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7/25/2019 A Perola Personagens
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A. As Personagens
1. KINOKino um jovem pescador de prolas ndio que vive em estreita
harmonia com o mundo natural. No infuenciado pela hipocrisia, nem
pelo articialismo do mundo civili!ado".
#omprova esta arma$o com e%emplos do quotidiano de Kino.
A prosso de Kino o&riga'o a manter um contacto estreito com a
nature!a e pro(undamente a(etado por ela. Por e%emplo, Kino no pode
tra&alhar quando o mar est) agitado.*m&ora pertencendo + classe mais &ai%a da sociedade, Kino tem um
pro(undo sentido de dignidade humana tem plena consci-ncia do quanto oseu povo e%plorado e despre!ado pela gente da cidade.
#omenta a atitude das pessoas da cidade (ace aos indgenas.
A rela$o de Kino com a mulher, com o lho e com o irmo denota
tam&m a harmonia e%istente na vida do jovem pescador o amor ao lho, a
preocupa$o pela seguran$a da mulher, a rela$o (raternal com o irmo e o
respeito pelas tradi$/es da aldeia, so e%emplos disso.
*ncontra no captulo 01 um e%emplo que ilustre a preocupa$o de Kino
com a seguran$a da sua (amlia.
#o2otito a ra!o de ser de Kino e o motor" de toda a sua vida. Assim,
deveria ser com todos os pais do mundo3 No te parece41n(eli!mente, a constru$o de toda a sua vida + volta do lho tam&m
parte da sua tragdia. 5e (acto, Kino no anseia nada para ele. A
espingarda que sonha comprar s6 lhe possi&ilitar) sustentar melhor a sua
(amlia. #om a desco&erta da prola, ele pensa imediatamente em todas as
coisas &oas que ir) proporcionar ao lho.A sua rela$o com o irmo, 7oo 8om)s, tam&m harmoniosa. No h)
disputas entre eles.
9ue (a! 7oo 8om)s quando a ca&ana de Kino arde4
Por outro lado, Kino nutre um pro(undo respeito pelas tradi$/es da
aldeia, homenageando, assim, os seus antepassados. 9uando a sua canoa
destruda, ele no pensa levar a canoa de outra pessoa para ele, a canoa
(a! parte da heran$a de uma (amlia e, como tal, sagrada. A destrui$o da
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sua canoa s6 poderia ter sido levada a ca&o por algum que no era
mem&ro da aldeia.: respeito pelos antepassados est) tam&m patente na (orma como Kino
e%pressa as suas emo$/es. 1ncapa! de as ver&ali!ar, ele ouve" diversas
can$/es, compostas e criadas pelos seus antepassados, que e%primem asemo$/es possveis e adequadas a todas as ocasi/es.
9ue can$/es ouve Kino e que sim&oli!a cada uma delas4
No nal da o&ra, camos com a sensa$o de termos e%perimentado,
atravs de Kino, todas as emo$/es que so comuns + humanidade a
(elicidade que vem da (amlia, a alegria de ter desco&erto um tesouro, a
esperan$a numa vida melhor, o medo quando a vida de um mem&ro da
(amlia est) em perigo, a ansiedade de ser perseguido e a tragdia deperder um ente querido.
2. JOANA7oana o prot6tipo da mulher indgena primitiva (orte, leal,
o&ediente e, ao mesmo tempo, independente e corajosa quando a situa$o
lho e%ige.#omo mem&ro de uma ra$a primitiva, a principal (un$o de 7oana
ser mulher de Kino ela ocupa'se da casa e toma conta do lho de am&os.
Aparenta ser su&serviente, sem vida pr6pria. #ontudo, se o seu mundo amea$ado, ela torna'se determinada, segura e (ero!. Por e%emplo, quando
um lacrau pica #o2otito, uma nova 7oana surge pr)tica e eciente, ela
chupa o veneno e e%ige um mdico. 9uando lhe di!em que o mdico no
vir) + aldeia, ela decide ir + cidade. ;ais tarde, revolta'se contra a
autoridade do marido e tenta deitar (ora a prola, porque perce&e que
aquele o&jeto mau e atrai a desgra$a ao seio (amiliar.Por outro lado, em 7oana podemos apreciar uma mulher produto de
duas culturas ela re!a aos seus deuses, mas tam&m ao 5eus cristo elaaplica uma cataplasma de algas na picada de #o2otito < o que e(etivamente
o cura < e e%ige que ele seja visto por um mdico nela podemos vericar a
e%ist-ncia de um lado pr)tico e real e, ao mesmo tempo, diversas
supersti$/es quando Kino apanha a prola, ela evita demonstrar grandes
alegrias, pois acredita que essas emo$/es lhe podem tra!es a!ar sente um
medo instintivo de muitas coisas como a escurido e a prola, entre outros.5epois da morte do lho, 7oana caminha ao lado do marido. *sta
situa$o signica que ela adquiriu um estatuto de igualdade (ace ao marido.*sta igualdade (oi'lhe con(erida pelo so(rimento por que passou.
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Procura na o&ra e%emplos da 7oana su&serviente, da 7oana (ero!, da
7oana pr)tica e decidida e da 7oana supersticiosa.
3. COYOTITO#o2otito o lho pequeno de Kino e de 7oana picado por um
lacrau e recupera miraculosamente, sendo mais tarde morto por uma
&ala destinada ao pai, Kino.
4. JOO TOMS1rmo conselheiro de Kino e seu =nico protetor quando Kino
perseguido por assassnio.5. APOLNIA
;ulher gorda de 7oo. 8em pouco signicado na hist6ria.6. O MDICO e O PADRE
Personagens que ao longo da novela so tratadas com pouca
simpatia e que (uncionam apenas ao nvel sim&6lico. : mdico
representa outro tipo de vida, ligada aos compradores de prolas e
+quilo que estrangeiro. No possui qualquer tipo de qualidades. :s
seus atos demonstram que o individuo mais vil e despre!vel que se
pode encontrar. A mera re(er-ncia ao seu nome cria, entre os alde/es,
um clima de medo e intimida$o. *le nunca (oi + aldeia, por isso,
quando vai visitar #o2otito, Kino rece&e'o com muita desconan$a.#onhecemos o mdico num am&iente decadente, que contrasta
com a autenticidade e o realismo cruel da vida da aldeia. : mdico
est) deitado, vestido com um roupo de seda, a tomar chocolate num
servi$o de prata, no meio de fores lu%uriantes e a sonhar com uma
mulher com quem tinha vivido em Paris. 8udo sugere que uma
pessoa que comete e%cessos e no se preocupa com o &em'estar dos
outros.
#ompara o pequeno'almo$o do mdico, com o de Kino.
*m&ora no seja e%plicitamente armado, na novela sugere'se
que o mdico d) algo a #o2otito, quando o visita, que o (a! car
muito doente, para que possa voltar mais tarde e parecer que o
curara. Para esta concluso, contri&ui o (acto de sa&ermos que 7oana
tinha j) curado o lho com a cataplasma de algas. *sta atitude do
mdico contraria totalmente a tica da sua prosso e, juntamente
com a tentativa de tentar que Kino lhe d- a prola < para ele a
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guardar ', revela toda a sua maldade e gan>ncia e representa todas
as (or$as do mal que esto contra Kino. #onhecemo'lo tam&m
atravs das (alas dos mendigos.
: que que pensam os mendigos do mdico4
: padre, em&ora no to mau quanto o mdico, apresentado
como algum a quem o &em'estar dos seus paroquianos no
interessa demasiado. Pelo contr)rio, ele um representante dos ricos
e dos seus interesses e no da igreja. No sermo que todos os anos
prega, di! que aqueles que tentam melhorar de vida esto a pecar
contra 5eus, porque se recusam a aceitar a posi$o que o mesmo
5eus lhes destinou.9uando ouve (alar na prola, o padre nem sa&e se casou Kino e
7oana e pensa imediatamente em todas as repara$/es que pode (a!er
com o dinheiro desta (amlia. As suas visitas + aldeia so to raras
que todos sa&em porque que ele vem visitar Kino.5adas as caractersticas do padre, ir6nico que Kino queira
casar'se com 7oana na igreja e ali &ati!ar #o2otito.
7. OS COMPRADORES DE PROLASNo t-m nome e, como grupo, representam a e%plora$o e a
hipocrisia a que os ndios esto sujeitos.