A Linguagem Da Encenação Teatral - Capítulo I (Fichamento - Resumo)

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  • 8/16/2019 A Linguagem Da Encenação Teatral - Capítulo I (Fichamento - Resumo)

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    Casa de Dramaturgia CariocaHistória e Teoria do Teatro – Marta Metzler

     A linguagem da Encenação teatral - Capítulo I (Fichamento -Resumo)

    O nascimento do teatro moderno

    Nos últimos anos do sc!"#" a re$olu%&o tecnológica im'ulsionou a e$olu%&odo teatro moderno 'ossiilitando no$os recursos c*nicos e assimcontriuindo 'ara o surgimento do encenador! Come%ou a se a'agar ano%&o de +ronteiras e a das dist,ncias! De'ois a descoerta da ilumina%&oeltrica!

    'artir de ./01 as teorias e 'r2ticas teatrais n&o 'odem mais 3carcircunscritas dentro de limites geogr23cos nem ser ade4uadamentee5'licadas 'or uma tradi%&o nacional! constata%&o a'lica-se ao naturalismo6 7e%as come%am a ser encenadas

    em outros territórios! Trata-se de um +en8meno de di+us&o! Conse49*ncia deuma di$ulga%&o an2loga de teorias 'es4uisas e 'r2ticas!

    :m +en8meno caracter;stico do teatro moderno +oram as Tournéesem'reendidas a 'artir de ./m [email protected] a con$ite de Btanisla$si Craig $aia a Moscou 'aradirigir Hamlet com o elenco do Th,tre drt!

     Trans+orma%Ees se concretizaram de modo em gradual 4ue se deu gra%asa um deseo de ru'tura e de uma 'ossiilidade de mudan%a! Gilar e ielandagner en+rentaram resist*ncias em .@I1 na Fran%a e na lemanha antesde triun+ar as conce'%Ees herdadas de ''ia Craig e Co'eau! s condi%Ees'ara uma trans+orma%&o da arte c*nica acha$am-se reunidas! 7or um lado oinstrumento intelectual6 a recusa das teorias e +órmulas su'eradas emcomo 'ro'ostas concretas 4ue le$ariam ? realiza%&o de outra coisa; 'or

    outro a +erramenta tcnica6 a descoerta dos recursos da ilumina%&oeltrica!

    JoKe Fuller na transi%&o entre os dois sculos constituiu 'ara seuscontem'or,neos uma arte e5'ressi$a mas lierta das 'reocu'a%Ees dare'resenta%&o 3gurati$a! ilumina%&o eltrica 'ode 'or si só modelarmodular escul'ir um es'a%o $azio e nu dar-lhe $ida +azer dele a4uelees'a%o do sonho e da 'oesia ao 4ual as'ira$am os e5'oentes dare'resenta%&o simolista!

    luz torna-se elemento 're'onderante da cenogra3a! utores N&o cansamde a3rmar a im'ort,ncia da luz no teatro e de lamentar a mediocridadecom 4ue os 'alcos de seu tem'o e5'loram seus recursos!

    Lariel Car$alho

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    arte da encena%&o est2 sueita a tais 'ressEes econ8micas e sociológicas4ue a sua e$olu%&o so+re em +un%&o de um 'eculiar atraso e a sua historia'arece +eita de +ases re'etiti$as! 1 ou I1 anos de distancia as mesmatentati$as suscitam o mesmo es'anto!

    luz se torna um aut*ntico 'arceiro da dan%arina JoKle Fuller cuase$olu%Ees metamor+oseia de modo ilimitado ela usa um código gestual'oetizadoO 'ela utiliza%&o de imensos 'anos de gaze 'resos a astEes demadeira 4ue a dan%arina mani'ula$a com hailidade 'roduzindo e+eitos$isuais! dan%aria tende a dissol$er-se a n&o ser mais do 4ue uma somade +ormas e $olumes des'ro$idos de materialidade!

    re'resenta%&o teatral reencontra uma dimens&o 4ue ha$ia 'erdido nodecorrer do sculo "#" e5ceto tal$ez nos es'et2culos com máquinas adimens&o do sonho e do encantamento!

    rtaud 'reconizar2 numa linguagem tecnicamente 'ouco 'recisa mas'oderosamente sugesti$a uma imagina%&o criadora semelhante nautiliza%&o da luz!

    Nos e4ui'amentos luminosos de hoe de$em ser 'rocurados e+eitos de$ira%Ees luminosas no$as maneiras de es'alhar a ilumina%&o em ondasou em camadas ou como uma chu$a de Pechas de +ogo! De$e-se introduzirna luz um elemento de tenuidade de densidade de o'acidade $isando a'roduzir o calor o +rio a cólera o medo etc!

    Q enri4uecida a teoria do es'et2culo com um no$o 'ólo de rePe5&o e de

    e5'erimenta%&o com uma tcnica de Puidez 4ue se torna dialtica atra$sdas o'osi%Ees entre o material e o irreal a estailidade e a moilidade ao'acidade e a irisa%&o etc! 'arece 'ela 'rimeira $ez a 'ossiilidadetcnica de realizar um ti'o de encena%&o lierto de todas as amarras dosmateriais tradicionais!

    deate 4ue acom'anha a 'ratica teatral no sc!"" coloca em o'osi%&o ?tenta%&o da re'resenta%&o 3gurati$a do real (naturalismo) e a do irrealismo(simolismo) n&o seria t&o imenso nem t&o +ecundo se n&o +ossesustentado 'or uma re$olu%&o tecnológica aseada na eletricidade!

    ntoine +oi considerado o 'rimeiro encenador 'or constituir a 'rimeiraassinatura 4ue a historia do es'et2culo teatral registrou! Tamm 'or4ue +oio 'rimeiro a sistematizar suas conce'%Ees a teorizar a arte da encena%&o!Nos dias de hoe isto o 4ue 'ermite distinguir o encenador do diretor!

    $erdadeira encena%&o d2 um sentido gloal n&o a'enas a 'e%are'resentada mas a 'ratica do teatro em geral! 7ara tanto deri$a de uma$is&o teórica 4ue arange todos os elementos com'onentes da montagem!

    ntoine inaugura a era da encena%&o moderna! :m teatro 4ue sonha com a

    coincid*ncia +otogr23ca entre a realidade e sua re'resenta%&o 3gurati$a!

    Lariel Car$alho

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    ora de ntoine tal$ez corres'onda ? concretiza%&o do sonho doca'italismo industrial6 a con4uista do mundo real! +antasma doilusionismo realista essa uto'ia 4ue se 'ro'Ee a 'ro$ar 4ue dominamos omundo re'roduzindo-o!

    as'ecto moderno de ntoine reside soretudo na denuncia de todas ascon$en%Ees +oradas e de'ois usadas 'or gera%Ees de atores +ormadosdentro de certa retórica do 'alco dentro de uma 'ratica estrati3cada 'elores'eito a uma tradi%&o!

    mesma recusa nortear2 toda a traetória de Btanisla$si cuas 'es4uisascontinuar&o contem'lando as de ntoine! Btanisla$si descoriusimultaneamente a tradi%&o declamatória 4ue o irritou muito na Comdic-Fran%aise e a atua%&o descontra;da elegante dessa eleg,ncia 4ue sea+ogou no arti+;cio! Btanisla$si descoriu uma naturalidade umaautenticidade!!!

    4ue Btanisla$si e ntoine e5igem de seus autores a con4uista de uma$erdade singular contra uma $erdade geral essa luta 'ela autenticidadecontra o estereóti'o ainda 4ue e5'ressi$o caracteriza em o comatesem're reiniciado! cam'o de atalha se desloca com as gera%Ees!

    +rescor a u$entude da dic%&o dos atores do Th,tre National 7o'ulairedos anos .@I1 salta$am os ou$idos 'or com'ara%&o com a *n+ase e aincha%&o da declama%&o do elenco da Comdic-Fran%aise! No entanto agra$a%&o do Cid 'elo elenco do TN7 soa hoe em dia 4uase insu'ort2$el! Q

    4ue nesse meio tem'o um no$o estilo de dic%&o (7lanchon Chreau Gitezetc!) a3rmou-se e reencontrou uma es'ontaneidade 4ue o tem'o aos'oucos +ez 'erder ao estilo TN7!

    recusa da esttica naturalista n&o 'osterior ao auge dessa esttica!

    naturalismo de3ne delimita uma 2rea! utomaticamente criado umoutro lado uma 'eri+eria 4ue o naturalismo se recusou a ocu'ar mas 4ueoutros artistas o'taram 'or $alorizar! Hou$e um conPito de doutrina entre onaturalismo e o simolismo!

    naturalismo esta$a longe de ser uma tradi%&o gasta e 'oeirenta 4uando aas'ira%&o simolista come%ou a se a3rmar! >ssa as'ira%&o esta$a ligada auma tomada de consci*ncia! 'alco torna$a-se um instrumento carregadode uma in3nidade de recursos 'otenciais dos 4uais o naturalismo e5'lora$aa'enas uma 'e4uena 'arte a4uela 4ue 'ermite re'roduzir o mundo real!Resta$a ? $erdade do sonho a materializa%&o da sueti$idade!!!

    :ma das grandes interroga%Ees do teatro moderno re+ere-se ao es'a%o dare'resenta%&o! #nstala-se uma du'la rePe5&o relati$a 'or um lado ?ar4uitetura do teatro e a rela%&o 4ue essa ar4uitetura determina entre o'ulico e o es'et2culoS e 'or outro ? cenogra3a 'ro'riamente dita ou sea

    ? utiliza%&o 'elo encenador do es'a%o reser$ado ? re'resenta%&o!

    Lariel Car$alho

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    ntoine constitui uma ase do seu modernismo na rela%&o 4ue o es'a%oc*nico mantm com determinados 'ersonagens de uma determinada 'e%a!Rom'e a ilus&o teatral lemra ao es'ectador 4ue ele e5iste en4uantoe5'ectador e 4ue a4uele 4ue +ala e age na sua +rente n&o a'enas um'ersonagem mas ao mesmo tem'o algum 4ue re'resenta um

    'ersonagem! ntoine a'odera-se dos dois territórios do encenadormoderno o es'a%o c*nico e o traalho do ator! #ntegra-os mutuamente!Re$ela 4ue o es'a%o da 'e%a tamm a 2rea de re'resenta%&o! > 4ue o'a'el de um $erdadeiro encenador consiste em recusar-se a su'ortar'assi$amente essa rela%&o e 'elo contrario assumi-la e go$erna-la!

    ntoine re$ela algo 4ue o teatro do sculo "" n&o 'oder2 mais es4uecer6 teatralidade do realO

    o in$s de uma imita%&o de um deses'ero temos com ntoine odeses'ero real gritado 'or um ser humano real! 'resen%a do ator!!!Lrotosi o'tou 'or organizar toda sua 'es4uisa em torno da elucida%&o edo a'ro+undamento desse +en8meno do seu controle e da suamulti'lica%&o! Do mesmo modo ntoine nos ensinou 4ue e5iste uma'resen%a do oeto real!

    Muitos autores o'tam 'or uma $erdade maior no es'et2culo e uscam asim'licidade sea assumindo a ilumina%&o como instrumento dare'resenta%&o ou colocando 'ostas reais de carne em cena!

    Com a chegada dos 'intores 3cam +ormuladas duas 4uestEes 4ue

    atra$essaram toda a historia da encena%&o do sculo ""6 Como rom'er como ilusionismo 3gurati$o in$entar um es'a%o es'eci3camente teatralU >como +azer 'ara 4ue o es'a%o c*nico sea outra coisa 4ue uma imagem'ictóricaU

      Com os simolistas 'ortanto os 'intores in$adem o 'alco! > com os'intores a 'intura!

    s 'essoas tomam consci*ncia de 4ue a4uilo 4ue o es'a%o c*nico nos +az$er uma imagem! Descore-se de 4ue essa imagem 'ode ser com'osta damesma +orma 4ue um 4uadro ou sea 4ue a 'reocu'a%&o dominante n&o

    mais a 3delidade ao real mas a organiza%&o das +ormas a rela%&o rec;'rocadas cores o ogo das 2reas cheias e $azias das somras e das luzes etc!

    es'et2culo tendia a tornar-se um ane5o da 'inacoteca ou do li$ro de arte!Mas uma $ez consignados os 'erigos do 'ictorialismo reconhece-se a mais-$alia esttica com a 4ual esses contatos com os 'intores e a 'inturaenri4ueceram a arte da encena%&o 4uando mais n&o +osse dado aoe5'ectador termos de re+er*ncia 4ue o tornaram $isualmente mais sens;$ele mais e5igente!

     Trans+ormado em es'a%o de ogo ou de sonho o cen2rio simolista 'ro'Ee

    uma no$a conce'%&o da cor! N&o 'assando at ent&o de instrumento de

    Lariel Car$alho

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    uma 3gura%&o ela assume agora uma +un%&o simólica! Toma-seconsci*ncia da re'ercuss&o da cor sore a sensiilidade do e5'ectador!

    diretor n&o dei5ar2 mais ao cenógra+o a tare+a da cenogra3a! 7rocurar2somar essas 'otencialidades crom2ticas colocadas num 'lano de igualdade

    com a música!

    >m rela%&o tamm com o 3gurino o estilo 'ode +azer sorrir!!! Re$ela emrela%&o ? ora uma conce'%&o simólica da cor encarada como $e;culo deum sentido di+uso traalhando digamos n&o mais a'enas com 3ns dedenota%&o mas tamm de conota%&o!

    escolha e o tratamento do material s&o 'elo menos t&o im'ortantes4uanto o desenho ou a corO (ieland agner)! Trata-se de e$itar dar aoes'ectador o sentimento do dis+arce!

    4ue o 'alco moderno de$e essencialmente ao es'et2culo simolista aredescoerta da teatralidade! tend*ncia ilusionista 4ue 're$alecia desdeo sculo "G## 'reocu'a$a-se antes de tudo em camuPar os instrumentosde 'rodu%&o da teatralidade 'ara tornar sua magia mais e3caz!

    Com Jugn-7oe a encena%&o engaa-se numa dire%&o o'osta! Bo o im'ulsodado 'or VerrW rein$enta a4uilo 4ue 'odemos chamar de o alarde dateatralidade! onde o signo teatral de$eria sugerir +azer sonhar suscitaruma 'artici'a%&o imagin2ria do es'ectador!!!

    inda sim os cen2rio e 3gurinos 'ermanecem 3gurati$os in$estidos de um

    'oder de $aga conota%&o! VarrW $ai alm ? ru'tura com a tradi%&o 3gurati$aao 'ro'or a Jugn-7oe um retorno ? tauleta indicadora do teatroelisaetano o 4ue e4ui$ale a3nal a le$ar ?s ultimas conse49*ncias ?teoria sugestionista da corrente simolista6 a 'ala$ra escrita emora n&o3gurati$a tem o mesmo 'oder de e$oca%&o 4ue 4ual4uer tela 'intada!Corres'onde tamm a algo mais6 mostrar o 'ró'rio instrumento o geradorde seu de$aneio ( cartaz)!

    utras 'ro'ostas segundo ele6 XYual4uer elemento de cen2rio de 4ue ti$eruma necessidade es'eci3ca uma anela 4ue se are uma 'orta 4ue

    arromada um acessório e 'ode ser trazido 'ara o 'alco tal como umamesa ou uma tocha!

     VerrW 'assa o deseo de 'ro$oca%&o de nega%&o de destrui%&o do teatro!(!!!) Yuando n&o e5iste mais nada no 'alco 4ue tenha $est;gio da 3gura%&oda $erossimilhan%a da coer*ncia!!! inda sim e5iste algo 'ra ser $isto6 ateatralidade!

     VarrW inaugura desse modo uma tradi%&o +undamental na historia daencena%&o moderna! Desde ent&o o teatro ousa-se mostrar-se nu! 4uegarantir2 uma grande Pe5iilidade e lierdade de mo$imentos! es'a%o

    c*nico $ai tornar-se uma área de atuação; o ator $ai $irar 'uro instrumento

    Lariel Car$alho

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    da re'resenta%&o renunciando ? sua 'ersonalidade de ator ou ? identidadedo seu 'ersonagem!

    'artir da; 'assa-se a ha$er +ormas inusitadas de re'resenta%&o do es'a%oc*nico geralmente 'ro'ostas 'elos atores!

    7reocu'a%&o comum aos +ranceses e aos russos6 >ngaar o es'ectador noato da re'resenta%&o 4uer 'ermitindo o desencadeamento do seude$aneio 4uer agindo sore o seu instinto lúcido (as duas orienta%Ees n&osendo ali2s incom'at;$eis)! Burge assim uma das grandes interroga%Eesdo teatro moderno6 4ual a rela%&o do es'ectador com o es'et2culoU

    No teatro de MeWerhold o es'ectador n&o dei5a de 'erceer o teatro comoteatro os cen2rios como oetos do teatro o ator como um indi$;duo 4ueesta re'resentando ou atuando!!!

    Burge 3nalmente a a3rma%&o de 4ue 'oss;$el um outro modo derelacionar o e5'ectador com o es'et2culo engaando o es'ectador nogrande ogo da imagina%&o! #sso 'ressu'Ee uma outra o'%&o esttica na4ual a sugest&o sustitui a a3rma%&o a alus&o ocu'a o lugar da descri%&oa eli'se o da redund,ncia!!!

    sculo "G## indaga$a6 o 4ue uma 'e%a de teatroU sc!"G###6 como +azer'ara 4ue o 'alco d* uma ilus&o de realidadeU s rom,nticos6 como traduziratra$s da escrita dram2tica a di$ersidade do realU >5istem oas razEes'ara acreditar 4ue a arte do ator só se reno$ou 'or meio de uma continuainterroga%&o sore as tradiç"es e as condi%Ees de inter'reta%&o dos te5tos!

    ntoine +oi o 'rimeiro a indagar como introduzir a encena%&o de um te5tocl2ssico no 'resente do e5'ectador!

    e5em'lo da encena%&o das oras consagradas re'resentati$o dacontriui%&o tal$ez a mais im'ortante de ntoine 'ara o modernismo!

    De agora em diante o encenador o gerador da unidade da coes&o internae da din,mica da realiza%&o c*nica! Hoe 4ual4uer e5'ectador maise5'eriente est2 acostumado a a'reender o es'et2culo como umatotalidade a 'rocurar nela um 'rinc;'io de coer*ncia de unidade!

    culto da $edete a assimila%&o redutora da re'resenta%&o a um ato dee5ii%&o corres'onde a com'ortamentos 4ue tendem +elizmente a cair emdesuso!

    e5ig*ncia da moderniza%&o re'ousa sore o 4ue se 'oderia chamar ummecanismo de e5term;nio re'roduzido 'or cada gera%&o! #n$ersamenteuma re$er*ncia e5cessi$a em rela%&o a antecessores e ? tradição 'arece detodo incom'at;$el com a 'rocura de +ormas no$as e de 'r2ticasre$olucion2rias! >sse mecanismo 4ue e5istiu sem're no nosso sculoemergiu com toda sua $iol*ncia e intransig*ncia! Dessa maneira omodernismo do es'et2culo simolista a'óia-se numa rea%&o niilista radical

    Lariel Car$alho

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    4ue 'reconiza nada menos do 4ue a aoli%&o do es'et2culo! único teatro4ue $alesse a 'ena só 'oderia ser re'resentado no 'alco da imagina%&o e a$erdadeira encena%&o seria assegurada 'elo leitor no 'ró'rio ato daleitura!!!

    Decadente 'rostitu;do o teatro $irou uma indústria 4ue 'roduz ainsigni3cante di$ers&o 4ue atende ? 'rocura do 'úlico urgu*s 4uemono'oliza os teatros!

    7elo menos tr*s teorias do es'et2culo ser&o constru;das em cima dessedesgosto dessa t2ua rasa6 as de Craig de rtaud e de Zrecht! >m cadauma delas a uto'ia transordar2 suas margens e dinamizar2 a 'r2tica! Tudose 'assa sem're como se a condena%&o do teatro ? morte 'ermitisse aressurrei%&o da arte teatral!

    #eleção de trec$os! em geral resumidos! do primeiro capítulo do li%ro

    ‘’A linguagem da encenação teatral’’.

    Lariel Car$alho