A Pedagogia da Cooperação

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    A Pedagogia da Cooperao: Construindo um Mundo ondeTodos podem VenSer!

    Fbio Otuzi Brotto

    Projeto Cooperao Comunidade de Servios

    Florianpolis-SC. BRASIL

    [email protected]

    Comeando Juntos

    Uma viso sem uma tarefa, apenas um sonho.

    Uma tarefa sem uma viso, somente um trabalho rduo.

    Mas, uma viso com uma tarefa, pode mudar o mundo.[1]

    Quando falamos em Pedagogia da Cooperao, estamos imaginando um Caminho de

    Ensinagem Compartilhada, onde cada um e cada uma so considerados mestres-aprendizes,

    com-vivendo a descoberta de si mesmos e do mundo, atravs do encontro com os outros,

    diante de situaes-problema que os desafiam a encontrar solues cooperativas para o

    sucesso de todos e para o bem-estar Como-Um.

    A Pedagogia da Cooperao pode ser percebida como um conjunto de sinais, indicadores,

    pistas e toques, para orientar a caminhada daqueles que se aventuram pelas trilhas da

    Cooperao rumo ao centro essencial de sua prpria Comum-Unidade.

    uma pedagogia viva, acontecendo em alguns Momentose em muitos Movimentos,

    sendo organicamente articulada com os passos e com-passos dados ao longo do caminho

    Por quem caminha. uma jornada de realizao exterior para promover a transformaointerior Da pessoa e do grupo.

    Como um mapa de uma viagem que se renova constantemente, a Pedagogia da Cooperao,

    desenvolvida a partir de quatro Momentostransdisciplinare holograficamente articulados:

    1 Momento: Viso (Princpios).

    2 Momento: In-Forma-Ao (Procedimentos).

    3 Momento: Ao (Processos).

    mailto:[email protected]://www.projetocooperacao.com.br/2009/04/14/a-pedagogia-da-cooperao-construindo-um-mundo-onde-todos-podem-venser/#_ftn1_2892mailto:[email protected]://www.projetocooperacao.com.br/2009/04/14/a-pedagogia-da-cooperao-construindo-um-mundo-onde-todos-podem-venser/#_ftn1_2892
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    4 Momento: Trans-Forma-Ao (Prticas).

    Considerando este nosso dilogo como um primeiro passeio pelos campos da Pedagogia da

    Cooperao, seguiremos compartilhando alguns dos pontos balizadores de cada um

    desses Momentos do Caminho

    1 Momento: Viso (Princpios)

    Ao imaginarmos uma Pedagogia da Cooperao, logo pensamos sobre uma Filosofia da

    Cooperao: princpios, valores, viso de mundo, perspectivas sobre a co-existncia

    humana Como bagagem essencial para uma boa jornada.

    1. Princpio da CO-EXISTNCIA.

    Atualmente, no difcil perceber o quanto somos-estamos ligados uns aos outros. E no

    apenas ligados aos outros que so-esto prximos da gente, mas nos perceber conectados

    intimamente, com pessoas, situaes, lugares e acontecimentos, aparentemente muito

    distantes e sem relao direta com nossa vida.

    Compreendemos que estamos Todos Juntos num mesmo Grande Jogo e que seja l o que

    algum pensa, sente, faz ou no faz, afeta todos os outros e afetado por todo mundo, sem

    exceo. Esta conscientizao da Interdependncia como uma caracterstica factual de nossa

    existncia, pode nos ajudar a perceber o quanto de Cooperao necessrio resgatar para

    dar conta das questes que estamos vivendo neste momento, quer sejam na sala de aula,

    no local que trabalhamos, no bairro onde moramos, no pas em que vivemos no planeta que

    habitamos ou no universo onde existimos.

    Cada pensamento, sentimento, sensao e ao ou no-ao de qualquer um, afeta e

    afetado por todos os outros Ns da Teia da Cooperao.

    Ns inter-somos na co-existncia cotidiana!

    Porm, nem sempre temos tido conscincia dessa Interdependncia to flor da pele. Porisso, penso ser importante dedicar boa parte do que fazemos na escola, no trabalho, na

    comunidade e na famlia, para recuperar a Conscincia dessa nossa inteireza e re-ligao.

    Em parte, essa no conscientizao conseqncia de uma viso fragmentada da realidade

    e da gente mesmo. Saber-se Interdependente antes de tudo, renovar a viso que temos

    sobre as diferentes relaes que estabelecemos com os outros. exercitar nosso olhar,

    olhando por outras ticas e renovando a tica de Comum-Unidade no cotidiano.

    Creio que exercitando o olhar para alm da superfcie e das aparncias, poderemos

    aperfeioar nossas Co-Opetncias (competncias compartilhadas) para ver o que h decomum na diferena, o que h de proximidade no distanciamento e, especialmente, o que h

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    de solidrio no solitrio. Entretanto, nem sempre estamos abertos e sensveis para perceber

    as relaes de interdependncia entre ns. No somente porque essas relaes de

    interdependncia no so objetos fsicos visveis aos olhos, mas fundamentalmente porque

    nem os nossos olhos e nem as nossas mentes foram preparados e educados para v-las

    (Assmann e Sung, 2000). Para isso, necessrio limpar a lente que temos usado paraenxergar uns aos outros e assim, nos liberar da Iluso de Separatividade (Weil, 1987) e

    recuperar a Viso de Comum-Unidade para nos percebermos como partes uns dos outros.

    Alm dessa fragmentao na educao de nossos olhares e mentes, podemos reconhecer

    outros obstculos Interdependncia real, pois quanto maior a extenso do sistema

    social, os efeitos, benficos ou perversos das aes e omisses levam mais tempo para

    retornar a sua origem e tocar os agentes (Mariotti, 2000).

    Nesse sentido, podemos desenvolver iniciativas para a reaproximao de pessoas e gruposque nos ajudem a perceber cada ocorrncia, cada fato, como fenmenos pertencentes

    realidade da qual somos e fazemos parte. Penso que podemos criar pontos de ressonncia

    na sociedade, pequenos grupos comunitrios servindo como elos para comunicar com maior

    agilidade e fidedignidade os efeitos das diferentes intenes e aes que se manifestam no

    sistema.

    Tomar cuidado, zelar pelo campo de nossa co-existncia, deve ser uma ateno permanente,

    porque havemos ainda de considerar mais um bloqueio Conscincia de Interdependncia:

    A distribuio desigual dos efeitos benficos e malficos no interior do sistema impede que

    exista uma mobilizao interdependente de indivduos e grupos. Em outras palavras, nem

    todos so afetados no mesmo instante e com a mesma intensidade (Mariotti, 2000).

    Diante destes bloqueios e de tantos outros Interdependncia como um fato, preciso

    continuar olhando mais atenta, ampla e profundamente a vida, para podermos enxergar os

    efeitos e defeitos das atitudes e comportamentos que praticamos nos vrios ambientes que

    diariamente freqentamos, especialmente, no ambiente das organizaes de trabalho.

    2. Princpio da COOPERAO.

    O desenvolvimento da Cooperao como um exerccio de co-responsabilidade para o

    aprimoramento das relaes humanas em todas as suas dimenses e nos mais diversificados

    contextos, deixou de ser apenas uma tendncia, passou a ser uma necessidade e em muitos

    casos, j um fato consumado (Henderson, 1996). Porm, no definitivo.

    preciso nutrir e sustentar permanentemente o processo de integrao da Cooperao no

    cotidiano pessoal, comunitrio e planetrio, reconhecendo-a como um estilo de vida, uma

    conduta tica vital, que esteve consciente ou inconscientemente, presente ao longo da

    histria de nossa civilizao.

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    Contrariando o mito da competio como forma de garantir a sobrevivncia e evoluo

    humana, existe um conjunto amplo de evidncias indicando que os povos pr-histricos,

    que viviam juntos, colhendo frutas e caando, caracterizavam-se pelo mnimo de

    destrutividade e o mximo de cooperao e partilha dos seus bens (Orlick, 1989).

    Ainda hoje, podemos encontrar culturas cooperativas em vrias sociedades ancestrais

    existentes no planeta. Isto pode indicar uma boa reflexo sobre a natureza competitiva do

    ser humano, pois se essa idia fosse totalmente verdadeira, seria lgico encontrar nas

    comunidades ancestrais (representantes da poro mais natural da nossa espcie), traos de

    uma cultura predominantemente, competitiva.

    Diferentemente disso, tem-se descoberto indcios de uma Cooperao quase que gentica,

    como um ingrediente imprescindvel para surgimento e evoluo da Vida. Erich Fromm

    (1973) analisou trinta culturas primitivas e as classificou com base na agressividade-competitiva e no pacifismo-cooperativo. Ora, se existem sociedades humanas pacficas e

    cooperativas, e outras agressivas e competitivas, podemos inferir que se h uma natureza

    humana possvel de ser afirmada, esta seria uma natureza de possibilidades.

    A antroploga Margaret Mead (1961), depois de ter analisado diferentes sociedades, concluiu

    que os vrios graus de competio e cooperao existentes, so determinados pelas

    respectivas estruturas sociais. Considerando essa estrutura social como resultado das aes

    e relaes dos membros de um grupo social, compreendo a Cooperao e a Competio

    como desdobramentos das nossas escolhas, decises e atitudes praticadas na interao comoutros indivduos num pequeno grupo, comunidade, sociedade, pas ou no ambiente das

    relaes internacionais.

    Somos socializados e socializamos os outros para a Cooperao e Competio atravs da

    educao, da cultura e da informao. Portanto, tornar a sociedade Solidrio-Cooperativa ou

    Solitrio-Competitiva uma ao poltica, isto , uma arte pessoal e coletiva capaz de

    realizar o melhor (im)possvel para todos.

    Terry Orlick, professor da Universidade de Ottawa, no Canad, e um dos precursores emJogos Cooperativos no mundo, nos oferece uma viso ampliada sobre a dinmica de

    Competio e Cooperao, considerando-a como um espectro de atitudes humanas que

    variam e se movimentam de acordo com a motivao presente em cada situao (1989).

    Fortalecendo essas idias, de acordo com Humberto Maturana (1990), os seres humanos no

    so apenas animais polticos, mas, sobretudo animais cooperativos. Para ele, a cooperao

    central na maneira humana de viver, como uma caracterstica de vida cotidiana

    fundamentada na confiana e no respeito mtuo.

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    Isto talvez, nos ajude a entender um pouco melhor as dificuldades apresentadas por

    indivduos e grupos que se dispe a cooperar. Porque confiana algo a ser construdo e

    permanentemente nutrido. Confiar estabelecer um pacto de cumplicidade e de certa

    maneira, entregar o destino da prpria vida, nas mos uns dos outros.

    Estivemos durante muito tempo, nos educando, treinando, nos preparando para no nos

    mostrarmos aberta e autenticamente ao outro. Aprendemos a dissimular, no nos expormos

    como somos mesmo, sob o risco de ao faz-lo, revelar nossas fraquezas e ento sermos

    atacados e derrotados pelos temveis adversrios Os outros seres humanos.

    Para promover a mudana necessria, podemos passar a criar espaos para uma nova

    maneira de olhar uns aos outros, e a si mesmo, para ento, podermos alterar nossa maneira

    de com-viver. Atravs de uma Educao baseada no desenvolvimento de Competncias

    Cooperativas, poderemos despertar e olhar mais claramente sobre essa pseudo-ameaa apresena do outro que imaginamos estar nos cercando. Podemos fazer crescer nossa

    habilidade de fazer Com-Tato e de Co-Operarconsigo mesmo; com o outro; com o Inteiro-

    Ambiente; e com a Comum-Unidade.

    Cooperao, confiana e respeito mtuo parecem ser um dos alicerces principais para a co-

    evoluo humana. Para isso, precisamos reaprend-los, desenvolvendo o interesse pelo bem

    comum e o compromisso com o florescimento de uma Comum-Unidade Humana Real (nem

    ideal, nem normal) exercitada e cultivada no cotidiano.

    3. Princpio da COMUM-UNIDADE.

    Considerando nossa Co-Existncia como um Fato da vida e a Cooperao como

    umaPrtica Diria, podemos imaginar a Comum-Unidade como oAmbiente onde podemos

    cultivar o Esprito de Grupo, ou como disse Malidoma Some (1998), desenvolver o Instinto

    de Comunidade.

    Grande parte dos estudos, pesquisas e trabalhos realizados no mundo atualmente, est

    focalizando a redescoberta do esprito de Comunidade em todos os lugares: na escola, no

    trabalho, na rua, em casa Consigo mesmo, pois estamos usando o instinto de comunidade

    para nos isolar e proteger uns dos outros, em vez de criarmos uma cultura global de

    comunidades diversas e entrelaadas (Wheatley e Kellner-Rogers in Hesselbein, 1998).

    Todos sentimos como forte o impulso para nos agregarmos a outros, para nos aproximar

    para constituir grupos, times, famlias e turmas. Ao mesmo tempo, sabemos quo desafiador

    criar boas condies para a sustentabilidade dessas pequenas e complexas Comum-

    Unidades que criamos ao nosso redor. Para Wheatley e Kellner-Rogers (1998), esse

    paradoxo ocorre porque toda vida se configura como seres individuais que imediatamente se

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    lanam a criar sistemas de relacionamentos. Esses indivduos e sistemas surgem de duas

    foras aparentemente conflitantes:

    1) A necessidade absoluta de liberdade individual.

    2) A inequvoca necessidade de relacionamentos.

    Em outras palavras, o problema poderia ser colocado assim: Como Ser e FAZER JUNTOS

    alguma coisa que sozinho ningum seria capaz de fazer to bem Nem seria capaz de

    desfrutar to plenamente, como se fizesse em Cooperao COM outro, num ambiente de

    Comum-Unidade?

    Estudos clssicos sobre a psicologia dos grupos, tais como os de Morton Deutsch na dcada

    de 60, tm abordado as diferentes experincias vividas em situaes de Competio e

    Cooperao, demonstrando experimentalmente, os efeitos de uma e de outra nos processos

    grupais e na dinmica pessoal (Deustch apud Rodrigues, 1972).

    Todos ns, de muitas maneiras, sabemos bem como complexa essa dinmica Cooperao-

    e-Competio na vida em Comum-Unidade. Praticamente o tempo todo estamos diante de

    situaes nas quais somos convidados a descobrir um terceiro jeito de resolver o problema,

    alcanar a meta, harmonizar o conflito Enfim, de sacar uma jogada onde todos ganhem e

    ningum precise perder.

    No meio daquele caos todo, bate a vontade de tocar a coisa sozinho deixa comigo, ento,

    que eu resolvo do meu jeito!ou Ah ?! Ento faz voc. Quero ver se faz melhor!ou

    ainda J que no tem acordo, vamos ver quem que consegue mesmo fazer o que t

    falando que faz!ou pra terminar Eu sabia. Num ia dar certo mesmo. melhor cada um

    ficar na sua!.

    O anseio por Viver em Comum-Unidade h muito tempo sonhado Contudo, uma

    caminho ainda incerto e repleto de surpresas!

    Nesse sentido, vale a pena lembrar que em comunidades humanas, as condies de

    liberdade e de unio so mantidas vibrantes concentrando-se no que acontece no corao da

    comunidade e no se fixando nas formas e estruturas da mesma (Wheatley e Kellner-Rogers

    in Hesselbein, 1998).

    Por isso mesmo, cuidemos do que est no CENTRO de toda e qualquer Comum-Unidade.

    Mantenhamos o fogo aceso no meio da roda! Restauremos a todo instante, no aquilo que

    for importante, mas o que Essencial!

    Para Margaret Wheatley e Myron Kellner-Rogers, que conduzem o trabalho do BerkanaInstitute (EUA), uma fundao de pesquisa sem fins lucrativos que estuda novas formas e

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    idias organizacionais, sem estarmos de acordo sobre o motivo para estarmos reunidos,

    nunca podemos desenvolver instituies que faam qualquer sentido: nosso instinto de

    comunidade nos leva a uma comunidade minha, e no a uma comunidade nossa(1998).

    Tudo isto, InterDepende da Comum-Unidade que desejamos ver aconteSerentre-ns.

    Diferentes Comunidades podem existir e so sempre reflexos doJeito de Ver-e-Viver(Brotto,

    2001) do conjunto de seus integrantes. Compartilhar cotidianamente sobre nossas intenes,

    atitudes e comportamentos no ambiente da Comunidade que sonhamos-realizamos, pode ser

    um hbito simples e maravilhoso, suficientemente poderoso, no para mudar o mundo, mas

    para torn-lo mais transparente, acessvel, compreensvel, sensvel E possvel para todos,

    sem exceo!!!

    Criar, desenvolver e sustentar Comunidades um cultivo em muitas dimenses e para todoo tempo: pode ser leve, apesar de freqente; bem-humorado mesmo que profundo; livre e

    altamente comprometido; um passo-a-passo gradual e pronto para grandes saltos; aberto

    para abraar o novo e muito focado no essencial; pode ser Ou no Mas, ser ou no, COM

    todos em Cooperao!

    2 Momento: In-Forma-Ao (Procedimentos)

    No primeiro Momento de nossa conversa, fomos convidados e convidadas a reconhecer

    osPrincpios da Co-existncia, da Cooperao e da Comum-Unidade como reflexos

    da Viso que est por trs decada uma de todas asAes empreendidas para facilitar o

    desenvolvimento da Cultura da Cooperao.

    Aqui-e-agora, vamos procurar nos envolver com alguns dos Procedimentos facilitadores do

    desenvolvimento da Cooperao em diferentes grupos e ambientes, tais como:

    O Crculo e o Centro:

    O Crculo uma forma e um smbolo. Desde os tempos imemoriais, a humanidade se rene

    em Crculos para compartilhar suas jornadas, conquistas e realizaes, problemas e

    solues, lutos e celebraes Quando formamos um Crculo recuperamos o sentido de

    Comum-Unidade, pois na roda todos so vistos como iguais; todos se vem e so vistos por

    todos; no h quem est acima, nem abaixo; todos esto no Crculo, nem dentro, nem fora.

    Assim, em Crculo, somos estimulados e estimuladas a manter atitudes e relaes circulares,

    aquelas que so capazes de aparar as arestas, de arredondar os cantos, de harmonizar as

    diferenas e de encurtar as distncias Aproximando-nos do Centro Como-Um. Ao compor

    um Crculo, reconhecemos a existncia de um Centro, de algo que est entre-ns, que

    comum a todos e todas, sem exceo. Nele est aquilo que essencial para o grupo

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    o fogo que precisa ser mantido vivo no centro da roda. E por ser assim, cuidado por cada

    um e cada uma Todo o tempo.

    Crie o Centro com algo bem familiar ao Grupo que est reunido. Uma boa dica utilizar um

    vaso com flores naturais, sobre um tapetinho simples. As flores simbolizam sementessingulares que desabrocham na diversidade Encantando o ambiente com a simplicidade e

    beleza.

    O que est no seu Centro? E no nosso Centro?

    A Ensinagem Cooperativa:

    Ensinagem?

    o processo de ensino-aprendizagem na linguagem de uma amiga-mestra Neyde

    Marques[2] que com a deliciosa sabedoria do povo de l, economiza tempo no discurso

    para aproveit-lo melhor no percurso compartilhado que a vida oferece.

    Ensinagem Cooperativa? Claro, existem muitas boas maneiras para aprender alguma coisa.

    Nossa preferncia por aprender FAZENDO Juntos!

    Da, toda a Pedagogia da Cooperao estar baseada em trs movimentos:

    Convivncia: Ter a vivncia compartilhada como o contexto fundamental para aaprendizagem. preciso experimentar para poder re-conhecer a si mesmo e aos outros.

    Conscincia: Criando um clima de cumplicidade entre os participantes, incentivando-os a

    refletir sobre a convivncia na Atividade e sobre as possibilidades de modificar

    comportamentos, relacionamentos e at da prpria Atividade, na perspectiva de melhorar a

    participao, o prazer e a aprendizagem de todos.

    Transcendncia: Ajudando a sustentar a disposio para dialogar, decidir em consenso,

    experimentar as mudanas propostas e integrar na Atividade e na vida, as transformaesdesejadas.

    Vamos aprender Fazendo Juntos?!!

    Do mais simples para o mais complexo:

    De certo modo, toda evoluo ocorre de dentro para fora, do pequeno para o maior, do mais

    prximo para o mais distante, do indivduo para a sociedade Do mais simples para o mais

    complexo. Assim, aprendemos a correr, aprendendo a andar; aprendemos a escrever,

    http://www.projetocooperacao.com.br/2009/04/14/a-pedagogia-da-cooperao-construindo-um-mundo-onde-todos-podem-venser/#_ftn2_2892http://www.projetocooperacao.com.br/2009/04/14/a-pedagogia-da-cooperao-construindo-um-mundo-onde-todos-podem-venser/#_ftn2_2892http://www.projetocooperacao.com.br/2009/04/14/a-pedagogia-da-cooperao-construindo-um-mundo-onde-todos-podem-venser/#_ftn2_2892
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    aprendendo a falar Aprendemos a Cooperar, praticando a Cooperao em diferentes nveis:

    pessoal, grupal, institucional e Comum-Unitrio.

    Para alcanarmos nveis mais complexos de Cooperao preciso cultiv-la nos nveis mais

    simples, por exemplo: Ao buscar a Cooperao entre as Instituies Sesi-Senai (nvelComum-Unitrio), preciso promover a Cooperao dentro do Sesi e do Senai (nvel

    Institucional), que por sua vez, leva Cooperao dentro de cada diretoria, gerncia,

    departamento, equipe (nvel Grupal), e da, chegando Cooperao de pessoa-pra-pessoa

    (nvel Pessoal).

    Dentro dessa perspectiva holstica-transdisciplinar, teremos melhores chances de promover a

    Cooperao, quanto melhor estivermos desenvolvendo-a simultnea e adequadamente, em

    seus diferentes nveis.

    Voc j Cooperou, hoje?!!!

    Com quem?

    Focalizando a Cooperao:

    Focalizar um processo de Cooperao ser como a luz acendida no quarto escuro. apenas

    ajudar a iluminar a situao para que cada um descubra seu prprio caminho, d seus

    prprios passos e siga na direo de sua prpria transformao E que alm disso, se

    mantenha aberto em colaborar com aqueles outros que esto, assim como ele mesmo, no

    infinito caminho de seu eterno reencontro.

    Enquanto Pedagogos e Pedagogas da Cooperao, nossa tarefa criar e manter um

    ambiente de Cooperao, suficientemente, favorvel para o desabrochar da Conscincia de

    Cooperao em cada pessoa, em cada grupo, em cada instituio e em toda a Comum-

    Unidade.

    Comear e terminar com todos juntos:

    Eu gosto muito desta pista!!!

    Sabe, ela d aquela sensao da gente fazer parte de um time. Um time se mantm firme

    diante dos maiores desafios (at quando o desafio maior o prprio time) e celebra juntos

    cada pequena conquista. Tem, tambm, aquela fidelidade a toda prova A dos pactos de

    sangue (que s vezes o da cuspidela na palma da mo di menos e to firme como os

    outros, n?), de mano-pra-mano Coisas de uma cumplicidade deliciosa!

    Nem sempre conseguimos realizar um processo de Cooperao mais robusto, que apareamuito Mas, comear e terminar com todos juntos, to simples de fazer que cabe em

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    qualquer lugar, situao e grupo. E por ser assim to simples que maravilhosamente

    potente.

    Pode ser atravs de uma histria contada, de uma dana danada, de um jogo jogado E

    at por um silncio compartilhado. O que vale sermos e estarmos todos juntos Pelomenos no comeo e no final da caminhada. Muita coisa pode acontecer durante uma jornada

    coletiva, no importa nos sabemos ser um Time Como-Um.

    Acontea o que acontecer, comeamos e terminamos juntos!!!

    Espero que com estas dicas, pistas e toques, tenhamos todos e todas uma boa clareza sobre

    alguns dos Procedimentos vinculados Pedagogia da Cooperao. Com eles na mente e no

    corao, poderemos seguir caminhando em frente, descortinando outras paisagens,

    atravessando campos novos e circulando por alguns dos Processosfacilitadores daCooperao.

    3 Momento: Ao (Processos)

    H muito tempo, a humanidade vem desenvolvendo estratgias colaborativas para favorecer

    sua prpria evoluo e a do meio em que vive. como se tivssemos um instinto de

    cooperao (Winston, 2006) que vem se aperfeioando desde os humanos primitivos que

    viviam nas savanas africanas, at os humanos civilizados vivendo na aldeia planetria da

    atualidade.

    Muitos desses Processos esto sendo sistematizados como uma nova linguagem pedaggica,

    combinando a sabedoria de toda nossa ancestralidade, com os recursos de nossa

    modernidade Imaginando desvendar um caminho que nos guie em direo contnua e

    infinita eterna-idade.

    Vejamos alguns deles:

    Jogos Cooperativos:

    Um dos aspectos essenciais, presente nosJogos Cooperativos, a possibilidade de

    ampliarmos nossa conscincia sobre a Cooperao. Nesse tipo de Jogo, onde se o

    importante competir o fundamental cooperar (Brotto, 1997), podemos nos dar conta

    dos padres competitivos que muitas vezes adotamos, como se fossem a nica alternativa,

    para a relao com o outro e com o mundo. Dessa forma, expandimos nossas percepes

    sobre a importncia de praticarmos um saber fazer coletivo que inclua o exerccio de

    convivncia e o aprimoramento das relaes grupais como condies fundamentais para a

    vida coletiva.

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    Nesse sentido a experincia da Cooperao, vivida por meio do Jogo Cooperativo, nos ajuda

    a reconhecer a importncia de aprender a fazer com o outro, bem como, valorizar os

    processos de construo coletiva presentes nos diferentes contextos de nossas relaes

    cotidianas: na educao, no ambiente familiar, na comunidade e no mundo das organizaes

    de trabalho.

    Danas Circulares:

    No atual momento de evoluo da Humanidade, a Dana Circular auxilia na expresso

    amorosa de cada indivduo, despertando o esprito de Cooperao. Trabalha com Danas

    Folclricas, tnicas e Coreografadas; com msicas de diversos ritmos, msicas clssicas e

    cantos universais. Tem como um de seus propsitos demonstrar que cada pessoa pode

    entrar em contato com o mais profundo ponto do seu ser, o ponto do corao e, a partir da,

    se tornar criativo, alegre e participante ativo na sua comunidade. Ressalta ainda aimportncia da diversidade entre os povos despertando o sentido de Unidade Planetria.

    Aprendizagem Cooperativa:

    Atravs da Cooperao no dia a dia da sala de aula, podemos transformar a nossa prtica

    pedaggica e criar um ambiente de mtua ajuda, respeito pelas diferenas e

    responsabilidade compartilhada.

    Estudiosos insatisfeitos com a pedagogia tradicional pesquisaram uma prtica alternativa que

    vem se desenvolvendo, especialmente, nos Estados Unidos: a Aprendizagem Cooperativa

    (Cooperative Learning). Um dos primeiros pesquisadores foi o Dr. Spencer Kagan, que

    desenvolveu uma abordagem estrutural, na qual h a criao, anlise e aplicao sistemtica

    de estruturas que podem ser usadas para quase todas as matrias, nas diferentes sries e

    em vrios momentos de uma aula. Uma abordagem que permite a aprendizagem de

    contedos curriculares, aliada a aprendizagem de valores e atitudes cooperativas.

    Jogos Cooperativos de Tabuleiro:

    Criados por Jim Deacove, da Family Pastimes (Canad), osJogos Cooperativos de

    Tabuleirovm espalhando-se pelo mundo todo, j sendo possvel encontr-los em diversos

    idiomas. Esses jogos abrangem uma faixa etria que vai desde cinco anos at a idade adulta,

    podendo ser jogado individualmente ou em grupos, com os mais diversificados temas e

    desafios. Os jogadores ajudam-se a despoluir uma cidade, ou para evitar uma Guerra

    Mundial e at para constituir a Carta da Terra!!!

    Como facilitadores no processo ensino-aprendizagem, oJogo da Terra e o jogo Lugar

    Bonito, entre outros, so ferramentas espetaculares para auxiliar na promoo do esprito

    de equipe, soluo pacfica de conflitos, valorizao dos vnculos afetivos e relacionamentos

    sociais dentro e alm da sala de aula.

  • 8/8/2019 A Pedagogia da Cooperao

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    Brinquedos Cooperativos:

    Voc se lembra das Brincadeiras e Brinquedos do tempo de criana?

    Muitas delas so puramente cooperativas!

    - Brincar na Gangorra do parquinho, subindo e descendo com o amiguinho!

    - Fazer Currupio segurando firme nas mos uns dos outros!

    - Brincar com o Vai-e-Vem confiando em ter do outro lado, algum!

    - Jogar Frescobol na praia e desfrutando juntos da brisa do mar!

    Voc consegue lembrar de outras brincadeiras cooperativas? Quais?

    E daquelas que mesmo sendo, aparentemente, no to cooperativas, tinham um sabor

    especial quando conseguamos compartilhar com os outros?

    -Andar de bicicleta pelo bairro com a turma.

    - Fantasiar com bonecas e fantoches um faz de conta Re-encantado com as bonecas e a

    presena das amiguinhas.

    - Brincar na rua de terra num dia de chuva de vero Aprontando aquela com-fuso.

    - E o beijo, abrao ou aperto de mo? Que delcia o friozinho na barriga diante da

    expectativa de cair com aquela paquerinha to sonhada, hein?

    Resgatando um pouco dessa nossa memria ldica, podemos reconhecer, tambm, as

    infinitas possibilidades de re-creao de jogos e brincadeiras tradicionais, em atividades

    cooperativas. Como seria

    - Pular corda com todo mundo junto?

    - Brincar de amarelinha de um jeito que chegar primeiro o primeiro passo pra ajudar os

    outros a chegarem, tambm?

    - Um pega-pega onde o salve-se quem puder, vire um salve-se com um abrao?

    - E um Corre Cotia onde quem pego, ao invs de ficar no meio e pagar uma prenda,

    passa a liderar a brincadeira?

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    Se pudssemos enxergar por trs de cada um de todos os Processos acima apresentados,

    contemplaramos umaArquitetura Cooperativa, que se caracteriza, essencialmente por

    quatro aspectos Como-Uns:

    Todos tm um sentimento de vitria.

    Todos PODEM participar.

    Todos so bem aceitos pelo que so.

    Todos Cooperam para realizar objetivos comuns.

    Quando imaginamos criar e realizar (im)possibilidades para a Cooperao circular no grupo,

    sabemos ser importante respeitar essas Caractersticas Como-Uns da Arquitetura da

    Cooperao.

    Bem, estes so alguns dos Processos que podemos utilizar para facilitar a experincia da

    Cooperao em diferentes ambientes, grupos e situaes. Alm destes, existem outros, tais

    como aArte de Liderar em Crculo, a Comunicao Colaborativa e asAtividades dos Povos

    Tradicionais (como a da Corrida das Toras, dos ndios Kanela, no Brasil).

    Agora, sigamos em frente Porque se atrs vem gente, o que nos espera l na frente?!

    4 Momento: Trans-Forma-Ao (Prticas)

    Deixar-se aconteSer cooperativamente no dia-a-dia o desafio essencial deste Jogo de

    Cooperao. no cotidiano, diante do mundo e da gente mesmo, que temos a real

    oportunidade para VenSerquem somos mais plenamente.

    atravs do Ser-Vir- que alcanamos o Vir--Ser!

    Toda a caminhada pelas trilhas da Pedagogia da Cooperao um permanente exerccio de

    refinamento do modo como podemos servir Comum-Unidade que constitumos em todos oslugares. Focalizando o desenvolvimento de diferentes grupos, podemos destacar

    alguns Movimentos fundamentais para promover aAplica-Ao da Cooperao:

    Fazer Com-Tato e Estabelecer Com-Trato:

    Quais so nossos acordos fundamentais? O que gostaramos e o que no gostaramos que

    acontecesse entre ns?

    Des-Cobrir a Identidade Grupal:

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    Quem sou eu, quem voc, e quem somos ns?!!! Quais so nossos signos, smbolos, cores

    e sabores, nosso nome Qual nosso grito de garra?!!!

    Compartilhar In-Quieta-Aes:

    Quais as dvidas, as incertezas? O que eu no sei? Qual a minha ignorncia: s sei que

    nada sei (Scrates)? E o que no sabemos juntos?

    Vislumbrar o Sonho Coletivo:

    O que nos re-uniu?

    Compor Objetivos Como-Uns:

    O que queremos fazer Juntos?

    Cultivar as Co-Opetncias para Ser-Vir:

    Quais so nossas foras-fraquezas, capacidades-incapacidades, habilidades-inabilidades

    qual nossa luz-e-sombra? Liderana Circular, Com-Fiana, Bom Humor e Diligncia.

    Praticar a Cooperao:

    Consigo mesmo, com o grupo, com a instituio e com a Comum-Unidade.

    Exercitar a Com-Vivncia:

    Dilogo, respeito mtuo, empatia, auto-estima e alter-estima. Cuidar bem uns dos outros.

    Viver a Comum-Unidade:

    O que fomos capazes de fazer juntos que imaginvamos ser impossvel de fazer sozinhos?

    Re-Crear a Real-Idade:

    Transformar Cooperativamente Jogos, Canes, Danas, Eventos, Programas, Rotinas de

    Trabalho, Hbitos de Vida Re-Crea-Atividade Contnua.

    Celebrar os -Feitos:

    Acontea o que acontecer Acontecer para todo mundo!

    Comemorar os resultados e honrar a Memria do Grupo.

    Sonhar um Plano de Pouso:

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    Qual o prximo passo Para dentro de si mesmo No Aqui-e-Agora? Prazeres de Casa!!!

    Sente-se livre para seguir em frente?

    Porque se eu no te acompanho, eu te componho!

    Estes so alguns Movimentos bem simples e altamente complexos capazes de estimular

    e cultivar a Cooperao dentro e entre os diferentes Grupos constitumos nas mais variadas

    Comum-Unidades que criamos na sociedade em que vivemos. Contudo, no h garantias

    que isso acontea pelo menos do jeito que a gente pensa poder acontecer, pois

    quando empoderamos as pessoas e os grupos para desenvolverem-se como uma

    verdadeira Comum-Unidade Cooperativa, as aes, relaes, efeitos e os destinos, escapam

    do nosso controle ainda bem e se alojam no Centro de Poder Como-Um que assume a

    direo e realizao de seu prprio caminho.

    Isto autonomia, emancipao e protagonismo soberania, cooperao e realismo

    colocados em Prtica, postos em Cooperao!!!

    E no para isto que estamos aqui, percorrendo juntos este caminho para construir um

    mundo onde todos podem VenSer?!

    Terminando Juntos

    As pessoas no se precisam, elas se completam.

    No por serem metades, mas por serem inteiras,

    dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias, tristezas

    e principalmente por continuar escrevendo em conjunto, suas vidas. [3]

    Assim, aps, caminharmos juntos pelos vrios Momentos e Movimentos da Pedagogia da

    Cooperao, tempo de re-unir e re-pousar

    Tempo Para recolher a experincia, deixando que ela circule por todo o corpo e se aloje na

    conscincia Tempo necessrio A cada um e cada uma, para uma conversa silenciosa, ao

    p do ouvido, ao redor da fogueira Tempo extra Para celebrar nossa convivncia ao longo

    das palavrAes compartilhadas aqui com-firmando nossa Presena Como-Um neste vasto

    caminho infinito de descoberta pessoal e transformao coletiva.

    E Tempo especial Para reunir a tribo, embalar o sono, manter o sonho vivo e nos

    reencantar para a prxima jornada!

    http://www.projetocooperacao.com.br/2009/04/14/a-pedagogia-da-cooperao-construindo-um-mundo-onde-todos-podem-venser/#_ftn3_2892http://www.projetocooperacao.com.br/2009/04/14/a-pedagogia-da-cooperao-construindo-um-mundo-onde-todos-podem-venser/#_ftn3_2892
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    Ainda h o Tempo essencial Faamos dele um colo amoroso para acolher esta

    nossaComum-Unidade Cooperativa e-terna-mente, por que

    Eu sei e voc sabe, j que a vida quis assim

    Que nada nesse mundo, levar voc de mim.Eu sei e voc sabe, que a distncia no existe

    Que todo grande amor, s bem grande se for triste.

    Por isso meu amor, no tenha medo de sofrer

    Que todos os caminhos me encaminham pra voc.

    Assim como o oceano s belo com o luar

    Assim como a cano s tem razo se cantar

    Assim como uma nuvem s acontece se chover

    Assim como o poeta s grande se sofrer

    Assim como viver sem ter amor no viver

    No h voc sem mim, e eu no existo sem voc.[4]

    Para quem quer mergulhar na Fonte

    P em Deus e F na Taba[5]

    Para mergulhar um pouquinho mais no universo da Pedagogia da Cooperao,

    compartilhamos algumas de nossas leituras prediletas. Bom proveito!!!

    ASSMANN, Hugo e SUNG, Jung Mo. Competncia e sensibilidade solidria: Educar para a

    esperana. 2a.

    ed. Petrpolis, RJ : Vozes, 2000.

    BOLEN, Jean Shinoda. O Milionsimo Crculo: como transformar a ns mesmos e ao

    mundo. Um guia

    para Crculos de Mulheres. So Paulo: Taygeta / Triom, 2003.

    BRAHMA KUMARIS WORLD SPIRITUAL UNIVERSITY. Visions of a better

    world. London:United

    Nations Peace Messenger, 1993.

    BROTTO, Fbio Otuzi. Jogos cooperativos: se o importante competir, o fundamental

    cooperar. Santos:

    Projeto Cooperao, 1997.

    http://www.projetocooperacao.com.br/2009/04/14/a-pedagogia-da-cooperao-construindo-um-mundo-onde-todos-podem-venser/#_ftn4_2892http://www.projetocooperacao.com.br/2009/04/14/a-pedagogia-da-cooperao-construindo-um-mundo-onde-todos-podem-venser/#_ftn5_2892http://www.projetocooperacao.com.br/2009/04/14/a-pedagogia-da-cooperao-construindo-um-mundo-onde-todos-podem-venser/#_ftn4_2892http://www.projetocooperacao.com.br/2009/04/14/a-pedagogia-da-cooperao-construindo-um-mundo-onde-todos-podem-venser/#_ftn5_2892
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    BROTTO, Fbio Otuzi. Jogos Cooperativos: O Jogo e o Esporte como um Exerccio de

    Convivncia.

    Santos : Projeto Cooperao, 2001.

    BROTTO, Fbio Otuzi (org.) Jogos Cooperativos nas Organizaes. So Paulo: SESC e

    Projeto

    Cooperao, 2001.

    BROWN, Guillermo. - Jogos cooperativos: teoria e prtica. So Leopoldo: Sinodal, 1994.

    CARSE, James P. Jogos Finito e Infinitos: a vida como jogo e possibilidades. Rio de

    Janeiro : Nova Era,

    2003.

    COMBS, Alan (Ed.). Cooperation: beyond the age of Competition. Philadelphia: Gordon

    and Breach

    Science, 1992. (The World futures general evolution studies; v.4).

    DEACOVE, Jim. Manual de Jogos Cooperativos. Santos: Projeto Cooperao, 2002.

    FROMM, Erich. A anatomia da destrutividade humana. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.

    HENDERSON, Hazel. Construindo um mundo onde todos ganhem: a vida depois da

    guerra da economia

    global. So Paulo: Cultrix, 1996.

    HESSELBEIN, Frances et al. A comunidade do futuro: idias para uma nova

    comunidade. So Paulo :

    Futura, 1998.

    KOHN, Alfie. The brighter side of human nature: altruism and empathy in everyday

    life. USA: Basic

    Books, 1990.

    MALIDOMA SOME, escritor e professor da frica Ocidental apud WHEATLEY, M. e KELLNER-

  • 8/8/2019 A Pedagogia da Cooperao

    18/20

    ROGERS, M. O Paradoxo e a promessa de comunidade IN Hesselbein, F. et al. A

    Comunidade do

    Futuro: idias para uma nova comunidade. So Paulo : Futura, 1998. (p. 21)

    MARIOTTI, Humberto As paixes do Ego: complexidade, poltica e solidariedade. So

    Paulo: Palas

    Athena, 2000.

    MATURANA, Humberto R. Emociones y lenguaje en educacion y politica. Santiago:

    Hachete, 1990.

    MATURANA, Humberto R. e VERDEN-ZLLER, Gerda- Amar e brincar: fundamentos

    esquecidos do

    humano. So Paulo : Palas Athena, 2004.

    MEAD, Margaret. Cooperation and competition among primitive people. Boston :

    Beacon, 1961.

    MORTON Deutsch, apud RODRIGUES, Aroldo. Psicologia social. Petrpolis : Vozes, 1972.

    (p.149).

    ORLICK, Terry. Vencendo a competio. So Paulo: Crculo do Livro, 1989.

    PLATTS, David E. Autodescoberta divertida: uma abordagem da Fundao Findhorn

    para desenvolver a

    confiana nos grupos. So Paulo: Triom, 1997.

    RAMOS, Renata Carvalho Lima (Org.). Danas Circulares Sagradas: Uma proposta de

    educao e cura.

    So Paulo: Triom, 1998.

    RIDLEY , Matt As origens da Virtude: um estudo biolgico da solidariedade. Record,

    2000.

    VELZQUEZ, Carlos Educao para a Paz: Desenvolvendo valores na escola atravs da

    Educao Fsica

    para a Paz e dos Jogos Cooperativos. Santos : Projeto Cooperao, 2004.

  • 8/8/2019 A Pedagogia da Cooperao

    19/20

    WEIL, Pierre. A neurose do paraso perdido. So Paulo: Espao e Tempo: Cepa,

    1987.

    WHEATLEY, M. e KELLNER-ROGERS, M. O Paradoxo e a promessa de comunidade INHesselbein, F. et

    al. A Comunidade do Futuro: idias para uma nova comunidade. So Paulo : Futura,

    1998.

    WINSTON, Robert Instinto Humano: como nossos impulsos primitivos moldaram o que

    somos hoje. So

    Paulo : Globo, 2006.

    SITES

    www.projetocooperacao.com.br Projeto Cooperao Comunidade de Servio.

    www.triom.com.br Triom Centro de Estudos (Danas Circulares).

    www.cooperando.com.br Cooperando Instituto para a Cooperao.

    www.jogoscooperativos.com.br Revista de Jogos Cooperativos.

    www.palasathena.org.br Associao Palas Athena.

    www.findhorn.org Findhorn Foundation (Esccia).

    www.ecosocial.com.br Instituto Ecosocial.

    www.harmonianaterra.org.br Instituto Harmonia na Terra.

    www.institutoelosbr.org.br Instituto Elos.

    www.familypastimes.com Family Pastimes (Canad).

    [email protected] Coopera Brasil (J. Cooperativos de Tabuleiro).

    [1]Declarao de Mount Abu. Projeto Cooperao Global para um Mundo Melhor

    Universidade Brahma Kumaris-1988/1990.

    http://www.projetocooperacao.com.br/http://www.triom.com.br/http://www.cooperando.com.br/http://www.jogoscooperativos.com.br/http://www.palasathena.org.br/http://www.findhorn.org/http://www.findhorn.org/http://www.ecosocial.com.br/http://www.harmonianaterra.org.br/http://www.harmonianaterra.org.br/http://www.institutoelosbr.org.br/http://www.familypastimes.com/mailto:[email protected]://www.projetocooperacao.com.br/2009/04/14/a-pedagogia-da-cooperao-construindo-um-mundo-onde-todos-podem-venser/#_ftnref1_2892http://www.projetocooperacao.com.br/http://www.triom.com.br/http://www.cooperando.com.br/http://www.jogoscooperativos.com.br/http://www.palasathena.org.br/http://www.findhorn.org/http://www.ecosocial.com.br/http://www.harmonianaterra.org.br/http://www.institutoelosbr.org.br/http://www.familypastimes.com/mailto:[email protected]://www.projetocooperacao.com.br/2009/04/14/a-pedagogia-da-cooperao-construindo-um-mundo-onde-todos-podem-venser/#_ftnref1_2892
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    [2] NEYDE MARQUES; doutora em arte educao, uma daquelas pessoas que voc deseja

    estar sempre por perto e que mesmo distante sente-se constantemente abraado por

    ela. www.suryalaya.com.br

    [3] Sem conhecimento da autoria. Colaborao enviada pela Profa. Denise Jayme deArimathea Villela, Coordenadora de Educao Fsica da Escola das Naes, em Braslia-DF.

    [4] Vincius de Moraes, poeta e compositor brasileiro.

    [5] Da cano: Os Tribalistas, com Marisa Monte, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes.

    Este texto foi publicado em 14 de abril de 2009 s 23:08 na(s) categoria(s) Textos e Artigos. Voc pode deixe

    seu comentrio, oufazer um linkdo texto em seu site.

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