45
A Inserção e Regulamentação da Minigeração: O caso da energia solar fotovoltaica Osvaldo Soliano Pereira, Ph.D. São Paulo Agosto, 2013

A Inserção e Regulamentação da Minigeração: O caso …az545403.vo.msecnd.net/uploads/2013/08/Osvaldo-Soliano_Diretor-do... · UTN 2 1.990 1,6 Total 2.77 124.395 100. Resoluções

  • Upload
    lyphuc

  • View
    214

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

A Inserção e Regulamentação da Minigeração: O caso da energia solar fotovoltaica

Osvaldo Soliano Pereira, Ph.D.

São Paulo

Agosto, 2013

Conteúdo

• Situação no Mundo

• Situação no Brasil

– Status

– Regulamentação

• Custos

• Perspectivas e recomendações

2

Micro-usinas solares

• Pilar 2 da Terceira Revolução Industrial

– Transformação do patrimônio imobiliário em microgeradores de energia para coletar energias renováveis

• Setor imobiliário + energia: mega-empregadores

• Passos:

– Compensação de energia elétrica (net-metering)

– Net-zero

– Energia positiva

3

Nova capacidade na Europa: 2012 (MW)

4

Fonte: EPIA

Brasil: 124.395 MW Itaipu: 14.000 MW

Capacidade instalada nos EUA

Osvaldo Soliano Pereira - CBEM

Cenários futuros: Políticas vigentes (MW)

Fonte: EPIA

Osvaldo Soliano Pereira - CBEM

Cenários futuros: Políticas específicas (MW)

Fonte: EPIA

Brasil 2022: 1.400 MW

Resoluções Normativas ANEEL 482/abril 2012 e 517/ dezembro 2012

• Microgeração distribuída: central geradora de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual a 100 kW,

• Minigeração distribuída: central geradora de energia elétrica, com potência instalada superior a 100 kW e menor ou igual a 1 MW

• Conectadas na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras

• Sistema de compensação de energia elétrica: • Energia injetada por micro/minigerador é cedida

• Empréstimo gratuito, à distribuidora

• Posterior compensação com o consumo da mesma unidade consumidora (UC) ou de outra UC de mesma titularidade, desde que possua o mesmo CPF/CNPJ

REN’s 482/2012 e 517/2012

• DO ACESSO AOS SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

• Celebração de Acordo Operativo para os minigeradores ou do Relacionamento Operacional para os microgeradores

• Potência instalada fica limitada à carga instalada, no caso de unidade consumidora do grupo B, ou à demanda contratada, no caso de unidade consumidora do grupo A.

• Custos de ampliações ou reforços no sistema de distribuição serão integralmente arcados pela distribuidora.

• Norma da Concessionária

• DO SISTEMA DE COMPENSAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

• 36 meses, custo de disponibilidade, respeito ao posto tarifário

• DA MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

• DISPOSIÇÕES GERAIS

• Registro

• Prazo de 5 anos

Projetos em operação registrados na ANEEL

Project

Capacidade

Outorgada (MW)

Capacidade Fiscalizada

(MW) Tipo de Funding

Araras - RO 0,020 0,020 P&D

Tauá 5,000 1,000 Comercial

University of São Paulo 0,012 0,012 P&D

University of São Paulo 0,003 0,003 P&D

Italian Embassy 0,050 0,050 Demonstração

PV Beta Test Site 0,002 0,002 Distribuidor

Pituaçu Solar 0,405 0,405 EE

Aeroporto Campo de Marte 0.002 0,002 Privado

Tanquinho 1,082 1,082 P&D

Silva Neto I 0,002 0,002 Privado

PGM 0,007 0,007 RN 482

Solaris 0.001 0,001 Distribuidor

Ilha Grande 0,031 0,031 CEMAR

Volpato 0.001 0.001 Privado

Total 6,617 2,617

Projetos emblemáticos

• Estádios solares – Pituaçu (BA): 400 kWp, R$ 5,5 milhões => R$13,75/Wp – Mineirão (MG): 1.200 kWp, R$10.013.799.13 => R$8,3/Wp – Arena Pernambuco (PE) – Maracanã (RJ) – Mané Garrincha (DF) – Arena Amazônia (AM)

• Megawatt Solar (Eletrosul): – 1 MWp, R$ 8,1 milhões: R$ 8,1/Wp

• Fernando de Noronha (CELPE) – 424 kWp

Pituaçu Solar - BA

13

Embaixada Italiana -DF

14

Usina Solar PGM - MG

15

Projeto Juazeiro – Brasil Solaire

Piloto Caixa Econômica/ANEEL Geração de renda no Minha Casa, Minha Vida

Plano Brasil Maior

Fontes de financiamento

• BNDES – Linha Energias Alternativas

• Grandes projetos: valor mínimo R$10 milhões – TJLP + 0,9% aa + risco (≤ 4,18% aa) ou instituição financeira

– 80 a 90% do investimento

– até 16 anos

– Fundo Clima • Valor mínimo de R$3 milhões

– Taxas de 5% aa reais

• Banco KfW alemão – destinado a instituições governamentais ou empresas

públicas

– até 15 anos, com até 3 anos de carência incluídos

Normas de concessionárias paulistas: dezembro 2012

• Elektro:

– ND.64: Conexão entre Microgeração Distribuída em Baixa Tensão e a Rede de Distribuição; 02/2013

• CPFL:

– N.Documento: 15303; Categoria: Manual: Conexão de Micro e Minigeração Distribuída sob Sistema de Compensação de Energia Elétrica; 28/01/2013

Normas de Conexão

20

Etapas de acesso ao sistema de distribuição da concessionária

CPFL

• Solicitação de acesso disponível no site: http://www.cpfl.com.br

• Projeto das instalações de conexão (normas, padrões e procedimentos técnicos a serem utilizados), incluindo: Memorial Descritivo (especificação da instalação)

Localização

Arranjo Físico (detalhes eletromecânicos, painéis, dutos, etc.)

Diagramas (unifilar, trifilar)

Desenhos (plantas, cortes, vistas, lista de materiais, etc.)

Licença Ambiental (conforme Resoluções Normativas nº 390 e 391, ambas de 15 de dezembro de 2009)

• Emissão do parecer de acesso pela concessionária

• Celebração do acordo entre as partes

• Vistoria por parte da concessionária e aprovação

ELEKTRO • Solicitação de acesso: Formulário ND.64-F-002 • Emissão do parecer de acesso pela concessionária • Apresentação de projeto

Memorial descritivo assinado pelo responsável técnico do projeto: Objetivo ou finalidade do projeto e da instalação;

Condições gerais sobre normas técnicas seguidas para o projeto e as que devem ser observadas na execução das instalações;

Dados da unidade geradora (informações técnicas do gerador, inversor e demais dispositivos);

Certificação do inversor de laboratório credenciado pelo INMETRO;

Informação de Acesso e/ou Parecer de Acesso, fornecidas pela Elektro.

Desenhos Diagrama Unifilar, tipo de sistema elétrico, Potência Nominal, Principal fonte de geração,

Planta de Localização

• Celebração do acordo entre as partes • Vistoria por parte da concessionária e aprovação

Diagramas unifilares das concessionárias

Padrões de entrada das concessionárias

Preços mundiais

26

Fonte: SEIA, 2012

27

28

29

Acordo China-EU: preço mínimo do módulo chinês de €0.56/Wp (US$0.74/W) e teto de importação anual de

7 GW

30

31

32

33

O exemplo do Mineirão (dados: CEMIG, em Jornal da Energia)

34

Tomada de preço na USP: Preços praticados no país, compras entre 0,5 MW e 1 MW

Fonte: Prof. Roberto Zilles)

Inversores 5 kW → 1,87 R$/W Inversores 15 kW → 1,22 R$/W Inversores ≥ 100 kW → 0,42 R$/W

Preço Final: 7,5 R$/Wp

Custo nivelado na Bahia

Fonte: CBEM

Potência Instalada

[kWp] 3,12

Custo

nivelado

(R$/kWh)

Valor Total R$

24.681,21

Reais / kWp - CBEM R$

7.910,645

Fator de capacidade 18% 0,55542

Fator de capacidade 15% 0,66651

Fator de capacidade 13% 0,76905

Taxa de desconto 7%

Taxa de manutenção 1%

Troca de materiais a

meio período de vida

do sistema

~ 20% do

valor total

Potência Instalada

[kWp] 5,76

Custo

nivelado

(R$/kWh)

Valor Total R$

42.925,88

Reais/Wp - CBEM R$

7.452,410

Fator de capacidade 18% 0,52875

Fator de capacidade 15% 0,63450

Fator de capacidade 13% 0,73212

Taxa de desconto 7%

Taxa de manutenção 1%

Troca de materiais a

meio período de vida do

sistema

~ 20% do

valor total

Pay-back num sistema na Bahia

37

38

A curva de R$ 3,00 é "interrompida" em 7,5 R$/Wp pelo fato dos paybacks de 8,5 e 9,3389 superarem a vida útil de 25 anos do sistema FV

Pressupostos do "Payback simples", Tarifas de energia elétrica de R$ 0,3 a 6/MWh, sistema residencial de 5 kWp, vida útil de 25 anos, taxa de O&M de 0,5% do investimento inicial, fator de capacidade de 14,25%, taxa de retorno de 8% e taxa de degradação de 0,9% a.a., ICMS de 25%

39

Pressupostos do "Payback simples", Tarifas de energia elétrica de R$ 0,4/MWh, Sistema residencial de 5 kWp, vida útil de 25 anos, taxa de O&M de 0,5% do investimento inicial, fator de capacidade de 14,25%, taxa de retorno de 8% e taxa de degradação de 0,9% a.a., ICMS de 25%.

Constatações e perspectivas

• Não há efetivas políticas de apoio, além da compensação • Ação regulatória da ANEEL: cautela e temporalidade (2017) • Componentes de custos

– Custo do capital (R$/Wp) – Mão de obra – Impostos (ICMS) – Tarifa local de eletricidade

• Limitações em obras concluídas – Sombra – Financiamento com juros elevados

• Oportunidade de negócios: – Setor imobiliário: novas construções, juros diluídos – Comercializadora das distribuidoras – Prédios públicos

Questões de projeto: sombreamento

41

Prédios públicos na Bahia: Módulos em estacionamentos

Tribunal Regional Eleitoral - Potência aproximada 450 kWp

Secretaria da Saúde – Potência aproximada 350 kWp

Prédios públicos na Bahia: Módulos em telhados

Recursos Hídricos - Potência aproximada 210 kWp

Governadoria - Potência aproximada: 87 kWp

SAEB - Potência aproximada em telhados: 105 kWp

Seinfra, Derba e Agerba - Potência aproximada: 200 kWp

Brises em edificações

Necessidade de análise minuciosa: • Influência das baixas

latitudes – pouca geração. • Análise da disposição e

orientação solar. • Geralmente uso de

tecnologia de módulos mais cara (BIPV).

Recomendações • 2022: 1.400 MW ??? => 5.000 MW • ICMS Zero • Concessão de empréstimos a empresas de

pequeno e médio porte e proprietários de imóveis

• Incorporação ao custo da obra civil: diluição dos custos num logo prazo – Média de 8 a 10 anos para payback vs 20-25 anos

• Valorização dos imóveis • IPTU Verde: Feed-in Tariff Municipal com cap • Cidade Solar • Redução do ISS

45