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A IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE CARGOS, CARREIRA E VENCIMENTO (PCCV) EM TEMPOS DAS RESTRIÇÕES IMPOSTAS PELA L EI DE R ESPONSABILIDADE F ISCAL HENILTON FARIA DOS SANTOS RICARDO AURÉLIO M ADEIRA M ARINHO ZARATH M ACHADO DA ROCHA

A PLANO DE V (PCCV) L DE R F - Escola de Gestão do Paraná · do orçamento anual do Estado, deve obedecer fielmente a Lei Complementar Nº 101, de 4 de maio de 2000, mais conhecida

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A IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE CARGOS, CARREIRA E VENCIMENTO (PCCV) EM TEMPOS

DAS RESTRIÇÕES IMPOSTAS PELA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

HENILTON FARIA DOS SANTOS RICARDO AURÉLIO MADEIRA MARINHO

ZARATH MACHADO DA ROCHA

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Painel 08/024 Experiências de negociação salarial, remuneração variável e movimentação de pessoal no setor público

A IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE CARGOS, CARREIRA E

VENCIMENTO (PCCV) EM TEMPOS DAS RESTRIÇÕES IMPOSTAS PELA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

Henilton Faria dos Santos

Ricardo Aurélio Madeira Marinho

Zarath Machado da Rocha

RESUMO

Desde 1990 os servidores públicos da Administração Geral almejavam um Plano de

Cargos, Carreira e Vencimento (PCCV) que resgatasse um padrão remuneratório compatível com a relevância de suas atribuições. Após mais de 24 anos de espera,

o Governo do Estado, após ampla negociação com cerca de 15 Sindicatos que representam as diversas categorias, firmou um acordo histórico com o objetivo de viabilizar o início do sonho tão esperado. Para tanto, foi necessário identificar

soluções em um cenário de dificuldades financeiras e restrições impostas pela LRF, para compatibilizar as expectativas dos servidores com as possibilidades do Estado.

Esse projeto, que foi um marco na administração pública de Sergipe, teve como objetivo organizar as carreiras e as remunerações dos servidores estaduais que vão desde o nível básico, como merendeira, vigilante, serviços gerais, passando pelo

nível técnico até o nível superior, inclusive, contemplando toda área da saúde. Foram negociações ousadas que demandaram grande sinergia.

Para este trabalho desafiador, além da complexa elaboração do PCCV, necessitou um esforço coordenado de todas as áreas do Governo para sua implantação, conferindo o sucesso a este plano.

Palavras-chaves: Plano de Cargos, Carreira e Vencimento; negociação salarial;

servidores públicos, sindicatos e Lei de Responsabilidade Fiscal.

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INTRODUÇÃO

A Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão –

SEPLAG, cuja missão é promover ações de planejamento e gestão de políticas

públicas, serviços de logística integrada e administração de pessoas, contribuindo

para o alcance da missão estratégica do Governo de Sergipe, tem dentre as suas a

atribuições a centralização das atividades das áreas de plane jamento e orçamento

do Estado e a promoção e realização da programação, coordenação, execução,

acompanhamento e controle das atividades ou ações de recrutamento, seleção,

admissão, formação, capacitação, treinamento, aperfeiçoamento, cadastro,

movimentação, controle, cargos, vencimentos e salários, pagamento, desempenho e

desenvolvimento funcional, perícia médica e outros procedimentos, bem como de

outras atividades ou ações relacionadas ao pessoal da Administração Estadual

Direta, abrangendo, também, pessoal das Autarquias e Fundações Públicas, do

Poder Executivo do Estado.

O planejamento dos gastos com pessoal, etapa primordial na elaboração

do orçamento anual do Estado, deve obedecer fielmente a Lei Complementar Nº

101, de 4 de maio de 2000, mais conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal -

LRF, que estabelece como limite máximo de gastos com pessoal 49% da Receita

Corrente Líquida - RCL1 do Estado.

Os últimos resultados, referentes ao último quadrimestre de 2014, dão

conta de que os gastos com pessoal no Governo do Estado de Sergipe estão em

48,00%, portanto acima do limite prudencial, estabelecido no parágrafo único, do art.

22 da LRF, como sendo 46,55% da RCL e bem próximo do limite máximo, que é

de 49%.

No primeiro semestre de 2014, no auge das negociações com os

sindicatos, o limite de gastos com pessoal divulgado, referente ao último

quadrimestre de 2013 era de 48,74% da RCL.

1 Somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, agropecuárias, industriais, de

serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos, no caso dos estados, das parcelas entregues aos Munic ípios por determinação constitucional e da contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas

provenientes da compensação financeira dos diversos regimes de previdência social.

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O controle dos gastos com pessoal tem sido um dos grandes desafios do

Governo do Estado de Sergipe. Por outro lado, a situação dos servidores quanto ao

ganho salarial, políticas de reajustes, ascensão profissional e garantia dos ganhos

alcançados ao longo dos últimos anos era desesperadora.

Neste clima de pressão para o Estado, na busca por sair do limite

prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, foi que o Governo abriu as portas

para negociação salarial com todas as categorias de servidores, sobretudo com

aquelas que estavam presentes na chamada “Tabela Geral”, onde as diferenciações

salarias se dão apenas pelo nível de escolaridade e tempo de serviço.

Na Tabela Geral encontram-se no nível básico profissionais tais como

vigilantes, motoristas e executores de serviços básicos; no nível médio, oficiais

administrativos, técnicos em enfermagem e técnicos em contabilidade; e no nível

superior, geógrafos, enfermeiros, dentistas, médicos, engenheiros, dentre outros.

O objetivo deste trabalho é apresentar como se deram as negociações

salariais entre o Governo do Estado de Sergipe e os diversos sindicatos

representantes das categorias profissionais, bem como demonstrar os ganhos

alcançados pelos servidores e pela Administração Pública Estadual com a

implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos do Estado de Sergipe.

A metodologia consiste da descrição completa do processo negocial,

apresentando as premissas estabelecidas pelo Governo do Estado, finalizando com

a demonstração dos benefícios alcançados pelos servidores que aderiram ao plano

e pelo Governo de Sergipe.

Além desta introdução, o trabalho traz um capítulo descrevendo como é a

composição remuneratória dos Servidores Públicos de Sergipe; no capítulo seguinte

é feito um relato de como se deu a negociação salarial entre a administração pública

e os diversos sindicatos representantes das categorias profissionais; o penúltimo

tópico trata das conclusões, e finalizamos o trabalho com os importantes desafios

que Sergipe ainda tem que enfrentar quando se trata da plena implementação dos

Planos de Cargos, Carreiras e Vencimentos aprovados em abril de 2014.

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Composição Remuneratória dos Servidores Públicos Estaduais do Sergipe

O valor final da remuneração é uma das maiores buscas dos

trabalhadores em geral e não é diferente no caso dos servidores públicos estaduais

de Sergipe. Na busca por uma melhor remuneração era comum servidores mudarem

de órgãos/entidades dentro da Administração Pública Estadual, fato esse que,

conforme será demonstrado neste trabalho, não será mais tão frequente assim.

Observe que acima foi utilizado o termo remuneração e não vencimento.

Daí surge a necessidade de definir esses termos:

Vencimento – é a retribuição pecuniária mensal, devida ao funcionário

pelo exercício do seu cargo e correspondente a um padrão ou nível fixado

em lei. (Lei nº 2.148/1977)

Remuneração – é a retribuição pecuniária mensal, devida ao funcionário

pelo exercício do seu cargo e corresponde ao vencimento e mais as

vantagens a este incorporadas. (SERGIPE, 1977)

Subsídio - é o valor padrão básico devido em função do exercício do

cargo, sendo possível o recebimento de outras parcelas remuneratórias

desde que constitucionalmente ou legalmente fixadas, limitada a

remuneração ao teto constitucionalmente estabelecido. (Borba, 2007)

Salário – é toda contraprestação ou vantagem em pecúnia ou em

utilidade devida e paga diretamente pelo empregador ao empregado, em

virtude de contrato de trabalho. (Cassar, 2007)

Soldo - é a parte básica do vencimento, correspondente ao posto ou

graduação do policial militar da ativa e a este atribuído de acordo com a

Tabela de Soldo em vigor. (SERGIPE, 1966)

Embora tenhamos no estado servidores que recebem subsídios, soldos e

salários, esta análise está restrita àqueles que são oriundos da Tabela Geral do

Estado, assim entendidos aqueles que não tem carreira própria no Estado e são

regidos pelo Estatuto dos Servidores Públicos de Sergipe, Lei nº 2.148/1977. Assim,

os conceitos que serão tratados nesta análise são vencimento e remuneração.

Isto posto, segue à análise da composição remuneratória dos servidores

da Tabela Geral do Estado de Sergipe, regidos pela Lei nº 2.148.

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A Tabela Geral (Anexo I) é composta de Padrões, Níveis e Referências. O

nível básico possui quatro padrões e o médio e superior três cada. As referências

são em número de 15, sendo que a mudança entre elas ocorre a cada dois anos de

efetivo exercício. A mudança de padrões dentro de um mesmo nível se dá por

titulação educacional.

Quando da elaboração do PCCV, a Tabela Geral vigente é a apresentada

no Anexo I desta investigação. Em uma rápida análise, percebe-se algumas

características:

Dentro de um mesmo nível, as diferenças entre padrões, aqueles

obtidos pelo aumento da escolaridade, são irrisórios;

A amplitude do ganho por tempo de serviço é igualmente irrisória;

Praticamente não há diferenças nos vencimentos entre os níveis básico

e médio;

Embora um pouco mais altos que os do nível médio, os vencimentos

de nível superior são extremamente baixos. Nos níveis iniciais da

tabela, estavam pouco acima do salário mínimo vigente à época.

Importante notar que nesta Tabela de 2014, o valor de início correspondia

a R$ 622,00 (valor do salário mínimo de 2012!), enquanto que o valor do salário

mínimo vigente a partir de 01/01/2014 já estava em R$ 724,00. Aqueles servidores

que recebiam rendimentos abaixo do mínimo faziam jus a um adicional provisório,

que tinha por objetivo garantir que ninguém ficasse abaixo do salário mínimo

vigente.

Além dos valores constantes da Tabela Geral, os servidores públicos

estaduais podiam perceber diversas gratificações e adicionais, a exemplo de:

adicional do terço, adicional de nível universitário, gratificação de atividade funcional,

gratificação de atividade de controle interno, gratificação de interiorização, dentre

outras;

Cada uma dessas gratificações tem uma lei específica e eram concedidas

principalmente em função da lotação do servidor. Por exemplo, se o servidor

trabalhasse na folha de pagamento recebia a GREAPAG - Gratificação Especial de

Atividades de Pagamento; se estive lotado na Controladoria Geral do Estado recebia

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a GREACIN – Gratificação de Estímulo à Atividade de Controle Interno; por outro

lado, se estivesse na Secretaria de Estado do Meio Ambiente recebia a Gratificação

Especial de Atividades Ambientais e assim por diante.

Com a criação dos PCCV´s os servidores migraram da Tabela Geral para

uma das novas que foram criadas. Foram três os novos Planos: PCCV –

Administração Geral, regido pela Lei nº 7.820, de 04 de abril de 2014; PCCV –

Saúde, regido pela Lei nº 7.821, de 04 de abril de 2014 e; PCCV – Engenharia e

Arquitetura, regido pela Lei nº 7.822, de 04 de abril de 2014.

A Lei nº 7.820, de 04 de abril de 2014, contemplou 9.543 servidores,

sendo: 6.040 servidores distribuídos em 35 cargos de nível básico; 3.379 servidores

distribuídos em 33 cargos de nível médio, e 124 servidores distribuídos em 14

cargos de nível superior.

A Lei nº 7.821, de 04 de abril de 2014, contemplou 3.831 servidores,

sendo: 1.589 servidores distribuídos em 19 cargos de nível básico; 684 servidores

distribuídos em 12 cargos de nível médio, e 1.558 servidores distribuídos em 36

cargos de nível superior.

A Lei nº 7.822, de 04 de abril de 2014 contemplou 81 engenheiros

(Agrônomo, Ambiental, Cartógrafo, Civil, Mecânico, Químico e Segurança) e 05

arquitetos.

Em relação às gratificações, as três leis listam 27 que foram incorporadas

aos vencimentos dos servidores. Permaneceram sem incorporação, as funções

gratificadas, os cargos em comissão, as gratificações por condições especiais de

trabalho (periculosidade e insalubridade) e as gratificações de gestão da área de

saúde.

Sobre os adicionais de periculosidade e insalubridade não mais incide a

previdência social e com isso não há mais a possibilidade dos servidores as

incorporarem, quando da aposentadoria. Além disso, houve uma mudança da forma

de cálculo desses adicionais. Antes da implantação do PCCV a periculosidade e a

insalubridade incidiam sobre o vencimento básico do servidor e agora incidem sobre

o nível inicial de sua nova tabela de vencimentos básicos, observado o respectivo

grau de escolaridade.

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Cada uma das Leis tem uma Tabela Salarial correspondente. Nos anexos

II, III e IV estão as tabelas da Administração Geral, Saúde e Engenheiros e

Arquitetos, respectivamente.

A forma de enquadramento e as progressões são as mesmas para as três

Leis. O enquadramento foi realizado tomando como base o tempo efetivo de serviço

do servidor no cargo, incluídas as averbações legais de tempo de serviço público ou

as que lhes foram equiparadas na forma da lei, na razão de um nível a cada quatro

anos de exercício.

As progressões podem ser por tempo de serviço, na razão de um nível

para cada três anos de efetivo exercício das atividades laborais, e por titulação, em

virtude da apresentação de certificados de conclusão de curso, de acordo com o

exposto no art. 15 da Lei nº 7.820, tendo este dispositivo sido replicado nas Leis nº

7.821 e 7.822.

A mudança de nível decorrente da progressão por titulação poderá

ocorrer até três vezes na carreira do servidor público, desde que cumprido o prazo

mínimo de um ano entre cada progressão, vedada a utilização do mesmo título.

As novas tabelas buscaram corrigir uma distorção histórica nos

vencimentos dos servidores e representaram um ganho significativo para a

categoria. Além disso, com uma maior amplitude entre os níveis, os servidores poder

melhorar significativamente os seus vencimentos seja por tempo de serviço e/ou

titulação. Se o servidor já dispuser de três títulos, ao longo de três anos pode obter

um aumento de até 20% no seu vencimento, já que pode subir quatro níveis, sendo

um por tempo de serviço e três por titulação.

Na tabela anterior, as diferenças entre os níveis eram insignificantes. Na

progressão apenas pelo tempo de serviço, o servidor ao longo de 30 anos de

trabalho obtinha pouco mais de 7% de aumento no vencimento básico, uma vez que

o internível era de apenas 0,5%.

Apesar das Leis nº 7.820, 7.821 e 7.822 serem de 04 de abril de 2014, os

Planos de Cargos, Carreiras e Vencimentos só entraram em vigência em 1º de julho

de 2014 junto com a Lei de Reajuste dos Servidores Públicos de Sergipe.

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Por ser um ano eleitoral, o reajuste anual ficou restrito à inflação do

período, que foi de 6,38%. Para garantir a implantação da Lei respeitando o limite de

reajuste, foi criada uma rubrica na folha chama “Adicional Provisório LRF”. Esse

Adicional Provisório abate dos rendimentos dos servidores aquela parcela que

ultrapassaria os 6,38% de reajuste.

Para facilitar o entendimento segue o exemplo abaixo de um hipotético

servidor de nível médio, com tempo de serviço de 22 anos, que uma Gratificação de

Atividade Funcional – GEAF e adicional do triênio:

Rubrica Valor Junho Reajuste

Linear 6,38% PCCV

Vencimento Básico 703,49 748,37 1.667,16

Adicional do Triênio 147,73 157,16

Gratificação de Atividade Funcional 600,00 600,00

Ajuste Provisório LRF (161,61)

Total Rendimentos 1.451,22 1.505,53 1.505,53

O servidor com 22 anos de serviço será enquadrado na letra F (vide

tabela salarial no anexo II). Como o valor do novo vencimento básico após o

enquadramento é superior ao somatório dos seus rendimentos após o reajuste

linear, foi necessária a inclusão do Ajuste Provisório LRF para garantir que o Estado

de Sergipe atendesse a legislação vigente e não ultrapassasse o limite de gastos

com pessoal imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Para cálculo dos descontos obrigatórios dos servidores, o valor do

Vencimento Básico é abatido o Adicional Provisório LRF. Assim, a previdência social

e, eventualmente, imposto de renda e descontos judiciais só são calculados após o

abatimento do ajuste.

Assim que o Estado de Sergipe se reenquadrar abaixo do limite

prudencial de 46,93% da Receita Corrente Líquida, imposto pela Lei de

Responsabilidade Fiscal, esse valor abatido dos vencimentos dos servidores

passarão a contar para os rendimentos. Assim, logo que Estado consiga ficar abaixo

do limite prudencial, o hipotético servidor do exemplo acima, passará a perceber R$

1.667,16 de rendimentos.

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Em muitos casos os servidores já tinham antes do plano os rendimentos

acima do valor proposto pelo PCCV. Nestes casos, como forma de garantir a

irredutibilidade dos rendimentos foi criada uma gratificação fixa e reajustável

denominada Vantagem Pessoal Incorporada – VPI. A seguir um exemplo de um

servidor de nível superior com 30 anos de serviço e que recebia uma GREACIN –

Gratificação de Estímulo à Atividade de Controle Interno:

Rubrica Valor Junho Reajuste

Linear 6,38% PCCV

Vencimento Básico 821,94 874,38 2.354,61

Adicional do Triênio 328,78 349,75

Adicional do Terço 273,98 291,46

GREACIN 1.643,88 1.643,88

Vantagem Pessoal Incorporada 804,86

Total Rendimentos 3.068,58 3.159,47 3.159,47

O servidor foi enquadrado na letra H e o valor do novo Vencimento Básico

é inferior à soma dos seus rendimentos após a aplicação do reajuste linear, daí a

necessidade de garantir a irredutibilidade dos seus rendimentos utilizando a

Vantagem Pessoal Incorporada – VPI.

Para que o servidor tenha a integralidade da Vantagem Pessoal

Incorporada – VPI nos seus rendimentos após a aposentadoria, antes tem que

permanecer, no mínimo, por dois anos no Plano, sob pena de perder 50% dessa

vantagem.

O plano trouxe para o servidor, além de uma tabela mais atrativa e com

maiores ganhos nas progressões, a garantia de incorporação de uma infinidade de

gratificações aos seus vencimentos, proporcionando a garantia jurídica de não

perder rendimentos por conta da extinção de uma delas ou mesmo pelo simples fato

de ser transferido de lotação.

Por fim, o plano prevê o pagamento de até 20% sobre o vencimento do

servidor uma Gratificação por Desempenho. Esta gratificação não é incorporável e

para ser implantada depende de uma Lei específica, na qual devem ser definidos os

critérios objetivos e condições determinantes para a percepção da mesma.

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Processo de Negociação Salarial com os Sindicatos

A Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão coordenou

o processo de negociação salarial com os servidores públicos de Sergipe. Outros

órgãos participaram ativamente das negociações a exemplo da Secretaria de Estado

da Saúde e da Procuradoria Geral do Estado.

A proposta inicial era a negociação com todos os sindicatos

simultaneamente, mas atendendo ao pedido dos mesmos as negociações foram

setorizadas.

O PCCV da Administração Geral foi negociado principalmente com o

Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos de Sergipe – SINTRASE. As

principais reivindicações eram a adoção de uma tabela salarial mais atrativa, a

garantia dos direitos dos trabalhadores, a manutenção dos adicionais de tempo de

serviço e a garantia de percepção dos adicionais de periculosidade e insalubridade

quando da aposentadoria.

O Governo do Estado, por seu turno, insistiu em acabar com o sem

número de gratificações então vigentes, dentre elas os adicionais de tempo de

serviço, incorporando-as aos vencimentos e tal qual as outras unidades federativas,

impedir que os servidores levassem a periculosidade e insalubridade para a

aposentadoria.

Meses de discussão se sucederam até que o Estado propusesse a tabela

salarial do Anexo II, muito mais atrativa do que a então vigente, e o sindicato

finalmente acatou a proposta.

A discussão do PCCV da Saúde foi mais complexa já que se deu com

diversos sindicatos, dentre eles o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde –

SINTASA, o Sindicato dos Dentistas, dos Médicos, dos Fisioterapeutas, dos

Enfermeiros, dos Assistentes Sociais, dos Nutricionistas e dos Psicólogos, num total

de aproximadamente 27 sindicatos.

O SINTASA representa os profissionais de níveis básico e médio da

saúde e sua principal reivindicação, além daque las feitas pelo SINTRASE, era

transformação de vários profissionais da área meio da saúde em profissionais da

saúde. O sindicato insistia que a simples promoção de cursos na área permitiria que

os servidores migrassem de função ou consolidassem os desvios de funções

já praticados.

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Com a intervenção da Procuradoria Geral do Estado ficou decidido que

essa reivindicação legalmente não poderia acontecer, uma vez que feriria o princípio

do ingresso por concurso público, o que terminou por convencer o Sindicato. Os

valores pagos à categoria profissional representada pelo SINTASA estão nas duas

primeiras tabelas do Anexo III.

Em relação aos profissionais de nível superior, cada sindicato buscava o

melhor possível para sua categoria. Como o Governo do Estado sinalizou que faria

uma tabela diferenciada para a classe médica, vários sindicatos reivindicaram fazer

parte dela.

O caso mais interessante foi o dos dentistas, que, em princípio, foram

divididos em duas categorias: cirurgiões dentistas e cirurgiões buco -maxilo-faciais.

Enquanto estes seriam enquadrados na tabela dos médicos, os outros teriam uma

tabela própria, com rendimentos superiores aos da tabela da administração geral,

porém inferiores aos médicos. O sindicato dos dentistas não aceitou a separação em

duas categorias e exigiu que todos os seus fi liados fossem enquadrados junto aos

médicos. O Governo do Estado em contrapartida melhorou a tabela dos dentistas e

esses foram enquadrados junto aos enfermeiros (vide Grupo Operacional Nível

Superior – Saúde II, no Anexo III).

Todos os demais profissionais da saúde de nível superior (Assistente

Social, Assistente Técnico, Biólogo, Biomédico, Farmacêutico, Fisioterapeuta,

Fonoaudiólogo, Médico Veterinário, Nutricionista, Psicólogo, Sanitarista e Terapeuta

Ocupacional) foram enquadrados juntos e tem rendimentos equivalentes aos dos

profissionais de nível superior da tabela da Administração Geral. Esses profissionais

são os do Grupo Operacional Nível Superior – Saúde I, do Anexo III.

A negociação dos engenheiros e arquitetos se deu com o SENGE –

Sindicato dos Engenheiros de Sergipe. O maior problema encontrado foi determinar

quais profissionais sairiam da tabela geral e iram compor a tabela dos engenheiros e

arquitetos. Inicialmente a negociação envolveu as seguintes categorias, além dos

engenheiros e arquitetos: Arqueólogos, Geógrafos, Geólogos e Químicos Industriais.

Com o andar das negociações, sob protestos dos excluídos, o grupo ficou fechado

apenas para os engenheiros (Agrônomos, Cartógrafos, Civis, Mecânicos, Químicos

e de Segurança) e arquitetos.

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O pleito da categoria se baseou no pagamento do piso nacional dos

engenheiros e a manutenção de todas os adicionais percebidos pelos profissionais,

a exemplo de triênio, terço e nível universitário. Como o Estado não faz concurso

para esses profissionais há mais de 20 anos, todos eles já têm um longo tempo de

serviço e, consequentemente, um grande número de gratificações. Para um

profissional com 25 anos de serviço e sem nenhum adicional, além dos de tempo de

serviço e de nível universitário, o valor dos seus rendimentos, caso fosse aprovada a

proposta do sindicato, ficaria em R$ 10.622,49 (Vencimento Efetivo = 5.494,39 +

Adicional de Nível Universitário (20%) = 1.098,88 + Adicional do Triênio (40%) =

2.197,76 + Adicional do Terço (33,33%) = 1.831,46). Esse mesmo servidor, caso

não aderisse ao PCCV teria um rendimento de R$ 1.742,95 (Vencimento Efetivo =

865,71 + Adicional de Nível Universitário (20%) = 173,14 + Adicional do Triênio

(40%) = 346,28 + Adicional do Terço (33,33%) = 288,57), ou seja, caso a proposta

do SENGE fosse aprovada esse profissional teria um reajuste 510%.

A negociação com o sindicato avançou e foi garantido o piso nacional

para a categoria, porém, como para os demais PCCV´s (Administração Geral e

Saúde), foram incorporadas aos vencimentos todas as gratificações elencadas na

Lei nº 7.822 e os adicionais de periculosidade e insalubridade passaram a incidir

sobre o nível inicial da tabela apresentada no Anexo IV.

CONCLUSÕES

O processo de negociação salarial que findou com a aprovação dos

Planos de Cargos, Carreiras e Vencimentos da Administração Geral, Saúde e

Engenharia e Arquitetura envolveu diversos órgãos da Administração Pública

Estadual de Sergipe e mais de duas dezenas de sindicatos e transformou a vida de

13.455 servidores.

Antes da implantação dos Planos, os vencimentos básicos partiam de R$

622,00 para o nível inicial da tabela de nível básico e chegavam a R$ 887,70. Com a

aprovação dos PCCV´s, o menor vencimento pago a um Servidor Público Estadual

do Governo de Sergipe de nível básico é R$ 900,00, podendo chegar a R$ 8.529,55

para um médico que galgou todos os níveis na carreira. E estamos falando apenas

do vencimento básico.

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Além dos ganhos vencimentais, os servidores abrangidos pelos planos

obtiveram a segurança jurídica de não mais perderem as suas gratificações ganhas

ao longo dos anos, gratificações essas que eram discricionárias e poderiam ser

retiradas a qualquer momento. Hoje um servidor de Sergipe não precisa mais ficar

atrelado a um determinado órgão ou setor apenas para perceber uma gratificação.

Com a incorporação das mesmas aos vencimentos, os servidores podem migrar

para outros órgãos, caso seja do interesse da administração, obviamente.

Outro ganho importante trazido pelos PCCV´s foi o considerável aumento

do percentual entre os níveis, que passou de 0,5% para 5%. Com isso, o servidor

tem garantido 5% de reajuste a cada três anos, além da possibilidade de mudança

de nível por titulação, que também é de 5% e pode ser feita até três vezes, com

títulos diferentes.

A Previdência Social também foi beneficiada, pois com a implantação dos

PCCV´s acabaram os adicionais por tempo de serviço, sendo que o adicional do

terço era o mais prejudicial para as contas previdenciárias, e os adicionais de

periculosidade e insalubridade não podem mais ser incorporados à aposentadoria.

Desafios

Dois grandes desafios se impõem após a aprovação dos Planos:

O primeiro é o pagamento integral dos benefícios trazidos por eles. Em

função do Estado de Sergipe estar dentro do limite prudencial de gastos com

pessoal imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal, R$ 3.500.000,00 mensais

estão deixando de ser pagos aos servidores. Esse valor corresponde ao Ajuste

Provisório LRF, rubrica que foi criada para garantir que nenhum servidor tivesse

reajuste superior a 6,38% em 2014. O Estado precisa se reenquadrar urgentemente,

para que esses servidores aufiram na totalidade os ganhos obtidos com os planos.

O segundo seria a criação das normas necessárias para a implantação da

Gratificação por Desempenho, que pode chegar a 20% o vencimento do servidor

quando este atingir as metas estabelecidas por um Sistema de Avaliação de

Desempenho de Atividades, ainda inexistente. Esse sistema iria aperfeiçoar a

governança em recursos humanos no Estado.

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REFERÊNCIAS

BORBA, Arthur Cezar Azevedo. Considerações sobre os efeitos da remuneração através do subsídio. Disponível em: http://jus.com.br/artigos/9703/consideracoes-

sobre-os-efeitos-da-remuneracao-atraves-do-subsidio. Acesso em 15/04/2015.

CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do trabalho. Niterói: Impetus, 2007

FRANCO, José de Oliveira. Cargos, Salários e Remuneração. IESDE. Inteligência

Educacional e Sistema de Ensino. Curitiba: IESDE Brasil S/A, 2008.

SERGIPE. Lei Nº 1.428 de 6 de dezembro de 1966. Disponível em:

http://www.al.se.gov.br/Detalhe_Lei.asp?Numerolei=2898. Acesso em 21/03/2015

SERGIPE. Lei 2.148 de 21 de dezembro de 1977. Disponível em:

http://www.al.se.gov.br/cese/estatuto_do_funcionalismo_publico.pdf Acesso em

20/03/2015

SERGIPE. Lei 7.820 de 04 de abril de 2014. Disponível em:

https://segrase.se.gov.br/ler_diarios.htm#. Acesso em 15/03/2015

SERGIPE. Lei 7.821 de 04 de abril de 2014. Disponível em:

https://segrase.se.gov.br/ler_diarios.htm#. Acesso em 15/03/2015

SERGIPE. Lei 7.822 de 04 de abril de 2014. Disponível em:

https://segrase.se.gov.br/ler_diarios.htm# Acesso em 15/03/2015

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ANEXO I – Tabela Geral (Vigente durante as negociações do PCCV)

PADRÕES

Vencimento Básico R$

Referências

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Básico

I 622,00 625,11 628,24 631,38 634,53 637,71 640,89 644,10 647,32 650,56 653,81 657,08 660,36 663,67 666,98

II 623,00 626,12 629,25 632,39 635,55 638,73 641,93 645,13 648,36 651,60 654,86 658,13 661,43 664,73 668,06

III 624,00 627,12 630,26 633,41 636,57 639,76 642,96 646,17 649,40 652,65 655,91 659,19 662,49 665,80 669,13

IV 625,00 628,13 631,27 634,42 637,59 640,78 643,99 647,21 650,44 653,69 656,96 660,25 663,55 666,87 670,20

Médio

V 626,00 629,13 632,28 635,44 638,61 641,81 645,02 648,24 651,48 654,74 658,01 661,30 664,61 667,93 671,27

VI 627,00 630,14 633,29 636,45 639,63 642,83 646,05 649,28 652,52 655,79 659,06 662,36 665,67 669,00 672,35

VII 628,00 631,14 634,30 637,47 640,65 643,86 647,08 650,31 653,56 656,83 660,12 663,42 666,73 670,07 673,42

Superior

VIII 766,51 770,34 774,19 778,07 781,96 785,87 789,79 793,74 797,71 801,70 805,71 809,74 813,79 817,86 821,94

IX 797,16 801,15 805,15 809,18 813,22 817,29 821,38 825,48 829,61 833,76 837,93 842,12 846,33 850,56 854,81

X 827,83 831,97 836,13 840,31 844,51 848,73 852,98 857,24 861,53 865,84 870,17 874,52 878,89 883,28 887,70

Tabela Geral (Vigente após a implantação do PCCV)

PADRÕES

Vencimento Básico R$

Referências

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Básico

I 661,68 664,99 668,32 671,66 675,02 678,39 681,78 685,19 688,62 692,06 695,52 699,00 702,49 706,01 709,54

II 662,75 666,06 669,39 672,74 676,10 679,48 682,88 686,29 689,73 693,17 696,64 700,12 703,62 707,14 710,68

III 663,81 667,13 670,47 673,82 677,19 680,57 683,98 687,40 690,83 694,29 697,76 701,25 704,75 708,28 711,82

IV 664,88 668,20 671,54 674,90 678,27 681,66 685,07 688,50 691,94 695,40 698,88 702,37 705,88 709,41 712,96

Médio

V 665,94 669,27 672,61 675,98 679,36 682,75 686,17 689,60 693,05 696,51 699,99 703,49 707,01 710,55 714,10

VI 667,00 670,34 673,69 677,06 680,44 683,85 687,26 690,70 694,15 697,63 701,11 704,62 708,14 711,68 715,24

VII 668,07 671,41 674,76 678,14 681,53 684,94 688,36 691,80 695,26 698,74 702,23 705,74 709,27 712,82 716,38

Superior

VIII 815,41 819,49 823,59 827,71 831,84 836,00 840,18 844,38 848,61 852,85 857,11 861,40 865,71 870,03 874,38

IX 848,02 852,26 856,52 860,80 865,11 869,43 873,78 878,15 882,54 886,95 891,39 895,84 900,32 904,82 909,35

X 880,65 885,05 889,47 893,92 898,39 902,88 907,40 911,93 916,49 921,08 925,68 930,31 934,96 939,64 944,33

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ANEXO II – Tabela de Vencimentos Administração Geral – Lei nº 7.280

TABELA DE VENCIMENTO BÁSICO

NÍVEL BÁSICO - ADMINISTRAÇÃO GERAL

NÍVEL A B C D E F G H I J K L M N O

VALOR 900,00

945,00

992,25

1.041,86

1.093,96

1.148,65

1.206,09

1.266,39

1.329,71

1.396,20

1.466,01

1.539,31

1.616,27

1.697,08

1.781,94

TABELA DE VENCIMENTO BÁSICO

NÍVEL MÉDIO/TÉCNICO - ADMINISTRAÇÃO GERAL

NÍVEL A B C D E F G H I J K L M N O

VALOR 1.306,25

1.371,56

1.440,14

1.512,15

1.587,76

1.667,14

1.750,50

1.838,02

1.929,93

2.026,42

2.127,74

2.234,13

2.345,84

2.463,13

2.586,29

TABELA DE VENCIMENTO BÁSICO

NÍVEL SUPERIOR - ADMINISTRAÇÃO GERAL

NÍVEL A B C D E F G H I J K L M N O

VALOR 1.673,38

1.757,05

1.844,90

1.937,15

2.034,00

2.135,70

2.242,49

2.354,61

2.472,34

2.595,96

2.725,76

2.862,05

3.005,15

3.155,41

3.313,18

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ANEXO III

Tabela de Vencimentos Saúde – Lei nº 7.281

TABELA DE VENCIMENTO BÁSICO

GRUPO OPERACIONAL NÍVEL BÁSICO – SAÚDE

NÍVEL A B C D E F G H I J K L M N O

VALOR 900,00

945,00

992,25

1.041,86

1.093,96

1.148,65

1.206,09

1.266,39

1.329,71

1.396,20

1.466,01

1.539,31

1.616,27

1.697,08

1.781,94

TABELA DE VENCIMENTO BÁSICO

GRUPO OPERACIONAL NÍVEL MÉDIO/TÉCNICO – SAÚDE

NÍVEL A B C D E F G H I J K L M N O

VALOR 1.306,25

1.371,56

1.440,14

1.512,15

1.587,76

1.667,14

1.750,50

1.838,02

1.929,93

2.026,42

2.127,74

2.234,13

2.345,84

2.463,13

2.586,29

TABELA DE VENCIMENTO BÁSICO

GRUPO OPERACIONAL NÍVEL SUPERIOR - SAÚDE I

NÍVEL A B C D E F G H I J K L M N O

VALOR 1.673,38

1.757,05

1.844,90

1.937,15

2.034,00

2.135,70

2.242,49

2.354,61

2.472,34

2.595,96

2.725,76

2.862,05

3.005,15

3.155,41

3.313,18

TABELA DE VENCIMENTO BÁSICO

GRUPO OPERACIONAL NÍVEL SUPERIOR - SAÚDE II

NÍVEL A B C D E F G H I J K L M N O

VALOR 2.100,00

2.205,00

2.315,25

2.431,01

2.552,56

2.680,19

2.814,20

2.954,91

3.102,66

3.257,79

3.420,68

3.591,71

3.771,30

3.959,86

4.157,86

TABELA DE VENCIMENTO BÁSICO

GRUPO OPERACIONAL NÍVEL SUPERIOR - SAÚDE III

NÍVEL A B C D E F G H I J K L M N O

VALOR 4.308,00

4.523,40

4.749,57

4.987,05

5.236,40

5.498,22

5.773,13

6.061,79

6.364,88

6.683,12

7.017,28

7.368,14

7.736,55

8.123,38

8.529,55

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ANEXO IV

Tabela de Vencimentos Engenharia e Arquitetura – Lei nº 7.282

TABELA DE VENCIMENTO BÁSICO

GRUPO OPERACIONAL NÍVEL SUPERIOR - ENGENHARIA E ARQUITETURA

NÍVEL A B C D E F G H I J K L M N O

VALOR 4.100,00

4.305,00

4.520,25

4.746,26

4.983,58

5.232,75

5.494,39

5.769,11

6.057,57

6.360,45

6.678,47

7.012,39

7.363,01

7.731,16

8.117,72

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___________________________________________________________________

AUTORIA

Henilton Faria dos Santos – Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão. Endereço eletrônico: [email protected]

Ricardo Aurélio Madeira Marinho – Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Endereço eletrônico: [email protected]

Zarath Machado da Rocha – Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão. Endereço eletrônico: E-mail: [email protected]