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Universidade Estadual de Maringá 26 e 27/05/2011 1 A RELAÇÃO ENTRE A EDUCAÇÃO E A REPRESENTAÇÃO IMAGÉTICA DO INFERNO DE DANTE GUIMARÃES, Márcia (UEM) OLIVEIRA, Terezinha (Orientadora/UEM) Introdução Dante Alighieri nasceu em Florença, em 1265, período especialmente crítico na história da cidade, quando gibelinos e guelfos 1 se envolveram em encarniçados conflitos. Era um homem que conhecia as sutilezas do poder, suas armadilhas políticas, mas era também fiel às suas idéias, às suas convicções acerca da justiça, das responsabilidades inerentes a quem responde pela sociedade através da ação política. Envolveu-se ativamente na política, tendo sido Prior de Florença, entre 15 de junho e 15 de agosto de 1300. A Europa, depois de séculos organizada sob os moldes feudais, orientada pelos padrões cristãos, que por sua vez, influenciavam as corporações de ofícios e as escolas, havia uma sociedade em pleno processo de transformação sendo desafiada a dar respostas a questões inéditas. Essas pessoas passaram a viver uma [...] verdadeira revolução devido ao contato direto dos estudiosos com as obras do pensamento grego, à restauração do direito romano, e ao ardoroso conhecimento e cultivo da filosofia sobre se haver intensificado o estudo dos clássicos latinos que se perlustravam com entusiasmo desde o ano 800 (NUNES. 1980, p.1). A importância da obra de Dante para a Educação, consiste na relação entre seu profundo conhecimento filosófico com a vida cotidiana, a prática social. Ao pensar e 1 Os guelfos eram partidários da autonomia da República e ao mesmo tempo da incolumidade do Papa, em que viam o fiador desta liberdade no âmbito da política geral da Península, e os gibelinos, adeptos do poder unitário imperial (MARTINS, 1991, v. 1, p.28).

A RELAÇÃO ENTRE A EDUCAÇÃO E A REPRESENTAÇÃO IMAGÉTICA … · medieval, que é a religião. Os textos sagrados bem como todo o registro iconográfico pensamento e a imagem,

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Universidade Estadual de Maringá 26 e 27/05/2011

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A RELAÇÃO ENTRE A EDUCAÇÃO E A REPRESENTAÇÃO

IMAGÉTICA DO INFERNO DE DANTE

GUIMARÃES, Márcia (UEM)

OLIVEIRA, Terezinha (Orientadora/UEM)

Introdução

Dante Alighieri nasceu em Florença, em 1265, período especialmente crítico na

história da cidade, quando gibelinos e guelfos1 se envolveram em encarniçados

conflitos. Era um homem que conhecia as sutilezas do poder, suas armadilhas políticas,

mas era também fiel às suas idéias, às suas convicções acerca da justiça, das

responsabilidades inerentes a quem responde pela sociedade através da ação política.

Envolveu-se ativamente na política, tendo sido Prior de Florença, entre 15 de junho e 15

de agosto de 1300.

A Europa, depois de séculos organizada sob os moldes feudais, orientada pelos

padrões cristãos, que por sua vez, influenciavam as corporações de ofícios e as escolas,

havia uma sociedade em pleno processo de transformação sendo desafiada a dar

respostas a questões inéditas. Essas pessoas passaram a viver uma

[...] verdadeira revolução devido ao contato direto dos estudiosos com as obras do pensamento grego, à restauração do direito romano, e ao ardoroso conhecimento e cultivo da filosofia sobre se haver intensificado o estudo dos clássicos latinos que se perlustravam com entusiasmo desde o ano 800 (NUNES. 1980, p.1).

A importância da obra de Dante para a Educação, consiste na relação entre seu

profundo conhecimento filosófico com a vida cotidiana, a prática social. Ao pensar e

1 Os guelfos eram partidários da autonomia da República e ao mesmo tempo da incolumidade do Papa, em que viam o fiador desta liberdade no âmbito da política geral da Península, e os gibelinos, adeptos do poder unitário imperial (MARTINS, 1991, v. 1, p.28).

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agir na em prol da sociedade, Dante nos permite, por meio de suas obras literárias,

enxergar o papel histórico e transformador da Educação.

A produção dantesca comprova a determinação do Poeta em proclamar, aos mais

diversos públicos, os erros que estavam sendo cometidos pelos governantes e que

acarretavam graves e irreparáveis danos àquela sociedade. Monarquia é a sua crítica política, a antecipação da aliança entre clero e nobreza que

seria verificada na formação dos Estados Nacionais, no século XIV. Mas é de grande

importância ressaltar que o Poeta sempre foi enfático em separar o poder temporal do religioso;

para ele, Estado e Igreja deveriam agir em esferas absolutamente independentes.

Em Convívio, discorre sobre filosofia, teologia, ciência. É a explicação do seu

pensamento, a narrativa da sua infelicidade no exílio, a sua preocupação com a

Educação e com o Conhecimento de maneira a tornarem os homens capazes de

transformar a sociedade.

Nesta obra, dedica boa parte do Tratado Primeiro a explicar o porquê de escrever

em vulgar e inicia seus argumentos assim:

Depois que foi limpo este pão das máculas acidentais, fica para desculpar uma substancial, isto é, que seja vulgar e não latino; que, por semelhança se pode dizer de aveia que não de trigo. E disto brevemente o desculpam três razões, que me levaram a tal preferência: uma deriva da cautela contra uma ordenação inconveniente; outra, da prontidão da liberalidade; a terceira, do natural amor à mesma linguagem (DANTE, 1991, p. 39).

O Poeta afirma ser uma “mácula substancial” o fato de escrever em vulgar em

vez de latim. Substancial, por ser o latim o idioma culto por excelência. O latim foi,

durante toda a Idade Média, a língua de uso universal no Ocidente. As obras clássicas,

pagãs ou cristãs, eram escritas nesse idioma e, portanto, qualquer matéria ensinada na

escola requeria o seu domínio. Mas a sociedade que passou a se delinear a partir do

século XI, com caráter citadino crescente, começou a mudar esse rigor lingüístico,

abrindo caminho para o uso das línguas vernáculas.

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A respeito da importância cada vez maior das línguas vernáculas, ao final da

Idade Média, Verger escreve:

Por todo o lado, novas línguas vernáculas se impunham, freqüentemente elas mesmas divididas em vigorosos subgrupos de dialetos. Nos países da Antiguidade romana, falavam-se diversas línguas: italiano, catalão, castelhano, português, langue d’oc, langue d’oil,; em outros lugares, triunfavam as línguas anglo-saxônicas ou germânicas; na Europa central, havia a reunião de países de língua eslava ou húngara, enquanto que, na direção do Atlântico, as línguas célticas eram já de alguma forma marginalizadas. No final da Idade Média, essas línguas vernáculas já haviam alcançado seu período áureo, comportando, inclusive, um longo passado e múltiplos títulos de glória. Socialmente, elas eram faladas tanto pela mais alta aristocracia quanto pelo povo comum; muitos nobres, e até príncipes, não falavam outras línguas e ignoravam o latim. Seu papel cultural era igualmente bem estabelecido. Mesmo se algumas (o bretão, o basco...) fossem ainda essencialmente línguas orais, a maior parte, desde há muito, dispunha da escrita e se alimentava de uma produção abundante e diversa.(...) eram também línguas literárias que proporcionariam obras-primas em múltiplos gêneros: poesia épica, cortesã ou satírica, romances, teatro, história. (VERGER, 1999, p. 24)

Dante foi um dos homens cultos do final da Idade Média a destacar o papel das

línguas vernáculas para a formação da sociedade. Argumenta que, ao escrever em

vernáculo, contribuiria para que um número maior de pessoas soubesse agir, cada uma

no seu respectivo estamento social, de forma mais proveitosa. Essa preocupação com a

capacidade transformadora de uma sociedade politizada coloca Dante no patamar de

educador, pois sua obra não se dirige unicamente aos cultos, à ”gente de saber”. Os

níveis de leitura que ele oferece, em vez de serem obstáculos, mostram-se como

diversos caminhos que levam ao mesmo destino: o Conhecimento. Homem da Idade Média, carregado do saber escolástico, Dante escreve, em latim, De

Vulgari Eloquentia, um tratado sobre a ciência da linguagem. É o primeiro a afirmar a

superioridade intrínseca da vida nas línguas vernáculas sobre o latim. Piccarolo destaca a

importância deste trabalho como precursor da semiótica ao afirmar

No capítulo nono, trata das três línguas predominantes naquela época: provençal, francês e italiano; língua d`oc, língua d`oil e língua do si; distinção baseada nos diferentes advérbios afirmativos de que se serviam os povos que falavam essas línguas. Estas, por sua vez,

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subdividiam-se em numerosos dialetos, sendo que, não somente cada região, cada província, mas cada cidade e até cada arrabalde da mesma cidade fala um dialeto próprio. Todas essas alterações dependem, segundo Dante, de uma causa única e idêntica; isto é, do fato de que, sendo o homem animal sumamente instável e variável (instabilissimus et variabilissimus animal), a sua linguagem não pode ser nec durabilis nec continua, como, alias, não são os seus hábitos e os seus costumes, modificando-se com a distancia de tempo e de lugar – intuição estupefaciente, que por si só bastaria para revelar o gênio, e que contem os germes da moderna doutrina da evolução e, portanto, da vida da linguagem. (PICAROLLO, 1954, p. XXIX)

Ao longo de toda a produção dantesca podemos identificar a preocupação do

Poeta não apenas em levar o saber àqueles que não dispunham do conhecimento formal,

mas também em encontrar formas de concretizar este objetivo. Dante não se limitou a

perceber e a estudar as limitações existentes aos integrantes daquela sociedade em

participarem criticamente das mudanças que estavam jogo na Florença no início do

trecento; ele tratou de criar procedimentos, formas, mecanismos, para que o

aprendizado acontecesse. Também buscou nas alegorias e nos simbolismos, tão

significativos na cultura medieval, a inspiração para educar.

Neste trabalho, nos concentraremos em apresentar o Inferno dantesco como

instrumento para levar ao maior público possível os valores éticos e morais sobre os

quais aquele mundo - herdeiro da cultura greco-romana -, estava instalado, e de maneira

acessível mesmo aos iletrados.

Assim, ao trazer à baila a tradição simbólica existente na cultura medieval,

possibilitou uma profusa expressão da arte associada à sua obra maior, A Divina

Comedia.

As alegorias e o simbolismo no Inferno de Dante

De Sanctis afirma, em Storia della litteratura italiana, que A Divina Comédia

não apresenta um conceito inédito, nem original. Na verdade, sua estrutura alegórica2

2 “A alegoria é a união extrínseca ou aproximação convencional e arbitrária de dois fatos espirituais, de um conceito ou pensamento e uma imagem, pelo qual se estipula que essa imagem deve representar aquele conceito. E não só, por seu intermédio, não fica explicado o caráter unitário da imagem artística, mas ainda fica estabelecida uma dualidade, porque naquela aproximação o pensamento continua sendo

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foi inspirada na Commedia dell’anima, originada na Alta Idade Média a qual o autor

define como

uma história ideal da vida dos santos, uma espécie de lógica, onde estão as idéias fundamentais da santificação, o esqueleto de todas as vidas dos santos. (...) chama-se comédia porque termina com a salvação e não a perdição da alma. É chamada também de mistério pela sua natureza alegórica. (DE SANCTIS, 1996, p. 98-99).

No entanto, Dante faz desse modelo já existente de produção literária um

caminho para discutir as questões sociais que o afligiam. A Divina Comédia foi o

instrumento mais eloqüente criado pelo Poeta para pôr em discussão a sociedade e seus

problemas e, ao mesmo tempo, ampliar, ao máximo, o número de cidadãos envolvidos.

Dante traduz aos homens desprovidos de erudição o pensamento de Aristóteles,

Boécio, Tomas de Aquino, Agostinho, por meio da linguagem simbólica, inserindo os

valores morais e éticos defendidos por eles e outros, no cotidiano da sociedade.

A respeito da importância pedagógica da linguagem simbólica, Lauand registra

Certamente, todas as épocas conhecem e cultivam enigmas, adivinhas e charadas, mas, no caso da Idade Média, há uma especial afinidade com esses jogos de linguagem: eles atingem valores centrais: não só pelo lúdico - que é um fim em si – e seu valor pedagógico, mas também pela carga religiosa que, na interpretação da época, o enigma traz consigo. Isso se compreende melhor, quando, por um lado, mostrarmos a consideração religiosa dos enigmas; e, por outro, quando se recorda que o grande “tema transversal” de toda a educação medieval é a religião, a visão religiosa, e que a busca do entendimento da Palavra de Deus, se dá numa clave amplamente alegórica. (LAUAND, 2011, p.1)

Lauand sinaliza para uma outra questão importantíssima que permeia a educação

medieval, que é a religião. Os textos sagrados bem como todo o registro iconográfico

pensamento e a imagem, imagem, sem relação entre eles; a tal ponto que, ao contemplar a imagem, esquecemo-nos, sem prejuízo algum, e, aliás, com vantagens, do conceito, e ao pensar o conceito, dissipamos, também com vantagem, a imagem supérflua e tediosa (CROCE, 2001, p. 47-48).”

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que os acompanham integram a amálgama que garante o processo de aquisição, registro

e introjecção do saber na construção cultural.

A Divina Comédia, julgamos importante destacar as observações feitas por

Spina no que tange ao papel pedagógico da literatura.

Desde Platão se discute acerca das possíveis relações entre a arte literária e o seu papel pedagógico, questão que tem dividido teóricos e literatos através dos tempos, consoante as posições e as escolas literárias. Se a beleza é fim supremo da arte, segue-se que fazer dela um instrumento apologético é negar a sua própria natureza, é rebaixar a sua dignidade intrínseca. A Moral tem a sua soberania como tem a Arte; se, numa escala de valores, sobrepomos os valores éticos aos valores estéticos, isto não significa que estes devam estar subordinados àqueles, nem que uma obra de arte seja inferior a um tratado de moral. (SPINA, 1995, p.75)

A considerar a afirmação de que a beleza é o fim supremo da arte e que valores

estéticos e éticos na arte se equiparam, o que dizer de um poema tão poderoso que

educa por si enquanto inspira, através dos séculos, artistas das mais diversas culturas?

A Divina Comédia, como obra de arte, vai ao encontro de Croce quando este

afirma tratar-se de preconceito o fato de determinar conceito e limites para a arte.

Concluirei a resenha dos preconceitos sobre a arte com aquele que tem maior uso, porque se imiscui na vida cotidiana da crítica e da historiografia artística: o preconceito da possibilidade de distinguir várias ou muitas formas particulares de arte, cada qual determinável em seu próprio conceito e limites, e dotadas de leis próprias. Esta doutrina, errônea, toma corpo em duas séries sistemáticas, uma das quais é conhecida como teoria dos gêneros literários e artísticos (drama, lírica, poema épico e romanesco, etc) e a outra como teoria das artes (poesia, pintura, escultura, etc), e uma funciona por vezes como subdivisão da outra (CROCE, 2001, p. 64-65).

Tendo como premissa a relação indissociável entre a arte e o belo e

considerando que arte é uma forma de manifestação da essência humana, podemos

afirmar que a importância de Dante reside também nesse poder que alguns poucos

homens têm de associar a genialidade artística com a crítica social do seu tempo. Mais

do que traduzir aquela sociedade, a obra de Dante foi conhecida por ela. Prova disso

está no sucesso atingido com a publicação da Divina Comédia. Não importa tanto o

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nível de leitura atingido por esta ou aquela parcela de leitores. Quer tenha sido

apreendida de forma literal e alegórica, quer de forma mais erudita, escolástica, a poesia

dantesca traduziu sentimentos, contradições e conflitos eminentemente humanos e,

portanto, sempre merecedores de atenção.

A seguir, relacionamos algumas imagens, produzidas entre os séculos XIV e XV

e limitadas aos primeiros Cantos do Inferno. Contudo, acreditamos que limitações de

período e de Cantos não comprometem o objetivo deste trabalho, o de mostrar o

fascínio atemporal provocado pelo Grande Florentino nos corações nas mentes de seus

leitores.

O mapa do Inferno. Sandro Botticelli. Florença, 1497.

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Inferno, Canto I, v. 31-33. Miniatura lombarda, início do século XV

Inferno, Canto I, v. 49-51. Miniatura lombarda, início do século XV.

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Inferno, Canto III, v. 85-89. Miniatura ferrarezi, final do século XV.

Inferno. Canto V, v. 4-8. Miniatura ferrarezi. Final do século XV

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Inferno. Canto VI. Miniatura inicial. Atribuída a Giotto ou a sua escola. Primeira metade do século XIV.

Inferno. Canto VIII. Dante e Virgílio diante das três chamas. Miniatura emiliana, final do século XIV.

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Inferno. Canto VIII. Miniatura emiliana. Final do século XIV

Inferno. Canto VIII. V. 55-58. Miniatura ferrarezi. Final do século XV.

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Inferno. Canto VIII. Miniatura ferrarezi. Final do século XV.

REFERÊNCIAS

CROCE, B. Breviário de estética. São Paulo: Ática, 2001.

DANTE. Convívio. Lisboa: Guimarães Editores, 1992.

DE SANCTIS, F Storia della letteratura italiana.Torino: Einaudi-Gallimard, 1996.

LAUAND, J. Enigmas, alegoria e religião na educação medieval.

http://www.hottopos.com/notand18/enigmas.pdf (acesso em 19-05-2011)

NUNES, R. A. da C. História da educação no Renascimento. São Paulo: EDUSP, 1980.

PICCAROLO, A. As obras menores de Dante. IN: A Divina Comédia. V. 1. São Pulo: Editora Tietê, 1954.

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SPINA, S. Introdução à poética clássica. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

VERGER, J. Homens e saber na idade média. Bauru: Editora da Universidade do

Sagrado Coração, 1999.