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RIO DE JANEIRO, 27 DE NOVEMBRO DE 1909 ANNO XII ¦ ji u^iii»i»«*tf^orirtf*T"n~ir-i*"y-- -**-— -* r i i~n ui i~ m .n „n, ,_ n.iLn u mm. mi ¦ /S.üí./^Vs 1'érloillco ImiuforlHtleo ».^^,; Klliisírsulo, lil>«>cuimi»l írV cVL»j. dk .'O -. ¦r/li-lf, . --^.VB*§* 1 «f' HliDACÇXO K 15SCKIPXOHIO:I 133 Ruâ da Alfândega 18*! * juiiim"*"*''*1*1^'"' ''"-***** *-*r ** ""Y"¦•***- "**¦ ¦¦-»*.~^.^1—¦—irurwrn iirinrii--Hiiir>i,inHi~wi/»r-i^<i^ll0,iiif^r-i*r~iii[-.jo^-. ¦^^¦^JW—»»!»*» a '5- ¦•##*#• AODE DA Men-cdio ciUcuz para flores brancas, çolicaslelhemorrhagias uterinas, obesidade eOarthritismo. Àotiva o uterò oceasiao do parto Voto cie casiidade f/,f\ t _--i- f'¦ \ (, .a| 11*4 li'' A^A^J *." \ I . '•¦¦"! iV<? ' '5 s JS||í|fe'A ' '" '/: !,:¦•;•---¦'. .-¦,--.-"-.¦... .-''."¦, , ¦ ViTOr/r/g~-.-\=4u ' Jra' '.; \ | tf4!^ía I 1* ' V: n ' I' T.„i.-n,i,fh.ntontiel Nem sabes, filha,Mas é feroz e ciomeuto.Atí tive a lembrança,~'-;5;j -EntSo.que contas Itorfwfe. , JJ^VSta» Ime^e' B sabe te & língua...Dada tanta.. ^santidade,' Dcssetèa novo °>a»^»'e7o m"n «nirchante, o íldilia, æPasso a vida «om toraentoDe fazer sem mais tarara; a E'boSecto?^ bom amante 7 TemSa ul drtdade 1 E morro de amor f mingua.,.M,u voto de castidade... V .^MtSg S » '• do Phaímacedtico k Chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRA „' fS 'Grande Depurativo do Sangue ^ Único.'que cura a Syphilisl '^XST^TdTa:Th:rrc^TSrTiarl'aS . te,,^ Fabrica _ PELOTAS - Rio Grande do Su! <?&¦>,. ¦rV1 - 'A -^

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RIO DE JANEIRO, 27 DE NOVEMBRO DE 1909ANNO XII¦ ji u^iii»i»«*tf^orirtf*T"n~ir-i*"y--

-**-— -* r i i~n ui i~ m .n „n, ,_ n.iLn umm. mi ¦

/S.üí./^Vs1'érloillco ImiuforlHtleo ».^ ^,;Klliisírsulo, lil>«>cuimi»l írV cVL»j. dk

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133 — Ruâ da Alfândega — 18*!*

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AODE DAMen-cdio • ciUcuz

para flores brancas, çolicaslelhemorrhagias uterinas, obesidadeeOarthritismo.

Àotiva o uterò nà oceasiao do parto

Voto cie casiidade

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T.„i.-n,i, fh.ntontiel Nem sabes, filha, Mas é feroz e ciomeuto .Atí jí tive a lembrança,~'-;5;j-EntSo.que contas Itorfwfe. , JJ^VSta» Ime^e' B sá sabe te & língua... Dada tanta.. ^santidade,'Dcssetèa novo °>a»^»'e7 o m"n «nirchante, o íldilia, Passo a vida «om toraento De fazer sem mais tarara; a

E'boSecto?^ bom amante 7 TemSa ul drtdade 1 E morro de amor f mingua.,. M,u voto de castidade...

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do Phaímacedtico k Chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRA „'

fS 'Grande Depurativo do Sangue ^ Único.'que cura a Syphilisl'^XST^TdTa:Th:rrc^TSrTiarl'aS . te,,^ Fabrica _ PELOTAS - Rio Grande do Su!

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O RIO NU—27 DE NOVEMBRO DE 1909

• Concurso das Jonas

Qual a mais bella mulher?

Que, do sorrir jfi estava mesmo farto,Retruca-lhe:

— Nflo queres ? Pois entãoTu morrorfis de... parto!...'

Dona Alice sorriu iilegromentoE diz, então, contente:

—«Meu bom Jesus ! bastante ou to agradeçoA mort,e que me dfis !... Essa prefiroE p'ru pagiil-a nflo encontro preço.Quero morrer de parlo... e jfi deliro

Por me ver attendidaNo desejo maior que tenho om vida !...»

Deerõ Júnior.

Sernanatograpfyo Jury do "O r\io jVuPerdera dona Alice, por completo,As esperanças de encontrar ainda

Alguém quo a desposasse,Paia um viver dilectoNuma existência linda.

Nem era de extranhar que nfto achasse,Durante a vida inteira, algum rapazQue ao menos lhe dissesse uns galauteios...Porquanto, dona Alice era, em verdade,Feia, mais feia do que um satanaz I

Quasi nfto tinha seios,Tendo de vidro um olho. De alvaiadePintava-se a vuler e além de tudoCapengava um bocado de uma perna ;De modo que um mortal ficava mudo,

Sem mesmo ter coragemDe lhe dizer uma palavra terna.,.Repassada de amor... dessas tolices

Que sao simples bobagem,Mas que Cupido obriga a taes pieguices.

14, Emfim, a dona AliceChegara aos quarenta auno3 sem ter tido

Quem palavras de amor lhe dirigisse.E assim, a maldizer o deus CupidoQue tfto avesso para ella foraApezar dos seus gestos e ter nu ras(Que ella estudava sempre, a toda hora)Quiz terminar, por fim, as desventurasDo seu viver tflo triste e combalido,

Entrando p'ra um conventoPara viugar-se, assim, da sociedadeQue lhe negara um mísero maridoP'ra fazel-a gozai*... a seu contento.Os prazeres som fim da realidade...E que ella imaginava, entre txscaricias

Qne a si própria fazia...Quasi a morrer em gozos e em delicias,

Deveras excitada...Fazendo assim idéia o que seriaSe por um homem fosse... desposada.E sem perder apenas um momentoA mulherzinha entrou para uni convento.

Nfto fura propriamente professarE como possuísse algum dinheiro,Pagava tis monjas, para descauçar,

Passando o dia inteiroVelando unicamente pelo altar.Mas ao correr dos tempos, dona AliceDaquella vida foi se aborrecendoE achou que praticara tuna tolice

Do mundo ae escondendo.Assim, todas as tardes, ella iaPostar-se de joelhos ante o altarQue ficava por traz da sacristiaE mftos postas, se punha a supulicarAo bom Jesus para lhe dar a mortePara findar a sua triste sorte.

Mus, tao alto falava,Que, do convento, u moço sucristfto,Por traz do altar as preces escutavaE quiz pregar-lhe a peça o maganfto.Uma tarde, afinal, em que ella estavaEm freute o altar, pedindo p'ra morrer,

O sacristfto que a ouviaResponde-lhe om voz cava:

—«Pois bem ; tu inorrerüs. Do que ha de ser .Dona Alice ficou de todo friaObtendo essa resposta e, muito crenteDe algum milagre, disse, num repente:—«Meu bom Jesus, eu desejava apenasQue fosse a minha morte das serenas.»—«Pois, morreríís então, tuberculosa.»

(Responde o sacristfto )Ouvindo aquillo, exclama Alice: — NaoMeu bom Jesus ! E' por demais penosaA morte assim ! Dâ-me outra mais suave I»—«Eutao irás morrer de erysipela !»— Ai! também nao ; é cousu muito gravePara mim, que sou mísera donzella 1»Ante aquella resposta, o sacristfto

SESSÃO ANTI-HYQIENICAPresidente—Dr. Clarilimpo Mellado.Promotor—Dr. R. Hapadura.Escrivão—Thomaz Bispote.Advogada do réo—Baoharelauda Bestae-

curta Filha.

folf?\yATIAi\t as onze badaladas da meia-noite, noTf |2< relógio de sol da sala dus sessões d'«O RionjÊjp Nu"! os gallos cantavam... as gallinhoaV_SSo oacárejavam, os pintos piavam e os patose patas punham-se a pé.

E, nesse momento solemnc, foi aborta a sessão,extra-ordinaria e auti-hygieuicu, marcada para umanoite adiante e outra atraz da que... ha de vir.

O dr. Clarilimpo Mellado assumiu a presidência,abancaudo-se em uma elevada «mesinha de cabe-ceira» de cama de casal com nove {sic) filhos o filhas.

Faziam-lhe guarda de honra dois criados —mudos e surdos como uma porta... do ConselhoMunicipal, antes de a dar o Costa.

Dois largos vasos de porcelana de leito de Sé-vres eram destinados aos assentos do promotor eda advogada de defesa, os quaes tomaram nosditos os seus respectivos logares.

Feito isso, o presidente diz muito gravibundo:Vae-se proceder ao sorteio...O Escrivão (interrompendo-o) — E' porco, dou-

tor, é porco!...O Presidente — O' sen burro ! ao sorteio dos

jurados..,O Escrivão — Ah, sim, doutor, já sei... (E ex-

clama cm altas vozes): Camellos e carneiros !...A defensora — Isso é linguagem para aqui, seu

cachorro?...O Escrivão — Bem bio... Vamos fazer uma

vaquinha f...O Presidente, usando de «desusada euergia»,

consegue restabelecer a ordem. Depois diz:Attendendo a que os jurados juraram nflo

apparecer, podem se...A Defensora —O que, doutor?,,.

Podem se... multar, minha senhora !...Ah, bem. Julguei que fosse outra coisa que

rima com... poder.Escoltado por dois cabos da Limpeza Publica

e Particular, de vassouras embaladas, compareceuo aceusado a borra do Tribunal. Ao penetrar norecinto, indagou logo:

Então eu nfto tenho assento ?...Ao que o Presidente replicou:

Tem um, sim, mas jfi muito velho... can-sado.. . Por isso, acho melhor que fique de cocaras,a vontade do... seu...

Obedeço fi ordem de vossa oxcellencia —responde o aceusado, tomando a posição aconse-lhada pelo presidente, o qual immediatameuteprocedeu ao interrogatório:

AccuF-íido, levaute-se !Ora, doutor. Vossa excellencia nfto me disse

que eu podia ficar nesta posição... incommoda?...-Ah, sim... nfio me lembrava,.. Como se

chama ?...Cilha de Mello.Sua idade?..,Nove mezes mais avançada que a de vossa

excellencia, um anno depois do senhor seu pae odarfiluz..

Sua profissão ?Presidente da Companhia Municipal de La-

vagens Bleitoraes.Sabe ler e escrever?Sei ler por oi ma e assignar de cruz por

baixo,Sua residência?...No Largo da Mfle...

O que?... Da mfte de quem?...Da mfie do Bispo, doutor,..Sabe o crime que lhe é imputado?...Nfto sei, nfto senhor... mas a culpa eu a

lavo,.. sim senhor...

Tem n palavra o dr. R. Hapadura. o llluatroPromotor de brigus oloilorues, num formlttoloanIlbello, «ecusa o réo como implicado uo crime compllcado a quo so rofero o artigo 100, pnmgruniio ôdo Código dus Posturas Univorsaos — «urinar fórãdapiahorrn.li. E termina pedindo que ao réo seiuapplicadii a pona do castraçtto. ' J

Dada a palavra tS advogada do aceusado estase esforça em demonstrar, baseada om vários auto.res de Direito Veterinário, quo — o «esvasianiontoiido seu constituinte teve o louvável iutuito de evituro derramamento de sangue... do barata.

Houve réplica, tréplica e quadritréplienficando o julgamento adiado para um dia depois dóoutro.

O aceusado vasava-se todo... de medo.

CorrímentaríosiC31T5>(Árk i-l Quelle caso de S. Paulo esta apavorantePEi"U meus camaradas 'u»_gJu_S Uma casa voando pelos ares a dyua-V^2s-D) mite, dezeasas incendiadas.. .Que horrorlAté parece que estamos em Buenos Ayres.

O mais singular porém é dizer que toda aquelladesgraça foi feita pela «Mfto Negra».

Pois será possível que uma mao apenas fizesseaquillo tudo?...

Emfim, ha quem diga que as cousus feitas coraa inflo sao as mais perigosas. Chegam a entisicaruma pessoa!

O processo é original. Contam os jornaes queos homens da «Mfto Negra» escreveram ít CasaAllemfl exigitido cincoeuta contos. Como a CasaAllema nflo pagou elles atiraram-lhe dynamite.

Olhem que brincadeira. Imaginem eu ado-ptando um systeraa com as mulheres...

— Ou a senhora meda... tudo ou eu atiro-lheuma bomba.

A1 vista disso nflo é certo que ella me abrisseos braços, mas é possível que abrisse as pernas,.,para correr, quando para mais nflo fosse.

Mas felizmente eu sou um bom rapaz nflo soucapuz de adherir ao sy.tema da «Mao Negra»; aocontrario vou me dedicar a perseguir essa terrívelassociação, dando caça a esses cúmplices, quemuitas vezes ?fto mulheres.

Ainda hontem, logo depois de ter tomado essaresolução heróica,encontrei em uma rua escusa umarapariga aliás bem bonita e que me interesssou naosó por isso como porque ella levava debaixo docorpete dois volumes redondos, tfto redondos e taodurinhos que podiam muito bem ser bomba dedynamite.

Segui a tal rapariga, ella ao dar por isso sorriu.Pensei que ella me quizesse seduzir para a asso-ciaçfto mas contando com a minha resistência, quecomo vocês sabem é notável, continuei a seguil-a.

Afinal os taes volumesinhos redondos queappareciam enchendo o seu corpete nfto erambombas eram os mais lindos seios deste mundo.

Mas nflo me arrependo de a ter seguido.* *

O «Jornal do Commercio» faz grandes elogiosao Dr. Bulhões porque dizem que elle esta se esfor-Çando por elevar as rendas" da Naçfto.

Ora pilulas ! Entflo também eu sou um grandefinanceiro porque nfto perco oecasifto de levantarreudas... de saias de mulheres bonitas.

Em compensação, em telegramma, o VelhoOrgâo traz uma noticia muito- triste.

Diz que a Hollanda resolveu levantar os di-reitos de suas alfândegas.

Quo barbaridade ! A vida jfi esti pela hora damorte e agora ainda a gente ha de ter que pagai'mais caro por cada cousa que quizer introduzir nosPaizes Baixos !

ZÉ FidBUS.

Ü jyfortos-vivos(Calleosão fanera. de apitaphias alsgrss)

DEIRÓ JÚNIORFoi ura fura nas caixas damnado,Quem, a gente hoje em prantos deplora ;Ficaria de todo enterradoSe o furão nfto ficasse de fora...

jeremias.

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O RIO NU—27 DE NOVEMBRO DE 1909

Çambiarras75V; on huvorem morrido com antecedência, noi^ ensaio feito na Quinta, todos os hespa-

nhúes que tomavam parte na tragédia "Os\i7Jnyji Dois Periquitoa», ilcou o emprezario (?)Eduardo Pereira impossibilitado de dar os tiros quepretendia, em coinmemoraçao ft data da restauraçãode Portugal.

Que uilivio 1

Cemmunica-nos o actor França, que continuaa ser peru... em toda a linha.

Isso já nOs tínhamos percebido.¦SE

Estft fazendo progressos, no theatro, a meninaAracelli!

Começou corista, passou a eonti-aregra e embreve estará emprezaria, graças ao Chico de Souza.

Devido ao monopólio que fazem as actrizesPepa o Granada, dos npplausos.., da claque, vaoos demais artistas do Apollo apresentar a emprezaum protesto no sentido, reclamando o mesmodireito.

Falta apenas um tiquinho para que o Machadotenha o papel na ponta da lingua.

De tanto estudal-o ate está móis careca .¦§£§:

Já se sabe a razão porque o Franklin Bochatem andado macambuzio: 6 que a Victoria tambémsoffl-eu uma suspensão... e está,em uso da A iaudeda Mulher.

SESegue para Juiz de Fora, levando a respectiva

cumicira, a companhia Adelaide Coutinho.Que por lá nao deiabe também, sflo os nossos

votos.

O actor Domingos Bi-nga enviou-nos a ."ua

photographia, fantasiado de D. Jayme ( a cavallo )tirada na Quinta.

Parece-se imraenso, mas... o Domingos saiuucom cara de quem estava atrapalhado na ocea-siflo!....

O actor Lopes resolveu nao receber mais visitasde senhoras na caixa do theatro.

Mormente, de senhoras que lhe escureçam ocamarim.

Até á ultima hora o João de Deus ainda naotinha levado o diabo com as suas estherelisacoes. .

Be a Sarah leva ao extremo a sua promessa desuicidai-os..,

Esteve outra vez «vae nao vue», a despedir-seda empreza do Apollo, o actor Colas.

Foi mera brincadeira.S&

(20)Uma Uida ftmorosa(Confissões galantes de uma filha de Eva)

XMáo encontro

Mas eu sou homem, sou solteiro, indepen-dente, nada tenho a perder,- ao passo que a se-nhora.,. ,.

Resolvi fingir-me amedrontada e supphquei.Arnaldo, nao sejas mâo „„,-rH„ri0 «Máo? Nao ! Quero apenas que continue a

ser minha amante e de mais ninguém.-Pois bem, serei. Mas saiamos daqui que ja

estamos chamando a attenção de quem passa.Tome aquelle carro e mandu tocar para a

rua*** n.«*. Aqui tem esta chave. Ao chegar lá,entre pelo corredor e abra o penúltimo quarto adireita. Daqui a pouco lá estarei.

Obedeci macbinalmente e, quando entiei noquarto indicado, fiquei deslumbrada.

Era um verdadeiro ninho de amor que Arnaldo preparara naquella casa de commodosuma rua eBCusa, pouco movimentada. „_„„.

Estava ainda encantada a admirar a concepçflo e o gosto daquelle rapaz, quando senti passosno corredor e logo depois duas pancadas na poitado quarto.

Vao entrar em uso do Elixir de Nogueira, dochimlco Sivcira, todas us viuvas alegres do «Pegana Chaleira».

Nem o Franklin escapa 1

No jardim do Apollo:Quem é que faz aquella l1! Mantilha?E' a Carlinda.Como eu desejaria ser coberto por ella I.,

Phrase do D. Álvaro, pronunciada pelo actorEduardo Pereira na tragédia «Os Dois Pei-iquitosa:

— Nflo morram todos, hespanhóes de umafiga ! Nao morram todos, que ainda nao & horaseus.,. pulhas!»

Uma belleza, nao acham ?

íE- .Por emquanto, o scenogrnpho Lazary ainda

nflo teve o pincel trincado pela Laudelina.Foi o que elle próprio nos informou.

Nao 6 exacto que o Felippe também tenhacabido nas boas graças da Aracelli, por offerta oupromessa de alguma capa...

Linguarudos I

Muito bem se tem dado a Julia, fazendo uso daLugoliua.

Ou nao tomasse ella... os conselhos do maestroAdalberto...

Mala *le respostasRamos — Nao tenha susto. Trate da vida a

vontade que nada diremos.Asdrubal— Voce S um alho, decididamente 1Chico de Souza — Atire-se, atire-se porque o

Felippe nao ataca.Granada — A Pepa diz o mesmo de si, por-

tanto... nflo a poupe também.Brizuella — Foi o Samuel quem nos informou.

Arranje-se com elle.O Fura.

Au Bijou de Ia Mode—• SSat^av-dos. por atacado e a varejo. Calçado nacional e es-traugeiro para homens, senhoras e crianças. Pieçosbaratissimos, rua da Carioca n. 80.

VIU MAL.

í~0

[Ao Escaravelho)

\r>-iS stavamos nas vésperas do Natal. QuasijLÍS^ toda a gente arribava para os campos ufimIS-V- de assistir as festas do nascimento de

K^vZf Christo, feitas com toda aquella bimplici-dade e fé com que os rústicos a commemoram, emesmo para alliviar os pulmões do ar infecto dascidades. ¦. ."¦¦ ,

A' insistência de um seu amigo, chefao do

interior, resolveu o Ferraz tombem admirar os pre-sepes matutos o para lá so encaminhou.

Roceberam-no com um festflo. Mas o diabo foiquo a casa estava á cunha de gente da cidade o quea gencrosidado do Coronel nao ndmittla nem emouvir falar de seus hospedes irem para hotéis, coisalambem quo por lí nao havia.

Nao tem nada, era fazerem cara alegre eempilharem-te como sardinhas em lata, fazendo deconta quo estavam em sua casa —dizin o bomhomem.

Ferraz olhou para aquillo tudo e este negociode estar sô, entro moças, nao era comsigo. Grande«pflo-d'agua» conhecido, tratou logo de, com maisalguns pândegos, metter-se pelos engenhos da visi-nhança o 14 satisfazendo a miúdo a eorlezia daroça, ia ingerindo goles da «brazileira», deformasque so para ns tantas da noite 6 que elle se recolheu& casa, taoteando a escada quo conduzia a um sotBoque o hospedeiro designara para aposento doshomens.

A muito custo conseguiu o Ferraz subir a escadae com medo de pisar algum dormente, foi aga-chado, guiado por uma fresta de luz quo sabia debaixo e sem procurar colohao ou esteira para dei-tar-ec, cahin quasi de bruços no soalho puro, doidopara curtir a mona.

Mas aquelle raio de luz, sahindo do andar ter-reo, o incommodava e curiosamente olhou pelafenda. O seu olhar embaçado pelo álcool apenasdescortinou, como num nevoeiro, um pequenoquarto, onde se despia d. Marocas, viuvinha etanto, hospede lambem do Coronel. Isto, porem,quasi nao attrahiu o Ferraz, que estava jS a tapara fenda com o paletot, se nao visse quo ella tendose despido por completo, abria uma maleta de via-gem e delia tirava uma garrafa de elegante e com-prido gargalo, contendo um liquido qualquer.

A vista do frasco animou o rapaz, que curiosa-mente continuou a espreitar. Entretanto a moça,deixando patente o seu talhe esbelto e caruudo,bebia pausaduraeiite o restante do liquido, demo-rando-se em afagar o esguio e bello tubo de vidroque tinha entre as nulos, e sempre mirando-o,tapou pachorrentamente a bocca, sentou-se na cama,deixando cahir todo o corpo para traz e patenteouaos olhos do rapaz toda a exuberância de uns«lábios» carnudos e adoráveis.

Empunhou a garrafa pelo meio e emquanto onosso homem piscava os olhos meio bestialisado eos abria novamente altranido por um suspiro deprazer, o gargalo havia desapparecido por completoatê o meio da garrafa... Nada se via a nao ser osgrossos lábios da extranha bocca que, considerável-mente distendidos, pareciam querer engolir todovidro.

Puxa! —murmurou elle. Dizem qne eubebo; aquella já nao se contenta em beber, engolea garrafa 1

Chico Dkeadnought.

3MC o dernismo

Tem paciência, querida, nflo demovoO meu intento d'uma estrada nova:De muitos transitarem tens a provaAhi. Quero entrar, mas num caminho novo.

Capibão Edtico.

Arnaldo, entrando, atirou-se a mim louco deamor e nflo me deu tempo para nada...

Passado" o' primeiro Ímpeto, pude pOr-me &vontade.

Que horas sao ? indaguei.Duas e cinco.Octavio já ha de estar impaciente... E tem

bastante que esperar... E'o castigo para nao serlinguaiu^

d.sposta ou nfi0 a despachar aquellebjS°™

T*nh0 medo que elle me denuncie aoErnesto...

Nao terá coragem, descansa.* — Assim como elle te contou a entrevista qoe

teve commigo, pôde contar a outro e chegar aosouvidos de meu marido. , ' •

_ Tu mandarís chamal-o â tua casa hoje ánoite e intimal-o-ás a calar a bocca e nao seoecupar mais de ti.

_- Estás doido 1 Em casa 1 Nunca !_ Então marca-lhe um ponto qualquer ; tens

cartões ahi na carteira ?Tenho. , . , „

Pois esoreve-lhe para que te espere boje ás 7horas da noite no largo da Carioca ; eu estarei porperto para o que der e vier. Depois te acompanhareiaté S. DomingoB. _

Mas que devo dizer ao Octavio ?

Dize-lhe que elle é indigno do teu amor, quonflo te procure mais, que elle é um leviano, repre-senta emfini uma boa scena de rompimento.

Bem. Vou escrever o cartão ; pede umapenna e tinta ahi fora.

Nao é preciso ; escreve mesmo a lápis. Toma.Fiz-lhe a vontade e dei-lhe o cartão, que elle se

encarregou de fazer chegar ao seu destino.Depois retirou-se e mandou-me um carro para

que eu me transportasse & casa.Chegando ia encontrei um telegramma de Er-

nesto coinmunicaudo-me a sua chegada a S. Pauloe dizeudo-me que talvez se demorasse menos doque a principio snppunha.

Fiquei contrariada com aquella noticia. Cha-mei a criada e mandei que me preparasse umbanho morno. Depois do banho deitei-me e dormiate fls cinco horas da tarde. Levantei-me aborre-cida, mandei servir o jantar, comi pouco e fiquei afazer horas para o encontro com Octavio.

—¦ A's seis e um quarto tomei o bonde e ás 7estava no largo da Carioca, onde Octavio já meesperava.

Antes que elle tivesse tempo de me dizerqualquer coisa, arrumei-lhe com toda a arenga quetinha estudado e acabei por lhe dizer que nem mecumprimentasse quando por ventura me visse narua.

(Continua.)

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O RIO NU —27 DE NOVEMBRO DE 1909

Theatro d'0 RIO KU

Então» minha filha, como é isto? Aquelle rapaz cumpri-meatou-te e tu dás-lhe as costas ?

Ora, mamãe, a senhora não é a própria a dizer que oshoçiens de hoje são todos cheios de modernismos... e que não sedeixam seduzir só pela belleza do rosto ?...

Sotertas da Capital federalSabbado _7 —o corrente

100:000$000 - for 4$sooS_.bba.do .8 de Dezembro

500:000$000—pob 3i$sooBilhetes á venda em todas as casas Iotericas

O dono do hotel para um .hospede recém-chegado :O sr. aqui, pode crer, fica perfeitamente: tal qual como se

estivesse em sua casa.Não me diga semelhante cousa I Eu sou casado; e venho

para aqui passar uns dias, sósinho, para descansar e estar áminha vontade !

<•"¦ JIÉIwM /#W,i i "' w/V1 ,\i'A

Afinal, que me dizes tu d'aquella tua conquista de hontemá noite 7...

Digo-te que me espetei redondamente I... A tal mullier-zinba, que se dizia muito rezervada... pregou-me tal peça queme obriga a entrar agora em uso do Elixir de Nogueira l.,,

O HOLOPHOTE(Monólogo)

(O personagem d calvo. Ao entrar,escuta-se dos bastidores uma voz: O'holophotc!)

Sacdahi, seu bigorrilhal...Seu sanfona, seu fagote,O que quer com a minha calvaP'ra lhe chamar holophotc?.. •

Tudo ji é holophoteAhi para certa gente...Homens, mulheres e crianças...Ah ! já se torna indecente.

Tem pois o tal holophoteTamanhas applicaçõcs.Que se o emprega qualquer dia,Alé em que ? « Nos botões »

Sc mais um patife eu pilho,Com essa cantiga immunda,Digo lhe que... holophote...Holophotc é.. ¦ uma tunda.

Nem mesmo os padres escapamDessa cautilena a tôa :Também chamam holophoteCoitados I até a c'rôa !

Qualquer um typo .anota,Piflo, reles, petulante,Já chama até de holophoteA,.. um olho, ou a um brilhante I

Se uma dama ê muito ricaPossue um bonito dote,Diz logo um typo, um bilontra :«Foi ganho pelo holophote» ]Se um rapaz com a sua amantePasseia de braço dado,Dizem: — Ahi ha holophote.. ¦De um, ou de outro lado l

Se uma dama 6 também sériaDonzella boa de truz..,Dizem que tem holophote IMas não consegue dar luz I

Ahi qualquer um rapazQue ás mulheres não se bote...E' typo muito acanhadoInda não viu holophote !

Mocinha que vae ao theatroE volta lá pelo vezo...Dizem-lhe que o seu holophoteJá está á ficar accezo i

Mulher que muito se pinta,Sempre vestida indecente..,Já se sabe... o holophote..,Está muito incandescente 1Rapaz que passeia muitoDá p'ros lados do «Rocio,»Só faz uso do holophoteIsto é... quando tem frio !Pois se até a minha sograQue mora lá no Magote.,.Quiz vir commigo ao RioSó para ver o holophote 1

Hontem, a minha mulher,Ao ler de jornaes um lote,Me pediu explicaçõesAcerca do holophote 1Fiz-lhe logo ver, pois não I...Já que ella é uma papalva,Mostrei-lhe a cabeça e viuHolophote minha calva 1

E ficando então furiosa,Chamou-me de alforréca ;Pois não quiz acreditarSer holophote a careca 1A' rua eu não saio mais,Sem chapéo e bem decente IPois cobrindo o holophoteJá não faço rir a gente IPorém se daqui sairCom applausos vindos dahi,Prometto que o holophoteEu volto a mostrar aqui!

Cosia Maia.

W%| - •Ha

Maria:AO D A|

:í4fi.~n-_iMm aliam,Os meus jej„-Q^naoacaln

Manei:

— Escuta, minha flor, dinheiro não tenhopara te dar, mas dou-te ura bom conselho :faz-te pagar sempre adiantadamente, ou-viste ?...

& &

°a tem jejuns,Ja n.o tem BoiFeita a con_sls*¦ odes quebrar,

Os bons cig.rros|fa. Paulo, vcndtn.LConfeitaria CaslilllXTabacaria de LonimBar da Bmhma,

Entre andaluissTenho um _m

levanta um peso dePois, eut.esseé tão fraco, queum phosphoro de ce

%A festa da ba

Já sei que pandegNas festas da pa_Em muito canto <Toda a gente te v

f i ili i __________« I v_> | [-fuá 53-Jjjl LZ^sJ ——^|

Vês, Lniza, como cresceu a conta do armazém este me.7E' verdade, mamãe; só a parcella da lingüiça é enorme llE não havia de ser! Tu, depois que casaste nao te íartaij

de comer lingüiça 1..

& «Licor TOaírtci«s recommen-da.c-.o -

O sr. acredita na eficácia da vaccina,de sete em sete annos 7

Acredito, sim, sr. Para minhas filhasa operação tem sempre dado bons resul-tados. Com a vaccina ficam durante umasemana, impossibilitadas de tocar piano edeixam-me a vontade para saborear nmdelicioso cigarro FonTE J/impa,

Peitoral de Angico Pelotense

Remédio Infallivel para a cura da tísica,bronchites rebeldes, anginas do peito epara exterminar por completo a tosse, pormais tenaz que ella seja — taes são as pro-digiosas virtudes deste preparado que todosos doentes devem e. perimentar.

Depositários : Eduardo C. Sbçiubira,Pelotas — Drogaria Pacheco, Rio de Ja-neiro —Bardei, & O., São Paulo e Dro-gâkia Colombo, Santos.

DB GRANADO & C. é o _-•§. _. pt-rativo mais efflca-|Rua Primeiro de Março n. 14.

^~Mm

Nestes c-UdosNestes dias hoinSinto no corpo t,

Que chega a me

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.....,, í._,-T-i^jT«--'l

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O RIO NU— 27 DE NOVEMBRO DE 1909

iriassei.»

V»Ijura,

ssãHnuofi

A, MEN.

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jaa verdade,iali-feira;

_.. ,Jda cidadete vrar bandeira I

SUHICO.

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Bcoffl afflão

.,„„ uni, masnjaoapanharslocou a mão I

^&A%É

£?*— Que lbea parece a amostra, meus ami-

gos? Agradalhes?... Pois se lhes agrada,não façam cerimonia, porque nem por isso afasenda ê muito cara: quaesquer 10S chegamperfeitamente para adquiril-a...

& <|f

Elixir de Turafoi Composto — • Por indi-(ío medica, principiei a tomar o Elixir de Turubi Composto,mala do sr. pharmaoeutioo Ilenjamim dos Reis (Depositáriotardo C. Sequeira, Pelotas). Tendo obtido logo melhoras,«Iii continuar a fazer uso deste remédio depurativo, com oiii, depois de algum tempo, tive a satisfação de ficar ra-slmente curado. São passados dous annos que obtive estenltado e até esta data nada mais senti, nem mesmo doreseumaticas em qualquer parte do corpo, achando-me forte elado de melhor saude. —Riò Grande, 1 de Outubro de 1900.Joaquim Baptista de Oliveira*

Encontra-se á venda em todas as pharmacia» e drogarias.oiitoiem Pelotas — Eduardo C. Sequeira. Rio — Drogaria

lobeco, Rua dos Andradas n. 95.

* 4Professor (querendo fazer comprehender aos discípulos a

510 do «nadam. —Reparem bem nisto :Be o pae de um de vocês comprar quatro laranjas e comer

iasellas, o que fica?Os discípulos (em coro). — Ficam as cascas I

Água Japonezá-Não ha outra que torne a pelleflli macia. Dá ao cabello a côr que se deseja. E' .tônico, faz«o o cabello e extirpa a caspa. — Rua dos Andradas n. 95.

i ¦ :Sy\f

li»1 ..,lofrrw.oalor,po ta__P»lchã_mecWlléfurorl

E como vivo sempre triste e s<5,Calculem qual não é o meu pesar¦ IDe mim não ha ninguém que tenha üô /Não ha ninguém que queira me copar 7..

Quatorze Versos... MáosVIII

Não te crimino, 6 minh'aniada Elisa,E nem te quero mal, querida minha,Por tu, de quando em vez, uma csmolinhaFazeres, a,,, quem mais do que eu precisa.

Eu sinto bem que em mim já se definhaO que o «Poder dos Homens» symboliaa,..

Aquelle «ardente ardor» que óutr'ora tinha,E' simplesmente, agora — «amena brisa,.,»

E's verdadeira irmã da Caridade,No Amor. Sempre, cm qualquer necessidadeAlheia, o teu auxilio c* prompto e certo,

Quem póüe extranho ser e indifFereuteA quem tem, como tu, p'ra toda a gente,O.,, coração tão largamente aberto ?.,.

ESCAKAVBI.HO,

s& &do I>r. Eduardo UVaiiça

Adoptado na Europa e nohospital de marinha.

—- s~.^ REMÉDIO SfiMGORDURÀPREÇO â 1 A \ Cura Gftieaz dna molasttas da

3S00O li -w-ffi PoIle> forldn.3, frloiraa, suor dos

DEPOSITO \-M \Jr péB, asandurna, marioliaa, tinha,

no Braail "BTA. FREITAS & COMP. |114—Ourives—114 M-JJ

sarda8,brotoejaa,Bonorrhéau, otfl.

S. Pedro, 90 —Na Europa,Cakw Ekba — Milão NA

& &Regosijo

Nas festas da bandeira, linda flor,Do regosijo conduziste o barco ;E, mostrando á bandeira muito amor,O teu marido embandeiraste em arco.

X.I 8^rig^y^iW«l||

EUCASQUVRI.

£ 4

,; ._ Que diabo d isto, José? Nunca te vi tão viollenaserviço como hoje I... Agora não tens razão de queixa: areforma do Correio já passou I

Sim. mas tu bem sabes que esse serviço 6 esfalfantee cança muito o peito I...

Ora, toma o Peitoral de Angico Pelotense e verás,como ficas forte 1.,,

* 4Fornada Beccatlva de São Lázaro —

A única que cura toda e qualquer ferida sem prejudicar osangue j allivia qualquer dor como a erysipela e o rhett-matismo. Conhecida em todo o universo. — Rua dos Ari-dradas n. 95.

* í&

— O' mulher I pois tu tiveste a coragem de virsem calças ?... Ora imagina que bonita figura farias,se em meu logar estivesse aqui outro homem !...

Agencia de Revistas e JornaesPigurinos, Romances e Cartões Postaes

Acceita e dá prompta execução a qualquer encom-menda, assim como acceita assignaturas

e vende avulsos. — Novidades por todos os vapores.BRAZ LAUKIA

EUA DO OUVIDOR, 131 - RIO DE JANEIRO

4 4Insulto

Não sei como tratar-te, vil, perdido.De pôr-te a cara em cacos tenho gana !Já todos sabem que não éa marido,E's o pau da bandeira americana I

Bahriguinha de Macaco.

Tônico Japonez-Para perfumar ocabello c destruir os parasitas, evitando com osen uso diário todas as enfermidades da cabeça,não ha como o Tônico Japonês. — Rua do» An-dradas n. 95.

Disseram-me que o sr- não coranu.1 morou a data dafesta da bandeira e nem ao menos levantou um mastro nessee dia I E' verdade?

E' falso, minha senhora! Estive com o mastro le-vantado o dia inteiro I...

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O RIO NU—27 DE NOVEMBRO DE 1909

PENA DE TALIÃO

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d'ella cxactameuto por causa de souar dominador c nifiu, de sua belleza severao altiva.

Zelina era assim. Um pintor tel-a-hiarecolhido para modelo de uma imperatriz sangui-naria e implacável — uma Theodora, uma Agrip-pina, uma Eredegouda ou uma cTcssas deusasorientaes, que se comprazem em matar, esmagaros adoradores sob as rodas de seu carro de ouro.

Entretanto, bem sei que ella nflo esmaga; aocontrario, deixa-se esmagar deliciosamente sob opeito apaixonado de um amante; nao tortura, ouapenas muito pouco, com seus ciúmes e com scenastumultuosas... Mas compensa o soíFrimento cau-eado pelos accessos de seu míiu gênio, pela deliciamaravilhosa, que seu corpo sabe dar, gozandotambém.

Mas quando a vi pela primeira vez, nflo sabiade nada d'Ísso. Impressionei-me pela graça do narizaquilino, pela dureza dos olhos, que pareciam aeos-tumados a fitar escravos, pela linha arqueada dabocca, que parecia destinada a ordenar, pelo porteconquistador da cabeça, por todo o seu ar de rainhacruel.

Devia ser delicioso dobrar uma creatura assim,subjugal-a no amplexo da volúpia, ver aquella ca-beca altiva cahida no deliquio do prazer carnal, veraquelles olhos fulgurantes fecharem-se no anuiqui-lamento do gozo.

jgdfó Atirei-me e foi fácil iniciar a corte, porque euíhe dava muito com o marido, um pobre diabo jámaduro, empregado publico e mettido era pau-degas.

Tinha eu, portanto, a meu favor, duas circum-stancias, ou mesmo tres: o facto do marido serum palerma garantia-me que a esposa nflo deviaadaral-o; o facto de ser jfl meio maduro e atirado arapaziadas garantia-me que elle havia de se des-cuidar um pouco da esposa. Ora, uma mulher, quenflo tem grande paixão pelo marido e é descuidadapor elle, está sempre sujeita a dar uma escorre-gadela.

Tratei de tornar mais intimas as relações, umtanto vagas, que tinha com o marido e comecei afreqüentar lhe a casa.

Zelina recebeu-me bem, como uma mulher,que tem poucas distracções e vê em uma visitanova um pouco de novidade para afastar a insipi-dez, que a rodeia.

. Notei também que ella acceitava a minhacorte como uma cousa natural, que lhe é devida...e pareceu-me que ella sentia prazer com as minhashomenagens, que lhe permittiam fazer de rainha,sendo eu o subdito humilde.

Era intelligente, educada, com muita leitura,de modo que foi muito simples estabelecer entrenós relações também intimas pela troca de livros,palestras sobre litteratura e arte. Nada melhor doque as conversas sobre romances e poesias paraajudar a fazer umas declarações de amor geitosas edisfarçadas, assim para apalpar.

As rombas tentativas deram tflo bom resultadoque ao fim de oito dias eu já passava a apalparoutra cousa.

Tentava apalpar as formas assaz appetitosas daimponente Zelina. Ella repelliu-me com um olharpulvarisante e um gesto tflo vigoroso que estivequasi a abandonar a partida.

Felizmente logo depois percebi que ella nflogostara do meu atrevimento, de me adiantar tflodepressa, mas achava também prazer na corte emtom idyllico e litterario. Continuei as sessões bas-tante agradáveis de palestra, em tom dúbio e apai-xonado, com allusões mais ou menos claras, quelogo passaram, a phrases positivas e aífirmaçOesardentes do meu amor.

Ella ouvia-me cora attenção e enlevo, dando-me corda, provocando minhas expansões...

E o mais curioso é que mantendo commigo

esse namoro perigoso, permitlindo de vez emquando uns contados relativamente Iibldiuosos elendo-mo mesmo dado n provar em beijos lango-rosos o sabor de sua nuca perfumada, de seus hom-bros roliços e ate uma vez du seus lábios quentes,Zelina fnzla-me confidente das fúrias em quo a Ian-cava os desregramentos do marido.

Era singularissimo. Ella nflo se recusava a umidyllio commigo, mas nflo admittia, nflo perdoavans iufidelidudcs do marido. Dir-se-hia que seus ins-tinetos deppoticos exigiam fidelidade absoluta d'ummarido, que ella parecia tao disposta a enganar.

Era monstruoso, mas afinal eu nada tinha comisso e, como isso convinhu aos meii9 planos, euainda ajudava a fallar do marido, açtiluva-a contraelle, ouvia com ar do approvaçflo todas as catilli-mirins, que ella soltava contra elle.

Uma noite, preocupado como estava pelodesejo d'aquella mulher tflo original e tentadora,fui rondar-lhe a casa já tarde, ás 10 1/2 da noite.E' claro que aquella hora nflo tinha mais a espe-rança de vel-a, visitai-a, mas queria ao menos,

Então foi um. desastre. Cahiam moveis, quebravam-setíbibelots»,

como todos os enamorados, contemplar as suasjanellas fechadas.

Calculem a minha surpreza quando, ao chegar,encontrei-a a uma d'essas janellas, em trajes casei-ros, sosinha e com ar ainda mais severo do que nosoutros dias. A ousa era assobradada, a janellabaixa... cumprimentei-a e foi ella a primeira queme dirigiu a palavra, dizendo em tom raivoso:

V6 ! Estou á espera d'aquelle cachorro. Foiâ casa de um amigo, que faz annos, disse-lhe quenflo demorasse, elle jurou que ás D horas estaria devolta, sflo quasi 11 e nada I Mas eu bem sei porque6 que elle ficou lá... Está lá a Abrantes, uma viuvasirigaita, a quem nflo ha homens que cheguem epara elle tudo serve...

Qual! Talvez o amigo o prendesse lá —observei eu perfidamente.Nflo senhor — replicou Zelina tèrminante —eu disse-lhe que nao demorasse, a sua obrigaçãoera nao demorar... Mas eu estou resolvida a espe-rar até que elle chegue. Ha de me encontrar aqui.

Fiquei de pê ua calçada a ouvil-a firomettervinganças terríveis, at<5 que ella se admirou.

E o senhor fica ahi no sereno, na rua?Estou a vel-a. Nflo imagina como esta linda,

assim ao luar. Ate zangada, u senhora & bonita.,.Zelina fez um esforço pura dur ao rosto uma.

expressflo severa, mas d'essa vez nflo o conseguiu;evidentemente o elogio, quo parecia tflo sincero,agradou* lhe.

Mas o senhor nflo podo ficar assim, do lado-de fora. Podem reparar...

- Está bem, retiro-me — suspirei cora tristeza.Nflo — disse ella depois de reíleotir um

Instante. — Entre. Nau 6 muito correcto receberasua visita a esta hora, maa nflo me importo...quero mesmo quo et/e o encontro aqui, quero que osenhor assista a licçAo, que ou vou lhe dar,..

Entrei e 110 salflo, vendo por umu porta oquarto tflo desejado de Zelina, continuei a chorarminhas misérias de amor, com iutervallos em queella esbravejava contra o marido.

Passaram-se quasi duas horas. O marido pare-cia ter se esquecido do mundo no tal baile, e eutive tempo de sobra para portuibal-a com confissõeslongas e ardentes.. Ella enternecia-se visível-mente, enebriava-se com o incenso de minhas pala-vras capilosas. Tinha talvez já esquecido o marido,quando bateram á porta, que ella fechara cuidado-samente.

Meu marido ! — murmurou ella, erapallide-cendo.

Dir-se-nia qne só entflo comprehendeu a irre-gulai-idade de minha presença alli, a s6s eom ella,estando todos os criados a dormir.

Entre pura alli - disse rapidamente, indi-cando-me seu quarto.

Entrei, cerrei a porta e assisti então a scenamais divertida d'este mundo.

Zelina foi abrir a porta, o marido entrou muito-resabiado e ella recebeu-o com umu serie de impro-perios, que nflo pude ouvir, mas que deviam serexcepcionalmente violentos, a julgar pela exube-raucia dos gestos, que os acompuuharum.

O marido tentou responder, mas lago teve quese calar, sob nova avalanche de censuras.

Por fim o homem quiz virar valente; viera umpouco chumbado do baile e agarrou Zelina com talviolência que o peignoir rasgou-se em um hombro.

Entflo sO vista a furiá da mulher. Ella própria,reduziu a farrapos o resto do peignoir e ficando sôem calça, camisa e,collete, agarrou em uma ben-gala, manejando-a com vigor, ameaçadoramente.

O infeliz esquivou-se; ella gesticulou com abengala e foi um desastre. Cahiram moveis, despe-daçaram-sé bibetots e o marido, apezar da agilidadecom que se encolheu, fazendo trincheira com uma-poltrona cahida, ainda apanhou umas lambadas.

Ouvi entflo que Zelina já perto do quarto ter-minou dizendo:

E fique sabendo que está tudo acabado entrenõs 1 nflo admitto em meu quarto a presença de unilibertino e de um bebedo...

Entrou para junto de mim, fechando a portanos braços.

Oh ! esperteza feminina! Assim, ella ao mesmatempo castigava o marido e impedia-o de entrar noquarto onde a minha presença era suspeitissimu.

Admirei os recursos de seu espirito quasi tantocomo admirava a perfeição de sua carne e cingi-anos braços...

Pouco depois tive a delicia de ver a severidadede seu rosto bonito transformar-se na expressão deconsolo e gratidão, que só as mulheres verdadeira-mente sensuaes sabem ter sob o amplexo de umhomem.

E como sô me foi permittido sahir do quartoquando o marido adormeceu extenuado no sofá,tive oecasiflo de ver o deliquio de seus olhos variasvezes.

D. VlLLAFLOR.

PROVÉRBIOS METRIFICADOSValente, o seu Correia de Marmelo !

Valente mais que um malhoE rijo mais que um cabo de martello,

Nas lutas do TrabalhoA gosto, ou contragosto — o seu dever

Cumprindo... muito mais que honradamentePensou, num bello dia, em se fazer...

Intrépido intendente.Mostrando a mais «cavona» das coragens»

E a mais aporcalhada das «lavagens».

E — graças ao traquejoContinuo, com vassouras finalmenteConsegue, quasi... quasi... o seu desejoMais caro realizar...

Ser presidenteDa mesa !... E, da mesinha,Sentado á cabeceira,

Nflo quer arredar pê dessa caJeira,Na qual tem firme o assento.Mais firme que um rochedo,

Receio'so, nflo a larga um só momento.—«Quem tem... assento, tem medo.»

ESCARAVELHO.

LICOR TIBAINAO mellior purificador do sangue

GRANADO & C, — Kua. IÍ de Março, 14

Nasce a pérola 'no marE nos jardins nasce a flor!B a mim ? nflo me hei de queixar ?Nasceu-me um certo tumor I

Xis.

OastellÕes, os mais afamados cigarros deS. Paulo, estfto á venda no Rio na Confeitaria Cas-telloes, Charutaria Paris, Tabacaria de Londres eCharutaria do Bar da Brahma.

" O XJOISTZBIa =•».

Acha-se a venda, em nosso escriptorio, essebello romance, a 1$000. Pelo Correio, 1$500.

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O RIO NU—27 DE NOVEMBRO DE 1909

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tal a importanola que o Manduca CipO o ocivilisado moço ligam a Margarida Bambu,

-y qU0 ft gaja uté jil lliige ataques em plenof=3êv9 ca» da Lapa.

Ora jnoça, consulte o «jockey» o volte n ser„„„licl.iíi. q«e <S melhor, ouviu?

1 _ Diz a Maria Bspirro do Picareta quo sahiu,1o «Chopp», onde era caixeira, so porque o Roquelhe ouiz passar o ronco.

Entretanto, sabe-se que foi o Bamiio Chulo,

quem a seduziu com as suas especialidades 6.m° — Euibèiçiido pela Santa Lacraia, vive o Dr.Vareta escovando os lampeoes da zona Riachuelomira por tim, chuchur uo dedo!...

Triste sina 1 Porque nao so suicida, moço ?Andou mal a Olga Jurity, contractuudo o 7A

nara seu «leito de ohncura... Os quo a vi»itam, noranodoiu fazer uma referencia fis graças da mulata,norque o moço coça-so todo, enciumado.

Irra I Que massada 1 Bambu nelle !..,Nilo podendo matar o remorso do que fez S

sua Pio Furado, anda o Chaby Cinema DondOcainjectando os camaradas com fitas conhecidas...

Até parece sermão de lagrimas!O Nhosinuo, que era adepto do ararismo e

do mnterialismo, na ultima serenata no pombal daAugusta Mulata, por causa dos sensuaes olhares daMaria Amélia tornou-so franco partidário do p/ato-

Sacrificou os princípios ? Sacrifique a lingna !...Se a prudência carregasse a Agueda Divisa

nara Campos, o Sinh5, para encurtar a distancia, oniídar a saudade, adquiria um aeroplano, paralevar-lhe também uns vidros da A Saúde da Miãher.

O azar do menino Attila ô tamanho, que atéu Ottilia Cava nas Ceroulas ja o enxota dos bondes•em que tt persegue.

Porque 6 que o menino nao compra um bode evê se se... lixa? .

Quem vê o M. A. Galhaes das «divisas»passear de carro toda a noite, pensa que o dinheiro6 delle. ,

No emtanto, a Mariquinbas é quem podeexplicar o caso!,.. .

Ainda a Ottilia nao tinha alliviado o lutopor morte do mano Juquinha e já tem de o vestiroutra vez, por morte do seu totfi YoyC

Pobre Macaca! Como anda sem corte !'_ o que serS feito de um incivil civil que porter uns «dares e tomares» com o pessoal, ferravacom ellas ao X .

Ter-se-ia esse zeloso mantenedor de... italianaseclipsado ? Ora graças -

E porque será que o Hangel Smart, depoisque anda pelas zonas estragadas, tem sorte a valercom as wesuglhsf Serã porque o suppôem autoridade.

Ahi, seu Batuta!Consta que a Olga pretende «lançar» a

Angelina Gallinha na zona chie, tirando-a da zonaBatina. "

A Olga deve, porém, fazer-lhe primeiro umasfricções de Lugolma e arranjar-lhe uns enchimentospara endireitar o tundá mal ajambrado !

Depois de muitas scenas de choro, conseguiuo menino Brito dar o fora na Menemozina, que porcausa disso quasi teve um «chilique».

Agora leva ella a exclamar:—«vem ca Brito .vem ca Brito! . _,

Foi um fitao a entrada do Pinheiro Theoriano «Chopp», em companhia da crioula beiçuiia emais tarde com a volhusca do olho grande.

O' seu moço, vocô nao tinha uns arranjos ainii*mais esbrogues para levar ?... _,. .

Apôs os contras dados na Bosalina Ciari-neta, o Augusto atira-se a Alcidia.

Esta que abra o olho, ou antes, que feche odito... e tome cuidado com o camarada ....

Foi um desapontamento para a MaioralVioleta, aquelle bilhete-«devo, nao nego, pagarei

.quando puder»-que a Olga Sapmho deixou noespelho quando arribou, ás escondidas, do «t_,an-teiron.

Que pessoal sabido, livra !Constava a ultima hora que a Cabocla Joa-

nete havia sido operada no dito. Sabo-no mula quoserviram do ajudante» na operação o Qulninho,Bosa Pivote, Einillo Pao d'Agua e Bosa Caolha.

E o Almeida aluda continua nos braços da«mao de seus filhos»!...

Era assim concebida a missiva encontradana zona o dirigida & Macaca Chimpauzé:—-Ottilia.Senti muito a morte do teu adorado o sempre lem-brado YôyO. Coitado ! Agora olla nao apanha maispancada nem fuz exercícios lingüísticas. Aceita ospezamos do teu Alberto Papagaio.»

Mas que camarada!Diz a Ensa Pivete que desta vez manda

matar o Fausto Vencedor.E se em vez disso ella tratasse da moderna

coudclana... tomando o Elixir de Nogueira, do chi-mico Silveira?

Liugua ds Prata.

NOVO CONCURSO DAS ZONASConforme declaramos, foi aberto um novo

CONCURSO DAS ZONAS para saber-se qual amais bella mulher.

Para votar neste concurso, torna-se preciso cor-tar o coupon que vae impresso no alto da 2? paginao nello escrever o nome da mulher que o votantejulgar mais bella, endereçimdo-o a nossa redacção.

O novo concurso seri encerrado impreterivel-mente uo dia 25 de Dezembro próximo, sendo cou-ferido a vencedora o valioso prêmio de

PULSEIRA. UE OimO «li 18 KU.A.TES

Votação recebida até terça-feira:Adelía GostosaEponiuaConceição Barriga RiscadaEsmeraldaAlzira PjngolaoBosiclaMaria SoaresEugenia MarmitaMarieta Meleca.

5243393529261515i

DIALOGOO' visinha, a senhora tom lido aquella hls-

toria de S. Paulo „.Nao'me falo nisso, polo umor do Deus! lem

me Impressionado tanto, quo em toda parto vejo«mãos negras»... .

E' o diabo isso, visinha. E' preciso distra-hir essa impressão que lhe podo fazer mal.

Infelizmente nao posso, visinha. Estou de-baixo da tutela dum «mao negra»...

Hum !... Compreheudo agora. Seu marido6... <3 um tanto escuro...

Exactamente, um tanto escuro. Mas tema... «mao» ainda mais preta do que o corpo...

E é isso que a impressiona?... Nao sejatola, visinha. Ha muito recurso para esse caso...

Mas eu nfto o acho.E' porque ainda nfto reilectiu. A senhora

usa luz uo quarto?...Uso, sim senhora. Desde que me oasei quetenho sempre uma lamparina accesa.

Pois ahi esta o mal, visinha. Com a luzsombria da lamparina e que as «coisas protas» setornam mais apavorantes.

E euiao como 6 que devo fazer ?Coisa muito simples. A senhora manda seu

marido deitar-so primeiro... . . ¦Oh !... mas uOs ostamos tao acostumados a

deitar juntos... .Foca o coração duro, 6 um caso de necesst-dade. Elle deita-se primeiro...E depois?... .

Depois, a senhora apaga a lamparina e dei-ta-se também...

Que bella idéia, visinha!... Assim, noescuro... , ', _ -

Sente perfeitamente o coutacto da «mtto» edou-lhe um doce se a senhora lhe distinguir a cOr .

Obrigada, minha visinha, obrigada. Ja estanoite a «mao negra» nfto me mettera medo.

Esta começando a esquentar o negocio. Vamosa ver qual é realmente a funecionaria que pretendemostrar que 6 u mais bella das zonas.

Avante, pessoal ^^

Moinho. — Nova marca de cigarros deli-ciosos, cada carteira é premiada. .

Queixas injustasTemos recebido innumeras cartas .queixosas dos

povos epovas da Capitai Carioca e subúrbios adja-centes. . . . .

Essas «queixas» sao - na maioria, injustas e,na minoria, justas.

E' pois, mais que natural darmos acolhimentoem noísas cnlumnas as primeiras - as injustas -

deixando a Justiça... de Fafe a missão do ajustede contas das justas.

Por hoje, abrimos espaço a seguinte, respei-taudo o respectivo original:

«Sr Bedactor. Meu marido ô o homem mais' calmo, mais manso, mais baosinho do mundoQuando chega a casa e nfto topa com nada de

úmidas do emue, entra nas sopas, o coitadinho, eimia se lambe todo de gostos.

Ma s quando dã para entrar nos paratizesmelte-me opaode rijo a valer. Ora issono»Sn moda muito, porque ja es ou afeita a levar.

m"is peior 6 «.úe, quando eu berro elle entra a

inètter o pào cm todas as visinhas de ao pé da

mnihà porta e eu cft fico escamada como uma ta-

rata o»*-"^ aia muit0 bera fazer chegar ao

ro™ o meu homem e nao ficaria arrepezo poisSuai-to eu saberia ser arreconhecida a esse favor, .imirándo elle co' a mesma moeda.

Tantes da mfto aguardecida, me assassino aqui

por baixo.— Eufemia Gallo.»

Achamos mais que injusta a queixa da sra.

Eufemia; mas, de momento, nao esta em nossas

"Tm VodmoeÕ°cadso vennatnossa redacção e talvez

algum de nô°scoCnsiBa... comsigo dar algum geito a

essa coisa. '

"ROUPAS BRANCAS?

A' GLORIA DO BRASIL3 r\ua da Carioca 3

¦= BOM E BABAT£

Lili.

CONPENSAÇOESNao sei se acaso ouviste ja contarQuo alguém, que usava as botas apertadas,Gostava immenso ate de as ter calçadas,Pelo prazer que tinha... de as tirar.

Por mais estranho que isso nos pareça,Ha cousas neste mundo mesmo assim:Custam um pouco quando se começaE o verdadeiro gosto esta no fim...

Lembrou-me o caso a nossa ligação,Que, se me trouxe dias de amargura,Também me trouxe um dia de ventura:

O da separação.

E o dia em que commigo te ligaste,Eu o bemdigo intimamente agora,Mas... s6 pelo prazer que me causaste

Quando te foste embora.A. Men.

CAVAÇÂOVive na terra dos pretos,E7 rico de lindas pennas ;Quando tem certos desejosFaz com as ditas lindas scenas.

82—182 50-150 46—746

8—328 79-379 07—207

Chioo Ficha.

Xclie!Que importa que do publico invejosoO critico escalpello me descarne...Hei de morder em frenesi de gozoA tua rija e palpitante carne !

SüKICO.

Page 8: a|memoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1909_01187.pdf · Nem era de extranhar que nfto achasse, Durante a vida inteira, algum rapaz Que ao menos lhe dissesse uns galauteios... Porquanto,

e.

O RIO NU— 27 DE NOVEMBRO DÈ'190/?.

^J^^mfi-oSA^^m^^

WUÜGftPÜ Í7E TIM O;'

'¦"'"^^'•'^v -—, 'í^r-— \w-r~icC ""'J,~^\ '

EtLA—-Doutor, pretendo processar meu ex-fioivo^por se ter recusado a casar commigo. Quero exigir-lhe\ vinte contos de indemnisação. • .,/,• '-.-'¦' 7. ¦

O advogado — Só vinte contos? Peça-lhe !ogò cincoenfa e estou certo que elíe os:'gagaíá de^offl^gratlb;„ só por se vêr livre de si!... *..-"-.seu."'' -, *-' :¦„ ,.. "

l. ' '¦'. ¦ . '¦¦: ¦¦¦¦¦¦ ....' *¦¦•'¦:

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Um. corno íia muitos-

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*,. '¦:¦ -

i*Plt 11 '

O mendigo—Ai, minhas ricas senhoras : Dae-me uma esmolínha pelo amor.de Deus! 'Tende .piedadede um pobre orphão /

mÈÈÊSÊ.

poderoso depuratlvo pára a cm-a dá syphills I O sangue impuro, viciado oa frajr.ó í a caus,a dei--.. milhares de enfermidades qne enfraquebem o.orgírrusino sern nunca se''saper 1 verdadeira moléstia;,. Paia vos curardes, tomae sem perda fie tempo d mais poderosa cWpitrativo. do mundo rrp ATIZANA

DB FARO — verdadeiro regenerado!- da sáude — tpuico depuratlvo e asiii-r3í.cBJiiatico •¦VENIÍE-SE EM TOSAS AS BOAS BH0«SARIAS JB MÍAMACIAS

Depositários! Hiri&o Slosca .Sn C Droemates — RUA DO OÜVIDOK ií. 191 (altos do Café Jav%) '* %

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