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RRPP Revista semestral. Curso de Relações Públicas/Famecos/PUCRS - Ano 19 n° 34 - Porto Alegre, RS, Brasil - Julho 2012 Versão digital: www.rrpponline.com.br Atualidades WW W WW A noite é nossa O profissional de Relações Públicas comanda o espetáculo FOTO FELIPE DALLA VALLLE

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RRPPRevista semestral. Curso de Relações Públicas/Famecos/PUCRS - Ano 19 n° 34 - Porto Alegre, RS, Brasil - Julho 2012

Versão digital:www.rrpponline.com.br AtualidadesW W

WWW

A noiteé nossaO profissional deRelações Públicascomanda o espetáculo

FOTO FELIPE DALLA VALLLE

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2 RRPPAtualidades/Julho 2012

ENSINO

Um colégio no coração da PUCRS•Ambienteuniversitárioeescolarjuntosfazendoadiferençanaeducação

O Colégio Champagnat, criado pelos Irmãos Maristas em uma chácara, em 1920, a dez quilô-metros do centro de Porto Alegre, hoje é o cora-ção do campus de uma das maiores universida-des particulares do Brasil: a PUCRS.

A Rede Marista de Educação e Solidarieda-de está presente há 110 anos no Sul do Brasil. Faz parte da Província Marista do Rio Grande do Sul, unidade administrativa do Instituto dos Irmãos Maristas, organização religiosa e educa-cional fundada por São Marcelino Champagnat em 1817 e presente em 75 países.

Os colégios gerenciados pela Rede Marista estão espalhados por muitos estados brasileiros, entre eles: Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Brasília, Goiás e especialmente o Rio Grande do Sul, que mantém uma de suas escolas dentro do Campus da Pontifícia Universidade Católica.

Criado no início do século XX, o Colégio Marista Champagnat teve seus cursos de ensi-nos fundamentais e médios reconhecidos em 1946, passando a chamar-se Ginásio Champag-nat de Porto Alegre. No início, apenas candida-tos a irmãos maristas estudavam na instituição, depois se tornou um educandário masculino e só em 1971 meninas passaram a ser admitidas.

Possui hoje mais de 1.300 estudantes e con-ta com o trabalho de mais de 100 educadores, que atuam diariamente na missão de construir conhecimentos e formar para valores humanos, marcas do jeito marista de educar para a vida.

De acordo com o diretor do colégio, profes-sor Hilário Bassotto, o meio acadêmico exerce uma influência significativa para o aluno. “O

colégio está situado no coração da Universidade e inspira Educação”, diz. O colégio desenvolve diversas parcerias e projetos entre estes dois âmbitos, proporcionando esta ponte aluno-uni-versidade, “onde a participação efetiva do aluno é fundamental”, destaca o diretor.

Com as oportunidades que o aluno do Co-légio Marista Champagnat possui, a preferência pela Univeridade é inigualável. Pesquisa revela que egressos do colégio tornam-se alunos da PUCRS.

CuriosidadeNa década de 50, o irmão José Otão, reitor

da PUCRS, procurou o então prefeito Leonel Brizola para comunicar a intenção dos maristas de construir um novo edifício no lugar do colé-gio Rosário para abrigar o campus da PUC. As faculdades tinham começado a funcionar em 1931 e em 1948 foram reconhecidas como uni-versidade. Na ocasião, apurou anos mais tarde o irmão Mainar Longhi, Brizola sugeriu: “Por que vocês não fazem a Universidade na chácara do Champagnat?” Na época, o colégio era rodeado por uma enorme área, no bairro Partenon, onde hoje estão o Campus e o Hospital São Lucas.

Pâmella moraes

O aluno Othon Amorim, 3º ano do Ensino Médio do Colégio Marista Champagnat, rela-tou como é estar em um âmbito Univesitário. “O meio acadêmico nos proporciona facilida-de, além de sua magnífica Biblioteca, temos acesso ao Parque Esportivo”, diz. Confira sua entrevista:

Você vê alguma vantagem de estudar em

um colégio que se encontra no Campus de

uma Universidade?

Sim, muitas, pois proporcionam facilidade de

acesso a materiais para pesquisa e até mesmo espa-

ços para estudos individuais e em grupos na Biblio-

teca da PUCRS.

Quais outros meios que você usufrui den-

tro da Universidade?

Biblioteca, salas de estudos, convites para co-

nhecer um pouco mais da Universidade.

Você acha que o Colégio aproveita esta

oportunidade de estar no meio acadêmico?

Sim, principalmente, oferecendo aos seus alu-

nos disponibilização de horários em diversas áreas

de estudo e atividades físicas.

Por estar no 3º ano do Ensino Médio,

você encontra facilidade ao escolher o curso

que vai seguir, já que vive no meio acadêmi-

co?

Nem sempre. Por estar tão perto da fase seguin-

te, não quer dizer que vá facilitar em uma escolha tão

importante, porém, como já estou decidido há alguns

anos, a proximidade da Universidade me facilitou a

ver como seria o curso que escolhi, o de publicidade.

Uma vantagem que os alunos de outros colégios não

possuem.

ENtrEvISta/aluNO OthON amOrIm

A vantagem de estudar na universidade

FOTOS PÂMELLA MORAES/RRPP

∆ Othon Amorim, aluno do 3º ano

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3Julho 2012 /RRPPAtualidades

InstItucIonal

Famecos lançaNúcleo Memória•IniciativavaicontarahistóriadaFaculdadeedisponibilizaraosalunosmaterialparapesquisas

Em 2012, o Espaço Experiência divulga a criação do Núcleo de Comunicação e Memória Institucional da Faculdade de Comunicação Social (Famecos), da PUCRS. A iniciativa tem como objetivo organizar a Memória Institucio-nal da faculdade através de pesquisas direcio-nadas a ambientes digitais e eletrônicos, bem como a meios impressos e documentais, além da coleta de informação com pessoas de grande influência para a história da unidade.

Idealizado e coordenado pela professora Cláudia Moura, também coordenadora do Curso de Relações Públicas, o Núcleo de Comunicação e Memória Institucional envolve as quatro ha-bilitações da faculdade: Jornalismo, Relações Públicas, Publicidade/Propaganda e Produção Audiovisual (com ênfase em Cinema). O ano de criação do Núcleo é estratégico, pois comemora o aniversário de 60 anos do Curso de Jornalis-mo, embrião da Famecos, inaugurada em 1967 com a PUC gaúcha oferecendo mais dois cursos na área da comunicação: RRPP e Publicidade.

Os arquivos contidos no Memória, que po-derão ser acessados através do Portal Eu Sou Famecos, auxiliarão no desenvolvimento de tra-balhos de conclusão dos alunos e contribuirão para a execução de diversas ações na atualidade e nos próximos anos. O conteúdo disponibiliza-do pelo Núcleo também será utilizado como um

banco de dados para a organização de edições históricas e de reportagens, campanhas e proje-tos de relevância para a faculdade, podendo se transformar em uma referência para a memória acadêmica e institucional do ensino de Comuni-cação no país.

De acordo com a professora e mestre em Comunicação, Marisa Soares, que participa da organização do Núcleo, o Memória Famecos também “valorizará a participação de antigos diretores, professores e alunos na construção da história da faculdade”.

Brenda Menine

e reBeca escoBar

O Espaço Experiência conta com mais 11 Núcleos: Assessoria de Comunicação Digital Atendimento e Relacionamento Áudio Criação Eventos Famecos Sem Fronteiras Fotografia Publicitária Fotojornalismo Planejamento Tendências e Pesquisas Memória

Entrevista com a doutora em Ciên-cias da Comunicação, Cláudia Peixoto de Moura – professora-titular dos cursos de graduação e pós-graduação da Famecos, e coordenadora do Departamento de Re-lações Públicas.

Qual a importância do Núcleo Memória para Famecos?

Além do fato de levantar informações e aproximar os egressos da Famecos, o Núcleo objetiva contar a história a partir da fala das pessoas que passaram pela Fa-culdade. O Memória contará ainda com um site produzido pelos atuais alunos, o acervo digital possibilitará o acesso às in-formações de qualquer lugar do mundo e será construído com materiais como foto-grafias destes 60 anos, além de entrevistas com antigos alunos e professores vetera-nos. Dessa forma a Famecos construirá o acervo de sua memória e documentará os fatos históricos para que futuras gerações possam conhecer e entender a Faculdade.

Qual a relação da atividade de Relações Públicas com a memória institucional nas organizações?

Através da memória institucional abriu-se um novo nicho no mercado para as RRPP. Memória trabalha com a iden-tidade e esta se transforma em imagem a partir do levantamento de documentos que relatam a história da organização. Quem verá este material irá consolidar, ou não, a imagem da organização, neste caso da Famecos. Dentro deste contexto, é pos-sível fortalecer também a reputação, que é construída somente através do tempo.

∆ O prédio 7 da Famecos foi inaugurado em 1973

BRENDA MENINE/RRPP

“Objetivo éfortalecer

a reputação”REBECA ESCOBAR/RRPP

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4 RRPPAtualidades/Julho 2012

Ao lembrar da Brigada Militar, o que recorre à mente da maioria da população são situações de prisão, resgate, em geral todas as funções de segurança pública. Essas situações de violência que os policiais militares vivem e revivem todos os dias, fazem as pessoas desco-nhecerem outras funções primordiais em que também atuam esses servidores da lei, como a função de comunicadores.

No quartel do Comando-Geral da Brigada Militar, na capital gaúcha, existe um setor que faz parte do Estado-Maior, específico para essa função: a PM5, a seção de Comunicação Social. É de inteira responsabilidade dela assessorar diretamente o comando da Cor-poração nas relações com seu públicos, nós, cidadãos.

Pode-se dizer que a comunicação na BM não é algo recente, visto que o primeiro setor de Comunicação Social surgiu em maio de 1956, quando foi criado o Serviço de Rela-ções Públicas da Corporação, no comando do Coronel Ildefonso Pereira de Albuquerque. Na época, não havia ainda nenhum curso de RRPP no Estado.

Hoje, o setor está estruturado de modo muito mais desenvolvido, sendo chefiado por um tenente-coronel, o segundo posto mais alto na escala hierárquica militar. Possui, ainda, em grau hierárquico decrescente, um major, dois capitães, uma tenente, três sargentos, nove soldados, um funcionário civil e três esta-giários de nível superior.

Soldado na Brigada Militar, formada em Jornalismo pela Famecos e efetiva da PM5 há seis anos, Sabrina Ribas concede uma entre-vista à revista impressa e digital RRPP Atuali-dades e conta como é desempenhar o papel de uma policial-jornalista:

Qual a principal função da PM5?Após passar por inúmeras reestruturações,

a PM5 hoje atua principalmente como o setor que é responsável por assessorar o Comando da Corporação no que diz respeito às atividades de assessoria de imprensa comuns a outros órgãos e empresas. Faz relacionamento com a mídia, produção e envio de textos institucionais como releases e sugestões de pauta, encaminhamen-to de fontes especializadas e boletins de rádio. Também administra veículos institucionais, como sites, redes sociais, programas de rádio e TV e produz materiais informativos como fol-ders, banners etc. Além disso, a maioria dos eventos do Comando fica sob responsabilidade do efetivo desse setor. Atualmente, a PM5 prio-riza as áreas de Jornalismo e Relações Públicas,

tendo pouco espaço, pela carên-cia de profissionais qualificados, para o desenvolvimento de ati-vidades relacionadas à publici-dade e propaganda. Parte dessa precariedade produtiva nessa área também pode ser justifica-da pelo fato de a Corporação ser um órgão público, que sempre prioriza outras áreas e não dis-põe de verba para esse tipo de “despesa” ou investimento.

Qual a importância de uma instituição policial ter setor de Comunicação?

Considero que, como qual-quer outro órgão público, a BM deve prestar contas de suas ati-vidades a seu principal “clien-te”, o cidadão. A existência de um setor como esse só facilita esse diálogo e a aproximação da polícia com as pessoas. Tam-bém acho importante destacar aqui que o papel da PM5 não é o de mascarar ou maquiar a realidade, mas, sim, de procurar a transparência na relação público-cidadão, mes-mo que determinados fatos nos desfavoreçam como Instituição já que, em algumas situações, o caráter repressivo da BM gera muitos conflitos e crises de imagem. Outro fator importante é preparar o efetivo, não só o do setor, mas os policiais de outras unidades, atra-vés de workshops e seminários, com conhecimentos básicos para que o relacionamento com os profissionais de imprensa seja o melhor possível, facilitando o trabalho de ambos e esclarecendo a população sobre o papel da polícia.

Você é formada na Famecos. Qual a contribuição que recebeu da faculdade e como usa na sua vida profissional?

Acredito que todo conhecimento e toda a experiência são válidos. Na Famecos, uma das coisas que considero muito bacana é que os professores são interessados nas nossas reali-dades e procuram de diferentes formas trazer conhecimentos e contribuições que se adaptam às necessidades dos alunos. A grande maioria, a partir da metade do curso, já trabalha ou es-tagia, e quase sempre existe a possibilidade de trazer as nossas experiências e trocar ideias, contribuições e sugestões com professores e co-legas. Levei isso para meu ambiente profissional e isso só trouxe resultados positivos. Mas, entre tantos outros itens que poderia citar, um deles

é a inquietude. Eu já era inquieta, ponderado-ra, e fiquei muito pior, ou melhor! Na Famecos, com professores como Sempé, Leonam, Ivone, Schröder, Ana Cláudia e tantos outros que po-deria citar, aprendi a não aceitar qualquer coisa

feita de qualquer jeito, a exigir mais de mim mesma, a comprar as brigas mesmo que elas sejam enormes, e muitas outras lições. Mesmo que o sistema nos limite, nos pode, nos diminua, afinal eu ocupo o menor posto hierárquico, soldado, de uma instituição enorme, ainda acredito

que através do trabalho vamos conseguir mudar para melhor algumas coisas que só trarão bene-fícios para a Corporação.

O fato de trabalhar em um órgão mili-tar traz restrições?

Sim, infelizmente. A hierarquia ainda preva-lece frente o conhecimento. Mas isso não é pri-vilégio de instituições militares já que, em em-presas privadas, por exemplo, também poderia acontecer casos em que a posição ocupada pelo superior e possíveis sanções causem alterações nas rotinas da assessoria. Já passei por várias situações em que não existiu a possibilidade de negociação ou mesmo de explicar aos superiores os motivos de uma tarefa ser realizada de forma técnica e não da forma como ele consideraria a maneira mais adequada. Mas também existem comandantes que, de fato, utilizam a assessoria da melhor forma.

Bruna Severo

A comunicadoraque usa fardaA função dos policiais na assessoria de imprensa da BM

∆ Sabrina Ribas, formada pela Famecos

FOTO DIVULGAÇÃO

“Aprendina faculdadea comprar

brigas”

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5Julho 2012 /RRPPAtualidades

Projeto

SUS paraanimais:por que não?•ProjetodeLeiinstituiSistemaÚnicodeSaúdeparaanimaisdomésticos

A partir da justificativa de que os animais não tratados passaram a ser caso de saú-de pública, o deputado federal Ricardo

Izar (PSD-SP) tenta instituir o Projeto de Lei que cria SUS para animais, voltado à população de baixa renda.

Os animais domésticos vêm ganhando espa-ço cada vez maior junto às famílias brasileiras. É o que confirma a pesquisa Radar Pet, realizada em 2009 sob encomenda da Comac (Comissão de Animais de Companhia). A pes-quisa apontou que, naquele ano, já existia uma população de 25 mi-lhões de cães e sete milhões de ga-tos nas residências de pessoas das classes A, B e C no Brasil. Como mostram as últimas pesquisas do IBGE, o aumento da adoção/compra de animais domésticos é relacionado a um fator social: a taxa de natalidade brasileira vem caindo após a inserção da mulher no mercado de trabalho. Elas deixaram de ape-nas cuidar da casa, hoje se preocupam com a carreira profissional e acabam adiando o projeto de ter filhos. Muitos casais, ao invés de ter filhos, escolha que demanda tempo e condições finan-ceiras, acabam optando por ter “filhos animais”. Além dos custos serem muito mais baixos, os “pequenos” podem ficar sozinhos, enquanto os pais trabalham e não há necessidade de gastos com babá e creche.

Apesar da despesa com animal de estima-ção ser baixa se comparada a um filho, muitas pessoas de baixa renda não têm condições de ar-car. Foi pensando nisso que o deputado paulista apresentou o Projeto de Lei Nº 10.348, visando instituir o “Programa SUS (Sistema Único de

Saúde) Animal”. O Projeto visa o atendimento clínico e a castração gratuitos de animais do-mésticos de proprietários com renda familiar to-tal de até três salários mínimos. É o caso da em-pregada doméstica Hilda Fernandes, de 62 anos, única assalariada da sua casa. Ela conta que um de seus cães adoeceu certa vez e, ao solicitar atendimento gratuito para uma veterinária que atende perto de sua residência, alegando que não tinha condições de pagar o tratamento, re-

cebeu o diagnóstico de que deveria praticar eutanásia no seu animal. “Não aceitei o que a veterinária disse e tratei ele em casa... Hoje ele está vivo e com ótima saúde, já imaginou se eu tivesse mata-do ele?”. Esse é o caso de muitas pessoas que não possuem condi-ções para tratar seus “membros da família”, que acabam reféns de muitos profissionais que atuam em clínicas privadas ou de forma

autônoma, mas sem disposição ou condições de dedicar um tempo para uma atividade de cunho social na comunidade.

Além do argumento da importância afetiva que os animais ganharam nas famílias brasilei-ras, o autor do projeto destacou outro em entre-vista à imprensa: “Hoje o animal domesticado faz parte da família, mas também é um poten-cial transmissor de doenças. Tratá-los também é uma questão de saúde pública.” Poucas pessoas têm ideia da quantidade de doenças que animais não tratados podem transmitir: desde raiva à toxoplasmose e leptospirose. Por isso, os cuida-dos com eles também são considerados pressu-postos de saúde pública. Mesmo em companhia de seus donos, os animais caminham por ruas e

parques e se tornam vulneráveis a doenças.O Projeto cria um Centro de Atendimento e

Recuperação de Animais em região de fácil aces-so para os moradores, voltado ao atendimento clínico, realização de cirurgias de castração e organização de mutirões periódicos para aten-dimentos em regiões nas quais seja constatada a necessidade. Seriam disponibilizados, ainda, veículos para resgate e atendimento veterinário de urgência.

A verba para o Programa virá de outro pro-jeto, que prevê a criação do Fundo Nacional de Defesa Animal, apto a receber doações e a dedu-zir parte do imposto de renda. A proposta cria uma rede de assistência com órgãos de controle de zoonoses, canais públicos e outros estabeleci-mentos oficiais para que o poder público possa firmar convênios com ONGs, clínicas, empresas e entidades de classe, para tornar o processo mais integrado.

Fabíola de Carvalho

e Suamy SejaneS

“O animal domés-tico faz parte da família, mas tam-bém é um poten-cial transmissor

de doenças. Hoje é questão de saú-

de pública”

SUAMY SEJANES

Gostou da ideia de ajudar algum lugar que cuida de animais e necessite de apoio? A gente indica os endereços!

• BichodeRuawww.bichoderua.org.br

• ClínicaVeterináriadoForte(51) 3344-2785

• Duasmãosquatropataswww.duasmaosquatropatas.com.br

• ProtetoresVoluntáriosfacebook.com/ProtetoresVoluntarios

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6 RRPPAtualidades/ Julho 2012

Tendência

Media Training: você bem na fita•CristianeFinger,apresentadoradeTV,falasobreapreparaçãodoentrevistado

As organizações têm percebido a necessi-dade de preparar suas lideranças para o rela-cionamento cotidiano com a mídia. Surgiram, assim, o Media Training, relacionamento com a imprensa, e o Media Coaching, como se por-tar diante da imprensa. Ambos estão ganhando cada vez mais visibilidade no Brasil, em especial no âmbito corporativo. Contudo, vale ressaltar que um não substitui o outro, ao contrário, se complementam.

Hoje é inevitável: nenhuma organização está livre de uma situação de crise. Diante dela, Training e Coaching aparecem como diferen-ciais. Ao contrário do que muitos pensam, Me-dia Training não é uma técnica criada a fim de manipular a atuação da imprensa. Ela visa, es-sencialmente, auxiliar os porta-vozes a aprimo-rarem suas práticas relacionadas à comunicação com seus públicos e esclarecerem quaisquer dúvidas que surjam em determinadas situações – evitando possíveis danos à imagem e, por con-sequência, à reputação da organização.

“O objetivo do Media Training é fazer a fonte ter um melhor relacionamento com a im-prensa, porque a maior parte dos problemas é que os jornalistas não entendem suas fontes, e vice-versa. O engraçado desse treinamento é que quem fez, não diz que sabe. E quem dá, em tese, não pode dizer para quem deu. O que é uma bobagem. Para se ter uma ideia, as cem maiores empresas no Brasil já fizeram Media Training mais de uma vez com seus diretores”, pondera a gaúcha Cristiane Finger Costa, apresentadora de televisão e doutora em Comunicação Social pela PUCRS.

Além de acumular prêmios de Jornalismo – entre eles, ter sido a primeira mulher a rece-ber o Prêmio Esso Especial de Telejornalismo, em 2004 –, Cristiane leciona na PUCRS desde 1995. Hoje é responsável pela disciplina de Me-dia Training do curso de especialização Planeja-mento em Comunicação e em Gestão de Crises de Imagem da Faculdade de Comunicação So-cial da PUCRS.

Muitos executivos não gostam de falar com jornalistas. É preciso fazê-los entender que não estão falando com jornalistas, mas com o pú-blico. Entender como funciona o deadline, por exemplo. O porquê de a entrevista ser para on-tem, não para amanhã. “As pessoas não enten-dem como funciona a mídia. Elas têm uma ideia, em geral, de que a mídia conspira, de que é con-tra, de que a gente fica num cantinho para saca-near alguém. Quando dou Media Training, digo

que metade dos erros são apenas erros. É muito mais erro do que conspiração”, diz.

O Media Coa-ching, por sua vez, é mais técnico. É uma prática final que en-sina como se portar diante das câmeras e dos microfones para que a pessoa sinta-se mais à vontade diante dos holofotes. Come-çou a ter mais força, principalmente, entre atores, celebridades e atletas. Políticos, em-presários, gestores e profissionais liberais dão mais valor ao relacio-namento, optando por Media Training.

A professora da Famecos destaca a impor-tância das assessorias, mas enfatiza que as ins-tituições devem ter confiança em seu trabalho. Caso contrário, melhor não ter uma, pois quem está envolvido com o projeto, tem que estar afinado. Criada a consciência de que o relacio-namento é imprescindível, deve-se estabelecer um clima de confiança entre o jornalista e os as-sessores, para que no momento da entrevista, a fonte fique mais à vontade. Esse relacionamento melhora muitíssimo o clima. Facilita o trabalho, inclusive da imprensa. “Deve-se compreender, também, que mais importante do que aparecer como notícia é aparecer como fonte. O jornalista considerar você como uma fonte é muito impor-tante porque, toda a vez que ele precisar de algu-ma informação, ele vai lembrar de você”, explica a professora.

Faz a diferença

As pequenas atitudes, como dizer sempre a verdade ou reconhecer o erro, fazem a diferen-ça. Quando se reconhece a falha, até a imprensa muda de postura. Diferentemente de quando a organização nega com veemência, pois a ação da imprensa tende a ser mais ostensiva. Se a crise está instalada e a organização se fecha, logo é condenada perante a opinião pública. “Nenhu-ma empresa é tão privada que não tenha que dar satisfações. Por exemplo: 97% dos lares têm televisão. E você não quer falar?”, diz Cristiane com olhar atônito.

Ela não concorda com a figura do porta-voz, porque, em um momento de crise, centralizar a informação em uma única pessoa é arriscado. “É preferível ter mais de uma fonte, desde que fa-lem a mesma língua. A assessoria não é um cão de guarda, é um filtro”, alerta a doutora.

É comum ver organizações incapazes de distinguir entre um anúncio e uma informação dentro do jornal. O peso é completamente dife-rente. “Quando alguém lê um anúncio, sabe que ele está comprometido, tentando vender. Quan-do eu tenho uma informação, eu tenho a credibi-lidade do jornalista. O valor disso é intangível”, declara.

Pode-se considerar o Media Training como um novo mercado de trabalho. Embora a douto-ra concorde com essa afirmação, demonstra-se preocupada quanto à atuação de profissionais pouco experientes. Segundo ela, “é preciso gra-mar certo tempo para chegar lá, senão vira pica-retagem. Ninguém se forma e vira consultor. É um mercado que exige experiência. Não é para qualquer um”.

Sabe-se que os profissionais mais valoriza-dos são aqueles que transitam melhor entre as áreas. Conforme Cristiane, “o jornalista acaba levando um pouco de vantagem nessa parte de treinamento. Para planejamento em gestão de crises, os relações-públicas são os indicados. Jornalista não planeja, jornalista faz. E o Me-dia Training é uma parte desse planejamento, é uma estratégia. Não resolve todos os problemas, mas é importante”, arremata.

Augusto FernAndes, gAbrielA dAlpiAn, nAtáliA FerreirA e roger superti

∆ Cristiane, primeira mulher a receber o Prêmio Esso em TV

NATÁLIA FERREIRA/RRPP

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7Julho 2012 /RRPPAtualidades

O aplicativo capaz de criar uma variedade de efeitos e filtros para fotos, criado por Kevin Systrom e Mike Krieger, em ou-trubro de 2010, é um dos tópicos mais falados do Twitter. O Instagram, que foi durante muitos meses privilégio dos usuários de aparelhos da Apple, pas-sou a estar disponível para o sistema operacional mó-vel com mais usuários no mundo, o Android.

Após a criação desta nova versão, o aplicativo ganhou, em apenas seis dias, cinco milhões de no-vos usuários e tornou-se o mais popular da App Sto-re (loja virtual da Apple), perdendo o status que tinha anteriormente. Este fato gerou grande insatisfação aos que utilizam o sistema iOS, que, até então, eram os únicos que po-diam desfrutar de tais funções e versatilidades.

Esses acontecimentos gera-ram a criação de termos como “a Orkutização do Instagram”, que significa uma invasão massiva de informações irrelevantes, assim como um crescente aumento na inclusão digital, já que este era considerado por muitos um “apli-cativo dirigido para um grupo eli-tista”. Pelo fato de ter seu conteú-do privado apenas para usuários do aplicativo, ficou uma dúvida: a insatisfação dos antigos usuários se deu pela, agora, falta de priva-cidade, já que muitos se torna-riam membros, ou pelo status que se cessaria, ao tornar-se popular?

Segundo André Pase, essa re-volta de alguns dos possuidores do aparelho da Apple pode ser chamada de preconceito e compa-rada à situação dos “clubinhos de colégio”, onde os “diferentes” não podem se misturar. O professor

da Faculdade de Comunicação Social (Famecos) da PUCRS e co-lunista da Zero Hora Digital afir-ma que, no Brasil, iPhone ainda é uma forma de demonstrar status; já no exterior, celular é uma coisa normal, não há motivos para os-tentação.

Como se já não estivesse cau-sado assunto o suficiente, no dia 9 de abril, a compra do Instagram por Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, em um negócio esti-mado em US$ 1 bilhão, foi anun-ciada, aumentando ainda mais a tal da “orkutização”. Para Pase, Zuckerberg comprou três coisas: uma rede social com uma base já existente de usuários, um sistema rápido de fotos e um forte investi-mento em negócios, que fará par-te de uma jogada de investimento em altas ações na bolsa de valores americana, sendo cada vez mais visto dentro do mundo de negó-cios. “A jogada complementa o site e valoriza suas ações”, conclui Pase.

Julia Gonçalves

AplicAtivos

Conexão com a vida real•TudoagoraéFacebook.Serápossívelrelacionar-sesemele?

Ao ver na tela do compu-tador uma nova atualização do Facebook, algumas pessoas são tomadas pela ansiedade de saber qual a novidade do momento. Por conta disso, cresce cada vez mais o desejo de consumir aparelhos que possibilitem o acesso à pla-taforma mais popular das redes sociais. O “vício” aumenta de acordo com a facilidade de acesso e o impulso de contar tudo o que está acontecendo em suas vidas. Dar check-in em todos os lugares já virou uma rotina.

“Eu passo 24 horas conecta-da ao Face”, afirma Lisa Carolina, 19 anos, estudante de Relações Internacionais. Ela faz parte de um grande grupo de jovens que não consegue se desconectar da rede social e do imediatismo pro-piciado pela ferramenta. Tudo parece ficar mais fácil – convidar, jogar conversa fora, comentar, curtir e compartilhar. “Quando é algo informal, melhor fazer pelo Facebook”, acredita o estudante de odontologia Fernando Biasin, 18 anos. Para muitos como ele, manter o perfil atualizado é uma maneira prática de fazer contato com amigos e conhecer pessoas.

O problema é que, para al-guns, isso já virou uma obsessão. A pressa em passar informações e responder a tudo de uma vez só está presente no novo contexto de quem tem a possibilidade de se relacionar com inúmeras pessoas

de uma única vez.Para a psicóloga e professora

da PUCRS, Susana Gib Azevedo, “trata-se de uma forma de re-lacionamento. Informações são atualizadas, retiradas ou com-plementadas a todo o instante e a ideia de número ‘infinito’ de ami-gos encanta as pessoas.” Segundo a professora da Famecos, a sen-sação e a tentação de ter cada vez mais conhecimento da vida dos outros faz com que elas se sintam mais seguras no meio social em que participam.

As redes sociais têm como função a interação e a aproxima-ção. O problema está no vício, onde não existe limite para ficar conectado – e quando o mundo real desaparece e só existem ami-gos virtuais.

“Entro no Facebook para não me sentir perdida em relação aos assuntos do momento”, afirma Gabriela Dalpian, 20 anos, estu-dante de Relações Públicas. Ela não se considera viciada e não tem muito tempo para as redes sociais, se conecta regularmente e não costuma compartilhar assun-tos com os amigos virtuais. Por isso, o desafio agora é desconec-tar. Conseguir passar mais tempo livre de informações e atualiza-ções da rede, tentar encontrar novas formas de fazer amigos, conversar e procurar curtir mais a vida real.

Danielle amaral e laura Bartelle

∆ Aplicativo exclusivo para celu-lares dos sistemas Android e iOS

•Programaganhacincomilhõesdeno-vosusuáriosemapenasumasemana

Instagram, uma nova versão da fotografia

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8 RRPPAtualidades/Julho 2012

Atuação ou efeito digital? Esse é o grande questionamento dos fissurados por filmes em relação a Mocap. Imagine os super-heróis que fizeram parte da sua infância ganhando vida nas telas do cinema em forma de animação 3D e mantendo suas características originais, como expressões faciais e movimentos corporais iguais as HQ’S, e tudo isso graças a alguns pontinhos distribuídos pelo corpo do ator. Essa técnica é chamada de “captura de movimento” e vem ganhando cada vez mais espaço entre os blockbusters do cinema mundial.

A evolução da digitalização no cinema começa no século passado, final da década de 20, com criação dos Estúdios Disney, considerado um marco por mudar todo o cenário dos curtas animados, até então.

Walt Disney trouxe uma forma de abordar a animação completamente diferen-te do que existia, seja pelo movimento dos personagens ou pelo sistema de produção de seus desenhos. Muitos filmes depois, a técnica foi aperfeiçoada e a animação “qua-dro a quadro” já não garantia tanta eficácia em meio ao turbilhão de tecnologias para produção de filmes. Essas novas técnicas tomaram as rédeas da reprodução nas telas e, hoje, a “captura de movimento” traz um novo sentido à forma como os personagens ganham vida.

A “captura de movimento”, ou “Mocap”, técnica que mapeia e reproduz deslocamen-tos em objetos ou seres humanos, trans-formando-os em gráficos 3D, é o recurso tecnológico que converte o movimento ao vivo em movimento digital, e facilita a busca por maior realismo e características específicas dos personagens nas anima-ções. Filmes como Planeta dos Macacos – a Origem, Senhor dos Anéis, As Aventuras de Tintim e o Kinect (aparelho de captura para videogames) possibilitam ao usuário maior proximidade com essa “expressão humana” retratada digitalmente.

Para os leigos curiosos sobre o assunto é fácil sintetizar esse processo: colocam-se sensores pelo corpo do ator para captar e filmar os movimentos, que servem como um escaneamento das ações realizadas, que são automaticamente desenhados como se fosse um “homem de arame”, posteriormente modelado em programas de edição.

AquilA PAz dA RosA, Ben-HuR silvA, dAniel vARAllo,

FABiAnA TRigo, HenRique HelBig e sTePHAnie esPindolA

Tecnologia

A CAPTURA DE MOVIMENTO•Novatécnicareinventaaformadefazerfilmes

O professor de Tecnologias Digitais, doutor e chefe geek de Porto Alegre, André Pase, escla-rece, em entrevista ao site e revista impressa RRPP Atualidades, a “captura de movimentos” em games, nos esportes e no cinema. Aprenda:

Como funciona?Você coloca uma pessoa em um cenário,

num fundo plano, com sensores em pontos es-tratégicos do corpo. Esses sensores registram os movimentos através de um escaneamento corporal, registrando cada movimento do ator, fazendo com que o personagem ganhe vida.

Qual foi a grande “quebra de paradig-ma” do Mocap?

Os movimentos ficaram mais complexos, você não pode mais dizer “o Smeagol não é real” porque hoje os atores fazem esses personagens ganharem vida, pois o rosto, os braços, os movi-mentos, a base está ali. Essa é a grande quebra de paradigma, tornar o digital em algo real, que convence.

A “captura” pode ser considerada como atuação ?

Você sente a atuação, o ator está represen-tado nas expressões do personagem. No caso do Ceasar, no Planeta dos Macacos, é possível en-xergar essas emoções. Quem assiste, vibra com cada cena do personagem sem que ele precise

falar, mas isso varia de ator para ator, é relativo. Tem uma atuação, não é só movimento, é vida. Se você é um ator, você tem que falar, interagir. Uma criação digital não vai ter vida se o ator não colocar vida. Movimento você faz, mas a emo-ção, a expressão, só o ator pode colocar.

Além do cinema e dos games, onde o Mocap pode ser utilizado?

Em simulações, principalmente. Hoje pode-mos fazer simulações de desastres naturais pen-sando em uma prevenção no futuro. Além disso, podemos testar produtos como tênis, simular como uma pessoa consegue manusear determi-nado objeto e modificá-lo de acordo com o nosso desejo, projetar impactos com carros. Enfim, a captação pode ser utilizada em diversas coisas, basta ser criativo.

E nos esportes? Nos esportes como corrida e futebol, por

exemplo, podemos saber quantos quilômetros o jogador/corredor correu, como ele se movi-mentou em campo, a velocidade que o jogador/corredor atingiu, tudo isso por causa da captu-ra de movimentos. Encontramos essa captura tanto no esporte de ponta, quanto fora disso, no cotidiano. Se uma pessoa usar um tênis com um sensor na perna, conseguiremos saber o quanto caminhou. Os aplicativos são múltiplos.

∆ André Pase, professor da Famecos, doutor em novas tecnologias

FABIANA TRIGO

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9Julho 2012/ RRPPAtualidades

Não fiqueForever Alone

Está aberta a caça ao memes. Em 2012, as pesquisas sobre eles só tem aumentado. Cada vez mais comentados, compartilhados e cur-tidos em redes sociais.

Você não sabe o que é um meme? Como assim, em que mun-do você vive? Eles já estão presen-tes no nosso dia a dia, não só na Web, mas também em nós mesmos.

Memes não são apenas aque-las carinhas que já estamos cheios de tanto ver, como o Forever Alo-ne, o Ui, o Fuck Yeah, as chamadas Rage Faces. Eles podem ser tudo

aquilo que se propaga muito rápido na Internet e, diferente de viral, so-frem alterações, ganham versões e têm seu significado alterado.

O maior exemplo é o “Para Nossa Alegria”, que em seu vídeo

original é um viral, mas no momen-to em que começa a ganhar várias versões, se torna um meme.

Eles têm se propagado de forma rápida. Os próprios usuá-rios acabam se identificando com

eles, porque, na maioria das vezes, retratam situações banais do co-tidiano. Na fusão da web 2.0 com verdadeiros maníacos por Internet, criou-se um mundo virtual onde os memes são os protagonistas reais.

Sem fórmulasA realidade é que não existem

fórmulas ou mágicas para criar um meme, se fosse assim eles nem fariam tanto sucesso, o grande segredo é justamente não ter fun-damento algum e é isso que os es-palham mundo a fora. Um grande aliado nesse sentido são os blogs, que reúnem uma grande quantida-de de memes e são reabastecidos diariamente com esses conteúdos, divulgando cada vez mais. Hoje, no Brasil, contamos com a memepe-dia, que é uma sessão dedicada a documentar os memes brasileiros, mesma função tem o Know Your Meme, maior enciclopédia de me-mes nos Estados Unidos.

Cada vez mais as pessoas estão se identificando com o mundo virtual e são mais adeptas a ele. As redes sociais têm disseminado um novo modo de vida através de jogos, aplicativos, gifs, vídeos, memes e tudo aqui-lo que possa de alguma forma prender os usuários na frente do computador. Nos comunicamos, pensamos e agimos de forma diferente, é a era da interatividade.

As estudantes de Publicidade e Propaganda, Ka-ren Martinez e Caroline Terra, são a maior prova disso. Adeptas das redes sociais, passam, em média, 12 horas conectadas, entre Facebook, Twitter, Tumblr, Flickr. Elas assumem que, sim, sofrem influências das mídias sociais. “Seria mentira dizer que não, elas influenciam direta e indiretamente na minha forma de agir, falar, pensar. Querendo ou não, mexem com a dinâmica dos usuários no dia a dia”, admite Karen.

Com a facilidade de compartilhar conteúdos dos mais diversos, a Web está cheia de informação. Ca-

roline diz que compartilha o que acha interessante, notícias, coisas ligadas à comunicação e a sites de pu-blicidade. “Também repasso conteúdos engraçados via Face, geralmente coisas relacionadas ao humor. As pessoas passam muito tempo conectadas em função do trabalho ou até por questões acadêmicas, então esses conteúdos fazem sucesso, pois a galera vê isso como uma abstração para uma rotina exaustiva”, observa. Karen levanta outra possibilidade quando diz que uma das principais funções da Internet é compartilhar con-teúdos, que deve ser explorada, mas, é claro, tudo tem um limite. “A privacidade é algo que hoje pouco se tem na rede por conta de uma tamanha exposição dos usu-ários”, observa a futura publicitária.

O fato é que entre vida real e virtual, a interativida-de, as redes sociais e os conteúdos de entretenimento estão presentes constantemente e fazem parte deste contexto, são nosso presente e futuro.

Do real para o virtual...

Memes!!! O gene de rápida multiplicação na InternetCarolina la Porta e natasha Pereira

InteratIvIdade

Você sabia?A origem da

palavra meme nas-ceu em 1976 pelo zoólogo Richard Dawkins, no seu

livro O Gene Egoísta, que define o meme como uma unidade de evolução cultural que se propaga de indivíduo para indivíduo. Esse conceito é usado hoje para tudo aquilo que é utilizado repetida-mente na Internet.

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10 RRPPAtualidades/Julho 2012

Certamente você já ouviu falar sobre mensagens subli-minares. Elas existem des-de os anos 50 e hoje em dia estão presentes na mídia em diversos canais: no cinema, televisão e até em músicas. Quem nunca ouviu as lendas sobre mensagens diabólicas em discos da Xuxa? Ou da palavra sexo e símbolos fáli-cos em filmes da Disney?

O conceito de subliminar surgiu com um especialis-ta em marketing americano chamado James Vicary, no ano de 1957. Na época, essa projeção se tornou muito famosa por ter um enorme potencial publicitário e por ser uma nova ferramenta de venda.

Mensagem subliminar é toda aquela informação que não é percebida pelo consciente das pessoas, porém é recebida pelo subconsciente e às vezes é capaz de influenciar atitudes, motiva-ções, escolhas e vontades. Esse tipo de técnica pode ser utilizada na forma visual ou auditiva, na tentativa de fazer uma persuasão mental. Segundo a professora da Faculdade de Meios de Comuni-cação Social da PUCRS, Rosane Palacci, a mensagem subliminar não pode ser considerada uma publicidade e sim uma comunica-ção persuasiva que, muitas vezes, pode ser vista em filmes e seria-dos, em que aparecem diversas marcas, porém os produtos des-sas marcas não são destacados, somente constam no ambiente, sendo capazes de induzir os teles-pectadores a escolhas e hábitos.

As mensagens subliminares são utilizadas de diversas ma-neiras. Podem ser usadas como um simples divertimento por produtores gráficos de filmes para crianças e adultos ou como comunicação persuasiva. Palacci acredita que essas mensagens só possam ter efeito em longo prazo

e para que a pessoa sinta certa familiaridade com determinada marca, ou considere mais essa marca do que outras sem ao me-nos saber o porquê, serão neces-sárias muitas repetições de um mesmo estímulo.

“Não acredito em segmentos etários mais expostos ou menos expostos. Acho que depende de pessoa para pessoa e, inclusive, de momentos diferentes para a mesma pessoa. Se sua motivação hoje é para a compra de um rotei-ro de turismo, por exemplo, então a pessoa estará propícia a obser-var estímulos que tenham relação com o tema”, Rosane deixa claro que conceitos como momentos e motivações são fatores impor-tantes na hora de uma mensagem subliminar induzir ou não uma pessoa.

A técnica da mensagem su-bliminar não é por si só uma ferramenta completa quando se deseja definir formas adequadas de divulgação de um produto ou serviço. É, sim, um acessório que depende muito do estado de es-pírito e da quantidade de vezes a que está exposto o receptor desse tipo de mensagem.

Fernanda Faertes e LaFaiete BaceLLar

ComuniCação

A PERSUASÃOSUBLIMINAR •Éutilizadanaformavisualouauditiva

A política exige um relações-públicas•Aprofissãoqueinova,renovaesurpreendenaaçãopolítica

Os assessores e conselheiros dos políticos estão mudando de perfil. Encarregados de indicar rumos, esclarecer ideias, plane-jar, organizar encontros e escre-ver discursos, eles são os grandes estrategistas que têm como foco construir a imagem de um polí-tico. Hoje se espera ainda mais deste profissional. Surge, assim, um espaço ideal para a atuação do relações-públicas.

Cada vez mais esse profis-sional é procurado no mercado político, pelo seu dinamismo e excelência na comunicação entre todos os públicos envolvidos. “O relações-públicas tem uma visão mais abrangente da comunica-ção e pela sua formação consegue ter uma percepção diferenciada e mais humana, entendo que a comunicação é mais do que ape-nas emissão de frases ou peças publicitárias, mas se reflete em cada atitude da organização ou do político,” afirma Tiago All-mer, coordenador da Assessoria de Comunicação da Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos do Estado do Rio Gran-de do Sul.

O relações-públicas é qualifi-cado para trabalhar no gerencia-mento da comunicação política e na gestão dos relacionamentos entre candidato e eleitor. Somen-

te este profissional possui o co-nhecimento e as estratégias para promover a imagem, facilitar e estabelecer laços de lealdade en-tre ambas as partes envolvidas. “O profissional de RRPP neces-sita entender profundamente sua organização e seus públicos, isso é essencial para a execução de um trabalho eficiente e de quali-dade. Principalmente na política, as bases das ações são de relações entre pessoas e organizações, e o relações-públicas é o profissio-nal na comunicação que agrega maior capacidade e habilidade de contribuir para o entendimento do principal material da política, que são as pessoas”, acrescenta o coordenador.

Uma área pouco conheci-da, difundida e explorada pelos relações-públicas, a comunicação política, é uma nova opção de atu-ação para esse profissional. Tiago conclui com esclarecimentos para quem está se formando e quer fazer parte desse mercado: “Pri-meiramente, é importante gostar e entender do ambiente político e de política, ler sobre o assunto e suas notícias diárias, buscar esta-giar em organizações públicas ou agências de marketing político e eleitoral e fazer cursos especiali-zados na área”, aconselha.

GaBrieLa Moraes Freitas

∆ Sessão plenária na Assembleia Legislativa gaúcha

MARCOS EIFLER/ALRS

FELIPE DALLA VALLE

∆ Rosane Palacci, publicitária

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Porto Alegre está entre as capitais com maior diversidade de temas de festas. As produtoras estão investindo cada vez mais em criatividade para dife-

renciar as noites nas casas noturnas e chamar a atenção de diferentes públicos. Há tempos os profissionais de Relações Públicas estão inseri-dos nesta área, não só na produção do evento, mas também buscando atender as necessidades do seu público-alvo. Assim, procuram trazer ideias inovadoras que atraiam um grande nú-mero de pessoas.

As temáticas específicas, como festas à fan-tasia, Pop Music, Anos 60, Cassino, Sertanejo, entre outras, surgem como ferramenta para al-cançar esse objetivo. Um exemplo que fez muito sucesso no primeiro semestre de 2012, foi a Bla-ck Jack 21, realizada pela Produtora IN Comu-nicação, que transformou a Farm’s num típico cassino de Las Vegas. Só era permitida a entrada de pessoas vestindo trajes vermelhos, brancos ou pretos, reforçando as cores do jogo.

Sendo um tema clássico, acabou sendo uti-lizado de uma maneira muito parecida na nova casa noturna de Porto Alegre, Kiss & Fly, le-vando o nome Welcome to Fabulous Las Vegas World. A casa teve abertura em março deste ano e é uma das filiais, havendo outras, também, no Rio de Janeiro, em Brasília, São Paulo e Nova York. O evento contou com dançarinas, artistas fantasiados, mágicos, entre outros atrativos. Quem compareceu à festa sentiu-se em uma ex-traordinária noite de Las Vegas.

A Diamond, realizada na Wish Club, foi uma das festas que “bombou” em 2011. Seu maior atrativo era o seu estilo musical – DJ’s de Hip Hop e House – que atraiu um grande número de jovens interessados neste novo tipo de evento. Tornou-se a noite clássica dos sábados da maio-ria dos “baladeiros de plantão”, na faixa etária entre 18 e 23 anos. A idealizadora da festa foi a P4 Produtora, que realizava o evento a cada 15 dias (dois sábados do mês). Atingindo seu ápi-ce em novembro, tornou-se a noite clássica dos sábados até o fim do ano, para quem curte esse tipo de música.

Mas o prêmio destaque vai para a Grandi Produtora, que inovou totalmente no ano de 2012 com o lançamento da festa Dol-ce – Um novo sabor. Em entre-vista concedida à revista RRPP Atualidades, Thiago Grandi, 28 anos, formado em jornalismo e dono da Grandi, conta que o nome Dolce foi inspirado em uma noite de Nova York com a mesma designação. A temática foi decidida quando o produtor teve a ideia de fazer o convites em forma de “cupcakes”, o que foi um sucesso. A partir disso, mandou fazer vários bolinhos iguais, mas em miniaturas, para os convidados comerem du-rante a festa. A proposta teve uma repercussão incrível e a noite mais ainda. Devido a esse su-cesso absoluto, a festa adotou a ideia e inspirou as edições seguintes em outras guloseimas: mar-

shmallow, picolé, Kit Kat, jujuba, algodão doce, leite condensado, brigadeiro&branquinho e chi-clete são alguns exemplos. Em todas as edições,

a produtora disponibilizava o doce ao decorrer da noite.

“Mas como a vida não é só festa, também temos causas so-ciais”, diz Thiago, que junto de uma amiga, organizou a Páscoa Solidária: cedeu a cada uma de um grupo de 80 meninas, con-vidadas por ele, uma cesta de palha para encher com os cho-colates que quisesse mandar para doação. Além disso, já que a Grandi Produtora é sempre quem cede os doces, decidiu que, na páscoa solidária, quem os cederia seriam as convida-

das. Todas as convidadas que levassem alguma doação em chocolate estariam isentas de ingres-so, dizia o flyer da festa. A arrecadação foi um sucesso. A produtora organizou, então, uma tar-

de indo nas creches que receberiam as doações. As meninas do grupo selecionado que fizeram as cestas foram convidadas a ir junto e ver o resul-tado. “Nada pode ser mais gratificante do que ver a felicidade daquelas crianças, em um sim-ples ato de carinho e solidariedade”, acrescenta Thiago.

A Dolce é um projeto direcionado ao público de classe A, entre 18 e 21 anos. Existe uma pro-posta de interação nas festas, trabalhada através da distribuição material, como bastões lumino-sos, placas com dizeres relacionados à festa e afins. O lançamento da produtora, na Pink, teve fones de ouvido como convite. Busca-se também associar a festa a datas comemorativas, como, por exemplo, o Dia da Mulher. Essa edição teve como convite um pequeno conjunto de batons – um de verdade e dois de chocolate.

Está comprovado: Porto Alegre dispõe de muito investimento e de muita inovação em fes-tas. Qual será a próxima surpresa? Depende de nós, relações-públicas.

Laura PandoLfo, Marina MuLLer e natáLia Masoni

A Noite é NossA/ especiAl

•Produtorastrazemnovosatrativosparaasnoitesdacapital

Procurando atender públicos diferencia-

dos, nasce a ideia de um recurso que é atração na maioria das noites atuais: o

open bar. Ele surgiu com o grande inte-

resse dos jovens pelo consumo de bebidas

mais refinadas.

KEEP CALM AND ENJOY THE PARTY

FELIPE DALLA VALLE

11Julho 2012/ RRPPAtualidades

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• Pontodereferênciadegerações,oSargentPepperssetornouparadaobrigatóriaparaosapreciadoresdaboamúsica

Bom gosto, gastronomia reno-mada, ambiente com o autêntico toque britânico e principalmente a melhor música ao vivo das noites porto-alegrenses. Há 25 anos o Sgt Peppers garante aos apreciadores de boa música, noites agradáveis e ao mesmo tempo empolgantes.

Nesses 25 anos, o bar vem acu-mulando, além de sua fama, dife-rentes tipos de clientes, dos fiéis que frequentam o bar desde a sua

inauguração, aos jovens da nova geração. O Pub está presente no Facebook e possui um site próprio (www.peppers.com.br), que dispo-nibiliza informações como: agenda, cardápio e contato; vale constar que o Pub pode ser reservado para festas particulares.

Num ambiente despojado e charmoso, a casa tem como tema principal a consagrada banda bri-tânica, Beatles. Paul, John, Rin-

go e George marcam presença em quadros espalhados pelo ambien-te e também no cardápio, no qual são encontrados drinks que levam nomes de músicas como Yellow Submarine, que mistura conhaque, condrieu, suco de pêssego e espu-mante.

Para comemorar o sucesso do Pub, a partir do segundo semestre deste ano, ele será transferido para outro endereço e deixará de abrir

às 21h, começando o atendimento a partir das 18h, sem contar a inova-ção na gastronomia. Além dos pra-tos típicos como o filé Sgt Peppers, filé grelhado recheado com queijo, a casa vai contar com cardápio de diferentes tipos de sushi, algo que com certeza vai dar um toque a mais nesse Pub que já está no cora-ção dos porto-alegrenses.

Camila Telles, Gabriela marColino

e Taiane Panizzi

CHARMEBRITÂNICO

O empresário Guilherme Amaro, responsável pelo Sgt. Peppers, conce-deu entrevista contando um pouco da história do bar e dos planos futuros do empreendimento:

O que influenciou o tema do bar?Meus tios, os fundadores do bar,

sempre tocaram em bandas que ti-nham em seu repertório músicas dos Beatles. A criação do bar foi uma mis-tura de amor ao ouvir e ao tocar músi-ca que poderiam vir a agradar cada vez mais o público, como sempre agradou a eles.

Como se deu a ideia da criação do ambiente da casa e da arquitetura?

Como o bar tem como tema central os Beatles, nada mais justo que dar a ele legítimas características britâni-cas, quanto mais lembrar os aspectos da banda, mais autêntico o bar perma-nece.

Qual o público que costuma fre-quentar o Pub?

O Sgt Peppers tem um público fiel que frequenta desde sua inauguração, porém, sempre temos a presença da nova geração. Hoje, é comum vermos

pais e filhos juntos no nosso Pub.Quais as bandas tocam no Pub?

Vocês oferecem o espaço para shows de novos talentos?

Temos uma banda que toca nas sextas e sábados, Corações Solitários, mas também abrimos espaços para no-vas bandas que se encaixem com o nos-so estilo musical. Mas primeiramente avaliamos, se curtirmos, com certeza a banda terá seu espaço.

Como surgiu o nome Sgt Peppers?Esse é o nome do primeiro disco

dos Beatles que estourou 1967.

PUB TERÁ NOVO ESPAÇO

Confira a agenda: www.peppers.Com.br / faCebook: sargent peppers (sgt-peppers)

FOTO DIVULGAÇÃOa noite é nossa/ espeCial

12 RRPPAtualidades/Julho 2012

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O Rio Grande do Sul é um estado brasileiro que possui uma característica muito singular no que diz respeito à música: uma grande varieda-de de estilos. Diferentemente de outras regiões brasileiras, onde apenas um tipo de som predo-mina, aqui se produz da MPB ao metal, do na-tivismo ao pagode e reggae, e todos buscam seu espaço. Porém, mesmo que algumas das bandas gaúchas consigam se destacar no cenário musi-cal brasileiro, ainda se percebe uma grande di-ficuldade por parte dos artistas daqui de atingir nível nacional e obter um lugar só seu.

Papas da Língua, Engenheiros do Hawaii, Nenhum de Nós, Comunidade Nin-Jitsu, Chi-marruts e TNT são exemplos do Sul a serem se-guidos por terem conseguido se desregionalizar. Eles tiveram músicas tocando em rádios de todo o Brasil, em novelas, clipes passando em canais de TV etc. Assim fizeram o seu trabalho ser re-conhecido além das nossas fronteiras. Por outro lado, se esses gaúchos conseguiram o prestígio nacional, há outros, também muito bons musi-calmente, que ainda não chegaram lá.

Como, então, alcançar esse objetivo, tendo tantos artistas bons querendo se destacar? Mais acessível do que os meios de divulgação utiliza-dos por bandas há alguns anos, um recurso hoje indispensável é a Internet. A banda gaúcha de rock DoYouLike?, que já tocou no Atlântida Fes-tival (importante festival de música aqui do RS), usa como principal meio de divulgação a rede, onde disponibilizam músicas e se comunicam diariamente com seu público, formado por fãs de diferentes estados brasileiros. Leandro Neko, baterista da banda, diz que grande parte do seu

público fora do estado os conheceu por esse meio, o qual, para ele, é um grande facilitador. O músico acredita que um dos grandes motivos de as bandas gaúchas não saírem do Sul é não por preconceito dos outros, mas sim por nosso próprio bairrismo.

Assim como a banda DoYouLike?, os músi-cos Claus e Vanessa também utilizaram as opor-tunidades proporcionadas pela Internet a seu favor. Ao navegarem no Youtube, descobriram uma cantora portuguesa muito prestigiada no seu país, Ana Free. Entraram em contato com ela e, sem se conhecerem pessoalmente, grava-ram com a cantora o remix de uma das músicas da dupla. A parceria fez tanto sucesso em Por-tugal que foi considerada a “música do verão” no país. Surgiu, assim, a oportunidade de os gaúchos viajarem para a Europa para divulgar o seu trabalho, aparecendo em emissoras de TV

e rádio. Claus Fetter, vocalista e violonista da dupla, afirma: “Nos tempo de hoje, apesar da Internet democrática e justa, a concorrência no mercado é bem maior e o ser humano evoluiu, aumentando cada vez mais seu conhecimento e aproveitando tudo o que está à sua volta para o seu trabalho melhorar. Dependendo cada vez menos de outras pessoas, o músico poderá levar para um produtor ou para uma gravadora um material cada vez mais próximo do resultado fi-nal que deseja.”

Não há dúvidas de que o Rio Grande do Sul possui grandes talentos musicais. A questão é se esses artistas serão capazes de conquistar o Bra-sil. O segredo é ter um objetivo e não perder o seu foco, botar a mão na massa mesmo! Então, se você tem uma banda, não desista, aposte no trabalho duro e vá à luta, tchê!

AlinA CunhA e FrAnCiele nunes

Bandas gaúchas: como chegar lá?•ConvidamosduasbandasdedestaquenoSulparadarsuasdicas

Concursos encurtam o caminho ∆

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∆ Banda Melody, da aluna de RP Alina Cunha, venceu o Palco PUCRS, em julho

A Noite é NossA/ especiAl

A dica para as bandas que estão começando e não sabem o que fazer é a procura de concur-sos. Neste mês de julho, a minha banda Melody ganhou o festival Palco PUCRS.

No início, ninguém tem recursos pra produ-zir material, como CDs, videoclipes, camisetas etc, e é muito difícil vender o seu produto sem isso. A ideia é buscar concursos de bandas que ajudem o vencedor com algum (ou alguns) des-ses produtos ou que dê oportunidades de shows e divulgação da banda.

Melody começou assim: logo que os pri-meiros integrantes a formaram, eles se inscre-veram em um concurso do Diário Gaúcho, o Chance, que dava como prêmio a produção de um EP (com direito a 200 cópias), camisetas e uma quantia em dinheiro. Depois de vencer

esse concurso, eles ficaram sabendo de outro: o Empurrão Nova Schin em parceria com a rádio Atlântida. A vitória desse concurso rendeu um novo EP produzido pelo músico Duca Leidecker (500 cópias), a oportunidade de tocar em um evento da rede Atlântida e a veiculação de uma música nossa na rádio, a Hey Ho.

Esses dois concursos realmente fizeram di-ferença para a Melody e acredito que seja uma das maneiras mais rápidas de se obter resulta-dos. Estar atento nas empresas ligadas à produ-ção cultural, pesquisar na Internet, perguntar para conhecidos são maneiras de descobrir es-sas oportunidades. Depois de inscritos, só de-pende de vocês! Boa sorte.

AlinA CunhA

vocalista e estudante de Relações Públicas

DIVULGAÇÃO BÁRBARA SUDBRACK

13Julho 2012/ RRPPAtualidades

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Lugar seguro,diversão garantida!

Os índices de violência e criminalidade crescem, cada vez mais, no Brasil. As festas, em geral, vêm se destacando como palco para bri-gas, atos de vandalismo e discussões que nem sempre acabam bem. Jovens que saem de casa na noite com intenção de se divertir acabam se envolvendo nesses acontecimentos indesejados. Fatores como bebidas alcoólicas deixam os jo-vens fora de si, os influenciam a cometer erros e até mesmo incapazes de se defender quando estão no papel de vítima.

Em alguns lugares, existe uma parcela de culpa pelos atos de violência que partem da pró-pria segurança da festa, ou “insegurança” como se pode dizer. A falta de equipamentos obrigató-rios de pronto atendimento e que são essenciais para o local da festa, como extintores de incên-dio, ambulâncias, profissionais de segurança qualificados, acabam colocando em risco a segu-rança do público frequentador.

Em 2008, uma briga em uma casa noturna de Porto Alegre acabou terminando na morte de um rapaz de 18 anos que não tinha envolvi-mento nenhum no caso. O acontecimento foi um choque para a família e amigos da vítima, mobilizando a mãe Isabel, que a partir de então criou e administra a ONG Ficar (Fundação Igor Carneiro).

Em entrevista, Isabel Santos contou alguns objetivos e projetos que a ONG desenvolveu nes-ses últimos anos e ainda planeja executar.

Quais ações foram realizadas com êxito pela ONG?

Já foram realizadas diversas palestras para os principais colégios, buscando conscientizar os jovens da importância da segurança e preven-ção necessária durante as festas. Eles mesmos devem fiscalizar os locais que frequentam, veri-ficando a presença de ambulância, detectores de metal, e de um segurança para cada 40 pesso-

as. Além das palestras, a ONG está presente em diversos eventos envolvendo os jovens, como o Planeta Atlântida, e tem projetos de lei elabora-dos aguardando a aprovação.

Como surgiu a ONG e qual foi o moti-vo inspirador?

A ONG foi fundada depois de um lamentá-vel ocorrido, em uma das muitas festas em que o público jovem frequenta e que não tinha ne-nhum tipo de estrutura e fiscalização. Em um ambiente onde eram suportadas em torno de trezentas pessoas, havia quase o triplo de públi-co. Após uma confusão gerada por um grupo de marginais, houve uma troca de tiros, e o jovem Igor Santos Carneiro, meu filho, foi atingido. Agravando mais ainda, o autor do disparo foi um dos despreparados que se diziam seguran-ças do local. Após este acontecimento decidi lu-tar pela segurança de todos os jovens, para que nenhuma mãe passasse pelo mesmo sofrimento que o meu.

Qual projeto que a ONG ainda preten-de realizar?

Conscientizar, definitivamente, a presença de detectores de metal, ambulâncias e a quan-tidade correta de seguranças por público. Outra ideia é criar um cadastro para os seguranças, forçando-os a responderem pelos seus atos, e obrigando cada um deles a fazer um curso de formação para poder exercer a sua verdadeira função que é proteger ao invés de agredir.

Qual a sua opinião sobre as festas de Porto Alegre e como a ONG pode ajudar?

Na maioria dos lugares, os recursos utiliza-dos para o melhoramento da segurança do local são escassos. A ONG vem trabalhando para in-verter essa situação e fazer com que os jovens re-almente saiam para se divertir de maneira mais tranquila.

EvErton Konrad, rEnata MüllEr

PEDRO MONSEV/ FLICKR CABARETPOAA Noite é NossA/ especiAl

Normalmente o consumidor entra na loja, escolhe o produto, vai ao caixa, paga e o utiliza em casa, não é? E se você pudesse receber o item em casa e utilizá-lo sem custo nenhum? Essa é a versão 2.0 das pesquisas de mercado e opinião. As novas formas de pesquisa estão revolucionando o relacionamento entre mar-cas e consumidores.

Sites de pesquisa e amostra grátis são a nova onda do consumidor antenado. A forma de participar é muito simples: cadastre-se, pague uma taxa mínima anual, escolha seus produtos, em média cinco artigos mensais por CPF e os receba em casa sem custo. E como se realiza a pesquisa? Através da experimentação do produto e a resposta de um questionário.

Esse novo conceito de pesquisa se chama tryvertising (do inglês, try+advertising), um contato direto do cliente com o produto por meio da experimentação e não apenas por uma mensagem publicitária. Dessa forma, a experiência com um produto é muito marcan-te na memória do consumidor, o que aumen-ta consideravelmente as chances de compra e uma eventual fidelização à marca.

Essa pesquisa de mercado baseia-se em diversos critérios, como design, qualidade, praticidade, enfim, as maiores virtudes dos produtos apresentados. Foi desenvolvida no Japão, se difundindo para países como Brasil, Bélgica, Inglaterra, entre outros. Indústrias como Cadbury, Corona, Heinz, L´Oreal, Nes-tlé, Nintendo, Nissin, P&G, Sony e Unilever, parceiras do projeto japonês, apostaram no novo conceito e obtiveram resultados de ven-das expressivos, o que incentivou a abertura desse tipo de negócio de pesquisa em outros países.

Outra forma de pesquisa 2.0 é chamada pesquisa de imersão, onde executivos de gran-des marcas têm um “choque de realidade”, po-dendo conviver por dias com famílias da peri-feria. O objetivo da imersão é descobrir como as famílias das classes C, D e E consomem, agem e com o que sonham, pois, a realidade dessas famílias não é conhecida pela classe A e B.

Pesquisar se torna cada vez mais impor-tante no momento de um planejamento es-tratégico de comunicação, pois é uma das for-mas encontradas para garantir que produtos ou serviços tenham diferenciais. Ainda existe pouca bibliografia sobre esse assunto, porém, o que muitos desconhecem é que está sendo investida muita verba pelas organizações nes-sa área. Isso acontece porque o mercado está muito dinâmico e é composto por vários perfis de consumidores. Para garantir que um pro-duto ou uma campanha dê certo, é necessário pesquisar.

andrEssa duartE, daniEl varallo,BEn-Hur da silva E FrancinEPairEt

A nova onda

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ARTIGO

RRPPAtualidades/Julho 2012

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15Julho 2012 /RRPPAtualidades

ENSAIO

Descubra os Mercados OcultosCerto dia, passeando por sites que comen-

tam sobre as Relações Públicas no Brasil, nos deparamos com um caso em particu-

lar. Esse caso, elaborado por um consultor em propaganda e marketing e não por um relações--públicas, mencionava qual era o mercado das RRPP no país e listava quais funções o profissio-nal exerceria nas organizações. Entre as funções estavam: “formular, recomendar e executar po-líticas para criação de uma imagem favorável do cliente; organizar e participar de programas de integração com a comunidade e atividades pro-mocionais, como reuniões sociais, feiras, con-cursos ou entrevistas coletivas. Carga Horária: quase sempre além das 8 horas diárias”.

Não podemos dizer que ele está totalmente errado, apenas que utilizou palavras banais para descrever uma profissão tão complexa e porque não, tão completa. Atualmente o mercado para as Relações Públicas está em fase de ascensão, temos tantas possibilidades de trabalho que, às vezes, não conseguimos enxergar. O professor Roberto Porto Simões há muito fala sobre “mer-cados ocultos”. Nada mais são do que espaços abertos para a nossa área, mas, por não possuí-rem uma nomenclatura específica, são deixados de lado pelos profissionais.

Esses “mercados ocultos” possuem, sim, funções compatíveis com a nossa área de forma-ção e precisamos nos apropriar desses espaços que estão à procura de profissionais competen-tes e não apenas alguém que busque sua carteira de trabalho assinada. O aumento da concorrên-cia e da competitividade entre as instituições tem sido o grande aliado da nossa profissão que está em pleno crescimento, sobretudo com a po-pularização das mídias sociais. Nesse momento em que as marcas precisam promover engaja-mento com os diversos públicos e investir no bom desenvolvimento de conteúdo, o profissio-nal de RRPP passa a ser mais valorizado. Diá-

logo é a palavra-chave que marca essa nova era revolucionária da comunicação.

O empreendedorismo está ganhando cada vez mais força no mercado, percebe-se que o profissional de RRPP possui características de iniciativas, porém poucos autores as relatam na atuação do profissional. O que é um grande erro, pois tal perfil o diferencia positivamente no trabalho. O profissional empreendedor me-rece destaque, ele busca oportunidade de ganhar dinheiro com ideias inovadoras. “O empreende-dorismo tem se tornado um grande aliado do desenvolvimento econômico, pois tem dado su-porte à maioria das inovações que têm promovi-do esse desenvolvimento” (DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo corporativo. Rio de Janei-ro: Elsevier, 2003).

Os melhores espaços e oportunidades sur-

gem para o profissional empreendedor, que tem iniciativa, e, muitas vezes, entende que montar sua própria empresa pode ser a melhor manei-ra de aproveitar as oportunidades disponíveis. Contudo, muitos preferem emprego fixo, com carteira assinada, mesmo que assumam funções totalmente incompatíveis com a atividade de Relações Públicas, seja por uma questão de co-modidade ou medo do desconhecido. Para você, que não tem como montar sua empresa (ainda) e busca um emprego fixo, fique atento ao que o mercado oferece, não fuja das vagas com nomes não convencionais. Algo como: atendimento, captação de recursos, lobby, ouvidoria, pesqui-sa, marketing cultural, social, comunicação di-gital, redes sociais dentre outras possibilidades podem ser o trabalho certo para você.

AndressA duArte e FrAncine PAiret

∆ Novos segmentos em Relações Públicas à espera de profissionais competentes

Projeto Cidade Baixa em Alta

ANDRESSA DUARTE

Todos os dias passando pelo mesmo lugar, faz com que não percebamos detalhes que re-almente trazem beleza ao dia a dia. O Projeto Cidade Baixa em Alta foi criado com o in-tuito de mostrar estas belezas às pessoas que queiram e que já conhecem um dos bairros mais frequentados de Porto Alegre, a Cidade Baixa. A ideia surgiu a partir de um grupo formado por comerciantes

locais, com o objetivo de trazer de volta ao bairro toda cultura, entretenimento, música e diversão

a que ele é associado.O lançamento oficial do

projeto foi feito em 25 de maio com a ação “Esquinas embriagadas de cultura”. As

ações criadas no projeto têm a finalidade de cha-mar atenção do público, não só pelo lado diver-tido, com uma trupe de artistas circulando pe-

las esquinas do bairro com mini-pocket-shows, resgatando o espírito das ações de rua de anti-gamente e trazendo vida cultural saudável para a região, mas também com o Manual de Boa Convivência, criado pelo projeto com o objetivo de atingir os moradores do bairro e os públicos que o frequentam, com dicas e toques para que o divertimento e a paz dos moradores fiquem de acordo, sem incômodos ou dores de cabeça.

AndressA duArte e FrAncine PAiret

NOTA

Espaço de opinião

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16 RRPPAtualidades/Julho 2012

Todos os domingos a Aveni-da José Bonifácio, junto ao Par-que Farroupilha, é tomada por um clima todo diferente. Mais pa-rece uma confraternização entre amigos, com música, chimarrão, crianças e cachorros correndo, um ambiente realmente especial. É o Brique da Redenção que bem cedi-nho começa a tomar forma e encher de encantos e pessoas que vão em busca do inesperado.

O Brique iniciou sua história em 1978, a partir do projeto de implantação de uma feira de an-tiguidades inspirada nos modelos das feiras de San Telmo, em Bue-nos Aires, e do Mercado de Pul-gas, em Montevidéu. No princípio possuía apenas 24 expositores que comercializavam objetos antigos. Em 1982, juntou-se ao grupo 40 artesões e artistas plásticos que co-meçaram a expor seus produtos no parque, ao lado do até então tam-bém chamado Mercado das Pulgas. No ano de 1990, uma Lei Municipal determinou o fechamento da Ave-nida José Bonifácio para trânsito de veículos, deixando livre para a circulação dos visitantes. Em 2000 foi criada a Associação dos Arte-sãos do Brique da Redenção (AA-BRE), foi nesse ano também que a marca “Brique da Redenção” foi registrada. No ano de 2005, o Bri-que da Redenção foi declarado in-tegrante do patrimônio cultural do Rio Grande do Sul.

A feira cresceu se e hoje colhe os frutos semeados durante sua história. As bancas contemplam quatro segmentos diferentes: arte-sanato, artes plásticas, alimentação e antiquário. Conta com 296 expo-sitores, que são representados pela sua associação, a AABRE, conside-rada entidade civil, registrada sob comando do presidente Evilázio Rodrigues Domingos. No ano pas-sado, o Brique iniciou seu proces-so de revitalização, onde recebeu a implantação de novas barracas e de um novo pórtico, adquiridos com o apoio de algumas organiza-ções privadas. Além disso, foi feita a modernização do site e a criação de uma página no Facebook e um perfil no Twitter, onde são feitas atualizações diárias mantendo os frequentadores sempre informados das novidades. Segundo Evilázio Domingos, o Brique chega a rece-ber 80 mil visitantes em domingos de sol.

Luciana Batista é um dos tan-tos freqüentadores assíduos do Bri-que: “É só ver que o dia está bonito que logo vou preparando o chimar-rão e ligando para as amigas, adoro esse clima que o Brique tem”. Ros-sano Rodrigues também desfruta do local há quase 20 anos. Durante este longo período de tempo vê o espaço público cada vez mais boni-to e defende que lá é um lugar de mistura de ritmos e cores, onde se pode ver cenas que não se contem-

pla todo dia por aí. Para 2012, o Brique tem alguns

projetos em andamento. Estão previstos o lançamento de sacolas retornáveis com a identidade visu-al da Feira que serão distribuídas pelos expositores. Também está em andamento no Ministério Público o Projeto da 1ª Bienal do Artesanato do Brique da Redenção, que tem por objetivo divulgar e dar mais vi-sibilidade ao trabalho dos artesãos.

O Brique é um espaço que permite tudo, ao passear por suas bancas e expositores, há sempre algo diferente, novo e inusitado. É um lugar onde as diferenças con-vivem em harmonia, respeitando sempre seus espaços. E é andando pela Avenida José Bonifácio no do-

mingo que se percebe como todos esses fatores combinam e podem viver bem juntos. E viva as “mistu-ras” que só o Brique da Redenção proporciona.

Mariana SchMitt

Lazer e CuLtura

Encantos do Brique da Redenção•TodososdomingosaAvenidaJoséBonifácio,noBomFim,sereinventa

FOTOS MARIANA SCHMITT

Como ser um expositor?

A inclusão de novos expo-sitores se dá através de triagem pública, sempre que existirem vagas. A participação não tem nenhum custo, bem como a per-manência no local. Interessados devem ficar atentos aos anún-cios de futuras triagens que são divulgadas através do site do Brique da Redenção.

www.briquedaredencao.com.br

∆ Ambiente natural

∆ Diversidade cultural ∆ Artes plásticas

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17Julho 2012/ RRPPAtualidades

Viagens de intercâmbio ao exterior representam um verdadeiro sonho. Quem

vivencia um ambiente completa-mente diferente do habitual, imer-so em outra cultura com idiomas, hábitos e costumes diversos, obtém interessante experiência de vida e bagagem cultural.

Países do con-tinente europeu estão entre os pre-feridos. É o caso do estudante do curso de Arquite-tura e Urbanismo da UFRGS, Gui-lherme Joner, que encarou o desafio de viver longe de casa. A experiên-cia exige coragem e determinação para encarar as situações adversas que podem surgir. Guilherme teve de lidar com contratempos logo no início: “Fui para Inglaterra, por conta própria, com uma quantia considerável de dinheiro, mas as dificuldades começaram, tão logo cheguei no aeroporto. Como saí do Brasil sem o visto necessário, acabei tendo de ficar por mais de seis horas preso no aeroporto, para

convencer a imigração e aí, sim, in-gressar no país. Por sorte deu tudo certo”.

Diferente de Guilherme, há os que embarcam com todo o rotei-ro cuidadosamente programado. Recém formado em jornalismo, Bruno Fortes Luce fala de sua expe-

riência em Lon-dres, onde ficou durante quatro meses: “Eu e mi-nha namorada alugamos um flat. Ao chegar em Londres, não tive nenhum pro-blema com a imi-gração, claro que

o fato de eu ter passaporte italiano ajudou muito”.

Sua experiência mostra que uma viagem ao exterior requer or-ganização financeira, além de pre-paração emocional e capacidade de prever possíveis problemas, a fim de evitar que eles aconteçam e coloquem tudo a perder. Pensando nisso, ele manteve a disciplina e se planejou com antecedência para realizar o sonho. “Juntei durante a faculdade. Fiz uma poupança. A

dica que passo para quem quer via-jar é guardar todo mês uns 20 ou 50 reais. Claro que esse dinheiro eu juntei no tempo em que fiz alguns estágios. No final consegui comprar a passagem e sobrou uns trocados. Também fiz a famosa ‘vaquinha’ com a família, que me ajudou com o resto da grana”, conta Bruno.

Motivos para viajar não faltam. A experiência em outro país traz a chance de fazer contatos, adquirir conhecimento e agregar valor ao currículo. Profissionais com esse tipo de experiência costumam ser mais valorizados no mercado de trabalho, ganhando um diferencial. Mesmo com todas essas vantagens, o caminho não é só maravilhas: uma temporada no exterior exige adaptação à nova cultura, condi-ções climáticas diferentes, idioma desconhecido e se acostumar com a distância da família e dos ami-gos queridos, mas quem prepara as malas e encara esta jornada, sabe que no final a recompensa valerá para o resto da vida.

AmAndA ChArão

JonAthAn CAmArA FernAndes

JuliAnA PellizzAri

e tAiline sChultz

IntercâmbIo

VIAGEMPARA A VIDA

“Fui para Inglaterra por conta própria, com uma quantia considerável de

dinheiro, mas as difi-culdades começaram tão logo cheguei no

aeroporto.”

Destinos +procuradospelosbrasileiros:

ESTADOS UNIDOS Um dos principais destinos, mas torna-se menos atraente em função da burocracia.

CANADÁ O preferido. Preço acessível e menor custo de vida. Melhor para trabalho e estudo.

AUSTRÁLIA O segundo na preferência dos brasileiros. Clima tropical e câmbio menor que nos EUA.

IRLANDA Não exige visto. Sem limite de carga horária para trabalho.

ÁFRICA DO SUL Câmbio favorável e custo de vida bem mais acessível.

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A expansão do consumo de bens, aliada ao maior número de consumidores, faz com que o mun-do se torne uma máquina propul-sora de geração de resíduos, o que obriga a população a criar uma res-ponsabilidade social para que todo esse lixo seja despejado num local adequado.

A capital gaúcha possui apro-ximadamente 1,42 milhões de habi-tantes, que produzem diariamente cerca de 500 toneladas de lixo, das quais apenas 140 toneladas repre-sentam resíduos recicláveis. Dados do DMLU (Departamento Munici-pal de Limpeza Urbana) mostram que das 140 toneladas de lixo seco, 56 são rejeitadas – quatro em cada dez quilos acabam não sendo reci-clados, devido a erros de separação por parte dos moradores ou por fal-ta de valor comercial de alguns ma-teriais. Com isso, a cidade deixa de reaproveitar 40% do lixo seco que está sendo encaminhando para um aterro sanitário.

Entrevista com ex-diretor ge-ral do DMLU, Darci Campani:

Qual é a maior dificuldade do DMLU perante a população?

A decisão política de fazer a co-leta seletiva implica em mais uma atividade e custo adicional, que muitas vezes não tem o apoio que deveria, sendo apenas vista como um gasto. Sem destacar a econo-

mia ambiental e social que ela re-presenta.

Qual é a maior dificuldade da população com a reciclagem?

Acho que o mais difícil é criar a consciência sobre a importância deste simples ato, tanto do ponto de vista ambiental como social. Todos deveriam visitar o aterro sanitário para se assustarem com a quantidade de coisas que vão para lá e não deveriam ir.

Como sabemos diferenciar o lixo orgânico do seco?

É só pensar o seguinte: o que dá para reciclar, é seco; não dá, é orgânico. Reciclável é a maioria dos materiais que passaram por um processo industrial para ser produzido, tipo papel, plástico, metais e vidros.

Bianca campani e e matheus Ló

Tibério Vargas Ramos lançou em 30 de março de 2012, na Li-vraria Saraiva, no Shopping Praia de Belas, em Porto Alegre, o ro-mance Acrobacias no Crepúscu-lo. Professor-titular nos cursos de Jornalismo e Relações Públicas da Famecos, ele leciona desde 1977. Jornalista profissional desde 1969, tem uma trajetória como repórter, editor e cronista em Zero Hora, Correio do Povo, Folha da Tarde, Pasquim e Gazeta de Alegrete,

Aluno da Famecos desde 1968, se formou em 1971, sem toga, úni-

ca turma na história da PUCRS. De 1972 a 1988 trabalhou na assessoria de comunicação da Reitoria, sendo editor de publicações da PUCRS.

Acrobacias começou a ser es-crito em 2006. É um romance en-volvente, sarcástico, sensual e dra-mático. Apresenta duas narrativas diferentes que se unem em torno do personagem principal, um avia-

dor. Segundo o professor, “o jorna-lismo impregna de tal forma que não conseguimos escrever coisas muito deletérias, elas sempre têm algum contato com a realidade. Elas não aconteceram, mas pode-riam ter acontecido”.

Tibério é vencedor de oito prê-mios de jornalismo, sendo quatro de reportagens: Centenário da

Rede Ferroviária (Correio, 1974), Biênio do Sesquicentenário da Co-lonização do Rio Grande do Sul com o Gaúcho Negro (Folha, 1975), Promotor não acusa, defende (Fo-lha, 1979) e Caso Daudt (equipe ZH, 1988). Também teve quatro crônicas premiadas, todas publica-das pela Gazeta de Alegrete: Afinal, é sábado (1985), prêmio entregue pelo governador Jair Soares no Pa-lácio Piratini; O chibeiro (1986), Revoada de fantasmas (1992) e O gaúcho descartável (1993).

Outras obras de ficção estão sendo concluídas pelo professor: Bodas de porcelana (contos), A santa sem véu (novela) e outro ro-mance, A sombra Dourada.

Letícia paes

Acrobacias do Tibério

ADRIANO PIZON

∆ A formatura irreverente em 1971 e o lançamento do livro

ARQUIVO PESSOAL

Diariamente são publicados, nos veículos de comunicação, es-cândalos nos meios artístico e es-portivo. A exposição negativa da personalidade na mídia em geral se explica pela prática de um ato que contraria normas de conduta acei-tas pela sociedade. O corte de pa-trocínios, a interrupção da carreira e a falta de tolerância por parte do público frente a determinado fato são algumas das repercussões ne-gativas do escândalo noticiado.

Afinal, como é possível evitar situações que atingem a imagem de pessoas públicas? Os profissionais de comunicação são os mais indica-dos para trabalhar na construção e manutenção de imagens positivas. São eles os responsáveis por lidar com pesquisas de opinião pública, utilizando-se de técnicas que vão desde observação em grupo à asso-ciação de ideias. Contudo, quando se fala de pessoas públicas, princi-palmente celebridades, a prática de pesquisa ganha um novo enfoque: o de monitoramento.

“Ao lidar com a imagem de pessoas físicas que estão na vitri-ne midiática em tempo integral, é necessário um acompanhamento de perto e atento. É como se fosse uma gestão de crise permanente, pois há desde os comentários ami-gáveis por parte dos fãs, até os mais

ácidos”, comenta a professora de pesquisa Denise Avancini Alves.

Um caso que chamou bastante atenção por ser inusitado e dema-siadamente “ingênuo” foi o da po-lêmica foto postada no Instagram por Sônia Abraão, apresentadora do programa “A Tarde é Sua” vei-culado na Rede TV! A foto de maiô rendeu muito assunto no Twitter, justamente por causa do apelo sensual que não condizia com a imagem pública “comportada” de Sônia. Após tamanho alvoroço, muitos usuários do microblog fize-ram paródias postando fotografias imitando a pose da apresentadora, que posteriormente declarou que “não esperava tamanha repercus-são” e “se tratava apenas de um tes-te no celular”.

Rafael Antoniutti, assessor de imprensa de figuras públicas, afir-ma: ‘‘Por sermos especialistas da área, temos que saber filtrar o que importa ou não e que ações fazer de acordo com essa avaliação”.

DéBora rico e Lais Linhares

Saiba comomonitorarcelebridades

∆ A pose de Sônia Abraão

Gente

Reciclagem: questãode comportamento

Algumas dicas de comoseparar seu lixo:

Resíduos recicláveis:Jornais, cadernos, papelão, latas de alumínio, panelas, talheres, cobre, sacolas plásticas, isopor, utensílios de plástico em geral, vidros de conservas, vidros de produtos de higiene e limpeza.Não recicláveis:Sobras de alimentos, cascas de frutas, erva-mate, borra de café e chá, terra de vaso, cinzas, res-tos de vegetais e papel higiênico.

18 RRPPAtualidades/Julho 2012

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Antigamente o cuidado com as unhas era considerado um ato básico e normal entre as mulhe-res. Depois de alguns anos, as tendências de moda e cores se tornaram algo importantíssimo, da cabeça aos pés, incluindo nes-sa mudança as unhas, que passa-ram a fazer parte crucial do look e do estilo individual de cada mulher. Pensando nisso, várias ideias criativas têm surgido. No-vas técnicas de embelezamento para mãos e pés e um mundo de cores e texturas. Aqui no Sul foi criado um espaço glamouroso e diferente para as gaúchas vaido-sas e chiques por natureza.

O esmalteclube surgiu inspi-rado nos belos salões de beleza de Paris e também nas opções desse tipo de serviço já existentes em São Paulo. As sócias-proprietá-rias do estabelecimento, as irmãs Aninha e Juliana Zanella, junta-mente com Karla Krieger e Karen Anísio, deram vida a esse projeto em Porto Alegre. O espaço inau-gurado em novembro de 2011, na Rua Silva Jardim 169, Auxiliado-ra, tem sido alvo de elogios e de grande procura pelas “esmalte maníacas”.

As mulheres de hoje procu-

ram por novidades, mas ao mes-mo tempo exclusividade e lá com certeza encontrarão diversas sur-presas e mimos, como uma cris-taleira recheada de esmaltes das “bafônicas” marcas Dior, Chanel, Boirjois, entre outras. Também há opções para as econômicas, mas que não abrem mão da quali-dade e podem optar por esmaltes com cores lindíssimas de marcas nacionais bem conhecidas. O que não dá pra abrir mão é de um escalda-pés purpurinado em ba-cias de porcelana, de cremes que exalam fragrâncias gostosas pelo ar em massagens relaxantes, de-gustando uma boa taça de espu-mante. “Já faz um tempo que eu frequento o local e toda vez que chego aqui fico enlouquecida com esses esmaltes, já penso em qual cor vou usar na próxima visita”, exulta Isadora Medeiros, de 25 anos.

O local também conta com serviços de depilação. Possui es-tacionamento próprio, espaço Kids e Pet. E todo esse cuidado especial, agora está à disposição das gaúchas. As manicures su-per informadas lhe darão dicas e te manterão por dentro das ten-dências para as cores da estação. Quer mais? Dê uma passadinha lá no esmalteclube, sem precisar marcar horário e confira tudo isso e muito mais. Difícil será escolher a cor do seu próximo esmalte!

AdriAnA Klein MussKopf

e Aline silvA

A beleza cintilante dos esmaltesParceria entre gaúchas lan-ça salão especializado em esmaltes e cuidados com a beleza, glamour e bem--estar em um só lugar

•Muriloéprofissionaldesde2005

O campeão mundial de vôlei Murilo Radke, nascido em Porto Ale-gre, iniciou a carreira em 1998, com 9 anos, na Sogipa. Teve como influ-ência os pais que foram jogadores profissionais, sua mãe, Márcia Radke, atuou nas categorias de base da seleção brasileira e no extinto clube Hering. Seu pai, Marcos Toloni, participou da Superliga pelo também extinto clu-be Curitibano. Hoje é téc-nico da equipe da Sogipa e auxiliar-técnico da equipe de Canoas, que nesta tem-porada ganhou a série B, conquistando uma vaga para a Superliga na próxi-ma temporada (ainda não está definida a participa-ção). Murilo decidiu se-guir carreira aos 15 anos.

– Por que decidiu ser profissional com esta ida-de?

– É que eu comecei a jogar melhor (risos).

Em 2005, aos 16 anos, saiu do estado para jogar na Uni-sul, em Santa Catarina e, pela primeira vez, foi convocado para as catego-rias de base da seleção b r a s i l e i r a , onde seguiu até 2011. De 2006 a 2011, passou pelas esquipes de Vitória, Ulbra, SADA e Pinhei-ros. Sua última temporada foi na CIMED, em Santa Catarina. A equipe foi eliminada nas quar-tas de finais, no último dia 30 de março, pelo time do Minas, que no dia 17 de abril acabou levan-

do a taça para casa. Para a tem-porada 2012/2013, Murilo acaba de fechar contrato com a equipe Medley/Campinas.

Murilo diz que nestes últi-mos sete anos em que joga fora do estado, o que mais sente falta é da família e amigos que estão aqui em Porto Alegre e não abre mão de quando sobra um tempi-nho vir visitá-los.

Sua maior conquista foi em 2009, no campeonato mundial juvenil que jogou na Índia, quan-do a Seleção Brasileira foi tetra-campeã. Em homenagem a esta conquista, Murilo fez uma tatua-gem no tornozelo.

por dAnielle MAttos

∆ Murilo Radke em treino da se-leção brasileira de vôlei

FOTOS ACERVO PESSOAL

Gaúcho conquista seu espaço novôlei nacional

ADRI

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19Julho 2012/ RRPPAtualidades

Gente

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20 RRPPAtualidades/Julho 2012

Em março deste ano, a Mo-dular Canoas recebeu a trupe de clowns dos Psicólogos do Trân-sito, que se trata de uma ONG do Estado de São Paulo, sem fins lucrativos, que têm como missão diminuir o estresse e humanizar os motoristas no trânsito, nos horários considerados críticos. Em dias, horários e locais específicos, os voluntários apresentam-se nos semáforos da cidade, vestidos de forma engraçada, com nariz, sapato de palhaço, perucas, rosto pintado e com o auxílio de carta-zes contendo suas “falas”, ence-nando pequenas peças de teatro enquanto o sinal está fechado para os veículos. Personagens como a bailarina, o mergulhador e o cozinheiro alegram quem passa pelo local, e arrancam sorrisos, aplausos e buzinadas.

Após um contato da diretora de RH da Modular, Inês Rufino, com o presidente da ONG, Luiz Guilherme Brandão, carinhosa-mente conhecido como “Gui”, ini-ciou o planejamento para a vinda a Canoas da trupe de São Paulo, com seis voluntários. Durante três dias, eles realizaram diversas ativi-dades na Modular, entre elas, um workshop para conhecer a história da ONG, tendo também uma parte prática para aprender algumas técnicas básicas de maquiagem.

O grupo dos Psicólogos do Trânsito de Canoas – Modular tem se apresentado todas às quartas-feiras, no horário das 18h30 até 19h45 e, com muita dedicação e alegria, os voluntários estão conquistando o carinho e a confiança dos motoristas.

Como a Modular incentiva as ações de educação dos motoristas, durante a apresentação dos psicó-logos do trânsito, os voluntários fazem a distribuição de materiais educativos, como: panfletos, folders e adesivos do programa Transportadora da Vida.Juliana Mesquita

e Joseane Pacheco

Eles humanizam trânsito com sorrisos e abraços

FOTOS JULIANA MESQUITA

Entrevista por e-mail com Gui Brandão, presidente da ONG pau-lista Psicólogos do Trânsito. Veja:

O que representa na sua vida os psicólogos do trânsito?

Foi a mudança em minha vida. Essa ONG sustenta e completa to-dos os meus sentimentos de paz, amor e caridade. É dela que tiro forças para ser uma pessoa melhor e é nela que tenho a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas, como as que conheci na ida até Ca-noas!

Como você enxerga a pri-meira “filial” da ONG no Sul?

Vejo como uma oportunidade de chegar a mais corações! O povo gaúcho é muito caloroso e recepti-vo, fiquei em choque quando colo-camos a primeira vez o pé na faixa em Canoas! Foi uma emoção sem igual... de uma verdade muito gos-tosa! Os e-mails que chegam, os co-mentários nas redes sociais e todo o tipo de carinho vindo do pessoal que assistiu as apresentações dos voluntários gaúchos são de emo-

cionar! Não tenho como agradecer todo esse carinho e a maneira que acolheram a nossa ONG aí!

Qual a importância do tra-balho voluntário na sua vida?

O trabalho voluntário é a certe-za de um mundo melhor, é a certe-za de união para ajudar o próximo! Allan Kardec disse uma frase que levo comigo sempre: “Fora da ca-ridade não há salvação”, acho essa frase genial, pois não importa de qual religião você é, mas a caridade tem que ser feita!

Com abraços e sorrisos, é assim que os Psicó-logos do Trânsito es-

tão conquistando o carinho e a atenção dos gaúchos. Quando o sinal estiver ver-melho e surgir no meio da faixa palhaços distribuindo “abraço grátis”, apenas sor-ria e seja feliz, pois o lema é humanizar o trânsito.

Depoimento da voluntária Va-nusa Santos, conhecida carinhosa-mente como Drª Negrinha:

Qual a importância do tra-balho voluntário na sua vida?

Quando fui convidada a parti-cipar dessa ONG, na verdade não sabia e nem tão pouco imaginava a proporção que esse trabalho traria à minha vida. Fui pelo convite, é claro, mas achando que faria mais uma brincadeira do que um tra-balho voluntário. Hoje respondo que este trabalho é parte da minha rotina, já o tenho como um com-promisso tão grande com aqueles

que o esperam de mim e, é claro, do grupo. Aquilo de nada me cus-ta e faz tanta falta para inúmeras pessoas que abraço, sorrio ou sim-plesmente aceno quando estou no farol. Chegar à quarta-feira e não poder ir por algum motivo invo-luntário à minha vontade, é muito frustrante, porque assim como es-tou ali para partilhar alegria, é tam-bém uma troca enorme de afeto e de carinho que recebo. Quando a janela do carro está fechada e, por de trás dela, vejo uma cara sem sor-rir, com semblante pesado do final de um dia de trabalho ou qualquer que seja o motivo, e esta mesma

face começa lentamente a abrir um sorriso, isso é indescritível para mim. Vale muito a pena.

O que é ser psicóloga do trânsito?

É simplesmente saber que eu posso, sim, ajudar pessoas anôni-mas a serem mais felizes ao menos por um minuto de farol aberto, é sa-ber que, de alguma forma, eu parti-cipei da vida de várias pessoas que nem ao menos sei o nome, mas que retornam para casa com um pouco mais de alegria no rosto. Ser a “Drª Negrinha” é satisfação, é alegria, é companheirismo, é manter meus amigos e poder fazer novos.

Depoimentos

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21Julho 2012/ RRPPAtualidades

Mercado

Qual a verdadeira importância da Comunicação no Terceiro Setor?•Instituiçõesbuscamprofissionaisparaconsolidarimagemeidentificarparceiros

Terceiro Setor é um termo usado para fazer referência ao con-junto de sociedades privadas ou associações que atuam no país sem finalidade lucrativa. Executam ati-vidades de utilidade pública, pos-suem gerenciamento próprio, sem interferências externas. É mantido com recursos de doações de em-presas e pessoas físicas e, também, com repasse de verbas públicas. Contam com uma grande quanti-dade de mão-de-obra voluntária (sem remuneração pelo trabalho).

Entre as organizações que fa-zem parte do Terceiro Setor, estão as ONGs (Organizações Não Go-vernamentais) e OSCIPs (Organi-zações da Sociedade Civil de Inte-resse Público). Prestam serviços, em especial, para pessoas carentes que não podem contratar o setor privado (segundo setor). Como o setor público (primeiro setor) não consegue atender com qualidade todas as pessoas necessitadas, o Terceiro Setor assume um papel de fundamental. O objetivo principal é a melhoria da qualidade de vida das pessoas necessitadas nas áreas de educação, saúde, esportes, lazer, orientação vocacional, qualificação profissional, cultura etc. Este seg-mento tem ganhado cada vez mais destaque na sociedade e espaço na mídia. Contudo, seu poder de ação e de mobilização são limitados pela falta de uma estrutura de comuni-cação profissionalizada.

Este cenário começa a mu-dar porque algumas entidades já perceberam a necessidade da im-plantação de uma comunicação estratégica para estabelecerem re-lações com seus diversos públicos, ganharem credibilidade e poderem se tornar mais atuantes junto à so-ciedade. Do mesmo modo, crescem as discussões de que o Terceiro Se-tor é um mercado promissor para os comunicadores. O problema é saber se o profissional da área está preparado para esse nicho, com formação humanística e iniciati-va para enfrentar os desafios de

falta de recursos financeiros para o desenvolvimento de projetos de comunicação. Deve ser um comu-nicador aberto ao diálogo, com criatividade, que faça experimen-tações, tenha motivação e olhar atento para perceber tendências e demandas para um bom trabalho.

Segundo Mirtes Bógea, profis-sional de Relações Públicas há 20 anos, com atuação em comunicação institucional, o envolvimento das pessoas que trabalham nas ONGs é muito importante para a constru-ção da identidade corporativa e de uma imagem. Afinal, uma imagem bem trabalhada e difundida pode atrair mais parcerias, voluntários, doações e, é claro, credibilidade. Mas, para isso, é preciso se voltar para o público interno da institui-ção, perceber como esta é vista por seus funcionários e voluntários e desenvolver uma ação de conscien-tização junto a eles. Além da mobi-lização interna, é preciso se levar em conta a relação com o público beneficiado, doadores e parceiros da instituição para reforçar o vín-culo e proporcionar a continuidade das ações da ONG.

A jornalista Letícia Carpanez de Paiva ensina que um dos pri-meiros passos seria estabelecer uma relação com a mídia, geran-do interesse público e atendendo aos veículos, de acordo com suas características e prazos (imprensa, rádio, TV, Internet). Esse relacio-namento criado pelo comunicador pode fazer da ONG uma constan-te fonte em sua área de atuação, sempre que for necessário divulgar fatos que interessem à opinião pú-blica ou quando houver debates de assuntos polêmicos.

Há sempre diferentes manei-ras de se pensar e fazer comunica-ção, mas o profissional deve anali-sar o ambiente em que se encontra, sentir as tendências e tentar novas ferramentas ou ações, não há uma única forma de agir. No Terceiro Setor, o desafio é permanente.

Carla Souza

Dora Bragança Castagnino, coordenadora de Marketing ins-titucional da Patuá Comunicação Responsável, analisa o trabalho de divulgação no Terceiro Setor. Confira sua entrevista:

Aponte prós e contras.Esse segmento tem assumi-

do as responsabilidades sociais do Estado, mas por sua fragilidade não consegue dar conta de tanta demanda, por isso é estigmatizado como incompetente. No entanto, não existe muito investimento por parte dos órgãos públicos, por isso as ONGs têm que estar constante-mente captando recursos na ini-ciativa privada. Ao mesmo tempo, as instituições têm mais conheci-mento das causas sociais por esta-rem na ponta dos problemas e se relacionarem diretamente com as comunidades. Elas conhecem os problemas de longa data e por isso têm mais competência para propor ações.

Neste setor, qual a impor-tância da comunicação insti-tucional?

A comunicação institucional traz visibilidade para as organiza-

ções do terceiro setor, promovendo projetos, parceiros e o retorno da comunidade, tudo isso promove a credibilidade institucional, tão cobrada pela mídia. As comunida-des onde estas instituições estão inseridas também devem ter voz, através de entrevistas, fotos e de-poimentos. Podemos também usar as ferramentas do marketing para atingirmos as necessidades de sus-tentabilidade das ONGs.

O que pode ser feito para melhorar a relação com os ou-tros setores?

Acredito que está na hora de realizarmos um grande evento, que promova o debate entre as institui-ções, para que possam discutir seus problemas e necessidades, sem a interferência do Estado que só sabe usar politicamente esse segmento. É necessário também que se crie um instrumento de comunicação permanente entre essas institui-ções e outros setores. Ninguém tira dinheiro do bolso para doar a quem não conhece, principalmente se for uma empresa, onde o apelo deve ser racional, pois empresa não tem coração, isto é, não tem emoções.

Como divulgar e captar recursos

∆ Dora Castagnino, coordenadora de Marketing da Patuá

FOTO DIVULGAÇÃO

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22 RRPPAtualidades/Julho 2012

Como andar na linhaO slackline tem origem ca-

liforniana, mas vem ganhando o mundo. Há mais ou menos dois anos, chegou a Porto Alegre, con-quistando adeptos de todas as idades e hoje enfeita parques com suas fitas e incentiva o esporte.

Em meados dos anos 80, es-caladores californianos, em seu período de descanso, esticavam suas fitas de escalada entre árvo-res e pedras, tentando caminhar de uma ponta a outra com equi-líbrio. Com o passar do tempo, a “brincadeira” ficou tão divertida que foi sendo passada de pessoa para pessoa e hoje se tornou um esporte popular.

Slackline também é arte. Os praticantes promovem eventos em defesa do esporte e de cau-sas ambientais na capital. O pri-meiro encontro de Slackliners ocorreu em junho de 2011 com o público aproximado de 1000 pes-soas e patrocinado por empresas na área do esporte e pela Slack-Proof, um dos mais conceituados grupos praticantes e de origem gaúcha.

Outra modalidade do es-porte, o waterline, praticado sobre a água, também pôde ser presenciada mais de uma vez na Avenida Ipiranga como forma de conscientizar a população e as autoridades para a limpeza e re-vitalização do Arroio Dilúvio.

O material utilizado para a prática do esporte é uma fita de

nylon, estreita e flexível, geral-mente posicionada a uma altu-ra de 30 cm do chão, mas pode variar de acordo com o grau de dificuldade a ser alcançado e, principalmente, a experiência do atleta. É importante proteger a árvore para evitar danos ao tron-co com o atrito da corda. Podem ser usados materiais como car-petes, tapetes, caixa de papelão, isolante térmico, entre outros. A conscientização passa, também, pela montagem do equipamen-to: devem ser escolhidas árvores fortes e de troncos grossos, com mais de 30 cm de diâmetro, as-sim protegendo suas camadas.

No evento, Red Bull na fita, realizado no Parque Marinha do Brasil, estabeleceu-se uma com-petição em que dois participantes duelam em cima da fita. Quem teve mais equilíbrio e realizou as melhores manobras, passou para os próximos duelos, até chegar na final. Quem deseja conhecer ou aproveitar uma tarde de sol para se exercitar nessa nova onda em um dos muitos parques da Capi-tal, vale a dica: além de muitos benefícios físicos e mentais como o equilíbrio e a concentração, o esporte não discrimina idade sexo ou peso, já que a corda pode aguentar até 7.000 kg. É uma óti-ma forma de sair da rotina e pra-ticar algum exercício físico com uma bela vista.

Juliana Caldas

Estilo de vidade quemdorme no sofá •RedescubraoCouchsurfing

Com vontade de viajar para o exterior, mas não encontra uma maneira de não gastar além do dinheiro poupado? Existe uma oportunidade antiga e que se ade-qua ao bolso. Estamos falando do CouchSurfing.

O assunto foi abordado no RRPP Atualidades, em junho de 2010, pela aluna Aline Gallo, mas como o tempo passa e o cenário muda, com o CouchSurfing não foi diferente. A tradução do termo é “Surfista de sofá” significa uma alusão àquelas noite de sonos mal dormidas, quando recebemos um visitante de última hora.

Apesar do que o nome suge-re, nem todo mundo recebe um sofá, muitas vezes são quartos privados, e de praxe um hospe-deiro maravilhoso que resolve ser o seu guia turístico.

A ideia veio do fundador americano Casey Fenton, em 2003, após ter comprado a um preço acessível um bilhete de avião para a Islândia e se depara-do com o problema de não ter um alojamento, além dos pagos. Al-bergue nem pensar, Fenton que-ria mesmo era um sofá e, depois de 1.500 e-mails enviados a es-tudantes islandeses implorando por hospitalidade e um sofá para dormir, conseguiu 50 respostas positivas. O resultado? Férias in-críveis, uma experiência incom-parável e lugares admiráveis para visitar.

Superando a desconfiança inicial da idéia de dormir na casa de uma pessoa desconhecida, o site conquistou o coração de cada surfista – e, ao longo do tempo, aprimorou formas de garantir segurança máxima ao usuário. A proposta do site é abrir a mente e “pôr em contato gente do mundo inteiro”. E não pense que é difícil encontrar um lugar para ficar em grandes capitais, pelo contrário, a demanda de hospedeiros espe-rando por uma solicitação é cada vez maior. Para se ter uma ideia,

as quatro capitais mais ativas são Nova Iorque, Paris, Londres e Berlim. Entre as línguas mais faladas são Inglês (70,5%), Fran-cês (17,8%) e Espanhol (16,70%), sendo o Português a sexta coloca-da, com 4,7%. A Europa continua imbatível no posto de continente que mais abriga couchsurfers, com 50,9%. E a idade média dos aventureiros é 28 anos.

Um bom exemplo é Carolina Favero, estudante de turismo em Porto Alegre: embarcou aos 24 anos para a Austrália pensando em ficar três meses e acabou não querendo voltar. Decidiu ficar mais. Estudou Business por lá e virou babysitter da família que a acolheu! Após três anos longe de terras brasileiras, a gaúcha re-cebeu de presente de despedida de sua família australiana uma viagem ao deserto. Agora está de volta ao mundo acadêmico, aos 28 anos, cursando Adminis-tração e com uma experiência de vida incomparável.

Interessado? O legal é que ao procurar a região de interesse, você pode conferir os eventos que estão acontecendo por lá – óti-mo detalhe a ser analisado antes de definir o roteiro. Mas para ser visto como um hóspede em potencial, vale seguir as dicas da Carolina:

* Faça um perfil bonito, mas não fantasioso;

* Converse muito com o seu hospedeiro antes de viajar, me-lhor que ter um sofá, é fazer um amigo de outro continente;

* Observe os comentários disponíveis no perfil de cada pes-soa que poderá te acolher, vascu-lhe todos os detalhes e não deixe nada de fora.

Conforme o histórico do site, a maioria das pessoas tem boa in-tenção, mas certifique-se de que existem ótimas referências da casa que você solicitou hospeda-gem. E tenha uma boa viagem!.

natália Monnerat e renata roCha

Slackline

REPRODUÇÃO

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23Julho 2012/ RRPPAtualidades

Interatividade como time do coração•Permaneçaconectadoaoseuclube24h

As novas tecnologias, como re-des sociais e interatividade virtual, mantêm torcedores conectados ao time durante as 24h do dia e permi-tem vivências especiais no Museu do Sport Club Internacional.

Passeando pelo museu, o vi-sitante também pode ir conver-sando, através do Facebook e/ou Twitter, com outros torcedores e também com a equipe do clube que é composta por uma profissio-nal de Relações Públicas e pesqui-sadores-historiadores, que estão constantemente alimentando o site www.internacional.com.br/mu-seudointer, com a história e a cul-tura do Internacional desde 1909.

“As mídias sociais são muito importantes para comunicação do Museu, através delas realizamos ações de relacionamento com os nossos públicos de interesse, pro-moções, interagimos, respondemos dúvidas, reclamações e sugestões. Além disso, as mídias sociais per-

mitem que com uma boa estratégia se conquiste o público com um cus-to praticamente zero”, explica Lu-ciana Schranck de Assis, relações- públicas do Museu.

O clube possui 100.000 só-cios. Entretanto, nas mídias sociais ocorrem alguns fenômenos, como por exemplo, os acessos que va-riam de 50 mil a 200 mil no site, em dias de jogos relevantes e em datas comemorativas para o time.

No Facebook (MuseudoInte-rOficial), o clube colorado possui 11.631 fãs, que “curtem” diariamen-te os posts nesse espaço, que possui apenas um ano de atividade, e em diferentes faixas etárias que abran-gem a mesma proporção de público do sexo masculino e feminino. Essa ferramenta é utilizada para realizar sorteios, entre os participantes, de produtos confeccionados especial-mente para esse fim, ou seja, os itens não são comercializados em nenhum outro departamento do

clube alvi-rubro. Muitos torcedores utilizam-na para relatar suas histó-rias de amor ao clube e de seus pa-rentes também.

O Twitter (@MuseudoInter) é utilizado como uma linha direta entre o clube e o torcedor colorado, em que ficam disponibilizados links para a visualização de fotos relati-vas aos diversos assuntos que inte-ressam a esse público. Também são realizados quiz sobre a história co-lorada com premiações exclusivas.

Os twiteiros, neste caso, são em sua maioria do sexo feminino.

No Museu do Inter, você pode se divertir, além de conhecer me-lhor a história do clube com faixas, troféus e outros objetos museológi-cos. O usuário pode brincar numa arquibancada virtual ou em mo-nitores touchscreen que oferecem um passeio virtual pela história do futebol, dos jogadores brasileiros e também sobre o próprio clube.

Elis Assumpção

∆ Monitores recepcionam visitantes exibindo jogos do Inter

ELIS ASSUMPÇÃO

Jovens empreendedores no balanço da rede“Ser jovem, pensar jovem”. É

com esse espírito que a juventude do século XXI mergulha no mundo moderno, onde as redes sociais e a Internet se tornaram essenciais. A rede proporciona informação, di-versão e até ajuda nos estudos. O que muitas pessoas vêm fazendo é explorar novas ideias e usar a tec-nologia para mudar, de certa for-ma, suas vidas.

“Sempre tive vontade de com-partilhar com os outros aquilo que eu estava fazendo, o que andava vestindo, o que eu gostava”, conta Rafaela Keunecke, 17 anos, estu-dante do curso de moda. Foi dela a ideia de começar um blog falando do que mais gosta. A garota de Por-to Alegre assumiu que seu canal na Internet, hoje com 3 mil acessos diários, interferiu na sua vida, pois atualmente passa muito mais tem-po na frente do computador do que dedicava antes e quase tudo o que faz é pensando nele. “Fui convida-da para muitos eventos e o número de visitantes aumentou. Este ano, a revista Capricho fez uma matéria

sobre mim, o que fez dobrar o número de acessos”, reve-la.

J u n i o r Maicá, 27 anos, trancou o cur-so de Ciências Contáveis para

seguir com o jor-nal “O Bairrista”. Famoso veículo virtual aqui no Rio Grande do Sul, o falso jornal enaltece o estado em tom de brincadeira, ao transformar fatos reais em mentiras com o gaú-cho como protagonista.

A ideia de criar o portal do jor-nal surgiu depois que Maicá abriu um Twitter de notícias falsas e até hoje ele segue administrando o “O Bairrista” praticamente sozi-nho. “Vira um negócio a partir do momento em que tu tens 300 mil leitores, seguidores no Twitter e Facebook. Existe um público e isso chama a atenção de possíveis anunciantes”, suas brincadeiras se tornaram fontes de renda.

Ex-alunas da Famecos, as jornalistas Flávia Mu, 25 anos, Janaína Azevedo, 31 anos, Már-cia Dal Molin, 24 anos, Bruna Coelho, 23 anos, Julia Preis, 23 anos, e a publicitária e designer Taíssa Bach, 27 anos, hoje ad-ministram o blog “Seis Marias”. Tudo começou quando Flávia e Janaína quiseram começar “algo diferente”. Assim, encontraram no blog uma plataforma para unir o que gostavam de fazer.

As “Marias” acompanham o crescimento de acessos do blog pelo Google Analytics, com uma média de 500 internautas por dia. Flávia só se deu conta, mesmo, da dimensão que o blog tomou, quando passaram à associá-la ao site. Por exemplo: “Esses dias eu estava no supermercado e uma

entrevistada veio abanando e gritando ‘Oi, Maria!’. No Donna Fashion, as pessoas me apresen-tavam para outras dizendo: ‘Essa é a Flávia, ela tem um blog muito legal, o ‘Seis Marias’.”

“Acho que se é pra ser grande no futuro tem que começar como gente grande, né?”, disse a Flávia, quando perguntada se começou como uma brincadeira. Ela acres-centou que “com essa pegada empreendedora, acho que a gen-te nunca levou muito na brinca-deira. Eu sempre tentei organizar rotinas, horários dos posts, reu-niões semanais, enfim”. A jorna-lista ainda quer algo “bem maior, bem mais bonito, mais curio-so, ainda melhor produzido”.

AnA luizA sAnt’AnnA, BiAncA VEcchio E mAriAnA mourA

∆ Rafaela

Uma pegadalevada a sériopelas meninas

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24 RRPPAtualidades/Julho 2012

Para os colecionadores, não existe necessariamente um motivo para começar. O objetivo da coleção é simples: distrair a mente com algo que é somente seu, cuidar dele e poder orgulhar-se ao mostrar para os amigos, independente do valor e da dimensão do objeto colecionado.

Colecionar dura, geralmente, certo tempo, muitas vezes anos, outras podem ser pela vida toda. Torna-se um hábito, um costume, uma carac-terística ou uma particularidade do indivíduo. Isto é normal para quem coleciona, porém, aos que não têm esse hábito, é estranho compreender o motivo pelo qual alguém é levado a esta prática. Perguntamos para Lucas Folle, colecionador de figuras de ação relativas a animes e jogos japone-ses, o que as pessoas costumam dizer quando veem ou sabem de sua cole-ção: “Já tive os mais diversos tipos de reações com elas, desde ‘Folle, por que tu fica comprando essas bonecas?’ até pessoas que, assim como eu, gostam e apreciaram.”

Entre as razões que levam alguém a colecionar pode estar desde a preservação de momentos significativos da vida associados a um determi-nado objeto até a dificuldade de jogar estas peças fora, incluindo a von-tade de materializar a memória. Para Folle, “é por uma questão de gosto mesmo, afinal é um hobby que curto bastante e gasto boa parte do meu tempo nele”.

Rubem é filho do falecido Arlindo Claudino Knob, que colecionava caixas de fósforo de vários países, bonecas com trajes típicos, além de carros e relógios antigos. O pai dele contava que viajava muito e queria ter em casa a representação desses lugares, como memória. “Meu pai dizia que era como ter um pedaço de cada país dentro da nossa própria casa”. Hoje, os filhos apenas guardam a coleção sem expandi-la, porém cuidam da manutenção e as utilizam para recordação. Realmente, para colecionar não precisa de motivo, basta o gosto pela atividade.

Colecionar é uma prática comum e diversificada. Além disso, a ativi-dade é uma das mais antigas do mundo. Se não fosse pelas coleções de do-cumentos, textos e livros antigos não saberíamos nem metade da história da humanidade. Muito mais que entretenimento, o colecionismo pode ser considerado ainda como arte ou ciência. Segundo psiquiatras, colecionar pode ser uma manifestação inconsciente da necessidade que as pessoas sentem hoje em dia de manter e controlar coisas, num mundo cada vez mais volátil e incontrolável. Entretanto, é uma atividade absolutamente normal e proporciona uma higiene mental. É considerado um processo importante para o desenvolvimento do aprendizado e do conhecimento.

Carolina leal e Daniela Knob bonesi

MeMória

O que leva alguém a iniciar e manter uma coleção?•Entendaopensamentoeosprazeresdoscolecionadores.

∆ Coleção Lucas Folle: figuras de ação relativas a animes e jogos japoneses

∆ Coleção Arlindo Claudino Knob: calhambeques

RRPP AtualidadesPUBLICAÇÃO informativa e de reflexão do curso de Relações Públicas da Faculda-de de Comunicação Social (Famecos), da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, avenida Ipiranga 6681, Porto Alegre, RS, Brasil.Versão Online: www.rrpponline.com.brE-mail: [email protected]: Ir. Dr. Joaquim ClotetVice-Reitor: Ir. Dr. Evilázio TeixeiraDiretora da Famecos: Drª. Mágda CunhaCoordenadora do Curso: Drª. Cláudia MouraEdição: alunos de Produção de Mídia Im-

pressa e Digital em RRPP.Professores responsáveis: Tibério Vargas Ramos e Silvana Sandini.

Alunos Manhã: Alina Antunes da Cunha, Augusto Fernandes, Bruna Morais Severo, Camila Cesca Telles, Carla Ma-chado Souza, Carolina dos Santos Leal, Carolina Garcia La Porta, Daniela Knob Bonesi, Danielle Nascimento do Amaral, Debora Rico Caetano, Elisangela S. de As-sumpção, Everton Dias Konrad, Fernanda Halpern Faertes, Franciele da Silva Nu-nes, Gabriela Dalpian, Gabriela Marcoli-

no da Silva, Joseane Cristina S. Pacheco, Julia Braga Gonçalves, Juliana Mesquita, Lafaiete Peter Bacellar, Lais Gonçalves Li-nhares, Laura Bartelle, Leticia Paes Gon-çalves, Natalia dos Reis Ferreira, Natasha da Costa Pereira, Pamella Bandeira Mora-es, Renata Cidade Muller, Roger da Silva Superti e Taiane dos Santos Panizzi. Noi-te: Adriana Klein Musskopf, Aline Silva da Silva, Amanda da Silva Charao, Ana Luiza Tannhauser Santanna, Andressa Duarte da Rosa, Aquila Paz da Rosa, Ben Hur Rodrigues da Silva, Bianca Amorim Vecchio, Bianca Jaeger Campani, Brenda

Pereira Menine, Daniel Varallo Gomes, Danielle Bazzo de Mattos, Fabiana Tri-go, Fabiola de Carvalho L. Peres, Fran-cine dos Santos Pairet, Gabriela Moraes Freitas, Henrique Helbig Flor, Jonathan Camara Fernandes, Juliana Casado Pelli-zzari, Juliana Dias Caldas, Laura Pandolfo Viterbo, Mariana Coelho Moura, Mariana Damian Schmitt, Marina Muller, Matheus Foppa Lo, Natalia Monnerat, Natalia Sil-va Masoni, Rebeca Gomes Escobar, Re-nata Azambuja Rocha, Stephanie de O. Espindola, Suamy Sejanes Souza e Tailine Ramos Shultz.