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A Rede de Arquivos (RAalg) apresentando-se fora do Algarve
A Rede de Arquivos do Algarve (RAalg) que nasceu oficialmente a 28 de
julho de 2010, logo em Agosto, desse ano, fez ouvir a sua voz no Brasil,
ainda que de uma forma primordial, como se pode ler:
A crescente complexidade das tarefas a desempenhar pelos arquivistas e
o aumento do número destes profissionais nas Câmaras Municipais e em
outros organismos algarvios levou o responsável do Arquivo Distrital de
Faro a propor aos seus pares a implementação de uma Rede de Arquivos
no Algarve com o objetivo de dinamizar o diálogo e a cooperação técnica
entre os arquivistas, por exemplo na resolução de problemas técnicos
comuns, na organização de atividades itinerantes e procurar em conjunto
encontrar estratégias para se aumentar a visibilidade do trabalho arquivís-
tico e o seu impacto na sociedade.
Esta rede está dar os seus primeiros passos impulsionada pela necessida-
de sentida por todos os arquivistas municipais de resolver o problema
levantado pela desatualização da Portaria 412/2001, de 17 de abril, alte-
rada e republicada pela Portaria 1253/2009, de 14 de outubro.1
Imagem 1 - XVI Congresso Brasileiro de Arquivologia, cidade de Santos. _____________________________________ 1 Sabóia, J. Os arquivos municipais como agentes de desenvolvimento e memória das socie-dades. In: O Lugar do Arquivo. Mesa Redonda: [Os Arquivos Municipais] (25/08/2010) [versão eletrónica]. XVI Congresso Brasileiro de Arquivologia; Santos, São Paulo, Brasil, agosto 24-27, 2010. Rio de Janeiro: Associação dos Arquivistas Brasileiros, [2012]. [CD-Rom].
SUMÁRIO
• Editorial A Rede de Arquivos (RAalg) apre-sentando-se fora do Algarve
• Notícias: Arquivo histórico Municipal de Faro: -Mostra Documental “ Faro e a implantação da República” Arquivo Histórico Municipal de Olhão: -Arquivo Vivo. Arquivo do Turismo do Algarve: -Tabela de seleção de documen-tos. Arquivo Municipal de Vila Real de Santo António: -Exposição - Planos Deformados - de Paulo Quaresma. -Exposição – Subtil Feminino – de Arlindo Arez. -Tertúlia – Estórias da Vila “ Estórias dos Torneios Populares de Futebol”. -Exposição – Pluralidades. Arquivo Municipal de Loulé: -Conferência “Cristóvão Colom-bo: cidadão português?” .
-Workshop “Documentos Gráfi-cos” .
‐Conferência “Escrivães e Pre-goeiros no Concelho de Loulé (séculos XIV-XV)” .
‐Exposição “Restauro e preserva-ção do Livro de Registo das Visi-tas da Ordem de Santiago à Igre-ja de S. Clemente” .
-Exposição “O sagrado e o quoti-diano em Loulé medieval – a tri-logia alimentar mediterrânica” -Apresentação o 7º volume da coleção Cadernos do Arquivo. -Conferência “Compromissos, solidariedades e condutas de governação no Algarve Medieval”. Arquivo Municipal de Tavira: Nova página online do Arquivo Municipal de Tavira.
EDITORIAL
Nº 2/2012 (SETEMBRO—DEZEMBRO)
Boletim Informativo da Rede de Arquivos do Algarve http://raalg.wikidot.com / [email protected]
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Imagem 2 - 10º Encontro de Arquivos Municipais, cidade de Leiria.
A Rede de Arquivos do Algarve a 2 de março de
2012 decidiu colaborar com o Grupo de Trabalho
sobre a Macroestrutura Funcional (MEF) para as
Autarquias, que teve as suas reuniões no edifício
da Torre do Tombo em Lisboa, assumindo o esta-
tuto de observador. Assim, elegeu uma equipa de
trabalho para poder debruçar-se sobre o MEF e a
sua aplicação às autarquias, este grupo ficou for-
mado pelos colegas António Monteiro, Helena
Vinagre, Isabel Dias, João Sabóia, Marisa Caixas e
Tiago Barão.
Tendo participado em algumas reuniões em Lis-
boa, a RAalg tem procurado essencialmente estar
atualizada tanto nas novas ideias, como na prática
a fim de poder participar ativamente no desenvol-
vimento do projeto MEF e na sua aplicação às ins-
tituições algarvias.
O trabalho desenvolvido pelo Grupo de Trabalho
sobre a Macroestrutura Funcional (MEF) para as
Autarquias, em Lisboa, deu origem ao documento
Plano de Classificação para a Administração Local,
versão 0.1, (http://dgarq.gov.pt/noticias/
disponibilizacao-do-plano-de-classificacao-para-a
administracao-local-v0-1/) que irá a discussão
Boletim Informativo da Rede de Arquivos do Algarve http://raalg.wikidot.com / [email protected]
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Em novembro de 2011, realizou-se o 10º Encontro
de Arquivos Municipais Gestão da Informação na
Administração Municipal: passado, presente e
futuro, que decorreu de 4 a 5 de, em Leiria, Orga-
nizado pela Secção de Arquivos Municipais da
Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivis-
tas e Documentalistas. Para este encontro a RAalg
tomou a decisão de se fazer representar com o
objetivo de se dar a conhecer e apresentar o tra-
balho que estava a desenvolver.
Deste modo, em nome da RAalg tivemos a comu-
nicação Da avaliação à uniformização: um projeto
em Rede, proferida pelos arquivistas Marisa Cai-
xas, Nelson Vaquinhas e Sónia Negrão, ver Da
avaliação à uniformização: um projeto em Rede.
Também na comunicação Os Arquivos Municipais:
a sua crescente importância na administração e na
sociedade algarvia, proferida por João Sabóia, há
um capítulo sobre a Rede de Arquivos do Algarve,
ver Os arquivos municipais: a sua crescente
importância na administração e na sociedade
algarvia.
A participação da RAalg no Encontro originou um
debate sobre a necessidade de se constituir redes
informais como forma de partilha de conhecimen-
tos, experiências, sedimentação de parcerias, dis-
cussão de políticas e abordagens profissionais por
parte dos arquivistas, com os objetivos de resolver
problemas técnicos e de aumentar a visibilidade
do trabalho arquivístico, que integrou as conclu-
sões, ver Conclusões do 10º Encontro Nacional de
Arquivos Municipais.
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A criação e o funcionamento da Rede de Arquivos
do Algarve levantou muita curiosidade entre os
participantes desses eventos, a tal ponto que a
Rede foi convidada, pelo Professor Dr. André
Lopez, Universidade de Brasília, a apresentar um
resumo sobre a RAalg, o que fiz ainda em Brasília,
a fim de posteriormente desenvolver uma comuni-
cação a apresentar ao simpósio El acceso a la
información: ciudadanía, derechos humanos y
democracia, integrante do III Congreso Ciencias,
tecnologías y culturas: diálogo entre las disciplinas
del conocimiento. Mirando al futuro de américa
latina y el caribe: hacia una Internacional del
Conocimiento, em Santiago do Chile, 7 a 10 de
janeiro de 2013.
Imagem 3 - Palestra na Sala Camões do Centro Cultural Português, cidade de Santos.
Imagem 4 - Palestra na Universidade de Brasília.
João Sabóia
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pública no dia 10 de outubro, 9h30 às 18h, no
Auditório da Torre do Tombo, Alameda da Univer-
sidade, Lisboa, com o seguinte programa:
http://dgarq.gov.pt/files/2012/09/Programa-
Sessão-Pública-Discussão-Plano-Classificação-
Administração-Local-versão-0.1.pdf .
Em maio de 2012 a RAalg lançou o primeiro
núme ro d o s eu Bo l e t im ( h t t p : / /
raalg.wikidot.com/), com a periocidade quadri-
mestral.
Este periódico que foi distribuído eletronicamente
para vários países, tais como Espanha e Brasil, foi
referido no Blog Iberoamericano de Enseñanza
A r c h i v í s t i c a U n i v e r s i t a r i a ( h t t p : / /
bieau.blogspot.com.br/2012/05/rede-de-arquivos-
do-algarve-lanca.html):
A Rede de Arquivos do Algarve (Portugal),
acaba de lançar seu boletim, que pode ser
baixado aqui. A iniciativa da rede, à época
da publicação do boletim, congregava 13
arquivos [atualmente são 14 arquivos
municipais, mais 3 de outras instituições]
da região e mantem um portal com infor-
mações bastante atualizadas, com destaque
para extensa oferta de material bibliográfico
on-line, conforme pode ser visto aqui.
Por último a RAalg ocupou um capitulo nas duas
palestras que apresentei nas cidades de Santos e
de Brasília, a convite da Fundação Arquivo e
M e m ó r i a d e S a n t o s ( h t t p : / /
www.fundasantos.org.br/news.php?default.0.4 ),
a 28 de agosto de 2012, e da Universidade de
Brasília (http://bieau.blogspot.com.br/ ), a 30 de
agosto de 2012.
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Arquivo Histórico Municipal de Faro: Mostra
Documental “ Faro e a implantação da Repú-
blica”
No passado dia 04 de outubro foi apresentada nos
Paços do Município a Mostra Documental organiza-
da pelos serviços de Arquivo e de Extensão Cultu-
ral da Divisão de Bibliotecas e Arquivos que pre-
tende dar notícia de como foi a receção da Repú-
blica no concelho de Faro e divulgar os fundos
documentais do Arquivo Histórico Municipal e o
espólio de jornais antigos existentes na Biblioteca
Municipal.
Tiago Barão
Nº 2/2012 (SETEMBRO—DEZEMBRO)
Arquivo Histórico Municipal de Olhão: “Arquivo
Vivo”.
O Arquivo Histórico Municipal de Olhão tem vindo
a desenvolver, desde 2008, um conjunto de inicia-
tivas de difusão do seu espólio, das quais eviden-
ciamos a atividade Arquivo Vivo.
Trata-se de um projeto largamente difundido
pelos arquivos e vulgarmente conhecido como
Documento do Mês, através do qual divulgamos,
todos os meses, um documento do nosso espólio
documental, dando alguma vivacidade ao arquivo
e fazendo jus ao nome escolhido para a atividade.
Inerente à iniciativa está a sensibilização da popu-
lação para a preservação do património documen-
tal que conserva em parte a identidade cultural de
um povo, ao mesmo tempo que damos a conhecer
o acervo à guarda do arquivo.
O Arquivo Histórico Municipal de Olhão tem à sua
guarda um conjunto de cerca de sessenta fundos
documentais, fator que nos permite também dar
continuidade à atividade, divulgando de forma
diversificada o nosso acervo.
Juntamente com a eleição do documento e com a
sua exposição no edifício do Arquivo Histórico,
temos vindo a fazer sair algumas coleções dos
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documentos expostos. Iniciámos este propósito
com uma coleção de marcadores de livros, seguin-
do-se depois uma coleção de calendários. Durante
este ano, ainda, estamos a constituir uma coleção
de bases para copos, que estará completa em
Dezembro. Estas coleções são compostas por doze
elementos, sendo cada um composto pela digitali-
zação do original, uma breve informação sobre o
documento, a série ou até o próprio fundo docu-
mental e uma curiosidade relacionada, que des-
perte nas pessoas algum interesse ou até memó-
rias antigas.
O resultado do projeto tem sido muito gratificante,
devido à enorme procura e à valorização que lhe é
atribuída pela população, originando cada vez
mais o aparecimento de pequenas conversas em
volta dos documentos divulgados, revelando um
crescente interesse por parte do público.
Helena Vinagre
Nº 2/2012 (SETEMBRO—DEZEMBRO)
Arquivo do Turismo do Algarve: Tabela de
seleção de documentos.
O projeto de elaboração da tabela de seleção de
documentos de arquivo do Turismo do Algarve
(TA) tem vindo a sofrer várias alterações, devido
às várias mudanças ao nível legislativo que a insti-
tuição tem sofrido nos últimos anos, e entrou
numa fase de reestruturação.
O trabalho está a ser desenvolvido pela técnica
superior de arquivo da instituição, em conjunto
com a Direção Geral de Arquivos. A tabela está a
ser criada segundo alguns dos pressupostos da
recente estrutura semântica concebida para a
classificação de documentos dos organismos da
Administração Central do Estado – MACROESTRU-
TURA FUNCIONAL (MEF), que se encontra ainda
em fase de elaboração pela Direção Geral de
Arquivos.
Criar instrumentos de gestão de documentos
seguindo a MEF implica toda uma nova estrutura-
ção de pensamento ao nível da gestão de docu-
mentos, sendo que se trata de um novo paradig-
ma no que se refere à aplicação das tabelas de
seleção em concreto, uma vez que, até aqui, pre-
via-se a sua aplicação no final do circuito docu-
mental – arquivo definitivo. Seguindo a proposta
de estruturação da MEF a tabela de seleção será
tida em conta logo desde o ato do registo dos
documentos nas respetivas aplicações informáti-
cas, o que obriga a uma adaptação na criação das
tabelas, acautelando desde o início do circuito
documental a preservação das séries que serão de
conservação permanente e prevendo a eliminação
das que perdem o seu valor probatório e informa-
tivo após a sua tramitação, evitando o acumular
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documentos sem valor informativo e o despender
de recursos financeiros na sua preservação. Isto
quer dizer que, logo quando se regista um docu-
mento, terá que ser escolhida de forma criteriosa
o código de classificação que irá corresponder ao
destino final pretendido para aquele documento
em particular, determinando de forma exata e
segura a sua futura eliminação ou conservação.
Para esta alteração de paradigma contribuíram
fortemente as várias ações ao nível da moderniza-
ção administrativa que têm sido efetuadas nos
últimos anos, sendo um dos muitos objetivos a
desmaterialização do papel, o que tem fomentado
a utilização em massa de aplicações informáticas
para registo de documentos de arquivo por parte
das instituições.
A utilização de sistemas eletrónicos implica uma
preocupação ainda mais alargada no que se refere
à gestão dos documentos logo desde a sua entra-
da no sistema até à sua eliminação ou conserva-
ção sendo que, há necessidade de criar séries e
subséries adaptadas à especificidade de cada de
processo tendo em conta o seu destino final, uma
vez que, nem todos os documentos de um mesmo
processo necessitam de prazos idênticos de con-
servação ou destino final .
O objetivo final será o de contribuir para uma ges-
tão integrada da informação garantindo uma
maior eficácia e eficiência na organização e gestão
de processos, evitando o despender de recursos
na conservação de informação pouco relevante
para a instituição e preservar aquela com valor
secundário.
Isabel Dias
Nº 2/2012 (SETEMBRO—DEZEMBRO)
Arquivo Municipal de Vila Real de Santo
António: Exposição - Planos Deformados.
A referida exposição, da autoria de Paulo Quares-
ma, decorreu entre os dias 6 e 25 Julho de 2012
nos espaços do Arquivo Municipal, em que o autor
apresentou, Planos Deformados:
“Enquanto forma de construção precária, vaga-
mente evocativa de estruturas arquitetónicas efé-
meras e clandestinas, mas tomando de emprésti-
mo processos construtivos que retomam métodos
de agregação comummente utilizados em disposi-
tivos agrícolas ou piscatórios, estas peças apon-
tam para um mesmo horizonte simbólico algures
entre a arte popular e erudita, entre a função e a
linguagem autónoma, entre o informe e a for-
ma.” (Faria N. 2010)
“Entre os planos negros bidimensionais – a Lycra
esticada e deformada que desenha pontos e linhas
no espaço -, onde se projeta uma certa qualidade
de abstração, e os fragmentos de madeira tosca-
mente articulados por cordas, ligados por fios de
nylon, desenha-se aquilo que se poderia chamar
uma estranha geometria orgânica, uma poética do
encontro.” (Faria N. 2010)
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De referir que esta exposição esteve em 2010 na
galeria Trem em Faro no âmbito do programa All-
garve e tem um texto de apresentação do curador
Dr. Nuno Faria.
Exposição – Subtil Feminino
Entre os dias 27 de Julho e 24 de Agosto o Arqui-
vo Municipal de Vila Real de Santo António rece-
beu a exposição – Subtil Feminino – de Arlindo
Arez .
Apresentada como retrospetiva do trabalho escul-
tórico em dois materiais distintos, madeira e
pedra, unidos por um tema comum: a Mulher de
forma desprendida e despida de preconceitos a
figura feminina é abordada como sensual, vitorio-
sa, erótica ou angelical, enaltecendo o ser Mulher.
Tertúlia – Estórias da Vila “ Estórias dos Tor-
neios Populares de Futebol”
No dia 27 de Julho, decorreu no Espaço Manuel
Cabanas no Arquivo Histórico de VRSA a tertúlia –
Estórias da Vila “ Estórias dos Torneios Populares
de Futebol” - uma iniciativa em parceria entre a
Junta de Freguesia de Vila Real de Santo António
e a Liga dos Amigos de Manuel Cabanas.
Nº 2/2012 (SETEMBRO—DEZEMBRO)
Exposição – Pluralidades.
Entre os dias 26 de Setembro e 19 de Outubro, o
Arquivo Municipal de Vila Real de Santo António
irá receber a exposição – Pluralidades de Rui Dias
Simão.
Rui Dias Simão nasceu em Albufeira e mora em
Conceição de Tavira desde tenra idade. Estudou
em Tavira e cursou Línguas e Literaturas na Uni-
versidade dos Açores, em Ponta Delgada. Traba-
lhou como empregado de mesa em bares e res-
taurantes, lecionou em Rabo de Peixe (Açores) e
em Vila Real de Santo António, foi pescador e
mariscador, passeou turistas no seu mítico barco
de madeira, o Hipantropias. Durante a juventude
colaborou ativamente no DN jovem (Diário de
Notícias). Poeta e artista plástico dedica-se hoje,
fundamentalmente, a essas duas paixões, tendo
desenvolvido um trabalho intenso em ambas as
áreas: publicou Somos de Pedra, um livro artesa-
nal distribuído entre amigos e familiares e as
obras Hipantropias, Os animais da Cabeça e Poe-
mas do Banco de Trás. No presente ano, foi um
dos poetas selecionados para integrar a antologia
Algarve 12 poetas a Sul do Século XXI, publicada
com o apoio do Ministério da Cultura. Expôs dese-
nhos, pinturas e esculturas no Palácio da Galeria,
no Bar Zona Húmida, na Associação Cónios e no
Armazém das Artes, entre outros locais.
A sua obra, poesia e arte plástica, encontra-se
espalhada pelo mundo e os seus poemas têm sido
adaptados ao teatro e à arte performativa. Os
seus trabalhos encontram-se ainda publicados em
revistas e jornais literários e tem participado em
encontros de artistas em Portugal e na Andaluzia.
Madalena Guerreiro
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Arquivo Municipal de Loulé: Conferência
“Cristóvão Colombo: cidadão português?”
O Arquivo Municipal de Loulé deu início às suas
atividades de extensão cultural de 2012 no dia 10
de Março, com a realização da Conferência proferi-
da por Idália Pires, “Cristóvão Colombo: cidadão
português?” Esta iniciativa contou com a presença
de 55 pessoas, que avaliaram de forma muito
positiva o evento.
Workshop “Documentos Gráficos”
Entre 15 e 17 de Março decorreu no Arquivo Muni-
cipal o Workshop “Documentos Gráficos”, planea-
do e ministrado por Rosário Silva. Esta oficina teó-
rico-prática dividiu-se em três grupos temáticos:
conservação e restauro de livro antigo, pequenas
intervenções de restauro e costura e encaderna-
ção de um livro. Limitado a dez participantes, foi
frequentado por cinco técnicos do Arquivo Munici-
pal de Loulé, e por cinco técnicos de outros Arqui-
vos do Algarve. Participaram técnicos dos Arquivos
Municipais de Albufeira, Faro, Olhão e Silves
Nº 2/2012 (SETEMBRO—DEZEMBRO)
e ainda do Arquivo do Hospital de Faro EPE.
Conferência “Escrivães e Pregoeiros no Con-
celho de Loulé (séculos XIV-XV)” .
No dia 12 Maio, pelas 15h00, o Arquivo Municipal
de Loulé recebeu Maria José Azevedo Santos, que
apresentou uma Conferência subordinada ao tema
“Escrivães e Pregoeiros no Concelho de Loulé
(séculos XIV-XV)”. Maria José Azevedo Santos é
Professora Catedrática da Faculdade de Letras da
Universidade de Coimbra, Diretora do Arquivo da
Universidade de Coimbra e Vice-Presidente da
Câmara Municipal de Coimbra.
Exposição “Restauro e preservação do Livro
de Registo das Visitas da Ordem de Santiago
à Igreja de S. Clemente”.
Entre os dias 2 e 31 de Maio, esteve patente no
Arquivo Municipal a Exposição “Restauro e preser-
vação do Livro de Registo das Visitas da Ordem de
Santiago à Igreja de S. Clemente”. Esta Mostra
surgiu porque, em Agosto de 2011, a Câmara
Municipal de Loulé, através do Arquivo Municipal
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e a Diocese do Algarve em conjunto com a Paró-
quia de S. Clemente de Loulé, concordaram na
necessidade urgente de se proceder a um proces-
so de restauro e de preservação de um livro
inventariado sob o título Livro de Registo das Visi-
tas da Ordem de Santiago à Igreja de S. Clemen-
te. O livro é composto por um conjunto de visitas
pastorais realizadas pelos comendadores da
Ordem de Santiago às igrejas e padroados que a
Ordem administrava no território algarvio, com
documentos datados desde 1585 a 1827. A fragilidade do documento, com folhas soltas e
rasgadas, corroído pelas tintas ferrogálicas, dobra-
do pelo tempo e pelo uso, sujo, e com todos
outros problemas inerentes a circunstâncias mais
ou menos negativas para a sua conservação cha-
mou a atenção dos párocos da Paróquia de S. Cle-
mente de Loulé que, abraçando uma oportunidade
de encontro institucional entre a Diocese e a
Câmara cedo entraram em contacto com o Arqui-
vo Municipal no sentido de se proceder ao salva-
mento deste documento tão importante para a
historiografia do concelho de Loulé, da Igreja e
mesmo para a história da Arte.
A intervenção para restauro constou de: desmem-
bramento do corpo do livro, limpeza dos fólios e
remoção de sujidade, limpeza aquosa para remo-
ção de produtos de alteração solúveis em água,
remoção de carcelas, consolidação de rasgões com
papel japonês e cola de amido, preenchimento das
faltas de suporte com papel japonês e cola de
amido, execução de novas carcelas em papel japo-
nês para não aumentar a altura da lombada, pla-
nificação do suporte, execução da costura segundo
estrutura original, colocação de novas guardas
Nº 2/2012 (SETEMBRO—DEZEMBRO)
em papel, consolidação das pastas de cartão, con-
solidação da pele e dos tecidos das pastas, acon-
dicionamento em caixa de cartão neutro.
Exposição “O sagrado e o quotidiano em Lou-
lé medieval – a trilogia alimentar mediterrâ-
nica”
A conferência foi apresentada por Luísa Martins,
em 15 de Setembro, pelas 15h00. Doutorada em
História, desenvolve investigação em História
Regional e Local e em Estudos da presença portu-
guesa em África. Profissionalmente detém o cargo
de Diretora de Departamento na Câmara Municipal
de Loulé, no qual se inclui o Arquivo Municipal.
Sobre o conteúdo da conferência:
Como se alimentavam as populações do concelho
de Loulé nos séculos XIV, XV e XVI? Como conse-
guem, os historiadores, conhecer os hábitos ali-
mentares das populações medievais? A trilogia
alimentar mediterrânica – “pão, azeite e vinho” –
já fazia parte da alimentação dos louletanos de
antanho?
Para estas e outras questões encontramos possí-
veis respostas que muitas vezes nos surpreen-
dem. Para além de desvendarmos os hábitos
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alimentares das populações, verificamos ainda a
capacidade de organização e de gestão concelhia
para ultrapassar as crises cerealíferas e para pro-
teger o desenvolvimento da agricultura.
Apresentação o 7º volume da coleção Cader-nos do Arquivo. A 13 de Outubro, João Miguel Simões apresentará
o 7º volume da coleção Cadernos do Arquivo, inti-
tulado “História económica, social e urbana de
Loulé”, resultado da investigação de João Miguel
Simões realizada por solicitação da equipa respon-
sável pela elaboração do Plano de Urbanização da
Cidade de Loulé.
Conferência “Compromissos, solidariedades e
condutas de governação no Algarve Medie-
val”.
A 10 de Novembro, pelas 15h00, Maria de Fátima
Botão apresentará uma conferência intitulada
“Compromissos, solidariedades e condutas de
governação no Algarve Medieval”. Doutorada em
História pela Faculdade de Ciências Sociais e
Humanas da Universidade Nova de Lisboa, tem
Nº 2/2012 (SETEMBRO—DEZEMBRO)
repartido as suas atividades profissionais entre o
Ensino, e a investigação, sendo Investigadora
Integrada do C.E.H. da Universidade Nova de Lis-
boa.
Sobre o conteúdo da conferência:
No Algarve, o universo medieval plasma a vulne-
rabilidade da existência humana, as privações e as
suas fragilidades, na regulação de formas de
estar, de interagir e de governar as cidades e os
concelhos. Cada município exarava um conjunto
de normas, de forma a assegurar os direitos e os
deveres das populações, a segurança, a justiça, o
trabalho, as atividades, o lazer, o aprovisionamen-
to, o controlo dos preços, e disputando com enti-
dades extrínsecas, o seu aproveitamento. Num
mundo laboral crespo e difícil, não eram raros os
constrangimentos colocados pelos compromissos
para com a comunidade, a que cada um se via
obrigado, de que é exemplo um alfageme louleta-
no, coagido ao transporte e venda de peixe, em
1403, entre outros casos que se poderão referir.
A articulação dos concelhos com os respetivos
espaços rurais, e com o nacional a que perten-
ciam, traçava, por sua vez, os compromissos com
as demais estruturas urbanas regionais. Nenhuma
podia dispensar a fusão de sinergias para reagir a
decisões institucionais, financeiras ou económicas,
que lhe feriam direitos e interesses próprios; essa
fusão de esforços era sobretudo importante, quan-
do as embarcações que ferravam num ou noutro
porto trazendo o elementar cereal, obrigavam,
como moeda de troca, a quantias avultadas de
figos ou de passas que, individualmente, cada
município não tinha como arranjar. Cooperava-se,
assim, em nome de uma ideal “harmonia”, numa
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Ficha Técnica Título: Boletim da RAalg | Produção Editorial: António Monteiro ([email protected]) / João Sabóia ([email protected])
Propriedade: Rede de Arquivos do Algarve| ISSN 2182-6161
rede de partilha e de solidariedade, oportunamen-
te evocada, quando a associação de forças se tor-
nava decisiva.
Rita Moreira
Nova página online do Arquivo Municipal de Tavira
Na sequência da renovação de imagem do site da
Câmara de Tavira, também a página do Arquivo
Municipal alojada no referido site sofreu uma
renovação. O acesso faz-se através da ligação
indicada mais abaixo ou seguindo a navegação
dos menus “Áreas de intervenção” > “Cultura e
Património” > “Arquivo Municipal”.
Apesar da nova imagem, o Arquivo manteve a
maior parte dos conteúdos que já disponibilizava
anteriormente. A novidade reside na possibilidade
de agora divulgar na rubrica “Documento do Mês”
todos os trabalhos feitos em meses e anos transa-
tos, para ler pela primeira vez para quem é novo
leitor da página ou recordar para quem acompa-
nha assiduamente esta iniciativa.
Nº 2/2012 (SETEMBRO—DEZEMBRO)
Ligação: http://www.tavira.pt/site/content/camara-arquivo/arquivo-municipal
Isabel Dias Salvado
