSTICA...............................................................................07 2.1 As academias de ginástica ao longo da história........................................09 3. A GINÁSTICA LOCALIZADA...............................................................................16 3.1Benefícios da Ginástica Localizada............................................................17 4. MÚSICA...............................................................................................................19 4.1 Musicalidade..............................................................................................21 4.2 Benefícios da música.................................................................................21 5. GINÁSTICA E MÚSICA........................................................................................23 6. METODOLOGIA...................................................................................................25 7. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS....................................27 8. CONCLUSÃO.......................................................................................................33 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................34 REFERÊNCIAS........................................................................................................36 ANEXOS Anexo A � Questionário................................................................................40

Anexo B � Músicas utilizadas nas sessões..................................................41

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1 INTRODUÇÃO

As primeiras academias de ginástica do Brasil surgiram em meados da

década de 1930, no Rio de Janeiro (NOVAES, 1991). Hoje, as academias de

ginástica são centros de referência na prática de exercícios físicos, onde são

realizadas avaliação, prescrição e orientação, sob supervisão direta de profissionais

de educação física (TOSCANO, 2001).

Entende-se por Ginástica a exercitação corporal, o conjunto de exercícios

físicos e mentais em ações que ativem e solicitem os diversos sistemas e aparelhos

orgânicos, visando o desenvolvimento de qualidades físicas, mentais e sociais do

ser humano (PEREIRA, 1988). Podendo ser executada de forma individual ou

coletiva, com ou sem o uso de implementos, tem caráter utilitário, pedagógico ou

terapêutico, utilizada tanto para o fortalecimento corporal, integral do ser humano,

como para o lazer e também para a reabilitação física (COSTA, 1996).

A Ginástica Localizada teve grande influência do Método Sueco, da Calistenia

e da Musculação. Consiste basicamente em sessões estruturadas com séries de

exercícios para grupmentos musculares distintos, com a finalidade de aprimorar o

tônus muscular, as capacidades aeróbia e anaeróbia, a flexibilidade e o

condicionamento físico como um todo, e normalmente utiliza-se a música como

instrumento complementar das sessões (PEREIRA, 1988).

A música é um fenômeno que sempre esteve ligada as nossas vidas. Há

música para todos os momentos.

O homem primitivo dispõe apenas de poucas palavras. Quase somente o que ele vê é que tem nome. Para exprimir os sentimentos, serve-se de sons e cria a música que o ajuda a exteriorizar o júbilo, a tristeza, o amor, os instintos belicosos, a crença nos poderes supremos e a vontade de dançar. Para ele é parte da vida, desde o acalanto até a elegia fúnebre, desde a dança ritual até a cura dos doentes pela melodia e pelo ritmo. (PAHLEN, 1995, p. 14).

A música é composta por vários elementos (ritmo, timbre, harmonia e

melodia) que interferem sobre os estados de ânimo e motivação de quem as ouve

(MIRANDA, 2001). Ouvir é um ato involuntário, pois nossos ouvidos ouvem tudo que

se passa à nossa volta, independente de estarmos ou não prestando atenção.

Escutar é o que nos remete à idéia de maior interesse em algo que estamos ouvindo

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e que, acabamos dedicando a devida atenção, Quando escutamos fazemos uso da

nossa percepção auditiva (RODRIGUES, 2009).

Há uma forte ligação entre música e atividade física, pois é muito comum

observamos a prática da atividade física acompanhada por música, seja em situação

grupal com música ambiente ou de forma individual com o uso de fones de ouvidos.

Clair (1996, p.81) sintetiza a importância da música no acompanhamento das

atividades físicas, quando conclui: “A música é uma forma de prevenção contra a

monotonia existente na atividade física sistemática”.

A música também pode ter um efeito negativo, pois ouvir uma música

dissonante aos ouvidos pode além de causar irritação, fazer com que a percepção

seletiva do indivíduo seja voltada para a dor e para o cansaço, ao invés de estar

voltada para o bem estar, já que naquele momento a música estará sendo um

estímulo desagradável (MARTINS, 1996).

Podemos deduzir que a música é um fator motivacional de suma importância

na Ginástica Localizada. Visto que a motivação é um processo mental positivo que

estimula a iniciativa e determina o nível de entusiasmo e esforço que a pessoa

aplica no desenvolvimento de suas atividades. O nível de motivação é determinado

por diversos fatores como a personalidade, as percepções do ambiente, as

interações humanas e as emoções (MOURA, 2009).

A motivação não pode ser imposta, mas a música “com o seu poder de

persuasão” pode ser um excelente recurso auxiliar do desencadeamento

motivacional. Moreira (2007, p.108), afirma que: “[...} a motivação surge de dentro

das pessoas, não há como ser imposta, mas pode ser estimulada”.

Sendo a música um fator que pode contribuir na motivação dos praticantes de

ginástica localizada, torna-se relevante pesquisar qual estilo musical, contribui

positivamente para o aumento do grau de motivação destes indivíduos, sendo

assim, o presente estudo tem como objetivo analisar dentre os diferentes estilos

musicais, qual proporciona o maior grau motivacional para a prática de Ginástica

Localizada em academias de ginástica em Juiz de Fora.

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2 HISTÓRICO DA GINÁSTICA

Homens e mulheres praticam, atualmente, as ginásticas com objetivos

diversos: estética, saúde, qualidade de vida, prevenção, lazer, entre outros. Hoje o

corpo está em foco. Baseado em conceitos de saúde, de padrão de beleza, de

qualidade de vida, o ser humano se sente cada vez mais impulsionado a cuidar do

corpo (GAIO E GOIS, 2006).

Já na Antiguidade, a Ginástica era recomendada somente para os homens, com

objetivo de desenvolvê-los fortes e musculosos, esteticamente perfeitos para

proteger a pátria. Gaio (2006, p.13) comenta que “a origem da Ginástica se

confunde com a da Educação Física”.

Contudo, vários autores, entre eles, Langlade;Langlade (1970) nos lembra

que, de todos os períodos histórico-evolutivos, é o Renascimento que marca a

origem de um novo olhar para os exercícios físicos, em especial para a Ginástica,

com grandes contribuições que até hoje nos influenciam.

É no século XVIII que vamos encontrar os precursores de uma Educação

Física que se firmariam no horizonte pedagógico dos demais séculos. A Ginástica

renasce como uma atividade física, ou melhor, como um conjunto de exercícios

sistematizados para cuidar do corpo, território até então proibido pelo obscurantismo

religioso da Idade Média (GAIO E GOIS, 2006).

Langlade; Langlade (1970) afirmam que a Ginástica nasceu a partir de 1800 e

foi sistematizada frente ao sentido anatomo-fisiológico de corpo e, se desenvolveu

através dos Métodos Alemão, Sueco, Inglês e Francês.

Segundo Soares (1994) temos:

A partir do ano de 1800 vão surgindo na Europa, em diferentes regiões,

formas distintas de encarar os exercícios físicos. Essas formas receberão o

nome de métodos ginásticos (ou escolas) e correspondem,

respectivamente, aos quatro países que deram origem às primeiras

sistematizações sobre a ginástica nas sociedades burguesas: a Alemanha,

a Suécia, a França e a Inglaterra (que teve um caráter muito particular,

desenvolvendo de modo mais acentuado o esporte). Essas mesmas

sistematizações serão transplantadas para outros países fora do continente

europeu.” (p.64)

Segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, a palavra Ginástica

vem do grego Gymnastiké e significa “arte ou ato de exercitar o corpo para fortificá-

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lo e dar-lhe agilidade; o conjunto de exercícios corporais sistematizados, para este

fim, realizados no solo ou com auxílio de aparelhos e aplicados com objetivos

educativos, competitivos, terapêuticos, etc.” (FERREIRA, 2004). Na Encyclopedia

Britannica (2007), a Ginástica é definida como “um sistema de exercícios físicos

praticados quer para promover o desenvolvimento físico ou um desporto”. De acordo

com a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira (1960), a Ginástica é

caracterizada como:

“uma forma ou modalidade de educação física, isto é, uma maneira de

formar fisicamente o corpo humano, sendo as restantes, além dela, os jogos

e os desportos. A definição científica diz-nos que a ginástica é a exercitação

metódica dos órgãos no seu conjunto (relacionada ao movimento e à

atitude), por intermédio de exercícios corporais, de “forma” precisamente

determinada e ordenados sistematicamente, de modo a solicitar não só

todas as partes do corpo, como as grandes funções orgânicas vitais e

sistemas anatômicos, nomeadamente: o respiratório, o cardiocirculatório, o

de nutrição (assimilação e desassimilação), o nervoso, os órgãos de

secreção interna, etc. “ (pág.850)

Modernamente, a Ginástica passou a ser dividida em cinco campos de

atuação e são eles: Ginásticas de Condicionamento Físico: englobam todas as

modalidades que tem por objetivo a aquisição ou a manutenção da condição física

do indivíduo normal e/ou atleta; Ginásticas de Competição: reúnem todas as

modalidades competitivas; Ginásticas Fisioterápicas: responsáveis pela utilização do

exercício físico na prevenção ou tratamento de doenças; Ginásticas de

Conscientização Corporal: reúnem as novas propostas de abordagem do corpo,

também conhecidas por Técnicas Alternativas ou Ginásticas Suaves, e que foram

introduzidas no Brasil a partir da década de 1970, tendo como pioneira a Anti-

Ginástica; Ginásticas de Demonstração: tendo como representante deste grupo a

Ginástica Geral (Ginástica para Todos), cuja principal característica, é a não-

competitividade, tendo como função principal, a interação social, isto é, a formação

integral do indivíduo nos seus aspectos: motor, cognitivo, afetivo e social (SCUOLA,

2009).

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2.1 As academias de ginástica ao longo da história

A palavra academia origina-se do latim akademia, nome dado ao jardim na

Grécia Antiga onde Platão lecionava. Já na língua inglesa, a palavra que identifica o

local em que atividades físicas são realizadas é gym, que provém de gymnasium em

latim, cujo significado é o de um lugar público onde se realizavam exercícios

diversos: a prática de virtudes, o desenvolvimento da alma e também das

habilidades intelectuais e físicas. Gymnasium em português deu origem à palavra

ginásio, como sendo um local em que se ensinam e treinam várias práticas

desportivas ou recreativas, além de competições esportivas (CORRÊA, 2009).

Na Grécia Antiga uma escola deveria ser construída sobre dois pilares: o da

música, para trabalhar a concentração e o equilíbrio, a qual molda o caráter,

aperfeiçoa o espírito e cria um requinte de sentimento; e o da educação física, pois

se considerava que um corpo saudável era tão importante quanto uma mente sadia.

Assim, o ideal seria que nos primeiros 10 anos de vida a educação fosse mais

voltada para a educação do corpo (afinal, o mais relevante era viver para a saúde e

não em função da doença) e, nesse período, também seria possível ensinar

cálculos, noções de distância, velocidade, espaço e tempo de forma conjunta

durante a prática de exercícios físicos. E foi por essa razão que se denominou

academia, em português, os locais em que exercícios físicos são promovidos.

(HOUAISS, 2001).

O surgimento das academias se deu aproximadamente em 1930. Havia

também ginásios destinados à prática de ginásticas e lutas. Novaes (1991)

investigou o surgimento da ginástica em academia no Rio de Janeiro, inferindo que

há pouca informação, mesmo assim, não muito precisa sobre o momento histórico

da aparição das academias na cidade.

De acordo com Capinussú (2006), foi a partir de 1940 que o modelo de

academias de ginástica existente atualmente, com base na ginástica, lutas e

halterofilismo ou culturismo se delineou. Até então, as academias situavam-se

principalmente nas grandes capitais brasileiras próximas ao litoral, principalmente no

eixo Rio de Janeiro e São Paulo, embora haja informações a respeito de espaços

para aulas de natação em São Luís (MA), em 1893, e de lutas em Belém (PA), em

1914.

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A ginástica realizada em academia teve como entidade propagadora a

Associação Cristã de Moços (ACM) instalada em São Paulo, em 1950, conhecida

internacionalmente como Young Men Christian Association (YMCA), instituição de

caráter religioso originada da Inglaterra, porém voltada exclusivamente para a

prática de atividade física, o que representou o embrião de uma rede de unidades

que se espalharam pelo país, com as características das atuais academias de

ginástica (NOVAES, 1991).

Capinussú (2005) relata que:

A unificação da expressão [academia] surgiu espontaneamente nas últimas

décadas possivelmente por facilitar a identificação de um interventor

profissional autônomo em múltiplas formas de atividades físicas. Portanto, a

academia teve diferentes abordagens especializadas até o sentido eclético

hoje dominante no Brasil. (p. 174).

A academia de ginástica como um espaço para a realização de práticas

corporais é algo novo. De acordo com Nobre (1999), o termo “academia” apenas foi

se estabelecer definitivamente, no Brasil, no início da década de 1980. Porém,

Corrêa (2009), pondera informando que espaços semelhantes, mas com outros

nomes como “Institutos de Modelação Física”, “Centros de Fisiculturismo”, “Clubes

de Calistenia”, dentre outros, já existiam há mais tempo.

Bertevello (2006) afirma que a partir de 1950 que as academias começam a

se expandir para outras capitais e para cidades de médio porte no interior do país:

“Os vetores deste crescimento são o halterofilismo e as artes marciais

japonesas” (pág.63).

Entre 1950 e 1960, alguns desses proprietários de academias,

reconhecidamente pioneiros, entre eles Joe Gold, nome muito conhecido pela marca

Gold´s Gym, que é uma cadeia internacional de co-fitness centers (academias)

originalmente iniciada na Califórnia, começaram a construir academias populares e,

em alguns casos, redes regionais fortes. Seus clientes nessa época eram homens

jovens interessados em obter um corpo musculoso (CORRÊA, 2009).

Bertevello (2006), afirma que por volta de 1967, a prática física aumentava

com o aparecimento de campanhas promocionais, numa tentativa de unir o esporte

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à mídia, para tentar transformar sedentários em praticantes - as academias

apareciam como lugares fechados e seguros dos perigos das ruas, parques e

praças públicas, tendo a ginástica calistênica (onde todos os praticantes executavam

o mesmo movimento, ao mesmo tempo e no mesmo ritmo), como ponto forte.

Por volta dos anos 70, as academias de ginástica e musculação surgiram

como uma alternativa à prática individual ao ar livre, sem orientação profissional ou

dos desportos coletivos praticados nos clubes (NOVAES, 1991).

Segundo Bertevello (2006), ao ar livre crescia também a febre das corridas

incentivadas por Dr. Ken Cooper e seus métodos revolucionários de avaliação de

condicionamento físico. Posteriormente, estes métodos foram trazidos para as

academias com o desenvolvimento de esteiras rolantes elétricas.

O surgimento e crescimento das academias de ginástica no Brasil

acompanharam o movimento mundial, surgido nos anos 70 e 80, em torno da prática

regular de exercícios físicos para a melhoria e manutenção de uma vida saudável.

Como decorrência desses fatos, a demanda por esse tipo de serviço cresceu

extraordinariamente e as academias começaram a proliferar por todos os cantos do

país (PEDROSO, 2009).

Entre os anos 70 e 80 nos EUA, as academias eram um amontoado de

empresas independentes, cujas facilidades eram focadas não na saúde, mas em

bodybuilding, também conhecido como Culturismo, que tem como principal objetivo,

melhorar a estética do corpo, utilizando para atingir este fim halteres e máquinas de

musculação. (idem).

Na Europa, essa popularização começou com a Fitness First, que é a décima

colocada no ranking mundial das redes de academias, com 125 unidades, fundada

em 1992, dona atualmente de uma rede que somente no Reino Unido possui 60

unidades e mais 14 apenas na Alemanha (COLEMAN, 2000).

Nessas duas décadas, quatro grandes fatos ocorreram, chamando a atenção

para a prática de exercícios físicos de forma regular. O aparecimento dos

equipamentos Nautilus, para o treinamento de força, desenvolvido por Arthur Jones;

a primeira bicicleta computadorizada, Lifecycle, que contribuiu para a avaliação,

treinamento e recuperação cardiovascular, introduzida no mercado por Ray Wilson e

Augie Nieto; a procura pela boa forma invadiu as academias a partir dos anos 80,

tendo como marco a atriz Jane Fonda, com o lançamento do seu vídeo “Workout”,

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que trazia o embrião da ginástica aeróbica, com os movimentos originados na

dança. Ela fez da ginástica aeróbica uma filosofia de vida, isso porque seu método

de ginástica aeróbica desenvolvido em suas academias na Califórnia ganhou nas

edições em vídeo, condições de best-sellers. Tal popularidade de seus vídeos fez

com que seus exercícios em grupo, fossem responsáveis pela invasão das mulheres

nas academias. Dr. Ken Cooper evidenciou os benefícios para a saúde através da

prática de exercícios regulares, onde a comunidade médico-científica internacional

prontamente adotou o “método Cooper” para manutenção da qualidade de vida

saudável e prevenção de doenças, principalmente cardiovasculares. Assim, mais

pesquisas acadêmicas realizaram-se, propiciando maior publicidade para o assunto

(MILLARCH, 1990).

Também nessas décadas, o termo "Fitness", expressão que significa boa

forma física, ganhava pulso forte traduzido como aptidão, o "mexa-se" não tendo a

idéia de competição, mas sim aumentar de forma mais saudável e proveitosa o nível

de qualidade e longevidade da vida do cidadão comum. Época também das grandes

academias com a preocupação maior em oferecer um espaço amplo, com as últimas

novidades em atividade física, atenção à estrutura física, visual, etc. Surgimento da

ginástica aeróbica como mola propulsora da atividade física em academias,

despertando interesse pelos programas aeróbicos, conhecidos como Body Systems,

que são programas onde as sessões são padronizadas e as músicas que animam

as sessões são aquelas que estão entre as mais tocadas nas rádios. O programa

muda a cada dois meses visando à evolução e o aumento da intensidade dos

exercícios. O investimento nestes verdadeiros clubes de atividade física orientada

passou a ser visto pelos empresários com bons olhos, especialmente nas áreas de

ginástica e musculação (PEDROSO, 2009).

Por volta de 1974, na Avenida dos Andradas, onde hoje está localizado o

Hemominas, o Clube Ginástico poderia ser considerado como a primeira academia

de ginástica da cidade, pois, naquela época, além dele, só existia uma sala de

halterofilismo, localizada na Galeria Constança Valadares. No Clube Ginástico, além

da ginástica calistênica, havia uma quadra para basquete, aparelhos de ginástica

olímpica e algumas barras e anilhas para musculação (CORRÊA, 2003).

Em outubro de 1978, na Rua Halfeld, foi inaugurada uma conceituada

academia de ginástica e dança moderna, a Academia Marsch, com modernos

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aparelhos não muito comuns na maioria das academias do país. A Academia

Marsch oferecia turmas de ginástica masculina, feminina, yoga e dança moderna

(idem).

No início dos anos 80, começaram a surgir outras salas de ginástica

conjugadas com musculação. As academias de ballet também ofereciam horários

para aulas de ginástica, como a Academia Flash Dance e Corpus (idem).

Em 1983 na Galeria Phíntias Guimarães foi inaugurada a Academia Perform

que oferecia além de ginástica, sauna, centro de estética facial, massagem e sala de

musculação (idem).

Em 1984 na Rua Espírito Santo, a Academia Acaseg, inovou o cenário

esportivo da época, com aparelhos de musculação, organizando uma equipe técnica

qualificada e montando um setor administrativo informatizado (idem).

Em 1988, no Clube Sírio e Libanês, foi inaugurada a Perform Sul, com sauna,

piscina e avaliação médica. A partir daí iniciou-se a multiplicação de academias por

toda cidade: a Corpus, também em 1988 oferecendo ginástica e musculação; a

Olympia, em 1990; a Oficina do Corpo; a Fórum: e, em 1995, a Fibra Academia.

Neste momento devido a proliferação das academias que a Ginástica em Academia

no Brasil e em Juiz de Fora teve grandes avanços, surgindo novas atividades (idem).

Com o grande desenvolvimento das academias de ginástica o termo fitness

foi perdendo espaço e o conceito de wellness passou a se destacar. De acordo com

Saba (2006), o fitness enfatiza a dimensão biológica. Originado da junção de duas

palavras, “fit que significa apto, e ness, que quer dizer aptidão. Na verdade a

expressão correta é physical fitness, ou aptidão física” (SABA, 2006).

Segundo Furtado (2009) o fitness caracteriza-se pela ênfase no

condicionamento físico do indivíduo. As academias de ginástica surgiram tendo essa

finalidade, tanto é que os donos das primeiras academias muitos deles eram

halterofilistas, atletas, ou pessoas que, em geral, estavam envolvidas em práticas

corporais. Com o desenvolvimento do ramo das academias de ginástica como

negócio, ou seja, com a boa capacidade de acumulação de capital apresentada, a

visão antes restrita ao fitness foi se ampliando e aos poucos foram aglutinados

outros enfoques para a academia de ginástica atingir seu mercado de forma mais

eficaz e também ampliar seu público alvo.

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Saba (2006) afirma que o wellness fortalece-se, aumentando cada vez mais

a participação e a manutenção saudável de pessoas em programas de exercícios

físicos.

O responsável pela denominação wellness foi o americano Charles Corbin no

início dos anos 70. Ele define o wellness como sendo a integração de todos os

aspectos da saúde e aptidão (mental, social, emocional, espiritual e física), que

expande um potencial para viver e trabalhar efetivamente, dando uma significativa

contribuição para a sociedade (SABA, 2006).

O wellness engloba o fitness. O conceito de wellness embora negue o

conceito de fitness, também é composto por ele. O condicionamento físico não deixa

de ser enfatizado, porém, é trabalhado em perspectivas mais amplas visando à

qualidade de vida e bem-estar. A estética não deixa de ser enfatizada, porém, é

levada em consideração a saúde nessa busca pela estética. Assim, nas academias

que seguem o wellness como paradigma, os profissionais se preocupam em

transmitir conhecimentos, explicando para os alunos, por exemplo, prejuízos que

podem causar a prática em excesso, os problemas do uso de anabolizantes, a

importância da alimentação adequada, entre outras práticas. Dessa forma, o fitness

não deixa de ser trabalhado, mas fica subsumido ao wellness (FURTADO, 2009).

Coleman (2006), afirma que as academias de ginástica conquistaram um

papel de relevância em uma sociedade que busca segurança, conforto e supervisão

das atividades praticadas. Elas são centros especializados (empresas) que, com fins

lucrativos, disponibilizam instalações e pessoal adequado para promover o exercício

de forma apropriada, atendendo os anseios de seus clientes, não só nas academias,

como também nos clubes, nos hotéis, nos condomínios, nas clínicas de reabilitação,

nos hospitais e nos spas.

Encontramos também, academias ao ar livre nas praças das cidades, que

além de cuidar da saúde são verdadeiros pontos de entretenimento da comunidade.

Com equipamentos, similares aos encontrados em academias, funcionam através da

movimentação do corpo humano, o que permite o uso por pessoas de todas as

idades, de crianças à turma da melhor-idade. As prefeituras contratam monitores

que acompanham tudo bem de perto e dão orientações sobre como trabalhar

corretamente a musculatura e as articulações e o melhor, tudo é gratuito

(PEDROSO, 2009).

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Para Martins (1996) a notoriedade do crescimento do número de academias e sua

propagação em todo Brasil acontece pelo fato da importância da saúde e qualidade

de vida. A academia tem grande valor para a boa qualidade de vida da sociedade

contemporânea, uma vez que seu objetivo visa à prática de atividade física e, por

conseguinte, a otimização da saúde mental e física de seus adeptos.

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3 A GINÁSTICA LOCALIZADA

A ginástica localizada surgiu praticamente junto com a aeróbica, no começo

não era muito freqüentada devido ao grande sucesso da aeróbica, mas aos poucos

as pessoas foram percebendo que para manter uma harmonia corporal só a

aeróbica não bastava, era preciso algo mais, alguma coisa que deixasse os

músculos firmes e torneados (BREGOLATO, 2006).

Para Pereira (1988) a terminologia Ginástica Localizada, a qual utilizamos,

refere-se ao fato de que ela caracteriza-se por gestos motores, analíticos e

voluntários, devidamente orientados de modo a revelar uma marca de

intencionalidade gestual, ou seja, em seus conteúdos específicos utiliza-se de

exercícios analíticos(localizados) para atingir seus objetivos.

Com a proliferação das academias, que cada vez mais absorviam os

professores graduados pelas universidades de Educação Física, a evolução dos

conteúdos específicos e disciplinas afins, o acúmulo de experiência dos profissionais

que atuavam nessa área, surgiram muitas propostas metodológicas e planejamentos

didáticos para essa atividade (COSTA, 1996).

Ainda sob a influência da proposta metodológica, surge um modelo de divisão

de uma sessão de Ginástica Localizada, que segundo Costa (1996) é dividida em:

aquecimento, parte especifica e relaxamento.

No aquecimento temos como meta principal atingir a preparação do individuo,

visando otimizar sua performance na parte especifica, como também protegê-lo da

ocorrência de possíveis lesões (CARDOSO, 2008).

A parte especifica, como a própria terminologia propõe, é responsável por

desenvolver os conteúdos específicos visando atingir os objetivos gerais e

específicos previamente planejados e definidos (COSTA, 1996).

Cardoso (2008), afirma que o relaxamento tem como prioridade restabelecer

o indivíduo do esforço exigido durante a etapa especifica, evitando a manutenção

dos processos de fadiga ou apenas minimizando os efeitos desses processos, com

isso otimizando também a melhora, o processo da performance.

Segundo Campos (2006) a influência na nossa ginástica localizada começa a

se desenvolver na Idade Contemporânea e quatro grandes escolas foram

responsáveis por isso: a alemã, a sueca, a francesa, e a inglesa. A partir daí tiramos

a base da educação física brasileira. Na época era destinada à população

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considerada mais necessitada: os obesos, as crianças, os sedentários, os idosos e

também às mulheres.

A Ginástica Localizada nos anos 60 e 70 recebia a influência da Calistenia do

grego Kallos (belo), Sthenos (força) e mais o sufixo “ia”. A Calistenia já era

conhecida e praticada desde a Grécia antiga. A Calistenia é um sistema de ginástica

que encontra as suas origens na ginástica sueca e que apresenta como

características, a predominância de formas analíticas, a divisão dos exercícios em

oito grupos, a associação da música ao ritmo dos movimentos, a predominância dos

movimentos sobre as posições e exercícios a mão livre como também com o uso

pequenos aparelhos como halteres, bastões, etc. A Calistenia representa uma série

de exercícios ginásticos localizados, com fins corretivos, fisiológicos e pedagógicos.

Dada a sua mobilidade e simplicidade, adapta-se a qualquer tipo de ser humano,

podendo ser considerada como a ginástica “eclética” (MARINHO, 1980).

Nos anos 80 a ginástica aeróbica invadiu as academias do Rio de Janeiro e

São Paulo, ainda no final dos anos 80, a Ginástica Localizada desenvolveu-se com

os fundamentos teóricos dos métodos da musculação (TAHARA, 2007).

3.1 Benefícios da Ginástica Localizada

Segundo Cdof (1999), a Ginástica Localizada pode proporcionar alguns

benefícios, como melhorar a postura: se alguns músculos são relativamente fracos,

comparados a outros, a postura tende a se modificar. Isto pode ocorrer pelas

atividades diárias, por treinamento inadequado - algumas pessoas treinam o corpo

de forma desequilibrada, fortalecendo excessivamente alguns músculos e

negligenciando outros. Um bom exemplo ocorre quando os músculos da região

lombar são muito mais fortes que os abdominais. Este desequilíbrio pode gerar

problemas na região lombar ou protuberância no abdômen; ajudar a reduzir os

riscos de lesões ao realizar as tarefas diárias: os músculos estando fortes protegem

os tendões e ligamentos, principalmente quando são submetidos a situações

estressantes. Por outro lado, os músculos fracos são mais suscetíveis a lesões. As

atividades normais do dia-a-dia como carregar filhos, fazer compras, praticar

esportes, ficam mais fáceis e seguras com os músculos preparados; massa

muscular magra adequada: é importante lembrar que o tecido muscular é um dos

principais responsáveis pela queima de calorias nas dietas, o corpo, por uma série

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de mecanismos, se direciona a preservar a gordura corporal o mais que pode,

inclusive para usá-la como último recurso. Por isso em dietas hipocalóricas sem

atividades físicas, o corpo tende a consumir a massa muscular magra como fonte

energética. Mas estudos comprovam que a diminuição de tecidos musculares não

ocorre se a dieta é acompanhada de exercícios localizados. Desta forma a massa

magra é preservada e conseqüentemente mais gordura é perdida. Com a prática da

Ginástica Localizada o indivíduo também obtém benefícios devido o aumento de

força e resistência muscular, como: aprimoramento da capacidade física, melhora da

saúde, melhor disposição física, bem-estar emocional, melhora da auto-estima e

emagrecimento.

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4 MÚSICA

Sempre que se fala em música não há como deixar de associá-la a

sensações, lembranças, sentimentos e emoções. Para muitos, música não tem

definição, é preciso apenas senti-la. Outros a definem como arte ou ciência de

combinar sons harmonicamente. De fato, ela é uma arte capaz de expressar e

despertar sentimentos profundos. Já como ciência ela envolve o aspecto do

conhecimento, do estudo regular e disciplinado da teoria musical e de técnicas de

execução de um instrumento ou canto, além dos benefícios que esses sons

harmônicos podem exercer sobre as pessoas (ABREU, 2009).

Dantas (2002) afirma que a música tem acompanhado o homem desde a pré-

história, tornando-se um elemento característico do ser humano. É impossível

pensar no mundo atual sem música. Além das bandas musicais que enlouquecem

milhões de fãs por todo o mundo, ela ainda está presente nos toques de celulares,

comerciais de TV, nos sons que saem do computador, entre inúmeros outros

exemplos.

A música é a sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo. O

ritmo, a melodia, o timbre e a harmonia, elementos constituintes da música, são

capazes de afetar todo o organismo humano, de forma física e psicológica. Através

de tais elementos o receptor da música responde tanto afetiva quanto corporalmente

(FERREIRA, 2005).

O ritmo é considerado um elemento pré-musical, já que pode existir sem que

haja música propriamente dita. Ele corresponde aos diferentes modos de

agrupamento dos sons em relação à sua duração e acentuação, organizando

vibrações. Sua ação estende-se por toda a natureza física, atingindo a circulação,

respiração, oxigenação, digestão, operações mentais, pulsações e movimentos.

Afeta o humor e produz a excitação corporal nas mais diversas situações (idem).

A melodia é a organização de diferentes notas musicais associadas de forma

a produzirem um sentido melódico, numa sucessão de sons e silêncio.

Beethoven diria ainda que melodia é a linguagem pela qual o músico fala aos

corações (idem). Encontro correlação com BENNETT (1986), quando afirma:

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(...) o modo de reagir a uma melodia é questão muito pessoal. Aquilo que

faz “sentido musical” para um pode ser inaceitável para outro, e o que se

mostra interessante e até belo para uma pessoa pode deixar uma outra

inteiramente indiferente ( p.11).

Já o timbre, nos proporciona a distinção do grave e do agudo. É uma

qualidade do som que nos permite saber sua origem, com uma forma muito

especifica de descriminação entre uma voz e outra (FORTUNA, 2000).

Quanto a harmonia, Bennett (1986) infere que está relacionada à articulação

intelectual do homem e da própria música. Podemos também dizer que ela é

responsável pelas ligações melódicas e rítmicas (RODRIGUEZ, 2005). Assim, a

harmonia induz o ouvinte a uma vasta gama de sensações.

(...) ocorre quando duas ou mais notas de diferentes sons são ouvidas ao

mesmo tempo, produzindo um acorde. Os acordes são de dois tipos:

consonantes, nos quais as notas concordam umas com as outras, e os

dissonantes, nos quais as notas dissonam em maior ou menor grau,

trazendo o elemento de tensão à frase musical (BENNETT, 1986, p.11).

A música esteve presente em quase todas as civilizações, exercendo forte

influência sobre as diversas culturas. É bem provável, portanto, que ela tenha

provocado mudanças importantes no rumo da história dessas sociedades.

Funcionando como meio de o homem exprimir seus sentimentos e de se comunicar,

“a música é um indicador da época, revelando, para os que sabem ler suas

mensagens sintomáticas, um modo de reordenar acontecimentos sociais e mesmo

políticos” (SCHAFER, 2001).

A ela foram atribuídas diversas funções, seja de caráter mágico - religioso,

ritualístico, catártico, comunicacional, mobilizatório, ou mesmo de entretenimento.

Direcionando sentimentos e ações, á atividade musical de cada época (FERREIRA,

2005).

Para Ferreira (2005) várias teorias tentam explicar ainda a importância da

música para as diferentes sociedades do planeta, principalmente se levarmos em

consideração o fato dela estar presente em quase todas estas culturas. Talvez sua

principal função fosse a de facilitar a convivência e a motivação para atividades em

conjunto entre povos antigos.

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4.1 Musicalidade

Segundo De Paoli (2002), um dos aspectos mais importantes numa sessão

de Ginástica Localizada trata-se da musicalidade. É fundamental o conhecimento

dos conceitos básicos de frase musical para uma boa harmonia da atividade e da

música. Este conceito foi introduzido mais enfaticamente com o começo da

Ginástica Aeróbica nos anos 80. As coreografias eram elaboradas e encaixadas

dentro das músicas de maneira a sugerir um entrosamento dela com os exercícios

propostos. Mesmo com a diminuição desta atividade, o conceito continua sendo

utilizado por muitos profissionais da área, que tornaram suas rotinas mais atraentes

com a utilização deste recurso musical. É importante frisar que tanto o ritmo quanto

a fraseologia são conteúdos musicais, que estão inseridos na teoria musical, e que

um não inviabiliza a utilização do outro. São recursos distintos e de grande valia, não

só para as sessões de Ginástica, mas para toda a movimentação corporal que

necessitar de marcação. Além de serem um excelente instrumento para o

profissional, servem como recursos educativos para tornar as rotinas mais

agradáveis, dando a impressão ao aluno de estar interagindo com a música.

4.2 Benefícios da música

Segundo Platão, "a música é o remédio da alma” e que chega ao corpo por

intermédio dela. Assim como a alma pode ser condicionada pela música e o corpo

pode ser condicionado pela ginástica (BATISTA, 2009).

Estudiosos inferem que, a influência da música atinge diversos órgãos e

sistemas do corpo humano: o cérebro, com suas estruturas especializadas, como o

hipotálamo, a hipófise, o cerebelo; o córtex cerebral, o tálamo; o plexo solar; os

pulmões; todo o aparelho gastrintestinal; o sangue e o sistema circulatório (com

ação vasoconstritora e vasodilatadora, agindo, portanto, na pressão sanguínea); a

pele e as mucosas; os músculos e o sistema imunológico (SILVA, 2004).

Após realizar muitas experiências nesse campo, o médico polonês Andrzes

Janicki, especializado em musicoterapia, concluiu também positivamente a respeito

da influência da música no sistema nervoso central, no sistema endócrino, no

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sistema nervoso autônomo (simpático e parassimpático), nas funções de numerosos

órgãos, na função psíquica e na memória. Tais influências se revelam diretamente

nos seguintes aspectos: ritmo cardíaco, pressão arterial, secreção do suco gástrico,

tonicidade muscular, equilíbrio térmico, metabolismo geral, volume do sangue,

redução do impacto dos estímulos sensoriais e funcionamento das glândulas

sudoríferas (idem).

Segundo especialistas, a música harmônica pode provocar, nos seres

humanos, os seguintes tipos de efeito: anti-neurótico, antidistônico, anti-stress,

sonífero, tranqüilizante, regulador psicossomático, analgésico e/ou anestésico e

equilibrador do sistema cardiocirculatório (BATISTA, 2009).

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5 GINÁSTICA E MÚSICA

Segundo Silva (1982), na Grécia, estudiosos descobriram que já se fazia

ginástica ao som da música. Em muitos escritos e em baixos relevos da Idade de

Ouro, era comum cenas de jovens atletas exercitando-se enquanto, a um lado, dois

ou três músicos tocavam uma espécie de flauta e instrumentos de corda. Segundo

alguns pesquisadores, havia, também, um instrumento de percussão, que marcava o

ritmo.

Para os gregos a ginástica é uma série de movimentos destinados, a liberar o

indivíduo de certa quantidade de humores nocivos, por meio da assimilação e

desassimilação. A música é organicamente adequada a livrar o ser humano,

mediante um processo catártico, dos obstáculos internos (idem).

Sem dúvida alguma, realizar qualquer atividade física com música pode ser

muito prazeroso, desde que a mesma agrade e tenha um volume adequado a

atividade a ser realizada (SENGES,2009).

Schneider (1997) afirma que pessoas que ouvem suas músicas favoritas

enquanto realizam exercícios físicos podem prolongar a atividade e achar que o

esforço feito é menos intenso, em comparação com aquelas que preferem fazer

ginástica em silêncio.

Robert T. Herdegen e Jonathan D. Meeks, ambos professores da faculdade

de Hampden-Sydney, em Farmville (Virgínia), constataram ainda que a freqüência

cardíaca das pessoas que ouviram as músicas preferidas não voltou ao nível basal

com mais rapidez logo após o término do exercício do que a das pessoas que

escutaram ruídos de rádio ou que não ouviram música (idem).

Para Schneider (1997), diversos estudos já avaliaram os benefícios de ouvir

música durante a ginástica, que incluem o aumento da resistência e a melhora do

humor. Muitos pesquisadores acreditam que os efeitos favoráveis da atividade física

estão relacionados ao relaxamento que ela oferece o que permite melhorar o

desempenho.

Integrados ambos os movimentos, a catarse se dá em um plano muito mais

elevado e eficiente: fisiológica e psicologicamente (SILVA, 1982).

A música representou o mais alto elemento de ordem psicológica incluído na

ginástica, nos últimos tempos (idem).

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O valor psicológico da música na ginástica, como a conhecemos atualmente,

reside no seu aproveitamento funcional. Não se limita apenas a acompanhar a

ginástica, como mera música de fundo, mas se integra e se confunde de tal forma

que uma e outra se tornam inseparáveis (SILVA, 1982).

Silva (1982) afirma que a música aplicada á ginástica se deve, por si só,

estimular o movimento. Com isso quase afirmamos que, se não houvesse ginástica,

ela forçosamente nasceria por ação da música.

Por fim, se a ginástica conhece hoje o sucesso é graças à música. A música,

utilizada de forma adequada, dá ritmo ao movimento, além de amplitude e leveza ao

corpo. As vibrações musicais provocam vibrações corporais. A música tonifica,

exalta e alivia. A música induz a um esquecimento do corpo e suas fraquezas,

fazendo com que o praticante se sinta purificado pela beleza do gesto em particular,

participando ao máximo da sessão (ARTAXO e MONTEIRO, 2000).

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6 METODOLOGIA

Este estudo se caracteriza como descritivo-exploratório.

Descritivo, pois têm como objetivo primordial a descrição das características

de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre

variáveis (GIL, 1995).

Exploratório, pois têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e

modificar conceitos e idéias, formulando problemas mais precisos ou hipóteses

pesquisáveis para estudos posteriores. Pesquisas exploratórias são desenvolvidas

com o objetivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de

determinado fato (GIL, 1995).

A amostra foi composta por 8 indivíduos, distribuídos em duas academias de

Juiz de Fora, sendo uma de porte médio, localizada em um bairro de classe média,

que aqui será tratada como academia (A) e outra localizada no Centro, que será

tratada como academia (B). Os participantes possuem faixa etária entre 29 e 53

anos, praticantes regulares de Ginástica Localizada. Cada sessão foi composta por

50 minutos, com exercícios para todos os grupamentos musculares.

Na academia A, primeiro local no qual foram realizadas as coletas de dados,

foram acompanhadas as aulas que aconteciam as segundas, quartas e sextas-feiras

as 8:00h e as 18:30h. Nesta academia participaram deste estudo 4 indivíduos sendo

3 do sexo feminino e 1 do sexo masculino.

Na academia B, onde foram realizadas as coletas de dados as sessões são

realizadas as segundas, quartas e sextas-feiras as 18:00h. Neste local participaram

do estudo 4 indivíduos, sendo todos os participantes do sexo feminino.

Para avaliar a motivação dos indivíduos, foi aplicado um questionário (pós-

sessão), validado pelos professores da Faculdade de Educação Física e Desportos

da Universidade Federal de Juiz de Fora, com sete (07) questões pré-determinadas,

relacionadas ao estilo musical utilizado em cada sessão. Cada participante

respondeu ao questionário impresso e distribuído em folhas individuais. Esse

processo foi repetido ao final de cada sessão.

Cada sessão foi ministrada em sua totalidade com os seguintes estilos

musicais: Música Eletrônica, Ritmos Nacionais (mistura de vários ritmos como Pop,

MPB, Axé, Sertanejo, Pagode, Funk, Dance e Pop Rock) e Anos 80.

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O CD contendo o estilo musical referente a cada sessão foi entregue ao

profissional no início da mesma, sem o conhecimento prévio da seleção musical.

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7 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

No questionário utilizado as questões tiveram como objetivo conhecer um

pouco da relação que os participantes têm com a música no seu cotidiano, e

obtivemos os seguintes resultados:

Você costuma ouvir música no seu dia-a-dia?

Praticantes Percentual

Sim 08 100% Não - - Total 08 100%

Em que momentos? Praticantes Percentual Dirigindo 03 37,5%

Trabalhando 03 37,5% Ao acordar 01 12,5%

Á noite 01 12,5% Total 08 100%

Qual (is) estilo (s) musical (is) você prefere ouvir no seu dia- a -

dia?

Praticantes Percentual

Música Eletrônica 01 12,5% Ritmos Nacionais 04 50%

Anos 80 03 37,5% Total 08 100%

Constatamos que os participantes deste estudo têm uma maior preferência da

escuta no dia-a-dia, pelo estilo musical Ritmos Nacionais. Essa satisfação se dá,

provavelmente, pelo fato de existir dentro desse estilo, ritmos bem brasileiros com

características musicais intrínsecas e regionais.

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Quanto aos estilos musicais utilizados obtivemos os seguintes resultados:

MÚSICA ELETRÔNICA

A música interferiu em sua motivação para as atividades da

sessão? Praticantes Percentual

Sim 07 87,5%

Não 01 12,5%

Total 08 100%

Qual o nível de interferência da música sobre sua motivação? Praticantes Percentual

Muito Alto 06 75%

Alto 01 12,5%

Baixo - -

Muito Baixo 01 12,5%

Total 08 100%

As músicas utilizadas na sessão foram:

Participantes Percentual

Ótimas 04 50%

Muito Boas 03 37,5%

Boas 01 12,5%

Regulares - -

Ruins - -

Total 08 100%

Você considera o estilo musical adequado para este tipo de

ginástica? Praticantes Percentual

Sim 07 87,5%

Não 01 12,5%

Total 08 100%

Nesse tema musical as músicas utilizadas foram consideradas adequadas

para a prática de exercício físico, pois tinham pulsos marcados o que favoreceu a

execução dos exercícios e também, por ser um estilo musical em alta na atualidade.

A tecnologia das mixagens também foi o que favoreceu a boa aceitação de tal

estilo, pois músicas que já fizeram sucesso em suas versões originais agradaram

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bastante com as novas versões mixadas. Tal fato foi observado pelos praticantes ao

dizerem que determinadas músicas ficaram “bem legais” em novas versões.

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RITMOS NACIONAIS

A música interferiu em sua motivação para as atividades

da sessão?

Praticantes Percentual

Sim 06 75%

Não 02 25%

Total 08 100%

Qual o nível de interferência da música sobre sua

motivação? Praticantes Percentual

Muito Alto 03 37,5%

Alto 03 37,5%

Baixo - -

Muito Baixo 02 25%

Total 08 100%

As músicas utilizadas na sessão foram:

Participantes Percentual

Ótimas 03 37,5%

Muito Boas 03 37,5%

Boas - -

Regulares - -

Ruins 02 25%

Total 08 100%

Você considera o estilo musical adequado para este

tipo de ginástica?

Praticantes Percentual

Sim 06 75%

Não 02 25%

Total 08 100%

Este estilo musical em relação á Música Eletrônica mostrou-se menos

eficiente sobre a motivação dos participantes, promovendo um menor nível de

motivação entre os indivíduos.

Houve críticas com relação à adequação das músicas para a prática da

atividade física. Os participantes gostaram da maioria das músicas utilizadas, mas

algumas ressalvas com relação às músicas funk ou batidas próximas de funk, foram

feitas no sentido de insatisfação com as letras e pulsos repetidos intensamente,

características essas do funk.

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ANOS 80

A música interferiu em sua motivação para as

atividades da sessão? Praticantes Percentual

Sim 07 87,5%

Não 01 12,5%

Total 08 100%

Qual o nível de interferência da música sobre sua motivação?

Praticantes Percentual

Muito Alto 06 87,5%

Alto 01 12,5%

Baixo 01 25%

Muito Baixo - -

Total 08 100%

As músicas utilizadas na sessão foram:

Participantes Percentual

Ótimas 03 37,5%

Muito Boas 03 37,5%

Boas 02 25%

Regulares - -

Ruins - -

Total 08 100%

Você considera o estilo musical adequado para este tipo de ginástica?

Praticantes Percentual

Sim 06 75%

Não 02 25%

Total 08 100%

As músicas utilizadas nessa tiveram ótima aceitação quanto ao seu repertório

musical. Fato que foi confirmado por uma participante que escreveu uma

observação ao terminar de responder o questionário: “fazer ginástica ouvindo Anos

80 é “legal”, porque a gente dá vontade de cantar, ai enquanto a gente canta nem

percebe que esta se exercitando”.

Em relação á Música Eletrônica o estilo Anos 80 atingiu a mesma eficiência

sobre a motivação dos participantes, promovendo um alto nível de motivação entre

os participantes.

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Com relação às sessões de Ginástica Localizada em geral:

Entre uma sessão com estilos musicais variados e outra com

estilo musical único, o que você prefere?

Participantes

Percentual

Estilos Musicais Variados 08 100%

Estilos Musicais Único - -

Total 08 100%

A totalidade dos participantes preferiu sessões de Ginástica Localizada com

estilos musicais variados, pois assim é mais fácil para que os praticantes se

identifiquem com algum ritmo e a sessão se tornar mais dinâmica e agradável á

todos.

A música favoreceu que a sessão de ginástica ficasse:

Participantes Percentual

Agradável 08 100%

Desagradável - -

Indiferente - -

Total 08 100%

Foi possível perceber que a música é fundamental nas sessões de Ginástica

Localizada, pois todos os participantes afirmaram que a presença da mesma torna a

sessão agradável.

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8 CONCLUSÃO

Música Eletrônica Ritmos Nacionais

Anos 80

A música interferiu em sua motivação para as atividades da sessão?

87,5% 75% 87,5%

Qual o nível de interferência da música sobre sua motivação?

75% 37,5% 87,5%

As músicas utilizadas na sessão foram: (ótimas) 50% 37,5% 37,5%

Você considera o estilo musical adequado para este tipo de ginástica?

87,5% 75% 75%

Os Ritmos Nacionais foi o estilo musical de maior preferência dos

praticantes para a escuta no cotidiano. Porém concluímos que os estilos Música

Eletrônica e Anos 80 foram os que mais influenciaram positivamente na motivação

dos praticantes de Ginástica Localizada, sendo a Música Eletrônica eleita o estilo

musical mais adequado para a prática do exercício físico.

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9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A sessão com o estilo musical Música Eletrônica foi o estilo com melhor

aceitação para a prática de Ginástica Localizada, proporcionando um alto nível de

motivação. As músicas do estilo Anos 80 também se mostraram muito eficientes

para as sessões de Ginástica Localizada, pois agradaram satisfatoriamente aos

participantes, sendo classificadas como ótimas ou muito boas.

A ginástica deve ser trabalhada para melhorar a qualidade de vida das

crianças, dos jovens, dos adultos e dos idosos, sejam eles homens ou mulheres,

tendo ou não limitações. O profissional deve conhecer as características de seus

praticantes, reconhecendo limites e descobrindo as possibilidades dos mesmos,

tendo como objetivo o desenvolvimento nos aspectos cognitivo, afetivo, social e

motor.

Devido ao crescente número de pessoas que se conscientizam da

importância da atividade física e de seus benefícios para a saúde e o bem estar em

geral, é perceptível o aumento da procura por um local específico para a prática de

atividades físicas, este fato tem como conseqüência o notório crescimento do

número de academias, que cada vez mais buscam novas modalidades, novos

equipamentos e a incorporação em seus ambientes de novas e prazerosas formas

de se exercitar.

A Ginástica Localizada inicialmente surgiu como complementar da Ginástica

Aeróbica, mas em pouco tempo ela se destacou como um meio eficiente para a

manutenção de um corpo harmônico. Nos dias atuais seus praticantes buscam

através dela uma boa forma, uma melhoria do estado de saúde, os equilíbrios físicos

e mentais e uma melhora da coordenação motora, fazendo com que através do

movimento, do ritmo e da alegria esta prática se torne muito agradável além de

benéfica.

Hoje a música se faz presente em todos os momentos, pois ela é uma

linguagem de comunicação universal, ela é capaz de agir sobre nós acelerando ou

retardando, regulando ou desregulando as batidas do coração; relaxando ou

irritando os nervos; influindo na pressão sanguínea, na digestão e no ritmo da

respiração, exercendo alterações sobre os processos puramente intelectuais e

mentais. É capaz também de influenciar no caráter do indivíduo, além de direcionar

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a atenção do indivíduo para um determinado estado de ânimo, além de afastar o

tédio e a ansiedade. E nas atividades físicas, motiva a duração do exercício e distrai

os estímulos não prazerosos como o cansaço e a dor.

Ao examinar a influência motivacional da música em praticantes de Ginástica

Localizada, conclui-se que quanto mais diversificados os ritmos musicais, mais

agradável fica a prática.

Para a maioria dos indivíduos, a música é um forte fator motivante da sessão

de Ginástica Localizada. Sugerimos que o profissional deva dispensar uma maior

atenção para esse item no planejamento da sessão.

A música é muito importante em qualquer momento da sessão, pois ela

estabelece a intensidade e o ritmo dos exercícios. Vale lembrar também que a

música deve agradar a maioria do público alvo e não apenas o profissional, assim

como o ritmo deve ser de acordo com o objetivo da aula e a altura do som ter uma

tonalidade que não irrite as pessoas não causando a médio e longo prazo danos aos

ouvidos.

É interessante observar que nas academias de Juiz de Fora, escolhidas para

o estudo, o estilo musical mais utilizado é realmente Música Eletrônica. Este estudo

comprovou que este estilo musical realmente é muito bem aceito, mas vale ressaltar

que Anos 80 foi um estilo que obteve ótima aceitação e raramente é observado seu

uso nos ambientes de prática de Ginástica Localizada.

A excelência da sessão está em perceber a característica do grupo e adequá-

la a música, buscando os melhores estilos musicais que promovam a motivação

para a prática da Ginástica Localizada.

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ANEXO A

Idade: ______________________

ESTILO MUSICAL: ______________________ Data:____/ ____/ ____

Sobre seus hábitos musicais:

1. Você costuma ouvir musica no seu dia – a- dia?

( ) Não ( ) Sim. Em que momentos? __________________________

2 - Qual (ou quais) estilo(s) musical (is) você prefere ouvir no seu dia- a -dia?

( ) Anos 80 ( ) Ritmos Nacionais ( ) Música Eletrônica ( ) Outro______________________________________________________ Sobre a sessão de ginástica:

1- A música favoreceu que a sessão de ginástica ficasse:

( ) Agradável ( ) Desagradável ( ) Indiferente

2 - A música interferiu em sua motivação para as atividades da sessão?

( ) Sim ( ) Não

Se sim: Qual o nível de interferência da música sobre a sua motivação?

( ) Muito alto ( ) Alto ( ) Baixo ( ) Muito baixo

3 - As músicas utilizadas na sessão foram:

( ) Ótimas ( ) Muito boas ( ) Boas ( ) Regulares ( ) Ruins

4 - Você considera o estilo musical utilizado adequado para este tipo de ginástica?

( ) Sim ( ) Não

5- Entre uma sessão com estilos musicais variados e outra com estilo musical único, o que você prefere?

( ) Estilos Musicais Variados ( ) Estilo Musical Único

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ANEXO B

Músicas utilizadas nas sessões

Anos 80

1. Dancing Queen - The Real Abba Gold

2. Love Is In The Air - David Garrick

3. Pintura Íntima – Kid Abelha

4. Holiday – Madonna

5. Fórmula do Amor – Kid Abelha

6. Whisky A Go-Go – Roupa Nova

7. Enjoy The Silence - Depeche Mode

8. A Dois Passos do Paraíso – Blitz

9. Billie Jean – Michael Jackson

10. Sweet Child O’ Mine - Guns N’ Roses

11. Spring Love - Steve B

12. I Am What I Am - Glória Gaynor

13. Rhythm Is a Dancer - Snap

14. Like a Virgin – Madonna

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Ritmos Nacionais

1. Vinny - Mexe a Cadeira (pop)

2. Vinny – Requebra (pop)

3. Lulu Santos - Assim Caminha a Humanidade (pop rock)

4. Cheiro de Amor – Amassadinho (axé)

5. Dj Malboro – Já é Sensação (funk)

6. Exaltasamba – Valeu (pagode)

7. Paralamas do Sucesso – Lourinha Bombril (pop rock)

8. Nx Zero – Razões e Emoções (pop rock)

9. Muamba – A Casa Vai Cair (rock)

10. Ana Carolina – Garganta (mpb)

11. Skank – Uma Partida de Futebol (pop rock)

12. Blitz – Geme Geme (pop rock)

13. Rappa – Pescador de Ilusões (pop)

14. Jota Quest – Além do Horizonte (pop rock)

15. Jota Quest – Do Seu Lado (rock)

16. Skank - É Proibido Fumar (pop rock)

17. Vitor e Léo – Arapuca (sertanejo)

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Música Eletrônica

1. Alex Galdino feat. Shena – Watch Out

2. Dj MP4 – The Books On The Table( remix)

3. Infected Mushroom - Becoming Insane

4. Chris Decay – Shinning

5. Infected Mushroom – I Wish

6. David Guetta - The World Is Mine

7. Laurent Wolf – Saxo

8. Rihanna – Take A Bow (remix)

9. Desaparecidos - Ibiza

10. PitBull – I Know You Want Me ( Calle Ocho)

11. Black Eyed Peas – Boom Boom Pow

12. Cascada – Evacuate The Dancefloor

13. Get Far feat. Sagi Rei – All I Need

14. M@d – The Concert

15. House Boulevard - Set me free

16. Tommy Vee & Andrea T Mendoza - Lovely

17. It´s Not Right But It´s Ok – Whitney Houston

18. Ian Carey - Keep on rising

19. Double You - Lose control

20. R.I.O - Shine on