12
1 A QUINTA DO REAL PALÁCIO DE QUELUZ E OUTROS HISTÓRICOS PALÁCIOS DE LISBOA OUTRORA PROPRIEDADE DOS CORTE REAIS. Palácio Nacional de Queluz na antiga Quinta, Paço Velho e Pavilhão de Caça dos Corte Reais. A Quinta, com o seu Paço Velho e o Pavilhão de Caça dos Corte Reais situava-se na vasta região envolvente de Lisboa. Toda esta zona rural de Queluz, Belas e Monte Abraão, de características muito “sui generis”, foi evoluindo ao longo dos séculos pelo seu povoamento e densa urbanização. Logo nos tempos da 1ª Dinastia, os Reis de Portugal fizeram várias doações ou simples aforamentos de terras a figuras destacadas da comunidade hebraica, minoritária, mas economicamente poderosa. Desde os reinados de D. Pedro I a D. João II constatamos, que em toda esta região existiu uma forte influência israelita ou hebraica. Na Crónica de D. Pedro I, Fernão Lopes relata episódios onde transparece a tensão nas relações sociais ou económicas entre os judeus e os cristãos. Desde os séculos XIII e XIV, além das terras do rei, propriedade da Coroa, possuíam bens nesta região de Queluz, entre outros, os Mosteiros de Chelas, de São Vicente De Fora e notáveis judeus, tais como Mestre Guedelha, Mossem Caçam e Isaac Abravanel. Isaac Abravanel, figura eminente da Comunidade Hebraica Vizinho ilustre de Queluz.

A QUINTA DO REAL PALÁCIO DE QUELUZ E OUTROS … · Manuel de Moura Corte Real, tetraneto de João Vaz Corte Real, Donatário de Angra e Ilha de São Jorge, a quem foram confiscados

  • Upload
    vothuan

  • View
    219

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: A QUINTA DO REAL PALÁCIO DE QUELUZ E OUTROS … · Manuel de Moura Corte Real, tetraneto de João Vaz Corte Real, Donatário de Angra e Ilha de São Jorge, a quem foram confiscados

1

A QUINTA DO REAL PALÁCIO DE QUELUZ E OUTROS HISTÓRICOS

PALÁCIOS DE LISBOA OUTRORA PROPRIEDADE DOS CORTE REAIS.

Palácio Nacional de Queluz na antiga Quinta, Paço Velho e Pavilhão de Caça dos

Corte Reais.

A Quinta, com o seu Paço Velho e o Pavilhão de Caça dos Corte Reais situava-se

na vasta região envolvente de Lisboa. Toda esta zona rural de Queluz, Belas e

Monte Abraão, de características muito “sui generis”, foi evoluindo ao longo dos

séculos pelo seu povoamento e densa urbanização.

Logo nos tempos da 1ª Dinastia, os Reis de Portugal fizeram várias doações ou

simples aforamentos de terras a figuras destacadas da comunidade hebraica,

minoritária, mas economicamente poderosa.

Desde os reinados de D. Pedro I a D. João II constatamos, que em toda esta região

existiu uma forte influência israelita ou hebraica.

Na Crónica de D. Pedro I, Fernão Lopes relata episódios onde transparece a tensão

nas relações sociais ou económicas entre os judeus e os cristãos.

Desde os séculos XIII e XIV, além das terras do rei, propriedade da Coroa,

possuíam bens nesta região de Queluz, entre outros, os Mosteiros de Chelas, de São

Vicente De Fora e notáveis judeus, tais como Mestre Guedelha, Mossem Caçam e

Isaac Abravanel.

Isaac Abravanel, figura eminente da Comunidade Hebraica

Vizinho ilustre de Queluz.

Page 2: A QUINTA DO REAL PALÁCIO DE QUELUZ E OUTROS … · Manuel de Moura Corte Real, tetraneto de João Vaz Corte Real, Donatário de Angra e Ilha de São Jorge, a quem foram confiscados

2

Isaac Abravanel nasceu em Lisboa em 1437. A família Abravanel é uma das mais

antigas e distintas famílias judaicas sefarditas.

Isaac Abravanel foi grande comerciante judeu, conselheiro, banqueiro e tesoureiro

de D. Afonso V, Rei de Portugal, a quem emprestava dinheiro. Em contrapartida,

por benevolência régia, gozava de privilégios especiais, tais como: poder viver fora

da judiaria; não usar a estrela de David identificadora como judeu, etc. etc.

Após a morte de D. Afonso V, Isaac Abravanel foi denunciado por Lopo de

Figueiredo e acusado pelo Rei D. João II de conivência com D. Fernando II, 3º

Duque de Bragança, que tinha sido executado, sob acusação de conspiração, contra

o próprio Rei.

Avisado a tempo, Isaac Abravanel conseguiu fugir para Castela, escapando assim à

sorte do Duque de Bragança que foi degolado em Évora, por crime de lesa-

majestade. Todos os bens de Isaac Abravanel foram-lhe confiscados por decreto

real. A grande propriedade de Queluz foi dada ao referido denunciante, Lopo de

Figueiredo.

A Infanta D. Brites, filha do Infante D. João, neta D’El Rei D. João I, casada com o

Infante D. Fernando, Duque Viseu e de Beja, pais do futuro Rei D. Manoel I,

comprou a Lopo de Figueiredo a propriedade que fora confiscada a Isaac

Abravanel e integrou-a nos seus domínios senhoriais.

Para compreendermos melhor o relacionamento da Infanta D. Brites, senhora de

Belas, com os Corte Reais, parece-me oportuno lembrar, que o Infante D.

Henrique, grande impulsionador e coordenador dos Descobrimentos Marítimos

Portugueses, quando faleceu na sua Vila de Sagres a 13 de Novembro de 1460,

deixou por testamento: A conquista de novas terras à Coroa Portuguesa, então

cingida por El Rei D. Afonso V, seu sobrinho, filho D’El Rei D. Duarte; Ao Infante

D. Fernando, também seu sobrinho, igualmente filho D’El Rei D. Duarte, casado

com a Infanta D. Brites ou Beatriz, a quem o Infante D. Henrique tinha adoptado e

amava com carinho de pai, no dizer de escritores antigos, deixou em testamento o

Mestrado da Ordem de Cristo, com as Ilhas da Madeira, Porto Santo, Cabo Verde,

S. Tomé e Açôres.

Por morte do Infante D. Fernando, passou o governo dos Açôres à Infanta D.

Brites, sua esposa, na menoridade de seu filho D. Diogo, Duque de Viseu e de Beja.

A Infanta D. Brites, no exercício dos seus poderes, dividiu a Ilha Terceira em duas

Capitanias independentes, tendo João Vaz Corte Real, por privilégio de escolha,

ficado com a de Angra.

A Carta de Doação da Infanta D. Brites a João Vaz Corte Real, foi feita a 2 de

Abril de 1474. Esta mercê foi concedida a João Vaz Corte Real, premiando os seus

altos serviços à Coroa Portuguesa, quando regressava do descobrimento da Terra

Nova dos Bacalhaus, que por mando D’El Rei fora fazer.

A grande propriedade de Queluz, confiscada a Isaac Abravanel e integrada

posteriormente nos domínios senhoriais da Infanta D. Brites, passa por escambo,

ou seja por troca, sem que haja uso de dinheiro, para a posse de João Vaz Corte

Real.

Page 3: A QUINTA DO REAL PALÁCIO DE QUELUZ E OUTROS … · Manuel de Moura Corte Real, tetraneto de João Vaz Corte Real, Donatário de Angra e Ilha de São Jorge, a quem foram confiscados

3

Quando em 1535, D. Vasco Anes Corte Real, filho de João Vaz Corte Real,

Navegador da Epopeia dos Descobrimentos, Donatário de Angra e Ilha de São

Jorge, instituiu morgadio, nele ficou incorporada a Quinta de Queluz, como

pertença dos Corte Reais.

Na sucessão de gerações a Quinta dos Corte Reais em Queluz passou a ser

propriedade de Dona Margarida Corte Real, trineta de João Vaz Corte Real, que

casou com D. Cristóvão de Moura, 1º Marquês de Castelo Rodrigo, Vice-Rei de

Portugal e era nessa época, a grande casa de campo dos Corte Reais, à semelhança

das lindas e famosas casas de campo, que existiam nas cortes europeias,

pertencentes às mais notáveis famílias nobres. Para além da vastidão dos terrenos,

a quinta englobava ainda o Paço Velho e o Pavilhão de Caça dos Corte Reais. A

primitiva entrada monumental da Quinta dos Corte Reais visível nesta foto, ficava

na actual rua D. Pedro IV, perto do novo Quartel dos Bombeiros de Queluz e da

velha ponte Filipina. Ao longo dos séculos o avanço da urbanização, que quase liga

Queluz à Amadora, foi diminuindo a extensão da Quinta do Palácio de Queluz.

No ano de 1613 a Quinta do actual Palácio Real de Queluz estava na posse de D.

Manuel de Moura Corte Real, tetraneto de João Vaz Corte Real, Donatário de

Angra e Ilha de São Jorge, a quem foram confiscados todos os seus bens, após a

Restauração da independência de Portugal em 1640.

A Quinta dos Corte Reais, em 1654, foi integrada nos bens da Casa do Infantado e

nunca mais saiu da Coroa Portuguesa. D. Pedro III, marido de D. Maria I, é que

transformou na Quinta de Queluz, o Paço Velho e Pavilhão de Caça dos Corte

Reais no actual Palácio Real e jardins ao gosto e estilo de Versalhes.

Page 4: A QUINTA DO REAL PALÁCIO DE QUELUZ E OUTROS … · Manuel de Moura Corte Real, tetraneto de João Vaz Corte Real, Donatário de Angra e Ilha de São Jorge, a quem foram confiscados

4

JOÃO VAZ CORTE REAL, NAVEGADOR DA ERA DOS DESCOBRIMENTOS E DO-

NATÁRIO DE ANGRA E ILHA DE SÃO JORGE. CASOU COM D. MARIA ABARCA .

VASCO ANES CORTE REAL GASPAR CORTE REAL MIGUEL CORTE REAL D. JOANA VAZ CORTE REAL D.IRIA CORTE D.ISABEL CORTE REAL

C. C. D.JOANA DA SILVA, Fª NÃO CASOU , MAS DEI- C.C.D.ISABEL DE CAS- C.C.GUILHERME MONIZ BAR- REAL,C.C. PE- C.C.JOZ D’UTRA, 2ºDO-

DE D.GARCIA DE MELLO XOU 2 FILHOS NATU- TRO. TIVERAM : D.CA- RETO, Fº DE HENRIQUE MO- DRO GÒIS DA NATÁRIO DO FAIAL E

RAIS: D.JOÃO CORTE TARINA DE CASTRO, NIZ, ALCAIDE MÓR DE SIL- SILVA, SEM PICO.

REAL, BISPO DE LORA QUE SEGUE E D.JOA- VES E DE D. IGNÊZ DE MENE- GERAÇÃO.

MANOEL CORTE REAL, C. FERNÂO VAZ CORTE NA DE CASTRO QUE ZES BARRETO, Fª DO ALCAI-

C.D.BRITES DE MENDONÇA REAL, SEM GERAÇÃO. C.C. LEONEL DE SOU- DE MÓR DE FARO. PRIMEIROS MANUEL D’UTRA COR-

TIVERAM: VASCO ANES COR- SA LIMA, SR. DA ERI- MORGADOS MONIZ CORTE RE- TE REAL, 3ºDONATÁRIO

TE REAL, QUE SEGUE; JOÃO CEIRA.SEM GERAÇÂO AL. DO FAIAL E PICO, C.C.

VAZ CORTE REAL; D. FILIPA DE MENDONÇA; D. MARIA DE MENDONÇA D.MARIA VICENTE

CORTE REAL; D. MARGARIDA DE MENDONÇA CORTE REAL; D. BEATRIZ

DE MENDONÇA.

VASCO ANES CORTE REAL D. MARGARIDA DE MENDONÇA CORTE

C.C. D. CATARINA DA SILVA REAL C. C. D. MANOEL DE PORTUGAL, SEBASTIÃO MONIZ BARRETO,

Fª DE D. JOÃO DE MASCARE- FILHO DE D.FRANCISCO DE PORTUGAL 2º MORGADO MONIZ CORTE REAL, JERÓNIMO D’ UTRA COR-

NHAS, CAPITÃO DE GINETES 1º CONDE DE VIMIOSO E DE D.JOANA DE C.C. D. JOANA MENEZES DA SILVA TE REAL, 4º DONATÁRIO

TIVERAM : MANOEL CORTE VILHENA, FILHA DE D. ÁLVARO DE POR- DO FAIAL E PICO, C. C.

REAL QUE MORREU EM AL- TUGAL E DE D.FILIPA DE MELO, NETA DE D.MARGARIDA AZEVEDO

CÁCER QUIVIR ; D. MARGARI- D.FERNANDO, 2ºDUQUE DE BRAGANÇA E

QUE SEGUE ; D.JOANA DA SIL- DE D. CATARINA DE CASTRO. GUILHERME MONIZ BARRETO, 3º MOR-

VA CORTE REAL QUE C. C. LUÍS GADO MONIZ CORTE REAL, C.C. D.SIMOA

COUTINHO, COMENDADOR DE DE CARVALHO. D. LUÍSA D’ UTRA CORTE

ALMOUROL, NETO DE D. JOÃO D.JOANA DE MENDONÇA CORTE REAL REAL, C. C. PEDRO COE-

COUTINHO, 2ºCONDE DE REDON- C.C. D.NUNO ÁLVARES DE PORTUGAL LHO DA SILVA.

DO. DIOGO MONIZ BARRETO, 4º MORGADO

MONIZ CORTE REAL, C.C. D.ISABEL A-

D.MARIA DE PORTUGAL (CORTE BARCA PINHEIRO.

REAL) C.C. D. ÁLVARO PIRES DE

D. MARGARIDA CORTE REAL CASTRO, 1ºMARQUÊS DE CASCAIS, LUÍS D’ UTRA CORTE RE-

C. C. D. CRISTÓVÃO DE MOURA, 6º CONDE DE MONSANTO. AL. FALECEU SEM DEI-

VICE REI DE PORTUGAL. TIVERAM: DIOGO MONIZ BARRETO, 5º MORGADO XAR DESCENDÊNCIA.

D. MANOEL DE MOURA CORTE REAL, D. JOANA INÊS DE PORTUGAL MONIZ CORTE REAL, C.C. D.MARGARI-

QUE SEGUE; D. MARIA DE MOURA COR- (CORTE REAL) C. C. D. LUÍS DA DA SILVEIRA PAMPLONA DE MIRANDA,

TE REAL C. C. D.AFONSO DE PORTUGAL, SILVA TELO DE MENEZES, 2º Fª. DE JOÃO ÁLVARES DE PAMPLONA E

5º CONDE DE VIMIOSO DE QUEM TEVE, CONDE DE AVEIRAS. PELO DOTE MIRANDA E DE D.MÉCIA DA SILVEIRA BORGES

D.LUÍS DE PORTUGAL, 6ºCONDE DE VI- DE CASAMENTO A CASA DE AVEI-

MIOSO SEM DESCENDÊNCIA DOS 2 MA- RAS TORNOU-SE ADMINISTRA-

TRIMÓNIOS, D.MIGUEL DE PORTUGAL, 7ºCON- DORA DO MORGADO DOS CORTE JOÃO MONIZ BARRETO, 6º MORGADO MONIZ CORTE

DE DE VIMIOSO CASADO C. D. MARIA MARGA- REAIS. REAL, C. C. D. MARIA FAGUNDES TERRA

RIDA DE CASTRO E ALBUQUERQUE, SEM GE-

RAÇÃO LEGÍTIMA; D. BRITES DE MOURA COR-

TE REAL C.C. D.HERMANDO HENRIQUEZ DE RI- D. JOÃO DA SILVA TELO DE MENE- ANTÓNIO MONIZ BARRETO CORTE REAL, 7º MORGADO

BERA, 3º DUQUE DE ALCALÁ, COM GERAÇÃO ZES, 3º CONDE DE AVEIRAS, C. C. D. MONIZ CORTE REAL, C.C. D. MARIA JOSEPHA DA CÂMA-

EM ESPANHA; D.MARGARIDA DE MOURA COR- JULIANA DE NORONHA. RA DE SÁ SALAZAR, NETA EM 7ª GERAÇÃO DE JOÃO

TE REAL, C.C. D.HENRIQUE DA SILVA, 6ºCONDE GONÇALVES ZARCO, DESCOBRIDOR DA MADEIRA.

DE PORTALEGRE, SEM GERAÇÃO.

D. LUÍS DA SILVA TELO DE MENE-

ZES, 4º CONDE DE AVEIRAS, C. C. D.

MARIA INÁCIA DE TÁVORA. FRANCISCO MONIZ BARRETO CORTE REAL, 8º MORGA-

D. MANOEL DE MOURA CORTE REAL,1ºCONDE DO MONIZ CORTE REAL, C.C. D. CLARA SOPHIA PACHE-

DE LUMIARES, 2º MARQUÊS DE CASTELO RO- CO DE MELLO.

DRIGO, C. C. D. LEONOR DE MELLO, Fª. DE D. D. INÊS JOAQUINA DA SILVA, 5ªCON-

NUNO ÁLVARES PEREIRA, 3º CONDE DE TENTÚ- DESSA DE AVEIRAS, C. C. DUARTE

GAL E DE D. MARIANA DE CASTRO. TIVERAM : RODRIGO DA CÂMARA, FILHO DE D. MANOEL DIOGO MONIZ BARRETO CORTE REAL, 9º MOR-

D. CRISTÓVÃO DE MOURA, 2ºCONDE DE LUMI- JOSÉ RODRIGO DA CÂMARA, 2ºCON- GADO MONIZ CORTE REAL, C.C. D. JOANA LUISA DE ME-

ARES, QUE MORREU MENINO SEGUNDO HISTÒ- DE RIBEIRA BRAVA. NEZES.

RIA GENEALÓGICA DA CASA REAL PORTUGUE-

SA; D. NUNO ÁLVARES DE MOURA, 3ºCONDE DE

LUMIARES, QUE “MORREU MOÇO SEM TOMAR D. FRANCISCO DA SILVA TELO E

ESTADO”; D. FRANCISCO DE MOURA CORTE MENEZES, 6º CONDE DE AVEIRAS, JOÃO MONIZ BARRETO CORTE REAL, 10º MORGADO MO-

REAL, 3º MARQUÊS DE CASTELO RODRIGO, E 1º MARQUÊS DE VAGOS C. C. D. NIZ CORTE REAL, C. C. D. MARIANA ISABEL DE SÁ.

QUE SEGUE; D. MARGARIDA, D. MARIANA E BARBARA MÉCIA DA GAMA.

D. MARIA DE MOURA CORTE REAL, TODAS

SEM GERAÇÃO.

D. NUNO DA SILVA TELO E MENEZES JOÃO MONIZ DE SÀ CORTE REAL, 11º E ÚLTIMO MORGA-

2º MARQUÊS DE VAGOS, 7ºCONDE DE DO MONIZ CORTE REAL, POIS A LEI DOS MORGADIOS…

Page 5: A QUINTA DO REAL PALÁCIO DE QUELUZ E OUTROS … · Manuel de Moura Corte Real, tetraneto de João Vaz Corte Real, Donatário de Angra e Ilha de São Jorge, a quem foram confiscados

5

Neste organograma podemos visualizar, a cor vermelha, a sucessão de gerações

desde João Vaz Corte Real até sua trineta D. Margarida Corte Real, herdeira da

Quinta, Paço Velho e Pavilhão de Caça dos Corte Reais em Queluz. Filipe II, Rei

de Espanha e I de Portugal, deu D. Margarida Corte Real em casamento a D.

Cristóvão de Moura, Marquês de Castelo Rodrigo e Vice Rei de Portugal.

Após a Restauração da independência do Reino de Portugal seus bens foram-lhes

confiscados.

O MAIOR E MAIS IMPORTANTE PALÁCIO DOS CORTE REAIS

EM PORTUGAL

Neste quadro de 1613, visualizamos o Palácio Corte Real

O maior e mais importante Palácio residencial dos Corte Reais em Portugal, foi

mandado construir por Vasco Anes Corte Real, no coração de Lisboa, na Ribeira

das Naus.

No séc. XVI, o Doutor Gaspar Frutuoso na sua obra “Saudades da Terra”, Livro

VI, capítulo Nono, pág. 31 e seguintes, diz-nos que Vasco Anes Corte Real “Foi

veador de el-rei Dom Manuel e foi com ele a Castela, como se pode ver na primeira

parte da sua Crónica, no capítulo vigésimo sexto. E morava em Lisboa ao longo do

rio, defronte da freiguesia de São Paulo, ao cais, que do seu nome se chama o cais

do Veador, onde está um rico aposento, em que também moraram seus

descendentes, onde têm um seu sítio grande e campo cercado, que entesta com suas

casas, que, por mercê de el-rei, é couto.”

Page 6: A QUINTA DO REAL PALÁCIO DE QUELUZ E OUTROS … · Manuel de Moura Corte Real, tetraneto de João Vaz Corte Real, Donatário de Angra e Ilha de São Jorge, a quem foram confiscados

6

O Dr. Henrique Ferreira de Oliveira Braz, ilustre terceirense, licenciado em

Direito na Universidade de Coimbra, no livro “RUAS DA CIDADE (Notas para a

toponímia da Cidade de Angra, Da Ilha Terceira) E OUTROS ESCRITOS” nas

páginas 276 e 277 diz-nos referindo-se a Vasco Anes Corte Real: “O seu palácio,

junto ao Paço da Ribeira, teve largos acrescentamentos e adornos consideráveis

que mais tarde ali prodigamente realizou o vice-rei de Portugal, valido dos Filipes,

D. Cristóvam de Moura, marquês de Castelo Rodrigo, capitão-donatário da

Terceira e S. Jorge, pelo seu casamento com D. Margarida Corte-Real, bisneta de

Vasco Anes”. ….. “O palácio do marquês, ao Cata-que-farás, a S. Paulo, junto ao

cais do veador, entestando com o Paço da Ribeira, em Lisboa, ficou, mercê das

obras vultuosas que lhe realizou o Castelo Rodrigo, um dos mais vastos, mais belos

e magnificentes edifícios da corte, competindo com as principais casas senhoris da

Europa.

Um dia, alguém que por ali passava, surpreso ante sumptuosidade tamanha,

perguntou a um companheiro:

- Que prédio magnífico! O dono é que o fez ou veio-lhe já dos seus passados?

- É que o fez – tornou o outro – mas não foi dos passados, foi dos seus presentes.

Era uma alusão irónica aos benefícios que o Castelo Rodrigo abundantemente

recebia de seu real amo castelhano – porque o marquês, como seu bisavô por

afinidade, Vasco Anes Corte-Real, era insaciável em pedir e obter graças régias”.

Page 7: A QUINTA DO REAL PALÁCIO DE QUELUZ E OUTROS … · Manuel de Moura Corte Real, tetraneto de João Vaz Corte Real, Donatário de Angra e Ilha de São Jorge, a quem foram confiscados

7

Nesta bela gravura podemos apreciar a sumptuosidade do palácio do Corte-Real,

também conhecido pela Corte-Real. Após a restauração da independência de

Portugal em 1640, este Palácio, bem como todos os bens de D. Margarida Corte

Real e de D. Cristóvão de Moura foram-lhes confiscados.

Depois de ter sido moradia de D. Pedro II, que subiu ao trono em 1683 e faleceu a

25 de Maio de 1786, voltou à posse dos descendentes de D. Cristóvão de Moura e

de D. Margarida Corte Real, que o venderam a D. Pedro III, tio e marido da

Rainha D. Maria I.

Não foi o terramoto de 1755 que destruiu completamente o Palácio Corte Real,

mas sim um voraz incêndio que ocorreu em 1781, consumindo em menos de quatro

horas 185 aposentos em que se contavam 18 salas reais, com todo o seu recheio de

sumptuoso mobiliário e os quatro majestosos torreões dos cantos.

Feita uma sucinta descrição da origem e história da Quinta do Real Palácio de

Queluz, outrora Quinta, Paço Velho e Pavilhão de Caça dos Corte Reais; Feita

alusão ao maior e mais importante Palácio dos Corte Reais em Portugal, erguido

na Ribeira das Naus, falarei por fim da Quinta e Palácio de Belém, outrora parte

integrante do Morgadio Corte Real.

Page 8: A QUINTA DO REAL PALÁCIO DE QUELUZ E OUTROS … · Manuel de Moura Corte Real, tetraneto de João Vaz Corte Real, Donatário de Angra e Ilha de São Jorge, a quem foram confiscados

8

A QUINTA E PALÁCIO DE BELÉM

No próprio texto do Museu da Presidência da República é reconhecida a origem e

integração da propriedade no Morgado dos Corte Reais.

“Quinta de Belém. As origens desta propriedade remontam aos finais do séc. XV,

quando é levantada, na então Quinta do Outeiro das Vinhas, uma primitiva

construção, provavelmente destinada a convento. Em 1498 essa quinta é doada,

pelo rei D. Manuel, aos frades da Ordem de S. Jerónimo, ao mesmo tempo que lhes

entrega os terrenos em Belém para a construção do mosteiro.

Em 1559, o fidalgo D. Manuel de Portugal toma de aforamento uma parte da

quinta aos frades jerónimos, e junto à primitiva casa destes faz erguer uma

construção em corpos justapostos paralelamente ao rio, que constituirá, até hoje, o

núcleo principal do palácio.”

D. Manoel de Portugal (1516-1606), Comendador de Vimioso, é filho de D.

Francisco de Portugal, 1º Conde de Vimioso, por mercê D’El Rei D. João III, e de

sua 2ª mulher D. Joana de Vilhena, filha de D. Álvaro de Portugal e de D. Filipa de

Melo, neta de D. Fernando, 2º Duque de Bragança e de D. Joana de Castro.

D. Manuel de Portugal casou com D. Margarida de Mendonça Corte Real,

Senhora do Morgado de Palma e filha de Manuel Corte Real, Donatário de Angra

e Ilha de São Jorge e de D. Brites de Mendonça. Consequentemente bisneta de

João Vaz Corte Real, Navegador da Gesta dos Descobrimentos, Donatário de

Angra e Ilha de São Jorge.

Deste matrimónio nasceu D. Joana de Mendonça Corte Real, Senhora do Morgado

de Vale de Palma, que casou com seu primo direito (filhos de irmãos), Nuno

Page 9: A QUINTA DO REAL PALÁCIO DE QUELUZ E OUTROS … · Manuel de Moura Corte Real, tetraneto de João Vaz Corte Real, Donatário de Angra e Ilha de São Jorge, a quem foram confiscados

9

Álvares de Portugal, filho de D. Afonso de Portugal, 2º Conde de Vimioso, e de D.

Luísa de Gusmão. Do 1º casamento de D. Álvaro Pires de Castro, 1º Marquês de

Cascais, 6º Conde de Monsanto, com D. Maria de Portugal, filha de D. Nuno

Álvares de Portugal e de D. Joana de Mendonça Corte Real, nasce D. Joana Inês

de Portugal (Corte Real).

Foi por via do dote de casamento de D. Joana Inês de Portugal (Corte Real) com D.

Luís da Silva Telo de Menezes, 2º Conde de Aveiras, que a Casa de Aveiras se

tornou administradora do Morgado dos Corte Reais. Sucedeu-lhes D. João da

Silva de Menezes, 3º Conde de Aveiras e em 1680 a Quinta de Belém, outrora

propriedade de D. Manuel de Portugal e mais uma área próxima, são unidas e

passam para aquele Morgado dos Corte Reais. Iniciam-se então as grandes obras

que, como se lê nas “ lides de Talaya: Roteiro biográfico de um Portugal”, “…irão

transformar a casa quinhentista de D. Manuel de Portugal num palácio dos

princípios do séc. XVIII, inspirando-se em Versailles …. “Assistimos na Quinta de

Belém a um novo investimento nos jardins, que deixará a marca do séc. das luzes:

um lago, terraço, efeitos monumentais de construções próprias dos jardins da

aristocracia francesa”.

D. João V, Rei de Portugal, em 4 de Julho de 1726 adquiriu, pela avultada quantia

de 200.000 cruzados a Quinta e Palácio de Belém, vinculada ao Morgado dos Corte

Reais, como dote de casamento de D. Joana Inês de Portugal (Corte Real) com D.

Luís da Silva Telo de Menezes, 2º Conde de Aveiras, neta herdeira de D. Nuno

Álvares de Portugal, e de D. Joana Mendonça Corte Real.

Nesta transacção foram procuradores pelo Rei D. João V, Diogo Mendonça Corte

Real, Secretário de Estado e por D. João da Silva de Menezes, 3º Conde de Aveiras,

seu filho D. Luís da Silva Telo de Menezes, futuro 4º Conde de Aveiras.

A partir desta data a Quinta e Palácio de Belém passaram a ser propriedade do

Estado Português.

Proclamada a República a 5 de Outubro de 1910, Teófilo Braga foi o primeiro

Presidente da República Portuguesa, a utilizar o Palácio de Belém para assinar

documentos e receber destacadas individualidades.

O actual Presidente da República, Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva, neste

Palácio recebeu em 30 de Maio de 2012 os Príncipes das Astúrias, Filipe de Borbón

e Letízia e em 8 de Julho de 2014, já como Reis de Espanha, Filipe VI e a Rainha

Letízia.

Page 10: A QUINTA DO REAL PALÁCIO DE QUELUZ E OUTROS … · Manuel de Moura Corte Real, tetraneto de João Vaz Corte Real, Donatário de Angra e Ilha de São Jorge, a quem foram confiscados

10

JOÃO VAZ CORTE REAL, NAVEGADOR DA ERA DOS DESCOBRIMENTOS E DO-

NATÁRIO DE ANGRA E ILHA DE SÃO JORGE. CASOU COM D. MARIA ABARCA .

VASCO ANES CORTE REAL GASPAR CORTE REAL MIGUEL CORTE REAL D. JOANA VAZ CORTE REAL D.IRIA CORTE D.ISABEL CORTE REAL

C. C. D.JOANA DA SILVA, Fª NÃO CASOU , MAS DEI- C.C.D.ISABEL DE CAS- C.C.GUILHERME MONIZ BAR- REAL,C.C. PE- C.C.JOZ D’UTRA, 2ºDO-

DE D.GARCIA DE MELLO XOU 2 FILHOS NATU- TRO. TIVERAM : D.CA- RETO, Fº DE HENRIQUE MO- DRO GÒIS DA NATÁRIO DO FAIAL E

RAIS: D.JOÃO CORTE TARINA DE CASTRO, NIZ, ALCAIDE MÓR DE SIL- SILVA, SEM PICO.

REAL, BISPO DE LORA QUE SEGUE E D.JOA- VES E DE D. IGNÊZ DE MENE- GERAÇÃO.

MANOEL CORTE REAL, C. FERNÂO VAZ CORTE NA DE CASTRO QUE ZES BARRETO, Fª DO ALCAI-

C.D.BRITES DE MENDONÇA REAL, SEM GERAÇÃO. C.C. LEONEL DE SOU- DE MÓR DE FARO. PRIMEIROS MANUEL D’UTRA COR-

TIVERAM: VASCO ANES COR- SA LIMA, SR. DA ERI- MORGADOS MONIZ CORTE RE- TE REAL, 3ºDONATÁRIO

TE REAL, QUE SEGUE; JOÃO CEIRA.SEM GERAÇÂO AL. DO FAIAL E PICO, C.C.

VAZ CORTE REAL; D. FILIPA DE MENDONÇA; D. MARIA DE MENDONÇA D.MARIA VICENTE

CORTE REAL; D. MARGARIDA DE MENDONÇA CORTE REAL; D. BEATRIZ

DE MENDONÇA.

VASCO ANES CORTE REAL D. MARGARIDA DE MENDONÇA CORTE

C.C. D. CATARINA DA SILVA REAL C. C. D. MANOEL DE PORTUGAL, SEBASTIÃO MONIZ BARRETO,

Fª DE D. JOÃO DE MASCARE- FILHO DE D.FRANCISCO DE PORTUGAL 2º MORGADO MONIZ CORTE REAL, JERÓNIMO D’ UTRA COR-

NHAS, CAPITÃO DE GINETES 1º CONDE DE VIMIOSO E DE D.JOANA DE C.C. D. JOANA MENEZES DA SILVA TE REAL, 4º DONATÁRIO

TIVERAM : MANOEL CORTE VILHENA, FILHA DE D. ÁLVARO DE POR- DO FAIAL E PICO, C. C.

REAL QUE MORREU EM AL- TUGAL E DE D.FILIPA DE MELO, NETA DE D.MARGARIDA AZEVEDO

CÁCER QUIVIR ; D. MARGARI- D.FERNANDO, 2ºDUQUE DE BRAGANÇA E

QUE SEGUE ; D.JOANA DA SIL- DE D. CATARINA DE CASTRO. GUILHERME MONIZ BARRETO, 3º MOR-

VA CORTE REAL QUE C. C. LUÍS GADO MONIZ CORTE REAL, C.C. D.SIMOA

COUTINHO, COMENDADOR DE DE CARVALHO. D. LUÍSA D’ UTRA CORTE

ALMOUROL, NETO DE D. JOÃO D.JOANA DE MENDONÇA CORTE REAL REAL, C. C. PEDRO COE-

COUTINHO, 2ºCONDE DE REDON- C.C. D.NUNO ÁLVARES DE PORTUGAL LHO DA SILVA.

DO. DIOGO MONIZ BARRETO, 4º MORGADO

MONIZ CORTE REAL, C.C. D.ISABEL A-

D.MARIA DE PORTUGAL (CORTE BARCA PINHEIRO.

REAL) C.C. D. ÁLVARO PIRES DE

D. MARGARIDA CORTE REAL CASTRO, 1ºMARQUÊS DE CASCAIS, LUÍS D’ UTRA CORTE RE-

C. C. D. CRISTÓVÃO DE MOURA, 6º CONDE DE MONSANTO. AL. FALECEU SEM DEI-

VICE REI DE PORTUGAL. TIVERAM: DIOGO MONIZ BARRETO, 5º MORGADO XAR DESCENDÊNCIA.

D. MANOEL DE MOURA CORTE REAL, D. JOANA INÊS DE PORTUGAL MONIZ CORTE REAL, C.C. D.MARGARI-

QUE SEGUE; D. MARIA DE MOURA COR- (CORTE REAL) C. C. D. LUÍS DA DA SILVEIRA PAMPLONA DE MIRANDA,

TE REAL C. C. D.AFONSO DE PORTUGAL, SILVA TELO DE MENEZES, 2º Fª. DE JOÃO ÁLVARES DE PAMPLONA E

5º CONDE DE VIMIOSO DE QUEM TEVE, CONDE DE AVEIRAS. PELO DOTE MIRANDA E DE D.MÉCIA DA SILVEIRA BORGES

D.LUÍS DE PORTUGAL, 6ºCONDE DE VI- DE CASAMENTO A CASA DE AVEI-

MIOSO SEM DESCENDÊNCIA DOS 2 MA- RAS TORNOU-SE ADMINISTRA-

TRIMÓNIOS, D.MIGUEL DE PORTUGAL, 7ºCON- DORA DO MORGADO DOS CORTE JOÃO MONIZ BARRETO, 6º MORGADO MONIZ CORTE

DE DE VIMIOSO CASADO C. D. MARIA MARGA- REAIS. REAL, C. C. D. MARIA FAGUNDES TERRA

RIDA DE CASTRO E ALBUQUERQUE, SEM GE-

RAÇÃO LEGÍTIMA; D. BRITES DE MOURA COR-

TE REAL C.C. D.HERMANDO HENRIQUEZ DE RI- D. JOÃO DA SILVA TELO DE MENE- ANTÓNIO MONIZ BARRETO CORTE REAL, 7º MORGADO

BERA, 3º DUQUE DE ALCALÁ, COM GERAÇÃO ZES, 3º CONDE DE AVEIRAS, C. C. D. MONIZ CORTE REAL, C.C. D. MARIA JOSEPHA DA CÂMA-

EM ESPANHA; D.MARGARIDA DE MOURA COR- JULIANA DE NORONHA. RA DE SÁ SALAZAR, NETA EM 7ª GERAÇÃO DE JOÃO

TE REAL, C.C. D.HENRIQUE DA SILVA, 6ºCONDE GONÇALVES ZARCO, DESCOBRIDOR DA MADEIRA.

DE PORTALEGRE, SEM GERAÇÃO.

D. LUÍS DA SILVA TELO DE MENE-

ZES, 4º CONDE DE AVEIRAS, C. C. D.

MARIA INÁCIA DE TÁVORA. FRANCISCO MONIZ BARRETO CORTE REAL, 8º MORGA-

D. MANOEL DE MOURA CORTE REAL,1ºCONDE DO MONIZ CORTE REAL, C.C. D. CLARA SOPHIA PACHE-

DE LUMIARES, 2º MARQUÊS DE CASTELO RO- CO DE MELLO.

DRIGO, C. C. D. LEONOR DE MELLO, Fª. DE D. D. INÊS JOAQUINA DA SILVA, 5ªCON-

NUNO ÁLVARES PEREIRA, 3º CONDE DE TENTÚ- DESSA DE AVEIRAS, C. C. DUARTE

GAL E DE D. MARIANA DE CASTRO. TIVERAM : RODRIGO DA CÂMARA, FILHO DE D. MANOEL DIOGO MONIZ BARRETO CORTE REAL, 9º MOR-

D. CRISTÓVÃO DE MOURA, 2ºCONDE DE LUMI- JOSÉ RODRIGO DA CÂMARA, 2ºCON- GADO MONIZ CORTE REAL, C.C. D. JOANA LUISA DE ME-

ARES, QUE MORREU MENINO SEGUNDO HISTÒ- DE RIBEIRA BRAVA. NEZES.

RIA GENEALÓGICA DA CASA REAL PORTUGUE-

SA; D. NUNO ÁLVARES DE MOURA, 3ºCONDE DE

LUMIARES, QUE “MORREU MOÇO SEM TOMAR D. FRANCISCO DA SILVA TELO E

ESTADO”; D. FRANCISCO DE MOURA CORTE MENEZES, 6º CONDE DE AVEIRAS, JOÃO MONIZ BARRETO CORTE REAL, 10º MORGADO MO-

REAL, 3º MARQUÊS DE CASTELO RODRIGO, E 1º MARQUÊS DE VAGOS C. C. D. NIZ CORTE REAL, C. C. D. MARIANA ISABEL DE SÁ.

QUE SEGUE; D. MARGARIDA, D. MARIANA E BARBARA MÉCIA DA GAMA.

D. MARIA DE MOURA CORTE REAL, TODAS

SEM GERAÇÃO.

D. NUNO DA SILVA TELO E MENEZES JOÃO MONIZ DE SÀ CORTE REAL, 11º E ÚLTIMO MORGA-

2º MARQUÊS DE VAGOS, 7ºCONDE DE DO MONIZ CORTE REAL, POIS A LEI DOS MORGADIOS

Page 11: A QUINTA DO REAL PALÁCIO DE QUELUZ E OUTROS … · Manuel de Moura Corte Real, tetraneto de João Vaz Corte Real, Donatário de Angra e Ilha de São Jorge, a quem foram confiscados

11

AVEIRAS C. C. D. LEONOR MARIA GON- FOI ABOLIDA EM SUA VIDA, NO REINADO DE D. LUÍS I,

FRANCISCO DE MOURA CORTE REAL ÇALVES DA CÂMARA, FILHA DO 5ºCON- POR CARTA DE LEI DE 19 DE MAIO DE 1863, SUBSISTINDO

3º MARQUÊS DE CASTELO RODRIGO, C.C. DA RIBEIRA GRANDE. O VÍNCULO DA CASA DE BRAGANÇA, O QUAL SE DESTI-

D. ANA MARIA MONCADA Y ARAGON. TI- NAVA AO HERDEIRO DA COROA. ESTE ÚLTIMO MORGA-

VERAM : LEONOR DE MOURA CORTE DIO VIRIA A PERDURAR ATÉ 1910. CASOU 2 VEZES : 1º C.

REAL, 4ª MARQUESA DE CASTELO RO- D. JOANA MARIA SILVA TELO E MENEZES C. D. MARIA GUILHERMINA BORGES DO CANTO, VIDE

DRIGO QUE C. 3 VEZES, SEM GERAÇÃO; CORTE REAL, 8ª CONDESSA DE AVEIRAS, § ; C. 2ª VEZ C. D. ANA AUGUSTA DE BETTENCOURT DE

D.JOANA DE MOURA CORTE REAL, QUE 3ª MARQUESA DE VAGOS, PORQUE SEU IR- QUEM TEVE; D. ADELAIDE MONIZ DE SÁ CORTE REAL,

SUCEDEU A SUA IRMÃ E QUE SEGUE. MÃO D. GUIDO MARIA DA SILVA TELO E QUE SEGUE ; D. MARIA AMÉLIA MONIZ DE SÁ CORTE

MENEZES FALECEU EM VIDA DE SEU PAI. REAL, VIDE §

CASOU COM D. JOSÉ DE NORONHA E BRITO

D. JOANA DE MOURA CORTE REAL, 5ª D. MARIA JOSÉ DA SILVA TELO DE ME-

MARQUESA DE CASTELO RODRIGO, NEZES E NORONHA, 4ª MARQUESA DE

C.C. D. GILBERTO PIO DE SABOYA , 2º VAGOS E 9ª CONDESSA DE AVEIRAS, C. D. ADELAIDE MONIZ DE SÁ CORTE REAL, FILHA DO 11ª

PRÍNCIPE DE S.GREGÓRIO, IRMÃO DO C. FRANCISCO ANTÓNIO DE NORONHA MORGADO MONIZ CORTE REAL E DE D. ANA AUGUSTA

CARDEAL CARLOS PIO DE SABOYA, ABRANCHES DE CASTELO BRANCO. DE BETHENCOURT, C. C. JOAQUIM BORGES DE LEMOS

FILHOS DE ASCANIO PIO DE SABOYA, FAGUNDES, NETO EM 11ª GERAÇÃO DE RODRIGO AFON-

1º PRÍNCIPE DE S. GREGÒRIO. VIDE SO FAGUNDES , DESCENDENTE DOS ANTIGOS FAGUN-

HIST. GENEALÓGICA DA CASA REAL D.JOSÉ MARIA DA SIL- NUNO FLORIANA DA DES DE MERUFE, NO EXTINTO JULGADO DE DA FEIRA.

PORTUG. LIV. X, PÁG. 135. VA TELO CORTE REAL SILVA TELO E MENE- TIVERAM : D. MARIA LUDOVINA MONIZ DE SÁ BORGES,

E NORONHA, 5º MAR- ZES CORTE REAL NO- QUE CASOU NA CASA PAMPLONA, VIDE TTª PAMPLONA

QUÊS DE VAGOS, 10º RONHA C.C. CAROLI- §. ; OLÍMPIO MONIZ BORGES DE LEMOS, QUE SEGUE.

D. FRANCISCO PIO DE SABOYA MOURA CONDE DE AVEIRAS, NA ROSA NOBRE.

CORTE REAL Y MONCADA, 3º PRÍNCIPE C.C. D.MARIA JOSÉ XA-

DE S. GREGÒRIO, DUQUE DE NOCERA, 6º VIER DE SOUSA.

MARQUÊS DE CASTELO RODRIGO, 7º

CONDE DE LUMIARES, C. C. D. JOANA OLÍMPIO MONIZ BORGES DE LEMOS, NETO DO 11ª MOR-

SPINOLA DE LACERDA, Fª DE D. FILIPE GADO MONIZ CORTE REAL, C.C.D. MARIA DAS MERCÊS

ANTÓNIO SPINOLA COLONA, 4º MAR- D. NUNO PAULO DA MARIA JOSÉ DA PINTO CAMPOS, Fª DE ALFREDO LUÍS CAMPOS, JORNA-

QUÊS DE BALVASES, DUQUE DE SESTO SILVA TELO DE NO- SILVA TELO DE LISTA, PROF. DA ESCOLA MADEIRA PINTO E AUTOR DA

E S. SEVERINO E DA MARQUESA D. ISA- RONHA, 6ºMARQUÊS NORONHA C. C. MEMÓRIA DA VISITA RÉGIA À ILHA TERCEIRA E DE D.

BEL MARIA DE LACERDA, FILHA DE D. DE VAGOS C.C. D.MA- DANIEL HARRI- CARLOTA AUGUSTA DE SOUSA PINTO. TIVERAM : D. NÍ-

JOÂO FRANCISCO DE LACERDA, 8º DU- RIA JOSÉ PINTO LO- GTON WAGNER. VEA MONIZ CAMPOS DE LEMOS, QUE SEGUE; RUI MO-

QUE MEDINACELI. BO DA SILVA TELO NIZ CAMPOS DE LEMOS, FALECEU SOLTEIRO, SEM GE-

DE NORONHA. RAÇÃO; MARINO EMANUEL CAMPOS DE LEMOS, C.C.D.

BEATRIZ DO LIVRAMENTO SILVESTRE DE QUEM TEVE

D. MARINA EMANUEL CAMPOS DE LEMOS C. C. JOSÈ

D.JOSÉ MARIA DA SIL- MIGUEL NUNO DA FERNANDES NUNES RICARDO, TIVERAM : TERESA MA-

D. GILBERTO JOAQUIM PIO DE SABÓYA VA TELO DE MENE- SILVA NORONHA RINA DE LEMOS RICARDO E JOSÉ EMANUEL DE LEMOS

CORTE- REAL Y MONCADA, 4º PRÍNCIPE 7º MARQUÊS D E VA- WAGNER C.C. MA-

DE S. GREGÓRIO, DUQUE DE NOCERA, GOS, C. C. D. MARIA RIA ISABEL DA SIL-

7º MARQUÊS DE CASTELO RODRIGO, 8º EMÍLIA SEABRA DA VA CARVALHO.

CONDE DE LUMIARES, CASOU 2 VEZES, CÂMARA. SEM GERA-

SEM GERAÇÂO. FOI O ÚLTIMO DESTE ÇÃO. D. NÍVEA MONIZ CAMPOS DE LEMOS, BISNETA DO 11º

RAMO QUE USOU O APELIDO CORTE RE- MORGADO MONIZ CORTE REAL, C.C.JOÃO DE DEUS DA

AL. SUCEDEU-LHE SUA IRMÃ D. ISABEL SILVEIRA GOMES, TIVERAM : JORGE ALBERTO DA TRIN-

MARIA PIO DE SABÓYA DADE MONIZ CAMPOS GOMES, F. C. CERCA DE 4 MESES;

JOÃO EMANUEL MONIZ CAMPOS GOMES, QUE SEGUE;

PAULO HENRIQUE MONIZ CAMPOS GOMES, F.C. 6 ANOS

DE IDADE; MARIA DE FÁTIMA MONIZ CAMPOS GOMES,

QUE CASOU 2 VEZES, 1º C. C. JOÃO MANUEL OLIVEIRA

D. MARIA MAFALDA DA SILVA NORONHA WAGNER, 8ª MAR- CARREIRA DE QUEM TEVE A DESCENDÊNCIA QUE SE-

QUESA DE VAGOS, C. C. ANTÓNIO MARIA KOPKE DE MELO GUE, 2ª VEZ C.C. EDMUNDO NOVAIS CRUZ, SEM GERA-

TÚLIO. ÇÃO; NÍVEA MARIA MONIZ CAMPOS GOMES; D. LURDES

DA ASSUNÇÃO PINTO CAMPOS GOMES ; JOSÉ OLÍMPIO

PINTO DE LEMOS GOMES.

João Emanuel Moniz Campos Maria de Fátima Moniz Nívea Maria Moniz Lourdes Assunção Pinto José Olímpio Pinto de

Gomes, trineto primogénito de Campos Gomes, trineta Campos Gomes, tri- Campos de Lemos, trine- Lemos Gomes, trineto

João Moniz de Sá Corte Real, de João Moniz de Sá neta de João Moniz neta de João Moniz de de João Moniz de Sá

11ºMorgado Moniz Corte Real Corte Real, c. c. João de Sá Corte Real, c. Sá Corte Real, c. c. Ví- Corte Real, casou c. D.

e de D. Anna Augusta de Bet- Manuel Oliveira Car- c. António Fernan- tor Manuel Nogueira Du- Fernanda Maria Sobrei-

tencourt. Tendo falecido sua ir- reira de quem teve os des Alves de quem arte Silva de quem teve: ra. Sem geração.

mã, D. Nívea, já viúva, ficou co- filhos que seguem. Ten- teve Adelaide Maria D. Sofia Alexandra Mo-

mo tutor e pai adoptivo de sua do enviuvado, casou 2ª Alves Moniz Corte niz Duarte Silva, casada com Fernando Emanuel Cou-

Page 12: A QUINTA DO REAL PALÁCIO DE QUELUZ E OUTROS … · Manuel de Moura Corte Real, tetraneto de João Vaz Corte Real, Donatário de Angra e Ilha de São Jorge, a quem foram confiscados

12

sobrinha Adelaide Maria Alves vez com Edmundo No- Real Gomes. tinho de Vilhena Mascarenhas; D. Paula Cristina Mo-

Moniz Corte Real Gomes então vais Cruz de quem não niz Duarte Silva, casada com Ricardo Gil

com 5 anos de idade, a quem houve geração.

por testamento nomeou herdei-

ra universal de seus bens e direi-

tos, tal como se fosse sua filha

biológica.

João Pedro Moniz Campos Duarte Nuno Moniz Campos Paulo Manuel Moniz Campos

Carreira, tetraneto de João Carreira, tetraneto de João Carreira, tetraneto de João

D. Adelaide Maria Alves Moniz Moniz de Sá Corte Real,c.c. Moniz de Sá Corte Real. Moniz de Sá Corte Real, c. c.

Corte Real Gomes, tetraneta de D. Cristina Alexandra Quin- D. Ana Cristina Costa Santos

João Moniz de Sá Corte Real, 11º tans Vaz, filha de Manuel ilha de Fausto da Cruz Santos

Morgado Moniz Corte Real e de António Quintans Vaz e de e de D. Maria Amélia Cardoso

D. Anna Augusta de Bettencourt, D. Maria Emília Costa Fer- Costa

Sucessora dos bens e direitos de nandes.

Seu tio, trineto primogénito vivo

do 11º Morgado Moniz Corte Real

Pedro Diogo Moniz Bernardo Pedro Mo- D.Mariana Moniz D.Ana Francisca Moniz

Vaz Carreira, neto niz Vaz Carreira, ne- Vaz Carreira, ne- Corte Real Santos Car-

em 5ªgeração de Jo- to em 5ªgeração de Jo- ta em 5ª geração reira, neta em 5ªgeração

ão Moniz de Sá Cor- ão Moniz de Sá Corte de João Moniz de de João Moniz de Sá

te Real. Real. Sá Corte Real. Corte Real.

João Emanuel Moniz Campos Gomes (Corte Real)

( trineto de João Moniz de Sá Corte Real, 11º Mor-

gado Moniz Corte Real e de D. Ana Augusta de

Bettencourt ).

Neste organograma com a descendência imediata de João Vaz Corte Real,

Navegador, Donatário de Angra e Ilha de São Jorge, podemos visualizar a sucessão

sinóptica e cronológica de gerações dos descendentes dos Corte Reais,

evidenciando, pela cor azul, a linhagem Corte Real por via de D. Manoel de

Portugal e de sua mulher D. Margarida de Mendonça Corte Real, passando pela

Casa dos Condes de Aveiras e Marqueses de Vagos.

Constatamos que foi por via do dote de casamento de D. Joana Inês de Portugal

(Corte Real) com D. Luís da Silva Telo de Menezes, 2º Conde de Aveiras, que a

Casa de Aveiras se tornou administradora do Morgado dos Corte Reais, até á

venda da Quinta e Palácio de Belém a El Rei D. João V.