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A 8ª Ação Comunitária WEG, no dia 21 de setem-bro, realizou um total de 19.697 atendimentos. Foramoferecidas dezenas de serviços gratuitos, como avaliaçãofísica, orientação sobre plantas medicinais, exame demama e orientações sobre prevenção do câncer de útero,carteira de identidade, carteira de trabalho e título deeleitor e atividades para crianças. A Ação foi realizadano Parque de Eventos de Jaraguá do Sul e contou com50 entidades parceiras e 550 voluntários.
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A WEG Química está apresentando uma nova linha detintas em pó, com propriedades antimicrobianas. A tintaem pó Politherm NobaC inibe a proliferação de bactérias efungos e outros microrganismos na superfície pintada, alémde oferecer alta resistência química e fácil limpeza. É a so-lução para locais onde há grande preocupação com higienee saúde, como equipamentos médicos e odontológicos,processamento de alimentos, unidades de condicionado-res de ar, eletrodomésticos, metais sanitários, móveis e co-zinhas de aço, entre outros.
Novas mudanças no organograma da WEG Exporta-dora (WEX) aconteceram em setembro e outubro, com oobjetivo de aumentar a participação da empresa no merca-do externo, hoje responsável por 40% do faturamento daWEG. Mauro Mendes assumiu a gerência de Vendas daRegião A (América do Norte). Anderson Fernandes assu-me a gerência de Vendas da Região B (Europa). AntônioCésar da Silva passa a gerente de Vendas Industriais e Mar-keting. Rogério A. Rodrigues deixa a gerência de Vendasde Motores Fracionários e Appliance da WEX e assumecomo gerente de Vendas da WEG Motores. Marcelo de A.Cruzeiro Junior assume como gerente de Vendas para oMercado de Portugal, na WEG Euro. Ainda na WEX, fo-ram nomeados sete novos chefes de vendas.
Engenheiros e técnicos da WEG participaram de umseminário exclusivo sobre contatação elétrica e extinção dearcos elétricos com o professor Manfred Lindmayer, da Uni-versidade Técnica de Braunschweig (TUB), da Alemanha.Responsável pelas disciplinas de sistemas de potência e tec-nologia de plasma, ele é considerado uma das maiores au-toridades mundiais na área de contatação elétrica e extin-ção de arcos.
A WEG apresentou novidades na Feira Internacionalda Indústria Elétrica, de Energia e Automação (FIEE), re-alizada no Anhembi, em São Paulo, em outubro. A empre-sa levou à feira suas soluções industriais em variação develocidade, comando e proteção de motores, geração, trans-missão e distribuição de energia e automação de processosindustriais, além de muitos lançamentos.
� � � ��������� ���� ���No dia 16 de setembro a WEG completou 42 anos de
existência, realizando vários eventos de comemoração. Omais importante foi a inaguração do Museu. Também nodia 16 foi realizado um almoço especial com os colabora-dores nos refeitórios dos parques fabris de Jaraguá do Sul,com apresentações de dança de alunos de diversas escolasda cidade.
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WEG em Revista éuma publicaçãoda WEG.Av. Pref. WaldemarGrubba, 3300,(47) 372-4000,CEP 89256-900,Jaraguá do Sul [email protected]. Conselho Editorial:Jaime Richter (diretor), Paulo Donizeti(editor), Caio Mandolesi (jornalistaresponsável), Edson Ewald (analista deMarketing). Edição e produção: EDM LogosComunicação, telefone (47) 433-0666.Tiragem: 12.000.
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radicionalmente, um museu empresarialmostra o quê? Fotografias antigas, produ-tos que eram fabricados pela empresa há
muitos anos, peças e material de trabalho antigo,saudosos catálogos e um gosto de saudade. O Mu-seu WEG, recém-inaugurado, também tem tudoisso. Lá estão painéis, mostrando as imagens deum tempo bom. Há motores antigos - a maioria,aliás, ainda em condições de funcionamento. Háferramentas rústicas, documentos com mais de 40anos. Até uma caminhonete dos anos 50! Mas,além e acima de tudo isso, no Museu WEG hávida, muita vida. Não é proibido mexer nos equi-pamentos expostos. Há até a possibilidade de le-var um pequeno susto, ao se apertar um botão ealgum negócio se mexer. Mas a idéia é essa mes-mo: fazer com que o visitante interaja com o am-biente, saiba como algumas coisas funcionam,entenda a história da WEG, conheça seu passadoe saia com uma idéia do que vai ser o seu futuro.Esta é uma nova mentalidade na arte da museo-logia: não ser apenas uma exposição de antigui-dades, mas uma porta ligando o passado ao futu-ro. Algo como um belo jardim, onde as plaqui-nhas dizem “pise na grama”.
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Museus brasileirosganham status deprioridade noMinistério da Cultura,inspiram açõescorporativas edespertam para ainteratividade,abandonando aimagem de depósito develharias
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m quatro frases rápidas, otexto de apresentação do co-lossal Museu de Ciência eTecnologia (MCT) da Pon-tifícia Universidade Católi-
ca do Rio Grande do Sul (PUC-RS)dá o recado: “Museu é cultura, lazer eaventura. Não apenas uma coletâneade objetos do passado. Aqui, propo-mos a participação do visitante comoo agente que vê, toca, experimenta,brinca, testa e compara. É uma formaatraente e lúdica de aprender”. Suces-so de público (atraiu quase 400 milpessoas em 2002) e de crítica (costu-
ma ser citado como referência por ilus-tres especialistas), o MCT investe numconceito relativamente novo no Bra-sil: mais do que um espaço para con-servação e exposição de acervos, o mu-seu deve ser um ambiente dinâmico,que produza conhecimento e interajacom o cidadão.
Aquilo que os estudiosos classifi-cam como a “quarta geração” dosmuseus encontra bons representantesno campo das ciências e da tecnolo-gia, mas também vai tomando corpo,gradativamente, em outras áreas. Mes-mo os empreendimentos tradicionaisembarcam nessa tendência e buscamalternativas para envolver o público,por meio de atividades educativas. Suaexcelência, o visitante, tornou-se peça
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tal. Apenas uma ressalva: para real-mente funcionar, o incentivo fiscaldeve sempre contar com a contrapar-tida da empresa, a fim de garantircomprometimento verdadeiro.
Na outra ponta da educação, oensino superior, também temos pro-blemas que merecem atenção quantoàs prioridades. Os recursos das uni-versidades públicas, que já consomemparte importante do orçamento daeducação, são insuficientes para man-ter o padrão de excelência que o mer-cado globalizado exige, e mesmo as-sim o ensino é gratuito para todos.
Uma parte considerável dos alu-nos das universidades públicas temcondição e deveria estar pagando pelocurso. Não faz sentido investir emensino gratuito para atender a quemestudou nas melhores e mais caras es-colas desde o ensino básico. Com uma
política forte de bolsas de estudos ecrédito educativo, a universidade pú-blica pode continuar a atender a po-pulação carente, que com o tempo ecom a ampliação dos investimentos noensino fundamental chegará em mai-or número ao ensino superior.
E as instituições de ensino podemampliar ainda mais as parcerias comempresas, fundamentais para desen-volver a pesquisa acadêmica, aproxi-mar os alunos e professores do merca-do de trabalho e até criar relaciona-mentos entre universidades do Brasile do exterior, como é o caso do Co-mitê Científico e Tecnológico WEG,formado por representantes da empre-sa e de instituições de ensino interna-cionais e brasileiras.
Essa estratégia de longo prazo deveser combinada com o investimento noensino profissionalizante e também na
educação de adultos. O Brasil precisade técnicos. Há uma demanda cres-cente nas empresas por profissionaisde nível técnico das mais variadas áre-as. A procura por cursos desse tipo énatural, e só tende a crescer, contri-buindo para que se forme gente espe-cializada e apta a crescer e se desen-volver cada vez mais.
Essa discussão apaixonante semprevai dividir opiniões a favor ou contraalternativas aqui apresentadas. Mas emum ponto deve haver uma só opinião:fundamental mesmo é a educação.Quando melhorarmos índices comoo medido pela Unesco, veremos ou-tros índices crescerem, como a pro-dutividade industrial, a distribuição derenda, as exportações e, principalmen-te, a qualidade de vida de toda a po-pulação brasileira.
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Décio da Silva,Presidente Executivo da WEG
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�Brasil ainda tem umlongo caminho paratrilhar, em busca debons índices naeducação e na cultura
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A competitividadedepende de tecnologia
de ponta, masprincipalmente de
pessoas capacitadas.
idadania só existe comeducação e cultura. Par-tindo desse pressuposto, oBrasil vai mal. No quesi-to alfabetização, dos mais
básicos - senão o mais básico -, nossopaís está em 37º lugar, de uma listade 41 países elaborada pela Organiza-ção das Nações Unidas para Educa-ção, Ciência e Cultura (Unesco), di-vulgada em junho.
De acordo com a pesquisa, queclassifica os estudantes a partir de suacapacidade de usar a leitura para ad-quirir conhecimentos gerais, 50% dosestudantes brasilei-ros na faixa dos 15anos estão abaixo donível 1 de alfabeti-zação. Abaixo doBrasil estão apenasMacedônia, Albâ-nia, Indonésia ePeru.
Na educação,como na economia,o Brasil tem diferen-ças gritantes. Temos centros de exce-lência em vários campos, do ensinofundamental à pesquisa nas universi-dades, convivendo com uma situaçãode semi-analfabetismo de parcela sig-nificativa da população. Se o extremode cima não ajudar o extremo de bai-xo, os dois perdem.
A globalização está pressionandoas empresas brasileiras. De um lado,as necessidades cada vez mais urgen-tes de tecnologia (equipamentos, soft-wares, eletrônica) e de modelos degestão cada vez mais avançados (Kan-ban, Seis Sigma, TQC); do outro lado,uma parcela da população que malsabe ler. Até quando poderemos su-portar o choque de duas realidades tãodistintas?
A competitividade depende de tec-nologia e gestão de ponta, mas prin-cipalmente de pessoas capacitadas epreparadas para conviver nesse novoambiente. Para resolver esta situação,os recursos governamentais são escas-sos, por isso é preciso definir priori-dades. E o ensino fundamental deveser a prioridade máxima. Ensinar ascrianças a ler e a escrever com quali-dade, interpretando textos em vez desimplesmente saber o ABC, é o passoprimeiro e mais importante para co-locar o Brasil na rota do desenvolvi-mento.
Apesar de seruma obrigação dogoverno, as empre-sas e a sociedade po-dem e devem contri-buir com a educa-ção, promovendoum esforço em con-junto em prol dopaís. Uma alternati-va para incentivar aparticipação da ini-
ciativa privada na educação pode sera utilização de um mecanismo seme-lhante ao já adotado na área de cultu-ra.
O incentivo fiscal é uma maneiranão só de a iniciativa privada investirna cultura, mas de descentralizar adecisão do investimento. Uma vez oprojeto aprovado na Lei Rouanet, Leido Audiovisual ou em alguma lei es-tadual, é a empresa quem decide ondee quanto vai investir. E ainda cobraqualidade. Quando as empresas pu-derem transformar parte de seus im-postos em computadores, carteiras,cursos para professores e até materialde construção para ampliar o númerode salas de aula, teremos um boom deinvestimentos no ensino fundamen-
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de museu. “Hoje, o maior desafio dasinstituições é saber como contribuirpara a inclusão social, atendendo adiferentes setores da população”, rei-tera a museóloga Maria Cristina Oli-veira Bruno, diretora da Divisão deIconografia e Museus do Departa-mento de Patrimônio Histórico da Se-cretaria Municipal de Cultura de SãoPaulo (veja entrevista ao final destareportagem).
Há muita gente empenhada emvencer tal desafio - e observa-se, si-multaneamente, todo um movimen-to pró-museu, seja na esfera pública,seja na iniciativa privada. Em maiodeste ano, ao cabo de diversas reuni-ões com entidades e profissionais daárea, o Ministério da Cultura (MinC)divulgou um documento de 47 pági-nas no qual enumera as bases para acriação da Política Nacional de Mu-seus (PNM). Um dos objetivos, tal-vez o principal, é revitalizar os cen-tros de memória existentes - informa-tizar, qualificar sua gestão, aprimorarsua infra-estrutura, capacitar seus re-cursos humanos -, sem perder de vis-ta o estímulo à criação de outros.
Durante o lançamento da PNM,no Rio de Janeiro, o ministro Gilber-to Gil conclamou as lideranças do se-tor para “uma caminhada política”rumo à valorização dos museus. For-mular e implementar esse conjunto dediretrizes era prioridade manifesta porGil desde o início do governo, revelao secretário do Patrimônio, Museus eArtes Plásticas do MinC, Márcio Au-gusto Freitas de Meira. Não tardou adeslanchar. “A construção da PNM foiamplamente democrática, com um in-tenso envolvimento da comunidademuseológica brasileira”, frisa o secre-tário, em depoimento à WEG em Re-vista.
A mesma comunidade assiste, en-tusiasmada, ao despertar da empresapara a importância dos centros de me-mória. É cada vez maior o número deprojetos de resgate histórico assinadospor grandes organizações privadas.Companhias como Gessy Lever, Pe-trobrás, Vale do Rio Doce, Embraco,Multibras Eletrodomésticos - além daWEG, é claro -, e bancos como Bra-desco e Itaú, já desenvolveram os seus.“Ao lado da responsabilidade social eambiental, a responsabilidade histó-rica é um elemento-chave para a trans-cendência organizacional e fortalece asua identificação com a sociedade”, es-creveu, em artigo recente, o diretor-executivo da Associação Brasileira deComunicação Empresarial (Aberje),Paulo Nassar.
Habitualmente, esses museus vãose ocupar da trajetória que há por trásdas empresas que representam. OCentro de Memória Multibras, porexemplo, acompanha a evolução dageladeira - seu carro-chefe - desde osanos 50 e relata algumas curiosidadessobre as marcas que detém, as famo-sas Consul e Brastemp. É diferente ocaso do Itaú Cultural, projeto banca-do pelo grupo que controla o banco,mas dedicado a pesquisa, fomento edifusão cultural. “Nossa missão é con-tribuir para a democratização da cul-tura”, resume a gerente de Ação Edu-cativa do órgão, Renata Bittencourt.
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O Itaú Cultural abriu as portas em1989, como um serviço que franque-ava para escolas o banco de dados dainstituição. Adiante, passou a realizarcursos e produzir vídeos, lançou umaenciclopédia on line de artes visuais edeu início a um programa para po-tencializar investimentos no cenáriocultural. No ano passado, ampliou ofoco, inaugurando um centro de2.250 metros quadrados, em plenaavenida Paulista, onde promove expo-sições, mostras de cinema e teatro,shows musicais e encontros com inte-lectuais. O complexo, que recebe1.900 visitantes por dia, aposta na in-teratividade para estabelecer diálogose disseminar aeducação emtorno do patri-mônio cultural.Parte do se-guinte princí-pio: “Os visi-tantes não de-vem ser vistoscomo indivídu-os passivos.Pelo contrário,devem ser convidados a entrar na are-na e falar, perguntar, opinar, brincar,apropriar-se daquilo que é apresenta-do”, anuncia Renata.
O preceito cabe como uma luvapara descrever a categoria dos museusinterativos de ciências, nos moldes dogaúcho MCT. Na Europa e nos Esta-dos Unidos, eles não chegam a ser no-vidade. Perto de 60% dos norte-ame-ricanos adultos freqüentam esses lu-gares ao menos uma vez por ano. “Es-tudantes que participam de programasinterativos apresentam melhorias nacriatividade, na percepção, no desen-volvimento lógico, nas habilidades decomunicação, na motivação e em ati-tudes positivas com relação à ciênciae à tecnologia”, maravilha-se o profes-sor Marcelo Knobel, coordenador doNúcleo de Desenvolvimento da Cria-tividade (Nudecri) da Unicamp.
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Coordenadora do Curso de Especialização emMuseologia do Museu de Arqueologia e Etnologiada USP e diretora da Divisão de Iconografia e Mu-seus da Secretaria Municipal de Cultura de São Pau-lo, a professora Maria Cristina Oliveira afirma que aabertura à interatividade deve ir além da oferta deatividades lúdicas.
O museu brasileiro interage com a sociedade?Os museus ampliam acervos e enfoques patrimoni-
ais, atualizam técnicas e processos de trabalho, compre-endem a importância da formação e da profissionaliza-ção. Estão envolvidos, portanto, nos processos de moder-nização e democratização das instituições. Há um con-senso de que eles devem atuar para a sociedade, inter-pretar suas questões sócio-culturais e compreender suasexpectativas. Daí, observo que existem muitas possibili-dades para entender a interatividade nos museus. Nãose trata, apenas, de mexer nos objetos ou de desenvolveratividades lúdicas. As relações que se estabelecem entre opúblico e os conteúdos são muito mais complexas. Oimportante é qualificar a interatividade do ponto devista da utilização de tecnologias e relações interpesso-ais.
Que instituições têm obtido sucesso nesta bus-ca?
Há muitos bons exemplos, com atuação marcada pelocompromisso com a atualidade museológica e as expec-tativas da sociedade. Evidenciam uma enorme energiapara a preservação e comunicação patrimoniais. Ape-nas a título de exemplo: Museu Lasar Segall do MinC(São Paulo), Museu da Vida da Fiocruz (Rio de Janei-ro), Museu Arqueológico do Sambaqui de Joinville (San-ta Catarina), Estação Ciência/USP (São Paulo), entremuitas outras. Cabe destacar, entretanto, que qualificoos bons trabalhos museológicos a partir de múltiplas va-riáveis, e não apenas pela possibilidade de manipularalguns recursos expositivos.
Como você avalia a atuação dos museus em-presariais?
Alguns dão ênfase ao próprio ofício e ao perfil daempresa, outros desenvolvem a ação museológica medi-ante a identificação da importância da empresa para aregião, ou, ainda, fazem conexões com empresas congê-neres em outras regiões e países. O importante dessesmuseus é que atuam a partir da valorização patrimoni-al do trabalho e dos trabalhadores e desencadeiam gran-des movimentos atrelados ao reconhecimento e auto-es-tima individuais e coletivas.
O professor faz parte de um grupo integrado por Uni-camp, Prefeitura de Campinas e Academia de Ciências deSão Paulo, que costura o ambicioso projeto de “criar ummuseu de ciências interativo comparável aos melhores domundo”. Ranking em que despontam empreendimentoscomo a Cidade das Artes e das Ciências, em Valência, naEspanha, o The Tech Museum of Innovation, de San Jose,na Califórnia, e o Parque de Ciências Explora, no México.O Brasil, segundo Knobel, “está bem atrasado” na tendên-cia global dos museus hands on, apelido que faz alusão aouso constante das mãos, para lidar com os experimentos.
Entre os projetos nacionais bem-sucedidos, ele menci-ona a Estação Ciência da USP, em São Paulo, e o Museu daVida, da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. “Ainteratividade é um dos processos mais importantes damoderna museologia”, sublinha Alsioni Canuto, técnica emMuseologia que desenvolveu o projeto do Museu WEG.“Se o museu não emociona e não interage de alguma for-ma, não tem razão de ser.”
O MCT, da PUC, em Porto Alegre, emociona e intera-ge. Aguçar a curiosidade e desvendar o prazer do conheci-mento são propósitos da instituição, embutidos no slogan“a maior descoberta é aquela que a gente faz”. O endereço,junto ao campus da universidade, abriga cerca de 700 atra-ções que tratam de temas como a evolução da Terra, biolo-gia, saúde e medicina, física e matemática. Em outubro, oMCT sediou um workshop internacional sobre design econstrução de experimentos interativos. Mas, se o interes-se crescente pelo modelo confirma o sucesso do museu ex-ploratório, ao estabelecer uma relação mais estreita com acomunidade, vale ressaltar que também os chamados mu-seus tradicionais estão atentos à interatividade. Veja-se ocaso do MAM (Museu de Arte Moderna), de São Paulo,que organiza 40 cursos regulares, boa parte aproveitando oacervo da instituição. “Estamos tentando fazer com que opúblico se sinta bem e venha sempre ao museu”, justifica acoordenadora executiva do MAM, Vera Barros. O MuseuImperial, em Petrópolis (RJ), promove encenações e filmespara contar fatos da história do Brasil. A idéia, em todoseles, independente do ramo, é que o visitante seja capaz de“redefinir a exibição” - traduzindo: que volte para casa coma agradável certeza de ter entendido o que viu.
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Segundo Udo Wagner, com oCentro Cultural, Jaraguá quer ser anúmero 1 em cultura em Santa Cata-rina. “Estamos trazendo para a cidadefolclore, exposições de artes plásticas,humor, música, teatro e dança”, diz.
Além das apresentações realizadasno Grande Teatro, o local tem ativi-dades praticamente todos os dias, en-volvendo o Pequeno Teatro ou as ou-tras salas. Em agosto, por exemplo,aconteceu a terceira edição do Festi-val de Formas Animadas, apresentan-do 18 grupos do Brasil e do exterior.O evento atraiu 10.300 pessoas, dasquais 8.500 eram crianças.
Tudo começou com Adélia Pia-zera Fischer, pianista nascida em Ja-raguá do Sul em 1912, que conse-guiu reunir em torno de si e de suapaixão pela música toda uma or-questra. Inicialmente, na década de1940, ela e o marido, Francisco Fer-nando Fischer, contabilista e violi-nista, se reuniam com outros músi-cos amadores para tocar em noitesculturais, concertos beneficentes eaudições.
O grupo foi crescendo até que,na década de 1950, transformou-senuma orquestra. Entre os compo-nentes, um clarinetista chamadoWerner Ricardo Voigt (o W daWEG). Em 1956, os membros daorquestra fundaram a SociedadeCultura Artística, a SCAR.
A primeira sede própria veio em1986. A sede atual começou a serconstruída em 1989, num terrenodoado pela Prefeitura, e teve inves-timento total de R$ 12 milhões.
A WEG teve participação funda-mental para o sucesso da empreita-da, contribuindo financeiramentecom quase um terço da obra. “EggonJoão da Silva (o E da WEG) foi oprimeiro empresário a dizer que iriacolaborar para a construção”, contaMonika. A colaboração da empresacontinua até hoje, na manutençãoda estrutura do Centro Cultural.
Mas a WEG não se limitou ao
apoio financeiro. “Moacyr Sens (di-retor superintendente da WEG Mo-tores) trabalhou como conselheiro eparticipante da comissão de constru-ção nos últimos 15 anos”, lembraMonika. “É muito prazeroso umaobra dessa magnitude ter a nossaparticipação”, diz Sens. A assessoriada WEG em Brasília acompanhou adocumentação para que o projeto daSCAR fosse habilitado a utilizar aLei Rouanet, a partir de 1996. Já asegunda versão do projeto foi feitaem grande parte por profissionais daWEG, em 2001. A empresa forne-ceu os motores para o principal ele-vador da SCAR, o do palco. Ele mo-vimenta a orquestra, com cerca de20 integrantes e seus instrumentos.
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blico é ótimo e o teatro de Jaraguá éum dos mais bonitos que já vimosem todo o Brasil.” - Selton Melo,ator (Jornal de Santa Catarina- 07/09/2003)
...Os bailarinos e o presidenteda McCann-Erikson, que acompa-nhou o grupo, surpreenderam-secom o majestoso Centro Cultural ea estrutura do teatro, um dos me-lhores do mundo. Outro diferenci-al foi o calor humano que recebe-ram durante os dias que permane-ceram em Jaraguá do Sul. (Jornaldo Vale do Itapocu - 03/07/03)
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O novo Teatro Nacional da Hun-gria, na capital Budapeste, tem equi-pamentos WEG na maquinaria supe-rior e inferior do palco principal. Aobra é o resultado da combinação demúltiplas tecnologias. Por fora, o novoTeatro Nacional Húngaro impressio-na por sua arquitetura ousada e per-feitamente integrada à paisagem. Masé por dentro que se vê suas caracterís-ticas mais especiais. É todo equipadocom acionamentos comandados porcomputador, que permitem a realiza-ção das mais diferentes alterações nocenário.
O acionamento elétrico é compos-to por tubos montados com guia in-tegrada, sistema de medição de posi-cionamento e uma unidade de acio-namento e de frenagem onde são uti-lizados os motofreios WEG certifica-dos pelo VDE na Alemanha. Da ma-quinaria superior, fazem parte 48 tor-nos individuais equipados com mo-tores WEG, com uma força de traçãode 300 kg e uma potência de aciona-mento de 5,5 kW, e 33 tornos para omovimento do cenário com uma for-ça de tração de 400 kg e uma potên-cia de acionamento de 7,5 kW.
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➔ Sociedade CulturaArtística colocaJaraguá do Sul noroteiro dos grandesespetáculos nacionais
�esde maio deste ano, a ci-dade catarinense de Jaraguádo Sul, com cerca de 108mil habitantes, vem rece-bendo atrações culturais de
peso: os humoristas Chico Anísio, AryToledo e Juca Chaves, o ator SeltonMelo (com a peça Zastrozi), o grupoCena Onze, de Florianópolis, e o BaléReal da Dinamarca.
Essa efervescência da cultura nacidade tem um responsável: o CentroCultural de Jaraguá do Sul, nova sededa Sociedade Cultura Artística(SCAR), entidade voltada à promo-ção da arte desde 1956. A SCAR jávinha trabalhando para inserir Jaraguáno circuito cultural nacional há anosmas, com este espaço, a estrutura paraisso é muito melhor. O prédio, inau-gurado no dia 16 de maio, tem qua-tro andares e 10 mil metros quadra-dos. Lá se abrigam o Grande Teatro,com capacidade para mil pessoas, e oPequeno Teatro, com 250 lugares,dotados de alta qualidade em termosde acústica, iluminação e mecânicacênica. “O Balé Real da Dinamarcafaz 200 apresentações por ano, e osintegrantes disseram que o melhor es-paço do mundo em que se apresenta-ram, comparando entre cidades domesmo porte, foi Jaraguá do Sul”, con-ta Udo Wagner, vice-presidente deMarketing da SCAR.
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O Centro Cultural não foi cons-truído pelo poder público. Ele é frutoda união da comunidade em torno deum sonho, iniciado em 1989. Foiconstruído com o trabalho voluntá-rio de dezenas de pessoas.
“A SCAR representa a crença deque é possível mudar uma sociedadepara melhor por meio de atividadesculturais”, afirma Monika Hufenüss-ler Conrads, presidente da instituição.O Centro Cultural tem três salas paraexposições e 17 salas multiuso, em quefuncionam 35 cursos, envolvendo tea-tro, música, dança e artes plásticas.
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“A preservação da memória temrelação direta com nossa identidadecultural”, defende Max José Müller,coordenador técnico do Museu His-tórico de Santa Catarina/PalácioCruz e Sousa. Nesta entrevista, eledefende a popularização dos museus- com a cautela de evitar a “vulgari-zação”, que comprometeria o patri-mônio exposto.
Qual o caminho para popula-rizar o museu como instituiçãocultural?
A popularização é desejada, e porela se vem trabalhando há muito tem-po. O pulo do gato, aqui, é não con-fundir com vulgarização ou banali-zação. Se observarmos o comporta-mento de instituições européias - quetêm mais tempo e experiência -, vere-mos que esse aspecto está perfeitamen-te equacionado e que elas intermedei-am de forma salutar a relação entre ovisitante e o acervo. Para facilitar avida dos educadores, e quando há re-cursos, podemos montar programas queviabilizem visitas de portadores de ne-cessidades especiais ou ações usando ré-plicas com objetivos didáticos. Somentenesse caso, permite-se o contato diretocom o objeto, uma réplica.
Por que ainda há quem veja omuseu como depósito de velhari-as?
A história dos museus brasileiroscomeça no tempo do Vice-Reinado. É,portanto, longa e complexa. Importadizer que a afirmação de que o museué ou foi um repositório de velharias éevidentemente equivocada, mas disse-minada na sociedade. Pura semânti-ca que encontra abrigo em um discur-so falsamente modernizante, cujo es-copo é provocar sentidos negativos noinconsciente popular, referindo-se àgrande questão da preservação da me-mória. A preservação da memória temrelação direta com nossa identidadecultural, e este é o cerne da questão.
Como vê a tentativa de tornaras exposições mais atrativas?
A museografia se desenvolveu, ser-vindo-se de diversos recursos ofereci-dos pelo marketing, através da progra-mação visual. Paralelamente, novosmétodos de ensino e pesquisas na áreada educação estimularam os pedago-gos a, também nos museus, realizarum trabalho de aproximação entreacervo e visitante. Antes, entretantoque a confusão se instale, devemos con-
siderar que a função precípua do mu-seu é a conservação do seu acervo, eque uma interação mal intermedia-da com o público pode gerar prejuízosincalculáveis para o conjunto do pa-trimônio em questão. Todos os museusbrasileiros minimamente afinadoscom as escolas regulares de museologiado país têm, pelo menos desde 1980,forte preocupação em criar uma cum-plicidade entre o visitante e seus acer-vos.
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DEISE ROZA
ocê sabe como um motorde máquina de lavar é fei-to? Sabe como se origina aenergia elétrica? Talvez sim.Mas, já imaginou como
seria estar dentro de uma chaminé?Sabe como três homens, com um ca-pital irrisório, conseguiram montaruma empresa que hoje fatura R$ 1,5bilhão por ano?
Essas perguntas podem parecernão ter nada em comum, podem dei-
xar você confuso. Mas incerteza, ques-tionamentos e a possibilidade de vári-as interpretações são poderosas formasde se chegar ao conhecimento. Insti-gam a curiosidade. Você quer respos-tas ou quer reflexão? Quer apenas verou também sentir?
Isso tem tudo a ver com o MuseuWEG. Porque um museu moderno éconcebido para fazer pensar e apren-der, levar as pessoas a se perguntar oque fazem ali, procurar suas origens,encontrar inspiração para o futuro. Éum espaço onde se pode tocar, brin-car, sentir.
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A WEG inauguraseu próprio museu,no local onde aprimeira fábricacomeçou há 42 anos
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WR - Quais as mudanças quevocê já percebeu na política cultu-ral brasileira, desde que o novo go-verno assumiu?
Marcos - Tenho plena convicçãode que o governo está no caminhocerto, em todos os aspectos. Gilber-to Gil, no Ministério da Cultura, éum ganho para o país em sabedoria,postura e maturidade. Sua trajetóriaprofissional impecável o credencia acolocar o Brasil numa posição inve-jável em nível mundial. Nada é maisbrasileiro que Gilberto Gil e sua arte.E, ainda por cima, ele é negro, maisuma vitória da raiz brasileira. Hojevemos uma produção artístico-cultu-ral intensa. E, o que é importante:esta produção não se concentra maisno eixo Rio-São Paulo.
WR - A arte brasileira tem umacara? Como ela é?
Marcos - É, acima de tudo, eclé-tica. A arte brasileira é rica, e mudade acordo com as várias manifesta-ções que encontramos pelo país. OBrasil é uma reserva natural, criati-va, humana e espiritual do planeta.E isso se reflete em sua arte. Essa arteajuda a construir a nação.
WR - A TV brasileira exportanovelas para o mundo todo. A quevocê deve esse sucesso?
Marcos - À qualidade dos nossosautores, diretores, artistas e técnicos.A TV Globo, sem dúvida, é uma dasresponsáveis por grandes momentosda dramaturgia brasileira. Ela criouum público exigente, e responde aesta exigência formando cada vezmais talentos. Nossos autores conse-guem criar ou adaptar textos mara-vilhosos, e os diretores - muitos de-les vindos da frente das câmeras, ato-res - são de um excelente nível.
WR - O teatro sempre foi con-siderado como a verdadeira arte
������������������Criado na pequena e mineiraGuaxupé, o paulistano MarcosMagano Frota tinha a mesmaansiedade das demais crianças desua idade: a chegada do circo.Essa paixão pela lona fez com queo hoje consagrado Marcos Frotainvestisse na criação de seupróprio circo. Marcos - queestrelou a campanha dos 25 anosda WEG, em 1986 - crioutambém a Universidade Livre doCirco, onde aprendizes utilizam-se do Grande Circo como umestágio para praticar suashabilidades. Nesta entrevistaexclusiva à WEG em Revista,Marcos fala de suas expectativasquanto aos rumos da políticacultural brasileira, da excelênciada arte no país e, claro, de circo.
formadora de talentos. Ainda é as-sim, ou a televisão já assumiu essepapel, especialmente no Brasil?
Marcos - O teatro sempre vai sera principal escola formadora de in-térpretes, pois é um exercício diário,um aperfeiçoamento constante. Masa televisão - assim como o cinema -tem um papel importantíssimo naformação de novos talentos.
WR - O artista brasileiro é bemremunerado, ou só os que fazemnovela ganham bem?
Na verdade, mesmo entre os ar-tistas de novelas, os ganhos não sãoaqueles imaginados pelo público. Oque favorece os atores e atrizes denovelas é a exposição, principalmen-te aquela proporcionada pela Globo.Graças a essa presença ostensiva natela e nos lares, os artistas conseguemcontratos comerciais. Isto dá maisganhos que os salários propriamenteditos.
WR - De onde vem essa sua li-gação com o circo?
Desde criança. Eu me criei emGuaxupé, no interior de Minas, e achegada do circo era uma festa. Em1986 fiz a novela Cambalacho, inter-pretando o trapezista Rick Romano.Cinco anos depois, criei o GrandeCirco Popular do Brasil. E a histórianão parou mais.
WR - Você acredita na revitali-zação do circo no Brasil?
Historicamente, o circo sempreteve dificuldades, sempre foi uma artesacrificada, dependente de público.Hoje está um pouco diferente. Osgrandes circos conseguem patrocíni-os. Eu, por exemplo, tenho um gran-de apreço pela Marisol, de Jaraguá doSul, que patrocina a turnê atual. Etambém há escolas formadoras de ar-tistas, das quais a Universidade Livredo Circo é um exemplo.
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Dentro deste modelo, a WEG ina-gurou no dia 16 de setembro - dataem que completou 42 anos - um mu-
seu onde a intera-tividade é uma dasc a r a c t e r í s t i c a sprincipais. O espa-ço, que ocupa umaárea de 960 metrosquadrados, é umaobra que já se des-taca como únicano gênero de mu-seu de empresa no
país, segundo a doutora em muselo-gia Maria Cristina Bruno, da Univer-sidade de São Paulo (USP).
Vai muito além de ser um memo-rial, e supera em modernidade mui-tos dos museus brasileiros. Em vez deobjetos antigos amontoados, este mu-seu segue uma nova tendência, a dainteratividade. Ao contrário dos avi-sos de “proibido tocar”, no MuseuWEG, o visitante vê logo que a idéiaé interagir com os objetos, mexendo,sentindo e se apropriando da históriaque representam. “O objetivo é pro-vocar a emoção para levar ao conheci-mento e fazer com o que as pessoas sesintam fazendo parte da história”, ex-plica a técnica em museologia respon-sável pelo pro-jeto, AlcioniMacedo Canu-to. “Enquantoum museu nãoemociona, nãofaz a pessoa sesentir refletida,ele não tem ra-zão de ser”,acrescenta.
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Um dos diferenciais do museu éampliar seu potencial educativo.Pode-se dizer que, dentro da concep-ção histórica, a WEG é ainda umacriança. Mas a partir dos testemunhosmateriais destes 42 anos de vida, ga-rimpados no chão de fábrica, este es-paço vai muito mais longe. O MuseuWEG é concebido como uma trilogiado conhecimento, fundindo a histó-ria da WEG e de seus três fundadores- Werner Ricardo Voigt, Eggon Joãoda Silva e Geraldo Werninghaus - coma história e a cultura do povo de Jara-guá do Sul e também aspectos da ci-ência e tecnologia. Por isso, além deaprender sobre a evolução da fábrica
e energia elétrica, você descobrirá, seainda não sabe, o que é o estilo en-xaimel e aprenderá o significado dapalavra früshtück.
Foi pensando no futuro que aWEG resolveu preservar e fazer umuso educativo do seu passado e da suahistória. “Além de homenagear osfundadores e os funcionários, estamospensando nas crianças”, afirma o pre-sidente executivo da WEG, Décio daSilva. “Este museu tem a função depreparar os futuros colaboradores,com a preservação de seus valores.Porque a tecnologia, a parte física, éefêmera. Mas princípios e cultura sãovalores que permanecem”, completa.
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O Museu WEG fica no prédioonde começou a empresa, em 1961.Tinha 200 metros quadrados, era alu-gado e abrigou a produção por cercade quatro anos. Ele foi comprado pelaWEG em 2000, com o objetivo desediar o museu. É uma edificaçãoconstruída em 1940 para ser uma mar-cenaria, e já faz parte do patrimôniohistórico de Jaraguá do Sul. Hoje ogrupo WEG tem 263 mil metros qua-drados de área construída.
A reforma do prédio foi desenvol-
vida pelo arquiteto Reinhard Conrad.“A forma final é o resultado da uniãoda arquitetura com a museologia”,explica ele. O museu tem pisos irre-gulares e com formas geométricas,paredes inclinadas e coloridas, e algunscorredores são mais estreitos. “A idéiaé fazer a pessoa sair com a sensação deque descobriu coisas, para não esque-cer mais”, explica. A visita é mesmouma descoberta, pois não há um ro-teiro definido a seguir, o visitante podeexplorar o local à vontade.
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Jaraguá do Sul é a cidade onde aWEG nasceu, cresceu e construiu amaior planta industrial do mundopara fabricação de motores elétricos.Nenhuma outra indústria do ramotem uma fábrica tão grande num sólugar. A WEG e a cidade cresceramjuntas, uma contribuindo para a evo-lução da outra. Enquanto a WEG ge-rou emprego para a população local,Jaraguá desenvolveu uma comunida-de que está entre as de melhor quali-dade de vida do país, com uma popu-lação que valo-riza a educaçãoe o trabalho. Osparques fabrisda empresa nacidade empre-gam cerca de 8mil pessoas,quase 10% dapopulação totalde 108,5 mil.
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Em contrapartida, de acordo como Atlas de Desenvolvimento Huma-no 2000, produzido pelo Programadas Nações Unidas para o Desenvol-vimento (Pnud), a cidade é a 9ª colo-cada em Santa Catarina e 32ª coloca-da no país em qualidade de vida, comum Índice de Desenvolvimento Hu-mano (IDH-M) de 0,85 num escalade 0 a 1. Não é a toa: 97,35% dosadultos são alfabetizados, 90,94% dascrianças estão na escola e a expectati-va de vida é de 74 anos.
Jaraguá é uma cidade pequena,mas já é a terceira maior economia doestado, sediando grandes empresas dosramos eletroeletrônico, metalúrgico etêxtil. O imigrante europeu que che-gou à região no fim do século 19, com
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pouco dinheiro e muito espírito em-preendedor, desenvolveu primeiro aagricultura. Com o excedente da pro-dução, começou o comércio. Com achegada da ferrovia, tornando maisfácil o escoamento da produção, veioa indústria.
Com a instalação do museu, aWEG estreita ainda mais o laço coma terra que lhe serviu de berço. Tantopor se tornar mais um espaço para apromoção da cultura na cidade quan-to por incluir a história de Jaraguá naprópria temática do museu.
Mas não poderia ser diferente, poistudo faz parte do mesmo contexto,desde a roda d’água, por exemplo. Elafoi utilizada pelos imigrantes europeusque se instalaram em Jaraguá paraobter o benefício da energia elétrica,indissociável do motor elétrico, que éo produto da WEG.
O Museu WEG reforça o espíritode preservação da história na cidade.“Jaraguá está começando essa questãoda preservação da memória porque opovo gosta e está respondendo a isso.Tanto que no museu Emílio Silva (ou-tro museu interativo da cidade) o pú-blico já chegou a 400 pessoas numdomingo à tarde”, lembra Alcioni. “Oque nós queremos é fazer de Jaraguádo Sul uma referência em termos depreservação da memória”, acrescenta.
“A iniciativa do Museu WEG vemreforçar que temos memória e que sa-bemos valorizar os tempos idos. Mos-tra para o jaraguaense que, quando setem uma proposta, se você se dedicar,acreditar e valorizar, você consegue oobjetivo. No seu exemplo, desde a ori-gem até hoje, a WEG tem essa visãode que quem acredita consegue”, afir-mou o prefeito de Jaraguá do Sul, Iri-neu Pasold.
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População108.489 habitantes
Crescimento da populaçãoentre 1991 e 1996
3,87%Homens50,41%Mulheres49,59%
Descendentes de alemães43%
Descendentes de italianos24%
Outras etnias:poloneses, húngaros,
africanos e miscigenados
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Segunda a sexta: das 9horas às 11h30 e das13h30 às 16h30
Quartas-feiras: aberto atéas 21 horas
Sábados: das 9 horas às11h30
Domingos: das 14 às 16horas
O museu tem 26 nichos temá-ticos (ambientes dedicados adeterminado tema), mais umaSala Multimídia e uma Salade Exposições Temporárias
A construção e preparação dosnichos contou com o trabalhode cerca de 200 pessoas, inclu-indo fornecedores.
A obra levou dois anos paraficar pronta.
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Era 1961, três homens beirandoos 30 anos se uniram, juntando umcapital que daria para comprar trêsfuscas, e montaram uma empresa.Fundaram uma fábrica de motoreselétricos numa cidadezinha do inte-rior de Santa Catarina com apenas
“É um momento que vivemos que nos embarga a voz, pela emoção de somostomados. Os três mosqueteiros não mediram esforços para que um pequenonegócio, com capital irrisório, chegasse a ser esse grande empreendimento”.
)����*��Werner Ricardo Voigt, descenden-
te de alemães, é o especialista em elé-trica e eletrônica. Nasceu em Schroe-der, cidade vizinha a Jaraguá do Sul.Começou a aprender eletricidade como avô Leo Schulz. Na adolescência tra-balhou como aprendiz em várias ofi-cinas do ramo. Serviu o exército emCuritiba na área de eletrônica e de-pois estudou, na mesma área, na Es-cola Ténica Federal do Paraná. Em1956 abriu uma pequena oficina pró-pria em Jaraguá. Toca clarinete e foium dos membros da primeira Orques-tra Sinfônica de Jaraguá do Sul.
)����*��Geraldo Werninghaus era a ponta
que faltava ao tripé: especialista emmecânica. Nasceu em Rio do Sul eaprendeu mecânica com o pai, Wi-lhelm, que veio da Alemanha, em1928, com o curso de técnico-mecâ-nico concluído. Trabalhou na oficinado pai até se associar a Eggon e Wer-ner. Tinha excelente senso de organi-zação, o que foi importante na áreada produção. Entrou na política em1989 e foi vereador, deputado estaduale prefeito de Jaraguá do Sul. Faleceuem fevereiro de 1999, vítima de umacidente de carro.
)����*��Eggon João da Silva é o adminis-
trador. Descendente de portugueses eespanhóis por parte de pai e de hún-garos e austríacos por parte de mãe.Nasceu também em Schroeder. Foiauxiliar de cartório, bancário e geren-te de uma fábrica de escapamentos deveículos. Foi ele que entrou em con-tato com Werner levando a propostade abrir um negócio, e era tambémquem conhecia Geraldo, o terceiro aentrar na empreitada. É um ótimoorador.
20 mil habitantes, a maioria de ori-gem rural. Segundo o historiadorApolinário Ternes, que escreveu umlivro contando a história da WEG,na década de 60, naquela região, ummotor elétrico era peça essencial paravárias atividades, e não era fácil ad-
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EMOÇÃO – No dia da inauguração do museu, como sempre, quem fez o discurso foi Eggon, que se emocio-nou ao lembrar do passado:
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Domingos: das 14 às 16horas
O museu tem 26 nichos temá-ticos (ambientes dedicados adeterminado tema), mais umaSala Multimídia e uma Salade Exposições Temporárias
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seria estar dentro de uma chaminé?Sabe como três homens, com um ca-pital irrisório, conseguiram montaruma empresa que hoje fatura R$ 1,5bilhão por ano?
Essas perguntas podem parecernão ter nada em comum, podem dei-
xar você confuso. Mas incerteza, ques-tionamentos e a possibilidade de vári-as interpretações são poderosas formasde se chegar ao conhecimento. Insti-gam a curiosidade. Você quer respos-tas ou quer reflexão? Quer apenas verou também sentir?
Isso tem tudo a ver com o MuseuWEG. Porque um museu moderno éconcebido para fazer pensar e apren-der, levar as pessoas a se perguntar oque fazem ali, procurar suas origens,encontrar inspiração para o futuro. Éum espaço onde se pode tocar, brin-car, sentir.
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A WEG inauguraseu próprio museu,no local onde aprimeira fábricacomeçou há 42 anos
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WR - Quais as mudanças quevocê já percebeu na política cultu-ral brasileira, desde que o novo go-verno assumiu?
Marcos - Tenho plena convicçãode que o governo está no caminhocerto, em todos os aspectos. Gilber-to Gil, no Ministério da Cultura, éum ganho para o país em sabedoria,postura e maturidade. Sua trajetóriaprofissional impecável o credencia acolocar o Brasil numa posição inve-jável em nível mundial. Nada é maisbrasileiro que Gilberto Gil e sua arte.E, ainda por cima, ele é negro, maisuma vitória da raiz brasileira. Hojevemos uma produção artístico-cultu-ral intensa. E, o que é importante:esta produção não se concentra maisno eixo Rio-São Paulo.
WR - A arte brasileira tem umacara? Como ela é?
Marcos - É, acima de tudo, eclé-tica. A arte brasileira é rica, e mudade acordo com as várias manifesta-ções que encontramos pelo país. OBrasil é uma reserva natural, criati-va, humana e espiritual do planeta.E isso se reflete em sua arte. Essa arteajuda a construir a nação.
WR - A TV brasileira exportanovelas para o mundo todo. A quevocê deve esse sucesso?
Marcos - À qualidade dos nossosautores, diretores, artistas e técnicos.A TV Globo, sem dúvida, é uma dasresponsáveis por grandes momentosda dramaturgia brasileira. Ela criouum público exigente, e responde aesta exigência formando cada vezmais talentos. Nossos autores conse-guem criar ou adaptar textos mara-vilhosos, e os diretores - muitos de-les vindos da frente das câmeras, ato-res - são de um excelente nível.
WR - O teatro sempre foi con-siderado como a verdadeira arte
������������������Criado na pequena e mineiraGuaxupé, o paulistano MarcosMagano Frota tinha a mesmaansiedade das demais crianças desua idade: a chegada do circo.Essa paixão pela lona fez com queo hoje consagrado Marcos Frotainvestisse na criação de seupróprio circo. Marcos - queestrelou a campanha dos 25 anosda WEG, em 1986 - crioutambém a Universidade Livre doCirco, onde aprendizes utilizam-se do Grande Circo como umestágio para praticar suashabilidades. Nesta entrevistaexclusiva à WEG em Revista,Marcos fala de suas expectativasquanto aos rumos da políticacultural brasileira, da excelênciada arte no país e, claro, de circo.
formadora de talentos. Ainda é as-sim, ou a televisão já assumiu essepapel, especialmente no Brasil?
Marcos - O teatro sempre vai sera principal escola formadora de in-térpretes, pois é um exercício diário,um aperfeiçoamento constante. Masa televisão - assim como o cinema -tem um papel importantíssimo naformação de novos talentos.
WR - O artista brasileiro é bemremunerado, ou só os que fazemnovela ganham bem?
Na verdade, mesmo entre os ar-tistas de novelas, os ganhos não sãoaqueles imaginados pelo público. Oque favorece os atores e atrizes denovelas é a exposição, principalmen-te aquela proporcionada pela Globo.Graças a essa presença ostensiva natela e nos lares, os artistas conseguemcontratos comerciais. Isto dá maisganhos que os salários propriamenteditos.
WR - De onde vem essa sua li-gação com o circo?
Desde criança. Eu me criei emGuaxupé, no interior de Minas, e achegada do circo era uma festa. Em1986 fiz a novela Cambalacho, inter-pretando o trapezista Rick Romano.Cinco anos depois, criei o GrandeCirco Popular do Brasil. E a histórianão parou mais.
WR - Você acredita na revitali-zação do circo no Brasil?
Historicamente, o circo sempreteve dificuldades, sempre foi uma artesacrificada, dependente de público.Hoje está um pouco diferente. Osgrandes circos conseguem patrocíni-os. Eu, por exemplo, tenho um gran-de apreço pela Marisol, de Jaraguá doSul, que patrocina a turnê atual. Etambém há escolas formadoras de ar-tistas, das quais a Universidade Livredo Circo é um exemplo.
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➔ Sociedade CulturaArtística colocaJaraguá do Sul noroteiro dos grandesespetáculos nacionais
�esde maio deste ano, a ci-dade catarinense de Jaraguádo Sul, com cerca de 108mil habitantes, vem rece-bendo atrações culturais de
peso: os humoristas Chico Anísio, AryToledo e Juca Chaves, o ator SeltonMelo (com a peça Zastrozi), o grupoCena Onze, de Florianópolis, e o BaléReal da Dinamarca.
Essa efervescência da cultura nacidade tem um responsável: o CentroCultural de Jaraguá do Sul, nova sededa Sociedade Cultura Artística(SCAR), entidade voltada à promo-ção da arte desde 1956. A SCAR jávinha trabalhando para inserir Jaraguáno circuito cultural nacional há anosmas, com este espaço, a estrutura paraisso é muito melhor. O prédio, inau-gurado no dia 16 de maio, tem qua-tro andares e 10 mil metros quadra-dos. Lá se abrigam o Grande Teatro,com capacidade para mil pessoas, e oPequeno Teatro, com 250 lugares,dotados de alta qualidade em termosde acústica, iluminação e mecânicacênica. “O Balé Real da Dinamarcafaz 200 apresentações por ano, e osintegrantes disseram que o melhor es-paço do mundo em que se apresenta-ram, comparando entre cidades domesmo porte, foi Jaraguá do Sul”, con-ta Udo Wagner, vice-presidente deMarketing da SCAR.
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O Centro Cultural não foi cons-truído pelo poder público. Ele é frutoda união da comunidade em torno deum sonho, iniciado em 1989. Foiconstruído com o trabalho voluntá-rio de dezenas de pessoas.
“A SCAR representa a crença deque é possível mudar uma sociedadepara melhor por meio de atividadesculturais”, afirma Monika Hufenüss-ler Conrads, presidente da instituição.O Centro Cultural tem três salas paraexposições e 17 salas multiuso, em quefuncionam 35 cursos, envolvendo tea-tro, música, dança e artes plásticas.
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“A preservação da memória temrelação direta com nossa identidadecultural”, defende Max José Müller,coordenador técnico do Museu His-tórico de Santa Catarina/PalácioCruz e Sousa. Nesta entrevista, eledefende a popularização dos museus- com a cautela de evitar a “vulgari-zação”, que comprometeria o patri-mônio exposto.
Qual o caminho para popula-rizar o museu como instituiçãocultural?
A popularização é desejada, e porela se vem trabalhando há muito tem-po. O pulo do gato, aqui, é não con-fundir com vulgarização ou banali-zação. Se observarmos o comporta-mento de instituições européias - quetêm mais tempo e experiência -, vere-mos que esse aspecto está perfeitamen-te equacionado e que elas intermedei-am de forma salutar a relação entre ovisitante e o acervo. Para facilitar avida dos educadores, e quando há re-cursos, podemos montar programas queviabilizem visitas de portadores de ne-cessidades especiais ou ações usando ré-plicas com objetivos didáticos. Somentenesse caso, permite-se o contato diretocom o objeto, uma réplica.
Por que ainda há quem veja omuseu como depósito de velhari-as?
A história dos museus brasileiroscomeça no tempo do Vice-Reinado. É,portanto, longa e complexa. Importadizer que a afirmação de que o museué ou foi um repositório de velharias éevidentemente equivocada, mas disse-minada na sociedade. Pura semânti-ca que encontra abrigo em um discur-so falsamente modernizante, cujo es-copo é provocar sentidos negativos noinconsciente popular, referindo-se àgrande questão da preservação da me-mória. A preservação da memória temrelação direta com nossa identidadecultural, e este é o cerne da questão.
Como vê a tentativa de tornaras exposições mais atrativas?
A museografia se desenvolveu, ser-vindo-se de diversos recursos ofereci-dos pelo marketing, através da progra-mação visual. Paralelamente, novosmétodos de ensino e pesquisas na áreada educação estimularam os pedago-gos a, também nos museus, realizarum trabalho de aproximação entreacervo e visitante. Antes, entretantoque a confusão se instale, devemos con-
siderar que a função precípua do mu-seu é a conservação do seu acervo, eque uma interação mal intermedia-da com o público pode gerar prejuízosincalculáveis para o conjunto do pa-trimônio em questão. Todos os museusbrasileiros minimamente afinadoscom as escolas regulares de museologiado país têm, pelo menos desde 1980,forte preocupação em criar uma cum-plicidade entre o visitante e seus acer-vos.
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Coordenadora do Curso de Especialização emMuseologia do Museu de Arqueologia e Etnologiada USP e diretora da Divisão de Iconografia e Mu-seus da Secretaria Municipal de Cultura de São Pau-lo, a professora Maria Cristina Oliveira afirma que aabertura à interatividade deve ir além da oferta deatividades lúdicas.
O museu brasileiro interage com a sociedade?Os museus ampliam acervos e enfoques patrimoni-
ais, atualizam técnicas e processos de trabalho, compre-endem a importância da formação e da profissionaliza-ção. Estão envolvidos, portanto, nos processos de moder-nização e democratização das instituições. Há um con-senso de que eles devem atuar para a sociedade, inter-pretar suas questões sócio-culturais e compreender suasexpectativas. Daí, observo que existem muitas possibili-dades para entender a interatividade nos museus. Nãose trata, apenas, de mexer nos objetos ou de desenvolveratividades lúdicas. As relações que se estabelecem entre opúblico e os conteúdos são muito mais complexas. Oimportante é qualificar a interatividade do ponto devista da utilização de tecnologias e relações interpesso-ais.
Que instituições têm obtido sucesso nesta bus-ca?
Há muitos bons exemplos, com atuação marcada pelocompromisso com a atualidade museológica e as expec-tativas da sociedade. Evidenciam uma enorme energiapara a preservação e comunicação patrimoniais. Ape-nas a título de exemplo: Museu Lasar Segall do MinC(São Paulo), Museu da Vida da Fiocruz (Rio de Janei-ro), Museu Arqueológico do Sambaqui de Joinville (San-ta Catarina), Estação Ciência/USP (São Paulo), entremuitas outras. Cabe destacar, entretanto, que qualificoos bons trabalhos museológicos a partir de múltiplas va-riáveis, e não apenas pela possibilidade de manipularalguns recursos expositivos.
Como você avalia a atuação dos museus em-presariais?
Alguns dão ênfase ao próprio ofício e ao perfil daempresa, outros desenvolvem a ação museológica medi-ante a identificação da importância da empresa para aregião, ou, ainda, fazem conexões com empresas congê-neres em outras regiões e países. O importante dessesmuseus é que atuam a partir da valorização patrimoni-al do trabalho e dos trabalhadores e desencadeiam gran-des movimentos atrelados ao reconhecimento e auto-es-tima individuais e coletivas.
O professor faz parte de um grupo integrado por Uni-camp, Prefeitura de Campinas e Academia de Ciências deSão Paulo, que costura o ambicioso projeto de “criar ummuseu de ciências interativo comparável aos melhores domundo”. Ranking em que despontam empreendimentoscomo a Cidade das Artes e das Ciências, em Valência, naEspanha, o The Tech Museum of Innovation, de San Jose,na Califórnia, e o Parque de Ciências Explora, no México.O Brasil, segundo Knobel, “está bem atrasado” na tendên-cia global dos museus hands on, apelido que faz alusão aouso constante das mãos, para lidar com os experimentos.
Entre os projetos nacionais bem-sucedidos, ele menci-ona a Estação Ciência da USP, em São Paulo, e o Museu daVida, da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. “Ainteratividade é um dos processos mais importantes damoderna museologia”, sublinha Alsioni Canuto, técnica emMuseologia que desenvolveu o projeto do Museu WEG.“Se o museu não emociona e não interage de alguma for-ma, não tem razão de ser.”
O MCT, da PUC, em Porto Alegre, emociona e intera-ge. Aguçar a curiosidade e desvendar o prazer do conheci-mento são propósitos da instituição, embutidos no slogan“a maior descoberta é aquela que a gente faz”. O endereço,junto ao campus da universidade, abriga cerca de 700 atra-ções que tratam de temas como a evolução da Terra, biolo-gia, saúde e medicina, física e matemática. Em outubro, oMCT sediou um workshop internacional sobre design econstrução de experimentos interativos. Mas, se o interes-se crescente pelo modelo confirma o sucesso do museu ex-ploratório, ao estabelecer uma relação mais estreita com acomunidade, vale ressaltar que também os chamados mu-seus tradicionais estão atentos à interatividade. Veja-se ocaso do MAM (Museu de Arte Moderna), de São Paulo,que organiza 40 cursos regulares, boa parte aproveitando oacervo da instituição. “Estamos tentando fazer com que opúblico se sinta bem e venha sempre ao museu”, justifica acoordenadora executiva do MAM, Vera Barros. O MuseuImperial, em Petrópolis (RJ), promove encenações e filmespara contar fatos da história do Brasil. A idéia, em todoseles, independente do ramo, é que o visitante seja capaz de“redefinir a exibição” - traduzindo: que volte para casa coma agradável certeza de ter entendido o que viu.
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Segundo Udo Wagner, com oCentro Cultural, Jaraguá quer ser anúmero 1 em cultura em Santa Cata-rina. “Estamos trazendo para a cidadefolclore, exposições de artes plásticas,humor, música, teatro e dança”, diz.
Além das apresentações realizadasno Grande Teatro, o local tem ativi-dades praticamente todos os dias, en-volvendo o Pequeno Teatro ou as ou-tras salas. Em agosto, por exemplo,aconteceu a terceira edição do Festi-val de Formas Animadas, apresentan-do 18 grupos do Brasil e do exterior.O evento atraiu 10.300 pessoas, dasquais 8.500 eram crianças.
Tudo começou com Adélia Pia-zera Fischer, pianista nascida em Ja-raguá do Sul em 1912, que conse-guiu reunir em torno de si e de suapaixão pela música toda uma or-questra. Inicialmente, na década de1940, ela e o marido, Francisco Fer-nando Fischer, contabilista e violi-nista, se reuniam com outros músi-cos amadores para tocar em noitesculturais, concertos beneficentes eaudições.
O grupo foi crescendo até que,na década de 1950, transformou-senuma orquestra. Entre os compo-nentes, um clarinetista chamadoWerner Ricardo Voigt (o W daWEG). Em 1956, os membros daorquestra fundaram a SociedadeCultura Artística, a SCAR.
A primeira sede própria veio em1986. A sede atual começou a serconstruída em 1989, num terrenodoado pela Prefeitura, e teve inves-timento total de R$ 12 milhões.
A WEG teve participação funda-mental para o sucesso da empreita-da, contribuindo financeiramentecom quase um terço da obra. “EggonJoão da Silva (o E da WEG) foi oprimeiro empresário a dizer que iriacolaborar para a construção”, contaMonika. A colaboração da empresacontinua até hoje, na manutençãoda estrutura do Centro Cultural.
Mas a WEG não se limitou ao
apoio financeiro. “Moacyr Sens (di-retor superintendente da WEG Mo-tores) trabalhou como conselheiro eparticipante da comissão de constru-ção nos últimos 15 anos”, lembraMonika. “É muito prazeroso umaobra dessa magnitude ter a nossaparticipação”, diz Sens. A assessoriada WEG em Brasília acompanhou adocumentação para que o projeto daSCAR fosse habilitado a utilizar aLei Rouanet, a partir de 1996. Já asegunda versão do projeto foi feitaem grande parte por profissionais daWEG, em 2001. A empresa forne-ceu os motores para o principal ele-vador da SCAR, o do palco. Ele mo-vimenta a orquestra, com cerca de20 integrantes e seus instrumentos.
��� ������“A gente adorou este lugar, o pú-
blico é ótimo e o teatro de Jaraguá éum dos mais bonitos que já vimosem todo o Brasil.” - Selton Melo,ator (Jornal de Santa Catarina- 07/09/2003)
...Os bailarinos e o presidenteda McCann-Erikson, que acompa-nhou o grupo, surpreenderam-secom o majestoso Centro Cultural ea estrutura do teatro, um dos me-lhores do mundo. Outro diferenci-al foi o calor humano que recebe-ram durante os dias que permane-ceram em Jaraguá do Sul. (Jornaldo Vale do Itapocu - 03/07/03)
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O novo Teatro Nacional da Hun-gria, na capital Budapeste, tem equi-pamentos WEG na maquinaria supe-rior e inferior do palco principal. Aobra é o resultado da combinação demúltiplas tecnologias. Por fora, o novoTeatro Nacional Húngaro impressio-na por sua arquitetura ousada e per-feitamente integrada à paisagem. Masé por dentro que se vê suas caracterís-ticas mais especiais. É todo equipadocom acionamentos comandados porcomputador, que permitem a realiza-ção das mais diferentes alterações nocenário.
O acionamento elétrico é compos-to por tubos montados com guia in-tegrada, sistema de medição de posi-cionamento e uma unidade de acio-namento e de frenagem onde são uti-lizados os motofreios WEG certifica-dos pelo VDE na Alemanha. Da ma-quinaria superior, fazem parte 48 tor-nos individuais equipados com mo-tores WEG, com uma força de traçãode 300 kg e uma potência de aciona-mento de 5,5 kW, e 33 tornos para omovimento do cenário com uma for-ça de tração de 400 kg e uma potên-cia de acionamento de 7,5 kW.
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Décio da Silva,Presidente Executivo da WEG
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�Brasil ainda tem umlongo caminho paratrilhar, em busca debons índices naeducação e na cultura
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A competitividadedepende de tecnologia
de ponta, masprincipalmente de
pessoas capacitadas.
idadania só existe comeducação e cultura. Par-tindo desse pressuposto, oBrasil vai mal. No quesi-to alfabetização, dos mais
básicos - senão o mais básico -, nossopaís está em 37º lugar, de uma listade 41 países elaborada pela Organiza-ção das Nações Unidas para Educa-ção, Ciência e Cultura (Unesco), di-vulgada em junho.
De acordo com a pesquisa, queclassifica os estudantes a partir de suacapacidade de usar a leitura para ad-quirir conhecimentos gerais, 50% dosestudantes brasilei-ros na faixa dos 15anos estão abaixo donível 1 de alfabeti-zação. Abaixo doBrasil estão apenasMacedônia, Albâ-nia, Indonésia ePeru.
Na educação,como na economia,o Brasil tem diferen-ças gritantes. Temos centros de exce-lência em vários campos, do ensinofundamental à pesquisa nas universi-dades, convivendo com uma situaçãode semi-analfabetismo de parcela sig-nificativa da população. Se o extremode cima não ajudar o extremo de bai-xo, os dois perdem.
A globalização está pressionandoas empresas brasileiras. De um lado,as necessidades cada vez mais urgen-tes de tecnologia (equipamentos, soft-wares, eletrônica) e de modelos degestão cada vez mais avançados (Kan-ban, Seis Sigma, TQC); do outro lado,uma parcela da população que malsabe ler. Até quando poderemos su-portar o choque de duas realidades tãodistintas?
A competitividade depende de tec-nologia e gestão de ponta, mas prin-cipalmente de pessoas capacitadas epreparadas para conviver nesse novoambiente. Para resolver esta situação,os recursos governamentais são escas-sos, por isso é preciso definir priori-dades. E o ensino fundamental deveser a prioridade máxima. Ensinar ascrianças a ler e a escrever com quali-dade, interpretando textos em vez desimplesmente saber o ABC, é o passoprimeiro e mais importante para co-locar o Brasil na rota do desenvolvi-mento.
Apesar de seruma obrigação dogoverno, as empre-sas e a sociedade po-dem e devem contri-buir com a educa-ção, promovendoum esforço em con-junto em prol dopaís. Uma alternati-va para incentivar aparticipação da ini-
ciativa privada na educação pode sera utilização de um mecanismo seme-lhante ao já adotado na área de cultu-ra.
O incentivo fiscal é uma maneiranão só de a iniciativa privada investirna cultura, mas de descentralizar adecisão do investimento. Uma vez oprojeto aprovado na Lei Rouanet, Leido Audiovisual ou em alguma lei es-tadual, é a empresa quem decide ondee quanto vai investir. E ainda cobraqualidade. Quando as empresas pu-derem transformar parte de seus im-postos em computadores, carteiras,cursos para professores e até materialde construção para ampliar o númerode salas de aula, teremos um boom deinvestimentos no ensino fundamen-
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de museu. “Hoje, o maior desafio dasinstituições é saber como contribuirpara a inclusão social, atendendo adiferentes setores da população”, rei-tera a museóloga Maria Cristina Oli-veira Bruno, diretora da Divisão deIconografia e Museus do Departa-mento de Patrimônio Histórico da Se-cretaria Municipal de Cultura de SãoPaulo (veja entrevista ao final destareportagem).
Há muita gente empenhada emvencer tal desafio - e observa-se, si-multaneamente, todo um movimen-to pró-museu, seja na esfera pública,seja na iniciativa privada. Em maiodeste ano, ao cabo de diversas reuni-ões com entidades e profissionais daárea, o Ministério da Cultura (MinC)divulgou um documento de 47 pági-nas no qual enumera as bases para acriação da Política Nacional de Mu-seus (PNM). Um dos objetivos, tal-vez o principal, é revitalizar os cen-tros de memória existentes - informa-tizar, qualificar sua gestão, aprimorarsua infra-estrutura, capacitar seus re-cursos humanos -, sem perder de vis-ta o estímulo à criação de outros.
Durante o lançamento da PNM,no Rio de Janeiro, o ministro Gilber-to Gil conclamou as lideranças do se-tor para “uma caminhada política”rumo à valorização dos museus. For-mular e implementar esse conjunto dediretrizes era prioridade manifesta porGil desde o início do governo, revelao secretário do Patrimônio, Museus eArtes Plásticas do MinC, Márcio Au-gusto Freitas de Meira. Não tardou adeslanchar. “A construção da PNM foiamplamente democrática, com um in-tenso envolvimento da comunidademuseológica brasileira”, frisa o secre-tário, em depoimento à WEG em Re-vista.
A mesma comunidade assiste, en-tusiasmada, ao despertar da empresapara a importância dos centros de me-mória. É cada vez maior o número deprojetos de resgate histórico assinadospor grandes organizações privadas.Companhias como Gessy Lever, Pe-trobrás, Vale do Rio Doce, Embraco,Multibras Eletrodomésticos - além daWEG, é claro -, e bancos como Bra-desco e Itaú, já desenvolveram os seus.“Ao lado da responsabilidade social eambiental, a responsabilidade histó-rica é um elemento-chave para a trans-cendência organizacional e fortalece asua identificação com a sociedade”, es-creveu, em artigo recente, o diretor-executivo da Associação Brasileira deComunicação Empresarial (Aberje),Paulo Nassar.
Habitualmente, esses museus vãose ocupar da trajetória que há por trásdas empresas que representam. OCentro de Memória Multibras, porexemplo, acompanha a evolução dageladeira - seu carro-chefe - desde osanos 50 e relata algumas curiosidadessobre as marcas que detém, as famo-sas Consul e Brastemp. É diferente ocaso do Itaú Cultural, projeto banca-do pelo grupo que controla o banco,mas dedicado a pesquisa, fomento edifusão cultural. “Nossa missão é con-tribuir para a democratização da cul-tura”, resume a gerente de Ação Edu-cativa do órgão, Renata Bittencourt.
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O Itaú Cultural abriu as portas em1989, como um serviço que franque-ava para escolas o banco de dados dainstituição. Adiante, passou a realizarcursos e produzir vídeos, lançou umaenciclopédia on line de artes visuais edeu início a um programa para po-tencializar investimentos no cenáriocultural. No ano passado, ampliou ofoco, inaugurando um centro de2.250 metros quadrados, em plenaavenida Paulista, onde promove expo-sições, mostras de cinema e teatro,shows musicais e encontros com inte-lectuais. O complexo, que recebe1.900 visitantes por dia, aposta na in-teratividade para estabelecer diálogose disseminar aeducação emtorno do patri-mônio cultural.Parte do se-guinte princí-pio: “Os visi-tantes não de-vem ser vistoscomo indivídu-os passivos.Pelo contrário,devem ser convidados a entrar na are-na e falar, perguntar, opinar, brincar,apropriar-se daquilo que é apresenta-do”, anuncia Renata.
O preceito cabe como uma luvapara descrever a categoria dos museusinterativos de ciências, nos moldes dogaúcho MCT. Na Europa e nos Esta-dos Unidos, eles não chegam a ser no-vidade. Perto de 60% dos norte-ame-ricanos adultos freqüentam esses lu-gares ao menos uma vez por ano. “Es-tudantes que participam de programasinterativos apresentam melhorias nacriatividade, na percepção, no desen-volvimento lógico, nas habilidades decomunicação, na motivação e em ati-tudes positivas com relação à ciênciae à tecnologia”, maravilha-se o profes-sor Marcelo Knobel, coordenador doNúcleo de Desenvolvimento da Cria-tividade (Nudecri) da Unicamp.
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Museus brasileirosganham status deprioridade noMinistério da Cultura,inspiram açõescorporativas edespertam para ainteratividade,abandonando aimagem de depósito develharias
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�GUILHERME DIEFENTHAELER
m quatro frases rápidas, otexto de apresentação do co-lossal Museu de Ciência eTecnologia (MCT) da Pon-tifícia Universidade Católi-
ca do Rio Grande do Sul (PUC-RS)dá o recado: “Museu é cultura, lazer eaventura. Não apenas uma coletâneade objetos do passado. Aqui, propo-mos a participação do visitante comoo agente que vê, toca, experimenta,brinca, testa e compara. É uma formaatraente e lúdica de aprender”. Suces-so de público (atraiu quase 400 milpessoas em 2002) e de crítica (costu-
ma ser citado como referência por ilus-tres especialistas), o MCT investe numconceito relativamente novo no Bra-sil: mais do que um espaço para con-servação e exposição de acervos, o mu-seu deve ser um ambiente dinâmico,que produza conhecimento e interajacom o cidadão.
Aquilo que os estudiosos classifi-cam como a “quarta geração” dosmuseus encontra bons representantesno campo das ciências e da tecnolo-gia, mas também vai tomando corpo,gradativamente, em outras áreas. Mes-mo os empreendimentos tradicionaisembarcam nessa tendência e buscamalternativas para envolver o público,por meio de atividades educativas. Suaexcelência, o visitante, tornou-se peça
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tal. Apenas uma ressalva: para real-mente funcionar, o incentivo fiscaldeve sempre contar com a contrapar-tida da empresa, a fim de garantircomprometimento verdadeiro.
Na outra ponta da educação, oensino superior, também temos pro-blemas que merecem atenção quantoàs prioridades. Os recursos das uni-versidades públicas, que já consomemparte importante do orçamento daeducação, são insuficientes para man-ter o padrão de excelência que o mer-cado globalizado exige, e mesmo as-sim o ensino é gratuito para todos.
Uma parte considerável dos alu-nos das universidades públicas temcondição e deveria estar pagando pelocurso. Não faz sentido investir emensino gratuito para atender a quemestudou nas melhores e mais caras es-colas desde o ensino básico. Com uma
política forte de bolsas de estudos ecrédito educativo, a universidade pú-blica pode continuar a atender a po-pulação carente, que com o tempo ecom a ampliação dos investimentos noensino fundamental chegará em mai-or número ao ensino superior.
E as instituições de ensino podemampliar ainda mais as parcerias comempresas, fundamentais para desen-volver a pesquisa acadêmica, aproxi-mar os alunos e professores do merca-do de trabalho e até criar relaciona-mentos entre universidades do Brasile do exterior, como é o caso do Co-mitê Científico e Tecnológico WEG,formado por representantes da empre-sa e de instituições de ensino interna-cionais e brasileiras.
Essa estratégia de longo prazo deveser combinada com o investimento noensino profissionalizante e também na
educação de adultos. O Brasil precisade técnicos. Há uma demanda cres-cente nas empresas por profissionaisde nível técnico das mais variadas áre-as. A procura por cursos desse tipo énatural, e só tende a crescer, contri-buindo para que se forme gente espe-cializada e apta a crescer e se desen-volver cada vez mais.
Essa discussão apaixonante semprevai dividir opiniões a favor ou contraalternativas aqui apresentadas. Mas emum ponto deve haver uma só opinião:fundamental mesmo é a educação.Quando melhorarmos índices comoo medido pela Unesco, veremos ou-tros índices crescerem, como a pro-dutividade industrial, a distribuição derenda, as exportações e, principalmen-te, a qualidade de vida de toda a po-pulação brasileira.
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A 8ª Ação Comunitária WEG, no dia 21 de setem-bro, realizou um total de 19.697 atendimentos. Foramoferecidas dezenas de serviços gratuitos, como avaliaçãofísica, orientação sobre plantas medicinais, exame demama e orientações sobre prevenção do câncer de útero,carteira de identidade, carteira de trabalho e título deeleitor e atividades para crianças. A Ação foi realizadano Parque de Eventos de Jaraguá do Sul e contou com50 entidades parceiras e 550 voluntários.
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A WEG Química está apresentando uma nova linha detintas em pó, com propriedades antimicrobianas. A tintaem pó Politherm NobaC inibe a proliferação de bactérias efungos e outros microrganismos na superfície pintada, alémde oferecer alta resistência química e fácil limpeza. É a so-lução para locais onde há grande preocupação com higienee saúde, como equipamentos médicos e odontológicos,processamento de alimentos, unidades de condicionado-res de ar, eletrodomésticos, metais sanitários, móveis e co-zinhas de aço, entre outros.
Novas mudanças no organograma da WEG Exporta-dora (WEX) aconteceram em setembro e outubro, com oobjetivo de aumentar a participação da empresa no merca-do externo, hoje responsável por 40% do faturamento daWEG. Mauro Mendes assumiu a gerência de Vendas daRegião A (América do Norte). Anderson Fernandes assu-me a gerência de Vendas da Região B (Europa). AntônioCésar da Silva passa a gerente de Vendas Industriais e Mar-keting. Rogério A. Rodrigues deixa a gerência de Vendasde Motores Fracionários e Appliance da WEX e assumecomo gerente de Vendas da WEG Motores. Marcelo de A.Cruzeiro Junior assume como gerente de Vendas para oMercado de Portugal, na WEG Euro. Ainda na WEX, fo-ram nomeados sete novos chefes de vendas.
Engenheiros e técnicos da WEG participaram de umseminário exclusivo sobre contatação elétrica e extinção dearcos elétricos com o professor Manfred Lindmayer, da Uni-versidade Técnica de Braunschweig (TUB), da Alemanha.Responsável pelas disciplinas de sistemas de potência e tec-nologia de plasma, ele é considerado uma das maiores au-toridades mundiais na área de contatação elétrica e extin-ção de arcos.
A WEG apresentou novidades na Feira Internacionalda Indústria Elétrica, de Energia e Automação (FIEE), re-alizada no Anhembi, em São Paulo, em outubro. A empre-sa levou à feira suas soluções industriais em variação develocidade, comando e proteção de motores, geração, trans-missão e distribuição de energia e automação de processosindustriais, além de muitos lançamentos.
� � � ��������� ���� ���No dia 16 de setembro a WEG completou 42 anos de
existência, realizando vários eventos de comemoração. Omais importante foi a inaguração do Museu. Também nodia 16 foi realizado um almoço especial com os colabora-dores nos refeitórios dos parques fabris de Jaraguá do Sul,com apresentações de dança de alunos de diversas escolasda cidade.
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WEG em Revista éuma publicaçãoda WEG.Av. Pref. WaldemarGrubba, 3300,(47) 372-4000,CEP 89256-900,Jaraguá do Sul [email protected]. Conselho Editorial:Jaime Richter (diretor), Paulo Donizeti(editor), Caio Mandolesi (jornalistaresponsável), Edson Ewald (analista deMarketing). Edição e produção: EDM LogosComunicação, telefone (47) 433-0666.Tiragem: 12.000.
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radicionalmente, um museu empresarialmostra o quê? Fotografias antigas, produ-tos que eram fabricados pela empresa há
muitos anos, peças e material de trabalho antigo,saudosos catálogos e um gosto de saudade. O Mu-seu WEG, recém-inaugurado, também tem tudoisso. Lá estão painéis, mostrando as imagens deum tempo bom. Há motores antigos - a maioria,aliás, ainda em condições de funcionamento. Háferramentas rústicas, documentos com mais de 40anos. Até uma caminhonete dos anos 50! Mas,além e acima de tudo isso, no Museu WEG hávida, muita vida. Não é proibido mexer nos equi-pamentos expostos. Há até a possibilidade de le-var um pequeno susto, ao se apertar um botão ealgum negócio se mexer. Mas a idéia é essa mes-mo: fazer com que o visitante interaja com o am-biente, saiba como algumas coisas funcionam,entenda a história da WEG, conheça seu passadoe saia com uma idéia do que vai ser o seu futuro.Esta é uma nova mentalidade na arte da museo-logia: não ser apenas uma exposição de antigui-dades, mas uma porta ligando o passado ao futu-ro. Algo como um belo jardim, onde as plaqui-nhas dizem “pise na grama”.