8
10- Uma substância irá se difundir para o meio externo quando: A. sua concentração externa estiver maior. B. sua concentração externa estiver igual à interna. C. sua concentração interna estiver maior. D. sua concentração interna estiver menor. E. tiver energia disponível para o transporte. 11. Fuvest SP Para a ocorrência de osmose, é necessário que: A. as concentrações de soluto dentro e fora da célula sejam iguais. B. as concentrações de soluto dentro e fora da célula sejam diferentes. C. haja ATP disponível na célula para fornecer energia ao transporte de água. D. haja um vacúolo no interior da célula no qual o excesso de água é acumulado. E. haja uma parede celulósica envolvendo a célula, o que evita sua ruptura. 12-O transporte de Na+ e K+ através da membrana plasmática, com gasto de ener- gia, é caracterizado como: A. transporte ativo. D. difusão simples. B. transporte passivo. E. osmose. C. difusão facilitada. 13-Considerando os glóbulos vermelhos, verifica-se que a concentração de K+ é muito maior no interior que no exterior da célula. O mesmo não acontece com os íons Na+, cuja concentração é maior no exterior que no interior da célula. A entrada de K+ e a saída de Na+ dos glóbulos vermelhos podem ocorrer por: A. transporte passivo. B. hemólise. C. difusão. D. transporte ativo. E. nenhuma das anteriores. 14-UFBA As células de nosso organismo utilizam a glicose como fonte de energia, queimando-a através de reações de oxidação. Para tanto, o consumo de glicose é grande, e já se observou que, freqüentemente, a célula absorve essa substân- cia, mesmo quando a sua concentração intracelular é maior que a extracelular; portanto, contra um gradiente de concentração. Isso, porém, exige algum dis- pêndio de energia pela célula uma espécie de investimento de energia. Identificamos nesse enunciado um caso de: A. difusão simples. B. equilíbrio osmótico. C. transporte ativo. D. transporte passivo. E. absorção direta pela membrana plasmática. A ORIGEM DA VIDA Uma das primeiras hipóteses acerca da origem da vida foi a da ge- ração espontânea ou abiogênese (a = “sem”; bio = “vida”; gênese = “origem”), segundo a qual a vida poderia surgir da matéria sem vida. Essa hipótese era supostamente comprovada pelo surgimento de moscas na carne em decomposição, de ratos em trapos sujos, etc. As experiências de Redi e Pasteur contra a abiogênese Francesco Redi (1626-1698), com auxílio do método científico, foi o primeiro a lançar sérias dúvidas sobre essa hipótese. Ele colocou carne e outros alimentos em vários vidros, mantendo alguns deles cobertos com gaze e deixando outros abertos. Se apenas a carne fosse suficiente para a formação de larvas, estas deveriam aparecer em todos os vidros. Após alguns dias, porém, surgiram larvas somente nos vidros abertos, o que permitiu concluir que as larvas se originaram de ovos depositados por mos- cas e não por abiogênese. Redi generalizou suas conclusões afirmando que todos os seres vivos vêm sempre de outros seres vivos: era a teoria da biogênese. Mas os defensores da geração espontânea voltaram à carga, afir- mando que, para seres simples como os micróbios, a hipótese ainda era verdadeira. Em 1862, entretanto, Louis Pasteur (1822-1895) ferveu caldo de carne e conseguiu conservá-lo estéril por muito tempo num vidro cujo formato, embora permitisse a entrada de ar (o que, segundo os defensores da geração espontânea, era essencial para que micróbios surgissem da matéria sem vida), impedia que a poeira pene- trasse no caldo. Depois de vários meses, fez com que o caldo entrasse em contato com a poeira, quando então surgiram micróbios no líquido. Estava definitiva- mente derrubada a teoria da geração espontânea.

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10- Uma substância irá se difundir para o meio externo quando: A. sua concentração externa estiver maior. B. sua concentração externa estiver igual à interna. C. sua concentração interna estiver maior. D. sua concentração interna estiver menor. E. tiver energia disponível para o transporte. 11. Fuvest –SP Para a ocorrência de osmose, é necessário que: A. as concentrações de soluto dentro e fora da célula sejam iguais. B. as concentrações de soluto dentro e fora da célula sejam diferentes. C. haja ATP disponível na célula para fornecer energia ao transporte de água. D. haja um vacúolo no interior da célula no qual o excesso de água é acumulado. E. haja uma parede celulósica envolvendo a célula, o que evita sua ruptura. 12-O transporte de Na+ e K+ através da membrana plasmática, com gasto de ener-

gia, é caracterizado como: A. transporte ativo. D. difusão simples. B. transporte passivo. E. osmose. C. difusão facilitada. 13-Considerando os glóbulos vermelhos, verifica-se que a concentração de K+ é

muito maior no interior que no exterior da célula. O mesmo não acontece com os íons Na+, cuja concentração é maior no exterior que no interior da célula.

A entrada de K+ e a saída de Na+ dos glóbulos vermelhos podem ocorrer por: A. transporte passivo. B. hemólise. C. difusão. D. transporte ativo. E. nenhuma das anteriores.

14-UFBA As células de nosso organismo utilizam a glicose como fonte de energia,

queimando-a através de reações de oxidação. Para tanto, o consumo de glicose é grande, e já se observou que, freqüentemente, a célula absorve essa substân-cia, mesmo quando a sua concentração intracelular é maior que a extracelular; portanto, contra um gradiente de concentração. Isso, porém, exige algum dis-pêndio de energia pela célula – uma espécie de investimento de energia.

Identificamos nesse enunciado um caso de: A. difusão simples. B. equilíbrio osmótico. C. transporte ativo. D. transporte passivo. E. absorção direta pela membrana plasmática.

A ORIGEM DA VIDA

Uma das primeiras hipóteses acerca da origem da vida foi a da ge-ração espontânea ou abiogênese (a = “sem”; bio = “vida”; gênese = “origem”), segundo a qual a vida poderia surgir da matéria sem vida. Essa hipótese era supostamente comprovada pelo surgimento de moscas na carne em decomposição, de ratos em trapos sujos, etc.

As experiências de Redi e Pasteur contra a abiogênese

Francesco Redi (1626-1698), com auxílio do método científico, foi o primeiro a lançar sérias dúvidas sobre essa hipótese. Ele colocou carne e outros alimentos em vários vidros, mantendo alguns deles cobertos com gaze e deixando outros abertos. Se apenas a carne fosse suficiente para a formação de larvas, estas deveriam aparecer em todos os vidros. Após alguns dias, porém, surgiram larvas somente nos vidros abertos, o que permitiu concluir que as larvas se originaram de ovos depositados por mos-cas e não por abiogênese.

Redi generalizou suas conclusões afirmando que todos os seres

vivos vêm sempre de outros seres vivos: era a teoria da biogênese. Mas os defensores da geração espontânea voltaram à carga, afir-

mando que, para seres simples como os micróbios, a hipótese ainda era verdadeira. Em 1862, entretanto, Louis Pasteur (1822-1895) ferveu caldo de carne e conseguiu conservá-lo estéril por muito tempo num vidro cujo formato, embora permitisse a entrada de ar (o que, segundo os defensores da geração espontânea, era essencial para que micróbios surgissem da matéria sem vida), impedia que a poeira pene-trasse no caldo. Depois de vários meses, fez com que o caldo entrasse em contato com a poeira, quando então surgiram micróbios no líquido. Estava definitiva-mente derrubada a teoria da geração espontânea.

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A TEORIA ATUAL

A hipótese aceita pela maioria dos cientistas atuais está baseada principal-mente nos trabalhos do bioquímico russo Aleksandr Ivanovich Oparin (1894-1980) e do geneticista escocês John B. S. Haldane (1892-1964).

A formação de moléculas orgânicas simples

Evidências geológicas e o estudo comparado da atmosfera de outros plane-tas permitem concluir que a atmosfera da Terra era composta por gases diferentes dos atuais. Oparin achava que tomavam parte na mistura gasosa o metano (CH4), o amoníaco (NH3), o hidrogênio (H2) e o vapor de água (H2O). Desses gases, teriam sido formadas as primeiras moléculas orgânicas que, após muito tempo, originariam os primeiros seres vivos. O gás oxigênio (O2) devia estar ausente da atmosfera primitiva: se estivesse presente desde o início, este gás teria oxidado e destruído os primeiros compostos orgânicos, impedindo-os de se acumular e originar os primeiros seres vivos. Outros cientistas acham que devia haver também monóxido de carbono (CO), sulfeto de hidrogênio (H2S) e gás carbônico (CO2).

As fortes descargas elétricas das tempestades e os raios ultravioleta do Sol teriam representado uma excelente fonte de energia, que teria promovido, ao lon-go do tempo, as mais variadas reações químicas entre as substâncias da atmos-fera. Em virtude do longo tempo disponível, podemos supor que se formou uma incalculável quantidade de substâncias, inclusive moléculas orgânicas simples, como álcoois, aminoácidos e açúcares, constituídas por pequenas cadeias de carbono.

TEORIA DA BIOGÊNESE Em 1860, Louis Pasteur, por meio de vários experimentos, derrubou definitiva-mente a teoria da abiogênese. Provou que os seres vivos só se originam de outros seres vivos. Pasteur mostrou que o líquido nutritivo, ao ser fervido, não perde a “força vital”, como defendiam os adeptos da abiogênese. Pasteur constatou, ainda, a presença de microorganismos no ar atmosférico.

05-UFSCar-SP (modificado) A Escherichia coli é um organismo procarionte. Isto significa que:

A. é um parasita intracelular obrigatório. B. sua síntese protéica depende do RER. C. são desprovidos de parede celular. D. os mesossomos participam da divisão celular e podem estar envolvidos com a

respiração celular. E. possuem organização celular complexa. 06. Os seres procariontes não apresentam a carioteca envolvendo o material gené-

tico. São exemplos de seres procariontes: A. algas e protozoários. B. vírus e bactérias. C. bactérias e cianobactérias. D. fungos e protozoários. E. animais e vegetais. 07. PUC-MG Sobre as cianobactérias, é incorreto afirmar que: A. não possuem núcleo individualizado. B. possuem clorofila como pigmento fotossintetizante. C. possuem cloroplastos. D. possuem ribossomos. E. não possuem organelas membranosas. 08-Descascou-se uma mexerica, retirando-lhe, em seguida, um gomo e a película

que o recobre, deixando expostos os favos. A seguir, colocou-se uma pitada de sal sobre os favos. Após 5 minutos, observou-se o surgimento de um líquido nesta região.

A partir desse resultado, assinale a alternativa correta. A. Houve a passagem do líquido do meio hipotônico para o meio hipertônico. B. O líquido foi ativamente transportado do meio hipertônico para o meio hipotônico. C. As células vegetais da mexerica apresentam membranas permeáveis, que permi-

tem o livre trânsito de substâncias dissolvidas, como proteínas e lipídios. D. Por diferenças de concentração do meio, ocorreu a deplasmólise da célula vege-

tal, fazendo surgir o líquido. 09-UERGS-RS Quando o feijão é cozido em água com sal, observa-se que ele

murcha, pois: A. o grão perde água por osmose. B. os sais do grão passam para a água por difusão. C. o calor estimula o transporte das proteínas da água para o grão. D. o transporte passivo das proteínas ocorre do grão para a água. E. o grão perde proteínas por osmose.

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EXERCÍCIOS 01.Existe uma série de características que distinguem os seres vivos da matéria

bruta. Analise as características a seguir e, depois, assinale aquelas característi-cas que são exclusivas dos seres vivos:

I. metabolismo; II. ausência de moléculas; III. reprodução; IV. material genético. Estão corretas: A. apenas I e III B. I, II e IV C. I, III e IV D. II, III e IV E. Apenas III e IV 02. Assinale uma das características da célula procariótica, como as bactérias. A. Apresenta uma carioteca dupla e rica em poros. B. Mostra o material nuclear difuso pelo citoplasma. C. Apresenta uma parede celular rica em celulose. D. Possui organelas membranosas, como, por exemplo, retículo endoplasmático. E. Como nas células animais, possui parede celular. 03. Uma célula bacteriana não possui: A. material hereditário e carioteca. B. parede celular e centríolo. C. ribossomos e complexo golgiense. D. membrana plasmática. E. nucléolo e carioteca. 04. (Fuvest-SP) Um pesquisador estudou uma célula ao microscópio eletrônico,

verificando a ausência de núcleo e de compartimentos membranosos. Com base nessas observações, ele conclui que a célula pertence a:

A. uma bactéria. B. uma planta. C. um animal. D. um fungo. E. um vírus.

TERRA PRIMITIVA

Embora a Terra se tenha formado há cerca de 4,5 bilhões de anos, registros importantes do passado surgiram muito tempo depois, com o aparecimento das rochas. Antes que estas se solidificassem, a superfície do planeta era provavelmen-te formada por material fluido e quente, com intensa atividade vulcânica.

Acredita-se que a Terra primitiva fosse constituída pelos seguintes gases: a-mônia (NH3), hidrogênio (H2), metano (CH4), vapor d’água (H2O).

O vapor d’água formava densas nuvens, que se resfriavam nas altas camadas atmosféricas, condensando-se e caindo na forma de chuva. Ao atingir a crosta ainda quentíssima do planeta, a água evaporava e retornava à atmosfera. Dessa forma, chuvas torrenciais caíram sem cessar por milhares de anos, até que a camada mais superficial do planeta esfriou a ponto de permitir a presença de água líquida na superfície.

PRECURSORES DA VIDA

Admitindo-se que os elementos químicos que entram na constituição dos seres vivos poderiam estar presentes na Terra primitiva, os cientistas Oparin e Haldane criaram uma hipótese para a origem da vida na Terra.

Segundo eles, suas condições antes do aparecimento dos primeiros seres vivos eram muito diferentes das atuais. Ela estava passando por mudanças inten-sas e profundas. As rochas iam formando-se por resfriamento, originando a crosta terrestre. As erupções vulcânicas muito intensas liberavam gases e partículas em grande quantidade, os quais, por ação da força da gravidade, ficaram retidos e pas-saram a compor a atmosfera primitiva.

Em virtude do resfriamento, houve acúmulo de água nas depressões da crosta. As descargas elétricas, provenientes das fortes tempestades, e as radiações que atingiam o planeta teriam fornecido energia para que algumas moléculas na atmosfera se unissem, surgindo, então, moléculas maiores e mais complexas, as primeiras moléculas orgânicas.

DA MICROSFERA OU DO COACERVADO AO PRIMITIVO SER VIVO

Sabemos que proteínas aquecidas e misturadas à água fria podem agrupar-se, formando pequenas gotas chamadas microsferas. Outro tipo de aglomerado de

moléculas orgânicas foi obtido por Oparin, misturan-do ácidos a uma solução de proteínas em água: as proteínas se aproximam e formam aglomerados visíveis ao microscópio óptico: são os coacervados. O coacervado ou a microsfera que tivesse aprisiona-do em seu interior proteínas enzimáticas e uma mo-lécula de ácido nucléico (originada das sínteses de moléculas orgânicas da atmosfera primitiva) seria considerado o primeiro ser vivo, isso porque ele seria capaz de realizar metabolismo, de reproduzir-se, de apresentar hereditariedade e de evoluir.

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A FORMAÇÃO DE MOLÉCULAS ORGÂNICAS COMPLEXAS

As moléculas orgânicas simples teriam sido arrastadas da atmosfera para o mar pelas chuvas. No mar, elas teriam se reunido e originado moléculas orgânicas complexas, como proteínas, polissacarídeos, etc.

Em 1953, o cientista americano Stanley Miller (1930-) construiu um aparelho no qual colocou hidrogênio, amoníaco e metano. Essa mistura foi submetida a fortes descargas elétricas, ao mesmo tempo em que recebia vapor de água. Após uma semana de funcionamento, Miller constatou no líquido formado a presença de compostos orgânicos, inclusive aminoácidos. Como vemos, Miller simulou as condi-ções que supunha ocorrer na Terra primitiva e testou experimentalmente a hipótese de Oparin. Essa experiência não chega a provar que foi exatamente assim que o-correu a formação dos compostos orgânicos, mas apóia, em vez de negar, a hipó-tese apresentada

A EVOLUÇÃO DOS PRIMEIROS SERES VIVOS

Para os seres vivos iniciais, conseguir alimento não teria sido problema, pois o mar que os envolvia devia estar repleto de moléculas orgânicas simples. Portanto, o primeiro ser vivo poderia simplesmente absorvê-las e utilizá-las numa nutrição heterotrófica por absorção (saprobiose). Como não havia O2 na atmosfera, ele deveria conseguir energia de forma anaeróbica, por fermentação.

Com o passar do tempo, as condições ambientais de nosso planeta foram se modificando. À medida que os gases da atmosfera se transformavam em moléculas orgânicas simples, sua quantidade diminuía na atmosfera. Esse fato, juntamente com o resfriamento da Terra, reduzindo a freqüência de tempestades, fez diminuir a síntese de moléculas orgânicas. Com isso, a quantidade de alimento para os heterotróficos diminuiu.

Enquanto o ambiente se modificava, os seres vivos iam sofrendo mutações. Em conseqüência dessas mutações, surgiram organismos autotróficos, capazes de realizar fotossíntese, sintetizando as substâncias orgânicas que formam seus orga-nismos a partir de substâncias minerais.

A FAGOCITOSE E A PINOCITOSE A membrana plasmática tem a capacidade de englobar material externo, levando-o para o interior das células. Proteínas receptoras selecionam e se ligam às molé-culas que vão capturar. A membrana se eleva, envolvendo a partícula que é en-cerrada numa bolsa e despregada para o interior do citoplasma da célula. Qualquer processo de captura é chamado endocitose. Há dois tipos de endocitose: A) FAGOCITOSE (FAGO = COMER): Neste processo a célula engloba partículas sólidas, relativamente grandes. A célula, entrando em contato com a partícula, emite pseudópodos que a englobam, formando um vacúolo alimentar (fagossomo). A fagocitose é observada princi-palmente em células isoladas como amebas e leucócitos. No caso da ameba, trata-se de um processo nutritivo; no caso dos leucócitos, é um processo de defesa contra bactérias que invadem o organismo. B) PINOCITOSE (PINO = BEBER): É um processo mais delicado do que a fagocitose, sendo difícil sua observação ao microscópio óptico. Partículas líquidas muito pequenas são capturadas por esse processo. A membrana plasmática, na região de contato com a partícula, se invagi-na, aprofundando-se no interior do citoplasma, forma-se um canal. Por fim, a partícula é envolvida por um pedaço da membrana que solta-se, formando uma vesícula de pinocitose (pinossomo). É provável que a maioria das células seja capaz de realizar a pinocitose; esse processo é então geral, enquanto a fagocitose se restringe a alguns tipos de células apenas. Tanto na fagocitose como na pinocitose, as vesículas ou vacúolos produzidos poderão receber enzimas digestivas, que degradarão o alimento englobado. Certas células, para a expulsão de materiais, empregam o método inverso à endoci-tose. Uma vesícula formada internamente se liga à membrana. Nesse ponto, o seu conteúdo é expelido. O processo é chamado clasmocitose.

C) OSMOSE EM CÉLULA VEGETAL

As células vegetais apresentam dois tipos de membranas: Membrana celulósica (parede celular): permeável, composta porcelulose (polissacarídeo) e de grande resistência mecânica. Aparece externamente à mem-brana plasmática oferecendo proteção à célula (como se fosse uma armadura).

Membrana plasmática (membrana celular): composição lipoprotéica, elástica e semipermeável. É responsável pela seletividade das substâncias que poderão en-trar ou sair da célula.

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D) TRANSPORTE ATIVO

Já vimos que na difusão e na osmose, por processos puramente físicos, as mo-léculas tendem a se deslocar do local de sua maior concentração para a região de menor concentração. Contudo o inverso também pode ocorrer em células vivas. Isto é evidentemente contrário à tendên-cia natural da difusão, e para poder ocor-rer, necessita de um gasto de energia: é o transporte ativo. Quando analisa-mos o conteúdo de uma hemácia, encon-tramos nela concentrações de íons de sódio (Na+) muito menor do que a con-centração de sódio no plasma (solução aquosa do sangue). Ora, se raciocinarmos em termos de difusão deveria entrar na célula até que as concentrações fora e den-tro se igualassem. No entanto, isto não ocorre, enquanto a hemácia estiver viva, sua concentração interna de Na+ é baixa. A explicação para este fenômeno é a seguinte: na realidade está ocorrendo difusão e íons de Na+ estão continua-mente penetrando na célula. Porém ao mesmo tempo a membrana está expul-sando íons Na+ da célula, sem parar. Esta expulsão se faz por transporte ativo. Desta forma, a concentração interna de Na+ continua baixa, porém, às custas de um trabalho constante por parte da célula. Já a situação do íon potássio (K+) na hemácia é inversa: encontramos sem-pre na célula concentração de potássio (K+) muito superior à do plasma. O K+, por difusão, tende a "fugir" da célula, porém a membrana o reabsorve constantemente. Ou seja, a membrana "força" a passagem do K+ de um local de menor concentração (plasma), para o de maior concentração gastando energia no processo. Apesar dos íons Na+ e K+ terem aproximadamente o mesmo tamanho, e, portanto igual difusibilidade percebemos que a membrana plasmática se comporta de maneira totalmente diferente em relação a cada um deles. Aqui se pode falar, sem dúvida, em permeabilidade seletiva. Muitas são as situações em que se verifica o transporte ativo: certas algas mari-nhas concentram o iodo em porcentagem centenas de vezes maior do que existe na água do mar; as células da tireóide retiram o iodo do sangue por transporte ativo.

Como o alimento dissolvido no mar diminuía cada vez mais, esse fato lhes trazia uma grande vantagem: eles não dependiam de substâncias orgânicas escas-sas e, conseqüentemente, tinham maior possibilidade de sobrevivência. Assim sendo, através da seleção natural, aumentavam de número na população.

Com a atividade dos autotróficos, uma nova modificação foi imposta ao ambiente, que passou a ter o O2 livre em sua composição química.

Com o tempo e em consequência de mutações, surgiram seres vivos

capazes de usar o O2 pela respiração aeróbia. Esse tipo de respiração, produzindo mais energia do que a fermentação, foi vantajoso e espalhou-se na população.

Os primeiros seres vivos deviam ter uma estrutura muito simples, semelhan-te à dos atuais procariontes. Com o tempo, surgiram seres com células mais complexas, os eucariontes. Algumas dessas células podem ter se reunido formando colônias e, a partir daí, originando os primeiros seres pluricelulares.

EVOLUÇÃO DAS FORMAS DE VIDA

Aceitando-se a hipótese da evolução gradual dos sistemas químicos, é

lógico pensar que as primeiras formas de vida eram bastante simples. Os registros fósseis indicam que os procariontes, organismos dotados de

uma única célula, sem núcleo individualizado, foram a única forma de vida existente em nosso planeta até 1,5 bilhão de anos atrás. A partir daí, apareceram os eucari-ontes, primeiros seres dotados de células com núcleo individualizado, as células eucarióticas. Estas têm maior complexidade estrutural em comparação com a procariótica, pois seu material genético encontra-se separado do citoplasma pela membrana nuclear, e seu citoplasma apresenta um labirinto de túbulos e sacos membranosos.

1- (UFU - MG) Receita de Jean Baptiste van Helmont, séc. XVII: “Colocar uma camisa suja de suor e um pouco de germe de trigo em um canto escuro e sosse-gado. O suor funciona como ‘princípio ativo’ e dentro de 21 dias a partir da cami-sa e do trigo nascerão vários camundongos.”.

O texto exemplifica a: A. teoria da biogênese. B. teoria da abiogênese. C. teoria da pré-formação. D. hipótese heterotrófica. E. hipótese autotrófica.

AGORA É A SUA HORA DE PRATICAR !!!!

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2- (UnB) Num balão de vidro com gargalo recurvado e aberto, Pasteur ferveu um caldo nutritivo, deixando-o esfriar lentamente. O caldo permaneceu inalterado por muitos dias. A seguir, o gargalo foi removido e, 48 horas depois, era evidente a presença de bactérias e fungos no caldo.

Assinale as afirmações corretas, referentes ao experimento descrito.

A. As bactérias e fungos do ar foram incapazes de passar ao longo do gargalo e atingir o caldo nutritivo após seu resfriamento.

B. O aquecimento matou as bactérias e fungos primitivamente existentes no caldo. C. As bactérias e fungos que apareceram no caldo eram de espécies diferentes

daquelas que ocorrem no ar. D. O aquecimento inativou, temporariamente, as substâncias do caldo capazes de

originar bactérias e fungos. E. Os sinais evidentes da presença de bactérias e fungos, no caldo nutritivo, foram

conseqüência da multiplicação rápida desses microrganismos. F. Todo ser vivo procede de outro ser vivo. G. Bactérias e fungos são autótrofos.

3-(FCC - SP) Supondo que na atmosfera primitiva não houvesse CO2 nem O2 e

considerando-se os gases consumidos e liberados na respiração aeróbia, fermentação alcoólica e fotossíntese, pode-se admitir que a seqüência evolutiva dos três processos tenha sido:

A. fermentação alcoólica, fotossíntese, respiração aeróbia. B. fermentação alcoólica, respiração aeróbia, fotossíntese. C. fotossíntese, respiração aeróbia, fermentação alcoólica. D. fotossíntese, fermentação alcoólica, respiração aeróbia. E. respiração aeróbia, fotossíntese, fermentação alcoólica.

4-(Mack - SP) Admitindo-se que na atmosfera primitiva da Terra predominavam os

gases CH4, NH3, vapor de água e H2, supõe-se que os primeiros seres vivos e-ram (...) e obtinham a energia necessária a seus processos vitais através de (...). As lacunas são preenchidas correta e respectivamente pelos termos:

A. autótrofos; absorção de luz ultravioleta. B. autótrofos; fermentação. D. autótrofos; respiração. C. heterótrofos: respiração. E. heterótrofos; fermentação. 5-(FMIT - MG) Em relação à evolução do homem, pode-se afirmar: I - Todos os homens descendem do macaco. II - Alguns homens primitivos, hoje extintos, vieram do macaco. III - Homem e macaco provêm de um ancestral comum. Assinale: A. Se somente I é correta. B. Se somente II é correta. C. Se somente III é correta. D. Se todas estão corretas. E. Se nenhuma é correta.

Quando uma célula é colocada num mei-

o rico em determinado soluto (hipertônico), passará a ter no seu interior moléculas desse soluto, contanto que a membrana plasmática seja permeável à substância. O interior (citoplasma) da célula com menor quantidade de soluto é hipotônico.

Normalmente, quanto menor for a partí-

cula que se difunde, mais rápida será sua passagem através da membrana plasmá-tica. Assim, água, sais minerais, açúcares (monossacarídeos), aminoácidos, se difundem através da membrana com relativa facilidade. Já macromoléculas, como proteínas ou amido não atravessam a membrana, podendo ser, no entanto, captu-rados pela célula por outros métodos.

Um bom exemplo de difusão, através da membrana plasmática, é o caso da entrada de oxigênio numa célula. Como há um consumo constante de oxigênio pelas mitocôndrias na respiração, a concentração interna do gás é sempre baixa em relação ao meio externo. Existe então entre a célula e o meio um gradiente de concentração (diferença de concentração), e as moléculas de oxigênio tendem a se mover do local de maior concentração (lado externo) para o local de menor concen-tração (citoplasma). Por outro lado, o gás carbônico estará sempre em concentra-ção alta no citoplasma. Isto fará com que ocorra difusão constante desta substância para fora da célula.

B) OSMOSE

Um caso especial de difusão. Imagine uma situação em que o tamanho dos poros de uma determinada membra-na permita apenas a passagem das moléculas de água, porém impeça a passagem do soluto. Uma membrana deste tipo é chamada semipermeável. Osmose é então um caso de difusão do solvente através de uma membrana semipermeável. O solvente se difunde em direção à região em que há menor concen-tração de suas moléculas.

C) DIFUSÃO FACILITADA

A superfície da membrana plas-mática possui proteínas especiais, receptoras ou permeases, que reconhecem e transportam (carregadoras) substâncias ali-mentares de fora para o interior das células ou vice-versa. É um processo de facilitação que segue o gradiente de concentração, sem gasto de energia, como acontece também na osmose.

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AS DIFERENCIAÇÕES DA MEMBRANA PLASMÁTICA Em algumas células, a membrana plasmática mostra modificações ligadas a uma especialização de função. Algumas dessas diferenciações são particularmente bem conhecidas nas células da superfície do intestino. A) MICROVILOSIDADES São dobras da membrana plasmática, na superfície da célula voltada para a cavida-de do intestino. Calcula-se que cada célula possui em média 2.500 microvilosida-des. Como conseqüência de sua existência, há um aumento apreciável da superfí-cie da membrana em contato com o alimento. B) DESMOSSOMOS São regiões especializadas que ocorrem nas membranas adjacentes de duas célu-las vizinhas. São espécies de presilhas que aumentam a adesão entre uma célula e a outra. C) INTERDIGITAÇÕES

Como os desmossomos também têm um papel importante na coesão de células vizinhas.

PERMEABILIDADE

O TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA a) Difusão No fenômeno de difusão, as moléculas de soluto e solvente, num meio líquido, tendem a se distribuir de maneira homogênea. O movimento das moléculas se dá no sentido de equilibrar a concentração da solução.

6-(PUC - MG) O bioquímico russo Oparin, em seu livro A Origem da Vida, admitiu que a vida sobre a

Terra surgiu há mais ou menos 3,5 bilhões de anos. Segundo Oparin, responda aos itens a seguir.

A. Cite dois gases presentes na atmosfera primitiva. B. A que condições estavam submetidos os gases da atmosfera primitiva? C. Que compostos químicos se originaram a partir dos gases iniciais? D. Atualmente sabemos que seres autótrofos constituem fonte básica de alimento.

No entanto, admite-se que os primeiros organismos devem ter sido heterótrofos. A partir de onde os heterótrofos conseguiam seu alimento na Terra primitiva?

E. Qual o mecanismo utilizado pelos primeiros organismos para obtenção de e-nergia?

7- Assinale a opção que indica o cientista que contribuiu, significativamente, para

elucidar a teoria de Oparin, a qual se baseia nas observações dos coacervados, para sugerir a forma de aparecimento dos seres vivos primordiais.

A. Pasteur, provando a impossibilidade da abiogênese. B. Miller, produzindo em laboratório aminoácidos. C. Watson e Crick, desvendando a dupla-hélice do DNA. D. Virchow, afirmando que uma célula se origina de outra preexistente.

8-Existem teorias sobre a origem da vida na Terra que relacionam a constituição

química de componentes celulares dos seres vivos da atualidade com evidências geológicas. A presença de átomos de hidrogênio, oxigênio, carbono e nitrogênio nas moléculas dos seres vivos pode estar relacionada com a abundância, na atmosfera primitiva da Terra, das seguintes substâncias:

A. gás nitrogênio, gás oxigênio, gás carbônico e vapor d’água. B. nitrato de potássio, mercúrio, ácido clorídrico e metano. C. cloro-flúor-carbono, nitratos, gás oxigênio e cloreto de sódio. D. vapor d’água, gás hidrogênio, gás metano e amônia. E. gás metano, ácido cianídrico, cloro-flúor-carbono e vapor d’água. 9-Segundo a teoria de Oparin, a vida na Terra poderia ter sido originada a partir de

substâncias orgânicas formadas pela combinação de moléculas, como metano, amônia, hidrogênio e vapor d’água, que compunham a atmosfera primitiva da Terra. A esse processo seguiram-se a síntese protéica nos mares primitivos, a formação dos coacervados e o surgimento das primeiras células, Considerando os processos de formação e as formas de utilização dos gases oxigênio, dióxido de carbono, a sequência mais provável dos primeiros seres vivos na Terra foi:

A. autotróficos, heterotróficos anaeróbicos e heterotróficos aeróbicos. B. heterotróficos anaeróbicos, heterotróficos aeróbicos e autotróficos. C. autotróficos, heterotróficos aeróbicos e heterotróficos anaeróbicos. D. heterotróficos anaeróbicos, autotróficos e heterotróficos aeróbicos. E. heterotróficos aeróbicos, autotróficos e heterotróficos anaeróbicos.

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10-Organismos semelhantes às bactérias heterotróficas anaeróbicas teriam sido os primeiros seres vivos a surgir na terra.

Qual a proposição que, dentre as apresentadas, sustentaria tal hipótese?

A. ausência de oxigênio livre na atmosfera e ambiente aquático rico em substân-

cias nutritivas. B. escassez de alimento e grande concentração de CO2 na atmosfera. C. produção artificial de proteínas semelhantes a enzimas oxidantes, sob condi-

ções da atmosfera primitiva. D. ausência de oxigênio e formação de pigmentos fotossintetizantes dissolvidos no

interior dos coacervados.

VIDA NA CÉLULA

INTRODUÇÃO

Existem dois tipos de células: as células PRO-

CARIOTAS, que embora tenham material genético (DNA e RNA), não apresentam membrana nuclear (carioteca) e nem organelas citoplasmáticas. A úni-ca estrutura presente no citoplasma dessas células são os ribossomos, estruturas necessárias para a síntese de proteínas. Organismos formados de células procariotas são os procari-ontes. Como exemplo, temos todos os organismos pertencentes ao reino Monera, isto é, bactérias e cianobactérias

O outro tipo de célula que existe são as células EUCARIOTAS. Estas, além de te-rem carioteca, apresentam vários tipos de organelas citoplasmáticas. Os organis-mos eucariontes, são aqueles formados por células eucariotas. Todos os outros reinos de seres vivos são compostos por organismos eucariontes. Quando estudamos as células eucariotas, notamos que existe uma grande varieda-de de tipos, mas embora existam tipos muito diferentes, todas elas apresentam uma série de estruturas em comum. Muitas vezes o que torna uma célula diferente de outra é a quantidade de um certo tipo de estrutura ou a sua ausência ou presença.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA - MODELOS; FUNÇÕES; ESPECIALIZAÇÕES

A membrana plasmática será selecionadora das substâncias que a célula troca com o ambiente externo. Devido à sua fragilidade, na maioria das vezes apresenta envoltório externo que lhe dá proteção ou sustentação física: membrana celulósi-ca (células vegetais) e glicocálix (células animais). O glicocálix é composto por emaranhado de moléculas glicídicas: dá proteção contra agentes físicos ou quími-cos externos à célula; retém nutrientes ou enzimas na sua superfície.

A) PROPRIEDADES E CONSTITUIÇÃO QUÍMICA. A membrana plasmática é invisível ao microscópio óptico comum, porém sua pre-sença já havia sido proposta pelos citologistas muito antes do surgimento do mi-croscópio eletrônico. Mesmo hoje ainda restam ser esclarecidas muitas dúvidas a seu respeito. A membrana celular é composta de fosfolipídios e proteínas, assim como todas as membranas que fazem parte das estruturas membranosas da célula, tais como: retículos, lisossomos, mitocôndrias, plastos, etc. Ela apresenta certa elasticidade e permeabilidade seletiva, isto é, para certos tipos de moléculas ela é permeável e para outras ela é impermeável. B) ESTRUTURA. Atualmente o modelo mais aceito é o MODELO DO MOSAICO FLUIDO proposto por Singer e Nicholson. Segundo esse modelo, a membrana seria composta por duas camadas de fosfolipídios onde estão depositadas as proteínas. Algumas des-sas proteínas ficam aderidas à superfície da membrana, enquanto outras estão totalmente mergulhadas entre os fosfolipídios; atravessando a membrana de lado a lado. A flexibilidade da membrana é dada pelo movimento contínuo dos fosfolipí-dios; estes se deslocam sem perder o contato uns com os outros. As moléculas de proteínas também têm movimento, podendo se deslocar pela membrana, sem direção. C) FUNÇÕES A membrana plasmática contém e delimita o espaço da célula, mantém condições adequadas para que ocorram as reações metabólicas necessárias. Ela seleciona o que entra e sai da célula, ajuda a manter o formato celular, ajuda a locomoção e muito mais.