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A Liberdade: questões 01) O que quer dizer o seguinte trecho de Sartre: “ O homem faz-se; não está realizado logo de início, faz-se escolhendo a sua moral”? 02) Existem limites para a liberdade? Exemplifique. 03) Assinale com um “X” a resposta correta sobre o que é a liberdade. a) ( ) liberdade é poder fazer o mal quando se quiser. b) ( ) liberdade são os caminhos que outro ser decide para a nossa vida. c) ( ) liberdade é um estado em que o homem não tem mais limites, podendo fazer o que quiser e sem precisar considerar a liberdade dos outros. d) ( ) liberdade é escolher o tipo de pessoa que você é e será. e) ( ) liberdade é um cálculo sobre as causas que levaram as pessoas a fazer o mal. 04) Assinale as atitudes que podem aumentar a nossa liberdade: ( ) Estudar e estimular a nossa imaginação. ( ) Criar um plano onde a moral possa ficar de fora. ( ) Refletir sobre nossa vida. ( ) Diminuir a liberdade dos outros. ( ) Pensar em um projeto para nossa vida. 05) Qual dos conceitos abaixo completa a seguinte afirmação de Sartre: “ A liberdade como fundamento de todos os ___________”. a) valores ( ) ; b) medos ( ) ; c) esquecimentos ( ) ; d) homens ( ); e) Dias ( ) 01. Explique esse poema de Fernando Pessoa baseado nos conceitos de liberdade e determinismo de Sartre. Adiamento Se em certa altura Tivesse voltado para a esquerda em vez de para a direita; Se em certo momento Tivesse dito sim em vez de não, ou não em vez de sim; Se em certa conversa Tivesse dito frases que só agora, no meio-sono, elaboro – Seria outro hoje, e talvez o universo inteiro Seria indiscutivelmente levado a ser outro também.

A Liberdade

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A Liberdade: questões

01) O que quer dizer o seguinte trecho de Sartre: “ O homem faz-se; não está realizado logo de início, faz-se escolhendo a sua moral”?02) Existem limites para a liberdade? Exemplifique.03) Assinale com um “X” a resposta correta sobre o que é a liberdade.a) ( ) liberdade é poder fazer o mal quando se quiser.b) ( ) liberdade são os caminhos que outro ser decide para a nossa vida.c) ( ) liberdade é um estado em que o homem não tem mais limites, podendo fazer o que quiser e sem precisar considerar a liberdade dos outros.d) ( ) liberdade é escolher o tipo de pessoa que você é e será.e) ( ) liberdade é um cálculo sobre as causas que levaram as pessoas a fazer o mal.04) Assinale as atitudes que podem aumentar a nossa liberdade:( ) Estudar e estimular a nossa imaginação.( ) Criar um plano onde a moral possa ficar de fora.( ) Refletir sobre nossa vida.( ) Diminuir a liberdade dos outros.( ) Pensar em um projeto para nossa vida.

05) Qual dos conceitos abaixo completa a seguinte afirmação de Sartre: “ A liberdade como fundamento de todos os ___________”.a) valores ( ) ; b) medos ( ) ; c) esquecimentos ( ) ; d) homens ( ); e) Dias ( )

01. Explique esse poema de Fernando Pessoa baseado nos conceitos de liberdade e determinismo de Sartre.

Adiamento

Se em certa alturaTivesse voltado para a esquerda em vez de para a direita;Se em certo momentoTivesse dito sim em vez de não, ou não em vez de sim;Se em certa conversaTivesse dito frases que só agora, no meio-sono, elaboro –Seria outro hoje, e talvez o universo inteiroSeria indiscutivelmente levado a ser outro também.

02. A seguir são apresentados estímulos para a sua reflexão individual. Anote suas ideias. Em seguida troquem anotações com os colegas. Façam uma síntese única em grupo.

a.) “Uma coisa é viver, outra é pensar” (Comente)b.) “A existência precede a essência” (Comente)c.) Dê exemplos do valor da imaginação e da importância da razão para solucionar os problemas da existência.d.) Analise as citações do texto de Sartre abaixo:

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“Se o homem não é, mas se faz, e se, em se fazendo, assume a responsabilidade por toda a espécie humana, se não há valor ou moral dados a priori, mas se, em cada caso, precisamos resolver sozinhos, sem ponto de apoio e, no entanto, para todos, como haveríamos de não sentir ansiedade quando temos de agir?”

“Queremos a liberdade pela liberdade através de cada circunstância em particular. E, ao querermos a liberdade, descobrimos que ela depende inteiramente da liberdade dos outros e que a liberdade dos outros depende da nossa(...)”

Pesquisa:1. Pesquisar material disponível (jornais, livros, filmes, músicas) sobre os movimentos estudantis de 1968 em várias partes do mundo.2. Contracultura.3. Relacionar tudo isso com o pensamento de Sartre.

1.O libertismo defende que:

a)Há acções livres e que somos responsáveis por todas as nossas acções.

b)Há acções livres e que somos responsáveis pelas acções que realizamos livremente.

c)Que as acções livres não têm causa.

d)Que as acções livres não têm causa porque qualquer causa está fora do controlo do agente.

R: b)Há acções livres e que somos responsáveis pelas acções que realizamos livremente.

2.A questão do livre – arbítrio é a questão de saber:

a)Até que ponto o Estado deve interferir na nossa vida.

b) Até que ponto deve ir a nossa liberdade na relação com os outros.

c) Se temos a possibilidade de agir de modo diferente do que agimos.

d) Se a liberdade nos pode ser dada ou tirada.

R: c) Se temos a possibilidade de agir de modo diferente do que agimos?

A liberdade de que estamos aqui a falar não é a liberdade política. A liberdade política pode ser-nos dada ou tirada, consoante o regime político em que vivamos. A liberdade metafísica não nos pode ser dada nem tirada, mesmo que vivamos no pior dos regimes políticos. O homem é ou não metafisicamente livre qualquer que seja o regime político em que viva. Se for verdade que o homem tem livre-arbítrio, como a maior parte das pessoas acredita, mesmo aqueles que vivam na mais feroz das ditaduras e não tenham quaisquer liberdades políticas, serão livres no sentido em que estamos aqui a usar a palavra.

3.Somos livres se e só se:

a) Pudermos fazer tudo o que nos apetecer.

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b) As condicionantes biológicas e culturais não influenciarem tanto a forma como agimos quanto as condicionantes físico-biológicas.

c)Nem todas as nossas acções forem inevitáveis.

d)Algumas das nossas acções acontecerem sem qualquer razão de ser.

R: c)Nem todas as nossas acções forem inevitáveis.

4.O determinismo radical afirma que:

a) Tudo no mundo tem uma causa excepto os actos humanos.

b) Tudo no mundo tem uma causa, podendo, eventualmente, ter hoje uma causa e amanhã uma outra completamente diferente.

c) A ideia de que tudo resulta de causas anteriores, se aplica apenas aos objectos físicos.

d) Um acontecimento resulta de uma causa ou conjunto de causas e que sempre que essa causa ou conjunto de causas ocorrer dará inevitavelmente origem ao acontecimento.

R: d) um acontecimento resulta de uma causa ou conjunto de causas e que sempre que essa causa ou conjunto de causas ocorrer dará inevitavelmente origem ao acontecimento.

5. Acções livres são as que:

a)Não podemos evitar.

b) Resultam da opção por uma alternativa entre várias possíveis.

c)Não podemos controlar.

d)São indeterminadas ou aleatórias.

R: b) Resultam da opção por uma alternativa entre várias possíveis.

6.O chamado «dilema do determinismo» consiste no facto de:

a) O determinismo ser a crença de todas as pessoas.

b) O indeterminismo ser a forma de salvar a liberdade.

c) O determinismo e o indeterminismo serem teorias que negam a liberdade da vontade.

d)O livre – arbítrio e o determinismo serem compatíveis.

R: c) O determinismo e o indeterminismo serem teorias que negam a liberdade da vontade.

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7. O chamado problema do livre – arbítrio formula – se nos seguintes termos:

a) Será possível conciliar o determinismo com o indeterminismo?

b) Será que podemos controlar actos que são inevitáveis?

c) Será que todas as acções são livres?

d) Será possível conciliar a crença no livre – arbítrio com a crença no determinismo?

R: d) Será possível conciliar a crença no livre – arbítrio com a crença no determinismo?A ciência afirma que todos os acontecimentos estão causalmente determinados. Ora as acções humanas são acontecimentos.Assim sendo, será a liberdade ou livre – arbítrio uma ilusão ou uma realidade? Se, por um lado, o determinismo parece implicar a inexistência de livre arbítrio, por outro, o livre arbítrio parece implicar a falsidade do determinismo.

8. O livre-arbítrio não é compatível com o determinismo, ou seja, se o mundo é determinado, não há livre-arbítrio. Esta tese é defendida:

a)Pelo compatibilismo.

b)Pelo determinismo radical.

c)Pelo indeterminismo.

d)Pelo determinismo moderado.

R: b)Pelo determinismo radical.

9.O determinismo radical é a teoria segundo a qual:

a)O determinismo é incompatível com a crença no livre – arbítrio.

b)Há acções humanas que não decorrem de causas anteriores e por isso são livres.

c) O determinismo é incompatível com a crença no livre – arbítrio e o determinismo é verdadeiro.

d) O determinismo é incompatível com a crença no livre – arbítrio e as duas crenças são verdadeiras.

R: c) O determinismo é incompatível com a crença no livre – arbítrio e o determinismo é verdadeiro. A alínea a) serviria para caracterizar também o libertismo.

10.Determinismo e fatalismo são idênticos. Esta afirmação é:

a)Verdadeira, porque ambos consideram que as nossas acções são inevitáveis.

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b)Falsa, porque o fatalismo somente se aplica às acções humanas.

c)Verdadeira, porque em ambos os casos há forças que anulam a liberdade humana.

d)Falsa, porque o fatalismo defende que alguns acontecimentos são inevitáveis, independentemente da modificação das causas, ao passo que o determinismo defende que mudando as causas mudam os efeitos.

R: d)Falsa, porque o fatalismo defende que alguns acontecimentos são inevitáveis, independentemente da modificação das causas, ao passo que o determinismo defende que mudando as causas mudam os efeitos.

Tudo o que o determinismo afirma é que o estado do mundo num momento determina o estado do mundo no momento seguinte. Mas não estabelece qual o estado do mundo no primeiro momento nem que não possa ser diferente daquele é e, portanto, não tem como consequência que nada do que os seres humanos possam fazer alterará o futuro. O determinismo é perfeitamente consistente com a ideia de que a forma como agirmos numa dada altura poderá afectar o que vier a acontecer e, portanto, com a ideia de que o nosso futuro depende daquilo que fizermos no presente.

11. O libertismo nega:

a)O determinismo.

b) O determinismo universal.

c) Que façamos parte do mundo natural sujeito a leis físicas deterministas.

d)Que livre – arbítrio e determinismo sejam inconciliáveis.

R: b) O determinismo universal.

O libertismo não nega que haja acções determinadas por causas ou acontecimentos anteriores. O que nega é que todas as acções sejam o desfecho necessário de causas anteriores. Admite que só enquanto seres naturais os seres humanos estão sujeitos às leis deterministas da natureza. Mas não somos somente seres naturais ou dotados de um corpo. Somos também seres racionais que pensam e deliberam. Por isso, as acções que são causadas pelas nossas deliberações racionais são livres.

12. A crença de um determinista moderado no determinismo é radicalmente diferente da crença de um determinista radical. Esta afirmação é:

a) Falsa, porque a diferença entre ambos reside apenas em que o determinista moderado não pensa que a sua crença no determinismo acarrete necessariamente que não haja livre-arbítrio.

b)Verdadeira, porque o determinismo moderado modifica a ideia de causalidade.

c)Falsa, porque o determinismo moderado é uma forma disfarçada de determinismo radical.

d) Verdadeira, porque o determinismo moderado admite que algumas das nossas acções não fazem parte de um encadeamento causal.

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R: a) Falsa, porque a diferença entre ambos reside apenas em que o determinista moderado não pensa que a sua crença no determinismo acarrete necessariamente que não haja livre-arbítrio. Para o determinista radical, essa crença tem como consequência inevitável a falsidade da crença no livre-arbítrio.

13.O que acontecerá é completamente determinado pelo que aconteceu antes. Esta posição é defendida:

a) Pelo libertismo.

b)Pelo determinismo radical mas não pelo moderado.

c) Pelo determinismo radical e pelo determinismo moderado.

d) Pelo determinismo moderado.

R: c) Pelo determinismo radical e pelo determinismo moderado. Lembremos que o determinismo moderado apesar de moderado considera que o determinismo é verdadeiro.

14. As escolhas que fazemos resultam de cadeias causais - de uma sucessão necessária de eventos - que não podemos controlar. Para o determinismo radical esta tese implica que:

a) Uma acção livre tem de ser uma acção não – causada.

b) Há acções que escapam ao encadeamento causal.

c) Que nem todos os acontecimentos derivam necessariamente de acontecimentos anteriores.

d)Que algumas acções não constituem elos de uma cadeia causal.

R: a) Uma acção livre tem de ser uma acção não – causada. Os deterministas radicais pensam que uma acção para ser livre tem de ser não causada mas não admitem que um tal tipo de acção seja possível. Para o determinista radical acreditamos, ou pelo menos agimos como se acreditássemos, que tudo sem excepção tem uma causa. Liberdade e determinismo são incompatíveis.

15. Segundo os críticos, o indeterminismo não fornece uma base adequada à defesa da existência de livre-arbítrio porque:

a)É uma teoria cientificamente falsa.

b) Mesmo que o indeterminismo seja verdadeiro, acrescentar o acaso ao conjunto de causas de uma acção não torna essa acção mais dependente da nossa vontade.

c) Algumas acções não constituem elos de uma cadeia causal.

d) Os nossos comportamentos são determinados pelos nossos genes, pelo meio em que crescemos, pelos nossos desejos e pelas nossas crenças.

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R: b) Mesmo que o indeterminismo seja verdadeiro, acrescentar o acaso ao conjunto de causas de uma acção não torna essa acção mais dependente da nossa vontade. Não é por acrescentarmos a estes factores o acaso que passaremos a ser livres. Se a liberdade dependesse do factor acaso então as relações humanas seriam muito complicadas: nunca poderíamos confiar em ninguém, uma vez que, devido ao acaso, uma pessoa tanto se poderia comportar como não comportar de forma amigável.

16. Segundo o compatibilismo proposto entre outros por Davd Hume:

a) Temos livre-arbítrio e só o universo físico é determinado.

b) Não temos livre-arbítrio e o universo é determinado.

c)A liberdade consiste em ser possível agir tendo controlo sobre os elos passados das nossas acções.

d) A liberdade é não só compatível com o determinismo como também tem neste a sua condição de necessária.

R: d) A liberdade é não só compatível com o determinismo como também tem neste a sua condição de necessária.

A alínea a) traduz a posição libertista. A alínea b) exprime a tese determinista radical. A alínea c) é falsa porque segundo o determinismo moderado uma acção é livre se eu fizer o que desejar mas tem origem numa série causal que vem do passado e cujo último elemento é o referido desejo de realizar algo.

A alínea d) é averdadeira porque a liberdade é não só compatível com o determinismo como também o exige. Se assim não fosse os nossos desejos e crenças seriam aleatórios, não derivariam da nossa personalidade, não seriam genuinamente nossos.

17. Segundo os críticos, o compatibilismo não fornece uma base adequada à defesa da existência de livre-arbítrio porque:

a)Reconhece que tudo é determinado.

b) Agimos livremente desde que as nossas acções resultem do que desejamos e acreditamos fazer e não de crenças e desejos de outros.

c)Não consegue explicar como é que um agente pode agir de modo diferente nas mesmas circunstâncias.

d)Desconhece que a nossa personalidade resulta do condicionamento social.

R: c)Não consegue explicar como é que um agente pode agir de modo diferente nas mesmas circunstâncias.

O compatibilismo só admite que um agente poderia não ter feito o que fez se não fosse impedido por qualquer coacção ou constrangimento e se as suas crenças e desejos fossem outros, ou seja, se a série de causas que conduziu a uma decisão tivesse produzido outros desejos e crenças.

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18.Segundo o libertismo, temos livre-arbítrio ou liberdade porque decisões do ser humano decorrem das suas deliberações e não de acontecimentos anteriores. Esta tese enfrenta a objecção determinista de que:

a) As deliberações e decisões derivam de crenças e desejos e tendo estas sempre por base crenças e desejos anteriores (passado) são também causalmente determinadas.

b)O nosso carácter é geneticamente pré – determinado.

c) O livre-arbítrio é uma condição necessária para se poder responsabilizar as pessoas pelas suas acções.

d)A personalidade do agente não é causalmente relevante para o que ele pretende fazer.

R: a) As deliberações e decisões derivam de crenças e desejos e tendo estas sempre por base crenças e desejos anteriores (passado) são também causalmente determinadas.

19. O defensor do livre – arbítrio é a pessoa que:

a) Afirma que todos os acontecimentos escapam ao encadeamento causal.

b)Afirma que algumas acções não são o efeito necessário de causas anteriores.

c) Afirma que mundo é uma vastíssima cadeia causal em que se sucedem causas e efeitos de um modo necessário, estando o momento presente ligado a todos os momentos anteriores como desfecho necessário daqueles.

d)Afirma que mesmo que o Universo físico seja determinista, e nós façamos também parte dele, não se segue que as nossas acções sejam determinadas.

e) As alíneas a),  c)  e d) são falsas.

f)Todas as alíneas são verdadeiras.

R: e) As alíneas a),  c)  e d) são falsas. Na verdade, o determinista moderado assume – se como defensor do livre – arbítrio sem negar o determinismo universal.

20.Para o compatibilismo, o livre – arbítrio é compatível com o determinismo porque:

a)Tudo no mundo natural é determinado.

b) Algumas acções são livres por serem determinadas mas não constrangidas

c)Algumas acções são livres e não determinadas.

d)Defende uma visão dualista do universo.

R: b) Algumas acções são livres por serem determinadas mas não contra.