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A. PAZINI; B. SILVA;

ORIENTAÇÕES SOBRE PERÍCIAS E LAUDOS TÉCNICOS COM ESTUDOS DE CASOS SOBRE PERICULOSIDADE

Guidelines on investigational and technical reports on dangerous study cases

Bruna Carvalho Emerich Pazini 1, Ramon Brito da Silva 2

PALAVRAS CHAVE:

Perícia;

Laudo Técnico;

Periculosidade;

Fluxograma para perícias;

Segurança do Trabalho

KEYWORDS:

Investigation;

Technical Report;

Dangerousness;

Investigation Fluxogram;

Safety Engineer;

RESUMO: Com o objetivo de contribuir com orientações sobre perícias e laudos técnicos este trabalho demonstra os seus processos de realização e analisa requisitos para a elaboração de provas periciais. Inicialmente é realizada uma análise bibliográfica sobre o tema e assim é apresentado um fluxograma, que seguindo o Código de Processo Civil de 2015 demonstra o processo que pode transcorrer uma perícia, contendo o roteiro principal que este está contido, desde o pedido da prova pericial até a sentença de um juiz. Similarmente foi elaborado um guia básico que apresenta os requisitos básicos que devem conter um laudo técnico, demonstrando assim a sua estruturação e, posteriormente, foram analisados três estudos de casos, com temas referentes à periculosidade, demonstrando a aplicação do tema e sua importância, realizando esclarecimentos sobre os requisitos da área de engenharia de segurança do trabalho. Desta forma, este trabalho propõe-se a servir como apoio para melhor compreensão do tema e ser utilizado como referência para elaboração de perícias por profissionais de diversas áreas de atuação.

ABSTRACT: This paper aims contribute with orientation about technical reports and investigation demonstrating their process of achievement and analyses the requirements for evidences elaboration. Initially, the bibliographic analysis about the subject is done and a fluxogram is presented, which according Civil Process Code of 2015 demonstrates the process that a investigation can run, since the ask for proves until the judge decision. Similarly a basic guidance was elaborated showing the basic requirements that a technical report must content, demonstrating the structure. Posteriorly three cases were analyzed, with different subjects to dangerousness , showing its application and importance, and clarification of the requirements of the safety engineering area. So, this paper proposition is serve as support for a better comprehension and be used as reference for the elaboration of investigation by professionals of several areas.

* Contato com os autores:

1 e-mail: [email protected] (B. C. E. Pazini) Engenheira Civil pela Pontifícia Universidade de Goiás. Telefone: (62) 98131-6920. 2 e-mail: [email protected] (R. B. da Silva) Engenheiro Ambiental e Sanitarista pela Universidade Federal de Goiás. Telefone: (62) 99380-0989.

ISSN: 2179-0612 © 2017 REEC - Todos os direitos reservados.

Espaço restrito

aos editores de

layout da REEC.

Espaço restrito aos editores de layout da REEC.

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A. PAZINI; B. SILVA;

1. INTRODUÇÃO

A justiça do trabalho recebe todos os anos uma grande quantidade de processos trabalhistas, com

diversos assuntos voltados para área ocupacional. Por meio do último relatório “Justiça em números-2016”

disponibilizados pelo Conselho Nacional de Justiça, no ano de 2015 foram registrados aproximadamente 5

milhões de processos em tramitação, que significa um aumento de 10% (Dez por cento) quando comparado

ao ano anterior. Dentre os processos registrados 247.613 (Duzentos e quarenta e sete mil seiscentos e

treze) foram catalogados com o assunto “Remuneração, Verbas indenizatórios e Benefícios/Adicional”

(CNJ,2016).

Os processos trabalhistas que tramitam na justiça podem apresentar necessidade de um ponto de

vista técnico, diferente dos incluídos na ciência do direito. Surge assim a demanda de análise feita por

profissionais especialistas da área em questão, denominada perícia, e que ocorre em grande número

quando o tema envolve periculosidade, assunto tratado na CLT (Código de Leis Trabalhistas) no artigo 195

do código (SILVA, 2017).

Segundo Cardoso (2017, p. 39) os magistrados ainda enfrentam desafios quando o tema é pericia,

como a falta de profissionais qualificados para realização dos laudos, que devem ser feitas por profissionais

habilitados e registrados em seu conselho. Quando o tema é relacionado à saúde e segurança do trabalho

usualmente são necessários engenheiros de segurança do trabalho ou médicos do trabalho para a

composição dos laudos periciais, dependendo das considerações do juiz junto às particularidades de cada

processo.

Não existem critérios normativos oficiais que padronizem a estrutura de um laudo pericial, bem

como guias ou metodologias oficiais que norteiam o perito quando este é nomeado pelo juiz, o que pode

ser um fator resultante na baixa qualidade de alguns laudos (KEMPNER, 2013). O que existem atualmente

são leis e normas que direcionam o perito para seu embasamento técnico. Em temas relacionados à

periculosidade por exemplo, estudos e conclusões devem ser baseados na CLT e na Norma

Regulamentadora NR 16 do Ministério do Trabalho de 08 de junho de 1978, que dispõe sobre “Atividades e

Operações Perigosas”.

Já em relação a estrutura, a ausência de um guia básico pode resultar em perícias escritas de

forma complexa, altamente técnicas ou com a própria estruturação de difícil entendimento, tanto para o

juiz, quanto para as partes (JULIANO,2017). Além disso, de acordo com Silva (2017), as impugnações de

laudos periciais geralmente são motivadas por fatores técnicos de baixa qualidade, muitas vezes

superficiais e incompreensíveis.

Sendo assim, este artigo analisa aspectos relacionados à realização de uma perícia, criando um

guia voltado para elaboração de laudos periciais de periculosidade, focado em termos técnicos abordados

na literatura, no Código de Processo Civil e em laudos técnicos, apresentando ainda estudos de casos que

contemplem este tema.

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2. OBJETIVO

O objetivo deste artigo é contribuir com orientações sobre perícias e laudos técnicos por meio de

análise aos aspectos relacionados à realização de uma perícia, demonstrando todo seu processo por meio

de um fluxograma, desenvolvendo um guia básico para elaboração dos laudos técnicos, presentando três

estudos de casos relacionados à periculosidade demostrando a importância dessas ferramentas na prática

pericial

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

No ano de 2015 foram classificados 247.613 (duzentos e quarenta e sete mil seiscentos e treze)

processos com o assunto “Remuneração, Verbas indenizatórios e Benefícios/ Adicional”, o que

corresponde a aproximadamente 20% (vinte por cento) do total de processos trabalhistas. O adicional

requisitado pode ser de periculosidade e/ou insalubridade, a depender das condições de trabalho, e para

que ambos sejam aplicados no mesmo trabalho devem possuir fatores geradores de verbas distintos, caso

contrário apenas um será executado. (POMBO; CALCINI, 2016).

O adicional de periculosidade é fornecido quando existe um trabalho em condições classificadas

como perigosas, caracterizadas pela Norma Regulamentadora NR 16 do Ministério do Trabalho de 08 de

junho de 1978, de forma que garanta ao trabalhador um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário

base, desconsiderando assim os acréscimos de prêmios, participações de lucros ou gratificações (AMORIM,

2013).

A necessidade de elucidação por parte de um técnico competente decorrente de um fato ou

situação quando exigido por autoridade é chamado de perícia e consequentemente o técnico responsável

por realizar a verificação da situação exposta é chamado de perito (BUONO, 2014). De acordo com o Código

de Processo Civil Lei n° 13.105 de 16 de março de 2015 no artigo 156 o juiz indicará um perito quando a

prova do fato depender de conhecimento técnico ou cientifico, não ficando limitado a conclusão deste.

Silvia (2017, p. 13) reconhece que o número de processos trabalhistas que necessitam de perícias para

verificar a periculosidade no ambiente de trabalho é considerável.

Os processos que tramitam com o assunto envolvendo adicional de periculosidade normalmente

requerem a presença de especialistas, uma vez que o magistrado pode não ter conhecimento suficiente

para emitir e analisar as questões técnicas em áreas fora de sua especialização, sejam elas contabilidade,

finanças, economia, administração, engenharia, medicina ou informática, de forma que o técnico nomeado

pelo magistrado passe a ser um auxiliar, uma extensão de seu conhecimento. As partes envolvidas no

processo também podem contratar um profissional especializado, que será denominado assistente técnico,

para composição de uma laudo e acompanhamento da realização da perícia, a ausência deste pode

prejudicar alguma das partes, além do que o perito fica sem um agente fiscalizador. (CARDOSO, 2017).

Filho e Fonseca (2015, p 113) concluem em seu trabalho que a prova pericial é um instrumento de

grande relevância para a decisão do magistrado, apesar de não haver unanimidade, os laudos são utilizados

em grande maioria para o deslinde das demandas judiciais. O que acontece atualmente são dificuldades

por parte dos magistrados em conseguir profissionais qualificados para realizar as perícias, de maneira

imparcial e objetiva (CARDOSO, 2017)

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A perícia segue as normas dispostas no Código de Processo Civil-CPC, constituindo um dos

elementos de prova do processo. Os mecanismos fundamentais, as regras que disciplinam as ações dos

juízes, peritos, assistentes técnicos e das partes no que diz respeito a perícia bem como as definições, estão

estruturados no CPC na seção Perito e na seção Prova Pericial, respectivamente artigos 156 a 158 e artigos

464 a 480 (BRASIL, 2015). Porém Kempner (2013, p. 12) esclarece que não existem critérios normativos

voltados para uma estruturação padronizada de um laudo pericial, e sim uma convenção entre os próprios

peritos.

De acordo com o decreto n° 5.452 de 1 de maio de 1943, que aprova a Consolidação das Leis do

Trabalho-CLT no artigo 195, é definido que a determinação bem como a categorização da periculosidade e

insalubridade, seguindo as normas do Ministério do Trabalho, serão realizadas através de Médico do

Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, devidamente registrados no Ministério do Trabalho. De acordo com

Neto, Vasques e Filho (2005, p. 10) é destaque que a perícia exige profissional habilitado nas categorias

especificadas, sendo necessário ter atribuições exigidas em lei, devendo ser cumpridas na sua integridade.

Nesse sentido a Resolução CONFEA n° 345 de 27 de julho de 1990 afirma no artigo 3° que “Serão

nulas de pleno direito as perícias e avaliações e demais procedimentos indicados no Art. 2º, quando

efetivados por pessoas físicas ou jurídicas não registradas nos CREAs”. Assim a resolução CONFEA n° 325 de

27 de novembro de 1987 estabelece para o engenheiro de segurança dentre outras atividades escritas no

artigo 4° o poder de “4-Vistoriar, avaliar, realizar perícias, arbitrar, emitir parecer, laudos técnicos e indicar

medidas de controle sobre grau de exposição e agentes agressivos de riscos físicos, químicos e biológicos,

tais como: poluentes atmosféricos, ruídos, calor radiação em geral e pressões anormais, caracterizando as

atividades, operações e locais insalubres e perigosos.”

Dentro desse contexto, atividades consideradas perigosas de acordo com Camisassa (2015, 483)

são aquelas no qual a vida do trabalhador é colocada em risco de forma que repentinamente algo ou uma

situação possa ferir de forma violenta o empregado, tendo como consequência à incapacidade, invalidez

permanente ou a morte.

Nas perícias que envolvem periculosidade o engenheiro responsável por realizar os laudos

utilizará como base a Constituição Federal, a Consolidação das Leis do Trabalho e as Normas

Regulamentadoras, também conhecidas como NR’s, responsáveis por detalhar de maneira técnica as

questões sobre saúde e segurança do trabalho (SILVA, 2017).

Ainda Silva (2017, p. 13) afirma que as perícias voltadas para periculosidade devem utilizar como

alicerce a Norma Regulamentadora número 16 que dispõem sobre “Atividades e Operações Perigosas”.

Camisassa (2015, p. 483) afirma que a periculosidade é enquadrada em 5 tipos de atividades distintas,

sendo elas: Anexo I “Atividades e operações perigosas com explosivos”, Anexo 2 “Atividades e operações

perigosas com inflamáveis”, Anexo 3 “Atividades e operações perigosas com exposição a roubos ou outra

espécie de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou profissional”, Anexo 4

“Atividades e operações perigosas com energia elétrica” e Anexo (sem número) “Atividades e operações

perigosas com radiações ionizantes ou substâncias radioativas”.

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4. METODOLOGIA

A metodologia empregada neste trabalho baseou-se inicialmente realizar análise bibliográfica

sobre o tema e assim elaborar os requisitos mínimos que devem conter uma perícia e a composição de um

laudo técnico, de acordo com as Normas Regulamentadora, Código de processo civil e leis vigentes. Assim,

com os estudos realizados neste tema, foram apresentados um fluxograma demonstrando o processo legal

que uma perícia transcorre, e um guia com os requisitos mínimos destes laudos técnicos.

Posteriormente foram apresentados três estudos de casos, acórdãos com temas referentes à

solicitação de adicional por periculosidade em diferentes ações judiciais, demonstrando diferentes casos

em que o tema pode ser aplicado, deste modo levando à análise dos resultados obtidos e realização de

esclarecimentos completos e eficientes sobre os requisitos da área de engenharia de segurança do

trabalho.

5. RESULTADOS

5.1 FLUXOGRAMA SOBRE O PROCESSO DE UMA PERÍCIA

Segundo Cardoso (2017, p. 44) a falta de qualificação do perito, principalmente pela ausência de

conhecimento jurídico é um dos principais problemas que leva a erros na sentença do magistrado. Ainda

ele afirma que através de uma noção mais aguçada o perito poderá colaborar mais efetivamente com o

trabalho do julgador.

As etapas do processo pericial são regidas pelo código de processo civil de 2015 e compreendidas

entre art.464 a art.480. Estas também foram feitas como referência por Maia Neto (2015) ao elaborar um

modelo de fluxograma ainda no antigo processo civil de 1973 para exemplificar e elucidar cada artigo. O

que Maia Neto expõem em seu livro é fundamental para que o perito tenha embasamento legal de modo

ágil e garantindo ao laudo maior confiabilidade e incontestabilidade.

O fluxograma desenvolvido neste trabalho e apresentado na Figura 1 a seguir, objetiva sinalizar ao

perito o que trata o Código de Processo Civil de 2015 sobre o tema perícia, contribuindo para melhorar o

embasamento jurídico do mesmo, demonstrando o roteiro das alternativas que podem suceder as provas

periciais. Este é similar pela estrutura ao exposto por Kempner (2017) e está de acordo com a Lei Nº 13.105

de 16 de março de 2015. O fluxograma pode ser considerado um instrumento para auxiliar no

referenciamento no momento da confecção do laudo pericial e na compreensão dos possíveis trâmites de

uma prova pericial.

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FIGURA 1: Fluxograma sobre o processo de uma perícia elaborado de acordo com os artigos do Código de Processo Civil de 2015.

5.2 GUIA PARA ELABORAÇÃO DE LAUDO TÉCNICO

Segundo Cardoso (2017, p. 46) não há um roteiro para a elaboração do laudo pericial padrão. O que

existem atualmente são convenções, geralmente embasadas em peritos experientes que desenvolvem

livros e manuais voltados para perícias, ou ainda utilizam a NBR 13.752-Perícias de Engenharia na

Construção Civil (TÉCNICAS, 1996) que prevê algumas atividades básicas que podem ser aproveitadas para

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perícias diversas. Porém existem algumas divergências entre os autores no que se refere a conteúdo de um

bom laudo.

O estabelecido é que o laudo técnico deve ser similar a uma sentença judicial e, de acordo com o

artigo 489 do CPC, deve conter relatório, fundamentos e conclusão. Ainda segundo o Código de Processo

Civil, no artigo 473, o mínimo exigido para o conteúdo de um laudo pericia é: expor o objeto da perícia;

evidenciar o método ou análise cientifica utilizado pelo perito, mostrando referências bibliográficas já

consolidada e aceitas por especialistas e ainda apresentação das respostas, de maneira mais clara possível,

das perguntas realizadas pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério Público.

A seguir, é apresentado o guia desenvolvido para elaboração de um laudo técnico e as principais

informações que devem conter em cada item, de acordo com pesquisas realizadas:

a) Capa: a primeira folha do laudo pericial, deve conter inicialmente o título indicando o tipo

de laudo que está sendo apresentado, ex: “Laudo Pericial de Periculosidade - Auxiliar em

moinho”. Também deverá ser indicado a qual juiz, vara e região que o laudo pertence, bem

como o número do processo, o reclamante, reclamado. Juliano (2017) recomentar escrever

na própria Capa um texto identificando o nome completo do perito, a formação, o número

do CREA, uma breve descrição do orçamento utilizado para a realização da perícia.

b) Sumário: contém um resumo em tópicos dos principais itens abordados dentro do laudo

pericial.

c) Identificação das Partes: é inserido os dados de quem está solicitando o trabalho e de quem

será periciado.

d) Objetivo da Perícia: Contém o motivo pelo qual está sendo realizado a perícia, ou seja, o

que está sendo pedido nos autos, especificando qual tipo de perícia está sendo feita e o seu

embasamento legal.

e) Versão de ambas as partes: Deve conter os dados do reclamante e do reclamado, bem

como os argumentos de ambas as partes.

f) Considerações preliminares: Neste tópico será relatado informações de todos os

documentos contidos nos autos, a data, hora, pessoas que acompanharam a vistoria bem

como os elementos verificados no momento da vistoria.

g) Atividade exercida pelo reclamante: Apresentação detalhada das atividades que exerce o

reclamante.

h) Local de trabalho: Descrição detalhada do local onde o reclamante exerce suas atividades.

i) Metodologia do levantamento técnico de acordo com as NRs: Para cada estudo realizado

no local periciado é necessário realizar uma descrição da metodologia aplicada bem como o

embasamento legal que levou a realização do estudo.

j) Levantamento, exame das condições e ambiente de trabalho: Neste item contém os

resultados encontrados nos estudos aplicados no item anterior, devidamente separados e

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explicados, assim como os levantamentos das condições de trabalho, uso ou não de EPI,

etc.

k) Avaliação das medidas de proteção: Neste item é colocado as informações sobre quais EPIs

foram fornecimentos, se houve treinamento para utilização, se as medidas de proteção

atende a NR 15, por exemplo.

l) Conclusão: De maneira imparcial, clara, direta e com embasamento nas normas técnicas

será exposto o resultado final da perícia, explicando as condições analisadas pelo perito

atendem a legislação atual ou não.

m) Quesitos do reclamante: Descrever se houve algum levantamento realizado pelo

reclamante. Em casos que houver deve ser esclarecida, por parte do perito, suas

respectivas respostas.

n) Quesitos da reclamada: Descrever se houve algum levantamento realizado pela reclamada.

Em casos que houver deve ser esclarecida, por parte do perito, suas respectivas respostas.

o) Bibliografia: Deve conter todas as referências bibliográficas, utilizadas pelo perito para a

realização da perícia.

p) Encerramento: Deve conter o número de páginas que compõem o laudo, bem como a

relação dos anexos. Deve conter ainda, o nome do responsável pelo laudo, profissão,

número de registro e data de elaboração.

q) Anexos: Por fim, o item anexo deve conter todas as informações necessárias, que não

foram colocadas no laudo, apenas referenciadas como fotos, projetos, croquis, mapas,

levantamento das atividades, cópia do CA dos EPIs utilizados, etc.

Conforme explica Kempner (2013, p.12) os laudos podem não ser suficientes para que o magistrado

e as partes entendam o resultado pericial. De forma que o perito pode ser solicitado, na audiência, para

prestar esclarecimentos, conforme é exposto no Código de Processo Civil.

Além disso, é imprescindível que a perícia seja realizada por profissional com conhecimento técnico

ou cientifico, da forma mais imparcial possível, em linguagem simples e coerência logica, com

fundamentação técnica para a realização da conclusão. Cardoso (2017, p. 48) reforça que o perito não deve

levantar questões alheias ao objeto pericial, pois isso pode ser interpretado como falta de imparcialidade,

porém o perito deve levantar todos os riscos encontrados no ambiente laboral independente se o

magistrado irá utilizar para a conclusão do seu julgamento, mesmo que estes não tenham sido citados nos

autos.

Seguindo o Código de Processo Civil, tanto o perito quanto o assistente podem utilizar vários meios

para chegarem na correta conclusão de seus laudos, sendo estes meios especificados como: ouvir

testemunhas, solicitação de documentação que estejam em poder das partes, de terceiros ou em

repartições públicas, instruir laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos ou outros elementos

necessários.

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5.3 ESTUDOS DE CASOS

Os três estudos de casos apresentados a seguir, são acórdãos judiciais que apresentam o parecer de um juiz ou órgão colegiado de um tribunal, integrando o laudo às avaliações feitas e o englobando dentro do contexto de julgamento, mostrando o caminho que percorre e que mesmo finalizado pode receber quesitos suplementares ou questionamentos quanto a informações existentes.

5.3.1 Inspetor de Manutenção de Aeronaves

O estudo de caso trata de uma perícia realizada para o processo julgado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 1º Região na cidade do Rio de Janeiro, onde a recorrente pessoa física acusou a recorrida pessoa jurídica de não pagar o adicional de periculosidade uma vez que a recorrente considerava plausível receber tal adicional, já que julgava trabalhar em condições perigosas (BRASIL, 2017).

As primeiras ações do perito nesse caso foi entender o histórico dos serviços prestados pelo trabalhador, realizar visita técnica até o local de trabalho, analisar e comparar a atividade com o que é descrito na Norma Regulamentadora 16 e nas leis pertinentes para o caso, e então concluir a existência ou ausência de periculosidade.

Assim foi verificado que o cargo do reclamante inicialmente era Ajudante de Manutenção e posteriormente Inspetor de Manutenção de Aeronaves, o mesmo alegava ter desempenhado suas funções em contato com explosivos e inflamáveis uma vez que dentre outros serviços, realizava a inspeção do sistema de combustível das aeronaves, no interior dos tanques de combustíveis, linhas de abastecimentos e linhas de distribuição na própria aeronave o que caracterizaria, segundo o reclamante, condições de risco acentuado. Já a reclamada por sua vez negou que o trabalhador tivesse contato com inflamáveis ou explosivos em sua rotina de trabalho que configurasse uma situação perigosa e que o trabalhador exercia suas funções no galpão e não havia abastecimento das aeronaves neste momento.

O conflito de argumentos e a especificidade da situação justificou que o juiz pedisse a presença do perito do trabalho, na ocasião foi chamado um médico do trabalho para realizar o estudo, fato este resultante da impugnação da perícia por parte do reclamante pois o mesmo alegava falta de conhecimento do perito em tal área, porém de acordo com os termos da CLT no artigo 195 tanto o médico quando o engenheiro estão aptos para realização da perícia do trabalho desde de que comprovado a especialização em medicina do trabalho e engenharia de segurança do trabalho, respectivamente.

A perícia, realizada na presença do Assistente Técnico da ré, foi determinante para a decisão final do tribunal, uma vez que a visita in loco mostrou que inicialmente o reclamante exercia sua função como reparador preventivo e corretivo de materiais no interior das aeronaves e após sua promoção o local de trabalho era no hangar de manutenção (galpão), onde existiam restos de combustíveis suficientes apenas para manobras e taxiamento das aeronaves, havia procedimento de segurança para o acesso ao interior dos tanques de combustível das aeronaves e as mesmas eram devidamente aterradas para evitar faíscas. Porém o perito constatou que não eram exercidas atividades no interior dos tanques, deixando como anexo no laudo pericial o Perfil de Cargo, onde é relatado as atividades exercidas pelo Inspetor de Manutenção de Aeronaves, fato importante para elucidar a situação problema.

Os abastecimentos das aeronaves eram realizados por outra empresa distante do galpão, porém o perito não deixa claro se o raio era superior ou inferior (área perigosa) a 7,5 metros conforme preconiza a NR 16 em seu anexo 2 “Atividades e Operações Perigosas com Inflamáveis” no quadro “Áreas de risco” no item “g” e “q”, o que o perito esclarece é a existência de medidas de segurança no momento do abastecimento.

Assim o perito conclui que o reclamante não trabalhava em condições de periculosidade, e seu embasamento legal decisivo foi no artigo 193 da CLT alegando que o fator determinante é a sujeição do empregado ao risco proveniente do contato com inflamáveis ou explosivos, ou seja, o contato direto, o que não ocorria de acordo com a perícia.

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Nesta perícia é possível observar dois fatos importante de acordo com uma visão técnica, primeiro a ausência de esclarecimentos concretos sobre a real distância do trabalhador da área de risco e segundo a conclusão final do perito alegando que não existia periculosidade, existia insalubridade no nível máximo. Mostrando nesse último fato que o perito foi além da análise de periculosidade solicitada pelo juiz, analisou toda a situação que comprometia a segurança do trabalhador.

5.3.2 Motorista de Empresa Varejista

O próximo estudo de caso teve sua primeira conclusão na 1° Vara do Trabalho de Jundiaí e posteriormente decisão judicial final realizada pelo Supremo Tribunal Federal do Trabalho que concluiu por não aceitar a conclusão pericial da existência de periculosidade, onde o reclamante exercia a função de Motorista.

A justificativa para o não aceite da conclusão pericial foi o fato do perito considerar em seu laudo o ambiente de trabalho do reclamante perigoso pelo fato do mesmo entrar em área perigosa durante o abastecimento do caminhão, pelo tempo máximo de 5 minutos de acordo com o laudo pericial, porem o magistrado entendeu que a situação em questão era simular ao perigo que qualquer pessoa corre ao abastecer seu veículo.

Além disso o juiz embasou seu argumento no artigo 193 da CLT onde afirma que as atividades ou operações perigosas são aquelas onde o trabalhador fique exposto de maneira permanente a inflamáveis e explosivos. A palavra “permanente” refuta a conclusão pericial que afirma periculosidade pelo fato do trabalhador estar em uma zona de perigo pelo tempo de 5 minutos.

O embasamento pericial poderia ser considerado se o trabalhador exercesse também a função de frentista, e por tal motivo abastecesse o veículo, haja visto que a Norma Regulamentadora número 16 em seu anexo 2, quadro 1, item “m”, afirma que a atividade exercida na operação de bombas de abastecimento de inflamáveis líquidos é uma atividade considerada perigosa. Mas o depoimento do reclamante, afirma que o abastecimento era realizado por frentistas e não por ele.

Neste estudo de caso o que pode ser observado são dois cenários, o primeiro é a possível falta de conhecimento sobre as leis e normas que regem a periculosidade e os laudos periciais por parte do perito. O segundo é a qualidade dos laudos entregues ao magistrado, fator preocupante pois força o juiz a criar desconfianças em relação a conclusão final do técnico especialista.

5.3.3 Gerente de Produção

O terceiro estudo de caso, contrário aos demais, trata-se de uma pericia onde foi constatado periculosidade e a conclusão técnica foi aceita pelo magistrado. Esta perícia foi solicitada pelo magistrado que exerce suas funções na 6° Vara do Trabalho de Nova Iguaçu e posteriormente concluída pelo Tribunal Regional do Trabalho da 1° Região.

O autor da ação exercia o cargo de Gerente de Produção, o mesmo afirmou a existência de periculosidade no ambiente de trabalho, por estar em contato com substancias inflamáveis e explosivas, além do que o mesmo relatou ter passado por situações de constantes perigos, como a explosão do tanque de inseticida que culminou em ferimentos de outros funcionários e incêndio no local de trabalho, também o reclamante relata outro episódio onde houve vazamento de cloro, obrigando o deslocamento dos funcionários.

Ao contrário do reclamante, a reclamada através do laudo elaborado pelo assistente técnico concluiu a ausência de periculosidade no local de trabalho do Gerente, visto que os materiais inflamáveis estavam acondicionados e armazenados de acordo com o que preconiza a NR 16 no quadro I, substâncias armazenadas corretamente até 450 litros (mediamente perigoso) não caracterizando periculosidade.

Resolvendo tal impasse, o perito concluiu em seu laudo a existência de periculosidade já que a atividade exercida pelo reclamante na condição de Gerente de Produção, atuava na intervenção no almoxarifado de inflamáveis (tintas e solventes) em auditorias. Além disso deveria realizar a supervisão, orientação,

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coordenação e inspeção das atividades realizadas por outros trabalhadores neste local. A perícia destacou que tais atividades ocorriam de forma habitual e intermitente, situação esta considerada perigosa conforme destaca o artigo 193 da CLT.

Elucidando mais ainda a decisão técnica pericial, o perito acrescenta em seu laudo o que preconiza o anexo 2, alínea “b” da NR 16 onde as atividades e operações perigosas com inflamáveis no que diz respeito ao transporte e armazenamento de líquidos e gasoso, devem todos aqueles presentes na área de operação receberem adicional de periculosidade.

Além desses fatos, o perito constatou que o reclamante tinha contato habitual e constante com os líquidos inflamáveis, de forma que a prevenção em armazenar conforme exige a NR 16 era irrelevante, uma vez que o volume total dos líquidos armazenados era de 1.035 litros, assim o perigo deveria ser contabilizado pelo volume total armazenado no ambiente de trabalho e não pelo volume fracionado de cada recipiente. Com tal conclusão, o juiz seguiu a recomendação do perito aplicando o adicional.

A situação deste estudo de caso gera confusão na interpretação da NR 16, isso porque o anexo 2, inciso I alínea “b” afirma que devem ser considerados atividades e operações perigosas todos os trabalhadores da área de operação na parte de armazenagem e transporte de inflamáveis líquidos e gasosos. Porém no inciso 4 a periculosidade é eliminada caso o armazenamento siga as instruções do quadro I.

Assim, de acordo com a interpretação do perito o que sobressai é o volume total de líquidos inflamáveis

presentes no local, independentemente se estão armazenados corretamente de acordo com a NR16 que

afirma categoricamente que é descartado a hipótese de periculosidade, independente da quantidade total

de líquidos inflamáveis existentes no local, caso os inflamáveis estejam fracionados de acordo com a

exigência da norma.

6. CONCLUSÕES

Em qualquer área de conhecimento específico, para que um perito seja escolhido por um juiz ou partes

e chegue a desenvolver um laudo pericial, este passará por etapas que muitas vezes estão fora de sua área

de atuação, trazendo assim profissionais de diversos setores e que possuem competência para ajudarem a

elucidar as decisões judiciais. O problema é o desconhecimento dos trâmites de uma nomeação de um

perito até a realização de um laudo pericial.

O primeiro estudo de caso, cujo reclamante trabalhava como Inspetor de Manutenção de Aeronaves

elucida este problema, onde a conclusão do perito baseou no que preconiza o artigo 193 da CLT, não

deixando algumas informações importantes evidenciadas, o que resultou no pedido de impugnação. A

perícia realizada pelo médico do trabalho, por tal motivo, apresentou margens para questionamentos.

O agravamento da situação da qualidade dos laudos periciais fica mais evidente no segundo estudo de

caso onde o magistrado recusou o laudo, justificando a recusa pelo fato do perito não ter levado em

consideração o que diz o artigo 193 da CLT, focando apenas na NR 16. Este fato, não isolado, reforça a ideia

do desconhecimento que muitos peritos têm em relação as legislações que envolvem a elaboração dos

laudos perícias de periculosidade, mostrando que além dos fatores técnicos, os fatores legais, leis e normas

são fundamentais para um excelente embasamento técnico conclusivo. Evitando assim insegurança dos

magistrados e partes envolvidas em relação a qualidade do laudo pericial.

A conclusão equivocada do laudo pericial pode resultar em uma sentença equivocada por parte do

magistrado. Essas situações ocorrem devido o despreparo em relação as leis e normas que regem a perícia

do trabalho, o que resulta em laudos pobres e muitas vezes inúteis para seu propósito. Cabe ressaltar que

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A. PAZINI; B. SILVA;

o juiz pode não concordar com a perícia por vários motivos, a depender de cada caso, o que também pode

ser um problema, uma vez que a conclusão técnica correta nem sempre é acatada

No terceiro estudo de caso onde o reclamante exercia o cargo de Gerente de Produção a

interpretação da NR 16 por parte do perito, foi totalmente aceita pelo magistrado e assim sentenciado o

adicional de periculosidade para o trabalhador, mesmo a conclusão tenha sido feita em contrariedade a

um item da NR 16.

Portanto, conclui-se que o fluxograma e o guia desenvolvidos neste artigo são importantes, para

ressaltar as diretrizes possíveis e os principais requisitos que regem cada etapa do processo pericial, como

base em diferentes domínios, e também aprofunda nos casos específicos relacionados à periculosidade,

evidenciando a necessidade do conhecimento, por parte dos peritos, das leis e normas que regem a perícia

do trabalho.

7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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