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A Obra Do Evangelho Charles Stanley

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A Obra do Evangelho

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  • A OBRA DO EVANGELHO

    Como o Senhor me guiouCharles Stanley

    Traduo Mario PersonaPrimeira Edio em Portugus: 1994

    NDICECAPTULO 1CAPTULO 2CAPTULO 3CAPTULO 4CAPTULO 5CAPTULO 6CAPTULO 7CAPTULO 8CAPTULO 9

  • CAPTULO 10CAPTULO 11CAPTULO 12CAPTULO 13CAPTULO 14

  • CAPTULO 1

    Nada Para Ler...Quo maravilhosamente verdadeira apalavra que o Senhor falou a Moiss:"Terei misericrdia de quem Eu tivermisericrdia". (x 33:19) Como autordestas pginas, meu desejo registrar,para a glria de Deus que a mimmostrou misericrdia, os Seus caminhosde soberana graa.Quando criana tive pouqussimasoportunidades, mas uma grande sede porlivros e por aprender. Certo diacomentei, perto de uma humilde senhora,o quanto ansiava por livros e, noentanto, nada tinha para ler.

  • O qu, Charles? disse ela Voctem a Palavra de Deus bem ali naquelamesa e diz que no tem nada para ler?!Ela no disse mais nada, mas aquelaspalavras no puderam ser esquecidas.Foram usadas pelo Esprito paramostrar-me que eu no tinha um coraopara Deus. Sem dvida, aquilo meatingiu com muito mais fora devido aofato de eu ter j um bom conhecimentodo texto da Palavra, embora contassecom apenas doze anos de idade.Naquele tempo a Bblia era o livro deleitura usado na escola do povoado, daqual sa um ano depois e pela qualsempre fui grato.

  • A ConversoAt ento eu no tinha conscincia daminha verdadeira condio de pecadorperdido, e logo decidi tornar-mereligioso. Esforcei-me tentando reformarminha conduta exterior, mas o que maisme surpreendia era que quanto mais eume esforava, pior me tornava. E foiassim por alguns meses. Naquelespovoados no havia ningum quepudesse me indicar a obra completa deCristo. Todos os que pareciam seimportar um pouco mais com as coisasde Deus, estavam se esforando parafazer alguma obra a fim de obterem asalvao. Devido minha familiaridadecom a letra das Escrituras, eu tinhacerteza de que existia uma paz com Deus

  • que no poderia obter por meio do meuesforo e de todas as minhas obras.Aps meses de lutas e angstias, estavavoltando para casa durante uma noiteescura e chuvosa, quando o fardo sobreminha alma tornou-se to pesado que meprostrei ali mesmo no caminho e clamei: Oh Senhor, no posso seguir adiante!Ento, um profundo sentimento de queestava perdido pousou sobre minhaalma. Foi ali, enquanto estava prostradosozinho naquele caminho escuro, que oEsprito de Deus revelou minha alma aobra completa de Cristo. Vi, ento, queaquilo que eu em vo estava tentandofazer, j tinha sido feito por meuprecioso Substituto sobre a cruz. No

  • me recordo de ter enxergado muito almdisso, mas, como Israel no Egito,encontrei refgio e segurana sob aquelesangue precioso. E, quando me levantei,no tenho dvida de que era uma novacriatura em Cristo Jesus. Mas, emboranascido do Esprito, ainda tinha muitoque aprender acerca do que era a minhacarne.

  • Necessidade de ComunhoQuando me converti, comecei logo abuscar a comunho de outros cristos.Uma pregao de quinze ou vinteminutos por semana era tudo o quetnhamos, e nada poderia ser maisdesprovido de vida. No entanto, no merecordo de nenhuma pessoa quefrequentasse a igreja do povoado etivesse certeza de seus pecados teremsido perdoados. s vezes ia a outraspregaes e era bastante tocado, alm degostar de seus hinos e oraes; massentia que suas mensagens noapresentavam a obra completa de Cristo,por meio da qual Deus havia trazido paz minha prpria alma. Alm disso,fiquei, desde o momento da minha

  • converso, com um profundo sentimentoda soberania de Deus, e logo senti queisto era sempre deixado de lado naspregaes. Agora posso compreenderque aquilo que a nova natureza ansiavaera a comunho com os santos emseparao do mundo.

  • A Primeira Pregao: Joo3:16Uma pequena reunio havia comeadona vizinhana, e a pregao estava bemde acordo com aquilo que o EspritoSanto me havia ensinado naquela estradaescura. Uma obra de Deus em graatinha ocorrido ali, e um bom nmero dealmas foram convertidas a Ele. Issoaconteceu em Laughton, Yorkshire, noano de 1835. Naquele mesmo ano,quando eu tinha 14 anos, aconteceu de opregador faltar numa certa ocasio.Ento o Senhor, pela primeira vez, abriuminha boca para falar do Seumaravilhoso amor para com um mundoperdido no pecado. Lembro-me de que o

  • texto era Joo 3:16. Ao visitar aquelepovoado mais de quarenta anos depois,pude encontrar um homem que aindalembrava-se bem do sermo e dapassagem usada.Para mim bem interessante recordar,aps tanto tempo cinquenta e trsanos que naquela primeira pregaoapresentei o que Deus para ns: "Deusamou... de tal maneira." (Jo 3:16). Nose tratava, e no se trata , do que somospara Deus. Oh, se assim fosse, eu teriaestado perdido mil vezes desde ento.No; se fosse este o caso se eutivesse pensado que minha salvaodependesse do que tenho sido para Deus estaria perdido para sempre. No meucaso, nada menos do que um Salvador

  • que fosse infinito poderia ser suficientepara meus pecados e para minhasnecessidades.

  • Os Primeiros AnosGostaria apenas de recordar aqui amaneira como Deus me educou e mepreparou, como um vaso demisericrdia, para a Sua obra. Havendoficado rfo aos quatro anos de idade,fui criado por um av, um homem damais estrita integridade. Creio que foinessa poca que vim a conhecer algoacerca do Senhor. Quando eu tinha unssete anos de idade, j ganhava parte domeu po trabalhando nos camposdurante o vero, e no invernofrequentava a escola do povoado.Aos onze anos, um distinto cavalheirolevou-me para sua casa e recebi dele,durante dois anos, uma excelente

  • educao. Eu recebia poucoaprendizado por meio de livros, mas eleme fez aprender tudo o que podia seraprendido pela observao; a horta, osestbulos, os deveres do mordomo, detudo isso ele me familiarizouperfeitamente. Uma vez me dizia: Charles, dou a voc trs horas paracaar um corvo.Outra, ele me dava como tarefa trazerum bando de perdizes. De vez emquando ele exigia uma resposta imediataa alguma pergunta difcil, como esta quefez na frente de um grupo de pessoas: Qual a causa do eclipse solar?Respondi:

  • Se eu colocar minha cabea entreesta lmpada e a sua cabea, voc nover a lmpada, da mesma maneiracomo acontece quando a lua est entrens e o sol.Dentre outras coisas, s vezes eu tinhaque atuar como capelo e ler um sermona sala de visitas. Isso era feito comgrande solenidade, numa poca em que,embora ainda criana, Deus jcomeava a trabalhar em minha alma.Seria preciso gastar muitas linhas paradescrever, em todos os seusinteressantes detalhes, como e porquedeixei aquele cavalheiro. Parece que foiontem que ele dirigiu-me seu ltimo elongo conselho. Suas ltimas palavras

  • foram: "Charles, voc poder ser umabno ou uma maldio para ahumanidade. E, com certeza, no fossepela graa de Deus, eu teria sido altima coisa. A Deus seja toda a glria!Estou bem certo de que Deus usouaquele homem to gentil, duranteaqueles dois anos, para o benefcio detoda a minha vida posterior. Apsdeix-lo, caminhei atravessando doiscampos e, sentando-me sobre um degraujunto a um muro de pedra, chorei. Nuncamais o vi.Trinta anos depois, senti-me guiado avoltar quelas paragens para visitar oidoso mordomo, que agora j seencontra com o Senhor. Nunca havamosnos encontrado ao longo daqueles anos.

  • Um pouco plido, ele me disse: estranho; acabo de ler seu folheto"Mefibosete", o mesmo que meu patrome deu antes de morrer, quando tambmdisse: "Thomas, pegue isto, e guarde-ocom voc. Por meio deste folheto Deusmostrou-me que estive errado durantetoda a minha vida. Pensei que tinha umagrande coisa a fazer para Deus, masagora vejo que tudo se encontra nabondade de Deus, graas a Cristo e aoque Ele fez por mim.Fico grato por poder acrescentar que oidoso Thomas tambm foi encaminhadoao Senhor e encontrou descanso em Suaobra consumada.

  • Mudana Para SheffieldAps a minha converso mudei-me paraSheffield, ento uma cidade com cercade 70 a 80 mil habitantes. Ali me torneiaprendiz de um cavalheiro que tinha umaloja de ferragens. Ele era tambmfabricante de limas. Tornei-me assimfamiliarizado com o comrcio deSheffield e com todas as classes depessoas de sua populao. Minhasdiversas ocupaes ajudavam-me aadquirir um bom conhecimento danatureza humana, mas, naqueles anos,Deus queria mostrar-me a totalcorrupo de minha prpria natureza m.Trata-se de uma lio terrvel, mas quedeve ser aprendida. "Porque eu sei queem mim, isto , na minha carne, no

  • habita bem algum." (Rm 7:18) Isto algo que deve ser aprendido.A histria completa e fidedigna das duasnaturezas deve ser tratada como ahistria de duas pessoas distintas. Ahistria da carne, com suasconcupiscncias, no iria servir paraproveito de ningum: individualmentecada crente j aprende pela histria desua prpria carne que a salvaoprovm totalmente de Deus. Por estarazo, o que ser registrado nas pginasseguintes to somente o que Deus fezem perfeita e maravilhosa graa.Ao olhar para trs, para todos aquelesanos, fico surpreso ao ver que duranteaquele tempo no fiz nenhum progresso

  • no conhecimento das coisas divinas. Euera muito interessado em pregaeseloquentes, mas no aprendia nada. Naverdade, eu me encontrava em um estadode satisfao prpria, e sentia-me comose j conhecesse tudo o que havia paraser conhecido. Em poucas palavras, eunem fazia ideia da minha prpriaignorncia. No me refiro aqui aqualquer rea de conhecimento secular;era nas coisas divinas que no havianenhum progresso. Na verdade, haviaem mim a mais surpreendente ignornciado verdadeiro significado da Palavra deDeus. Eu pensava que o mundo (omesmo mundo que rejeitou e entregou oSenhor Jesus morte) estavamelhorando depressa, e que ns cristos

  • ramos as pessoas que gradualmente oconsertaramos at que se tornasse ummundo convertido!

  • Ouvindo da Segunda Vindade CristoVou contar agora como foi destrudaessa soberba e engano. Eu devia ter uns23 anos de idade, e nessa poca cuidavade uma pequena loja de utenslios nocomrcio de Sheffield. Certa tarde umvizinho entrou e, olhando-meseriamente, disse: Voc j escutou as notcias? No disse eu que notcias?Ele respondeu: H dois homens dando palestras noSalo de Conferncias, e eles declaramque o mundo vai acabar, e que Cristovir amanh s quatro horas da manh!

  • Virei-me de costas para ele, pois nopodia deixar de rir. Ele insistiu para queeu fosse escutar a palestra naquela noite.Eu fui. O orador no disse nada acercado mundo acabar na manh seguinte, masexplicou sobre Mateus 24, edemonstrou, a partir daquele captulo, aimpossibilidade do mundo serconvertido antes da vinda do Senhor.Apesar de aquele homem professarmuitas doutrinas falsas e provavelmentenem ser cristo, ainda assim Deus quis,por meio daquela palestra, despertar emminha alma um desejo sincero deconhecer a verdade quanto vinda doSenhor.Fiquei maravilhado diante de minhaprpria ignorncia das Escrituras, e mal

  • pude dormir. Alm de mim, cerca deoito ou dez pessoas foram tambmdespertadas a investigar. Ns nosreunamos s cinco horas da manh paraexaminar a Palavra. No entanto, nemfazamos ideia do que era a igreja ou avinda do Senhor para levar os Seussantos, mas estvamos ocupados com avinda de Cristo para estabelecer o Seureino na Terra.

  • CAPTULO 2

    Uma Sala Aberta Para aPregaoPor volta dessa poca, dois de nsabrimos uma pequena sala para apregao do evangelho em Sheffield, naDuke Street. Naquela poca o CapitoW. trabalhava no servio de Cristo emSheffield e, ao ouvir falar de nossapequena reunio, nos chamou eperguntou se poderia pregar o evangelhoem nossa sala. Ns consentimosalegremente. Ele nos apresentou aPessoa viva de Cristo encontrando apecadora junto fonte de Jac encontrando-a do jeito que ela estava

  • (Joo 4). Cristo no a evitou e nemmandou que ela fosse mudar seu carterpecaminoso antes de poder conversarcom ela, ou antes de poder salv-la. Erao Filho de Deus dizendo a uma pobrepecadora: "Se tu conheceras o dom deDeus, e Quem O que te diz D-Mede beber, tu Lhe pedirias e Ele te dariagua viva". (Jo 4:10) Eu nunca haviaescutado um pregador apresentar Jesusdaquela maneira; mas descobri que setratava do mesmo precioso Jesus que,numa noite chuvosa, me encontrounaquela estrada escura e trouxe paz minha alma atribulada. O efeito daquelapregao, sem dvida alguma,acompanhou-me sempre desde ento.Tratava-se de uma revelao

  • maravilhosa de como Deus podeencontrar e encontra o pecador.

  • Descobrindo NossaIgnornciaLogo vimos que, por ora, ao invs depregar, o que estvamos precisando erade um contnuo e detalhado estudo daPalavra de Deus. Durante oito meseslemos juntos a epstola aos Romanos e,naquele perodo, no li quase nada maisalm da Palavra de Deus. Isso foi degrande bno para mim. Devo, noentanto, relatar um incidente que ocorreuno incio daquelas leituras. Como quasetodo mundo falava dos erros do CapitoW., achei que ele devia possui-los; e, at estranho dizer, por causa de minhaprpria ignorncia, eu achava que asmais preciosas verdades que ele

  • procurou nos apresentar eram erros.Desde aquela poca tenho visto que comum acontecer isto.Naquele tempo eu no me consideravapouca coisa e punha grande confiana nalgica. Sendo assim, achei que o melhorque tinha a fazer era preparar certonmero de silogismos apoiados nospontos que julgava estarem errados.Logo tive uma oportunidade e, emresposta a uma pergunta daquele servode Deus, desencadeei uma torrente desilogismos. Nunca vou me esquecerdaquele olhar amvel e piedoso,enquanto o Capito W. colocava asmos juntas sobre seus joelhos e,calmamente, lia o versculo seguinte.Naquele momento o Senhor mostrou-me

  • quo tolo eu era, e toda a minhaconfiana na lgica desapareceu parasempre.

  • Uma Grande Mudana deRumoChego agora a um acontecimento quemudou totalmente o curso do meu futurodesde ento. Eu tinha ouvido falar que oCapito W. e alguns outros cristos sereuniam no primeiro dia da semana parapartir o po, como faziam os discpulosem Atos 20. Numa certa manh do diado Senhor fui ver o que aquilo poderiasignificar. Encontrei-os reunidos emuma sala no segundo andar, naWellington Street, em Sheffield. Sentei-me atrs e, naturalmente, procurei peloplpito. No havia um plpito, mas umamesa arrumada, ou coberta com umatoalha branca, e sobre ela o po e o

  • vinho, em comemorao morte doSenhor Jesus.Procurei ento pelo ministro, ou pelodirigente, mas no havia tal pessoa.Todos os crentes reunidos estavamsentados ao redor da Mesa do Senhor.Uma impresso profunda e solene caiusobre mim: "Estas pessoas vieramencontrar-se com o prprio Senhor.No tenho dvida de que foi o prprioEsprito de Deus Quem falou assimcomigo. impossvel descrever asensao que tive, pela primeira vez, deestar na prpria presena do SenhorJesus, em conformidade com SuaPalavra: "Porque onde estiverem doisou trs reunidos em Meu nome, a, estouEu no meio deles." (Mt 18:20). Eu

  • estava to inundado pela presena doSenhor que mal podia notar o que estavasendo feito. Ningum pode fazer ideiado que isto significa, a menos que estejarealmente reunido ao Seu Nome.Que contraste com tudo o que eu haviavisto antes e, no entanto, quo simples!Era como voltar ao que era no princpiodo cristianismo, antes que se tivesseouvido falar de qualquer sacerdoteoferecendo na igreja um sacrifcio paravivos e mortos. Por mais estranho queme pudesse parecer aquela reunio decristos para partir o po, o que mais mesurpreendeu foi descobrir que eraexatamente o que encontrado nasEscrituras. Ao invs de um ministro Mesa do Senhor, encontrei a mesma

  • liberdade descrita em 1 Corntios14:29-37. Eu ficava imensamenteimpressionado a cada adorao que eraelevada diante do Senhor, emdependncia do Esprito Santo. Sentique aquele era o meu lugar, por maisindigno que pudesse ser dele. Eu bemme lembro de haver pensado: "Este omeu lugar, nem que seja para eu ser umcapacho para estes cristos limparem osseus ps.

  • Reunido Mesa do SenhorAps algumas semanas fui anunciadocomo um que desejava obedecer aoSenhor; "Fazei isto em memria deMim" (1 Co 11:24) e, por graa, tomeimeu lugar Mesa do Senhor, como umredimido para Deus. Certa manh, poucotempo depois, enquanto estvamossentados em silncio, experimentei algoque nunca tinha conhecido antes adireo do Esprito de Deus. Veio comoum amvel sussurro do Senhor: "Leia 2Corntios, captulo 1. E pensamentosmuito preciosos, sobre os versculos 3ao 5, ocorreram minha mente. Senti-meagitado, tanto assim, que o suor comeoua correr pelo meu rosto e por todo ocorpo. Havamos estado sentados por

  • algum tempo em silncio. Senti-meguiado a levantar-me e ler, mas notinha coragem para tanto. Aps haverpassado algum tempo, o Capito W., queestava sentado do outro lado da sala,levantou-se e disse: Vamos ler 2 Corntios captulo 1.E ento ele ministrou exatamente osmesmos pensamentos que o Espritohavia colocado em meu corao. Foiassim que aprendi, pela primeira vez,acerca da direo do Esprito no meiode cristos reunidos para Cristo. Istotem acontecido com frequncia ao longodesses muitos anos e irei relatar algumasdessas ocasies. No podemos ler olivro de Atos sem vermos que, aps o

  • Esprito Santo ter formado a igreja, Eleesteve realmente presente para guiar osservos do Senhor. Estou persuadido deque nossa incredulidade que hoje tantoimpede a Sua direo. Algo que fez comque eu fosse mais cuidadoso no falar foia contnua descoberta de minhaespantosa ignorncia das Escrituras.Quanto mais a estudava, mais descobriaminha ignorncia. Suponho que sejasempre assim. Vou relatar como voltei apregar o evangelho novamente, entocom um sentimento cada vez maisprofundo da minha ignorncia.

  • Um Segundo Comeo naPregaoUm irmo em Cristo havia chegado deAckworth. Antes de voltar para casa eleme disse: Tenho em meu corao a forteimpresso de que voc deve voltarcomigo e pregar o evangelho emAckworth. O qu?! exclamei Eu ir pregar?No! Vou levar a vida inteira paradesaprender o que est errado, antes depoder pregar o que est certo!Mas ele respondeu com firmeza: Acredito que voc pregar, e oSenhor ir abenoar a mensagem.

  • Tratava-se agora de algo bem diferente.Eu no ousaria duvidar que o Senhorpudesse abenoar a Sua Palavra. Depoisde orar, fui, e desde ento pude provarque o Senhor pode e quer abenoar aSua Palavra.Foi este, portanto, o segundo comeo napregao da Palavra, cerca de dez anosdepois da primeira vez que preguei,quando era um garoto de 14 anos deidade. Naqueles dias, era raro o Senhorabrir meus lbios pelas cidades epovoados da Inglaterra sem que algumaalma se convertesse. No que issoficasse evidente na ocasio, mas pudeencontrar os convertidos em todo lugar,dez, vinte, ou trinta anos mais tarde.Como no mantive um relatrio, seria

  • impossvel mencionar em ordem cadauma daquelas pregaes, leituras econversas que tive durante quarenta edois anos, em Sheffield, Rotherham, enos povoados dos arredores; em Hull,York, Wakefield, Scarborough, Malton,Whitby, Redcar, Newcastle e arredores;em vrias partes da Esccia; emManchester, Rochdale, Oldham, Bury,Southport, Liverpool, Llandudno,Stafford, Gnosall, Wolverhampton,Birmingham, Leamington, Banbury,Swindon, Londres e arredores; pelocondado de Kent, em Cheltenham,Malvern, Worcester, Gloucester,Bristol, Clifton, Bath, Taunton, Exeter,Torquay, Plymouth. E depois noscondados ocidentais: em Ipswich,

  • Colchester, Needham Market,Stowmarket, Bury St. Edmunds,Norwich, Grimsby, etc., etc.

  • CAPTULO 3

    Pregador e Homem deNegciosAlguns podero perguntar como pudepregar toda a minha vida em tantoslugares, e prover o suficiente para minhafamlia. Bem, descobri que no h nadadifcil demais para o Senhor. Devo dizerque nunca deixei meus negcios at oSenhor ter-me dado o suficiente paraviver; mas meu costume era o de pregartrs ou quatro vezes por semana, svezes mais, e trabalhar o resto do tempo.Na verdade, era comum, aps um dia detrabalho viajando a negcios s minhasprprias custas, achar-me, com o

  • Senhor, pregando a Palavra. Comfrequncia Ele ajudava-me de modo bemextraordinrio. Darei dois exemplos deocasies em que me senti grandementenecessitado de Sua ajuda.

  • O Caso do EsmerilNa poca em que eu mantinha uma lojade ferragens e utenslios no comrcio deSheffield, dispunha de apenas umpequeno capital, mas no desejava termais do que j possua. Na verdade, euhavia aprendido que o Senhor toma umcuidado especial dos pequeninos quedependem dele.Certa ocasio, aps ter ficado ausentepregando at quase metade de meuhorrio de trabalho, estava eu em minhaloja, andando de um lado para o outro,pensando em uma conta que tinha parapagar na segunda-feira seguinte. Euentendia que um cristo precisa semprepagar todas as suas dvidas, mas naquele

  • momento eu no tinha o dinheiro e nemsabia de onde tir-lo. Elevei meucorao ao Senhor em orao a respeitodaquilo e, imediatamente, me veio mente um grande estoque de esmeril; eutinha muitas barricas cheias deles, queno conseguia vender. Falei ao Senhorsobre o estoque de esmeril. Ele medisse: "Lanai a rede para a bandadireita do barco." (Jo 21:6). Perguntei,"Senhor, qual o lado direito dobarco?" Imediatamente me veio opensamento de que Ele o lado direito ou o lado certo do barco. Pediento ao Senhor que vendesse o esmerilpara mim, j que eu no conseguia faz-lo e o montante da venda seriaexatamente o que necessitava. Enquanto

  • estava em orao, um homem entrou emminha loja e perguntou: Voc tem esmeril para vender? Sim, tenho respondi; e fui buscaruma amostra do grande estoque quetinha, colocando-a em suas mos. Sim disse ele este exatamenteo que desejo; quantos voc tem?Disse a ele o nmero de barricas (emtoda a minha vida eu no havia vendidonem um vigsimo daquela quantidade); eele disse: Vamos ficar com tudo pelo preo quepediu; envie para nossa firma amanh.Costumamos pagar por tudo o quecompramos na segunda-feira de manh.

  • Eu disse: Farei o que me pede; mas, diga-me,como foi que voc veio at aqui e paraqu precisa deste tipo de esmeril?Tentei vend-lo e no o consegui emlugar nenhum; na verdade, estava mesmopara devolv-lo ao fornecedor, pois mefoi enviado por engano.Ele respondeu: Foi um amolador quem me disse quevoc teria uma boa quantidade paravenda, e ns precisamos muito destetipo, portanto vim v-lo. bemprovvel que voc no consiga vend-loa outro, pois somos a nica indstriaque usa este tipo em particular: ns osusamos para amolar serras para

  • exportao.Enviei o estoque, e recebi exatamente odinheiro de que necessitava.

  • Deus Cuidando dos NegciosDarei outro, dentre as centenas deexemplos do cuidado do Senhor; e entovoltarei a falar da Sua obra. Anosdepois do caso anterior, quando eu eraum comerciante de Sheffield,abastecendo firmas de exportao emBirmingham, Wolverhampton, Londres,Liverpool, e Glasgow, estive viajandopor trs dias e pregando noite sem receber nenhuma encomenda.Aquilo era uma provao para mim.Estava caminhando por certa rua deBirmingham, orando para que o Senhorme dirigisse a um estabelecimento ondeeu pudesse receber uma encomenda deprodutos, quando senti claramente quedeveria caminhar na direo exatamente

  • oposta do estabelecimento ao qualhavia chegado. Fui e encontrei-mediante de uma porta com uma pequenaplaca ao lado "H. & G." que nodizia com que trabalhavam. Espiei paradentro do estabelecimento e, pelo queconsegui enxergar, disse: "Ora, Senhor,esta uma loja de couro. No tem nadaa ver com o meu ramo!" Mas o Espritode Deus parecia dizer-me: "Siga emfrente!" E fui. Abri a porta da loja eencontrei alguns homens trabalhandocom couro. Apresentei meu carto eperguntei pelo proprietrio. Fui levadoao escritrio, onde encontrei o Sr. H. eperguntei se estavam necessitando deartigos de Sheffield para exportao,por exemplo, para a Austrlia, uma vez

  • que havia uma grande demanda paraaquelas colnias. Ele fitou-me com certasurpresa, e perguntou: Voc fornece artigos paraMelbourne? Sim respondi, e enumerei vriasfirmas para as quais eu fornecia.Abrindo o livro de pedidos que foratrazido por um funcionrio, eleperguntou: Por acaso voc fornece para R. &Sons? Certamente respondi. Bem disse ele isto muitoestranho. Somos comerciantesexportadores de peles e um de nossos

  • clientes em Melbourne acaba de nosenviar um pedido de ferramentas queso feitas em Sheffield. Ns noentendemos nada desse ramo, mas opedido traz tambm alguns dos nmerose preos dos nossos produtos, quealgum deve ter enviado a eles.Ento ele deu ordem ao funcionrio paraque escrevesse um pedido para minhafirma, que atingiu algumas centenas delibras. Aquele foi o incio de uma contadas maiores e mais satisfatrias que jtive, e com um estabelecimento dos maishonestos e honrveis.A que podemos atribuir tudo isso,exceto ao terno cuidado daquele queescuta as oraes e as responde? A

  • histria desse amor sempre vigilante,mesmo nas coisas temporais, encheriatodo um volume.

  • O Lanche PerdidoDesde criana fui levado a crer queDeus escuta e responde nossas oraes.Isto pde ser visto em um incidenteocorrido logo aps a minha converso.Eu estava em um campo, a quase quatroquilmetros de casa, e havia colocadomeu lanche sobre uma cerca. Um potroderrubou meu lanche e o destruiu, excetoum pequeno pedao de po. Minhapederneira e a mecha* tambm foramperdidas, impedindo que eu acendesseum fogo naquele clima frio de inverno.Ajoelhei-me e orei por fogo, e tambmpara que o Senhor fizesse com que o pofosse suficiente para meu jantar.Encontrei a pederneira e, caminhandopelo campo, logo achei a mecha. Juntei

  • algumas folhas secas e madeira podre, elogo tinha uma fogueira. Ento me senteie, se o Senhor multiplicou meu po, oufez com que este me alimentasse onecessrio, eu no sei; mas certamentefiquei to fortalecido e satisfeito comose tivesse comido o melhor dos jantares.Muitos podem sorrir ao ouvirem isto,mas, de minha parte, to somente rogoque todos ns possamos ter maisdaquela f de criana, que espera eento desfruta das respostas orao.Jesus diz: "Na verdade, na verdade vosdigo que tudo quanto pedirdes a meuPai, em Meu nome, Ele vo-lo h de dar."(Jo 16:23). Senti-me grato pelanecessidade que me deu a oportunidadede pedir e receber.

  • [Nota: * Pederneira e mecha: instrumentosusados para acender fogo quando ainda nohavia fsforos.]

  • Guiado Pelo SenhorSa um pouco do assunto, mas me alegrapensar no amoroso cuidado de Deus.Desde aquela primeira visita aAckworth, h cerca de quarenta e trsanos, fui guiado a ir sempre onde querque o Senhor me enviasse, emdependncia quilo que Ele poderia, eiria, fazer, por meio do Esprito Santo,para bno das almas. No vou relatartanto o que podia ver na ocasio; maspara o encorajamento dos servos doSenhor eu diria que raramente visitei umlugar, vinte anos aps haver pregado,onde no tenha encontrado algum frutopara o louvor do Senhor.Alguns podem estar prontos a perguntar

  • o que quero dizer com ir aonde quer queo Senhor me enviasse. Vou tentar citaralguns poucos casos, dentre muitos.Havia descido a Hull para fazer algumascobranas. Naquela ocasio eu estavasozinho em uma breve viagem denegcios e, por estar certo de que iriareceber as cobranas, no leveidinheiro. Encontrava-me, s onze horasde uma manh de sbado, em umareunio para orao e leitura da Palavrajunto com alguns cristos de diferenteslocalidades e, enquanto lamos, oEsprito de Deus ps em meu coraoque deveria ir a Scarborough parapregar. Fui para uma sala onde pudesseficar s e busquei o Senhor em orao, afim de certificar-me de Sua vontade

  • sobre aquele assunto. Ele deu-me umaclara certeza de que deveria ir.Seria, na poca, uma longa jornadapassando por York e eu no tinhadinheiro para a passagem. Mas o Senhorj sabia disso. Peguei minha mala eavisei queles com quem me haviahospedado que me sentia claramentechamado para ir a Scarborough. Porm e no disse isto a ningum eununca tinha estado naquela cidade econhecia o nome de apenas uma pessoal. E no tinha dinheiro para pagar apassagem. Mas quando Deus d f, fmesmo. Sa da casa e caminhei at quasechegar bilheteria da estaoferroviria, quando A. J. gritou atrs demim:

  • Acabamos de ouvir que voc estsentindo-se guiado a ir a Scarboroughpara pregar amanh. Um irmo, o Sr. H.,deseja ter comunho com voc e enviouisto (acho que eram 3 libras) para pagarsuas despesas.

  • A Viagem a ScarboroughNo caminho tivemos uma leve coliso,exatamente no canto do vago onde meencontrava, o qual acabou tendo suaparede atravessada. Exceto pelo susto,nenhum de ns saiu ferido. Achei queaquilo era seguramente um sinal de queo Senhor desejava que eu falasse aPalavra a algum. Comecei a conversarcom um jovem que estava, presumia eu,voltando para casa para morrer detuberculose. Encontrei-o bem angustiadoacerca de sua alma, mas ele achava queprecisava fazer uma grande obra parapoder ser salvo. Creio que Deusabenoou a mensagem que chegou suaalma. "Est consumado" foi uma nova emaravilhosa verdade para ele. Ao nos

  • aproximarmos de Scarborough, sua me,que o acompanhava, j estava tomaravilhada com o gozo e paz de seufilho, que rogou que eu fizesse de suacasa o meu lar enquanto estivesse ali.Agradeci muito a ela, mas disse que nopoderia, j que tinha acabado de fazerum pedido ao Senhor que me impediriade aceitar o seu convite. Como eu sconhecia o nome de uma pessoa emScarborough, eu tinha pedido ao Senhorque o trouxesse estao e memostrasse quem ele era.Finalmente o trem parou. Um cavalheirose aproximou, e olhou para mimdemoradamente. E o Senhor me disse:" ele. Desci do vago, mas aindahesitei em lhe falar. Ele continuou a

  • olhar-me. Pensei em quo tolo eu haviasido em orar e no crer, portanto dirigi-me a ele: Permita-me perguntar-lhe se seunome Sr. L.? Sim, respondeu ele e seunome deve ser Stanley, de Sheffield? Sim respondi mas como vocsabe o meu nome? O Sr. J., de Hereford, estava sendoesperado neste trem para pregar amanh;e este o ltimo trem e no h outropela manh. J estava me sentindodesapontado quando meus olhospousaram em voc, e foi como se umavoz me dissesse, "Aquele Stanley, deSheffield: Eu o enviei.

  • Ele cuidou para que eu tivesse umacalorosa recepo e bastante gentereunida pela manh. Quando se prega aCristo, trata-se de algo muito abenoadosentir a certeza de ter sido enviado porEle. Evidentemente tive aquelasegurana no dia seguinte.

  • Chamado a Pregar NumNavioPouco tempo depois, eu estavanovamente em Hull, tendo pregado nodia do Senhor. Encontrava-me sentadocom o Sr. A. J. aps o jantar, quandosenti um chamado distinto para pregarem um navio. Contei ao Sr. J. e ele medisse: H um vapor mercante que saiamanh s duas ou trs horas (no melembro da hora exata) e estar cheiode comerciantes.Senti-me seguro de que estava sendochamado a pregar a bordo naquele dia.Portanto, peguei minha mala, e o Sr. J.

  • foi comigo para mostrar-me o caminho.Naquela poca no existia umaplataforma apropriada para o vaporatracar e, quando eu estava subindo pelaprancha que ia do per ao navio, este,repentinamente, moveu-se um pouco,fazendo com que a prancha casse nagua e eu ficasse dependurado naamurada do navio. Algum deu um altogrito e acabei sendo puxado a bordo,enquanto todos se emocionavam com oocorrido. Quanto a mim, fiqueicompletamente arrasado. Numacondio assim to dbil, busquei aoSenhor em orao para que Ele mefizesse voltar o nimo e me arranjassealgum ajudante a bordo. Andei emorao pelo convs cheio de gente e,

  • enquanto andava, vi um homem sentar-se. O Senhor mostrou-me que aqueleseria o que me ajudaria. Parei eperguntei se ele era cristo. Sim respondeu pormisericrdia eu o sou.Perguntei: Voc tem f? Contei-lhe entocomo o Senhor havia me enviado apregar a bordo, o quo abalado e fracoeu estava, e como tinha orado ao Senhorpor um ajudante. Ele levantou-se de umsalto e disse: F e ao, homem! e saiucorrendo.Foi a que me senti pior ainda. Como

  • estranha a maneira como o Senhorprepara os Seus servos para a Sua obra.Eu tinha chegado ao ponto dehumilhao adequado para poder serusado pelo Senhor, quando o homemvoltou com o rosto radiante: Est tudo pronto disse ele. O que que est pronto? perguntei.Ele respondeu: Consegui a permisso do capito, ealgumas pessoas j esto prontas paracantar um hino.Ele sugeriu o hino que passou a sercantado de corao. O Senhor deu-me,ento, foras para pregar o evangelho

  • durante toda a viagem, quase at Thorne,que na poca era o nome daquele lugar. medida que o barco ia fazendo as suasescalas ao longo do percurso pelo rio,as pessoas continuavam a embarcar e adesembarcar. Na poca no fiqueisabendo de uma s alma que pudesse tersido salva naquele dia. Eu preguei atarde toda, at noite.

  • Um Sermo de CinquentaQuilmetrosMuitos anos depois, quando j haviaquase me esquecido daquelaexperincia, ao terminar de pregar emBirmingham, um cavalheiro aproximou-se e disse-me: Ouso afirmar que voc no se lembrade mim.E realmente eu no me lembrava dele.Ele perguntou: Voc se lembra de haver pregado umsermo de cinquenta quilmetros decomprimento?Respondi que no me lembrava.

  • Bem disse ele Voc se lembrade ter pregado subindo o rio, de Hull aThorne, por uma distncia de cinquentaquilmetros ou mais?Ento me veio lembrana claramente.Ele era agora um ministro wesleyano, edisse-me: H muito que desejo v-lo.Tinha sido ele quem havia me ajudadoto gentilmente naquele dia. Contou-meque, depois daquilo, estabeleceu-se emSelby e visitou as diversas cidades epovoados ao longo do rio, onde o vaporfazia suas paradas, encontrando pessoasque haviam sido salvas naquele diasubindo o rio. Dessa forma, depois demuitos dias o Senhor nos d prova do

  • que diz: "Assim ser a Palavra que sairda Minha boca: ela no voltar paraMim vazia, antes far o que Me apraz, eprosperar naquilo para que a enviei."(Is 55:11). Oh, poder pregar com totalcerteza de que as almas sero salvas!Que gozo ser na presena do Senhor,em Sua vinda, podermos ver os milhares(quem sabe?) de almas que foramlevadas a Ele, pelas riquezas da Suagraa, por meio de Seus fracos servos!Oh, quo profunda a misericrdia, queno somente nos salvou do inferno, masque nos usa como canais demisericrdia para outros. O apstolopodia dizer: "Porque, qual a nossaesperana, ou gozo, ou coroa de glria?Porventura no o sois vs tambm diante

  • de nosso Senhor Jesus Cristo em Suavinda?" (1 Ts 2:19) Que eu saiba, nuncavi nenhum desses queridos filhos aolongo do rio. Sem dvida, a esta altura,aps tantos anos, muitos deles j estocom o Senhor. Devo encontr-los naglria, que j est to prxima.

  • CAPTULO 4

    Um Capito AleijadoLembro-me bem de um incidente,acontecido na poca, que poderencorajar muitos pais orao. Mais desetenta anos antes, uma me piedosahavia entregado seu beb ao Senhor, naf de que a criana seria convertida eiria encontr-la nas alturas; e foi nessasua f que ela partiu, para estar ausentedo corpo, mas presente com o Senhor.Por setenta anos no houve um sinal deque a orao tivesse sido respondida.A criana cresceu, tornando-se umhomem negligente e mpio, um capitodo exrcito. Ambos os seus calcanhares

  • haviam sido arrancados pelo estilhaode um morteiro. Agora ele estava velhoe aleijado. Foi levado para ouvir aPalavra, tendo sido carregado paradentro da sala lotada. Naquela noite oEsprito guiou-me a pregar sobre"Mefibosete". Descrevi a completaperdio do pecador, sua condio dealeijado, e a bondade de Deusdemonstrada em Cristo, no somente porhaver entregado a Cristo para morrerpelos nossos pecados, mas por buscar opobre pecador, tal como est, para lev-lo Sua prpria presena, do mesmomodo como Davi ordenou que sebuscasse a Mefibosete, que era coxo deambos os ps. E continuei, dizendo: Agora, voc pobre e velho pecador

  • aleijado, voc foi trazido para apresena de Deus esta noite; onde estvoc?O velho capito sentiu que era Deusfalando com ele; que era Aquele quesabia tudo a seu respeito e, tentando selevantar, gritou: Estou aqui!Deus salvou sua alma naquela noite,respondendo, assim, s oraes de umame; todavia Ele o fez Sua prpriamaneira e no Seu devido tempo. Foiagradvel ver aquele querido capitoregozijando-se em Cristo Jesus esentando-se mesa do Rei como umfilho do Rei, "e ele era coxo de ambosos ps". (Leia 2 Samuel 9, em conexo

  • com esta histria da graa de Deus.).

  • Chamado a ScarboroughNuma noite de sbado, estvamos tendouma pequena reunio de orao quandorecebi um chamado bem claro de quedeveria voltar novamente a Scarboroughno dia seguinte para pregar. Fui paracasa, mas, nessa ocasio, minha queridaesposa no achava que era da vontadedo Senhor que eu fosse. Pedi ao Senhorque, se fosse a Sua vontade, Ele nosdesse, a ambos, o mesmo pensamento arespeito. Aps orar, fui para a cama eadormeci. s duas horas da madrugadaachei-me em p, com o Senhor medizendo: "Voc deve ir a Scarborough.Acordei minha esposa e agora ela tinhao mesmo pensamento. Preparei, emsilncio, um breve caf da manh e

  • caminhei at estao. Havia um tremcom destino a York e embarquei nelepela f. Depois de esperar um pouco emYork, descobri que havia, naquelapoca, um trem para Scarborough no diado Senhor pela manh. Cheguei l porvolta das nove horas. Achei melhor nochamar ningum at que chegasse a horaem que alguns cristos iriam se reunirpara, em conformidade com asEscrituras, partir o po em nome doSenhor Jesus.Andando pela praia, vi G. A.caminhando devagar, cabisbaixo. Fuiatrs dele e, colocando a mo em seuombro, cumprimentei-o: Como vai?

  • Bem respondeu ele virando-separa mim. Isto at parece ser umarepreenso: O Sr. B. foi chamadorepentinamente para um funeral emLondres, justamente hoje, quando haverum grande grupo de pessoas no salo dereunies noite. Estava sentindo-metriste por pensar que no haverianingum para pregar, e agora o Senhorenviou voc!Aqueles que nunca experimentaram essetipo de direo to precisa no podemter nem ideia da solenidade que traz.

  • A Maleta do SenhorNaqueles dias havia outro fator quedava grande motivao pregao doevangelho e concedia o enorme prazerde se poder desbravar um novo terreno. que, como sucede ainda hoje, erafrequente ir a uma cidade ou povoadoonde raramente se encontrava uma almaque desfrutasse da certeza da redenoeterna. Se perguntssemos o significadode Hebreus 10:2-14, no eram capazesde responder. E ainda hoje, mesmoaqueles que so cristos genunos notm muito mais do que uma esperana deque sero salvos. Assim sendo, quasesempre se pode encontrar almas vivendosob a lei e, portanto, escravizadas. Eraminha alegria poder ir por toda a

  • Inglaterra pregando o completoevangelho de Deus.Eu no era, de modo algum, rico nosbens desta vida, mas, mesmo assim,sempre tive meios para ir e pregaraonde quer que o Senhor me enviasse.Talvez o leitor deseje saber como istopodia acontecer. Eu direi. Eu tinha umamaleta que eu chamava de maleta doSenhor. Qualquer coisa que me fossedada pelo povo do Senhor para asdespesas de viagem era colocadanaquela maleta e, por todos aqueles anosde trabalho no evangelho, nuncaconsegui alcanar o fundo dela. E assimfoi, at que o Senhor me deu o privilgioainda maior de Atos 20:35.

  • Relatarei agora como o Senhor iniciou aSua obra em diversos lugares, emborasejam apenas alguns poucos exemplostirados dentre muitos.

  • Um Funeral CatlicoA cidade de York esteve em meupensamento por alguns meses e comfrequncia eu havia buscado o Senhorem orao acerca disso. Certo dia euretornava para casa, vindo deScarborough, e dispunha de quase trshoras para esperar uma conexo emYork. Ao caminhar por uma ponte,elevei meu corao em orao e pedi aoSenhor que, se fosse Sua vontade, eupudesse pregar a Palavra ali; e que Eleme conseguisse uma audincia naqueledia. Enquanto estava em orao vi umagrande multido contornando o castelo.O Senhor me disse: "Siga aquelamultido. Descobri que estava paraacontecer o funeral de alguma

  • autoridade catlica. Caminhamos atprximo a um amplo galpo, quandocomeou a chover e as pessoas correrampara o galpo que ficou lotado. Sentique era a vontade do Senhor que eu medirigisse parte da frente do galpo.Abri minha Bblia e li as palavras:"Bem-aventurados os mortos que desdeagora morrem no Senhor." (Ap 14:13).Um grupo bem grande de pessoasaproximou-se, ficando de frente paramim. Algumas centenas escutaram aPalavra com visvel ateno. Oscatlicos romanos pareciam pensar queeu era um deles e se acotovelavam paraachar um lugar mais prximo de mim.Fui guiado a tratar primeiro da bem-aventurana daqueles que agora dormem

  • em Cristo. No fiz referncia quepoca o texto se aplica; mas expliqueide uma maneira geral o quo bendita aalma que parte deste cenrio para estarcom o Senhor. Ento mostrei que aPalavra no diz: Bem-aventuradosaqueles que morrem na igreja CatlicaRomana ou nas igrejas Protestantes, masNO SENHOR. Isto causou certaagitao e, ento, uma ateno aindamaior, enquanto eu procurava mostrarnas Escrituras o que estar "no Senhor".Quando terminei, um homem perguntou-me, em alta e clara voz, que todospuderam escutar: Terei entendido voc dizer que umhomem pode saber ainda nesta vida que

  • est salvo e que tem vida eterna?Aquela pergunta, e a resposta que seseguiu, pareceu ter um grande efeitosobre muitos, medida que eu mostrava,nas Escrituras, que um privilgio detodos os que creem saber que estojustificados de todas as coisas e tm pazcom Deus. Pois a Palavra diz: "Seja-vospois notrio, vares irmos, que porEste se vos anuncia a remisso dospecados. E de tudo o que, pela lei deMoiss, no pudestes ser justificadospor Ele justificado todo aquele quecr." (At 13:38,39). Se cremos em Deus,como poderemos duvidar do que Elediz: "Seja-vos notrio"? Outraspassagens foram citadas e, to logoterminei minha resposta, o dirigente do

  • funeral aproximou-se de ns, estandocerca de duas horas atrasado. Novamos dizer que aquilo tudo tenha sidoestranho, pois no o seria se andssemosmais na f.

  • Os Sinais dos TemposPouco tempo depois, senti-me guiado air pregar em York, no grande espao domercado, que chamado de Pavimento.Coloquei um pequeno cartaz, "PalestraSobre os Sinais dos Tempos. Isso foina poca da agitao poltica a favor dovoto, bem no auge da crise. De algummodo espalhou-se uma notcia de que euera um poltico pertencente ao partidoextremista que advogava o sufrgiouniversal, e que tinha vindo para incitara cidade revoluo. O prefeito mandoume buscar e, como eu fosse apenas umcristo que no pertencia a nenhumadenominao, ele ficou semcompreender e concluiu que o boato erafalso. Ainda assim, achou melhor fazer-

  • me acompanhar de uma grande forapolicial para manter a ordem. Issocausou um imenso afluxo de pessoas queencheu todo o mercado. Eu estava muitofraco e quase tive que ser ajudadoquando subi numa cadeira para falar. algo solene pregar para algunsmilhares de almas, todas elas devendopassar em breve para a eternidade.Frisei bem o juzo vindouro das naesexistentes, por ocasio da vinda gloriosade Cristo. Ento mostrei aos cristoscomo o Senhor vir antes e os levarpara Si (Joo 14:1-3; 1 Tessalonicenses4:13,18). Naquela poca, na cidade deYork, isso tudo era uma grandenovidade. E a pregao prosseguiu atque o cu se escureceu e foi-se

  • formando um temporal com raios etroves. Com um cenrio assim, aquelaacabou sendo uma noite inesquecvelpara muitos.Eu deveria ter contado que ouvira falarde um cristo chamado S. e, emboradesconhecido dele, fui sua casa antesda pregao e perguntei-lhe se mepermitiria usar sua casa para pregar aCristo s dez horas daquela noite. Eleolhou-me meio surpreso, mas consentiu.A pregao no mercado terminou umpouco antes das dez e ento convidei atodos os que estivessem angustiados, ouque desejassem conhecer mais sobre oassunto, para que fossem comigo casadaquele irmo. A maior capela dacidade teria ficado cheia. A pequena

  • casa ficou lotada, e nos estendemos at meia-noite.Naquela noite o Senhor havia enviado oSeu servo, o agora j falecido T. S., deLeeds, para trabalhar em York. Elechegou tarde, foi para o lugar ondeficaria hospedado e no ouviu falarcoisa alguma acerca de nossas reunies.Na manh seguinte, bem cedo, o Senhoro guiou quela mesma casa; e ali a obracomeou, sendo tambm ali estabelecidaa mesa do Senhor na cidade de York.Logo a obra cresceu e o Senhor enviou oSeu querido servo, o tambm j falecidoW. T.

  • CAPTULO 5

    A Volta do SenhorNo muito tempo depois fiz minhaprimeira visita a Southport. Naquelapoca era um lugar relativamentepequeno. Por ocasio da minha chegada,um srio acidente e se me recordocorretamente, um acidente fatal haviaocorrido nas dunas. Fiquei fortementemovido a pregar o evangelho nas dunas,mas o povo estava espalhado por todosos lados na extensa praia. Falei, noentanto, a um homem, e descobri que eraum crente. Pedi que permanecesse alienquanto eu lia uma passagem daPalavra de Deus. Ele assim fez. Subi em

  • uma pequena elevao de areia, ondehoje est o passeio pblico. Enquantovacilava para poder comear, fiz umpequeno buraco na areia e coloquei osps dentro dele. Quando comecei a ler ocaptulo, pessoas vieram de todos oslados para ouvir.Aps a pregao anunciei uma palestrasobre a "Segunda Vinda do Senhor" etivemos, segundo nos disseram, duas milpessoas para escutar a Palavra em umamplo vale de areia, a meio caminho deChurch Town. Logo aps comear, noteique um homem de idade avanada veiose aproximando por entre o povo esentou-se na areia bem na minha frente.Pouco depois ele se levantou de umsalto, permanecendo ali maravilhado e

  • extasiado. Seu nome era J. H., de ChurchTown, e j faz muito tempo que partiupara estar com o Senhor, embora aindaexista quase uma colnia dedescendentes seus morando naquelelugar. O Senhor havia despertado aquelequerido cristo em um local toimprovvel como aquele. O EspritoSanto tinha aberto seu entendimento paracompreender as Escrituras e paraaguardar o Senhor Jesus vindo do cu.Como na parbola das dez virgens, hmuito que a igreja dormia ao redordesse irmo. Deus ensinou muitas outrasverdades preciosas ao Seu idoso servo,como aquela que trata da cristandadeapostatando de sua vocao celestial.Aps ter permanecido s por muitos

  • anos, ele foi intensamente tentado. Eleestivera orando fervorosamente aoSenhor para que enviasse pelo menosum de Seus servos para confirm-lo naverdade. Um jovem lhe contara arespeito da palestra e o trouxera paraouvi-la. Mas quando ouviu, pelaprimeira vez, a bendita verdade da voltado Senhor, exatamente como o Espritolhe havia ensinado, quase no podiaconter-se de tanto gozo. E foi assim quecomeou aquela obra que resultou emcristos sendo reunidos ao Senhor Jesusem Church Town e Southport. Sim,naqueles dias muitas almas passaram damorte para a vida nas areias deSouthport e ao ar livre em Church Town.Ao Deus de toda a graa seja toda a

  • glria.Enquanto estava envolvido em talservio, meu Deus e Pai achou por beme necessrio me afligir. Possoverdadeiramente dizer: "Foi-me bom tersido afligido, para que aprendesse osTeus estatutos". (Sl 119:71) Pordiversas vezes tive graves e repetidashemorragias dos pulmes, at chegar beira da morte pela tuberculose. Passeium inverno em Torquay em 1850 epoucos achavam que eu voltaria vivo. ODr. T. disse-me que um pulmo tinha seacabado quase que totalmente e que eudificilmente conseguiria viver no norte;mas que poderia, como um invlido,viver no sul. Houve muita orao portoda a Inglaterra e o Senhor ouviu e

  • respondeu; e por 37 anos desde entotenho sido fortalecido para pregar acentenas, s vezes milhares, de pessoas,usando somente um pulmo.

  • LydiaQuando era incapaz de pregar a grandesmultides nas cidades, o Senhor medava grande gozo e bno no trabalhonos povoados. Darei aqui um exemplo.Uma humilde viva convidou-me para ir sua casa em W.-on-D. Fui, e ela pediua alguns cristos professos que fossemme encontrar. Eles estavam seguros deno haver necessidade de nenhumapregao em W., mas, segundo eles, aalguns quilmetros havia um povoadobastante carente, habitado por rudesoleiros e trabalhadores das minas decarvo. Imediatamente veio-me a certezade ser aquele o lugar onde deveriapregar. Fui e preguei numa casa alinaquela tarde e noite. Doze meses

  • depois me senti guiado a voltar l. Devodizer que, com frequncia, vejo como importante ser guiado exatamente aolugar certo do povoado, especialmentequando se prega pela primeira vez emuma localidade. Naquela ocasio fuidirigido a ficar exatamente de frentepara a pequena casa de W. M. O nomede sua esposa era Lydia. claro queeram todos estranhos para mim. Aquelaspessoas eram, naquele tempo, totalmenteavessas quilo que chamavam dedissidentes e, suponho, no teriamandado vinte metros para me ouvir.Eu estava falando sobre a purificao doleproso (Levtico 14). Lydia estavapassando pelo jardim de sua casaquando me escutou dizer: O passarinho

  • solto. Isto despertou sua curiosidade eela aproximou-se do porto para saberde que passarinho eu estava falando. Elaouviu com grande ateno, enquantoaprendia que um pssaro apontava paraa morte de Jesus por causa dos pecadosdela; enquanto o outro era mergulhadono sangue do pssaro que fora morto e,aps o sangue ser espargido sobre opobre leproso, o pssaro era solto paravoar, mostrando que o leproso estavalimpo. Ela ouviu que isso mostravacomo Deus declara, pela ressurreio deJesus, a nossa justificao; ela ouviu quese o passarinho fosse solto o leprosoestaria limpo. Se Jesus, nossoSubstituto, que morreu por nossospecados, est ressuscitado, ns, crendo

  • em Deus, somos justificados de todas ascoisas. Lydia nunca antes soubera o quea ressurreio de Jesus tinha a ver com anossa justificao; e ficou imensamentecativada. Ela no pde deixar de ouvirnovamente naquela noite.Lydia se converteu, ou talvez, como umaalma despertada, encontrou paz. Ela etoda a sua famlia, desde sua idosa mej com mais de oitenta anos, at seu netocom cerca de quatro anos, foram salvos.Tivemos pregaes ali por sete dias doSenhor, quando, ento, a mesa do Senhorfoi estabelecida na casa de Lydia,continuando ali por muitos anos, at sermais tarde removida para W. Foramtreze pessoas que se reuniram pelaprimeira vez para obedecer ao Senhor

  • no partir do po. Isto me traz memriauma das mais marcantes demonstraesda graa do Senhor como jamaispresenciei. Aconteceu no mesmopovoado alguns anos depois.

  • Pregao na OlariaCerta noite tivemos uma pregao doevangelho na Olaria, logo depois do fimda jornada de trabalho. Foi feita em umdos grandes galpes, chamado de Salade Modelagem. Certo nmero detrabalhadores das minas tambm tinhavindo, logo aps terem sado dos tneis.Era um grupo de aparncia estranha,alguns brancos como trabalhadores demoinhos de trigo, e outros negros comolimpadores de chamins. Foi umapregao bem calma, tendo a Palavrasido pregada apenas com esperanosaf; e havia um sentimento profundamentesolene em todo aquele grupo.No final, repeti os versculos das

  • Escrituras, vagarosamente: "Na verdade,na verdade vos digo que quem ouve aMinha palavra, e cr naquele que Meenviou, tem a vida eterna, e no entrarem condenao, mas, passou da mortepara a vida". (Jo 5:24) E tambm:"Seja-vos pois notrio, vares irmos,que por Este se vos anuncia a remissodos pecados. E de tudo o que, pela leide Moiss, no pudestes serjustificados, por Ele justificado todoaquele que cr". (At 13:38) No fiz nemmesmo um simples comentrio, mashavia o profundo sentimento de queDeus, o Esprito Santo, estava falandoestas palavras aos pecadores perdidos eculpados. Voc j viu o vento passar porum campo de cereais, dobrando cada

  • folha e caule. Foi exatamente assim. Adivina presena passou sobre a reunio,de um extremo ao outro, e inclinou cadacorao e cada cabea. Um profundosuspiro foi ouvido de um lado ao outro;muitos caram, alguns em figura, outrosse recostando parede. Pairava sobre olocal um silncio profundo, quebradoapenas pelos soluos.Ento os cristos que estavam presentescomearam a conversar com osconvertidos. Darei um exemplo. D. M.disse a um, que havia sido um jovemleviano e estava ali recostado contra aparede: David, voc deseja sinceramente sersalvo?

  • No respondeu ele eu j estousalvo; eu tenho vida eterna.David havia passado da morte para avida, e a nova criao havia sidomanifestada nele em sua totalidade.Hoje ele j partiu para estar com oSenhor. Foram dirigidas algumaspalavras a alguns, mas foi o Senhor queabriu seus coraes para receberem aSua Palavra. Eles escutaram as Suaspalavras, eles creram que Deus haviaenviado a Cristo, e o Esprito deu-lhesf para crerem naquilo que Ele haviadito. E acaso no este um momentoprecioso, quando o ouvido aberto paraque escute a mensagem de perdo depecados que vem de Deus e para quesaiba, ento, que j est justificado de

  • todos os pecados, pois Deus assim odeclara? Mas o que foi por demaismarcante foi o que Lydia, uma cristcom uma capacidade de julgar bemapurada, disse-me anos depois daquelareunio. Ela havia acompanhadocuidadosamente o resultado e no tinhadvidas de que cada incrdulo daquelareunio havia sido convertido. E, ou jtinham partido para estar com o Senhor,ou eram provas vivas da graa de Deus.Querida Lydia! Um dos primeiros frutosnaquela regio; ela, seu marido equantos mais, que foram convertidos napoca que eu descrevi e que seencontram agora com o Senhor!H poucas alegrias mais profundas ereais do que vermos nossos filhos no

  • Senhor partirem em paz. Que cena deperfeita paz e calma podia-se ver naface da idosa Lydia, quando jazia nosono da morte! Que maravilha servermos, naquela manh por demaisradiante para os olhos mortais, osmilhares assim abenoados pela Palavralevantando-se na glria de Cristo paraencontr-Lo nos ares! Ser que voc,querido leitor, estar ali, ou porventuraser deixado de fora para sempre?

  • Os "Folhetos Ferrovirios"Meu corao se prende quele trabalhonas aldeias, mas devo me transportaragora a outras paragens. Gostaria derelatar como o Senhor colocou em meucorao escrever os "FolhetosFerrovirios" e tudo o que aconteceupor meio deles. Eu tinha estadopregando a Palavra em Tetbury, aondeia com frequncia naqueles dias. Nossoirmo W. falou-me: Por que voc no publica alguns dosincidentes da obra do Senhor queaconteceram nos vages dos trens?Estou certo de que o Senhor poderiaus-los.Eu respondi que nunca havia pensado

  • naquilo, porm ele insistiu que eu ofizesse. Senti que o Senhor estava mefalando assim para fazer aquilo paraEle, esperando poder usar os folhetospara a bno das almas. Quo pouco euimaginava, naquele momento, a maneiracomo o Senhor os usaria em muitaslnguas por todo o mundo. Foramescritos os quatro primeiros "FolhetosFerrovirios" e muitas almas j foramsalvas por meio do Esprito de Deususando aqueles pequenos folhetos.Tambm escrevi o folheto "O que oSbado?" e vou expor algumas dasrazes de haver escrito cada folheto.Busquei a Deus para que me concedesseescrever exatamente o que Ele desejava,capacitando-me a escrever com

  • simplicidade e sem nenhum adorno. Pedique nunca me deixasse escrever com umsentimento de parcialidade, mas quepudesse escrever para toda a igreja deDeus, ou o evangelho para todo pecador.Pedi ainda que, em cada acontecimentorelatado, Ele me desse as palavrasexatas; que me fizesse relembrar omelhor possvel.

  • Mais FolhetosAssim, tem sido um hbito constanteescrever folhetos, j que creio que oSenhor me guiou a faz-lo. O mesmoaconteceu com folhetos como"Mefibosete", "Jos", "Rute", "Jnatas","J", "Neemias", etc., etc. Estes foramescritos depois de eu haver pregadosobre os mesmos temas em diferentespartes do pas durante um perodo demais de quarenta anos. Creio queraramente o Senhor me guiou a pregar ahistria de Mefibosete, indicando aCristo, sem que almas fossemconvertidas. Ele tambm tem Seagradado em usar, com frequncia, cadafolheto que lido ou contado a enfermosou moribundos, ou pregado por outros.

  • O Sr. M. contou-me que pregou amensagem deste folheto em quase todacidade e vila dos Estados Unidos eacredita que nunca o tenha feito sem quealmas fossem levadas a Deus. Serianecessrio todo um volume s paracontar o grande nmero de casos que oSenhor permitiu que eu ficasse sabendo.Oh! Com que frequncia nosso Deus ePai, pelo Esprito Santo, Se agradou emusar um folheto em lugares tenebrososda Inglaterra, onde todas as portaspareciam fechadas luz do evangelho.H mais de trinta anos foi-me contado oque aconteceu com um folheto, que creioter sido um denominado "Despedaado",entregue a uma mulher em Rutlandshire.Ela ficou doente e o Senhor concedeu

  • paz ao seu corao por meio destefolhetinho. Ela morreu segurando-o emsua mo. O pedido que fez ao seumarido antes de morrer foi que ele olesse a seus filhos. Depois de suapartida, aquele folheto foi uma bnona converso de oito pessoas. Muitoscasos similares aconteceram e muitosdeles na Amrica, ndia e Austrlia. Voucitar um.

  • O Pastor de OvelhasO administrador de uma grande fazendade criao de ovelhas, no interior doserto australiano, encontrou um pobrepastor de ovelhas morrendo abandonadoem um lugar distante, profundamenteamedrontado com a perspectiva damorte e do juzo. No havia ningum porperto para indicar-lhe o caminho aCristo. O jovem cavalgou uma longadistncia at sua casa a fim de pegar umfolheto e l-lo ao moribundo. Deus falou sua alma. Ele partiu daquele ermoserto para estar com o Senhor, o que muito melhor.E quantos, dentre uma classe tointeressante como a dos marinheiros,

  • foram abenoados por um folheto. Certodia eu caminhava em Glasgow quando oCapito G. (agora falecido) meencontrou e disse: Devo contar-lhe um caso muitointeressante, de como o Senhor quisabenoar o folheto "Vitria". Duranteminha ltima viagem, um de meusmarinheiros ficou muito doente eansioso acerca do estado de sua alma.Pedi ao imediato que segurasse almpada enquanto eu lia o folheto"Vitria"; e aprouve ao Senhor usar aleitura daquele folheto tanto para aconverso do pobre homem, comotambm do imediato. O homem morreuem paz e seu corpo foi sepultado no mar.

  • Aquela foi a ltima vez que encontrei ocapito G., pois algum tempo depois elenavegou, com seu imediato, para asndias Ocidentais e seu navio nuncamais foi encontrado.

  • O Hindu e o MuulmanoEstou certo de que Deus Quem Seagrada de usar esses pequenos folhetos,pois so, em si mesmos, inigualveispara atender a certas ocasies. Veja esteexemplo: Um pobre mineiro hindu, emDemerara, estava em grande angstiaacerca de sua alma. Ele tinha um amigo,um muulmano, que estava bastantepreocupado com sua angstia. Omuulmano disse-lhe: Creio ter um folheto que podertrazer-lhe o alvio que procura.Ele leu e traduziu o folheto "TeusPecados Te So Perdoados". Ambosconverteram-se a Cristo e tornaram-sepregadores do evangelho. No entanto,

  • para o raciocnio humano, nada havianaquele papel que pudesse produzir umresultado to maravilhoso. Deus Seagradou em usar Sua prpria Palavraimpressa naquele folheto.O mesmo folheto foi usado da seguintemaneira para um infiel que estava morte em Sheffield: Aquele homemrecusava-se a ler qualquer coisa ou areceber a visita de qualquer pessoa quefalasse de Cristo. Era uma alma que sedirigia ao inferno em trevas eincredulidade. Uma mulher dobrou ofolheto em sua mo, de modo quesomente o ttulo pudesse ser visto,ficando o folheto escondido. Ela abriu amo diante dos olhos do homem eperguntou:

  • Voc consegue ler isto?Ele leu as palavras: "Teus Pecados TeSo Perdoados". Foi o comeo. EraDeus falando sua alma. Sim, Deusdisse, "Teus pecados te so perdoados".O homem falou: O que? Os meus pecados?! Serpossvel que sejam os meus pecados?!Enquanto os pecados de sua vidapassada apareciam diante dele, Deus,em infinito amor pelo nome de Cristolhe falou: "Teus pecados te soperdoados". Pela graa divina ele creuem Deus e, no dia seguinte, j estava nocu. Quem poder medir ou limitar agraa de Deus? Poderia contar centenasde casos, mas devo agora voltar

  • maneira como o Senhor tem me guiado.

  • CAPTULO 6

    O "Bell-Man" importante buscar o Senhor todos osdias, para a direo do Esprito Santo,pois nunca sabemos quando ou onde Elepoder nos usar em soberana graa.Certa vez eu estava viajando de Bristol,onde estivera pregando, a Tetbury, enunca tinha estado naquela parte do pasantes. Ao chegar a Wootton-under-Edge,dispunha ainda de algum tempo antes deseguir viagem. Eram cerca de cincohoras da tarde de um dia quente napoca da colheita, e mal se podia veruma pessoa na pequena cidade. Eusentia claramente do Senhor que deveria

  • pregar o evangelho ali naquela tarde, noentanto parecia no haver pessoas squais eu pudesse pregar. Parecia quequase todos estavam trabalhando noscampos. Ainda assim a convico deque eu devia pregar permaneceu. Pegueialguns folhetos e os entreguei ondeconsegui encontrar algum. Estava emuma pequena loja, falando a uma mulheracerca de sua alma, quando um homemsubiu a rua correndo, com o rostomolhado pelo suor. Entrando na loja,perguntou-me: Por favor, acaso voc um pregadordo evangelho? Sim respondi pelamisericrdia de Deus; mas, por que

  • voc pergunta?Ele respondeu Eu sou o bell-man*, e se voc forpregar hoje eu anunciarei.[Nota: * bell-man = pregoeiro que andavapelas ruas das pequenas cidades tocando umsino e dando notcias e anncios.]

    Bem disse-lhe eu tinha em meucorao um grande desejo de pregar oevangelho aqui hoje, mas no vejoningum a quem possa pregar. Diga-me,por que voc veio correndo tanto e mefez essa pergunta?Ele respondeu: Eu estava trabalhando no campo euma mulher passou dizendo-me que

  • havia algum distribuindo folhetos emWootton. Senti como se uma voz medissesse: Corra, pois deve haver umapregao em Wootton hoje. Foi por issoque deixei meu trabalho e vimimediatamente.J que ele era o bell-man ,instintivamente enfiei minha mo nobolso para dar-lhe uma moeda. Oh, no, senhor disse ele Euno quero o dinheiro; eu quero quealmas sejam salvas! e o tom sincero esolene de sua voz confirmava suaspalavras.Em meia hora ele j havia tomadobanho, anunciado a pregao, eestvamos caminhando em direo a

  • Chipping para pregar. Para o raciocniohumano parecia impossvel conseguiralgum para ouvir a pregao.

  • Pregao PortaAssim que samos da cidade, passamospela casa de um cavalheiro nossadireita. O Esprito de Deus fez-me parare guiou-me claramente para que ficassesobre os degraus, em frente portadaquela casa na sada da cidade. Ataquele momento, cerca de meia dzia depessoas tinham se reunido e ficaram minha frente. Sugeri um hino:

    Tal qual estou, eis-me Senhor,Pois o Teu sangue remidor

    Verteste pelo pecador; Salvador, me achego a Ti!

    Havia poucas pessoas para escutar; maseu estava bem motivado a mostrar-lhesas sobrexcelentes riquezas da graa de

  • Deus, recebendo o pecador tal qual est;e isto em perfeita justia, por meio daobra completa de Cristo. No se tratavatanto do gozo do prdigo, mas do gozodo Pai em receb-lo. Descobri depoisque o senhor e a senhora que moravamnaquela casa, ao escutarem algumcantando em frente sua casa, vierampara a porta, que estava atrs de mim, eescutaram cada palavra.Quando terminei, o cavalheiro, que eramdico, rogou que eu entrasse para versua idosa me no andar de cima.Enquanto lgrimas de gozo rolavam porsua face, ele disse-me: Eu nunca escutei isso antes: achavaque era preciso trabalhar muito para ser

  • salvo e, no entanto, agora ouo que tudoj foi feito e que Deus tem gozo emreceber-me tal qual estou.Encontrei a idosa senhora em sua cama,e ela tinha escutado cada palavra, j quea janela de seu quarto estava exatamentesobre o lugar onde eu pregara.Aqueles acontecimentos j tinham quasefugido de minha memria quando, anosdepois, estava pregando em Cheltenhame uma senhora de l me contou que oSenhor abenoara a Palavra aquele diapara a converso do mdico, de suaesposa e tambm de sua idosa me que aescutara pela janela. O mdico e suame j haviam partido para estar com oSenhor. Acaso no verdade que Ele

  • "compadece-Se de quem quer"? (Rm9:18) At quele dia, o mdico tinhaestado envolvido na escura nuvem doritualismo. Que contraste, ento, quandoo evangelho ouvido pela primeira vez.Quo bendito quando o Senhor abre osolhos do cego.

  • Pregando em LlandudnoHavia, com frequncia, muita bnonaquele tempo quando pregava emlugares beira-mar. Em Llandudnohouve um notvel interesse durante vintee um dias. Eu nem tinha que anunciar;bastava subir a Orme's Head e o povome seguia, e tnhamos uma pregao nacolina. Houve muita confuso certa noitequando um clrigo ritualista contratouuma banda para tocar e abafar o som doevangelho. Houve um granderessentimento por parte das pessoas.Vrios clrigos e autoridades ficaram domeu lado naquela noite. Avisaram-meque entrasse numa casa enquantoacalmavam o povo que, comdificuldade, foi impedido de atirar os

  • instrumentos no mar. Depois de algumtempo tudo ficou tranquilo de novo, econtinuei a pregar. Aquela foi umapoca extraordinria, quando no podiasair de casa sem que encontrasse almasansiosas. E houve muitos que passaramda morte para a vida (Joo 5:24).

  • Diagrama da Vinda doSenhorHouve tambm um considervelavivamento acerca da vinda do Senhor.Foi naquela poca que, com a ajuda doCoronel B., desenhei o diagrama sobre avinda do Senhor. O dia vindouromostrar a colheita daquelas trssemanas de semeadura. "O Senhorconhece os que so Seus." (2 Tm 2:19).Foi assim que o diagrama teve origem:Eu estava falando acerca da vinda doSenhor e, por encontrar algumadificuldade em explicar a diferenaentre o atual perodo do evangelho e omilnio, que o perodo do reinado deCristo, peguei um giz e desenhei dois

  • crculos sobre o porto do jardim,dizendo: Suponham agora que um destescrculos represente o perodo atual e, ooutro, o milnio.Li, ento, as passagens que descrevem opresente perodo, durante o qualJerusalm esmigalhada e pisada,conforme Lucas 21:24. Ento, durante omilnio, o perodo do reino de Deussobre a Terra, essa mesma Jerusalmser o centro de bno para todo omundo. Muitas outras passagens foramtambm lidas para mostrar o grandecontraste entre estes dois perodos. Comas diferentes perguntas que surgiram, foitraada uma linha indicando a histria

  • dos judeus e o ministrio de Cristo antesdo incio do presente crculo de tempo.Ento, outra linha, para mostrar aascenso de Cristo ao cu, tendo os cusretido a Ele durante este perodo degraa, da parte de Deus, e de mpiarejeio da mesma graa, por parte doshomens. Ento outra linha foi marcadapara mostrar a vinda do Senhor Jesuspara buscar os Seus santos (1Tessalonicenses 4). Depois, uma linhamais curta entre este perodo, aps ossantos serem levados para se encontrarcom o Senhor: o tempo dos juzosdescritos no livro de Apocalipse. Outralinha reta de cima para baixo, paramostrar a vinda de Cristo COM todos osSeus santos, a fim de executar juzo e

  • dar incio ao reino milenial. E, no finaldaquela bendita dispensao, uma linhacurta foi assinalada para mostrar o curtoperodo no qual Satans estar solto terminando com o julgamento dosmortos; e o incio de um arco, umcrculo sem fim, para mostrar o estadoeterno. Tudo no passava de simplesrabiscos sobre o porto do jardim, masajudaram maravilhosamente a audinciaa compreender a verdadedispensacional. Como foi mencionado, oCoronel B. gentilmente desenhou tudo deforma correta em arte final. Foi esta,ento, a origem simples do folheto como diagrama sobre a vinda de Cristo.Deve ser do conhecimento de muitosleitores o modo como Deus tem Se

  • agradado de usar aquele pequenofolheto. Assim Ele d, e assim Ele usaaquilo que d.Devo omitir muitos dos incidentesdaqueles dias, alguns dos quais estorelacionados com os "FolhetosFerrovirios"; e gostaria de observaraqui que aqueles poucos incidentesforam estritamente verdicos. Foramescritos naquela poca, e cada palavra exatamente aquilo que pde serlembrado.

  • O ReavivamentoVamos passar agora poca que ficouconhecida como o tempo dereavivamento, em 1859. Eu tinha ouvidofalar dos maravilhosos efeitosconseguidos com cem gramas defolhetos evangelsticos nas terras altasda Esccia. Creio que aquela onda debno rolou por toda a Esccia. Osfolhetos eram de uma folha, "PoCado", e apenas um foi deixado emcada povoado. Fui tambmprofundamente tocado pela f de umhomem idoso que vivia na Amrica. Eletinha mais de setenta anos de idade e, dealgum modo, uns poucos folhetos tinhamchegado at ele; e ele viu o Senhorusando esses folhetos em graa para

  • muitas almas. Aquele querido anciopediu-nos que lhe envissemos umatonelada de folhetos iguais queles,prometendo envi-los por todos osEstados. Ele no tinha dinheiro parapagar pelos folhetos, mas estava certode que a f poderia confiar no Senhor dooutro lado do Atlntico e que ELEpagaria no dia vindouro. S Deus sabecomo a f daquele querido e idoso H.foi honrada. No enviamos umatonelada, mas enviamos alguns quilos, eo idoso servo do Senhor os enviou portodos os Estados Unidos.Bem, a onda de divino poder alcanou aEsccia. O querido W. T., agora j hmuito com o Senhor um homem quesempre deixou, e deixa at hoje, o

  • precioso aroma de Cristo atrs de si esteve em Glasgow e viu centenas dealmas procurando por misericrdia esendo levadas a Cristo. Ele veio mevisitar e contou acerca dos maravilhososfeitos do Senhor. Um sentimento dosmais marcantes da presena do Senhordesceu sobre mim e senti-me impelido,pelo divino poder, a ir logo aBirmingham. Um fortalecimento da f,tal como eu nunca havia antesexperimentado, e a expectativa de quealgumas almas seriam salvas, tomouconta da minha alma.O grande salo na Broad Street ficoulotado uma noite aps outra. Mesmoaps as reunies, quase todospermaneciam no local. No havia

  • excitao nas pregaes. No havia nemmesmo muitos convites ou presso sobreos pecadores. Tratava-se mais da justiade Deus em justificar o pecador e aperfeio daquela justificao no Cristoressuscitado. No entanto, sempreobservei que quanto mais Deus revelado em Cristo nas pregaes, maisduradouros so os resultados. Devehaver tambm uma inquestionvelconfiana na Palavra de Deus: de quetodos os que so levados pelo EspritoSanto a crer em Deus, SO justificadosde todas as coisas.

  • Respostas F em StaffordEnquanto aquelas reunies aconteciamem Birmingham, um irmo em Cristoveio de Stafford. Ele estava cheio de fde que Deus ali estava para abenoar asalmas. Voltando a Stafford, pediu aalguns irmos que se reunissem pararogar a Deus em orao, s seis horas damanh seguinte. Um bom nmero sereuniu para rogar ao Senhor queabenoasse a Sua Palavra naquela noite.Porm, quando aquele irmo emprestoucadeiras e bancos a fim de dispor domximo de lugares no grande salo dereunies, alguns no sabiam o que fazercom tantos lugares. Quando faltavamquinze minutos para as sete, o grandesalo ficou simplesmente lotado. Alguns

  • estavam desmaiando, mas no podiamser levados para fora. Um cavalheiroque estava presente levantou-se e disseque o perigo de superlotao era togrande que ele, como dicono de umagrande capela prxima, a abriria sob suatotal responsabilidade. Ela logo ficoucheia.Lembro-me de ter visto um homementrar embriagado. A solenidade dapresena de Deus pareceu torn-lo soimediatamente. Ele professou ter seconvertido, mas nunca mais fiqueisabendo se sua converso foi genuna.Nunca tive dvidas de que Deus estavaoperando de maneira marcante naquelasreunies. Muitos professaram estarsalvos. Alguns acabaram caindo depois,

  • por serem seus coraes como o solopedregoso; mas naquele dia vindouroser revelado o que foi obra do Espritode Deus.

  • Pregao em LeamingtonAlguns dias depois, trs de ns sesentiram guiados a ir a Leamington.Tnhamos alguns avisos impressos, dotamanho de um envelope pequeno,convidando os cristos de Leamington acomparecerem no Salo de Concertos strs horas para, em orao, rogarmos aoSenhor para que abenoasse a Palavra aser pregada noite naquele salo. Cercade duzentas pessoas se reuniram ali. Eoh, que rogo de um desejo unido emorao subiu ao trono da graa. Comodeve ter sido algo verdadeiramentebendito quando a assembleia estevereunida na unidade do Esprito, comoem Atos 4.

  • s sete, o grande salo estava cheio.Naquela noite Deus respondeu soraes. Foi a noite do nascimento demuitas almas preciosas e da libertaode muitas outras. Comentou-se quealgumas centenas de pessoasencontraram libertao e bno ali. snove horas no havia nenhum sinal deque quisessem ir embora, e a reuniocontinuou at s onze. O povo noconseguia ir embora. Havia muitosprofundamente preocupados acerca desua salvao eterna, e todas as classesde pessoas foram igualmente tocadaspelo Esprito de Deus. No foi tantodurante a pregao que isso aconteceu,mas pela simples citao das Escriturasdepois que a pregao tinha se

  • encerrado.

  • Uma Senhora UnitarianaO caso de certa senhora foisurpreendente e, ao mesmo tempo,ilustra muitos outros casos semelhantes.Ela havia sido criada com ideiasUnitarianas* destrutivas alma e acabouficando cativada ao ouvir da justia deDeus revelada na morte expiatria doSenhor Jesus. Mas isso foi enquanto eucitava aquelas benditas palavras deJesus: "Na verdade, na verdade vos digoque quem ouve a Minha palavra, e crnaquele que Me enviou, TEM a vidaeterna, e no entrar em condenao(julgamento), mas, passou da morte paraa vida". (Jo 5:24) Ela exclamou, a pontode ser ouvida por todos em redor:

  • [Nota: * Unitarianismo: doutrina herticaque nega a Trindade.]

    TEM! Oh, ser que Jesus diz TEM avida eterna?Li mais uma vez as palavras de Jesus eassegurei-lhe de que eram as palavrasdele prprio. Portanto, aquele que crem Jesus no pode ter nem sequer umasombra de dvida de que TEM a vidaeterna e no entrar em juzo, maspassou da morte para a vida. No seiqual foi o exerccio de alma que ela teveantes disso, mas nunca antes haviaentendido que Jesus era o Filho deDeus: o prprio Deus falando a ela; foiento que sentiu uma profundaconvico de seus pecados. Elaperguntou:

  • E os meus pecados?Disse-lhe que o sangue de Jesus, AqueleSer infinito e bendito, a purificava detodo pecado. No me recordo daspalavras exatas, mas a ideia era esta.Foi uma luta difcil, mas ser que halgo difcil demais para o Senhor? Elapassou da morte para a vida. Insistir emJoo 5:24 e Atos 13:38,39 foi o que lhedeu certeza de duas coisas. Ela soubeque estava justificada de todas as coisase que tinha a vida eterna. Ela creu emDeus. Esta uma amostra do queaconteceu com muitos, das 9 s 11 horasdaquela noite.Sei que alguns podem duvidar da graade Deus em tais converses

  • instantneas. Uns dezoito anos depoisdaquela noite memorvel, encontrei amesma senhora em M., e ela me contouque tinha ido quela pregao a pedidode sua me, juntamente com um grupo dejovens colegas da escola para moas.Havia ido com um estado de espritototalmente despreparado, tendo acabadode voltar de um tipo de escola-conventona Frana. Se bem me recordo, ela etodas as jovens que estavam sentadascom ela naquele banco se converteramnaquela mesma noite, e ela sabia quetodas haviam demonstrado em suasvidas, no tempo que se passou depois,que aquela fora uma obra de Deus.Assim Ele Se compadece de quem quer.

  • CAPTULO 7

    Pregando em LondresNaquela poca eu estava acostumado apregar com frequncia em Londres.Mencionei a alguns irmos que tinha emmeu corao usar o Myddelton Hall, emIslington, para uma semana depregaes. Alguns duvidaram que fossepossvel, mas muitos coraeselevaram-se a Deus em orao. Foi tudofeito em dependncia de Deus. Eu notinha nada organizado ou preparado enem ideia dos temas que iria pregar. Osalo ficou cheio todas as noites. Foramapresentados muitos pedidos escritos deorao para pessoas queridas.

  • Algo bem solene ocorreu certa noite.Assim que comeamos, algum chegoutrazendo um pedido de orao a favor deuma senhora, de uma famlia mundana,que estava morrendo sem Cristo. O Sr.G., agora j com o Senhor, acompanhouo mensageiro, enquanto nosajoelhvamos em solene e fervorosaorao. Ele encontrou a pobre senhoraem meio ao maior luxo e extravagnciaque este mundo pode produzir. Mas nohavia ningum ali que conhecesse aCristo, ou que pudesse falar algumapalavra a uma alma aflita prestes apassar da alta sociedade londrina paraas trevas exteriores e o eterno padecer.Deus respondeu s oraes. Ele abriu ocorao daquela pobre senhora para

  • receber a palavra da vida e ela foi salvaeternamente.Um sentimento extremamente solenedesceu sobre a reunio. Pudemos todossentir a eternidade bem perto de ns.Pedimos para aqueles que estivessemangustiados que passassem para umaantessala. Em poucos minutos ela estavalotada. Que cena maravilhosa aquelesjovens e velhos, ricos e pobres, com osolhos marejados e aparncia ansiosa,perguntando o que deveriam fazer paraserem salvos. Fomos obrigados a voltarao salo principal e, enquanto algunsbuscavam o Senhor em oraosilenciosa, outros falavam s almasangustiadas. O interesse parecia seaprofundar a cada noite; o grande salo

  • estava sempre bem cheio. S o Senhorsabe quantos foram os que passaram damorte para a vida.

  • Pregando na John StreetPor volta dessa poca fui convidado porB. N. para pregar na capela da JohnStreet por trs noites. O assunto era ajustia de Deus em justificar o pecador.Aps a pregao, convidamos os queestavam angustiados para que sedirigissem sala de aulas adjacente.Cerca de 200 pessoas entraram. Eraimpossvel conversar com cada umadelas individualmente. Eu estava muitoexausto para continuar falando e, porisso, o Sr. N. tomou a palavra,enfatizando o assunto com a mais docesimplicidade. Aquilo era algo notvel,pois segundo me haviam dito, ele tinhauma opinio diferente sobre o assunto.No entanto ali explicava com grande

  • clareza em como Deus era Justo emjustificar, atravs da morte eressurreio de Cristo, o pecador quenele cr.Quero frisar um pouco isto para mostrarque a pregao no tinha, de modoalgum, um carter de reavivamento. Naverdade, como disse o Sr. N. a umamigo, tratava-se mais de estudos sobrea Divindade. Estou cada vez maisconvencido de que este o tipo depregao necessria; no de excitao,mas de uma explanao clara doevangelho de Deus.

  • O Velho "Filho Prdigo"Aps as palestras do Sr. N.,conversamos com algumas pessoas edepois encerramos. Nunca meesquecerei de um caso; um idosocavalheiro, alto e refinado, com cercade setenta anos de idade, que h muitotempo estava aprisionado por trevasdesesperadoras. Eu estava falando doprofundo gozo de Deus em receber ofilho prdigo. O trabalho do pastor jhavia sido feito; Ele havia buscado emorrido pela ovelha. O Esprito j tinhadescido do cu para buscar e encontraro perdido, como fez a mulher, varrendotodo o cho em busca de sua moeda deprata que estava perdida. E agora o Paiem justia e graa podia encontrar e

  • receber; podia beijar e vestir o filhoprdigo. Escutei um profundo suspirovindo daquele velho nobre ou quefora um nobre no passado. Ele falou: Gastei tudo. Gastei minha sade,minha fortuna, todo conforto, esposa,filhos, tudo se foi; aqui estou,mergulhado em pecado e misria. impossvel descrever a agonia etristeza daquele velho homem.Colocamos o evangelho diante dele econfiamos na graa de Deus, a qualresplandeceu em sua alma imersa emtrevas. Onde estar ele agora?H muitos que professaram haverencontrado paz. Porm prefiroconsiderar que o Senhor usou aquelas

  • trs pregaes especialmente paramuitos que j eram filhos de Deus.Naquela poca recebi convites parapregar nas grandes capelas de Londres,mas senti-me mais guiado a pregar emsales pblicos, salas de reunies, etc.

  • Nos Condados do OesteTentarei agora descrever uma semanaque passei nos condados do oeste. Fuihospedado por uma senhora crist emIpswich, aps t-la encontrado emBirmingham. Mal tive tempo de tomaruma xcara de ch aps minha chegadade Londres, j que havia uma grandeaudincia esperando no salo dereunies, s sete horas daquela noite desbado. Dirigi-me ao salo, sugeri umhino, mas senti um branco total emminha mente. No me ocorria nenhumversculo ou pensamento. Ajoelhei-mepara orar e, no entanto, continuava umbranco em minha memria. Quando melevantei, um versculo surgiu em minhamente, "Portanto agora nenhuma

  • condenao h para os que esto emCristo Jesus". (Rm 8:1) Murmurei:"Senhor, vou ter que falar sobre isto deum jeito ou de outro. Li os versculos.Aquela noite jamais ser esquecida.Anos depois, encontrei uma senhora queme contou que ela, seus irmos e irmsreceberam bno naquela noite. Eleseram bem jovens. E muitos outros,principalmente os jovens, foram levadosa Deus.No dia seguinte, dia do Senhor,estvamos pregando no mercado deNeedham s duas e meia da tarde. Haviatanta gente que era impossvel todosentrarem, e o poder de Deus podia sersentido. noite o salo de reunies emIpswich ficou lotado. Uma avalanche de

  • pedidos, em favor de parentes, foienviada para que fossem lidos. medida que os lia, antes de elevarmosnossos coraes em orao, notei umhomem idoso perto de mim, com suacabea pendida em profunda tristeza.Ele estava cheio de remorso por nohaver feito um pedido em favor de suafilha. Logo que acabei de ler os bilhetescom pedidos de orao, vi uma jovemalta tentando abrir caminho em meio multido, com o rosto rubro e olhosmolhados de lgrimas. Ela aproximou-sedo velho senhor e, caindo de joelhos aoseu lado, disse: Pai, voc no vai orar por mim?O dia vindouro, to prximo, ir mostrar

  • os resultados daquela noite. J era tardequando pudemos deixar aquelas muitasalmas ansiosas. Na noite seguinte ointeresse foi tambm muito grande.

  • Stowmarket, Norwich e St.EdmundsNa tera-feira, s quatro horas da tarde,tivemos uma reunio no Stowmarket,para orao e comunho entre os irmos.Lembro-me bem de uma orao. Umquerido cristo de Bury disse: Senhor, o teu servo est aqui e noperguntamos a ele se vai a Bury, masperguntamos a Ti se para ele ir pregara Tua Palavra ali.Aquelas palavras esto to vivas emminha memria que parece que escuteiaquela orao ontem noite. Usamos umgrande galpo, recm-construdo paravenda de cereais, e s sete ele estava

  • cheio de gente. Vieram de todos oslugares da vizinhana, em carroas,carruagens, charretes, etc. As horas sepassaram e o profundo interessecontinuava. Se encerrvamos apregao, todos permaneciam esperandoe tnhamos que recomear; at que, porfim, o gs da iluminao foi desligados onze horas aproximadamente. Faleiento sobre a vinda do Senhor, comaquela multido ali no escuro. Era quasemeia-noite quando fomos embora. SDeus conhece os resultados. Muitosprofessaram haver recebido a salvao.Em muitos casos, no tenho dvidas, aobra na alma j havia comeado antes.Na quarta-feira, s duas horas, umagrande audincia estava reunida no

  • Teatro, o Salo de Conferncias deNorwich. E s sete a multido era togrande que o salo ficou logo cheio,ficando tambm dois outros salescompletamente lotados. Por volta dasnove horas, a multido que esperava dolado de fora era to grande que foipreciso que os que j tinham ouvidosassem, para o salo ser novamenteocupado pelos que esperavam que fosseiniciada nova pregao. Um idosoministro levantou-se e declarou quenunca havia encontrado paz at quelanoite. Aquilo produziu um sentimentoprofundo e solene. Podia-se sentir queDeus estava operando por meio doEsprito Santo. Muitos professaramhaver sido levados a Cristo naquele dia.

  • No dia seguinte fui a Bury St. Edmunds.O irmo que havia orado emStowmarket alugou o grande Salo deConferncias da cidade. No entanto,alguns cristos queixaram-se de queseria desencorajador ver o grandeespao ocupado apenas pela metade. ssete j era difcil encontrar um lugarvazio. Ali a Palavra pareceu ter sidoespecialmente abenoada para alguns,deixando marcas profundas. Haviamuitos tambm que nunca tinhamdesfrutado da certeza dos pecadosperdoados, dos pecados nunca maislevados em conta. Oh, quo bendito que Deus seja Justo em nos reputar porjustos diante dele.

  • A Direo do SenhorQuando me lembro daquela semana,costumo dizer: Quem mais, alm deDeus, poderia ter dado foras a umpobre e enfraquecido corpo, paraatravessar aquela semana de trabalhocom apenas um pulmo funcionando?Sem nenhum esforo, mas simplesmenteobedecendo o guiar de Seu olhar e adireo do Esprito de Deus, portas debno que eu nem conhecia foramabertas de cima, e sempre de maneiradiferente umas das outras.Em outra ocasio, eu me encontrava emIpswich e tinha em meu corao a forteconvico de que devia ir a Sudbury epregar a Cristo ali. Mencionei isto a

  • muitos irmos, mas eles medesencorajaram, com exceo de umirmo. Eu s sabia o nome de umapessoa naquela localidade. Escrevi-lhedizendo que gostaria de ir e pregar emum dia determinado. Em minha viagem,passei por Bury e descobri que aqueleirmo que havia orado em Stowmarkettinha estado orando por Sudbury porcerca de dois anos. Quanto tem a vercom a obra do Senhor esses irmos queoram! O irmo disse-me que iriacomigo. Darei este exemplo como umaamostra do que aconteceu em muitascidades que visitei.Chegamos estao de Sudbury. Umjovem cavalheiro aproximou-se eperguntou-me se meu nome era Stanley.

  • Respondi que sim. Ele disse-me que suame ficaria contente em nos receber emsua casa, onde j havia alguns esperandopela leitura da Palavra. Encontramos umbom grupo s quatro horas e,evidentemente, eram todos estranhospara ns. Tivemos momentosmaravilhosos meditando na Palavra.Enquanto eu lia, um ministro enviou umrecado dizendo que eu poderia usar suacapela para pregar. Respondi que nopoderia aceitar tal oferta, a menos queentendesse que teria total liberdade parafalar de qualquer coisa que o Senhor medirigisse a falar. Ele no se ops. Entoavisei que seguiria para l s sete horas.Fui e encontrei a capela bem cheia.Porm, senti que no deveria pregar nela

  • e senti-me guiado a propor quedevamos sair e ter a pregao ao arlivre. Todos, de boa vontade,concordaram e samos. Para minhasurpresa, j havia um bom grupo reunidol fora; pessoas que pertenciam igrejada cidade e que no entrariam naquelacapela por consider-los dissidentes.Preguei ali, ao ar livre para aquelagrande congregao, at s dez horas.Algum poder perguntar: Como pdeacontecer aquilo? Como os outrosficaram sabendo? Eu direi. Foi-mecontado depois (e tudo o que eu tinha defazer naquela ocasio era obedecer aoSenhor), que o Sr. H. estivera pregandona igreja da cidade e dissera que euestava sendo esperado para pregar em

  • Sudbury durante a semana. Eleconvidara sua congregao para ouvir-me pregar.

  • Resultados em SudburyTalvez algum pergunte como que mehospedava nas diferentes cidades paraas quais viajava, embora sendo umestranho quelas pessoas. Bem, no finalda pregao, uma senhora procurou-mee disse-me que um cavalheiro, que nopde estar ali presente por ter queacompanhar o funeral de um parente emuma cidade distante, havia enviado suacarruagem e rogava que aceitssemossua hospitalidade, para a glria doSenhor. Viajamos alguns quilmetros echegamos a uma manso onde tivemosuma reunio at meia-noite. De manhtivemos outra reunio para os muitosempregados da propriedade, voltandodepois para Sudbury, onde tivemos uma

  • leitura que durou o dia todo.Enquanto escrevo isto me vem menteuma carta, da qual citarei um trecho: "Voc deve se recordar de haverpregado o evangelho das boas novas deDeus em um pedacinho de terra chamadoCroft, em Sudbury. Eu estava no meio damultido e, pela graa e amor doSenhor, fui levado gloriosa liberdadedos filhos de Deus. Posso agorabendizer e louvar o Senhor por Seumaravilhoso amor a mim demonstrado,ao entregar Aquele que tudo podia fazer e que tudo fez por um pobrepecador. Pelo Esprito de Deus vocmostrou-me que tudo j havia sido feitopelo Senhor; que Ele havia satisfeito

  • completamente a Deus e que amisericrdia de Deus tinha sidorevelada em sua totalidade, quandoentregou Seu prprio Filho. Senti-mecomo se estivesse sendo liberto dasinfluncias de Satans e da escravidodos homens, feliz por sair do 'arraial' edirigir-me quele Ser to bendito queest fora de todas as pretenseshumanas".

  • CAPTULO 8

    Pregando em York, Bradforde RochdaleDevo, porm, continuar voltando umpouco no tempo, para me deter naextraordinria obra de Deus em tantoslugares. Na cidade de York havia umaobra abenoada, embora houvessealguma excitao misturada a isso ealguns casos tenham revelado nopossuir raiz. O salo de reunies estavato lotado que havia pessoas at nasjanelas. As reunies s seis da manheram momentos de grande refrigrio ecomunho. noite os crentes saam paraas diversas partes da cidade e traziam

  • os inconversos para escutar a Palavra.Certa senhora chegava a ir s partesmais baixas da cidade e quase osobrigava a vir. Ela os colocava em filae, andando ao lado deles, os levava aosalo. O pequeno folheto "Desperta!Desperta!" expressa muito bem o carterda pregao dessa poca, o mesmoacontecendo com o folheto "Justificaono Cristo Ressuscitado".Cenas parecidas foram testemunhadas noMechanics' Hall, em Bradford e tambmem Rochdale. E foi neste ltimo queJoo 5:24 comeou a ser usado demaneira to extraordinria. Preciosaspalavras de Jesus que tm sido usadaspelo Senhor para dar certeza e descansoa milhares. Aps certa reunio, havia

  • uma jovem em aflio de alma que j halgum tempo ansiava saber, com certeza,se possua a vida eterna. As muitasdoutrinas que escutara, deixaram-naconfusa, com dvidas at se esta certezada vida eterna era algo que podia serexperimentado. Ela perguntava: Como p