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A ORDEM DO DISCURSO – ESQUEMA DE LEITURA Celso Silva PRIMEIRA PARTE: PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DOS DISCURSOS 1. Procedimentos Externos (o de-fora): páginas 9-12. a) A interdição (o que é proibido falar, não se pode falar de qualquer coisa em qualquer lugar e em qualquer circunstancia. Ex.: sexualidade, política etc). Tabu do objeto (o que se fala, a quem se destina o discurso); ritual da circunstância (onde, como, sobre o que se fala); direito privilegiado ou exclusivo do sujeito que fala (quem tem o direito legítimo de falar) p. 9-10. b) Separação e rejeição (loucura e normalidade, saber e não saber, 1 normal e patológico, oposição do verdadeiro e do falso etc) p. 10-14. c) Vontade de saber e vontade de verdade p.14-21. 2. Procedimentos Internos (o de-dentro): páginas 21-36. a) O comentário (a linguagem no interior dela própria: a crítica literária é uma forma de comentário pois trata-se do comentário – da hermenêutica – do texto o que, de certa forma, possibilita a sua reconstrução) p. 21-26. b) O Autor 2 (princípio de agrupamento do discurso, unidade e origem de sua significação como foco de sua coerência) p. 26-29. c) As disciplinas (não é a mesma que aparece em Vigiar e Punir e em Hist. da Sex. 1, aqui disciplinas são formas discursivas de controle da produção de novos discursos) p. 29-36. 3. Rarefação dos Sujeitos Falantes (sua função é determinar as condições de funcionamento do discurso) p. 36-45 a) O ritual (determinar, para os sujeitos que falam, o ritual de passagem, legitimar o discurso, selecionar quem e o que pode falar. 1 Senso comum e ciência, por exemplo. 2 Cf. O Que é um Autor?

A Ordem Do Discurso

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A ORDEM DO DISCURSO ESQUEMA DE LEITURA

Celso Silva

PRIMEIRA PARTE: PROCEDIMENTOS DE CONTROLE DOS DISCURSOS1. Procedimentos Externos (o de-fora): pginas 9-12.a) A interdio (o que proibido falar, no se pode falar de qualquer coisa em qualquer lugar e em qualquer circunstancia. Ex.: sexualidade, poltica etc). Tabu do objeto (o que se fala, a quem se destina o discurso); ritual da circunstncia (onde, como, sobre o que se fala); direito privilegiado ou exclusivo do sujeito que fala (quem tem o direito legtimo de falar) p. 9-10.b) Separao e rejeio (loucura e normalidade, saber e no saber,[footnoteRef:1] normal e patolgico, oposio do verdadeiro e do falso etc) p. 10-14. [1: Senso comum e cincia, por exemplo.]

c) Vontade de saber e vontade de verdade p.14-21.2. Procedimentos Internos (o de-dentro): pginas 21-36.a) O comentrio (a linguagem no interior dela prpria: a crtica literria uma forma de comentrio pois trata-se do comentrio da hermenutica do texto o que, de certa forma, possibilita a sua reconstruo) p. 21-26.b) O Autor [footnoteRef:2] (princpio de agrupamento do discurso, unidade e origem de sua significao como foco de sua coerncia) p. 26-29. [2: Cf. O Que um Autor?]

c) As disciplinas (no a mesma que aparece em Vigiar e Punir e em Hist. da Sex. 1, aqui disciplinas so formas discursivas de controle da produo de novos discursos) p. 29-36. 3. Rarefao dos Sujeitos Falantes (sua funo determinar as condies de funcionamento do discurso) p. 36-45a) O ritual (determinar, para os sujeitos que falam, o ritual de passagem, legitimar o discurso, selecionar quem e o que pode falar. Ex.: sociedade brasileira de psicologia, de sociologia, OAB etc) p. 38-39.b) As sociedades de discurso (conservar ou produzir discursos em espaos fechados: professores, padres, pastores etc) p. 39-41.c) As doutrinas (assujeitar o sujeito falante ao grupo) p. 41-43.d) A reproduo ou apropriao social dos discursos (nem todos podem se apropriar dos discursos, o sistema de educao no pretende democratizar o discurso, ele afunila a apropriao dos discursos) p. 43-45.