A Revelação Será Futura

7/18/2019 A Revelação Será Futura

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CENTRO PRESBITERIANO DE PÓS-GRADUAÇÃO ANDREW JUMPER

S.T.M. EM TEOLOGIA SISTEMÁTICA

A REVELAÇÃO DE DEUS É FUTURA

Artigo apresentado ao CentroPresbiteriano de Pós Graduação Andrew

Jumper, em cumprimento parcial àsexigências para a obtenção do Grau deMestre em eologia na !rea de eologia"istem!tica, na disciplina eologia da#e$elação%

&rientador' Pro(% )r% *eber C% deCampos

POR

EWERTON BARCELOS TOKASHIKI



Sã P!"#$ %&'(

A REVELAÇÃO DE DEUS É FUTURA

As Escrituras ensinam que no presente estado, decaído

em pecado, ninguém é capaz de ver a Deus (Êx 33:18!3" 1 #m

$:1$%& ' pecado causa separa)o entre o ser *umano e Deus, e

agrava o +ato da criatura estar de+eituosa para receer e

assimi-ar per+eitamente qua-quer reve-a)o divina& 's sa-vos

mesmo estando so os ene+ícios da graa sa-vadora ainda

so+rem com a presena do pecado& Em especia- a sua

capacidade de con*ecer ao .en*or Deus ainda encontrase

pre/udicada, de modo que, ainda depende de meios

reve-acionais& 0uando risto retornar, os e-eitos ser)o -iertos

da presena do pecado, em como ter)o os seus corpos

trans+ormados e aper+eioados como o corpo do 2edentor& A

vida ser des+rutada p-enamente com a *aita)o de Deus com

o seu povo& Amp-iar)o o seu con*ecimento das coisas desta

vida, saer)o numa esca-a maior e per+eita, e ver)o a Deus4

Este artigo tem o o/etivo de expor o entendimento da

teo-ogia re+ormada acerca da reve-a)o que Deus conceder ao

seu povo na consuma)o da reden)o& 5rimeiramente se

ana-isar o que tradiciona-mente se cr6 por vis)o eatí7ca de

Deus, sendo e-e o nosso sumo em e a +onte de toda a

satis+a)o eterna& Depois, que tipo de con*ecimento teremosno novo céu e nova terra, e como *aver continuidade da



ci6ncia e dos demais saeres do tempo presente estendidos

para o porvir& #erceiro, ao adquirir a vis)o g-oriosa de Deus e o

seu con*ecimento santo e per+eito, seria p-ausíve-questionarmos se a memria do so+rimento e das

consequ6ncias do pecado ser preservada naque-e -ugar de

gozo e imensurve- a-egria9 E por -timo, ainda caeria

responder ; pergunta se num -ugar per+eito, *aver progresso

da cu-tura9 ' con*ecimento acerca do +uturo é a-go sedutor,

instiga a curiosidade em muitos temas, entretanto, devemos

extrai-o somente da autoridade da Escritura .agrada&

A VISÃO BEATÍFICA DE DEUS

's te-ogos re+ormados +a-am da vis)o eatí7ca de Deus

re+erindose ;que-e con*ecimento que +ar os g-ori7cados

p-enamente +e-izes& 2&<& =auc>man ainda nota que esta vis)o de

Deus tamém tem ?um contraste entre o con*ecimento de

Deus indireto, +ragmentrio e oscuro, que temos nesta vida, e

a apreens)o c-ara e direta de Deus, como e-e é, a que

aspiramos (1 o 13:1!%&@1 A ideia é de que na g-ori7ca)o ao

ver a Deus atingir)o o pice da satis+a)o ce-estia- por ser e-e

o em supremo& ranois #urretin a de7ne como sendo ?o

per+eitíssimo e c-aro con*ecimento de Deus e das coisas

divinas, tais como podem pertencer a uma criatura 7nita,

oposto ao con*ecimento imper+eito e oscuro que é possuído

+ #%J% auc-man, ./isão de )eus0 in' "inclair % 1erguson, )%1% 2rig3t 4 J%5%Pac-er, org%, Novo Dicionário de Teologia 6"ão Paulo, 7ditora *agnos, 899:;, p%

++:8%



aqui mediante a +é@&! Bo estado g-ori7cado os sa-vos n)o

precisar)o mais da +é, porque e-es ver)o a Deus sem a

media)o da Escritura .agrada& Assim, o seu con*ecimento+uturo con*ecimento de Deus ser per+eito, sem interpretaCes

errneas, nem oscuras, mas receer)o uma per+eita

reve-a)o&

Deus nunca poder ser visto pe-os o-*os +ísicos, mesmo

estando os emaventurados em corpos g-ori7cados& 0uanto a

isto #urretin argumenta que

as Escrituras enumeram a invisii-idade entre as propriedades

essenciais e imutveis de Deus e negam ao *omem n)o s o ato,

mas tamém o poder de v6-o& As passagens s)o: - 1:1" 1 #m

1:1F" $:1$" G 11:!F" Êx 33:!H& Deus é um Espírito incrporeo e

simp-es, que consequentemente n)o pode enquadrarse ;

sensa)o do corpo, porque o poder n)o vai a-ém de seu prprio

o/eto& #erceiro, a vis)o tica na outra vida suceder ; +é (! o

:F%& 'ra, esta é menta- e inte-ectua-, n)o sensíve-& ina-mente,

nem a tota-idade da ess6ncia pode assim ser vista (porque n)o

* propor)o entre a +acu-dade e o o/eto, entre o 7nito e o

in7nito%, nem uma parte de-a (porque assim e-a viria a ser

divisíve- e morta-%&3

A expectativa de uma vis)o de Deus é a-imentada pe-oscrentes no decorrer de amas as administraCes da a-iana& Ba

antiga a-iana emora a reve-a)o da consuma)o estivesse

ainda um tanto que oscura, podese -er o registro do anseio

que memros da a-iana nutriam quanto ; esperana +utura de

8 1rançois urretin, Compêndio de Teologia Apologética 6"ão Paulo, 7ditora

Cultura Cristã, 89++;, $ol% <, p% =8:%

> 1rançois urretin, Compêndio de Teologia Apologética, $ol% <, p% =8:%



estarem ante a +ace de Deus (.- 1F:1" It :8" 1 o 13:1!" 1 <o

3:!" Ap !!:3J%&

0uando o-*amos para a *istria da igre/a, perceese que Agostin*o, no período da 5atrística, +oi quem me-*or

desenvo-veu o conceito da vis)o eatí7ca& A-ister IcKrat* nota

que Agostin*o ensinou que

a vis)o de Deus possui uma capacidade nica de satis+azer o

dese/o *umano, u-trapassando aso-utamente a capacidade de

todo ser ou toda coisa criada& #a- vis)o é o summum bonum, o

sumo em, ?a -uz pe-a qua- a verdade é receida e a +onte da

qua- as 6n)os s)o asorvidas@&J

Agostin*o pressupondo a trans+orma)o do corpo para uma

adaptada rea-idade espiritua-, +a-a do modo como os

g-ori7cados ver)o a Deus& E-e dec-ara que

é possíve- e muito críve- que na outra vida veremos de ta-maneira os corpos mundanos do novo céu e da nova terra, que

com c-areza assomrosa veremos a Deus, que est presente em

todas as partes e governa todas as coisas corporais" v6-oemos,

por intermédio de nossos corpos trans+ormados, e em todos os

corpos a que vo-vermos os o-*os& L6-oemos n)o como agora

vemos as coisas invisíveis de Deus, pe-as coisas criadas, em

espe-*o, em enigma e em parte, onde va-e mais a +é com quecremos que a espécie das coisas corporais que vemos por meio

dos o-*os corpreos& M&&&N Oogo, veremos Deus por meio de o-*os

que em poder se asseme-*ar)o ao espírito, o que -*es permitir

ver tamém a natureza incorprea, coisa di+íci- ou impossíve- de

/usti7car por testemun*os das divinas Escrituras, ou, o que é

mais +ci- de entender, Deus sernos t)o con*ecido e t)o

< Alister McGrat3, Teologia – os fundamentos 6"ão Paulo, 7diç?es @oola, 899:;,

pp% 88>B88<%



visíve-, que com o espírito o veremos em ns, nos outros, em si

mesmo, no novo céu e na nova terra, e em todo ser ent)o

susistente& L6-oemos tamém, pe-o corpo, em todo corpo,

aonde quer que os o-*os espirituais do corpo espiritua- se

diri/am& Bossos pensamentos ser)o patentes a todos e

mutuamente&

Agostin*o cr6 que aps a trans+orma)o do corpo e de toda a

cria)o, a reve-a)o de Deus ser imediata, de modo que o

con*ecimento no estado de g-ria ocorrer a-ém do que é+ísico&$ Entretanto, e-e dec-ara con+usamente que ?por meio de

o-*os que em poder se asseme-*ar)o ao espírito@ que é sua

especu-a)o, pois é ?coisa di+íci- ou impossíve- de /usti7car por

testemun*os das divinas Escrituras&@

A tradi)o medieva- romana ensina que Deus pode ser

visto em sua ess6ncia& <& Lan Engen esc-arece queos te-ogos medievais, especia-mente #oms de Aquino e outros,

+ortemente inPuenciados pe-a 7-oso7a aristoté-ica, de7niam a

vis)o de Deus como uma intui)o ou percep)o direta da .ua

prpria exist6ncia (essentia% como um ato eterno do inte-ecto e

como a-go tota-mente sorenatura- no seu carter&F

"anto Agostin3o, A Cidade de Deus 6ragança Paulista, 7ditora Dni$ersit!ria

"ão 1rancisco, =E%ed%, 899F;, pp% <B%

F &s luteranos entendem a $isão beatHIca de )eus como não sucedendo

meramente por contemplação mental 6visio corporalis;, mas especialmente pelos

ol3os (Hsicos gloriIcados% Jo3n 3eodore Mueller, Dogmática Cristã 6Porto Alegre,

Concórdia 7ditora, <E ed% re$%, 899<;, p% :>%

= J% /an 7ngen, ./isão eatHIca0 in' 2alter A% 7lwell, ed%, Enciclopédia HistóricoTeológica da !gre"a Cristã 6"ão Paulo, 7diç?es /ida o$a, reimpressão em +

$olume, 899:;, p% F8%



Di+erentemente dos esco-sticos romanos, os re+ormados

assumiram que o con*ecimento de Deus permaneceria

-imitado& <acous A-tingius dec-ara que os g-ori7cados ver)o ?amais c-ara vis)o de Deus, que é a intuitiva percep)o de Deus"

e mental Mvis)oN se a ess6ncia espiritua- est na vis)o, e a

ocular Mvis)oN no Deus encarnado ta- como os an/os t6m&@8

Emora *a/a desacordo entre os antigos re+ormados, -uteranos

e ca-vinistas, quanto ao modo que ocorrer a vis)o eatí7ca,

Antonius Qa-aeus a7rma que ?concordamos que a g-ria de

Deus ser mais p-enamente vista na natureza *umana de

risto R todavia, admitimos que esta verdadeira vis)o, que é a

suprema ase da vida eterna, n)o ser do que é corpora-, mas

com os o-*os da a-ma@&S 5or vezes, este con*ecimento que ser

adquirido pe-os g-ori7cados é c*amado de theologia beatorum&

2ic*ard A& Iu--er de7ne a teo-ogia eatí7ca, na perspectiva

dos protestantes esco-sticos, como sendo ?a teo-ogia que os

enditos e-eitos s)o capazes de con*ecer no céu, em *armonia

com o liber gloriae, o To -ivro da g-riaU, e o lumen gloriae, a

T-uz da g-riaU&@1HEste con*ecimento n)o ser uma visio Dei per

essentiam, ou se/a, de Deus em si, mas dado por e-e através da

cria)o redimida, do que ser reve-ado em risto, e do que

pode ser con*ecido por intui)o& ' con*ecimento dos

Jacobus Altingius, #et$odus T$eologiae Didactiae 6&pera, Amsterdam, +F=;

citado em *einric3 *eppe, %eformed Dogmatics 6@ondon, 2a-eman Great

#eprints, s%K%;, p% =9=%

: Antonius 2alaeus& 'oci communes s( T$eologiae 6@eiden, +F<9; citado em

*einric3 *eppe, %eformed Dogmatics, p% =9=%

+9 #ic3ard A% Muller, Dictionar) of 'atin and *ree+ T$eological Terms 6Grand

#apids, a-er Academics, 899F;, p% >99%



g-ori7cados ser sempre uma theologia ectypa por ser 7nita e

uma rePex)o da divina theologia archetypa, que é o per+eito

con*ecimento de Deus de si mesmo&11

V-aas .c*i-der est correto em re+utar a ideia de que

poderemos ver a ess6ncia de Deus& E-e escreve que

?estritamente +a-ando n)o podemos conceer uma visio per

essentiam de Deus& De +ato, é uma to-ice esperar que o *omem

possa um dia ver Deus em sua ess6ncia&@1! Emora a reve-a)o

na nova terra se/a ;que-es que estar)o num estado g-ori7cado,

ausentes de qua-quer -imita)o imposta pe-o pecado, ainda

ser)o 7nitos, isto é, *aver uma incapacidade +ísica, e Deus

sempre ser in7nito& ' corpo g-ori7cado estar adaptado para

receer o con*ecimento que teremos de Deus, mas n)o ser

por meio de o-*os +ísicos que veremos o 5ai&

omo ent)o con*eceremos a Deus +ace a +ace, se n)o

seremos capazes de ver a sua ess6ncia divina9 2esumindo a

perspectiva re+ormada, German =avin> dec-ara que

quando o-*amos o espe-*o da reve-a)o de Deus, vemos apenas

sua imagem, mas ent)o o veremos +ace ; +ace e con*eceremos

como tamém somos con*ecidos& ontemp-a)o (visio%,

compreens)o (comprehensio% e o des+rutar de Deus ( fruitio Dei%

compCem a ess6ncia de nossa emaventurana +utura& 'sredimidos veem Deus R de +ato R n)o com o-*os +ísicos, mas de

uma +orma que sorepu/a toda a reve-a)o nesta dispensa)o

+eita por meio da natureza ou da Escritura& Assim, todos o

con*ecer)o, cada um na medida de sua capacidade menta-, com

++ #ic3ard A% Muller, Dictionar) of 'atin and *ree+ T$eological Terms, pp% 8::B

>99%

+8 Llaas "c3ilder, Heaven& ,$at !s !t- 6Grand #apids, 2m% % 7erdmans

Publis3ing Co%, +:9;, p% F<%



um con*ecimento que tem sua imagem e seme-*ana no

con*ecimento de Deus R de +orma direta, imediata, pura e sem

amiguidade& Ent)o, e-es receer)o e possuir)o tudo o que

aguardam aqui, em esperana& Assim, contemp-ando e

possuindo Deus, e-es des+rutam de-e e s)o aenoados em sua

comun*)o: aenoados em corpo e a-ma, inte-ecto e vontade&13

Assim, emora teremos um con*ecimento sorenatura-, e

nunca antes experimentado, cremos que n)o veremos a Deus

em ess6ncia com os nossos o-*os +ísicos& 5or isso, A&A&Goe>ema a7rma que ?exist6ncia na nova terra ser marcada

por um per+eito con*ecimento de Deus, per+eito gozo de Deus

e per+eito servio de Deus&@1J E, teremos um con*ecimento que

ser imediato, intuitivo, e uma percep)o da -uz da g-ria da

sua presena&

<esus risto continuar como mediador reve-aciona- no+uturo& E-e é Deus, e uma mani+esta)o permanente de Deus ao

seu povo& Durante a sua *umi-*a)o o nosso 2edentor disse a

e-ipe que ?* tanto tempo estou convosco, e n)o me tens

con*ecido9 0uem me v6 a mim v6 o 5ai@ (<o 1J:S%& Be-e sempre

veremos o 5ai& 2ecentemente, dentre os re+ormados, quem

mais escreveu acerca deste assunto +oi <onat*an EdWards& E-e

dec-arou que a visio Dei n)o ser a-guma coisa vista com os

o-*os +ísico, mas, que ser uma vis)o inte-ectua- pe-a qua- Deus

ser visto&1 Boutro -ugar e-e comp-eta que

+> *erman a$in-, Dogmática %eformada, $ol% <, pp% =8+B=88%

+< A%A% *oe-ema, A ./0lia e o futuro, p% >8

+ Jona3tan 7dwards, T$e 1or+s of 2onat$an Ed1ards 67dinburg3, 3e anner o(

rut3, +::=;, $ol% 8, p% :9B:9=%



ver a Deus no corpo g-ori7cado de risto é a maneira mais

per+eita que existe de se ver a Deus com os o-*os do corpo"

porque se ver um corpo rea-, em que uma das pessoas da

#rindade assumiu como seu corpo e ne-e *aita para sempre

como seu prprio corpo, no que a ma/estade divina e exce-6ncia

aparecem tanto como é possíve- que se mani+este em +orma

visíve- ou 7gura&1$

omo atua-mente no céu esta reve-a)o continua sendo pe-a

sua media)o, do mesmo modo, na nova terra continuarsendo risto o reve-ador da #rindade& 5rudentemente podese

concordar com K&& =er>ouWer que ?a vis)o de Deus n)o é

a-go que nos est exp-icado, mas a-go que énos prometido

neste tempo que vemos somente através de um espe-*o de

enigmas (1 o 13:1!%&@1F Assim, podemos in+erir, sem todavia,

avanar muito a-ém dos -imites da Escritura&

O QUE APRENDEREMOS NO NOVO CÉU E NOVA TERRA

Deus nos criou com a capacidade de aprender e e-e se

compraz em se dar a con*ecer& A reden)o imp-ica no

con*ecimento verdadeiro de quem e-e é, e o 2edentor n)o quer

deter a nossa aprendizagem& A vida eterna consiste em ?que te

con*eam a ti, o nico Deus verdadeiro, e a <esus risto, a

quem enviaste@ (<o 1F:3%& <o)o ainda nos reve-a que ?o Lero se

+F Jonant3an 7dwards, T$e 3ermons of 2onat$an Ed1ards4 A %eader , ed%, 2ilson

*% Limmac3, Lennet3 P% Min-ema e )ouglas A% "weene 6ew *ea$en, ale

Dni$ersit Press, +:::;, pp% =<B= citado por #andon , El Cielo, p% +8%

+= G%C% er-ouwer, T$e %eturn of C$rist – 3tudies in Dogmatics 6Grand #apids,

2m% % 7erdmans Publis3ing Co%, +:=8;, p% >8%



+ez carne e *aitou entre ns, c*eio de graa e verdade, e

vimos a sua g-ria, g-ria como do unig6nito do 5ai@ (<o 1:1J%, e

isto somente +oi possíve- porque ?ninguém /amais viu a Deus" oDeus unig6nito, que est no seio do 5ai, é quem o reve-ou@ (<o

1:18%& 5or isso <onat*an EdWards dec-arou que ?a +e-icidade do

céu é progressiva e tem vrios períodos nos quais tem um novo

e g-orioso avano e muito do que consiste é em contemp-ar as

mani+estaCes que Deus +az de si na ora da reden)o&@18Deste

modo, ao usu+ruirmos a vida eterna em graa e verdade,

veremos a g-ria do 5ai, em risto, que nos reve-ar&

' con*ecimento que Deus dar de si ser o motivo da

+e-icidade eterna& 2andX A-corn comenta que ?ver a Deus ser

o nosso maior gozo, o prazer em que ser)o medidos todos os

demais gozos&@1S A-corn ainda exp-ica que ?devido o +ato de

Deus ser a +onte suprema de prazer, todos os demais gozos

secundrios emanam de-e, e deste modo, amar aos prazeres

secundrios na terra pode ser R e no éu sempre ser R amar a

Deus, a +onte de todos e-es&@!H ' gozoso con*ecimento que

teremos no .en*or n)o e-iminar os demais prazeres que E-e

mesmo nos preparou na nova terra, e que ser)o mani+estaCes

de seus atriutos& #urretin exp-ica que

aqui Deus, em graa, se comunica a seu povo mediatamente

pe-a 5a-avra e sacramentos, e transmite seus dons n)o

p-enamente, mas parcia-mente& Ias quando e-e se comunicar

imediatamente aos santos, +ar isso n)o apenas em parte, mas

+ Jo3n Gerstner& 2onat$an Ed1ards on Heaven and Hell, p% 8F%

+: #andon Alcorn, El Cielo 6ndale *ouse publis3ers, 899<;, p% +8<%

89 #andon Alcorn, El Cielo, p% +8=%



p-ena e tota-mente (holôs%& E-e ser ?todas as coisas@ no tocante

; universa-idade dos sditos, porque outorgar todas essas

6n)os indivisamente a todos os emaventurados&!1

Assim, veremos os atriutos divinos com maior percep)o pe-a

satis+a)o que teremos ne-es, e Deus ser mais g-ori7cado&

A-ém do con*ecimento per+eito e g-orioso que teremos de Deus

por meio de risto, tamém *aver uma mais intensa

mani+esta)o dos seus atriutos nos +ornecendo um

con*ecimento nunca antes a-canado& Bunca mais teremos

ideias erradas, nem raciocínios +a-aciosos, nem conc-usCes

contraditrias e +a-sas& Qi-*e-mus ; =ra>e- comenta que

quando Deus numa imediata e imanente maneira R numa

maneira em que Deus atua-mente ainda n)o se +ez con*ecido a

ns R reve-ar as suas g-oriosas per+eiCes aos seus 7-*os,

causar na a-ma uma experi6ncia que é a sua por)o, e

proporcionar o seu saorear deste e7caz contentamento,

somente ent)o e-es con*ecer)o o que signi7ca ver o +raterno,

g-orioso, amve-, santo, encora/ador, e prazeroso sem-ante de

Deus&!!

Aprenderemos com prazer de modo que teremos uma comp-eta

cosmovis)o centrada em Deus&' que é ansiado pe-os 7-*os de Deus no tempo presente,

ser em risto uma rea-idade no porvir& ' apsto-o 5au-o

orando pe-os crentes da igre/a de Y+eso para que

8+ 1rançois urretin, Compêndio de Teologia Apologética, $ol% <, p% =>8%

88 2il3elmus à ra-el, T$e C$ristian5s %easona0le 3ervice 6Grand #apids,

#e(ormation *eritage oo-s, 899=;, $ol% <, p% >FF%



o Deus de nosso .en*or <esus risto, o 5ai da g-ria, vos

conceda espírito de saedoria e de reve-a)o no p-eno

con*ecimento de-e, i-uminados os o-*os do vosso cora)o, para

saerdes qua- é a esperana do seu c*amamento, qua- a riqueza

da g-ria da sua *erana nos santos e qua- a suprema grandeza

do seu poder para com os que cremos, segundo a e7ccia da

+ora do seu poder" o qua- exerceu e-e em risto, ressuscitando

o dentre os mortos e +azendoo sentar ; direita nos -ugares

ce-estiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e

domínio, e de todo nome que se possa re+erir n)o s no presente

sécu-o, mas tamém no vindouro& E ps todas as cousas deaixo

dos pés, e, para ser a caea sore todas as cousas, o deu ;

Zgre/a, a qua- é o seu corpo, a p-enitude daque-e que a tudo

enc*e em todas as cousas (E+ 1:1F!3%&

's te-ogos +a-am da reve-a)o +utura como sendo uma

lumen gloriae, ou se/a, a -uz da g-ria& ' apsto-o 5au-o

a7rmou que ?das trevas resp-andecer a -uz, e-e mesmo

resp-andeceu em nosso cora)o, para i-umina)o do

con*ecimento da g-ria de Deus, na +ace de risto@ (! o J:$%&

E <o)o dec-ara que na nova <erusa-ém ?a cidade n)o precisa

nem do so-, nem da -ua, para -*e darem c-aridade, pois a g-ria

de Deus i-uminou, e o ordeiro é a sua -[mpada@ (Ap !1:!3%&

=a-t*asar oserva que na nova terra ?a g-ria de Deus nunca é

R nem por um s momento R divorciada do ordeiro" a -uz

trinitria nunca est separada da -uz de risto que é o

encarnado&@!3Bovamente, vo-tase a ideia de que a reve-a)o

ser pe-a media)o de risto&

8> alt3asar, *errlic3-eit, $ol% 5, p% <8+ citado em G%C% er-ouwer, T$e %eturn of

C$rist – 3tudies in Dogmatics, p% >>%



A per+ei)o n)o produzir onisci6ncia nos g-ori7cados& Emora

se/a esperado que a mente *umana se/a empregada

per+eitamente com todos os seus poderes para o con*ecimentode Deus, n)o concordo com E&G& <o*nson quando a7rma que

isto ?imp-icar num comp-eto con*ecimento de-e&@!J Bo estado

eterno seremos per+eitos, mas nossa capacidade de con*ecer

continuar gradativa e ainda teremos a -imita)o comum

;que-es que s)o 7nitos comparados ao transcendente riador&

5or isso, podemos concordar com A-corn que ?ao comparar

nosso con*ecimento com o con*ecimento de Deus, signi7ca

que con*eceremos com mais Texatid)oU mas n)o de +orma

exaustiva@&! De igua- modo, os an/os emora em per+ei)o e

preservados na presena de Deus, continuam otendo

con*ecimento (1 5e 1:1H1!%&

A reve-a)o +utura est na g-ria contrastada com o

so+rimento presente& ' apsto-o a7rma que ?5orque para mim

ten*o por certo que os so+rimentos do tempo presente n)o

podem ser comparados com a g-ria a ser reve-ada em ns@

(2m 8:18%& .eremos trans+ormados e todas as de7ci6ncias

+ísicas ser)o e-iminadas, em como os demais e+eitos do

pecado sore o nosso corpo, como as doenas e o

enve-*ecimento& A-ém disso, em nossa *aita)o eterna nos

encontraremos com sa-vos de períodos di+erentes da *istria

da reden)o R e nos recon*eceremos4 omo isso ser possíve-9

.er necessrio que o prprio Deus nos reve-e, concedendo

nos a capacidade de identi7carnos como os discípu-os

8< 7%*% Jon3son, An 6utline of 3)stematic T$eolog) , p% >9=%

8 #andon Alcorn, El Cielo, p% 8+9%



recon*eceram Ioisés e E-ias no monte da trans7gura)o (It

1F:3%& Qi-*e-mus ; =ra>e- ensina que

todos os que estar)o no céu se recon*ecer)o mutua-mente por

divina reve-a)o e contínua comun*)o eterna que ter)o uns com

os outros& B)o *aver estran*os uns para os outros, nem

considerar)o a ninguém assim, pois n)o *aver perca de

memria& Zgnor[ncia é uma +raqueza, e - n)o *aver

imper+ei)o& A mtua comun*)o ser per+eita naque-e -ugar, e-a

n)o ser empen*ada na ignor[ncia, mas em sua capacidade de

recon*ecer&!$

< nos reve-a que a sua esperana se +undamenta em que ?o

meu 2edentor vive e por 7m se -evantar sore a terra& Depois,

revestindo este meu corpo, da min*a pe-e, em min*a carne

verei a Deus@ (< 1S:!!$%& Em meio a perdas, so+rimentos

+ísicos e in/ustas acusaCes, em vez de se entregar a desa+etos

e ; amargura, dec-ara o motivo de seu +undamentado con+orto,

que n)o se -imita ; ressurrei)o, mas estae-ecese em seu

redentor que vive e poder v6-o +ace a +ace&

' estado eterno de toda a cria)o, inc-usive ns que seremos

g-ori7cados, ser em a-guma medida de uma exist6ncia de

continuidade com a cria)o origina- (! 5e 3:813" Ap !1:1J%&

QaXne Krudem ?podemos esperar que seremos capazes de

continuar por toda a eternidade aprendendo mais sore Deus e

sore seu re-acionamento com a sua cria)o& Desse modo,

prosseguiremos no processo de aprendizado iniciado nesta

vida, em que uma vida Tpara seu inteiro agradoU é a que inc-ui

constante crescimento Tno p-eno con*ecimento de DeusU (-

8F 2il3elmus à ra-el, T$e C$ristian5s %easona0le 3ervice, $ol% <, p% >F+%



1:1H%&@!F omo parte do propsito para o qua- +omos criados R

continuaremos o processo de con*ecer a Deus&

O QUE RECORDAREMOS NO NOVO CÉU E NOVA TERRA

' que con*eceremos no estado de g-ori7ca)o n)o

anu-ar o que aprendemos no tempo presente& Ent)o, surge a

quest)o se teremos -emrana de quem +omos aqui, de nossos

parentes e amigos, das coisas oas e tristes que ocorreram

conosco quando estivermos no novo céu e nova terra9 Ias

ser que a Escritura nada tem a nos dizer acerca disto9

Este estudo n)o se re+ere ; memria dos sa-vos ou

condenados durante o estado intermedirio, comumente

c*amado céu e in+erno, mas ao seu estado eterno aps o /uízo

7na-& 5e-as evid6ncias í-icas saemos que aque-es que est)o

no céu ou no in+erno usu+ruem de consci6ncia e memria dos

seus so+rimentos, ou, c-amam dia e noite para que Deus

mani+este a sua /ustia sore os ímpios (Oc 1$:1S31" Ap $:S

11%&

A pro-ematiza)o toda se resume no +ato de que * quem

pense que, aps o /uízo 7na-, n)o *aver nen*uma recorda)o

dos eventos passados& onc-uem que quando Deus estae-ecer

de7nitivamente a rea-idade do novo céu e da nova terra, E-e

anu-ar toda -emrana que envo-ve so+rimento& \m escritor

a7rmou que ?sequer recordaremos deste ve-*o mundo a que

c*amamos terra&&& n)o poderemos ainda que o queiramos&

8= 2ane Grudem, Teologia 3istemática, p% ::8%



.imp-esmente n)o vir ;s nossas mentes&@!8 De modo

seme-*ante Ii--ard Eric>son opina que

poderíamos deduzir que n)o recordaremos de nossos +racassos,

pecados passados, nem das pessoas amadas que ten*amos

perdido, pois isto introduziria uma pena que é incompatíve- com

?Deus enxugar toda dos seus o-*os" e n)o mais *aver a morte,

nem pranto, nem c-amor ou dor, porque as primeiras coisas

passaram@ (Apoca-ipse !1:J%&!S

E-e cr6 que *averia comp-eta descontinuidade decon*ecimento entre o tempo presente e o +uturo& .eria como se

Deus simp-esmente apagasse a memria dos g-ori7cados,

+azendoos esquecer de tudo o que se re+ere ao so+rimento em

seu estado decaído e, des+azendo toda re-a)o menta- com

aque-es que +oram condenados ; puni)o eterna, cance-ando

deste modo as suas recordaCes acerca de quem eram, ouquais víncu-os a+etivos tiveram anteriormente& Eric>son ainda

pressupCe que saer que os seus amados n)o des+rutar)o da

vida ce-estia-, causaria um so+rimento desnecessrio e

imprprio, visto ser este eterno estado somente de satis+a)o

na presena gozosa do .en*or Deus& Entretanto, esse

pensamento n)o condiz com o ensino das Escrituras, e

preserva uma errnea premissa de que ser anu-ada a

recorda)o dos e+eitos do pecado naque-e estado de g-ria&

5ensemos em a-gumas questCes para que c*eguemos a

uma conc-us)o segura neste assunto& B)o * na Escritura c-aro8 "alem Lirban, ,$at is Heaven li+e- 6*untingdon /alle, "econd Coming,

+::+;, p% %

8: Millard 7ric-son, Teolog/a 3istemática 6arcelona, 7ditorial C@57, 8a%ed%, 899;,

p% +8>F%



ensino de que Deus apagar a memria dos sa-vos que est)o no

céu, neste tempo intermedirio" nem mesmo * indica)o

í-ica de que no +uturo os g-ori7cados n)o ter)o memria dascoisas passadas& Iemria e identidade mant6m re-aCes

inseparveis& ' que arter Oinderg a7rma da memria no

tempo presente tamém pode ser dec-arado para os que

estar)o no estado de g-ori7ca)o, ou se/a, a ?perda da memria

n)o é apenas a aus6ncia de T+atosU R é a perda da identidade

pessoa-, +ami-iar, amigos e de todo o comp-exo de signi7cados

da vida&@3HDeus ressuscitar a uns e trans+ormar a outros,

mas a g-ori7ca)o n)o anu-ar a identidade essencia- de

ninguém& 's ressurretos ser)o +unciona-mente per+eitos em

todas as suas +acu-dades&

.er que na per+eita eternidade seremos menos

inte-igentes do que no presente tempo a+etado pe-o pecado9

QaXne Krudem comentando 1 o 13:1! interpreta que 5au-o

?diz apenas que con*eceremos de modo mais comp-eto ou

intenso, Tcomo tamém somos con*ecidosU, ou se/a, sem

nen*um erro nem interpreta)o incorreta em nosso

con*ecimento&@31' discernimento e a saedoria ser)o

dominantes em nosso senso crítico e con*eceremos

per+eitamente com a mente de risto&

Aps a g-ori7ca)o usu+ruiremos de uma inte-ig6ncia que

ser capaz de assimi-ar e re-acionar in+ormaCes entre si, e

mais, uma inte-ig6ncia emociona- g-ori7cada& B)o estaremos

>9 Carter @indberg, 7ma .reve História do Cristianismo 6"ão Paulo, 7diç?es

@oola, 899;, p% +%

>+ 2ane Grudem, Teologia 3istemática 6"ão Paulo, 7diç?es /ida o$a, +:::;, p%

::<%



mais su/eitos a a+eiCes pecaminosas, nem tenderemos a

sentimentos desordenados e, deste modo, a memria n)o ser

instigada com emoCes corrompidas por vingana, amargura,insatis+a)o, trauma ou a-go que possa causar so+rimento como

neste tempo presente& Iesmo que nos -emremos de situaCes

entristecedoras, eventos do-orosos e pecados vergon*osos,

estas recordaCes n)o produzir)o a-gum tipo de depress)o,

nem suscitar)o traumas, mas exa-tar a misericrdia de Deus4

Bo estado +uturo o corpo ser g-ori7cado como o do nosso

.en*or <esus (1 o 1:3JS%& Emora *ouvesse

descontinuidade da apar6ncia a+etada pe-as consequ6ncias do

pecado e da terríve- tortura so+rida antes e durante a

cruci7ca)o, podemos perceer que a mente de nosso .en*or

permaneceu intacta aps a ressurrei)o& E-e saia, recordava e

ainda repreendeu os discípu-os por n)o crerem naqui-o que e-e

*avia ensinado antes de ser preso& Bo céu3! os 7-*os de Deus

t6m a sua memria preservada, ent)o, por que devemos crer

que no novo céu e-a deixar de existir9

Oemos nas Escrituras, que os redimidos no céu est)o

-ouvando a Deus cantando ?.anto, .anto, .anto é o .en*or

Deus, o #odo5oderoso, aque-e que era, que é e que * de vir@

(Ap J:8%&33 Em sua vis)o o apsto-o <o)o descreve que ?quando

>8 A 7scritura ensina Nue cOu O um lugar e estado intermedi!rio onde as almas

dos sal$os permanecerão atO o dia do uHQo Inal%

>> o ano de +<F, 1elipe Melanc3ton pronunciou um discurso em memória ao

(alecido Martin3o @utero% esta preleção ele disse .recordemos com grande

deleite como R@uteroS narrou a traetória, os consel3os, os perigos e a$enturas

dos pro(etas e a erudição com Nue dissertou sobre os perHodos da 5grea,

mostrando dessa (orma Nue esta$a ardendo com uma paixão extraordin!ria poresses mara$il3osos 3omens% Agora eles o recebem com alegria como um

compan3eiro e agradecem a )eus com ele por têBlos reunido e preser$ado a



e-e ariu o quinto se-o, vi deaixo do a-tar as a-mas daque-es

que *aviam sido mortos por causa da pa-avra de Deus e do

testemun*o que deram& E-es c-amavam em a-ta voz: TAtéquando, .oerano santo e verdadeiro, esperars para /u-gar

os *aitantes da terra e vingar o nosso sangue9U Ent)o cada

um de-es receeu uma veste ranca, e +oi-*es dito que

esperassem um pouco mais, até que se comp-etasse o nmero

dos seus conservos e irm)os, que deveriam ser mortos como

e-es@ (Ap $:S11%& G ne-es uma consci6ncia das coisas

passadas que -*es ocorreram por causa de sua sumiss)o ao

Evange-*o de risto& E-es n)o est)o invocando por a-go que

n)o saem, nem c-amando por a-guma coisa que n)o

recordam4

A perda de memria a+etaria os motivos de gratid)o de

-ouvor a Deus rea-izado no passado& E-es adorariam a Deus por

t)o grande sa-va)o, ou, pe-os -ivramentos, e ainda, pe-a

provid6ncia nas necessidades, ou, pe-o con+orto em meio ; dor

e perseguiCes e ; *umi-*a)o desmedida9 A *istria

exemp-i7ca o testemun*o de mi-*ares de mrtires que viveram

e morreram, cantando adora)o 7e-mente a risto <esus&

's saduceus em sua capciosa quest)o, pressupondo a n)o

ressurrei)o +utura, interpe-am a <esus acerca de quem seria o

esposo da mu-*er que tivesse se casado sucessivamente com

sete irm)os (It !!:!3!S%& #anto a pergunta dos saduceus,

como a resposta de risto, imp-icam que a viva e os seus

maridos se recon*eceriam na ressurrei)o, por *aver

continuidade de memria, entretanto, n)o seriam mais

5grea%0 2% #obertson icoll, %eunion in Eternit) 6ew or-, George *% )oran

Publis3ers, +:+:;, p% ++=B++%



cn/uges, pois *aver uma descontinuidade de re-a)o marita-

entre e-es&3J

Devemos considerar que a perda de memria de tudo oque viveram e dos seus con*ecidos, tamém seria uma +orma

de so+rimento& Aque-es que convivem com pessoas que

padecem do ma- de A-z*eimer saem o quanto é do-oroso a

anu-a)o de suas -emranas, porque envo-ve a anu-a)o de

identidade e víncu-os a+etivos& A memria preservada poder

trazer a-gum so+rimento inicia-, mas seremos su7cientemente

con+ortados na nova terra& A -emrana de eventos do-orosos

ser interpretada ; -uz da provid6ncia de Deus& A-i

entenderemos tudo o que o .en*or quiser nos reve-ar, pois, por

enquanto somos incapazes de compreender&

A aus6ncia de pessoas amadas ser aceita por sumiss)o

; soerania de Deus (2m S:118" 11:333$%& A nossa percep)o

da /ustia de Deus ser per+eita em contraste com a

perversidade de seus pecados contra a divina santidade, e a

sua consequente e merecida condena)o eterna& Beste aspecto

se o nosso amor por nossos +ami-iares e amigos +or maior do

que o nosso amor e temor pe-o .en*or, ent)o estamos

desa-in*ados do propsito de Deus& 's maiores motivos de

conso-o diante de possíveis -emranas tristes ser uma vis)o

g-oriosa, em como a gozosa presena e a comun*)o per+eita

de Deus (Ap !!:1J%& <onat*an EdWards sustentou que ?a

+e-icidade do MnovoN céu é progressiva e tem vrios períodos

nos quais tem um novo e g-orioso avano que consiste em

contemp-ar as mani+estaCes que Deus +ez de si mesmo na

>< 7%*% Jon3son, An 6utline of 3)stematic T$eolog) 6P3iladelp3ia, American

aptist Publication "ociet, +:;, p% >9%



ora da reden)o&@3 #odos os sa-vos de todas as épocas se

recon*ecer)o porque Deus reve-ar a identidade de cada um&

B)o * motivos para temermos ter memria no novo céu enova terra& #udo o que -emrarmos em estado per+eito de

g-ori7ca)o, sem conPitos e desordens, ser con+orme a

7na-idade para a qua- +omos primeiramente criados: a g-ria

do .en*or4

O DESENVOLVIMENTO CULTURAL NA NOVA TERRA

A cu-tura é +ormada a partir de va-ores e con*ecimento

acumu-ado& A provid6ncia de Deus mani+esta con*ecimento

através da reve-a)o gera-, em como a reve-a)o especia- e a

imagem de Deus ainda presente no *omem somando para a

+orma)o cu-tura- das naCes& .aemos que a e-eza,

tecno-ogia, a /ustia, a arte, em como outras mani+estaCes da

cu-tura s)o resu-tado dos atriutos de Deus presentes, apesar

das danosas consequ6ncias do pecado neste mundo&

A reve-a)o de Deus mani+esta e codi7cada em cu-tura

n)o ser desprezada na nova terra& .tep*en #ravis oserva

que

a =í-ia +a-a da trans+orma)o deste mundo mais do que da sua

destrui)o e que 5au-o +a-a em 1 oríntios 1 da continuidade

de nossa persona-idade através da morte e da ressurrei)o& G

uma continuidade para-e-a do que c*amamos, em termos

amp-os, de cu-tura& Apoca-ipse !1:!$!F diz: ?E -*e trar)o a

g-ria e a *onra (em outra tradu)o: a grandeza e as riquezas%

das naCes& Be-a nunca /amais penetrar cousa a-guma

> Jo3n Gerstner, 2onat$an Ed1ards on Heaven and Hell 6Grand #apids, a-er

oo-s, +:9;, p% 8<%



contaminada@& Zsso sugere que, porque Deus é um Deus criativo

que a7rma a ondade do mundo que E-e +ez, E-e n)o vai

simp-esmente apagar toda a riqueza da arte, da e-eza e da

inventividade *umana& Ba economia de Deus nada é

desperdiado& #odo traa-*o criativo de *omens e mu-*eres que

rePete a aundante criatividade de Deus ser -evada adiante no

mundo trans+ormado& 5odemos somente adivin*ar como ser

isso& Ias isso diznos a-guma coisa sore como Deus va-oriza o

traa-*o criativo de *omens e mu-*eres R muito do qua-

produziu so+rimento e um grande custo pessoa-& E é outro sina-

de que o mundo porvir n)o é uma exist6ncia desco-orida,

somria, mas um mundo tota-mente digno de seu riador&3$

B)o saemos exatamente em que medida *aver continuidade

da comp-exa cu-tura de todos os povos& Entretanto, podese

deduzir que ?o me-*or da cu-tura, da *istria, da arte, da

msica e os idiomas da primeira #erra ser redimido,puri7cado e -evado para a Bova #erra&@3F

's sa-vos n)o perder)o os seus dons no estado de

g-ori7ca)o& A&A& Goe>ema dec-ara que ?na vida vindoura

di+erentes tipos e pessoas reter)o os seus nicos& Estes dons se

desenvo-ver)o de uma +orma sem pecado, e ser)o usados para

produzir novos produtos cu-turais para a eterna g-ria do nomede Deus@, e risto que ?é a -uz da cidade -evar toda a

produ)o cu-tura- a seu servio, para a g-ria de seu 5ai&@ 38 A

>F "tep3en ra$is, Creio na 3egunda 8inda de 2esus 6Campinas, @PC, +::9;, p%

+==%

>= #and Alcorn, El Cielo, p% 8F+%

> A%A% *oe-ema, .*ea$en' ot Just an 7ternal )a &T0 em C$ristianit) Toda) 6F

de Jun3o de 899>; citado em #and Alcorn, El Cielo, p% 8F8%



continuidade dos dons num estado de per+ei)o ter a sua

uti-iza)o potencia-izada&

As di+erentes cu-turas ter)o a sua e-eza continuada reve-andoa g-ria de Deus& <o)o nos reve-a que ?vi, e eis grande mu-tid)o

que ninguém podia enumerar, de todas as naCes, trios, povos

e -ínguas, em pé diante do trono e diante do ordeiro, vestidos

de vestiduras rancas, com pa-mas nas m)os@ (Ap F:S%& As

características cu-turais dos povos ser)o preservadas na

ressurrei)o, de modo, identi7car as suas di+erenas&

Deus ao criar o *omem pro/etou para que a cu-tura +osse

inevitave-mente produzida como oedi6ncia ao pacto& A&A&

Goe>ema disse que

no princípio +oi dado ao *omem o assim c*amado mandato

cu-tura- R o mandato de governar a terra e de desenvo-ver uma

cu-tura que g-ori7que a Deus& Devido o +ato do *omem ter caído

em pecado, esse mandato cu-tura- nunca +oi consumado, demodo que Deus exigiu& .omente na nova terra ser consumado

per+eitamente e sem pecado& .omente ent)o poderemos

governar a terra de maneira apropriada&3S

' *omem tendo restaurada a imagem de Deus poder cumprir

o que origina-mente -*e +oi ordenado& E-e des+rutar de

per+eita comun*)o com Deus e essa intimidade produzir

maior con*ecimento ne-e&

A cu-tura no novo céu ser a+etada imediatamente pe-o

con*ecimento de Deus& orne-ius Lenema escreve que

cada +ruto exce-ente e -egítimo da cu-tura *umana ser -evado e

contriuir ao esp-endor da vida na nova cria)o& 5or mais que a

>: A%A% *oe-ema, .*ea$en' ot Just an 7ternal )a &T0 em C$ristianit) Toda)

citado em #and Alcorn, El Cielo, p% 8%



nova cria)o se/a um novo comeo radica-, no que todos os

+rutos nores e exce-entes do cumprimento do mandato cu-tura-

para a *umanidade se/am comp-etamente descartados R a nova

cria)o se ene7ciar de-es e ser imensamente enriquecida ao

receer tais +rutos&JH

A cu-tura dever continuar e seguir em desenvo-vimento so a

-uz g-ria dos atriutos de Deus& A percep)o de quem é o

.en*or Deus produzir maior gozo e amor por E-e, e a

*umanidade g-ori7cada viver e produzir uma cu-turaredimida a partir desta satis+a)o e mais per+eito

con*ecimento&

<9 Cornelius /enema, T$e 9romise of t$e :uture 6rowbridge, 3e anner o(

rut3, 8999;, p% <+ citado por #and Alcorn, El Cielo, p% 8F%

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