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Analisa a construção da identidade a partir da análise dos pesonagens da Liga da Justiça. Trabalho apresentado na VIII Semana de Humanidades UFC/UECE.
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A Liga da Justiça como representação simbólica das relações de identidade na
sociedade contemporânea
Izabel Lima dos SantosJessé Albino Santana
Orientador: Prof. Jefferson Veras Nunes
Introdução
• Atualmente não se pode pensar no processo de comunicação como uma via de mão única e sim como um processo de troca e negociação constante entre meios de comunicação e audiência. Cada um deles fazendo uso dos recursos de barganha que possui para alcançar os seus objetivos dentro do atual panorama das relações mídia e sociedade.
Teoria da Recepção
• “É reconhecido um papel ativo do receptor na construção do sentido das mensagens, sendo acentuada a importância do contexto da recepção”. (MATTELART; MATTELART, 1999, p. 148).
• Morley escreveu e pesquisou sobre recepção, desfigurando a imagem de audiência passiva. Dentre suas pesquisas, a de maior destaque foi a realizada em 1980, sobre o programa Nationwide.
A Liga da Justiça
• Surgiu na década de 1950, no contexto da Guerra Fria.
• Foi publicada, originalmente, pela National Comics, atual DC Comics.
• A primeira aparição da Liga da Justiça ocorreu na revista The Brave and The Bold, no período que ficou conhecido como a Era de Prata dos quadrinhos.
Analisando a Liga da Justiça
• A formação original da Liga contava a Mulher-Maravilha, Aquaman, Super-Homem, Lanterna Verde, Batman, Flash e Ajax.
• Apresentava uma visão homogênea e reducionista das identidades e das representações sociais.
Analisando a Liga da Justiça
• Ajax, Batman, Flash, Lanterna-Verde, Mulher-Gavião, Mulher-Maravilha e o Super-Homem.
• Apresenta ampliação do discurso e maior heterogeneidade de personagens.
Analisando a Liga da Justiça
• Herói x Anti-herói
• Apresenta narrativas mais abertas
• Ampliação da participação feminina
• Deixou de ser etnicamente homogênea
Considerações finais
• Ao analisar-se os produtos midiáticos percebe-se que não existem “[...] indivíduos soberanos, nem massas uniformes”. (CANCLINI, 2008, p. 17). Portanto, reitera-se que a relação mídia e sociedade deve ser encarada como uma constante troca e negociação entre os pólos envolvidos. Dentro desse cenário surgem novas possibilidades de abordagem e de compreensão dos fenômenos sociais.
Referências
• BAUMAN, Zygmunt. Identidade: entrevista a Benedetto Vechi. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar, 2005.
• BECKER, Howard Saul. Falando da sociedade: ensaios sobre as diferentes maneiras de representar o social. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar, 2009.
• GARCÍA CANCLINI, Nestor. Leitores, espectadores e internautas. São Paulo, SP: Iluminuras, 2008.
• HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 10. ed. Rio de Janeiro, RJ: DP&A Editora, 2005.
• JUSTICE League of America. [195-?]. Capa de revista em quadrinhos. Disponível em: <http://www.sobresites.com/quadrinhos/personagens/liga-da-justica-lja-lje.htm> . Acesso em: 10 abr. 2011.
Referências
• MATTELART, Armand; MATTELART, Michele. História das Teorias da Comunicação. 2. ed. São Paulo, SP: Edições Loyola, 1999.
• WHITE, A. Robert. Recepção: a abordagem dos estudos culturais. Comunicação & Educação. São Paulo, SP, v. 12, p. 57-76, maio/ago. 1998.