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Rua das Marrecas, 15 Centro CEP 20031-120. Rio de Janeiro RJ. Telefax: (21) 2544-3752/2544-9202 Prezado leitor, Com a proximidade de um novo edital para o concurso de auditor tributário do Distrito Federal, é necessário promover algumas atualizações no meu livro ICMS-DF Comentado, decorridos quatro anos de sua publicação. Nesse primeiro bloco, apresento as modificações introduzidas com os novos decretos que reformularam a cobrança do ITCD e do IPVA no DF. Os capítulos 5 e 7 da obra foram reescritos para contemplar adequadamente o conteúdo dos Decretos 34.982, de 19 de dezembro de 2013, e 34.024, de 10 de dezembro de 2012, respectivamente os Regulamentos Distritais do ITCD e do IPVA. Em breve será disponibilizada outra atualização, tratando dos demais tributos distritais. Bons estudos! Prof. Pedro Diniz Capítulo 5 – ITCD 2 ITCD no Distrito Federal O Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação foi instituído no DF pela Lei Distrital 10/88 e atualmente está regrado pela Lei 3.804/06, publicada no DODF de 13/02/06, produzindo efeitos 90 dias a partir de sua publicação. Por motivo didático, apresentaremos a legislação distrital por meio do Regulamento do ITCD, apesar de ser mais antiga, pois esta reproduz a maior parte dos dispositivos da lei e adiciona regramentos específicos do imposto. As disposições legais, quando não indicadas ou reproduzidas no RITCD, serão adicionadas ao texto. O Decreto 34.982, de 19 de dezembro de 2013, publicado no DODF de 20/12/13, passou a regulamentar o Imposto no DF, a partir de sua publicação. Comparativamente com as demais unidades federadas podemos observar que se trata de um diploma bastante simples, que não esgota as diversas questões relacionadas com a administração tributária do ITCD. Como já comentado, trata-se de particularidade do DF, um

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Rua das Marrecas, 15 – Centro – CEP 20031-120. Rio de Janeiro – RJ. Telefax: (21) 2544-3752/2544-9202

Prezado leitor,

Com a proximidade de um novo edital para o concurso de auditor tributário do Distrito Federal,

é necessário promover algumas atualizações no meu livro ICMS-DF Comentado, decorridos

quatro anos de sua publicação.

Nesse primeiro bloco, apresento as modificações introduzidas com os novos decretos que

reformularam a cobrança do ITCD e do IPVA no DF.

Os capítulos 5 e 7 da obra foram reescritos para contemplar adequadamente o conteúdo dos

Decretos 34.982, de 19 de dezembro de 2013, e 34.024, de 10 de dezembro de 2012,

respectivamente os Regulamentos Distritais do ITCD e do IPVA.

Em breve será disponibilizada outra atualização, tratando dos demais tributos distritais.

Bons estudos!

PPrrooff.. PPeeddrroo DDiinniizz

CCaappííttuulloo 55 –– IITTCCDD

2 ITCD no Distrito Federal

O Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação foi instituído no DF pela Lei Distrital

10/88 e atualmente está regrado pela Lei 3.804/06, publicada no DODF de 13/02/06,

produzindo efeitos 90 dias a partir de sua publicação.

Por motivo didático, apresentaremos a legislação distrital por meio do Regulamento do ITCD,

apesar de ser mais antiga, pois esta reproduz a maior parte dos dispositivos da lei e adiciona

regramentos específicos do imposto. As disposições legais, quando não indicadas ou

reproduzidas no RITCD, serão adicionadas ao texto.

O Decreto 34.982, de 19 de dezembro de 2013, publicado no DODF de 20/12/13, passou a

regulamentar o Imposto no DF, a partir de sua publicação.

Comparativamente com as demais unidades federadas podemos observar que se trata de um

diploma bastante simples, que não esgota as diversas questões relacionadas com a

administração tributária do ITCD. Como já comentado, trata-se de particularidade do DF, um

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centro de ocupação territorial relativamente novo, cujo estoque de unidades imobiliárias (as

mais relevantes para a tributação) ainda se encontra sob a titularidade dos proprietários

originais.

O art. 1º estabelece a competência do Decreto.

Art. 1º As normas legais que tratam do Imposto sobre a Transmissão

Causa Mortis e a Doação de Quaisquer Bens ou Direitos – ITCD ficam

regulamentadas na forma deste Decreto.

2.1 Hipóteses de incidência

O novo Regulamento inicia com a apresentação das hipóteses em que o imposto se torna

devido, na forma prevista pelo art. 2º da lei distrital.

Art. 2º O ITCD incide sobre a transmissão de quaisquer bens ou direitos

havidos:

I – por sucessão legítima ou testamentária, inclusive por sucessão

decorrente de morte presumida e por sucessão provisória, nos termos da

lei civil;

Em primeiro lugar, são apresentados os casos de transmissão causa mortis, de bens e direitos

a eles relacionados. Temos aqui a sucessão patrimonial para os herdeiros (legítima) e para os

demais indicados em testamento (legatários).

Foi expressamente indicada a incidência nos casos de morte presumida e sucessão provisória.

Nestes casos, a incidência ocorre ainda que em processo de sucessão, na qual o de cujus

considera-se ausente.

II – por doação.

Qualquer ato de vontade que implique transmissão não onerosa de bens acarreta sujeição ao

ITCD, inclusive os que se encontram previstos nos §§ 1º e 2º.

§ 1º Considera-se doação qualquer transferência não onerosa de bens ou

direitos.

Em todos os casos em que não ficar caracterizada onerosidade, a transmissão será

considerada como doação, qualquer que seja a forma de sua denominação.

§ 2º Para efeitos deste artigo:

Súmula 331 do STF

É legítima a incidência do imposto de transmissão "causa mortis" no inventário

por morte presumida.

Data de Aprovação: Sessão Plenária de 13/12/1963.

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I – presume-se doação o excesso não-oneroso na divisão de patrimônio

comum ou partilhado, em virtude de dissolução da sociedade conjugal

por separação judicial ou divórcio, de extinção de condomínio ou

sociedade de fato e de sucessão legítima ou testamentária.

II – considera-se excedente de meação ou de quinhão, o valor atribuído,

conforme o caso, ao cônjuge, ao companheiro ou ao herdeiro superior à

fração ideal à qual fazem jus, conforme determinado pela lei civil;

Nos dois primeiros incisos, encontramos os casos de divisão de patrimônio, nos quais um dos

beneficiários recebe uma fração maior do que a originalmente possuída em condomínio (fração

ideal).

Herdeiro 3Herdeiro 2Herdeiro 1

De Cujus

FG CM

FG Doação

(renúncia com indicação de beneficiário)

FG CM

Não Incidência

(renúncia pura e simples)

FG ou não

§ 3º No caso de sucessão provisória, aparecendo o ausente, fica

assegurada a restituição do imposto recolhido.

Nos casos de sucessão provisória, depois de pago o imposto, este poderá ser devolvido,

quando ocorrer o aparecimento da pessoa ausente.

§ 6º O direito real de enfiteuse constituído antes da vigência da Lei

Federal nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, Código Civil, continuará a

produzir seus efeitos até a sua extinção, no que diz respeito a sua

transmissão causa mortis.

Nos casos de contratos de enfiteuse (direito perpétuo) já celebrados antes da exclusão deste

direito na legislação civil, o ITCD será exigido normalmente.

§ 7º O Imposto também incide na partilha antecipada prevista no art.

2.018 do Código Civil.

Nos casos de partilha antecipada, sobre os bens que não fazem parte da legítima, também se

exigirá o pagamento antecipado do ITCD.

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2.2 Elemento espacial

A preocupação seguinte da legislação, nos parágrafos 4º e 5º do art. 2º, é identificar os casos

em que a competência ativa poderá ser exercida pelo Distrito Federal. As determinações

básicas, como já visto na Unidade I, estão no próprio texto da Constituição.

§ 4º A incidência do Imposto alcança:

I – as transmissões causa mortis:

No caso de transmissão causa mortis, temos de observar as regras da CF, que seguem o

princípio da territorialidade.

a) de propriedade ou domínio útil de bens imóveis e de direitos a eles

relativos, situados no território do Distrito Federal, ainda que o

respectivo inventário ou arrolamento seja processado em outra

unidade da Federação ou no exterior;

A regra da CF estabelece que o ITCD deve ser pago para a UF na qual se encontre o bem

imóvel, mesmo que o inventário ocorra fora desta. A regra se aplica também aos direitos que

se instituem sobre tais imóveis, quando localizados no DF.

b) de bens móveis, direitos, títulos e créditos, inclusive os que se

encontrem em outra unidade da Federação ou no exterior, no caso

de o inventário ou arrolamento processar-se no Distrito Federal,

ainda que o de cujus fosse residente ou domiciliado no exterior;

c) de bens móveis, direitos, títulos e créditos, inclusive os que se

encontrem em outra unidade da Federação ou no exterior, no caso

de o inventário ou arrolamento processar-se no exterior e o

herdeiro ou legatário possuir domicílio no Distrito Federal, ainda

que o de cujus fosse residente ou domiciliado no exterior.

Nos casos de bens móveis, a definição de incidência é dada quando o inventário ou

arrolamento ocorrer no DF. Nos casos em que o inventário ocorrer no exterior, o imposto é

devido ao DF se nele estiver o beneficiário, ainda que os bens móveis estejam em outra UF.

II – as doações:

A regra para definir a cobrança nas doações também segue as determinações previstas na CF.

a) de bens imóveis e de direitos a eles relativos, situados no território

do Distrito Federal, ainda que doador, donatário ou ambos não

tenham domicílio ou residência no Distrito Federal;

No caso de bens imóveis, também será respeitado o princípio da territorialidade, atingindo

também as doações de direitos sobre os bens.

b) de bens móveis, direitos, títulos e créditos, inclusive os que se

encontrem em outra unidade da Federação ou no exterior, quando

o doador for domiciliado no Distrito Federal, ainda que tenha

residência no exterior;

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c) de bens móveis, direitos, títulos e créditos, inclusive os que se

encontrem em outra unidade da Federação ou no exterior, quando

o doador for domiciliado no exterior e o donatário no Distrito

Federal.

Nas doações de bens móveis, incide o imposto nos casos em que o doador for domiciliado no

DF, e quando o doador estiver no exterior, caberá o ITCD ao DF se nele estiverem localizados

os donatários.

Herdeiro

Legatário

Donatário

no DF

Inventário

outra

UF

Doador

outra

UF

De cujus ou

inventário

Exterior

Doador

ExteriorFG ITCD

OUTRA UFFG ITCD

DF

BENS

MÓVEIS

§ 5º O doador ou donatário que tiver mais de um domicílio será

considerado domiciliado no Distrito Federal, para os efeitos deste artigo,

quando:

I – sendo pessoa natural, tiver no Distrito Federal o centro habitual de

suas ocupações;

II – sendo pessoa jurídica de direito privado ou empresário individual,

localizar-se no Distrito Federal o estabelecimento em que ocorrer o fato

ou for praticado o ato que der origem à obrigação tributária;

III – sendo pessoa jurídica de direito público, estiver a repartição em que

ocorrer o fato ou for praticado o ato que der origem à obrigação

tributária localizada no Distrito Federal.

Neste parágrafo, com base na Lei Distrital, aproveitam-se os comandos presentes no art. 127

do CTN para melhor identificar a condição de doador/donatário domiciliado no DF, em caso de

múltiplos domicílios.

2.3 Elemento temporal

Identificado o campo de incidência, vejamos como se determina o elemento temporal do ITCD,

com a identificação de diversos momentos em que se considera ocorrido o FG.

Art. 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do Imposto:

I – nas transmissões causa mortis, na data da:

a) abertura da sucessão legítima ou testamentária, mesmo no caso de

sucessão provisória ou decorrente de morte presumida;

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Nas sucessões causa mortis, com ou sem disposição testamentária, considera-se ocorrido o FG

na data da abertura da sucessão, ou seja, do falecimento do de cujus.

b) morte do fiduciário, na substituição do fideicomisso.

Em se tratando de fideicomisso, o FG se considera ocorrido também por ocasião da morte do

fiduciário.

FIDEICOMITENTE FIDUCIÁRIO FIDEICOMISSÁRIO

FG FG

II – nas transmissões por doação, na data em que ocorrer o fato ou a

formalização do ato ou negócio jurídico que caracterize a doação.

No caso das doações, considera-se sempre a data na qual o fato ou a formalização do ato,

jurídico ou não, for caracterizado (escritura de doação, alteração de registro de propriedade de

veículo etc.).

II – instituição de usufruto convencional sobre bem imóvel, a título

gratuito, e sua extinção por consolidação na pessoa do nu proprietário;

Nos casos de usufruto, as datas são as previstas neste inciso.

2.4 Não incidência

No Capítulo III do RITCD temos os casos de não incidência do imposto, explicitando os casos

em que o beneficiário está protegido pela imunidade tributária e outros em que a incidência

também não fica configurada.

Art. 4º O imposto não incide sobre:

I – a renúncia à herança ou ao legado, desde que seja feita sem ressalva

ou condição, em benefício do monte;

Ficam sem incidência as transmissões por cessão, renúncia ou desistência de direitos sem

qualquer tipo de manifestação de recebê-los e sem indicação em favor de pessoa determinada

(em favor do monte).

II – os honorários do advogado contratado pelo inventariante, com

homologação do juiz;

Ficam excluídos da incidência os valores dos custos com a contratação de advogado contratado

pelo inventariante. Segue regra de jurisprudência do STF.

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III – o capital segurado pago aos beneficiários, no caso de seguro de

vida ou acidentes pessoais para o caso de morte, inclusive quando se

tratar de seguro prestamista;

Nos casos de seguro de vida, os valores recebidos pelos beneficiários também não ficam

sujeitos à incidência do ITCD.

IV – a transmissão causa mortis ou doação de bens a compor o

patrimônio:

a) da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios;

b) templos de qualquer culto;

c) partidos políticos, inclusive suas fundações;

d) entidades sindicais dos trabalhadores;

e) de instituições de educação e de assistência social sem fins

lucrativos, atendidos os requisitos legais;

f) de autarquia;

g) de fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.

As pessoas indicadas no inciso VI do art. 150 da Constituição Federal são imunes ao ITCD

quando receberem bens de terceiros.

Parágrafo único. O disposto no inciso IV do caput deste artigo:

I – quanto às alíneas “a”, “f” e “g”, não se aplica aos bens relacionados

com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas

aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação

ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário (art. 150, § 3º, da

Constituição da República Federativa do Brasil);

II – relativamente às alíneas “b”, “c”, “d”, “e”, “f” e “g” refere-se

exclusivamente aos bens vinculados às finalidades essenciais das

entidades nelas mencionadas (art. 150, §§ 2º e 4º da CF);

III – quanto às entidades relacionadas na alínea “e”, condiciona-se à

comprovação de que (art. 14 da Lei Federal nº 5.172, de 25 de outubro

de 1966, Código Tributário Nacional – CTN):

a) não distribuem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas

rendas, a qualquer título;

b) aplicam integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos

seus objetivos institucionais;

Súmula 115 do STF

SOBRE OS HONORÁRIOS DO ADVOGADO CONTRATADO PELO INVENTARIANTE,

COM A HOMOLOGAÇÃO DO JUIZ, NÃO INCIDE O IMPOSTO DE TRANSMISSÃO

CAUSA MORTIS.

Data de Aprovação: Sessão Plenária de 13/12/1963.

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c) mantêm escrituração de suas receitas e despesas em livros

revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.§ 1º A

não incidência prevista nos incisos II a IV deste artigo:

I – somente se refere aos bens vinculados às finalidades essenciais das

entidades neles relacionadas, não alcançando bens destinados a

utilização como fonte de renda ou a exploração econômica;

II – condiciona-se à comprovação, pelas entidades relacionadas no inciso

IV, de que:

a) não distribuem qualquer parcela de seus rendimentos a dirigentes ou

associados;

b) aplicam seus recursos integralmente no País, exclusivamente na

manutenção e desenvolvimento dos objetivos sociais;

c) mantêm escrituração de suas receitas e despesas em livros

revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.

Os requisitos presentes na Constituição e no CTN (art. 14) são condicionantes para o

aproveitamento da não incidência.

2.5 Isenções

A Lei Distrital 3.804/06 introduziu a dispensa do pagamento por isenção para dois tipos de

transmissões não onerosas, reproduzidas no art. 5º do RITCD.

Art. 5º É concedida isenção do ITCD:

I – nas transmissões de imóveis por meio do Programa de Assentamento

de População de Baixa Renda, desde que o beneficiário atenda às

seguintes condições:

a) ser destinatário originário do lote do Programa a que se refere este

inciso;

b) ser legítimo ocupante do lote, admitida a ocupação em razão de

sucessão;

Quando o beneficiário do imóvel do programa citado estiver atendendo às condições indicadas,

o ITCD não será cobrado.

II – ao herdeiro ou legatário, na transmissão causa mortis, desde que o

patrimônio transmitido pelo de cujus não ultrapasse o valor de

R$85.958,90 (oitenta e cinco mil, novecentos e cinquenta e oito reais e

noventa centavos).

Quando o total transmitido nas sucessões não superar o valor indicado neste inciso, a

transmissão será isenta.

§ 1º Sujeitar-se-á ao recolhimento do imposto dispensado aquele que,

em razão de declaração própria, for indevidamente beneficiado com a

isenção, observado o disposto no art. 22 deste Decreto.

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Quando ficar comprovado o aproveitamento indevido do benefício, o imposto será recolhido

com multa no valor de 50% do ITCD devido.

§ 2º O valor a que se refere o inciso II será atualizado na forma do art.

1º da Lei Complementar nº 435, de 27 de dezembro de 2001.

O valor será atualizado anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC –

calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, ou outro índice que vier a

substituí-lo.

Art. 6º A isenção e a não incidência de caráter não geral serão

reconhecidas pela Secretaria de Estado de Fazenda, mediante

requerimento do herdeiro, legatário, donatário ou doador, instruído com

documentos comprobatórios do preenchimento das condições

especificadas neste regulamento ou em outras normas próprias.

Tanto a não incidência como a isenção serão objeto de reconhecimento por meio de processo,

quando concedidas em caráter não geral.

2.6 Elemento pessoal

O Capítulo IV do RITCD trata dos sujeitos passivos, em condição direta e indireta, indicando

quem são os contribuintes e os responsáveis pelo pagamento do imposto.

De acordo com o comando do art. 10 da Lei Distrital 3.804/06, temos inicialmente os sujeitos

passivos diretamente ligados ao FG, sempre os beneficiários da transmissão não onerosa.

Art. 7º O contribuinte do imposto é:

I – nas transmissões causa mortis, o herdeiro ou legatário;

II – nas doações, o donatário.

As pessoas beneficiadas com o patrimônio transferido são escolhidas como sujeitos passivos

diretos.

No que se refere à sujeição indireta, pelo comando do art. 11 da Lei Distrital, temos várias

pessoas que respondem, de forma solidária, com o beneficiário das transmissões.

Art. 8º São solidariamente responsáveis pelo imposto devido:

I – os tabeliães, escrivães, notários, oficiais de registros públicos e

demais serventuários de ofício, relativamente aos atos por eles ou

perante eles praticados, em razão de seu ofício, ou pelas omissões por

que forem responsáveis;

Em primeiro lugar surgem as pessoas encarregadas de promover o registro da propriedade e

respectivos direitos dos bens imóveis. Não havendo a correta confirmação do pagamento antes

do registro, tais pessoas tornam-se responsáveis.

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II – a empresa, ou a instituição financeira ou bancária e todo aquele a

quem caiba a responsabilidade pelo registro ou pela prática de ato que

implique a transmissão de bem móvel ou imóvel e respectivos direitos e

ações;

O mesmo procedimento aplica-se aos detentores de haveres financeiros e de outros bens

móveis que promoverem a transmissão de tais bens aos beneficiários, sem que tenha sido

feita a comprovação do imposto devido.

III – o doador.

A legislação distrital coloca o doador na condição de responsável solidário com o donatário, se

o imposto deixar de ser pago.

IV – qualquer pessoa física ou jurídica que detenha a posse do bem

transmitido na forma deste Decreto.

Qualquer pessoa que tenha a posse de bem transmitido entre terceiros, não atendendo ao

dever de entregar ao beneficiário somente após a comprovação do pagamento do imposto,

também se torna solidária (por exemplo, o diretor de um clube que repassar o título

patrimonial do de cujus para os herdeiros).

Art. 9º Os tabeliães, escrivães, notários, oficiais de registros públicos e

demais serventuários de ofício, relativamente aos atos por eles ou

perante eles praticados, em razão de seu ofício, ficam obrigados a:

I – exigir do contribuinte a apresentação do documento original

comprovante do recolhimento do imposto, ou de documento

comprobatório de não incidência ou isenção expedido pela Secretaria de

Estado de Fazenda, antes da lavratura de instrumento relacionado com a

transmissão de quaisquer bens ou direitos e da efetivação do respectivo

registro;

II – transcrever o inteiro teor dos documentos referidos no inciso

anterior nos instrumentos relacionados com as transmissões que

lavrarem;

III – prestar informações e encaminhar relação à Subsecretaria da

Receita da Secretaria de Estado de Fazenda, até o dia 10 (dez) de cada

mês, sobre todos os instrumentos referentes às transmissões, lavrados

ou registrados, no mês anterior, nos prazos, condições e formas

definidos em ato da Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de

Fazenda;

Para atender aos requisitos e se eximir da responsabilidade prevista no inciso I, foram

explicitadas as regras deste artigo.

§ 1º Os documentos a que se refere o inciso I do caput deste artigo

deverão ficar arquivados, no cartório, à disposição do fisco, durante o

prazo prescricional previsto na legislação tributária.

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§ 2º A Secretaria de Estado de Fazenda poderá exigir, a partir do

exercício de 2013 que a prestação de informações de que trata o inciso

III do caput deste artigo seja obrigatoriamente feita por meio eletrônico,

no formato por ela especificado.

A documentação relativa aos atos transmissivos deve ficar à disposição do Fisco distrital,

podendo ser exigida a sua entrega por meio digital.

Art. 10. Os contribuintes de que trata o art. 7º e os responsáveis de que

trata o art. 8º deverão prestar informações e fornecer documentos,

quando solicitados pela Administração Tributária.

Todos os sujeitos passivos ficam obrigados a fornecer elementos para que o imposto possa ser

corretamente lançado pelo Fisco.

2.7 Apuração do imposto

O montante do ITCD a ser recolhido dependerá da base de cálculo definida nos termos da

legislação distrital, que possui regras especiais para tratar do tema. Ainda nos mesmos

capítulos, temos a definição sobre a alíquota aplicável do imposto no Distrito Federal.

Para a correta fixação da base de cálculo, encontramos diversas disposições, considerando as

particularidades relativas ao valor de cada um dos tipos de bens transmitidos. A nova redação

da legislação distrital introduziu uma diferenciação relacionada com a forma pela qual ocorrem

as transmissões, ou por causa mortis ou por doação.

Art. 11. A base de cálculo do imposto, observado o disposto no § 4º do

art. 2º, é:

A base de cálculo do imposto é definida nos termos deste artigo, mas deve ser observada a

sujeição ativa distrital, o que quer dizer que, em alguns casos, o imposto pode estar sendo

dividido entre mais de uma UF (por exemplo, uma doação de bem móvel, por estrangeiro, a

duas pessoas, uma localizada no DF e outra localizada em outra UF).

I – nas transmissões causa mortis, o valor do patrimônio transmitido,

assim entendida a soma do valor dos títulos, dos créditos e do valor

venal dos bens móveis, imóveis e direitos a eles relativos deixados,

deduzida das dívidas contraídas pelo de cujus;

Na transmissão causa mortis, a BC será o valor dos bens móveis acrescido do valor venal dos

bens imóveis e direitos, apurados na forma definida pelos parágrafos.

Como particularidade, a legislação distrital passou a admitir que do monte apurado possam ser

abatidas as dívidas do de cujus.

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II – nas transmissões por doação, o valor dos bens doados, assim

entendida a soma do valor dos títulos, dos créditos e do valor venal dos

bens móveis, imóveis e direitos a eles relativos.

No caso de doações, assim como das demais formas de transmissão que a elas se equiparam,

temos o mesmo comando, sem a parcela dedutiva.

§ 1º O valor venal de que trata este artigo será determinado pela

Administração Tributária por meio de avaliação feita com base nos

elementos de que dispuser e na declaração do sujeito passivo.

Além dos valores declarados pelo sujeito passivo, a administração usará outros parâmetros

disponíveis (pesquisas, valor dos impostos territoriais etc.) para chegar ao valor venal.

§ 2º Na avaliação, serão considerados, quanto ao imóvel, dentre outros,

os seguintes elementos:

I – forma, dimensão e utilidade;

II – localização;

III – estado de conservação;

IV – valores das áreas vizinhas ou situadas em zonas economicamente

equivalentes;

V – custo unitário de construção;

VI – valores aferidos no mercado imobiliário.

No caso de bens imóveis e seus direitos, diversas características também devem ser

consideradas, relacionadas com as condições particulares do bem, para se aproximar ao

máximo do valor venal.

§ 3º Na avaliação a que se refere o § 1º deste artigo, quanto a bem

móvel, será considerado o preço de mercado no Distrito Federal.

Quando for apurada incidência sobre bens móveis, a BC considerará os valores de mercado do

DF (preço de um veículo, por exemplo, mesmo que registrado em outra UF).

§ 4º Para efeito de cálculo do Imposto, prevalecerá o valor declarado

pelo sujeito passivo, quando este for superior ao valor da avaliação

determinado pela Administração Tributária.

No caso em que o valor do bem for declarado em valores superiores aos determinados pelo

Fisco, esta declaração do sujeito passivo servirá como base de cálculo.

§ 5º Na hipótese de desmembramento da propriedade, o valor venal:

I – dos direitos reais será de 70% (setenta por cento) do valor venal do

bem;

II – da propriedade nua será de 30% (trinta por cento) do valor venal do

bem.

Nos casos em que a propriedade estiver desmembrada, teremos tributação parcial,

considerando que a transmissão do domínio útil equivale a 30% do valor total do bem e a do

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domínio direto, 70%. O gráfico seguinte exemplifica como ficaria a BC no caso de instituição

de usufruto e de nua propriedade por disposição testamentária.

BemDomínio

Útil

Domínio DiretoBem

INSTITUIÇÃO

DE USUFRUTO

TRANSMISSÃO

CAUSA MORTIS

DE NUA

PROPRIEDADE

R$ 200.000,00

BC

R$ 60.000,00

BC

R$ 140.000,00

R$ 200.000,00

§ 6º Nas transmissões causa mortis, no caso de bem acobertado por

seguro, integrará o patrimônio transmitido o valor desembolsado pela

seguradora em decorrência do cumprimento do contrato de seguro.

Integra-se à BC o valor dos seguros pagos sobre bens móveis e imóveis. Não confundir com

seguros de vida, que não sofrem incidência do ITCD.

§ 7º O valor das quotas de participação em sociedade será apurado:

I – com base no último balanço patrimonial, para as sociedades

empresárias comerciais, industriais e de prestação de serviços;

II – com base no inventário de bens, direitos e obrigações, para os

empresários, sociedades empresárias de participação e administração de

bens e as sociedades simples sem fins lucrativos.

Em se tratando de quotas de sociedade empresarial, a BC será apurada com as regras deste

parágrafo.

Art. 12. Nas transmissões causa mortis, corrigir-se-á a expressão

monetária da base de cálculo pelo INPC mensal, ou outro índice que vier

a substituí-lo, para o dia de vencimento do prazo para o pagamento do

crédito tributário respectivo.

Os valores dos bens transmitidos, quando se tratar de transmissões causa mortis, serão

atualizados, já que os processos costumam demorar algum tempo.

Art. 13. A alíquota do imposto é de 4% (quatro por cento)

A alíquota universal do ITCD no DF é de 4%, equivalente à metade do limite fixado pelo

Senado Federal. A alíquota vale para as doações, sucessões causa mortis e demais formas de

transmissão.

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Nas transmissões causa mortis, a alíquota a ser aplicada é a que estava em vigor na data do

FG (abertura da sucessão).

2.8 Lançamento e pagamento do imposto

No Capítulo VII, temos as regras sobre o lançamento e o pagamento do ITCD, estipulando as

suas formas, bem como as datas de recolhimento.

Art. 14. O imposto será lançado de ofício ou mediante declaração do

sujeito passivo, nas formas especificadas em ato da Secretaria de Estado

de Fazenda.

A primeira determinação trata dos dois modos previstos de lançamento, em função do tipo de

procedimento. Quando o contribuinte tomar a iniciativa e procurar o Fisco, teremos

lançamento por declaração.

§ 1º Poderá ser lançado de ofício o imposto referente a fato gerador de

que a Secretaria de Estado de Fazenda tenha tomado conhecimento por

meio de acesso a informações constantes de declaração feita por sujeito

passivo a qualquer órgão da Administração Pública, em qualquer esfera

de governo, desde que as informações tenham sido formalmente

repassadas à Administração Tributária do Distrito Federal.

O lançamento de ofício reserva-se para os casos em que a administração tributária, por sua

iniciativa e por diversos meios, apurar elementos que configurem fato gerador do ITCD.

Seriam casos em que o Fisco, por meio de pesquisa em cartório, descobre transmissões não

comunicadas, ou em que, por cruzamento com o IRPF, detecta doações em espécie que não

foram declaradas.

§ 2º Na hipótese a que se refere o § 1º, a retificação da declaração por

iniciativa do próprio declarante, ainda que perante o órgão competente,

quando vise a reduzir ou a excluir o imposto, não ensejará revisão do

lançamento, se protocolizada no referido órgão em data posterior à

intimação da Notificação de Lançamento.

§ 3º O disposto no § 2º não se aplica em caso de comprovação do erro

em que se fundamente o lançamento.

A posterior declaração do sujeito passivo não terá efeitos para reduzir a exigência, caso seja

apresentada após a notificação, salvo em caso de erro no lançamento.

Súmula 112 do STF

O IMPOSTO DE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS É DEVIDO PELA ALÍQUOTA

VIGENTE AO TEMPO DA ABERTURA DA SUCESSÃO.

Data de Aprovação: Sessão Plenária de 13/12/1963.

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Art. 15. O sujeito passivo, o representante legal ou os tabeliães deverão

apresentar, na forma e meio definidos pela Secretaria de Estado de

Fazenda do Distrito Federal, declaração mediante a qual será apurado,

lançado e cobrado o imposto.

No caso do imposto lançado por declaração, o sujeito passivo ou as demais pessoas envolvidas

devem apresentar tal declaração na forma estabelecida pela SEFAZ.

Art. 16. O pagamento do imposto será feito por meio da rede

arrecadadora autorizada, mediante Documento de Arrecadação – DAR,

ou outro meio aprovado pela Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito

Federal.

O pagamento do ITCD é realizado por meio do documento de arrecadação de tributos do DF ou

por meio alternativo.

§ 1º O DAR a que se refere o caput deste artigo será emitido pela

repartição fiscal em que forem apresentados os documentos para cálculo.

§ 2º As informações a serem prestadas para emissão do DAR, a forma de

preenchimento e o código de receita serão especificados em ato da

Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito

Federal.

§ 3º Por ocasião da lavratura da escritura pública, o DAR poderá ser

emitido por cartórios de ofício de notas do Distrito Federal, na forma

especificada em ato da Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado

de Fazenda do Distrito Federal.

O documento é preenchido na repartição e terá elementos para identificar as partes

envolvidas, o tipo de transmissão e o bem ou direito que estão sendo transmitidos. Em caso de

transmissão processada por escritura pública em cartórios, o DAR poderá ser emitido por

estes.

Art. 17. O imposto será pago:

O art. 17 estipula os prazos para pagamento do ITCD, relativamente a cada tipo de

transmissão não onerosa.

I – tratando-se de transmissão decorrente de doação:

a) na hipótese de instrumento lavrado no Distrito Federal, antes da

respectiva lavratura;

b) na hipótese de instrumento lavrado fora do Distrito Federal, no prazo

de até 30 dias, contado de sua lavratura;

c) na hipótese de transmissão de bens móveis, direitos, títulos e

créditos não sujeitos a transcrição, no prazo de até 30 dias, contado

da tradição ou da formalização do ato ou negócio jurídico que

caracterize a doação;

No caso de doações, temos datas distintas, de acordo com a condição de lavratura do

instrumento de transmissão (lavrado ou não no DF e dispensado de lavratura).

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II – tratando-se de transmissão causa mortis:

a) antes da sentença homologatória da partilha, e seguindo o disposto

no artigo anterior;

b) na hipótese de escritura pública de inventário e partilha de bens, nos

termos do Código de Processo Civil, antes da lavratura do ato

notarial;

c) na hipótese de extinção de usufruto por morte do usufrutuário, no

prazo de até trinta dias, contado do falecimento.

No DF, a sentença judicial que homologa a partilha só será exarada após o pagamento do

imposto (em se tratando de processo extrajudicial, o requisito passa a ser a lavratura do ato

notarial de transmissão). Na extinção de usufruto, o prazo é contado do falecimento do

usufrutuário.

III – tratando-se de transmissão decorrente de sentença judicial, no

prazo de até 30 dias, contado de seu trânsito em julgado.

Tipo de transmissão Data de pagamento

Doações

Instrumento lavrado no DF Antes da lavratura

Instrumento lavrado em outra UF 30 dias após a lavratura

Sem lavratura 30 dias contados da entrega

Causa mortis

Processo Judicial Antes da sentença de

homologação

Processo Extrajudicial Ato do ato de registro

Extinção de usufruto por morte 30 dias do falecimento

Demais sentenças judiciais 30 dias do trânsito em julgado

§ 1º O herdeiro, legatário ou donatário que não for proprietário de outro

imóvel poderá pagar o imposto em até seis parcelas mensais e

sucessivas.

§ 2º Ato do Secretário de Estado da Fazenda poderá dispor sobre o

pagamento parcelado a que se refere o § 1º para os contribuintes nele

não especificados.

§ 3º Na hipótese de parcelamento os valores das parcelas serão

atualizados monetariamente, utilizando-se a variação mensal do INPC,

ou outro índice que vier a substituí-lo.

Os três incisos deste artigo determinam as situações em que poderá ser concedido

parcelamento do ITCD.

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2.9 Fiscalização

Os Capítulos VIII e IX do RITCD apresentam disposições enquadradas como procedimentos da

administração tributária do DF. Os procedimentos referentes a fiscalização do cumprimento

das obrigações relacionadas com o ITCD estão indicados no Capítulo VIII.

Art. 18. A fiscalização do imposto compete à Secretaria de Estado de

Fazenda, e será exercida por servidor pertencente à Carreira de Auditoria

Tributária do Distrito Federal que, para esse fim, procederá ao

levantamento de informações junto a:

I – Cartórios de Notas, Registro de Imóveis, Registro Civil e de Títulos e

Documentos;

II – estabelecimentos de pessoas naturais ou jurídicas que exerçam

atividade de compra e venda e administração de imóveis;

III – Junta Comercial do Distrito Federal;

IV – qualquer entidade responsável pela prática de ato sujeito ao

imposto.

A fiscalização será da competência dos servidores fiscais da SEFAZ e poderá ser exercida sobre

diversas pessoas, relacionadas com os fatos geradores do ITCD.

Parágrafo único. Os servidores mencionados no caput poderão:

I – exigir do contribuinte ou responsável a prestação de informações,

bem como a exibição de livros, documentos e papéis;

II – lacrar móveis, equipamentos de informática, gavetas ou

compartimentos, onde presumivelmente estejam guardados documentos,

livros, programas, arquivos ou outros elementos de interesse da

fiscalização;

III – requisitar o auxílio da força pública, quando impedidos de executar

sua função.

Para que a sua função possa ser plenamente exercida, os auditores estão autorizados a

promover as atividades e procedimentos cautelares relacionados neste parágrafo.

2.10 Infrações, penalidades e juros moratórios

No Capítulo VIII, encontramos as disposições relativas aos acréscimos e multas aplicáveis aos

contribuintes que incorram em infrações à legislação do ITCD. Além do imposto devido,

passam a ser exigidos atualização, multas moratórias, juros de mora e multas por infração.

Art. 19. Constitui infração a ação ou omissão, voluntária ou não, que

importe na inobservância, pelo contribuinte ou responsável, de normas

previstas da legislação aplicável ao imposto.

Para tais infrações, estão previstas na legislação multas pecuniárias de caráter punitivo.

Art. 20. Após o término do prazo regulamentar para pagamento, incidirá

sobre o valor do imposto:

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I – atualização monetária mensal calculada pela variação mensal do

Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, calculado pelo Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – ou índice que vier a

substituí-lo;

II – multa de mora de 10% (dez por cento), ressalvados os casos de

aplicação de multas de mora específicas previstas na legislação,

calculada sobre o valor atualizado monetariamente;

III – juro de mora equivalente a 1% (um por cento) ao mês ou fração de

mês, aplicado por capitalização simples, a partir do mês subsequente ao

do vencimento.

Segundo o RITCD, a partir da data do vencimento, o imposto não pago ficará sujeito a

atualização monetária pelo IPCA, multa moratória de 10%, e será acrescido de juros de mora

de 1% ao mês ou fração, mesmo que não ocorra infração.

§ 1º A multa de mora prevista no inciso II deste artigo será de 5% (cinco

por cento), se efetuado o pagamento até 30 (trinta) dias corridos após a

data do respectivo vencimento.

§ 2º Na hipótese do § 1º, finalizado o prazo de 30 (trinta) dias em dia

não útil, a multa de mora de 5% (cinco por cento) será aplicada até o

primeiro dia útil subsequente.

A multa de mora será de apenas 5% caso o pagamento ocorra até 30 dias do vencimento.

O quadro a seguir resume a cobrança de acréscimos.

Art. 21. A inobservância da obrigação prevista no art. 9º será punida

conforme incisos I e II do art. 63 da Lei Complementar nº 4, de 30 de

dezembro de 1994, nos seguintes termos:

As obrigações das pessoas encarregadas do registro dos atos transmissivos, deixando de

atender às obrigações de fornecer informações, sujeitam-se às multas previstas neste artigo.

I – quanto aos incisos I, II e III do caput do art. 9º, independentemente

da responsabilidade prevista no art. 8º:

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a) R$ 841,27 (oitocentos e quarenta e um reais e vinte e sete

centavos), quando não resulte em falta de pagamento do imposto;

b) R$ 1.402,12 (um mil, quatrocentos e dois reais e doze centavos),

quando resulte em falta de pagamento do imposto;

II – R$ 841,27 (oitocentos e quarenta e um reais e vinte e sete

centavos), relativamente às obrigações previstas no § 1º do art. 9º.

Pela falta da entrega das informações solicitadas, temos duas possibilidades, em função de

ocorrer ou não falta de pagamento do ITCD. Em se tratando da não guarda da documentação,

a multa é única.

Art. 22. Na hipótese do § 1º do art. 5º deste Decreto, aplicar-se-á multa

de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor do imposto não recolhido,

sem prejuízo de outras sanções previstas na legislação.

A informação incorreta de dados relacionados com pedido de isenção acarreta a cobrança de

multa proporcional a 50% do ITCD que se tornar devido, além de outras sanções.

2.11 Disposições finais

O RITCD encerra-se com o Capítulo X, que apresenta as regulamentações finais.

Art. 23. Os prazos previstos neste Regulamento são contados em dias

corridos, excluindo-se de sua contagem o dia de início, e incluindo-se o

do vencimento.

Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de

expediente normal na repartição em que corra o processo ou deva ser

praticado o ato.

Reprodução da disposição presente no art. 210 do CTN sobre forma de contagem de prazos.

Art. 24. Ato do Secretário de Estado de Fazenda poderá disciplinar

complementarmente a aplicação deste Decreto.

Parágrafo único. A competência prevista no caput poderá ser

subdelegada para o Subsecretário da Receita da Secretaria de Estado de

Fazenda.

Art. 25. A Secretaria de Estado de Fazenda poderá celebrar convênios

com a Secretaria da Receita Federal do Brasil, Banco Central do Brasil,

Comissão de Valores Mobiliários, Junta Comercial e outros órgãos para a

obtenção de informações de interesse na administração do ITCD.

Com o objetivo de apurar a ocorrência de fatos geradores do imposto, a SEFAZ poderá

celebrar convênios com órgãos encarregados ou detentores de informações sobre bens móveis

e imóveis.

Art. 26. Os valores expressos neste regulamento serão atualizados

monetariamente, conforme legislação específica.

Art. 27. Este Regulamento entra em vigor na data de sua publicação.

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Art. 28. Revogam-se as disposições em contrário, em especial o Decreto

nº 16.116, de 2 de dezembro de 1994.

CCaappííttuulloo VVIIII –– IIPPVVAA

Iniciaremos a apresentação dos impostos distritais sobre a propriedade com o Imposto sobre a

Propriedade de Veículos Automotores – IPVA.

Como foi indicado na Unidade I deste livro, é um dos impostos mais novos dentro do nosso

Sistema Tributário. A sua criação, no ano de 1985, coincidiu com o momento da eliminação da

Taxa Rodoviária Única (cobrada pelas unidades federadas por meio do Decreto-lei 999/69).

É um tributo em relação ao qual estamos mais familiarizados, já que sua imposição é direta,

sobre um bem móvel ao qual grande parte da população tem acesso.

1 Legislação complementar e o IPVA

No campo do IPVA também não foi aprovada nenhuma disposição constante de lei

complementar, e os estados e o DF promovem a sua instituição com base em legislação

ordinária estadual ou distrital.

Tal prerrogativa é prevista e validada pelo dispositivo constitucional presente no Título III

sobre a Organização do Estado Brasileiro.

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar

concorrentemente sobre:

I – direito tributário...;

(...)

§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não

exclui a competência suplementar dos Estados.

§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a

competência legislativa plena, para atender as suas peculiaridades.

A competência legislativa na área tributada é concorrente com a participação da União, dos

estados e do Distrito Federal. Ainda segundo a regra do § 3º, na inexistência de regras

federais, os estados e o DF passam a gozar de competência legislativa plena.

Além deste comando, encontramos ainda uma disposição temporária (Ato das Disposições

Constitucionais Transitórias) que assegura a edição de legislação que permita a correta

aplicação do novo Sistema Tributário, bem como a validade da legislação anterior, que não

seja incompatível com as novas leis.

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Art. 34. O sistema tributário nacional entrará em vigor a partir do

primeiro dia do quinto mês seguinte ao da promulgação da Constituição,

mantido, até então, o da Constituição de 1967, com a redação dada pela

Emenda nº 1, de 1969, e pelas posteriores.

(...)

§ 3º Promulgada a Constituição, a União, os Estados, o Distrito Federal e

os Municípios poderão editar as leis necessárias à aplicação do sistema

tributário nacional nela previsto.

§ 4º As leis editadas nos termos do parágrafo anterior produzirão efeitos

a partir da entrada em vigor do sistema tributário nacional previsto na

Constituição.

§ 5º Vigente o novo sistema tributário nacional, fica assegurada a

aplicação da legislação anterior, no que não seja incompatível com ele e

com a legislação referida nos §3º e § 4º.

Apesar destas previsões legais, que valida a legislação das unidades federadas, a imposição do

IPVA ficou prejudicada quanto ao alcance da tributação sobre os veículos automotores não

terrestres. Como foi dito no capítulo inicial, existem diversos questionamentos, e a

jurisprudência afastou a cobrança por parte daquelas unidades federadas cuja lei ordinária

intentou definir hipótese de incidência sobre tais veículos.

Vejamos o posicionamento do STF em três julgados.

IPVA: Incidência sobre embarcações

Concluído o julgamento de recurso extraordinário em que se discutia a incidência do

IPVA sobre a propriedade de embarcações. O Tribunal, por maioria, manteve acórdão do

Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas que concedera mandado de segurança a fim

de exonerar o impetrante do pagamento do IPVA sobre embarcações. Considerou-se que

as embarcações a motor não estão compreendidas na competência dos Estados e do

Distrito Federal para instituir impostos sobre a propriedade de veículos automotores,

pois essa norma só autoriza a incidência do tributo sobre os veículos de circulação

terrestre. Vencido o Min. Marco Aurélio, relator, que dava provimento ao recurso para

cassar o acórdão recorrido ao fundamento de que a Constituição, ao prever o imposto

sobre a propriedade de veículos automotores, não limita sua incidência aos veículos

terrestres, abrangendo, inclusive, aqueles de natureza hídrica ou aérea.

STF: RE 134.509-AM; 29/05/2002, DJU de 13/9/2002.

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Na prática, nos dias atuais o IPVA não está sendo exigido de aeronaves e embarcações em

nenhuma unidade federada. No Distrito Federal, desde a sua instituição, a legislação do IPVA

prevê a tributação sobre automotores de qualquer espécie, mas houve preocupação apenas

em detalhar a incidência sobre os veículos automotores terrestres.

Outro problema decorrente da falta de legislação complementar é a existência de uma guerra

fiscal baseada na atração de veículos para licenciamento em outras unidades federadas, por

meio da aplicação de alíquotas mais reduzidas. Por conta desse mecanismo, os proprietários

de grandes frotas de veículos (agências locadoras, prestadores de serviços motorizados,

empresas de leasing etc.) ou de veículos com valor venal mais elevado são induzidos a

promover o licenciamento e registro dos mesmos em desacordo com a legislação de trânsito (o

veículo deve estar licenciado de acordo com a residência ou domicílio de seu proprietário).

Segundo a Constituição Federal, quando esta trata da repartição das receitas tributárias, a

regra de afetação, quanto ao elemento espacial, deve ser o local de licenciamento do veículo.

É esta a regra que será definida também pela legislação distrital.

IPVA: Incidência sobre aeronaves

Com o mesmo entendimento acima mencionado, o Tribunal, por maioria, vencido o Min. Marco

Aurélio, declarou a inconstitucionalidade do inciso III do artigo 6º da Lei 6.606/89, do Estado de

São Paulo, que previa a incidência do IPVA sobre aeronaves.

STF; RE 255.111-SP, 29/05/2002.

IPVA: Incidência sobre embarcações

É inconstitucional a incidência do IPVA sobre embarcações. Com base nesse entendimento, o

Tribunal, por maioria, proveu recurso extraordinário para declarar a não recepção do inciso II

do art. 5º da Lei 948/85, do Estado do Rio de Janeiro – v. Informativo 441. Adotou-se a

orientação fixada pela Corte no julgamento do RE 134509/AM, no sentido de que o IPVA é

sucedâneo da antiga Taxa Rodoviária Única – TRU, cujo campo de incidência não inclui

embarcações e aeronaves. Vencidos os Ministros Joaquim Barbosa e Marco Aurélio, que

negavam provimento ao recurso por considerar que o IPVA incide também sobre

embarcações.

STF; RE 379572/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, 11/4/2007; Informativo 462, de abril de 2007.

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Art. 158. Pertencem aos Municípios:

(...)

III – cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto do

Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus

territórios; (...)

2 IPVA no Distrito Federal

O Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores foi instituído no DF pela Lei Distrital

7.431, de 17 de dezembro de 1985, publicada no DODF de 18/12/85, produzindo efeitos a

partir do exercício de 1986. A regulamentação atual fica a cargo do Decreto 34.024, de 10 de

dezembro de 2012, publicado em 11/12/12.

Apresentaremos a legislação distrital por meio do Regulamento do IPVA, pois este reproduz os

dispositivos da Lei 7.431/85 e adiciona regramentos específicos do imposto. As disposições

legais, quando não indicadas ou reproduzidas no RIPVA, serão adicionadas ao texto.

A frota de automóveis registrada no Distrito Federal é uma das maiores do país (mais de 800

mil veículos), em decorrência do poder aquisitivo e da estrutura urbanística da cidade de

Brasília. A legislação distrital procura atender a todos os requisitos para a correta instituição do

IPVA.

Art. 1º As normas legais que dispõem sobre o Imposto sobre a

Propriedade de Veículos Automotores – IPVA, instituído por intermédio

da Lei Federal nº 7.431, de 17 de dezembro de 1985, ficam

regulamentadas na forma deste Decreto.

3 Hipóteses de incidência

O Regulamento inicia com a apresentação das hipóteses em que o imposto se torna devido, na

forma prevista pela lei distrital. O Capítulo I trata do Fato Gerador, em seus elementos

material e temporal. Iniciemos com a definição da hipótese de incidência do IPVA.

Art. 2º O IPVA é o tributo incidente sobre a propriedade, o domínio útil

ou a posse legítima de veículo automotor, que se caracteriza por

prestação pecuniária independente de atividade estatal específica que

não constitui contraprestação de serviços públicos específicos e divisíveis

relativos ao contribuinte.

Neste artigo se estabelece a relação jurídica que dá origem ao pagamento de prestação

pecuniária, independente de qualquer contraprestação de serviços. Procura-se estabelecer

uma caracterização explícita de que não se trata de um tributo com natureza de taxa, em

função de este imposto ter sido criado quando foram eliminadas as taxas rodoviárias.

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Art. 3º O fato gerador do IPVA é a propriedade, o domínio útil ou a posse

legítima de veículo automotor, registrado e licenciado, inscrito ou

matriculado no Distrito Federal, perante as autoridades de trânsito nas

vias terrestres, aquáticas ou aéreas.

A característica do imposto, comum aos tributos que incidem sobre a propriedade, define-se

pela constituição de um direito real. A base para a imposição é esse sinal de riqueza.

A legislação distrital aproveita comando da legislação complementar aplicável ao IPTU para

também configurar, por analogia, a incidência nos casos de existência de propriedade não

plena de imóveis. São os casos de direitos de uso (domínio útil) e de posse legítima de

veículos automotores.

A legislação do DF também deixa explícito que a incidência abrange outros veículos que não

apenas os utilizados nas vias terrestres.

§ 1º Para os efeitos deste Regulamento, considera-se veículo automotor

toda estrutura destinada a transporte ou locomoção de pessoas,

mercadorias ou bens, por via terrestre, aquática ou aérea, em virtude de

autopropulsão por meio de motor.

§ 2º O disposto no § 1º abrange qualquer estrutura dotada de

autopropulsão, como os veículos terrestres, as embarcações e as

aeronaves.

§ 3º É irrelevante, para fins do disposto neste artigo, que o motor seja

acoplável ou concebido originariamente na construção do veículo

automotor.

A definição da incidência se relaciona com a propriedade de veículo automotor de qualquer

espécie. Apesar da existência de decisões de tribunais superiores, a propriedade de qualquer

veículo dotado de força motriz própria, tais como as embarcações e as aeronaves, acarreta a

sujeição a este imposto. Também se considera irrelevante a utilização do veículo, seja ele

destinado a competições esportivas, ao lazer ou ao transporte de pessoas ou bens.

Ficam fora do campo de incidência apenas os veículos cuja propulsão seja dependente de força

de outra natureza, tais como bicicletas, barcos à vela, charretes puxadas por animais etc. Foi

introduzida no regulamento uma nova situação, que prevê a incidência do IPVA mesmo que o

motor possa ser desacoplado do veículo.

4 Momento do FG

Uma das características do IPVA, indicadas no Capítulo 1 de nossa obra, é ser classificado

como um tributo cujo fato gerador é periódico. Assim como os demais impostos sobre a

propriedade, o IPVA é cobrado a cada exercício, relativamente aos veículos que estejam sob a

propriedade das pessoas físicas ou jurídicas. Entretanto, como veremos no art. 4º, existem

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outros momentos em que o imposto torna-se devido, a partir do próprio exercício, desde a

data do evento.

Art. 4º Ocorre o fato gerador do imposto:

I – tratando-se de veículo importado do exterior por consumidor final,

diretamente ou por meio de terceiros, na data do desembaraço

aduaneiro;

No caso dos veículos importados do exterior, quando o processo de importação for realizado

pelo próprio consumidor final, o imposto é exigido desde a data em que os mesmos forem

desembaraçados pela autoridade aduaneira.

II – tratando-se de veículo usado:

O RIPVA agrupou neste inciso um conjunto de incidências relacionadas com veículos usados,

assim entendidos como aqueles que foram previamente licenciados no mesmo ou em outro

exercício.

a) licenciado no Distrito Federal, no 1º dia do mês de janeiro de cada

ano;

Quando a propriedade ou posse estiver configurada no exercício anterior, o imposto passa a

ser devido no dia 1º de janeiro de cada ano.

Define-se assim a principal característica do imposto – a cobrança periódica –, referente a

cada um dos exercícios civis nos quais a propriedade encontra-se constituída.

b) licenciado em outra unidade federada, na data de seu licenciamento

no Distrito Federal;

Em outros casos, o licenciamento do veículo já havia ocorrido, mas em outra unidade

federada. Nesse caso, o IPVA é devido a partir do licenciamento no DF. Deve ser observado

que, aqui, existe dispensa de pagamento se o imposto anual já tiver sido integralmente pago

em favor da UF de origem (cf. prevê o art. 28).

c) anteriormente contemplado com imunidade, não incidência ou

isenção, na data em que ocorrer o evento que der ensejo à obrigação

do pagamento do imposto;

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Quando, no decorrer de um exercício, um veículo perder a condição de tratamento especial,

considera-se que o IPVA se torna devido na data deste evento, devendo o novo proprietário

(não beneficiado pela não incidência ou isenção) efetuar o seu pagamento.

d) na data de sua recuperação ou de seu reparo, em relação a veículo

roubado, furtado ou sinistrado;

Nos casos em que o veículo objeto de sinistro for recuperado, o IPVA passa a ser devido

novamente (durante o período em que a propriedade não estiver sendo exercida, temos não

incidência).

e) na data do arremate em leilão, em relação a veículo automotor que

se encontrava ao abrigo do disposto nos artigos 5º ou 6º;

Quando o veículo desonerado passar a ser tributado e a aquisição dele ocorrer por meio de

leilão, o FG será considerado ocorrido na data da arrematação.

f) na data da incorporação de veículo automotor ao ativo permanente

do fabricante, do revendedor ou do importador.

Quando o veículo usado estiver na posse de pessoa que o tenha fabricado ou o adquirido para

comercialização, o imposto não se considera devido. O FG ocorre na alienação ao consumidor

final. Entretanto, o próprio comercializador ou fabricante pode assumir a condição de

consumidor, quando imobilizar o veículo. Neste momento também ocorre o FG do IPVA.

III – tratando-se de veículo de fabricação nacional novo:

Neste inciso foram agrupados os FGs relativos a veículos novos.

a) na data da emissão do documento translativo da propriedade ou da

posse legítima do veículo para consumidor final ou quando da

incorporação ao ativo por empresa fabricante ou revendedora de

veículo;

Quando o veículo novo fabricado no país for comercializado, considera-se ocorrido o FG,

entendendo-se como tal data aquela na qual for emitido o documento de transmissão da

propriedade – nota fiscal.

b) na data de sua recuperação, em relação a veículo roubado ou

furtado;

c) na data do arremate em leilão de veículo automotor.

Também nestes casos o veículo novo pode ter seu FG ocorrido em momentos especiais.

Parágrafo único. Considera-se novo o veículo:

I – de fabricação nacional, aquele, sem uso, que for objeto da primeira

transmissão de propriedade ou posse para consumidor final ou para o

ativo permanente de empresa fabricante ou revendedora de veículo;

II – de fabricação estrangeira, no exercício em que ocorrer seu

desembaraço aduaneiro, qualquer que seja o ano de sua fabricação.

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O parágrafo único procura identificar dois casos em que se configura a propriedade ou posse

de veículos novos.

Para os casos de veículo nacional, sem uso, este momento se concretiza quando ocorrer a

primeira transmissão da sua propriedade ou posse.

Da mesma forma, quando a aquisição se refere a veículo estrangeiro, importado do exterior,

ainda não sujeito a tributação pelo IPVA, este será considerado devido a partir da data do

desembaraço aduaneiro. Deve ser observado também que, neste segundo caso, a incidência

alcança os veículos estrangeiros novos e usados.

Não fica totalmente explicitado na legislação distrital, mas a incidência somente se configura

quando a posse ou propriedade for mantida por pessoa que possua a condição de consumidor

final.

EXTERIOR IMPORTADORCONSUMIDOR

FINAL

MONTADORA REVENDEDORCONSUMIDOR

FINAL

Ocorre o

FG do IPVANão ocorre o FG do IPVA

xPropriedade de

Mercadoria

Propriedade de

Veículo

5 Não incidência

A Seção I do Capítulo II trata da não incidência do IPVA. Além dos casos de imunidade,

relacionados com a propriedade de veículos de pessoas relacionadas no art. 150 da

Constituição Federal, encontramos casos relacionados com situações especiais quanto à

propriedade de veículos automotores.

Art. 5º O imposto não incide sobre:

I – a propriedade de veículo automotor integrante do patrimônio:

a) da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

b) dos templos, unicamente quando vinculado às suas finalidades

essenciais;

c) dos partidos políticos, inclusive suas fundações, entidades sindicais

dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência

social, sem fins lucrativos, unicamente quando vinculado às suas

finalidades essenciais e desde que: 1) não distribuam parcela do seu

patrimônio ou de suas rendas; 2) apliquem integralmente no País os

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seus recursos, na manutenção dos seus objetivos institucionais; 3)

mantenham escrituração de suas receitas e despesas em livro

revestido de formalidades capazes de assegurar a sua exatidão;

d) das Autarquias e das Fundações instituídas e mantidas pelo Poder

Público, unicamente quando vinculado às suas finalidades essenciais

ou às delas decorrentes.

A propriedade ou posse de veículos pelas pessoas relacionadas neste inciso, atendidos aos

requisitos previstos, não acarreta a incidência do IPVA no Distrito Federal.

II – a propriedade de veículo roubado, furtado ou sinistrado, desde que o

fato seja objeto de ocorrência policial.

A outra forma de não incidência aplica-se aos casos em que a propriedade ou posse do veículo

automotor foi desconstituída em função de sinistros, devidamente acompanhados do registro

policial.

§ 1º A não incidência prevista no inciso I deste artigo será reconhecida:

I – com base nas informações constantes do Cadastro de Veículos do

Departamento de Trânsito do Distrito Federal: a) na hipótese prevista na

alínea “a” do inciso I do caput deste artigo, bastando a comprovação de

que o veículo é de propriedade da União, de um Estado, do Distrito

Federal ou de um Município; b) na hipótese prevista na alínea “d” do

inciso I do caput deste artigo, apenas em relação aos veículos que

estiverem vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas

decorrentes.

É requisito determinado aos entes públicos o devido registro no órgão de trânsito do DF,

limitados os veículos vinculados às atividades essenciais.

II – nas hipóteses previstas nas alíneas “b” e “c” do inciso I do caput,

assim como nas situações não alcançadas pela alínea “b” do inciso I do

§1º, ambos deste artigo, mediante requerimento do interessado, por ato

da Secretaria de Estado de Fazenda.

Nos demais casos, a não incidência dependerá de prévio reconhecimento da administração.

§ 2º Declarada a não incidência, ficam os beneficiários obrigados a

comunicar ao órgão que administra o tributo qualquer alteração que

implique a cessação do benefício, no prazo de 30 trinta dias, a contar da

data em que ocorrer a alteração.

§ 3º Constatada a ausência de comunicação de que trata o § 2º, será

cobrado do contribuinte que tenha perdido a condição de beneficiário o

imposto atualizado monetariamente, com os acréscimos legais, sem

prejuízo das sanções penais cabíveis, quando for o caso.

As alterações na situação do veículo devem ser comunicadas sob pena de pagamento do

imposto com acréscimos e demais sanções.

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§ 4º Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se veículo

sinistrado, conforme a legislação pertinente, aquele retirado de

circulação em razão de laudo de perda total.

§ 5º A não incidência sobre veículo sinistrado condiciona-se à

apresentação de documento oficial que comprove a baixa de registro ou

inscrição no órgão de trânsito do Distrito Federal.

No caso de veículo sinistrado (perda total), é requisito o documento que comprove a baixa do

veículo no órgão de trânsito.

§ 6º A não incidência de que trata o inciso II deste artigo, vigente até 31

de dezembro de 2015, opera-se no exercício imediatamente posterior ao

fato e será reconhecida mediante requerimento do contribuinte,

apresentado a qualquer tempo, acompanhado de cópia da ocorrência

policial.

A não incidência só alcança o imposto devido a partir do exercício seguinte ao evento.

§ 7º Nos casos de roubo e furto, a não incidência prevalece até o

momento em que o veículo for recuperado, observado o disposto no §6º.

Em caso de recuperação do veículo a não incidência deixa de operar.

§ 8º Serão remitidas, até 31 de dezembro de 2015, as parcelas

vincendas do IPVA referente ao exercício em que ocorrer o evento

determinante da não incidência de que trata o inciso II deste artigo, não

cabendo restituição de importâncias já pagas.

§ 9º A remissão de que trata o § 8º será concedida com fundamento nas

informações constantes do cadastro de veículos do órgão público

competente para registro e licenciamento, inscrição ou matrícula do

veículo, e só se aperfeiçoará ao final do exercício da concessão do

benefício, observado o disposto nos §§ 10 e 11 deste artigo.

As parcelas do IPVA a vencerem até o final de 2015 serão remitidas, não cabendo a devolução

no caso de já terem sido pagas.

Ano I Sinistro Ano II

REMISSÃO NÃO INCIDÊNCIA

§ 10. A critério da autoridade fiscal, a não incidência poderá ser

concedida de ofício, na forma do § 9º.

§ 11. Recuperado o veículo, o contribuinte comunicará o fato à

Subsecretaria da Receita, no prazo de trinta dias, contado da data do

recebimento do veículo recuperado.

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§ 12. Na hipótese do § 11, a base de cálculo será reduzida em 1/12 (um

doze avos) por mês do ano-calendário transcorrido, a partir do segundo

mês do exercício.

§ 13. A não comunicação da recuperação do veículo implica presunção

relativa de que a recuperação ocorreu no mesmo dia do furto ou roubo

do veículo, aplicando-se as penalidades dispostas no inciso III dos arts.

20 e 21.

A recuperação do veículo acarreta a necessidade de recolher o IPVA referente aos meses

posteriores ao exercício. Na falta de comunicação, presume-se que o veículo foi recuperado

nos mesmo mês do evento.

§ 14. Sem prejuízo do disposto no § 2º, caso os veículos adquiridos pelas

Autarquias e pelas Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público

não estejam vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas

decorrentes, os referidos entes devem, no prazo de 30 (trinta) dias

contado da aquisição, comunicar o fato à Secretaria de Estado de

Fazenda do Distrito Federal.

§ 15. A não observância ao disposto no parágrafo anterior implicará a

cobrança do imposto atualizado monetariamente, com os acréscimos

legais, sem prejuízo das sanções penais cabíveis, quando for o caso.

Em se tratando de veículos de órgãos públicos não utilizados na atividade-fim, a falta de

comunicação acarreta a cobrança do imposto com os acréscimos e sanções cabíveis.

6 Isenções

Na Seção II temos os casos em que incide o IPVA, mas a Lei Distrital dispensa o seu

pagamento, por isenção. Temos diversas formas de previsões – veículos que possuem motor,

mas não são propriamente utilizados para transporte (agrícolas e de terraplanagem),

propriedade de pessoas dotadas de certas condições, quando houver determinados usos de

veículos etc. As bancas examinadoras costumam explorar estas disposições. Além das

determinações presentes no RIPVA, temos uma isenção concedida por meio da Lei 812/94.

A Lei 4.071, de 27 de dezembro de 2007, determinou que até 2011 as isenções tenham um

tratamento especial, regrado em seu art. 3º, com as alterações da Lei 4.292, de 26 de

dezembro de 2008.

Art. 6º São isentos do pagamento do imposto até 31 de dezembro de

2015:

I – o trator de roda, o trator de esteira ou o trator misto destinado à

execução de trabalho agrícola ou de terraplanagem, desde que transitem

apenas na propriedade ou nas áreas em que são utilizados;

Quando o veículo for utilizado na atividade de agricultura, transitando apenas na propriedade,

fica isento do IPVA. Segundo a redação dada pela Lei 4.071/08, aplica-se apenas aos tratores

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de roda, aos tratores de esteira ou aos tratores mistos destinados à execução de trabalho

agrícola.

II – os veículos pertencentes às missões diplomáticas e aos membros do

corpo diplomático acreditados junto ao Governo Brasileiro, bem como os

pertencentes aos funcionários estrangeiros das mencionadas missões,

sob condição de reciprocidade no país sede da missão considerada;

Os veículos de propriedade das pessoas de direito público externo ficam isentos. Se o país-

sede conceder tratamento semelhante, a isenção se estende aos veículos de propriedade dos

funcionários estrangeiros.

III – os veículos pertencentes aos organismos internacionais com

representação no Distrito Federal, bem como os pertencentes aos

funcionários estrangeiros dos mencionados organismos, sob condição de

reciprocidade no país sede do organismo considerado;

Os veículos dos organismos internacionais com representação no DF, assim como os de seus

funcionários (neste caso, se houver reciprocidade no país-sede do órgão), são isentos.

IV – os veículos destinados ao transporte público de pessoas

comprovadamente registrados na categoria de aluguel (táxis), quando

pertencentes a profissionais autônomos ou cooperativas de motoristas;

Os veículos de taxistas autônomos ou cooperativados se enquadram em outro caso de isenção.

V – veículos de propriedade de pessoa portadora de deficiência física,

visual, mental severa ou profunda, ou autista, observado o seguinte:

a) para os efeitos deste regulamento, é considerada pessoa portadora

de:

1) deficiência física, aquela que apresenta alteração completa ou

parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando

o comprometimento da função física, apresentando-se sob a

forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia,

tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia,

hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia

cerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida,

exceto as deformidades estéticas e as que não produzam

dificuldades para o desempenho de funções;

2) deficiência visual, aquela que apresenta acuidade visual igual ou

menor que 20/200 (tabela de Snellen) no melhor olho, após a

melhor correção, ou campo visual inferior a 20º, ou ocorrência

simultânea de ambas as situações;

b) o veículo automotor deverá ser adquirido diretamente pelo portador

da deficiência física e, no caso do interdito, pelo curador;

c) adotar-se-á a definição dada no ato conjunto editado pela Secretaria

Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República e pelo

Ministério da Saúde, de que trata o § 4º do art. 1º da Lei nº 8.989,

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de 24 de fevereiro de 1995, na redação dada pela Lei nº 10.690, de

16 de junho de 2003, para fins de conceituação de pessoa portadora

de deficiência mental severa ou profunda, ou autista, bem como as

normas e requisitos para emissão dos laudos de avaliação;

d) o curador responde solidariamente pelo Imposto que deixar de ser

pago em razão da isenção de que trata este inciso;

e) admitir-se-ão como adaptação especial, para os fins da alínea “a”,

número 1, o câmbio automático ou hidramático e a direção hidráulica.

Atendidos aos requisitos, os veículos de propriedade de pessoas com deficiência física, visual

ou mental ou de autistas são isentos, incluindo os seus curadores.

VI – exclusivamente no primeiro exercício da aquisição, os ônibus e

micro-ônibus novos destinados ao transporte público coletivo urbano,

assim entendido aquele prestado mediante concessão ou permissão e

fiscalização do Poder Público;

A tributação inicial referente ao exercício de aquisição de ônibus e micro-ônibus novos

utilizados no serviço de transporte coletivo fica excluída.

VII - as entidades da administração indireta, autárquica e fundacional do

Distrito Federal;

Os veículos de propriedade dos entes públicos do DF não beneficiados com a imunidade ficam

isentos do imposto.

VIII – os veículos com tempo de uso superior a 15 (quinze) anos;

Quando o período de uso for superior a 15 anos, o veículo terá isenção Nas demais UFs, este

prazo costuma ser definido pelo tempo de fabricação.

IX – as pessoas jurídicas que cederem gratuitamente veículos de sua

propriedade ao Programa de Assistência ao Cidadão Carente do Distrito

Federal – PACC, criado pela Lei nº 2.349, de 22 de abril de 1999, no

percentual de cinquenta por cento, relativamente aos veículos cedidos.

Neste caso, a cessão torna isento o veículo de propriedade de terceiros.

X – os ciclomotores, as motocicletas e motonetas destinadas à prestação

do serviço de coleta, transporte e entrega de pequenas cargas e

documentos, denominado motofrete;

O serviço de cargas rápidas por meio de motos assegura a isenção para os veículos utilizados

nesta atividade.

XI – os ônibus, micro-ônibus e outros veículos destinados ao transporte

coletivo escolar, regularmente registrados junto ao DETRAN/DF na

categoria escolar;

O transporte de escolares, realizado por quaisquer pessoas, também torna os veículos isentos.

Antes a isenção era apenas para os motoristas autônomos.

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XII – os veículos novos, no ano de sua aquisição, condicionados ao

atendimento das seguintes condições:

a) o veículo deve ter sido adquirido de estabelecimento revendedor

localizado no Distrito Federal, por consumidor final que esteja em

situação regular perante a Fazenda Pública do Distrito Federal;

b) o contribuinte beneficiário não pode estar inscrito na dívida ativa do

Distrito Federal;

c) o contribuinte beneficiário, quando for pessoa jurídica, terá que

comprovar sua regularidade junto à Seguridade Social, ao Fundo de

Garantia por Tempo de Serviço e à Fazenda Pública do Distrito

Federal, bem como não utilizar em seu processo produtivo mão de

obra baseada no trabalho de crianças e de adolescentes, em

desacordo com o disposto no art. 7º, XXXIII, da Constituição Federal,

e no art. 131, III, da Lei Orgânica do Distrito Federal.

Uma nova isenção, definida a partir de 2011, é que beneficia a aquisição de veículos novos,

relativamente ao imposto devido no ano de sua aquisição. O IPVA será regularmente exigido

em 1º de janeiro do próximo exercício.

XIII – os veículos cujas isenções decorrerem do tratado internacional

aprovado pelo Decreto Legislativo nº 776, de 17 de setembro de 2004,

do Congresso Nacional, e promulgado pelo Decreto Federal nº 5.436, de

28 de abril de 2005.

Os veículos utilizados no âmbito do tratado internacional aeroespacial com a Ucrânia também

ficam isentos do IPVA.

§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III, a isenção será declarada por ato

da autoridade que administra o tributo, mediante requerimento das

partes interessadas, à vista de documentos fornecidos pelo Ministério das

Relações Exteriores.

§ 2º O Ministério das Relações Exteriores comunicará ao órgão que

administra o tributo qualquer alteração que implique a cessação do

benefício concedido na forma do § 1º.

Nos dois primeiros incisos, temos as regras sobre a dispensa do IPVA para os entes

estrangeiros, sejam as embaixadas ou as entidades não governamentais.

§ 3º A comprovação do registro do veículo na categoria de aluguel

(táxis), quando pertencente a profissional autônomo taxista, poderá

ocorrer, relativamente à data da emissão do documento translativo da

propriedade ou à data da posse legítima do veículo, em até:

I – 30 (trinta) dias, no caso de veículo novo;

II – 15 (quinze) dias, no caso de veículo usado, registrado na categoria

aluguel (táxi) na data da alienação e adquirido de profissional autônomo

taxista.

§ 4º Atendido o § 3º, o benefício de que trata o inciso IV do caput

estender-se-á para o exercício seguinte, observado o prazo previsto no

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caput deste artigo, desde que a aquisição ou transferência do veículo

ocorra até:

I – o último mês do exercício, no caso de veículo novo;

II – a última quinzena do exercício, no caso de veículo usado, registrado

na categoria aluguel (táxi) na data da alienação.

§ 5º Na hipótese de veículo usado contemplado pela isenção prevista no

inciso IV do caput, alienado para profissional autônomo taxista que

atenda ao disposto no § 3º, II, deste artigo, o mencionado benefício

produzirá efeitos até a data da alienação desse veículo usado, desde que

o ato de transmissão ocorra em até 15 (quinze) dias, contados da data

da aquisição de outro veículo a ser utilizado como táxi pelo alienante.

§ 6º Sem prejuízo do disposto no § 5º, o benefício previsto no inciso IV

do caput:

I – aplica-se: a) ao veículo registrado na categoria aluguel (táxi)

integrante de espólio do profissional autônomo que teria direito à

isenção, a partir da data da abertura da sucessão até a data de

efetivação da partilha; b) ao veículo registrado na categoria aluguel

(táxi) que, em razão de partilha, seja propriedade de cônjuge

sobrevivente do profissional autônomo que teria direito à isenção, a

partir da data da efetivação da partilha até a data da baixa do registro do

veículo da categoria aluguel (táxi);

II – limita-se a um veículo por contribuinte, exceto quando se tratar de

cooperativas de motoristas;

III – somente poderá ser concedido a profissional autônomo que seja

proprietário de apenas um veículo enquadrado na categoria aluguel

(táxi).

Os requisitos e as condições para a fruição do benefício para táxis estão previstos nestes

quatro parágrafos.

§ 7º Para efeito do disposto no inciso V do caput, o requerimento de

isenção será instruído com laudo médico, emitido por prestador de

serviço público de saúde, por serviço privado de saúde que integre o

Sistema Único de Saúde (SUS) ou pelo DETRAN-DF, que deverá,

obrigatoriamente e na forma definida em ato da Secretaria de Estado de

Fazenda, atestar o autismo ou especificar o tipo de deficiência ou

necessidade especial do requerente.

§ 8º No caso previsto no inciso V do caput, a isenção limita-se a um

veículo por contribuinte.

§ 9º Os profissionais autônomos e os portadores de deficiência física, já

contemplados respectivamente com as isenções previstas nos incisos IV

e V do caput, poderão obter o benefício para veículo novo no ano da

aquisição, caso em que cessarão os efeitos da isenção sobre o veículo

usado, a partir da data de aquisição do veículo novo, sem prejuízo do

disposto no § 3º, I, e § 5º deste artigo.

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§ 10. Aplica-se o disposto no § 9º quando o veículo usado, já

contemplado com isenção, tiver sido furtado ou roubado, observada a

hipótese do § 7º do art. 5º.

Os requisitos adicionais para a isenção das pessoas com deficiência são indicados nestes

parágrafos.

§ 11. Ato do Secretário de Estado de Fazenda poderá dispor sobre

procedimento unificado para fins da concessão de isenção do IPVA e do

Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre

Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de

Comunicação – ICMS, para os contribuintes a que se referem os incisos

IV e V do caput.

No caso de táxis e de veículos de propriedade de deficientes, como existem benefícios para o

ICMS e para o IPVA, pode ser baixado ato da SEFAZ disciplinando procedimentos comuns.

§ 12. A critério da Subsecretaria da Receita da Secretaria de Estado de

Fazenda, as isenções de que tratam os incisos I a V, VII, X e XI do caput

poderão ser reconhecidas, independentemente de requerimento, com

fundamento nas informações prestadas pelo Ministério das Relações

Exteriores ou constantes do cadastro de permissionários da Secretaria de

Estado de Transportes, e do Cadastro de Veículos do Departamento de

Trânsito do Distrito Federal (DETRAN/DF), na data da ocorrência do fato

gerador.

A SEFAZ poderá dispensar o procedimento para que as isenções sejam reconhecidas

individualmente, adotando alternativamente as informações prestadas pelos diversos órgãos

de cadastro de veículos e de entes.

§ 13. Para fins da isenção de que trata o inciso XII do caput, é

considerada, além da aquisição da propriedade, a posse detida, em

decorrência de arrendamento mercantil de veículo automotor novo, no

ano de seu arrendamento, por consumidor final, de estabelecimento

revendedor localizado no Distrito Federal, observadas as demais

condições previstas no referido inciso.

A isenção temporária para veículos novos é estendida aos casos em que a posse decorre de

contrato de arrendamento mercantil do veículo.

§ 14. A isenção de que trata o inciso XII do caput não será concedida a

empresário ou sociedade empresária que utilize em seu processo

produtivo mão de obra baseada no trabalho de crianças e de

adolescentes, em desacordo com o disposto no art. 7º, XXXIII, da

Constituição Federal, e no art. 131, III, da Lei Orgânica do Distrito

Federal.

Temos aqui mais uma vedação para a fruição do benefício sobre veículos

novos.

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§ 15. Perde o direito à isenção de que trata o inciso XII do caput o

contribuinte que transferir o veículo para outra unidade da federação no

ano de sua aquisição, situação em que o imposto deverá ser recolhido

monetariamente atualizado, na forma da legislação vigente.

Quando se tratar da isenção geral para veículos novos, o imposto torna-se devido caso o

veículo seja transferido para outra unidade da Federação.

§ 16. Para efeito do disposto no inciso XII do caput, considera-se em

situação regular perante a Fazenda Pública do Distrito Federal o

contribuinte beneficiário que:

I – não esteja inscrito no cadastro de dívida ativa do Distrito Federal;

II – tratando-se de pessoa jurídica, além do disposto no inciso I, não

esteja com a inscrição no cadastro fiscal do Distrito Federal suspensa ou

cancelada na data de emissão da nota fiscal relativa à aquisição do

veículo.

§ 17. Para efeito do disposto na alínea “a” do inciso XII do caput, a

comprovação da aquisição do veículo novo é efetuada por meio da

respectiva nota fiscal;

Ainda para o caso da isenção no primeiro ano, temos a definição do que se considera situação

regular e também a forma de comprovação de que se trata de veículo novo.

§ 18. A isenção de que tratam os incisos I, II, III, V, VII, IX, X e XI do

caput, uma vez reconhecida, surtirá efeito para os exercícios posteriores,

enquanto prevalecerem as razões que a fundamentaram, observado o

prazo previsto no caput deste artigo.

As isenções indicadas neste parágrafo dependem de reconhecimento por meio de processo,

ficando mantidas automaticamente (sem novo pedido a cada ano) enquanto durar o prazo

previsto, e desde que não se alterem as condições que as fundamentem.

§ 19. O limite temporal a que se refere o caput não se aplica ao disposto

no inciso XIII deste artigo.

O prazo-limite relativo ao final do exercício de 2015 não se aplicará ao inciso que trata do

acordo Brasil-Ucrânia.

§ 20. Concedida a isenção, ficam os beneficiários obrigados a comunicar

ao órgão que administra o tributo qualquer alteração que implique a

cessação do benefício, no prazo de trinta dias, a contar da data em que

ocorrer a alteração.

O contribuinte beneficiário fica obrigado a comunicar as alterações que acarretem a perda do

direito à isenção, dentro de, no máximo, 30 dias do evento modificador.

§ 21. Nas hipóteses de isenção de que trata este artigo, serão

considerados, além da propriedade, o domínio útil ou a posse detidos em

decorrência de alienação fiduciária ou de arrendamento mercantil.

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Em todas as situações indicadas, o benefício se estende aos casos em que o veículo estiver em

posse do seu detentor em razão de contratos de alienação fiduciária ou de leasing.

§ 22. Constatado que o beneficiário e o órgão a que se refere o § 2º

deixaram de comunicar à repartição fiscal a alteração da situação que

ensejou o benefício, será cobrado o imposto atualizado monetariamente,

com os acréscimos legais, sem prejuízo das sanções penais cabíveis,

quando for o caso.

A falta de comunicação das modificações que tornem indevida a isenção permite que se

apliquem as sanções previstas neste parágrafo aos beneficiários ou ao órgão indicado no § 2º.

§ 23. A regularidade do registro junto ao DETRAN, a que se refere o

inciso XI do caput, comprova-se pela autorização de tráfego válida

durante todo o exercício da concessão do benefício, inclusive no

momento da ocorrência do fato gerador.

§ 24. A primeira autorização de tráfego de que trata o § 22 poderá

ocorrer em até 30 dias, relativamente à data da emissão do documento

translativo da propriedade ou à data da posse legítima do veículo.

Para fins de regularidade junto ao órgão de trânsito, é necessária a validade da autorização

anual de tráfego.

§ 25. O requerimento de reconhecimento das isenções de que trata este

artigo poderá ser apresentado a qualquer tempo, enquanto não

expirados os prazos decadencial ou prescricional.

O pedido de reconhecimento pode ser feito a qualquer tempo.

§ 26. A isenção, quando não concedida em caráter geral, será

reconhecida, em cada caso, por ato declaratório da autoridade que

administra o tributo, em requerimento no qual o interessado faça prova

do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos

previstos neste Decreto, sem prejuízo do disposto no parágrafo único do

art. 83 do Decreto nº 33.269 de 18 de outubro de 2011.

As isenções não gerais serão reconhecidas por meio de processo que culmina na expedição de

ato declaratório da autoridade fiscal, depois da apresentação pelo beneficiário dos documentos

exigidos.

§ 27. As condições de reciprocidade de que tratam os incisos II e III do

caput, a critério da Secretaria de Estado de Fazenda, poderão ser

atestadas diretamente junto ao DETRAN-DF, no momento do registro do

veículo, ensejando, neste caso, a dispensa do ato declaratório de

reconhecimento do benefício.

Nos casos da isenção de entes estrangeiros, poderá ser dispensada a emissão de ato, desde

que as comprovações sejam efetuadas no momento do registro no DETRAN.

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§ 28. A publicidade dos atos de deferimento, indeferimento ou

reconhecimento de isenção dar-se-á na forma do art. 95 do Decreto

33.269, de 18 de outubro de 2011.

As respostas aos pedidos de isenção serão por meio da publicação de atos declaratórios.

§ 29. Ato da Secretaria de Estado de Fazenda disciplinará a forma de

requerimento e os demais procedimentos para a concessão das isenções

previstas neste artigo.

7 Sujeição passiva

No seu Capítulo III, o RIPVA apresenta as definições sobre o elemento pessoal do imposto,

relacionando os contribuintes e os responsáveis pelo seu pagamento. A sujeição passiva direta

se relaciona com a propriedade do veículo. Além dessa relação direta, temos situações em que

a legislação determina que outras pessoas, em caráter solidário, venham a ser responsáveis

pelo pagamento do IPVA.

Art. 7º Contribuinte do imposto é a pessoa natural ou jurídica residente

ou domiciliada no Distrito Federal:

A sujeição passiva se aplica sobre as pessoas físicas ou jurídicas, residentes ou domiciliadas no

DF, presumindo que estas, segundo a legislação de trânsito, devem ter promovido o

licenciamento dos veículos automotores de sua propriedade.

I – proprietária, a qualquer título, de veículo automotor sujeito a

licenciamento pelos órgãos competentes;

Estando o veículo sujeito a licenciamento por órgãos competentes (DETRAN, ANAC e Capitania

dos Portos), seu proprietário a qualquer título assume a condição de contribuinte.

II – titular do domínio útil do veículo, nos casos de locação e

arrendamento mercantil;

No caso de locação e arrendamento mercantil, podemos ter a empresa titular da propriedade

ou do domínio direto em outra unidade federada. A legislação distrital coloca o locatário e o

arrendatário (possuidor do domínio útil) localizados no território do DF na condição de

contribuintes.

Locatário

DF

Arrendatário

DF

Locador

DF ou outra

UF

Arrendador

DF ou outra

UF

Domínio Útil CONTRIBUINTES

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III – detentoras da posse legítima do veículo, inclusive quando

decorrente de alienação fiduciária em garantia, ou gravado com cláusula

de reserva de domínio.

Também se enquadra como contribuinte a pessoa que possua a posse legítima de veículo. É

explicitada a condição do devedor fiduciário, que detém a posse, mesmo tendo alienado o

domínio como garantia pelo empréstimo obtido junto ao fiduciante.

Devedor

Fiduciário

DF

Fiduciante

DF ou outra

UF

Domínio Direto

CONTRIBUINTE

§ 1º Os débitos não cobertos pelo valor apurado com a venda de sucata

ou de veículo, quando leiloados por órgão ou entidade componente do

Sistema Nacional de Trânsito, nos termos do art. 328 da Lei nº 9.503, de

23 de setembro de 1997, serão vinculados somente ao proprietário do

veículo, ficando afastada a responsabilidade do arrematante quanto às

dívidas anteriores à arrematação.

Nos casos em que for procedido leilão realizado por órgão de trânsito, o valor dos débitos não

solvidos não será repassado ao arrematante.

§ 2º Em caso de aplicação de pena de perdimento de veículo em favor de

ente público, os débitos de IPVA referentes ao veículo, até a data da

referida decisão, são de responsabilidade de seu proprietário à época da

prática da infração punida com o perdimento.

O mesmo ocorre em relação aos débitos anteriores existentes sobre os veículos objeto de pena

de perdimento (aplicada usualmente pela RFB).

Art. 8º São solidariamente responsáveis pelo pagamento do imposto:

A sujeição indireta no Distrito Federal será sempre solidária, entre o contribuinte e a pessoa

indicada neste artigo.

I – o adquirente, em relação ao veículo adquirido sem o pagamento do

imposto do exercício ou exercícios anteriores;

Quando o adquirente (novo proprietário) não verificar o pagamento do imposto em relação aos

exercícios anteriores, ficará solidário com o vendedor (antigo proprietário).

II – o titular do domínio útil ou o possuidor a qualquer título;

No caso deste inciso, a legislação considera as pessoas que não possuam a propriedade plena

dos veículos. O tributo, nesses casos, pode ser cobrado dos titulares do domínio útil do veículo

ou daqueles que estiverem na condição de possuidores, a qualquer título, do mesmo.

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III – o proprietário de veículo de qualquer espécie, que o alienar e não

comunicar a ocorrência ao órgão público encarregado do registro e

licenciamento, inscrição ou matrícula;

Quando o vendedor (antigo proprietário) não comunicar à autoridade encarregada do registro

e licenciamento de veículos a sua alienação, fica solidário em relação aos pagamentos de

exercícios posteriores, de forma solidária com o adquirente (novo proprietário).

VENDEDOR COMPRADORALIENAÇÃO

Imposto Período 1 Imposto Período 2

Contribuinte Contribuinte

Responsável se

não verificar o

pagamento

Responsável se

não comunicar

a alienação

INCISO IINCISO III

IV – o funcionário que autorizar ou efetuar o registro e licenciamento,

inscrição ou matrícula de veículo, sem a prova de pagamento ou do

reconhecimento de isenção ou imunidade do imposto;

Além dos proprietários, os servidores que autorizarem os assentamentos sobre o licenciamento

dos veículos sem a prova de pagamento ou da desoneração do imposto ficam

responsabilizados solidariamente.

V – o adquirente a que se refere o art. 6º, § 3º, II e § 5º, deste

Regulamento.

Os adquirentes de veículos usados anteriormente utilizados como táxis, caso o taxista não

adquira outro veículo nos prazos definidos.

§ 1º A solidariedade prevista neste artigo não comporta benefício de

ordem.

O Fisco poderá escolher sobre quem recairá a exigência. Assim, por exemplo, o imposto pode

ser cobrado do proprietário do veículo ou do servidor que promover o registro sem a prova de

pagamento do IPVA.

§ 2º O órgão público responsável pelo registro e licenciamento, inscrição

ou matrícula de veículo automotor somente efetuará a sua transferência,

no prazo a que se refere o inciso V do art. 16, quer dentro do Distrito

Federal, quer para outra unidade da Federação, condicionada à

liquidação de todos os débitos tributários vencidos relativos ao veículo,

inclusive as parcelas vincendas do imposto no exercício em curso,

observado o disposto no inciso IV do caput deste artigo.

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A transferência da titularidade só poderá ser efetuada com a liquidação do imposto, quando

este for devido.

Art. 9º Não haverá solidariedade na hipótese de haver certidão negativa

de débitos tributários relativos ao veículo, expedida pelo órgão

competente, na data da transferência.

Existindo certidão negativa expedida nos termos previstos pelos parágrafos deste artigo, não

haverá solidariedade do adquirente.

§ 1º A certidão negativa será exigida em toda transferência de

propriedade de veículo automotor, quer dentro do Distrito Federal, quer

para outra unidade da Federação, pelo órgão público competente para

seu registro e licenciamento, inscrição ou matrícula.

§ 2º A certidão negativa será expedida pelas Agências de Atendimento

da Receita ou obtida por meio da internet no sítio

www.fazenda.df.gov.br, caso que deverá estar acompanhada da

respectiva validação.

§ 3º A expedição da certidão negativa, pelas Agências de Atendimento

da Receita, será feita diretamente ao proprietário do veículo, ao seu

representante legal ou ao promitente comprador, desde que

expressamente autorizado pelo proprietário, sendo obrigatória, no

momento da solicitação, a apresentação de documento de identificação

do requerente e de documento de transferência exigido pelo órgão

público competente.

8 Alíquotas

Nos Capítulos IV e V, o RIPVA se preocupa em fixar as regras para identificar o valor do IPVA

que será devido ao Distrito Federal, identificando as alíquotas aplicáveis e determinando como

será delimitada a base imponível sobre cada tipo de incidência, respeitando o conceito de valor

venal dos veículos automotores.

Segundo o comando constitucional, podemos ter alíquotas diferenciadas quanto ao IPVA, mas

esta diferenciação deve estar relacionada com o tipo e a utilização do veículo. Vejamos como a

legislação distrital determina as alíquotas.

Art. 10. As alíquotas do IPVA, observado o disposto no § 3º, são:

A diferenciação por tipo de veículo fica explicitada neste artigo, que apresenta três alíquotas

principais. Deve ser observado que estas alíquotas são alteradas nos três exercícios futuros

para os veículos novos beneficiados pela isenção na primeira incidência.

I – para veículos terrestres, consoante a classificação e a definição do

art. 96 e do Anexo I, ambos da Lei Federal nº 9.503, de 23 de setembro

de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro:

a) 1% (um por cento), para aqueles:

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1) de carga com lotação acima de 2.000 kg, caminhões-tratores,

micro-ônibus, ônibus e tratores de esteira, de rodas ou mistos;

2) destinados exclusivamente à locação, de propriedade de pessoa

jurídica com atividade de locação de veículos (CNAE FISCAL

77.11-0-00 – Locação de automóveis sem condutor),

devidamente comprovada junto à Subsecretaria da Receita da

Secretaria de Estado de Fazenda, ou cuja posse esta detenha

em decorrência de contrato de arrendamento mercantil ou de

alienação fiduciária, limitada ao período em que o veículo for

efetivamente utilizado com a finalidade específica de locação.

b) 2% (dois por cento), para ciclomotores, motocicletas, motonetas,

quadriciclos e triciclos;

Nesse primeiro inciso, temos as alíquotas para veículos terrestres de transporte de cargas e de

passageiros e tratores, bem como aqueles destinados a alocação, tributados com a menor

alíquota, e os veículos de menos de quatro rodas (biciclos e triciclos).

II – 3% (três por cento), para automóveis, caminhonetes, caminhonetas,

utilitários e outros veículos não discriminados no inciso I, bem como

embarcações, aeronaves e demais estruturas dotadas de autopropulsão.

Os veículos aéreos e aquáticos e os veículos terrestres não indicados no inciso anterior são

tributados pela alíquota de 3%. É o caso dos veículos de passeio ou de uso misto.

§ 1º Relativamente aos veículos de que trata o número 2, alínea “a”,

inciso I, o contribuinte, ao cessar a utilização com a finalidade específica

de locação, deverá, no prazo de trinta dias, contados do fato que

motivou a cessação, recolher a diferença proporcional do imposto em

função das alíquotas previstas nos incisos do caput, obedecido ao

disposto no § 7º do art. 11.

§ 2º A proporcionalidade de que trata o § 1º será calculada a partir do

mês subsequente à cessação da atividade de locação.

Terminada a destinação ao uso para aluguel, o imposto remanescente do período será

recolhido em 30 dias, observada a redução proporcional da BC pelo número de meses já

decorridos, excluindo-se o mês do evento.

§ 3º Para os três exercícios subsequentes ao da aquisição de veículo

novo as alíquotas são:

I – 1,25% (um inteiro e vinte e cinco centésimos por cento) para

veículos de carga com lotação acima de 2.000 kg, caminhões-tratores,

micro-ônibus, ônibus e tratores de esteira, de rodas ou mistos;

II – 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para ciclomotores,

motocicletas, motonetas, quadriciclos e triciclos;

III – 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para automóveis,

caminhonetes, caminhonetas, utilitários e demais veículos não

discriminados nos incisos anteriores.

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§ 4º A majoração de alíquota prevista no § 3º aplica-se apenas aos

veículos novos, a que se refere o inciso XII do art. 6º, beneficiados com

a isenção do IPVA concedida exclusivamente no exercício de aquisição.

No caso dos veículos novos beneficiados com isenção do IPVA no ano de aquisição, haverá

uma compensação de pagamento nos três exercícios seguintes, por meio de majoração da

alíquota.

Ano Aquisição Ano + 1 Ano + 2 Ano + 3 Ano + 4

Inciso I – a Isento 1,5% 1,5% 1,5% 1%

Inciso I – b Isento 2,5% 2,5% 2,5% 2%

Inciso II Isento 3,5% 3,5% 3,5% 3%

9 Base de cálculo

No que refere à base de cálculo do IPVA, as disposições encontram-se no art. 11 (Capítulo V

do RIPVA-DF).

Art. 10. A base de cálculo do imposto é o valor venal do veículo

automotor.

Como no caso dos demais impostos sobre a propriedade, a base de cálculo é definida pelo

valor de realização do bem. O valor venal (valor pelo qual se realizaria a venda) é o ponto de

partida para a definição desta grandeza.

§ 1º Para efeitos de obtenção do valor venal de que trata o caput, será

observado:

Como o FG do IPVA se manifesta em condições distintas (em especial nos casos de

constituição da propriedade), é preciso verificar como este “valor de mercado” será definido

em cada caso.

I – no caso de veículo novo:

O primeiro grupo de definições trata dos veículos novos.

a) de fabricação nacional:

1) o preço comercial tabelado pelos órgãos competentes ou, na sua

falta, o preço à vista constante do documento fiscal emitido pelo

revendedor, incluído o valor dos opcionais e acessórios;

Quando da aquisição de veículo novo fabricado no país, será utilizado de forma preferencial o

valor fixado por órgão federal competente. Na prática, não temos esse preço e prevalece o

comando seguinte, pelo qual se considera o valor da operação de venda, independentemente

do valor de mercado. Devem ser considerados na BC o valor dos acessórios e opcionais.

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2) incorporado ao ativo permanente do fabricante, revendedor ou

importador, o valor do custo de aquisição, constante do

documento fiscal relativo à aquisição, ou do custo de fabricação;

Em caso de incorporação de veículos ao ativo do fabricante ou revendedor, a base de cálculo é

o valor de custo, de fabricação ou de aquisição.

b) importado do exterior, o valor constante do documento de

importação, acrescido dos valores dos tributos incidentes e quaisquer

despesas aduaneiras devidos pela importação, por ocasião do

desembaraço aduaneiro, ainda que não recolhidos pelo importador;

Quando o proprietário final adquire o veículo novo diretamente do exterior, a base de cálculo

será determinada pelo valor da importação, indicado na documentação referente ao

desembaraço.

II – no caso de veículo terrestre usado, o valor fixado em tabelas

aprovadas anualmente em lei, observado o disposto no § 3º;

No caso de veículos terrestres usados (propriedade já constituída no exercício anterior), o

valor venal é o fixado nas tabelas anuais, elaboradas na forma prevista no parágrafo terceiro.

III – no caso de embarcação ou aeronave usadas, observado o disposto

no § 2º:

a) o valor usualmente praticado no mercado do Distrito Federal

declarado pelo contribuinte no exercício de 2012, observado o

disposto no inciso II, § 1º e § 2º do art. 14;

b) o valor fixado em tabelas aprovadas anualmente em lei, nos demais

exercícios;

Para os veículos usados não terrestres, são aplicadas as regras desse inciso. No ano de 2013,

o valor venal será aquele declarado pelo contribuinte, e, nos exercícios futuros, os que forem

fixados em lei.

IV – no caso de demais estruturas usadas dotadas de autopropulsão, o

disposto nas alíneas “a” e “b” do inciso III;

O mesmo tratamento do inciso anterior se aplica aos demais veículos autopropulsados (balsas,

plataformas etc.).

V – no caso de arremate em leilão, o valor da arrematação, acrescido

das despesas cobradas ou debitadas do arrematante e dos tributos

incidentes na operação.

Em se tratando de arrematação em leilão, prevalecerá como base de cálculo a importância

resultante do valor da arrematação acrescido de todas as despesas e tributos devidos pelo

arrematante.

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§ 2º A base de cálculo de que trata este artigo constará de tabelas

publicadas no Diário Oficial do Distrito Federal, antes do exercício do

lançamento, a qual terá valores expressos em moeda nacional.

A tabela será publicada no exercício anterior, expressando os valores em unidades fiscais do

DF, convertido pelo valor da data de sua apuração.

É importante ressaltar que, no caso do IPVA, para fins de estabelecimento da base de cálculo,

a CF permite, excepcionalmente, que seja dispensada a aplicação do princípio da noventena

(§1º do art. 150). Assim, a tabela de valores venais poderá ser publicada até o dia 31/12.

§ 3º Na elaboração das tabelas a que se refere o § 2º, serão

considerados:

I – relativamente à alínea “a”, inciso III, § 1º deste artigo, o valor

usualmente praticado no mercado do Distrito Federal declarado pelo

contribuinte à Secretaria de Estado de Fazenda no exercício de 2012;

Para barcos e aeronaves usadas, no ano de 2012, prevalecerá o valor declarado pelo

contribuinte, em função de indisponibilidade de tabela de valores de mercado.

II – relativamente ao inciso II e a alínea “b” do inciso III, ambos do § 1º

deste artigo, os seguintes valores, segundo os critérios a seguir

discriminados, pela ordem:

a) preços médios aferidos por publicações especializadas, bem como as

pesquisas divulgadas pelos revendedores ou suas entidades

representativas;

b) preços médios de mercado:

1) de veículo terrestre, conforme peso, potência, capacidade máxima

de eixos, cilindrada, dimensões, modelo e ano de fabricação do

veículo, e tipo de combustível;

2) de embarcação, conforme potência, comprimento, casco, ano de

fabricação e tipo de combustível;

3) de aeronave, conforme peso máximo de decolagem e ano de

fabricação.

Para veículos terrestres usados, e demais veículos a partir do exercício de 2013, por meio de

tabelas, que deverão contemplar os preços médios aferidos por publicações especializadas e

pesquisas.

Em função do tipo de veículo, serão considerados diversos parâmetros para elaboração da

tabela (em se tratando de embarcações, por exemplo, será considerada a potência, o

comprimento, o casco, o ano de fabricação e o tipo de combustível).

§ 4º Na hipótese do inciso II do § 3º, em vista da ausência de

informações sobre a comercialização do veículo ou de dados cadastrais

no sistema, poderá ser utilizado:

I – o valor de veículo similar, constante das tabelas a que se referem o

inciso II e alínea “b” do inciso III, ambos do § 1º;

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II – na hipótese de ser inviável a aplicação do disposto no inciso I deste

parágrafo, o valor fixado para o veículo novo, constante de tabela

aprovada em lei, multiplicado por fator de depreciação, fixado por ato do

Secretário de Estado de Fazenda, tomando-se como referência:

a) no caso de veículo de fabricação nacional, o ano de fabricação;

b) no caso de veículo importado, o exercício em que ocorrer o

desembaraço aduaneiro, qualquer que seja o ano de sua fabricação;

Nos casos em que não for possível contar com informações sobre os valores de mercado ou

sobre dados do veículo, podem ser utilizados, de forma sucessiva, os critérios indicados neste

parágrafo.

§ 5º Para os efeitos da alínea “b”, inciso I do § 1º, as quantias expressas

em moeda estrangeira serão convertidas em moeda nacional ao câmbio

do dia do lançamento.

No caso do IPVA devido pela aquisição direta de veículo estrangeiro, o valor da importação

(indicado em moeda estrangeira na Declaração de Importação) será convertido pelo câmbio do

dia do efetivo pagamento ao alienante (regra distinta da aplicada no caso do ICMS).

§ 6º As tabelas relativas à base de cálculo serão editadas pela Secretaria

de Estado de Fazenda, sendo irrelevante, para a determinação da

referida base, o estado de conservação do veículo individualmente

considerado.

A SEFAZ publicará as tabelas anuais, e não haverá qualquer relação dos valores nela indicados

com o estado de conservação de cada veículo individual.

§ 7º A base de cálculo de veículos novos e de veículos beneficiados com

imunidade, não incidência, isenção ou redução de alíquota, ou cujo

proprietário, possuidor ou titular do domínio útil anterior estivesse

imune, não tributado ou isento, será reduzida de 1/12 avos por mês do

ano-calendário transcorrido, a partir do segundo mês do exercício.

Nos casos de veículos novos e de perda de tratamento especial ao longo do exercício, o

imposto será calculado mediante a aplicação da alíquota sobre uma base de cálculo

equivalente aos duodécimos em que o imposto é devido.

§ 8º Para os efeitos do disposto neste artigo, considera-se mês a fração

igual ou superior a quinze dias.

Exemplo 1: Compra de carro no decorrer do ano (adquirido em 29/07):

Imposto devido no período de agosto a dezembro: 8, 9, 10, 11, 12 6/12.

Exemplo 2: Veículo táxi vendido para particular em 12/11:

Imposto devido de novembro a dezembro 2/12.

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Quando o período em que a propriedade se tornar constituída (cobrança proporcional), dentro

de uma fração de mês, for menor do que 15 dias (exclusive), não será computado como

duodécimo para fins da redução de base de cálculo.

§ 9º No caso de veículos estrangeiros, liberados com isenção do Imposto

de Importação com base no § 1º do art. 2º, do Decreto-Lei nº 1.455, de

07 de abril de 1976, importados pelas pessoas referidas nas alíneas “a” e

“b” do inciso III do art. 13 do Decreto-Lei nº 37, de 18 de dezembro de

1966, com a redação do Decreto-Lei nº 1.123, de 03 de setembro de

1970, a base de cálculo do imposto será:

I – no exercício do desembaraço, o valor constante do item 18 do Anexo

II da Declaração de Importação, convertido em moeda nacional à taxa de

câmbio do dia da liberação, observada a redução de que trata o § 7º;

II – nos exercícios posteriores ao desembaraço, o valor do item 18 do

Anexo II da Declaração de Importação, convertido em moeda nacional à

taxa de câmbio vigente na data do fato gerador do ano a que se referir o

imposto, deduzindo-se deste valor 15% (quinze por cento) por exercício

posterior ao desembaraço, até somar-se 75% (setenta e cinco por cento)

de abatimento;

III – o valor venal constante da tabela citada no inciso II do § 1º, caso o

veículo seja alienado a pessoa não beneficiada pela legislação citada

neste parágrafo.

Nesse caso, temos uma disposição especial aplicável às importações beneficiadas com isenção

do Imposto de Importação realizadas por servidores ou diplomatas em regresso ao país. A

base de cálculo do IPVA será apurada nos termos deste parágrafo.

§ 10. Poderá a Secretaria de Estado de Fazenda, adotar, se houver,

valores venais constantes de tabela que venha a ser elaborada pelo

Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ.

Caso as unidades federadas venham a aprovar uma tabela de valores venais no âmbito do

CONFAZ, a SEFAZ poderá adotá-la.

§ 11. A base de cálculo a que se refere o caput fica reduzida em até

100% (cem por cento) para os empreendimentos efetivamente

implantados na forma da Lei nº 3.196, de 29 de setembro de 2003, e da

Lei nº 3.266, de 30 de dezembro de 2003.

§ 12. O disposto no § 11 produzirá efeitos até 31 de dezembro de 2015.

No caso dos veículos de propriedade de empresas enquadradas no Programa de Apoio ao

Empreendimento Produtivo no DF, a BC fica integralmente reduzida, eliminando a exigência do

IPVA.

Art. 12. O imposto terá base de cálculo proporcional aos meses e/ou

fração de mês que faltem para o fim do exercício a que se refira o

tributo.

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Quando exigível de forma parcial, pela constituição da propriedade no decorrer do exercício, o

IPVA será calculado proporcionalmente.

§ 1º Não se exigirá o imposto sobre veículo transferido de outra unidade

federada, cujo imposto tiver sido, nessa unidade federada, integralmente

recolhido, no exercício da transferência.

§ 2º Para os efeitos do disposto no § 1º, o contribuinte deverá

comprovar, mediante apresentação do documento de arrecadação, o

recolhimento integral do imposto.

No caso de o imposto ter sido pago em outra unidade federada, de forma integral, antes da

transferência para o DF, não será exigido o IPVA, desde que comprovado o recolhimento.

10 Lançamento

Nos Capítulos VI e VII, a legislação distrital indica como se dá o lançamento e posterior

pagamento do IPVA.

Art. 13. Tratando-se de veículo terrestre, o imposto será lançado de

ofício, mediante Notificação de Lançamento, em caráter geral, por edital

publicado uma única vez no Diário Oficial do Distrito Federal.

A cada ano, mediante o procedimento de fixação da base de cálculo, com a posterior

publicação e divulgação de tabela, a autoridade fiscal promove o lançamento de ofício do IPVA.

Não está explicitado, mas também temos lançamento de ofício quando ocorre a constituição da

propriedade ao longo do exercício.

§ 1º O edital previsto no caput conterá, entre outros elementos:

I – identificação geral dos notificados;

II – data de vencimento do tributo;

III – informações essenciais ao cálculo do tributo;

IV – prazo de 30 (trinta) dias para impugnação, contado da publicação;

O edital deverá conter obrigatoriamente os elementos acima, incluindo o prazo para que os

valores possam ser impugnados pelo sujeito passivo.

§ 2º O valor do imposto constará do Documento de Arrecadação – DAR,

conforme modelo aprovado pela Secretaria de Estado de Fazenda.

§ 3º A critério da Secretaria de Estado de Fazenda, o valor do imposto e

respectiva notificação de lançamento poderão constar no anverso do

Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV, aprovado

pelo Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN.

Os dados do valor do imposto constarão obrigatoriamente do documento de arrecadação e

facultativamente do documento de licenciamento do veículo.

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§ 4º Relativamente a veículo usado, o imposto será lançado em até 30

(trinta) dias antes da data de seu vencimento, observado calendário

escalonado de acordo com o algarismo final da placa do veículo.

O lançamento se dará em até 30 dias do vencimento, não existindo restrição ao princípio da

noventena, mas a tabela deverá ser publicada no exercício anterior.

Art. 14. Tratando-se de embarcações, aeronaves e demais estruturas

dotadas de autopropulsão, o lançamento do imposto será efetuado:

I – no exercício de 2013, por declaração, com base nas informações

prestadas pelo contribuinte ou seu representante legal no exercício de

2012, observado o disposto no inciso II do § 1º deste artigo;

II – anualmente, de ofício, nos demais exercícios, a partir de pauta de

valores venais aprovada em lei.

No caso dos veículos não terrestres, o valor do imposto também é lançado de ofício, com

exceção do exercício de 2013.

§ 1º Para efeitos do disposto no inciso I:

I – a inscrição do veículo automotor será promovida, para fins de

formação cadastral, pelo proprietário, titular do domínio útil ou da posse,

mediante declaração acompanhada dos respectivos títulos de

propriedade, de domínio ou de posse, de informações relativas à

empresa seguradora, bem como daquelas relativas à situação cadastral

nos órgãos públicos competentes, além de elementos essenciais à

precisa definição da estrutura, quanto a marca, modelo, valor

usualmente praticado no mercado do Distrito Federal, bem como aqueles

a seguir relacionados:

a) no caso de embarcação, potência, comprimento, casco, ano de

fabricação e tipo de combustível;

b) no caso de aeronave, peso máximo de decolagem e ano de

fabricação.

II – a Secretaria de Estado de Fazenda:

a) notificará o lançamento ao contribuinte;

b) promoverá o lançamento de ofício, retificando as informações

prestadas pelo contribuinte ou seu representante legal, quando a

declaração for apresentada com erros ou inconsistências, notificando

o contribuinte quanto ao pagamento do imposto, da penalidade

disposta no inciso II do art. 20, da respectiva penalidade acessória e

de demais acréscimos legais;

c) promoverá o lançamento de ofício, na hipótese de omissão de

apresentação de declaração no exercício de 2012, com base em

informações obtidas junto à Receita Federal do Brasil, bem como às

entidades a que se refere o § 2º do art. 25, notificando o contribuinte

quanto ao pagamento do imposto, da penalidade disposta no inciso

III do art. 20, da respectiva penalidade acessória e de demais

acréscimos legais;

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O lançamento por declaração referente ao exercício de 2013 será promovido atendendo aos

regramentos deste parágrafo, que prevê o lançamento de ofício em caso de omissão do sujeito

passivo e também nos casos em que este apresentar a declaração de forma irregular.

§ 2º Para efeito de cumprimento do disposto no inciso II do § 1º, a

Secretaria de Estado de Fazenda poderá confrontar a declaração do

contribuinte ou de seu representante legal com as informações obtidas

junto à Receita Federal do Brasil, bem como junto às autoridades de

trânsito competentes ou às entidades dispostas no § 2º do art. 25.

Para fins de apuração do valor correto dos veículos, a SEFAZ poderá fazer a comparação entre

o valor declarado e aquele que constar em registros da RFB e de outros órgãos.

§ 3º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante,

quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante

comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o

lançamento.

A retificação do valor declarado, com o objetivo de diminuir ou eliminar a tributação, só é

válida se apresentada antes do lançamento do imposto.

§ 4º Ato do Secretário de Estado de Fazenda aprovará o modelo de

declaração a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo.

11 Pagamento

Art. 15. O imposto será pago nas agências arrecadadoras autorizadas a

receber o referido tributo, obedecido ao calendário de vencimento e à

forma de pagamento estabelecidos pela Secretaria de Estado de

Fazenda.

Segundo a regra que consta no início do Capítulo VII, o pagamento é realizado nas agências

autorizadas (bancos, lotéricas e internet).

Parágrafo único. Será concedido desconto de 5% (cinco por cento) sobre

o valor do IPVA, aos contribuintes que efetuarem o pagamento do

imposto no valor integral até a data de vencimento da cota única, desde

que não conste débito em exercício anterior.

Para pagamento integral em cota única, aplica-se desconto de 5% do valor venal do veículo.

Art. 16. O prazo para pagamento do imposto é estabelecido, conforme a

seguir:

O art. 16 apresenta os prazos de pagamento definidos para cada tipo de incidência.

I – tratando-se de veículo novo, trinta dias contados da data do efetivo

registro no cadastro fiscal de veículo na Secretaria de Estado de Fazenda

do Distrito Federal – SEF/DF;

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Após o registro da aquisição do veículo novo junto ao cadastro da SEFAZ, o contribuinte possui

30 dias para recolher o IPVA. Em outras unidades federadas, esse prazo costuma ser contado

da data de aquisição do veículo.

II – tratando-se de veículo usado, nos prazos estabelecidos pela

Secretaria de Estado de Fazenda;

Tais prazos são os constantes da tabela fixada por edital.

III – tratando-se de veículo cuja propriedade foi isenta ou não tributada,

trinta dias contados da data das devidas alterações ou do registro no

cadastro fiscal de veículo na SEF/DF;

O mesmo prazo de 30 dias, contados da alteração cadastral, é o conferido para os

contribuintes proprietários dos veículos que perderam a condição de isenção ou não incidência.

IV – tratando-se de veículo transferido de outra unidade federada, em

relação ao qual o imposto não tiver sido integralmente recolhido, no ato

da transferência, independentemente do calendário de pagamento.

O imposto devido pela transferência de veículo de outra UF, quando cabível, deve ser recolhido

na mesma data da transferência.

V – tratando-se de transferência ou alienação da propriedade de veículo,

na data da realização do ato, ainda que não se tenha esgotado o prazo

regulamentar para o pagamento do imposto.

Quando a propriedade do veículo for transferida ou alienada, o imposto será devido, como

requisito para a prática do ato, ainda que antes da data de seu vencimento.

Parágrafo único. O imposto sobre os veículos novos ou cuja propriedade

foi isenta ou não tributada poderá ser pago em até três parcelas, sendo o

prazo de recolhimento da parcela única ou da primeira o constante dos

incisos I e III, conforme o caso, vencendo as demais parcelas no mesmo

dia dos meses subsequentes.

Nos casos de constituição da propriedade ao longo do exercício, admite-se o parcelamento do

IPVA em três vezes, conforme a regra do artigo seguinte.

Art. 17. O pagamento do imposto será efetuado em parcela única ou em

até três parcelas mensais, nos prazos fixados pela Secretaria de Estado

de Fazenda.

O imposto pode ser quitado de uma só vez ou parcelado por três meses seguidos, no prazo

fixado pela SEFAZ. Em caso de quitação, como visto, é concedido desconto de 5% se o

contribuinte estiver sem imposto vencido.

§ 1º Na hipótese de transferência do veículo para outra unidade federada

o imposto será exigido em parcela única.

§ 2º O pagamento da parcela única ou da primeira parcela será efetivado

até a data de vencimento fixada no documento de arrecadação.

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§ 3º O pagamento do imposto sobre veículos adquiridos:

I – no mês de outubro, poderá ser parcelado em até duas parcelas;

II – nos meses de novembro e dezembro, será efetuado em parcela

única.

§ 4º É vedado o pagamento parcelado, previsto neste artigo, quando o

valor devido for inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais).

Os quatro parágrafos dão regras adicionais para o pagamento parcelado.

Art. 18. Caberá a restituição do imposto nos casos e na forma previstos

no Capítulo IV do Título VI do Decreto nº 33.269, de 18 de outubro de

2011.

Admite-se a restituição em caso de recolhimento de tributo indevido, ou maior que o devido,

de erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo

do montante do débito, ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao

pagamento e de reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão contrária ao

contribuinte.

12 Administração tributária

O RIPVA complementa as disposições e regramentos com a apresentação das penalidades

aplicáveis aos infratores da legislação, dos procedimentos adotados pela fiscalização e das

obrigações acessórias relativas à inscrição dos veículos no Cadastro de Contribuintes do IPVA.

O Capítulo VIII trata das penalidades no campo do IPVA.

Art. 19. Aos infratores das disposições deste Regulamento aplicar-se-ão

as seguintes penalidades:

I – multas;

II – proibição de transacionar com os órgãos e entidades da

Administração do Distrito Federal;

III – cassação de benefícios fiscais.

São três os tipos de sanção aplicáveis aos infratores: multas pecuniárias, vedação de que o

infrator, em determinados casos, possa celebrar contratos com a administração distrital e

cassação de benefícios concedidos.

§ 1º A imposição de multa não exclui o pagamento do imposto devido,

acrescido dos juros de mora, calculados à razão de 1% (um por cento)

ao mês ou fração.

Um acréscimo previsto na legislação é a cobrança de juros de mora, de 1%, ao mês ou fração,

exigível mesmo que recolhido o imposto antes do início do procedimento fiscal.

Art. 20. Aplicar-se-á multa, nos seguintes percentuais, na hipótese de

recolhimento de tributo, no todo ou em parte, após o prazo

regulamentar:

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As multas diretamente relacionadas com a obrigação principal, lançadas de ofício ou não pela

autoridade fiscal, são as previstas neste artigo. De acordo com a situação do débito, são

previstas três hipóteses:

I – antes de iniciado o processo de exigência do crédito tributário, multa

de mora de 10% (dez por cento) sobre o valor do imposto atualizado

monetariamente, na hipótese de imposto não recolhido até a data de seu

vencimento;

Antes do procedimento fiscal, será aplicada apenas uma multa de caráter moratório, no valor

de 10% sobre o valor do imposto atualizado.

II – multa de 50% (cinquenta por cento) do valor do imposto

monetariamente atualizado, sujeito a lançamento de ofício, efetuado com

base em declaração do contribuinte, quando esta for apresentada com

erros ou inconsistências;

Após o procedimento de ofício, será exigido o IPVA, atualizado e acrescido da multa de 50%,

nos casos de lançamento de ofício e em razão de declaração incorreta.

III – multa de 200% (duzentos por cento) do valor do imposto

monetariamente atualizado, na hipótese de sonegação, fraude ou

conluio.

Nos casos em que ficar configurada uma das situações indicadas nesse inciso, a penalidade

punitiva e cobrada de ofício será agravada em quatro vezes.

Parágrafo único. A multa de que trata o inciso I do caput será reduzida a

5% se o pagamento do imposto for efetuado até 30 (trinta) dias após a

data de seu vencimento.

A multa de mora será exigida pela metade do valor quando o atraso no pagamento não for

superior a 30 dias.

Art. 21. O descumprimento de obrigação acessória sujeita-se a:

A nova lei passou a prever penalidades específicas para cada forma de descumprimento de

obrigações acessórias.

I – multa de R$ 264,65 (duzentos e sessenta e quatro reais e sessenta e

cinco centavos) pela não inscrição ou falta de comunicação ao cadastro

de contribuintes do imposto de qualquer alteração dos dados cadastrais

relativos ao proprietário ou ao veículo;

Em caso de falta de inscrição ou de atualização de dados cadastrais, a multa será de

R$296,07, valor atualizado para o exercício de 2014.

II – multa de R$ 529,30 (quinhentos e vinte e nove reais e trinta

centavos), na hipótese de fraude, relativamente a:

a) preenchimento do requerimento de que trata o § 1º dos arts. 5º e

6º;

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b) preenchimento de guias de recolhimento do imposto;

c) qualquer comunicação à Secretaria de Estado de Fazenda;

Em caso de fraude que envolva obrigação acessória, a multa será de R$ 592,14, valor

atualizado para o exercício de 2014.

III – multa de R$ 529,30 (quinhentos e vinte e nove reais e trinta

centavos) e cancelamento do benefício, na hipótese do § 13 do art. 5º.

Em caso de não comunicação de recuperação de veículo objeto de sinistro, a multa também

será de R$ 592,14, valor atualizado para o exercício de 2014.

Parágrafo único. Tratando-se de descumprimento de qualquer outra

obrigação acessória:

No caso das demais obrigações acessórias, a multa a ser aplicada dependerá da existência ou

não de coexistência com infração à obrigação principal.

a) que não resulte falta de pagamento de tributo, R$ 264,65 (duzentos

e sessenta e quatro reais e sessenta e cinco centavos);

b) que resulte falta de pagamento de tributo, R$ 529,30 (quinhentos e

vinte e nove reais e trinta centavos);

Os valores foram reajustados, no exercício de 2014, para respectivamente R$296,07 e

R$592,14.

O Capítulo IX apresenta os procedimentos que podem ser realizados pela fiscalização estadual,

no ambiente da Secretaria de Estado de Fazenda.

Art. 22. A fiscalização do imposto compete, exclusivamente, à Secretaria

de Estado de Fazenda por meio do órgão que administra o tributo e pelos

integrantes da Carreira Auditoria Tributária.

Parágrafo único. A Secretaria de Estado de Fazenda poderá firmar

convênios com órgãos e entidades públicas federais e do Distrito Federal,

objetivando permuta de informações, registros, licenciamento,

cadastramento de veículos e fiscalização conjunta ou integrada.

A competência original para fiscalização do IPVA é da SEFAZ. Se for do interesse deste órgão,

podem ser celebrados convênios com outros órgãos públicos federais ou distritais para a troca

de informação e eventual fiscalização conjunta ou integrada do imposto.

Art. 23. O comprovante de pagamento do imposto deve ser apresentado

à fiscalização, quando solicitado.

Art. 24. A fiscalização será efetuada:

I – nas vias públicas do Distrito Federal;

II – nos órgãos encarregados do licenciamento, registro ou controle de

veículos terrestres, embarcações e aeronaves;

III – junto aos contribuintes ou àqueles que estiverem conduzindo o

veículo;

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IV – nas empresas de comércio, reparo, conserto ou exposição de

veículos;

V – nas concessionárias autorizadas e agências revendedoras de

veículos;

VI – nos cartórios;

VII – em outro local, a critério do órgão que administra o tributo.

A fiscalização do IPVA será exercida, segundo o RIPVA, em diversos locais, públicos e privados

(em especial aqueles envolvidos na venda, reparo e exposição de veículos automotores).

No capítulo X do RIPVA são estabelecidas as regras para atendimento das obrigações quanto

ao cadastramento dos proprietários de veículos automotores.

Art. 25. Ressalvado o disposto no § 1º do art. 14, o cadastro de

contribuintes do imposto poderá ser extraído da base de dados de

veículos automotores registrados nos órgãos competentes, sem prejuízo

de inscrição de ofício efetuada pela Secretaria de Estado de Fazenda.

O cadastro de contribuinte do IPVA, exceto no que se refere a aeronaves e embarcações, será

baseado nos registros constantes do órgão de trânsito.

§ 1º Os proprietários de veículos automotores, quando notificados:

I – recadastrarão seus veículos conforme calendário fixado pela

Secretaria de Estado de Fazenda;

II – prestarão informações ao fisco, mediante declaração, quanto a

dados de seus veículos para fins de formação cadastral, nos termos do

inciso I do §1º do art. 14.

Os contribuintes ficam obrigados a atender às exigências da SEFAZ em relação ao cadastro de

seus veículos.

§ 2º As seguradoras ou as instituições financeiras informarão à

Secretaria de Estado de Fazenda, mediante notificação, dados relativos

aos contratos de seguro de embarcações ou de aeronaves que tenham

por proprietário pessoa natural ou jurídica domiciliada no Distrito

Federal.

No caso de aeronaves e embarcações, também serão notificadas a fornecer informações as

seguradoras ou instituições financeiras (em função dos contratos de leasing e de alienação),

quando o proprietário for domiciliado no DF.

§ 3º Os clubes náuticos e os aeroclubes, mediante notificação,

apresentarão à Secretaria de Estado de Fazenda os registros das

embarcações e aeronaves de seus associados, nos quais se identifique o

veículo automotor, o nome e o endereço do proprietário, sob pena de

imposição das penalidades previstas neste Regulamento.

Em relação a embarcações e aeronaves, as informações também serão requisitadas dos clubes

em que os proprietários dos veículos estejam associados.

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Rua das Marrecas, 15 – Centro – CEP 20031-120. Rio de Janeiro – RJ. Telefax: (21) 2544-3752/2544-9202

Art. 26. Inscrever-se-ão, obrigatoriamente, no cadastro de contribuintes

do IPVA, os contribuintes definidos no art. 7º não pertencentes à base de

dados de veículos automotores registrados nos órgãos competentes a

que se refere o art. 25, ainda que não sujeitos ao pagamento do

imposto.

Quando não cadastrados nos órgãos competentes, mesmo que não sujeitos ao IPVA, os

veículos de propriedade de pessoas domiciliadas no DF devem ser inscritos de forma

obrigatória.

§ 1º A inscrição conterá as informações indispensáveis à identificação

dos proprietários e à classificação dos veículos, tais como:

I – ficha de cadastramento, preenchida em uma única via;

II – documento de identidade;

III – cartão de identificação do CPF ou CNPJ;

IV – primeira via da nota fiscal ou primeira via da nota fiscal-fatura;

V – documento alfandegário, quando for o caso;

VI – outro documento translativo da propriedade ou do uso.

Para inscrição no cadastro, serão exigidos os documentos relacionados neste parágrafo.

§ 2º Para cada veículo automotor exigir-se-á inscrição individualizada.

A inscrição no cadastro deve ser individualizada por cada um dos veículos de propriedade das

pessoas domiciliadas no DF.

§ 3º O contribuinte informará ao órgão da Secretaria de Estado de

Fazenda que administra o IPVA, no prazo de 60 dias, a ocorrência de

qualquer alteração relativa ao veículo ou a seu proprietário.

Ocorrendo alteração nas características do veículo ou mudança nas condições de sua

propriedade, o contribuinte possui 60 dias para promover a comunicação da alteração no

cadastro.

13 Disposições gerais e transitórias

O Capítulo XI traz as disposições que encerram o RIPVA, relativamente a exigências e

consequências quanto ao regular pagamento do imposto.

Art. 27. O disposto neste Regulamento não dispensa os contribuintes do

cumprimento das obrigações estipuladas nas normas legais e

administrativas que regulem o licenciamento e o tráfego dos veículos

automotores em geral.

Art. 28. O comprovante do pagamento do imposto é vinculado ao

veículo, transferindo-se ao novo proprietário, no caso de alienação.

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Na alienação do veículo, dentro ou fora do território do Distrito Federal, o imposto já pago em

nome de proprietário alienante, dentro do exercício de incidência, aproveita ao novo

adquirente.

Art. 29. A renovação de licença de veículos automotores somente será

efetivada mediante a comprovação do pagamento do imposto.

A exigência de pagamento do IPVA se aplica como requisito para renovação da licença de

trânsito conferida pelos órgãos competentes.

Art. 30. Na administração e cobrança do imposto, aplicar-se-á o disposto

na Lei Complementar nº 4, de 30 de dezembro de 1994, e,

subsidiariamente, as normas gerais de direito tributário instituídas pela

Lei Federal nº 5.172, de 25 de outubro de 1966.

Aplica-se ao IPVA, com a legislação distrital específica, o que consta do CTE-DF, para fins da

administração do imposto. Aplicam-se, ainda, de forma subsidiária, as normas gerais de

tributação previstas no Livro Segundo do CTN.

Art. 31. Fica o Secretário de Estado de Fazenda autorizado a baixar os

atos necessários à execução do presente Decreto.

Art. 32. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 33. Revogam-se as disposições em contrário, em especial o Decreto

nº 16.099, de 29 de novembro de 1994.