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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE GOUVEIA 1 ATA N.º 5/2011 ------- Aos vinte e dois dias do mês de dezembro do ano de dois mil e onze, nesta cidade de Gouveia, edifício dos Paços do Concelho e Salão Nobre, pelas dezoito horas, reuniu em 5.ª Sessão Ordinária a Assembleia Municipal de Gouveia, com o objetivo de dar cumprimento à respetiva Ordem de Trabalhos. -------------------------------------------------------------------------------- I PERÍODO DE “ANTES DA ORDEM DO DIA” a) Apreciação e votação da Ata da 4.ª Reunião da Assembleia Municipal de 29 de setembro de 2011. b) Informações e leitura resumida do Expediente. c) Inscrição de membros da Assembleia que pretendam intervir. d) Direito de resposta do Presidente da Câmara ou de quem o substitua. II PERÍODO DE “ORDEM DO DIA” Ponto 1 - Discussão e Votação da Proposta de Delegação de Competências nas Juntas de Freguesia, ao abrigo do n.º 2 do artigo 66.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, no âmbito de “Conservação e limpeza de valetas, bermas, ruas e passeios (alínea a) e b) do n.º 2 do art.º 66.º)”; Ponto 2 - Discussão e Votação da Proposta de Delegação de Competências nas Juntas de Freguesia, ao abrigo do n.º 2 do artigo 66.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, no âmbito de “Aquecimento, conservação e reparação de Estabelecimentos de Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e da Educação Pré-escolar (alínea g) do n.º 2 do art.º 66.º); Ponto 3 - Discussão e Votação da Proposta de Contratação do Revisor Oficial de Contas do Município de Gouveia; Ponto 4 - Discussão e Votação da Proposta de Contrato Programa a celebrar entre o Município de Gouveia e a DLCG - Desporto, Lazer e Cultura de Gouveia, EEM, para o ano de 2012; Ponto 5 - Discussão e Votação da Proposta de Alteração à Tabela de Taxas, Tarifas e demais Receitas do Município de Gouveia para o ano de 2012; Ponto 6 - Discussão e Votação da Proposta de Contratação de um Empréstimo de Curto Prazo de valor até 831.131,00 Euros; Ponto 7 - Discussão e Votação da Alteração à Proposta de 13 de junho de 2011 de Contratação de um Empréstimo de Médio e Longo

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A S S E M B L E I A M U N I C I P A L D E G O U V E I A

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ATA N.º 5/2011

------- Aos vinte e dois dias do mês de dezembro do ano de dois mil e onze,

nesta cidade de Gouveia, edifício dos Paços do Concelho e Salão Nobre, pelas

dezoito horas, reuniu em 5.ª Sessão Ordinária a Assembleia Municipal de

Gouveia, com o objetivo de dar cumprimento à respetiva Ordem de

Trabalhos. --------------------------------------------------------------------------------

I – PERÍODO DE “ANTES DA ORDEM DO DIA”

a) Apreciação e votação da Ata da 4.ª Reunião da Assembleia Municipal

de 29 de setembro de 2011.

b) Informações e leitura resumida do Expediente.

c) Inscrição de membros da Assembleia que pretendam intervir.

d) Direito de resposta do Presidente da Câmara ou de quem o substitua.

II – PERÍODO DE “ORDEM DO DIA”

Ponto 1 - Discussão e Votação da Proposta de Delegação de

Competências nas Juntas de Freguesia, ao abrigo do n.º 2 do

artigo 66.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com as

alterações introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro,

no âmbito de “Conservação e limpeza de valetas, bermas, ruas

e passeios (alínea a) e b) do n.º 2 do art.º 66.º)”;

Ponto 2 - Discussão e Votação da Proposta de Delegação de

Competências nas Juntas de Freguesia, ao abrigo do n.º 2 do

artigo 66.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com as

alterações introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro,

no âmbito de “Aquecimento, conservação e reparação de

Estabelecimentos de Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e da

Educação Pré-escolar (alínea g) do n.º 2 do art.º 66.º);

Ponto 3 - Discussão e Votação da Proposta de Contratação do Revisor

Oficial de Contas do Município de Gouveia;

Ponto 4 - Discussão e Votação da Proposta de Contrato Programa a

celebrar entre o Município de Gouveia e a DLCG - Desporto,

Lazer e Cultura de Gouveia, EEM, para o ano de 2012;

Ponto 5 - Discussão e Votação da Proposta de Alteração à Tabela de

Taxas, Tarifas e demais Receitas do Município de Gouveia

para o ano de 2012;

Ponto 6 - Discussão e Votação da Proposta de Contratação de um

Empréstimo de Curto Prazo de valor até 831.131,00 Euros;

Ponto 7 - Discussão e Votação da Alteração à Proposta de 13 de junho de

2011 de Contratação de um Empréstimo de Médio e Longo

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III - PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO

------- Procedeu-se à chamada dos Membros da Assembleia Municipal, tendo-

se verificado as seguintes presenças: Rogério Marques de Figueiredo

(PPD/PSD), Isabel Maria Ribeiro Saraiva Valente (PS), Ricardo Humberto

Cruz de Jesus Correia (PPD/PSD), Raquel Santos e Silva (PS), Ângela Maria

Abreu Mendes da Silva (PPD/PSD), Pedro Jorge Cardoso de Carvalho (PS),

Álvaro Cabral Prata Belo (PPD/PSD), Joana Mota da Silva (PS), Arminda

Isabel Carvalho do Nascimento Rebelo (PPD/PSD), António José Ferreira

Machado (PPD/PSD), Pedro Nuno Dias da Costa Simões (PS), Luís Filipe

Almeida Gonçalves (PPD/PSD), José António Rodrigues Manta (PS),

Anabela Machado Marcelino Almeida (PPD/PSD), Pedro Filipe Martins

Duarte (PS), João Tiago Tenreiro Costa Ferrão (PPD/PSD), Fernanda Maria

Silva Bernardo (CDU), Jorge Abrantes Cardoso Ferreira (PPD/PSD), Pedro

José Maltez Amaral (PS), Ana Raquel Pereira Salvador (PPD/PSD), Armindo

Correia Bezerra (PS), Ana Isabel Oliveira Martins Cardoso (PPD/PSD), Ana

Cristina Dias Oliveira (PS) e os Senhores Presidentes das Freguesias de

Aldeias, Arcozelo da Serra, Cativelos, Figueiró da Serra, Folgosinho, Freixo

da Serra, Lagarinhos, Mangualde da Serra, Melo, Moimenta da Serra, Nabais,

Nespereira, Paços da Serra, Ribamondego, Rio Torto, São Julião, São Paio,

São Pedro, Vila Cortês da Serra, Vila Franca da Serra, Vila Nova de Tazem e

Vinhó. -------------------------------------------------------------------------------------

------- Solicitaram os membros da Assembleia, Ruben Lopes Figueiredo (PS),

Joana Catarina Garrido Ferreira (PS) e Fernando António Brito Gonçalves

(PPD/PSD), ao abrigo do n.º 1 do artigo 78.º da Lei n.º 169/99, de 18 de

Setembro, com a redação introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro,

as respetivas substituições, cabendo as mesmas a Pedro Filipe Martins Duarte

(PS), Pedro Nuno Dias da Costa Simões (PS) e Luís Filipe Almeida

Gonçalves (PPD/PSD). -----------------------------------------------------------------

I – PERÍODO DE “ANTES DA ORDEM DO DIA”

Prazo, no valor de 389.042,00 Euros, no sentido da

Modificação do Mutuante (IFDR);

Ponto 8 - Discussão e Votação da Proposta de Orçamento e Grandes

Opções do Plano da Câmara Municipal de Gouveia para o ano

de 2012;

Ponto 9 - Discussão e Votação da Moção “Aumento das Taxas

Moderadoras”, apresentada pela Bancada Municipal da CDU;

Ponto 10 - Informações das Atividades do Senhor Presidente e Situação

Financeira a 15/12/2011.

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------- Considerando que a Assembleia reunia o número legal suficiente para

deliberar, o Senhor Presidente da Mesa declarou aberta a sessão aproveitando

para desejar um feliz Natal e um bom ano a todos os presentes.------------------

a) Apreciação e votação da Ata da 4.ª Reunião da Assembleia

Municipal de 29 de setembro de 2011

------- O Senhor Presidente da Mesa colocou à consideração a Ata n.º 4/2011

de 29 de setembro que, depois de introduzida a intervenção da Senhora

Deputada Isabel Valente (PS), que por lapso não foi transcrita, foi a mesma

aprovada, por maioria, com as abstenções dos membros da Assembleia,

Ricardo Humberto Cruz de Jesus Correia (PPD/PSD) e Pedro Nuno Dias da

Costa Simões (PS) por não terem estado presentes na respetiva reunião. -----

b) Informações e leitura resumida do Expediente

------- O 1.º Secretário da Mesa, Anabela Machado Marcelino Almeida

(PPD/PSD), deu conta da correspondência recebida, desde a efetivação da

última reunião da Assembleia Municipal e que a seguir se discrimina: ------

i) Fernando Brito:- Justificação de Falta à sessão de 29/06/2011 e

pedido de substituição;

ii) Município de Seia:- Envio de Moção sobre os IC’s 6, 7 e 37

aprovada por unanimidade na sessão de 26/09/2011;

iii) Município de Oliveira do Hospital:- Envio de Moção sobre os

IC’s 6, 7 e 37 aprovada por unanimidade na sessão de 30/09/2011;

iv) Presidente da Câmara Municipal de Gouveia:- Envio de

convocatória para a reunião do Conselho Municipal de Educação, que

se realizou no dia 2 de novembro de 2011;

v) Presidente da Junta de Freguesia de São Pedro:- Nos termos

regimentais, apresenta um Requerimento para a entrega de

documentação relativa à Escola do 1.º CEB de São Pedro e ao seu

anunciado encerramento;

vi) STAL:- Envio de Petição sobre “Não à redução de Autarquias e de

trabalhadores”;

vii) Associação Nacional de Municípios Portugueses:-Informa acerca

da aprovação da Resolução sobre a Proposta de Lei do Orçamento de

Estado para 2012;

viii) Presidência do Conselho de Ministros:- Carta relativa à

reorganização administrativa do Território português – Livro Verde Da

Administração Local;

ix) Sociedade Musical Gouveense Pedro Amaral Botto Machado:-

Envio de convite para estar presente no convívio do Centenário desta

Coletividade;

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x) Presidente da Câmara Municipal de Gouveia:- Envio da ordem

de trabalhos para a reunião do Conselho Municipal de Educação, que se

realizou no dia 2 de novembro de 2011;

xi) Associação Nacional de Municípios Portugueses:-Informa que se

encontram disponibilizados os documentos aprovado pelo Conselho

Geral da ANMP relativos à Proposta de Lei do Orçamento de Estado

para 2012;

xii) Presidente da Câmara Municipal de Gouveia:- Solicita a

apresentação de proposta de inscrição de dotações no Orçamento

Municipal, referente ao pagamento das senhas de presença, ajudas de

custo e subsídios de transporte dos membros da assembleia, bem como

para a aquisição dos bens e serviços correntes necessários ao seu

funcionamento e representação;

xiii) Presidente da Câmara Municipal de Gouveia:- Envio de

documentação relativa ao Requerimento efetuado pelo Senhor

Presidente da Junta de Freguesia de São Pedro;

xiv) Presidente da Câmara Municipal de Gouveia:- Envio de

documentação relativa ao Requerimento efetuado pela Senhora

Deputada Municipal Ana Cristina Oliveira;

xv) Ruben Lopes Figueiredo:- Justificação de Falta e pedido de

substituição;

xvi) Joana Catarina Garrido Ferreira:- Justificação de Falta e pedido

de substituição;

xvii) Pedro Filipe Martins Duarte:- Confirma a sua disponibilidade

para fazer a substituição do membro da Assembleia Joana Catarina

Garrido Ferreira na próxima sessão;

xviii) IGAL:- Informa que foi remetido ao Presidente da Câmara

Municipal de Gouveia o resultado da ação inspetiva ao Município de

Gouveia;

xix) Presidente da Câmara Municipal de Gouveia:- Apresenta as

propostas para a ordem de trabalhos da próxima sessão da Assembleia

Municipal;

c) Inscrição de membros da Assembleia que pretendam intervir

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de

Nespereira referindo que, depois de uma intervenção que teve, numa

Assembleia, pediu uma reunião ao Senhor Presidente da Câmara. Na última

Assembleia não interveio, visto que tinha tido essa reunião com o Senhor

Presidente e achava que teria já colocado todos os problemas de Nespereira,

pelo que considerou que não seria oportuno. Mas, depois de todos os

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assuntos, que a Junta de Freguesia apresentou ao Senhor Presidente da

Câmara, há um assunto que foi obrigado a oficiar à Câmara Municipal de

Gouveia, relacionado com o Poço do Senhor dos Aflitos.-------------------------

É verdade que, há muitos anos, em Nespereira, a água começou a dar prejuízo

e foi entregue à Câmara Municipal de Gouveia, para ser esta a geri-la.----------

É verdade que, depois dessa entrega à Câmara Municipal de Gouveia, em

pouco tempo, os preços da água, em Nespereira, quadruplicaram, pelo que,

assim é muito fácil dar lucro. A Junta de Freguesia de Nespereira, naquela

altura, cedeu, sem escritura, a gestão do Poço do Senhor dos Aflitos, para a

Câmara. Como entramos na empresa Águas do Zêzere e Côa e como o Poço

está desativado, a população achou por bem pedir à Junta de Freguesia a sua

utilização, visto que se realizam lá as Festas do Senhor dos Aflitos e havia

necessidade de um pequeno bar. A Junta, por sua vez, solicitou à Câmara

Municipal, para lhes dar o Poço do Senhor dos Aflitos. Como tinha falado

com o Senhor Presidente e nada lhe tinha sido dito a respeito, escreveu uma

carta à Câmara Municipal de Gouveia a perguntar em que ponto se estava em

relação a esse assunto. Para surpresa da Junta de Freguesia a Câmara

respondeu a dizer que não podia ceder o Poço para a administração da Junta

de Freguesia, uma vez que o bem era de utilidade pública, a partir de 1973.

Pergunta se o bem passou para a Câmara, em 1990, como é que em 1973 já

era de utilidade pública. Era da Câmara Municipal quando a água era gerida

pela Junta de Freguesia de Nespereira e agora passa a bem de utilidade

pública. Nenhuma indemnização foi dada à Junta, mas agora a Câmara

Municipal nega-lhes a gestão do bem.------------------------------------------------

É claro que, não se iria destruir aquela infraestrutura, pois iria lá ficar na

mesma, mas tão só, para uma eventualidade, no futuro, se a água faltasse,

pudesse haver alternativas e água a circular nas torneiras.-------------------------

É também verdade que a Câmara Municipal de Gouveia já deixou que o bem

entrasse em degradação completa, nunca pensando que aquilo poderia vir a

ser entregue à Junta que faz a limpeza todos os anos ao recinto. A Câmara

nunca lá fez rigorosamente nada, deixou que o Poço estivesse quase a cair.

Daí a nossa surpresa, porquanto afinal aquilo pertence à Câmara Municipal de

Gouveia. ----------------------------------------------------------------------------------

O Senhor Presidente da Câmara dizia numa das sessões anteriores que “não é

com vinagre que se caçam as moscas”, mas a verdade é que também não é

com mel, porque nós, Junta de Freguesia, achamos e muito bem vir reunir

com o Presidente da Câmara, para falar de certas e determinadas obras nunca

foram feitas em Nespereira, inclusive o Poço do Senhor dos Aflitos e, de entre

treze ou catorze pontos, nenhum deles foi respondido. O único que o foi e

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passados seis meses - foi preciso que a Junta de Freguesia insistisse na

resposta - foi a questão do Poço, em que o Senhor Presidente disse que se

fosse por vontade dele, o Poço transitaria para a Junta, mas que tinha que

perguntar aos técnicos, pelo que não decidiria nada, naquela altura. ------------

É verdade que, mais uma vez, não sabe o que se passa com Nespereira,

porque em assunto algum nos conseguimos entender. Também falou nessa

reunião em relação à Estrada S.Paio/Nespereira, que está uma vergonha. A

Junta de Freguesia tem deitado várias vezes “rasulho” para tapar os buracos,

mas isso não se aguenta mais do que duas a três semanas. Os buracos são cada

vez mais, pelo que seria melhor a Câmara Municipal de Gouveia pôr uma

placa a sinalizar os buracos, ou será que só tomará medidas quando houver

um acidente, porque muitos condutores ao desviarem-se dos buracos passam

para a mão contrária, para não cair neles e depois quem é o responsável? A

Junta de Freguesia? A Câmara Municipal? Não sabe. ----------------------------

Lendo a Revista Municipal e como com a idade se começa a ver pior, leu e

releu esta Revista e disse assim “afinal de contas o Presidente da Junta de

Freguesia de Nespereira até tem razão, as obras para Nespereira são zero.”

Ao menos podiam lá colocar “os fiscais da Câmara Municipal deslocaram-se

a Nespereira”. Pronto, era uma notícia, sobre Nespereira. Agora,

rigorosamente nada, pois é verdade que, nestes últimos três anos, nem obras

mistas, nem outras obras, nada foi feito em Nespereira. Daí que, como atrás

disse, não é só com vinagre que se caçam as moscas, porque afinal de contas

o mel também não serve para nada.---------------------------------------------------

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de São

Pedro que colocou uma questão dirigida à Mesa. Como se sabe, neste

momento, estamos a viver o período de discussão pública do denominado

documento Livro Verde – Reforma da Administração Local. Contava que,

para esta reunião, na ordem de trabalhos, por iniciativa do Presidente da

Mesa, aparecesse um ponto que proporcionasse a todos, enquanto autarcas,

discutir esse documento para o qual todos são chamados a dar o seu

contributo e para o qual o próprio documento prevê que haja esse parecer, ou

seja, a pronuncia por parte dos Órgãos, quer das Assembleias de Freguesia,

quer das Assembleias Municipais. Não sabe se a intenção obedece a alguma

estratégia de, deliberadamente, não colocar esse documento a discussão,

assim como não sabe se se fará alguma sessão extraordinária em janeiro,

porque o período de discussão pública termina no final do próximo mês. Em

fevereiro haverá uma sessão ordinária, mas não está a ver essa inclusão, pelo

que pedia esse esclarecimento à Mesa. -----------------------------------------------

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------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de São

Julião referindo que vários munícipes lhe deram os parabéns e por isso os

quer retribuir à Câmara, relativamente ao novo trajeto e horários do transporte

urbano “Estrelinhas”, porquanto estão bastante satisfeitos, pois pelos vistos,

servem muita gente, tendo sido uma decisão acertada. ----------------------------

Também na zona da Rua Casimiro de Andrade e envolvente do Centro de

Saúde de Gouveia, queria congratular-se com as obras que, relativamente à

segurança, foi necessário levar a efeito, porquanto todos os peões que

circulam naquela zona e que são cada vez mais, estarão mais seguros com a

colocação dos gradeamentos o que obriga as pessoas e passarem,

efetivamente, nas passadeiras o que não se verificava e, com a colocação de

semáforos, veio alertar mais os motoristas que transitam naquela via e que

andavam um bocado distraídos. -------------------------------------------------------

Relativamente ao início das obras da nova Zona Industrial, apesar dos

investimentos andarem um pouco afastados do País acha que é uma iniciativa

interessante que nos deve orgulhar a todos, devido à expetativa que ela

encerra, na possível abertura de mais algumas empresas, em Gouveia, que

bem precisamos. -------------------------------------------------------------------------

Para terminar, queira desejar a todos um bom natal e um bom ano de 2012. ---

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Pedro Carvalho (PS)

referindo que iria centrar a sua intervenção em duas questões que preocupam

ou deveriam preocupar a todos. Como sabe, já o disse, acompanha o Senhor

Presidente, quando diz que a causa do interior deveria ser considerada uma

causa de desígnio nacional. E, para ser consequente com esta posição, não

deixa de o indignar, profundamente, o facto do Governo não pensar assim,

mas pelo contrário, porquanto está a contribuir, com as suas políticas, para

agravar ainda mais a situação destas regiões. Aliás, diria mesmo, que nos

arriscamos a ouvir o Senhor Primeiro Ministro, com a habitual candura e

simplicidade que nos tem habituado, depois de ter convidado os jovens a

emigrar, os professores a fazerem o mesmo, a dizer o mesmo às pessoas do

Interior. -----------------------------------------------------------------------------------

Como sabemos e a história mostra-nos isso, as crises têm sempre efeitos

assimétricos, afetam sempre, em maior grau, os mais frágeis, não afetam de

igual forma toda a gente. Mas este Governo parece não perceber isto. A

política seguida por este Governo tem sido cortar a direito e os mais frágeis

começam a sentir este desvario. -------------------------------------------------------

E, quando falo em mais frágeis, falo precisamente nas populações e nas

regiões do interior mais desfavorecidas. ---------------------------------------------

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Quanto a ele, o interior está a ser atacado. Como se não bastasse acabar com

todos os benefícios fiscais em relação à interioridade e veja-se a proposta que

acompanha este Orçamento de Estado para 2012, agora servem-nos, de

bandeja dourada, como uma espécie de mais uma prenda de Natal antecipada,

o pagamento de elevadas portagens na A25. ----------------------------------------

Pergunta até se a bancada do PSD não pretende agora apresentar uma Moção

ou declaração política contra o pagamento de portagens nas SCUT’s, pois não

passou assim tanto tempo e não venham com o argumento falso de que a

culpa é do Governo anterior. O PSD, recorda, fez depender, em parte, da

aprovação do orçamento para 2012, da introdução de portagens em todas as

SCUT’s, nas sete SCUT’s. -------------------------------------------------------------

Como sabem e recorda mais uma vez ao Senhor Presidente, pelos vistos não

está recordado, o PS defendia o princípio de introdução progressiva de

portagens, colocando a salvo, nesta fase, regiões como a nossa. Quem ainda

na vigência do Governo anterior impôs o princípio da universalidade, isto é,

que fosse introduzida a imediata cobrança de portagens nas sete SCUT’s, foi

o PSD. Temos que agradecer, portanto, ao PSD, o facto de estarmos a pagar já

portagens na A25. Defender o Interior, na perspetiva de estimular a economia,

era e é a sua posição pessoal, porquanto defende intransigentemente o

princípio de não cobrança em áreas como a nossa, em áreas com rendimentos

inferiores à média nacional. ------------------------------------------------------------

É este o princípio que, claramente, defende. Aliás, as receitas das portagens,

serão com certeza bem inferiores aos enormes prejuízos causados às

economias regionais. E não venham com a defesa do princípio da

universalidade que todos têm de pagar ou, como ontem disse o Senhor

Secretário de Estado dos Transportes, que a introdução de portagens repôs a

justiça e equidade, porque justiça, equidade e universalidade não se invocam

quando o que está em causa é o investimento público distribuído de forma

desigual pelo País. Não temos visto, nos últimos anos, uma distribuição

equitativa do investimento público e daí também os problemas das regiões

que, como a nossa, têm. Pelo menos, esta Assembleia devia fazer sentir ao

Governo de que deveria rever urgentemente a forma como foram calculados

os preços das portagens na A25 pois, como sabemos, os valores cobrados são

manifestamente superiores em alguns troços aos praticados em outras Auto-

Estradas do País. A A25 tem custos que chegam a ser 60% superiores aos da

A5, a estrada que liga Lisboa e Cascais.----------------------------------------------

Quanto a si é uma afronta e como membro desta Assembleia não contem com

um silêncio conivente. ------------------------------------------------------------------

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Portanto, estas taxas são desproporcionais e injustas, face ao preço praticado

em territórios com níveis de rendimento superiores, onde as taxas são

inferiores. ---------------------------------------------------------------------------------

Interveio o Senhor Presidente da Assembleia Municipal, alertando o Senhor

Deputado para que fosse breve pois o seu tempo estava a terminar. -------------

E como se não bastasse – continuou o Senhor Deputado Pedro Carvalho –

para castigar mais ainda o Interior, ou pelo menos, para não minimizar os seus

problemas, temos pela frente a proposta do Governo para a Reforma da

Administração Local, revelada pelo chamado Livro Verde, proposta esta

criticada até por muitos autarcas do PSD. A proposta que este Livro Verde

apresenta, mostra desde logo, que o Governo acaba por tratar, de forma igual,

o que é diferente, não distingue o Litoral do Interior, não distingue alta

densidade populacional de baixa densidade populacional ou, pelo menos, a

distinção não é aquela que deveria ser e não são devidamente aplicados os

princípios de descriminação positiva. ------------------------------------------------

E, desde já, é sobre esta proposta que está em consulta e em debate público

que nos devemos pronunciar e não sobre “o que diz que disse” ou “que já não

é bem assim”.-----------------------------------------------------------------------------

Esta reforma da administração local exige, Senhor Presidente da Assembleia

Municipal, debate. As Assembleias Municipais precisam de se pronunciar

como já aqui foi dito. As Assembleias de Freguesia, as populações também

devem pronunciar-se e ser ouvidas, no início do próximo ano. Gouveia

precisa de apresentar uma proposta de reorganização em função dos critérios

estipulados por Lei mas, para tal, é necessário que a informação clara circule,

que as dúvidas se dissipem. ------------------------------------------------------------

E reitera a pergunta, já colocada pelo Senhor Presidente da Junta de Freguesia

de São Pedro, sobre o que está a ser feito a este nível, o que pensa ser feito

para esclarecer as populações para que estas emitam um parecer informado. --

Da sua parte, fez uma análise do documento e ficou seriamente preocupado

em relação ao caso de Gouveia pois, caso fossem aplicados os critérios

estabelecidos nesse documento, seriam várias as Juntas de Freguesia do nosso

concelho que deixariam de o ser, umas por terem menos de 300 habitantes,

outras por estarem a menos de 10 Km da sede do Município. --------------------

Espera, como se diz por aí, que critérios como a distância linear que destorce

claramente a realidade, colocando, por exemplo, Figueiró da Serra a 10 km

quando, manifestamente, não está e, ainda, por cima é servida por estradas de

serra e más, venham a ser alterados. --------------------------------------------------

Interveio novamente o Senhor Presidente da Assembleia pedindo ao Senhor

Deputado que terminasse, tendo o Senhor Deputado Pedro Carvalho

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retorquido dizendo que é, de alguma forma, para compensar também o facto

de, na última Assembleia, não lhe ter dado o uso da palavra quando tinha uma

clara justificação para o facto de ter chegado atrasado. Aliás aproveitou para

dizer que, nesse dia, se sentiu duplamente penalizado não só por ter estado,

quase uma hora, retido no IP3, como pelo não uso da palavra.--------------------

Respondeu o Senhor Presidente da Assembleia dizendo que isso já foi na

última Assembleia. Agora, o Presidente da Assembleia Municipal, é que tem

a culpa, de o Senhor Deputado ter estado retido. Hoje, um Senhor Deputado

do PSD, também lhe pediu a palavra e não lha deu, pelo mesmo motivo.

Agora invocar que foi duplamente prejudicado porque ficou retido, por amor

de Deus. ----------------------------------------------------------------------------------

Retomou a palavra o membro da Assembleia Pedro Carvalho referindo que

iria terminar com o seguinte. Para além de não se poupar nada de substantivo

sob o ponto de vista financeiro, acha que o que se deve questionar são,

sobretudo, as perdas de natureza social. As Juntas e os Presidentes de Junta,

ainda fazem mais sentido, neste território esquecido pelo poder central, com

populações abandonadas e isoladas. Aqui ao nível das freguesias não é

necessário ganhar escala. Aqui é necessário ganhar proximidade. ---------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Fernanda Bernardo (CDU)

desejando a todos boas festas neste ano que termina e no outro que se inicia.

Começa por se referir à Central de Camionagem de Gouveia. De algum tempo

para cá, tem-se verificado que a Central de Camionagem existente nesta

cidade, se encontra regularmente fechada, na chegada dos expressos e, por

regra, nos horários da noite, sendo que nos meses de Verão, fecha diariamente

a partir das 17 horas. --------------------------------------------------------------------

Por essa razão, os serviços e valências da Central de Camionagem, como

casas de banho, sala de espera, telefone público, telefone da central, entre

outros, não tem estado disponíveis para os diversos utentes, passageiros,

familiares e motoristas dos mesmos expressos, tendo já acontecido, algumas

vezes, que a Central, não abriu às 06:30 horas como indica o horário fixado

no local, o que fez com que passageiros não tenham podido comprar o bilhete

de expresso. Perante tal situação, tem-nos chegado inúmeras queixas e

reclamações por parte dos passageiros que, com frequência, utilizam aquele

espaço, pelo facto de não poderem usufruiu dos serviços que a Central

dispõe.-------------------------------------------------------------------------------------

Sendo a Central de Camionagem propriedade da Câmara Municipal de

Gouveia, solicita-se ao Senhor Presidente que clarifique esta Assembleia e a

população em geral, sobre o horário e respetivo funcionamento da Central de

Camionagem.-----------------------------------------------------------------------------

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Em relação ao tema da educação vimos, recentemente, ser confirmado

pelo Diretor do Mega Agrupamento de Escola de Gouveia que a cantina de

Vila Nova de Tazem, foi entregue a uma empresa de “catering” e também que

está a decorrer o concurso para a entrega a uma empresa externa dos serviços

da cantina da Escola Secundária de Gouveia. Sublinhamos que estas medidas

promovidas pelo Governo PSD/CDS-PP que visam privatizar os serviços de

cantina das escolas públicas do concelho, tem como consequência imediata a

perda de qualidade dos serviços e a deslocação dos trabalhadores e

trabalhadoras afetas a este serviço, para outras funções. É também importante

assinalar a aparente apatia e até complacência manifestada, em todo este

processo, pela Direção dos Mega Agrupamentos de Escolas de Gouveia,

entidade responsável pela gestão dos estabelecimentos de ensino em questão

ao aceitar paulatinamente tudo o que o Ministério da Educação lhes impõe,

estando em causa a qualidade do ensino ministrado com os nossos jovens. ----

Posto isto, é importante perceber qual a posição da Câmara Municipal de

Gouveia, perante este eminente processo de privatização dos serviços de

cantinas escolares no concelho. -------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia António Machado

(PPD/PSD) referindo o seguinte: ------------------------------------------------------

“No Natal lembramo-nos muito das crianças, mas em janeiro muitos dos

menores em risco continuarão entregues apenas a si mesmos, à mercê da

violência doméstica e vítimas de um abandono generalizado por parte da

Sociedade. --------------------------------------------------------------------------------

Isto porque o sistema português de apoio à infância é débil e inoperante. As

Comissões de Proteção de Crianças de Jovens fazem muito, mas estão muito

longe de fazer tudo o que é preciso. --------------------------------------------------

A questão é que a Lei que as institui garante que jamais funcionarão. As

Comissões têm gente a mais, organização a menos e meios ridiculamente

escassos. Os seus principais responsáveis são técnicos das Câmaras da

Educação ou da segurança Social cujo horário é o do expediente, obviamente

inadequado para lidar com os problemas sociais e familiares. ------------------

Nestas Comissões, co-existem membros voluntários sem a formação

necessária a par de funcionarem remunerados mas com disponibilidade

muito limitada, só mesmo graças a um esforço e dedicação de alguns se vão

conseguindo fazer pequenos milagres, para apoiar as crianças em risco eu

achava importante que esta Assembleia fizesse chegar à Assembleia da

República, que é necessário, que é urgente, aprovar uma nova legislação que

deve tornar o modelo mais eficaz e revestir as suas intervenções do caráter

de urgência que todos estes casos exigem. Penso que é também aqui que

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reside uma emergência nacional e a minha experiencia como professor faz-

me trazer este tema à Assembleia. ----------------------------------------------------

A Organização Administrativa do Território que é hoje Portugal tem uma

história já longínqua que atravessa o período de ocupação romana com a 1.ª

Revisão Administrativa conhecida e vai até aos nossos dias. Em quase 200

anos o número de freguesias que temos não se alterou. O que temos hoje é

praticamente o que nos deixou Mouzinho da Silveira. O modelo existente

carece de atualização dada a evolução que o País sofreu e à constatação que

Portugal é um País desigual, é um País assimétrico. ------------------------------

Por isso penso que ninguém duvida que é preciso uma verdadeira reforma da

administração local que sirva os interesses do País e das populações que seja

uma oportunidade para equilibrar o desenvolvimento do País e vencer as

assimetrias existentes entre o interior e o litoral, que discuta um modelo de

organização administrativa, que promova a coesão do território nacional em

função do turbilhão de mudanças sociais que operaram desde a criação da

atual revisão administrativa.-----------------------------------------------------------

Neste contexto, temos de aplaudir a coragem do Governo em lançar a

discussão pública sobre a reforma da administração local, consubstanciada

no designado Livro Verde. -------------------------------------------------------------

Não devemos ficar na crítica pela crítica, mas apresentar propostas

alternativas, complementares ao conjunto de intenções que estão descritas no

referido Livro Verde. Estamos perante um documento em aberto. ---------------

Em relação ao 1.º Eixo – Redução do Setor Empresarial Local (Empresas

Municipais), concordo em reduzir-se apenas isto, reduzir o número de

empresas municipais, otimizando os recursos financeiros, materiais e

humanos existentes a cargo do Município. ------------------------------------------

Em relação ao 2.º Eixo - a organização do território - sem a extinção de

freguesias que estipulam um conjunto de critérios que se baseiam no número

de habitantes por quilómetro quadrado, no número de habitantes por

freguesia e na distância dos mesmos até à sede do concelho e a estes deviam

ser introduzidos outros critérios como a demografia, a geografia e outros que

as Assembleia Municipais achassem convenientes. --------------------------------

Defendo a agregação mas sem perda de identidade das freguesias. ------------

Todavia considero que há um conjunto de freguesias que são pequenas e que

devem manter por uma questão de coesão territorial e de coesão social e até

de fazerem chegar a determinados serviços do Estado, das Autarquias e até

do privado a essas populações, isso implica obrigatoriamente que essas

freguesias mesmo pequenas se mantenham tal como existem atualmente. E

referencio aqui o caso das freguesias do nosso concelho. ------------------------

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Entendo ainda que as freguesias da sede do concelho deveriam ser

agregadas.--------------------------------------------------------------------------------

Em relação ao 3.º Eixo – gestão municipal e intermunicipal e financiamento

– devia ir mais além do que definir a possibilidade de ao nível da gestão

autárquica serem constituídas Associações de Municípios, será que essas

Associações vão ter as mesmas competências que são normalmente

atribuídas às Áreas Metropolitanas? Ainda não se deslumbra no documento.

4.º Eixo – Democracia Local e Lei Eleitoral Autárquica que onde existam um

Parlamento Municipal e depois naturalmente um Executivo em que o

Presidente tenha maioria nesse Executivo.-------------------------------------------

Penso que este Eixo é pacífico na medida em que tanto quanto sei já há

acordo entre três partidos no parlamento, PSD, PS e CDS.-----------------------

Finalmente a Reforma da Administração Local pode ser feita devagar porque

o que comanda aqui a reforma não é exatamente o problema do deficit, nem

da divida na medida em que o contributo, o custo para o orçamento de

Estado é de 0.108.-----------------------------------------------------------------------

Para terminar o que está aqui em causa é um problema de organização e

eficácia e penso que a reforma propriamente das autarquias podia ser feita

num ritmo diferente não é que todavia não se deve deixar para as calendas

que depois é regra em Portugal não se fazer. ---------------------------------------

Por isso eu defendo que esta reforma não deve ser feita de uma forma

abrupta e em relação à Lei Autárquica ela requer uma aprovação antes das

novas eleições autárquicas.”-----------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Pedro Maltez (PS)

começando por saudar e desejar umas boas festas.----------------------------------

No que concerne à fatura de consumo de água, sugeriu que fosse estudada a

possibilidade de enviar a mesma a cada consumidor por correio eletrónico.

Torna-se, assim, possível, receber a fatura em formato digital, de uma forma

mais cómoda e ecológica, evitando possíveis extravios dos CTT, com a

impressão e envio da mesma. Sugeriu, também, que se verifique a

possibilidade das faturas virem com a referência multibanco de forma a

facilitar o seu pagamento. --------------------------------------------------------------

De seguida o Senhor Deputado referiu ainda o seguinte:---------------------------

“Vivemos num concelho cada vez mais envelhecido. Urge então a

importância de o tornar acessível quebrando algumas barreiras

arquitetónicas. ---------------------------------------------------------------------------

Desta forma, poderá ser também uma oportunidade no que concerne ao

turismo. Um conceito de turismo acessível que engloba todos os tipos de

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turismo que permitem o acesso autónomo das pessoas, dos produtos, bens e

serviços turísticos.-----------------------------------------------------------------------

Assegurar um turismo que se credibiliza pela autonomia, pelo conforto, pelo

acolhimento dos turistas durante a viagem, estadia e acesso a todos os

serviços. Este deverá entender-se a todo o universo populacional incluindo

aqueles com mobilidade reduzida.-----------------------------------------------------

A implementação de medidas pró-ativas de acessibilidade, de caráter cultural

e social e domínio do território que assegurem a todos os indivíduos o acesso

universal, inclusive a espaços públicos e a serviços terão impacto humano e

económico significativo, pois visam contribuir para o incremento da

qualidade de vida dos cidadãos residentes assim como para a qualidade de

satisfação de turistas, nomeadamente, das suas faculdades e alguma

mobilidade.-------------------------------------------------------------------------------

É importante então haver uma consciência cívica e política para re-dimensão

e alcance do conceito universal, realçar que vivemos num meio onde a

população está em franco envelhecimento necessitando cada vez mais de

facilidades e apoios para a sua mobilidade de forma autónoma.-----------------

Urge assim estruturar um plano de acessibilidade e delinear as medidas a

desenvolver para responder a este desafio que terá um impacto positivo a

médio e longo prazo na atividade turística e económica do território dando o

seu contributo com o impulsar da imagem e do marketing territorial face a

destinos concorrentes muito próximos.-----------------------------------------------

Este nicho de mercado assume assim uma dimensão bastante considerável no

total de população e turistas nacionais e estrangeiros constituindo uma

porção no mercado com expressão que não deve ser negligenciada e todavia

e enquanto consumidores de produtos, serviços de recreio e lazer este grupo

tem vindo a ser esquecido com todas as consequências humanas, cívicas e

económicas negativas que daí são decorrentes.-------------------------------------

Considero importante que o nosso Município onde a população residente

necessita cada vez mais de apoio de cariz acessível deveria fazer uma aposta

efetiva neste tipo de turismo e encarando a acessibilidade como oportunidade

para desenvolver a atividade turística promovendo este nicho de mercado

específico e aproveitando as sinergias locais e melhorando significativamente

a qualidade de vida da população do nosso concelho.”---------------------------

Por último e relativamente ao Centro Cultural de Vila Nova de Tazem o

Senhor Deputado, uma vez mais, relembrou que aquele espaço não está a ser

devidamente dinamizado. Para além da piscina que não funciona há dois anos,

para além dos acabamentos que não foram feitos, pode constatar que já tem

sinais de degradação, os pilares exteriores estão a cair aos bocados, podendo

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comprovar com fotografias que tirou. É, pois, importante tomar medidas

rápidas e urgentes, pelo que pretende saber o que a Câmara pensa fazer

relativamente a esta situação. ----------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Ricardo Correia (PPD/PSD)

saudando todos os presentes e desejando boas festas a todos os presentes.

Reforçou a intervenção do Senhor Presidente da Junta de Freguesia de São

Julião, quanto à instalação dos semáforos na zona do Centro de Saúde que foi

uma das obras que veio resolver um dos problemas que foi muito falado nas

sessões da Assembleia Municipal. Pensa, consequentemente, que esse

problema estará para já resolvido, não sabendo se haverá, ou não, no futuro,

correções a fazer-se, mas para já está resolvido. ------------------------------------

Gostaria também de falar daquelas que considera que são obras discretas, são

pequenas obras que pouca gente dá conta delas e que o Senhor Deputado

Pedro Maltez acabou de falar e que tem a ver com o facto de trabalhadores do

Município terem cerrado vários passeios pela cidade e daí que são pequenas

obras, discretas feitas por gente da casa e que, no seu ver, acabam por ser

grandes passos, pois são facilitadores da mobilidade e da segurança daqueles

que hoje têm mais dificuldade motora, por uma ou outra razão. Não tinha

pensado falar de SCUT’s e das portagens, mas não pode deixar de responder a

uma pequena “provocação” do Senhor Deputado Pedro Carvalho.---------------

Gostava de dizer o seguinte, “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”.

Em fevereiro, se bem se lembram, estava um Senhor que, mesmo com o País

já a rebentar de dívidas pelas costuras, nos convencia de que vivíamos ainda

uma fase difícil, mas tínhamos uma saída para o progresso. A verdade não era

essa mas, nessa altura, a bancada do PSD, trouxe a esta Assembleia uma

proposta para ser discutida e votada onde se manifestava contra a cobrança de

portagens na A25, na A24, na A23 sendo que, a bancada do Partido

Socialista, impediu que essa proposta fosse discutida. -----------------------------

Gostaria pois de relembrar esse facto. Hoje vivemos uma situação diferente, o

País está no estado que todos sabemos. Felizmente, temos alguém que não

nos engana, que nos mostra a realidade e introduziu a cobrança de portagens

nas autoestradas que referiu, porque não há outra solução. -----------------------

Gostava de relembrar, já o disse noutras sedes que, pessoalmente, é contra o

princípio do “pagador não utilizador”, isto é, quem não usa paga com os seus

impostos as autoestradas que beneficiam quem as usa. Não lhe parece uma

visão correta das coisas, mas é uma opinião pessoal. Não é a posição da

bancada. ----------------------------------------------------------------------------------

Gostaria também de lembrar que ainda hoje o PSD, o CDS e a maioria dos

Senhores Deputados do Partido Socialista, reprovaram uma resolução do PCP

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para a revogação do Decreto do Governo que cobra portagens nas auto-

estradas. Gostaria de lembrar, também, um Senhor que foi aquele que nos

prometeu que faria IC’s para nos servirem, as estradas que não tem e que até

gostaria de ter e pagar por elas, com portagens. Mas, esse Senhor que

prometeu as estradas que não tem, chama-se Paulo Campos, foi Secretário de

Estado das Obras Públicas. Anunciou também a apresentação de uma

declaração de voto e votou favoravelmente a introdução de portagens.

Gostaria apenas de lembrar que falou de portagens, apresentou os seus

argumentos mas esqueceu um que para ele é importante. Fazemos parte de

uma NUT III, como sabem e, por esse facto, podemos beneficiar da

descriminação positiva, qualquer um de nós tem acesso a ela e, neste

momento, aquilo que foi instituído, as pessoas ficariam isentas nas primeiras

dez passagens e nas seguintes poderiam beneficiar de um desconto de 15%.

Hoje, ouviu também, de que já se pensa numa descriminação positiva mais

acentuada para as empresas e para as empresas de transporte com a

possibilidade de, em determinados períodos e horários do dia, beneficiarem de

um desconto ainda superior. -----------------------------------------------------------

Acredita que, no futuro, a breve prazo, com essas pequenas revisões, com as

realidades e com os protestos que vão sendo apresentados, possam ainda ser

corrigidos.---------------------------------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Ana Cristina Oliveira (PS)

desejando um feliz Natal e um Ano Novo cheio de muita saúde e paz para

todos.--------------------------------------------------------------------------------------

Referiu que, na sua última intervenção, entregou ao Senhor Presidente da

Assembleia Municipal, um requerimento a pedir as contas relativo às Festas

do Senhor do Calvário de 2010 e 2011.-----------------------------------------------

De uma forma muito sucinta e fora do prazo legal, recebeu a documentação e

confirmou o que há muito suspeitava. Gastaram-se fortunas, em empresas de

eventos, para realizar as festas e, já sem falar no emblemático palco, que para

além dos elevados custos, são os transtornos que causam e que, por capricho

do Senhor Presidente, insiste em colocar todos os anos em frente à Câmara.

Entretanto, o nosso concelho não tem um único anfiteatro/jardim.---------------

Os eleitos pelo Partido Socialista sempre defenderam a requalificação do

espaço da Cerca. O Senhor Presidente nunca aceitou a nossa proposta. A

requalificação daquele espaço de lazer e ao ar livre, é capaz de acolher

acontecimentos urbanos, nomeadamente de caráter lúdico, promoção de

recreio e convívio da população, porque a natureza e a configuração e

envolvência do terreno assim o permite. ---------------------------------------------

Dói a alma ver a degradação em que se encontra aquele espaço.-----------------

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Senhor Presidente, penitencie-se sobre o erro que cometeu na gestão das

apostas que tem feito ao longo destes dez anos. Dinheiro que todos nós

contribuímos e que o Senhor Presidente investiu em políticas descartáveis que

em nada beneficiam o nosso concelho e a prova, infelizmente, está à vista de

todos, a imagem do nosso concelho dita a gestão da Autarquia dos últimos

anos.---------------------------------------------------------------------------------------

Pretendia ainda ser esclarecida sobre se o Senhor Presidente tem

conhecimento, através do Gabinete de Proteção Civil, de algum plano de

proteção contra os incêndios, para o ano de 2012, porque não é só na altura de

Verão que se procura a comunicação social, como já é apanágio, a dizer que a

Câmara faz, é preciso é que a Câmara faça e antecipadamente e que nos

comunique. -------------------------------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Isabel Nascimento

(PPD/PSD) desejando a todos as boas festas, um bom Natal e um ano de 2012

cheio de coisas boas para todos os presentes. ---------------------------------------

Fez referência às sessões que foram feitas por iniciativa da CPCJ aos

domingos durante os meses de novembro e dezembro, quinzenalmente, que

foram um verdadeiro sucesso, pelo menos aquelas a que assistiu, com

bastante gente. Tiveram, de facto, um impacto muito positivo, foi uma

iniciativa louvável promovida pela CPCJ. -------------------------------------------

Referiu também o que pensa ter sido um sucesso apesar de ter ficado aquém

do que se espera na área do voluntariado. Referiu que, no sábado passado, foi

efetuado um dia de recolha de alimentos para a Loja Social de Gouveia,

alimentos estes para serem distribuídos pelas famílias carenciadas do

concelho. Uma iniciativa louvável por parte da Vereação da Câmara, através

da Loja Social, pena é que, mais pessoas, não se tenham inscrito para o

voluntariado. Pena que o voluntariado se fique apenas por aqui, porque pensa

que, de facto, se está a perspetivar um ano de 2012, muito complicado. Por

isso, todos nós devemos dar o nosso melhor, como cidadãos e sobretudo

como pessoas, para tentar dar as mãos aos outros, sobretudo não só com

aquilo que podemos dar financeiramente, mas com a nossa ajuda pessoal,

cada um dando o seu contributo com aquilo que se sabe e pode fazer. Sugere

aqui, portanto, que o voluntariado se alargue, que vá para além da recolha de

alimentos, que vá para uma ajuda mais concretizada, mais pessoal, mais

próxima de todos aqueles que necessitam. Por aquilo que ouviu, através dos

dados recolhidos pela PSP de Gouveia, há cerca de 90 idosos sozinhos na

cidade e, portanto, há muito por fazer, há muita gente que, com certeza, terá

tempo disponível para o fazer. Há muita gente com saber para ajudar e,

portanto, um apelo para que este voluntariado se desenvolva e mais gente

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participe, colaborando assim para o bem-estar dos outros, porque, de facto,

não é ficando quietos mas sim ajudando, colaborando, que as coisas se

concretizam e se dinamizam.-----------------------------------------------------------

De seguida destacou uma Resolução do Conselho de Ministros n.º 56/2011

que se intitula “Portugal sou eu”. É uma iniciativa que pretende,

precisamente, dinamizar as empresas portuguesas e a sua competitividade, a

sua produção e, sobretudo, os produtos portugueses para que, desta forma,

todos colaboremos, todos demos uma ajuda à economia nacional.---------------

De facto esta iniciativa que se intitula “Portugal sou eu” é uma Resolução

aprovada pela Câmara Municipal de Gouveia que visa a valorização da oferta

nacional e que tem quatro vetores de iniciativa:-------------------------------------

- Apoiar a competitividade das empresas nacionais;--------------------------------

- Fomentar a produção de bens e serviços com acrescida incorporação de

valor;--------------------------------------------------------------------------------------

- Estimular a mudança de atitude dos consumidores e das empresas, no

sentido de reconhecerem a qualidade intrínseca dos produtos e dos serviços

nacionais;----------------------------------------------------------------------------------

- Dinamizar a procura dos produtos e dos serviços que mais contribuem para a

criação de valor em Portugal.----------------------------------------------------------

Esta iniciativa “Portugal sou eu”, tem como objetivo central, o de atingir um

consenso nacional, quanto à prioridade de reagir com determinação e eficácia

à crise económica e social, implicando, assim, o envolvimento de toda a

sociedade civil, em particular das empresas, dos consumidores e das

estruturas associativas que os representam.------------------------------------------

Com isto, pretende dizer que a crise e as dificuldades estão instaladas, mas

apenas lamentar não chega, é preciso que todos levantem os braços e façam

alguma coisa quer a nível pessoal, quer a nível institucional, quer a nível

político como nós o podemos fazer aqui na Assembleia. --------------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Armindo Bezerra (PS),

começando por saudar todos os presentes, desejando umas boas festas

extensivas também aos habitantes do concelho, do País e do Mundo, porque a

globalização a isso nos vai obrigar, no futuro.---------------------------------------

Pretendia abordar três temas muito rápidos. O primeiro tem que ver com o

espírito de Natal. Teve conhecimento da distribuição de prendas de Natal nas

escolas e jardins de infância, aos meninos e meninas, deste concelho. Não

sabe qual foi o critério de quem organizou esta distribuição, porque as

educadoras e auxiliares não receberam nada, mas por uma questão pedagógica

deveriam ter recebido, porque dizem aos meninos e meninas “portem-se bem

que o Pai Natal vos vai dar um presente”. Depois os meninos vêm que as

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educadoras não recebem nada e perguntam se o Pai Natal não lhes deu uma

prenda porque se portaram mal. Estes pormenores são importantes e em nada

contribuem para o culto do belo.-------------------------------------------------------

Relativamente aos panfletos publicitários organizados pela Câmara

Municipal, por acaso viu diversos programas de atividades, no concelho, na

Câmara Municipal, no Posto de Turismo, mas para seu espanto não os viu nos

locais mais apropriados que seriam nos grandes centros. Numa Assembleia,

há uns tempos atrás a Senhora Deputada Joana Garrido levantou este

problema da deficiente distribuição deste tipo de divulgação, tendo falado na

criação de lugares de estilo que o Senhor Presidente concordou. Isto também

não contribui para o culto do belo. ----------------------------------------------------

Acha, que todo o tipo de informação, devia chegar a casa dos munícipes, às

associações e às Juntas de Freguesia, via distribuição postal ou qualquer outra

forma.--------------------------------------------------------------------------------------

No que diz respeito à revista municipal considera que esta publicação deve

terminar. É uma revista de cultos, de boa qualidade e uma tiragem de 8.000

exemplares, que só promove a Câmara Municipal e o seu Executivo. Fazer a

divulgação, nesta revista, de um buraco que se tapou aqui ou acolá é, no

mínimo, de pouco gosto, para não dizer, ridículo. Deve o Município sim fazer

um boletim informativo municipal que até pode chamar de “nova estrela” ou

“nossa estrela”, mais uma, com tiragem trimestral, tratando e divulgando

assuntos importantes para o nosso concelho. Esta mudança permite manter o

grupo de trabalho da atual revista municipal e para formato de boletim

municipal, sugeria a do vizinho concelho de Seia. ---------------------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Raquel Salvador (PPD/PSD)

felicitando o jovem gouveense Ricardo Morgado pela sua eleição como

Presidente da Direção Geral da Associação Académica de Coimbra,

Instituição com uma longa e rica história e de grande reconhecimento

nacional. ----------------------------------------------------------------------------------

A sua dedicação e vontade fez com que encarasse a defesa dos interesses da

Academia que o elegeu com acrescida responsabilidade. -------------------------

Neste projeto consta ainda o nome de outro gouveense Pedro Pacheco que

gostaria também de felicitar. Através deste dois jovens, vemos assim o nome

de Gouveia a ser elevado a Instituições de enorme visibilidade nacional.

Resta-me desejar, a ambos, as maiores felicidades, neste novo projeto que

abraçaram. --------------------------------------------------------------------------------

b) Direito de resposta do Senhor Presidente da Câmara ou de quem o

substitua

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------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal

autorizando o Senhor Presidente da Câmara a exercer o seu direito de

resposta. ----------------------------------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Câmara cumprimentando todos

os presentes e associando-se a todos nos desejos de boas festas. Lembrou a

todos os Presidentes de Junta, uma louvável iniciativa da Senhora Vereadora,

da decoração da escadaria interior de acesso ao piso de cima dos Paços do

Concelho, com árvores vivas e que depois, no fim da festa natalícia, cada uma

delas será oferecida à respetiva Junta para plantar na freguesia. Como árvore

de Natal deve ser uma esperança para o ano de 2012.------------------------------

Nestas respostas, hoje, compreenderão todos, não pela questão de sermos

solidários com o pedido do Senhor Presidente da Assembleia, mas por uma

questão até porventura de mudança, introduzirmos algo que pensa ser

importante. É importante que todos os Senhores Deputados e os Senhores

Presidentes de Junta, apresentam as suas queixas, declarações, sugestões.

Toma tudo em boa nota, mas não vai responder. Toma conta das queixas do

Senhor Presidente de Junta de Freguesia de Nespereira, toma em boa nota os

problemas da Senhora Deputada Ana Cristina Oliveira, do Senhor Deputado

António Machado, como qual está de acordo, em particular com as crianças e

jovens em risco, assim como da Senhora Deputada Isabel Nascimento,

especialmente com o aumento do voluntariado, coisas que já também

contemplamos. Toma em boa nota, em suma, as sugestões com as quais

concorda e, como é seu dever, as sugestões de que discorda, as queixas com

razão e as queixas infundadas. ---------------------------------------------------------

Toma em boa nota a sugestão de que a revista devia acabar, não acabará,

dirigindo-se ao Senhor Deputado Armindo Bezerra.--------------------------------

Quanto à questão do Livro Verde colocada pelo Senhor Presidente da Junta de

Freguesia de São Pedro e como foi um tema que os Senhores Deputados

Pedro Carvalho (PS) e Ricardo Correia (PPD/PSD) também abordaram,

entendeu falar sobre o assunto. --------------------------------------------------------

É conhecida a sua posição sobre a matéria. Teve a oportunidade, por isso, de

promover um debate onde ele próprio deu conta de qual era a sua ideia. E

deve dizer que, na sua modesta opinião, ao contrário do que referiu o Senhor

Deputado Pedro Carvalho (PS) acha que este Governo, teve uma enorme

coragem, para não andarmos a discutir em abstrato. Não. Apresentou critérios

e essa é que é uma dificuldade na democracia. Louva por isso. No seu modo

de ver o Governo teve a coragem de apresentar critérios, com os quais é

transversal, em todos os partidos, com grande responsabilidade. Daí que,

tivemos cá um deputado, pena é que não pudéssemos ter mais, acrescentando

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A S S E M B L E I A M U N I C I P A L D E G O U V E I A

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que recebeu, hoje mesmo, uma carta do Senhor Presidente da Comissão

Parlamentar do Poder Local a penitenciar-se pelo facto, de um Presidente de

Câmara endereçar ao Presidente da Comissão, a convidar um Deputado de

cada partido, para vir a Gouveia e só tenha vindo de um partido. Hoje mesmo

mandaram uma carta a pedir desculpa e a dizer ter comunicado aos Grupos

Parlamentares para indicarem um representante, mas ninguém o fez. Já agora,

também leu no jornal, que o Partido Comunista “barafustou”, por isso pede à

Senhora Deputada Fernanda Bernardo que diga por lá que é injusta a crítica,

porque a pessoa do Partido Comunista que se apresentou em representação do

Partido até se sentou ao seu lado e usou da palavra o tempo que quis, por

condescendência, sejamos sinceros e por enriquecer a democracia, porque

quem foi convidado foram os deputados da Assembleia da República e não,

respeitosamente, qualquer cidadão que não tenha lá assento.----------------------

Aí, podia falar, como falaram todos os que quiseram. -----------------------------

Por isso, o Livro Verde, teve a coragem e tem, naturalmente, na sua opinião,

de permitir a existência de debates francos e sinceros. A partir daí o Governo

assume a responsabilidade de apresentar a Lei, na Assembleia, quando houver

Lei.-----------------------------------------------------------------------------------------

O Presidente da Câmara não causa nenhum “stress” no seu Concelho com

base num Livro Verde. Se tivermos que ter algum “stress” concordando ou

discordando, vamos tê-lo com base numa Lei, que há-de resultar de uma

saudável discussão do Livro Verde. --------------------------------------------------

Naturalmente que regista também aquilo que disse o Senhor Presidente da

Junta de Freguesia de São Julião. -----------------------------------------------------

Ao Senhor Deputado Pedro Carvalho (PS) disse que o acompanha quando

diz, há muito tempo, que o interior devia ser encarado como uma causa

nacional e, infelizmente, neste 36 anos de democracia, não tem sido. E dito

isto que é para não haver dúvidas sobre os culpados das coisas, seremos todos

da direita, da esquerda, todos que por lá já passamos, direta ou indiretamente.

De maneira que, dito isto, também não esperava outra coisa do Senhor

Deputado, nem politicamente, nem intelectualmente, senão acompanhá-lo

nisso que há muito tempo combate, deve reconhecer, sem grande sucesso.

Agora Senhor Deputado, legitimamente sentado nessa bancada e muito bem,

na sua perspetiva, levantou já o “pau” contra o Governo, que só lá estão há

seis meses e se fizerem mais maldades ou não fizeram nada que sob o ponto

de vista político tenda a infletir, um pouco, a trajetória, cá estará, associando-

se ao Senhor Deputado Pedro Carvalho, onde quer que estejam, para lhe

dizer, este Governo também se portou mal, nessa matéria. Agora, não é em

seis meses, que vamos dar e muito menos pelas razões que aponta. -------------

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Em relação às portagens revê-se muito no que disse o Senhor Deputado

Ricardo Correia, mas a política autárquica impõe-nos, em consciência, que a

gente possa discutir, em termos autárquicos, de postura como autarca, sem ser

necessariamente a olhar apenas para o umbigo. É contra este valor das

portagens, mas não foi este Governo, que iniciou e aprovou os modelos, mas

tão só que os implementou. De resto, foi há dois meses atrás falar com o

Senhor Secretário de Estado dos Transportes e ele teve a oportunidade de

explicar que tentaram estudar um outro modelo, mas não havia tempo. Só lá

estão há seis meses, com uma “troika em cima”. Mas se cavalgarem essa onda

que o Governo, o anterior, o anterior e o anterior fizeram de cavarem o fosso

entre os mais ricos e os mais pobres, cá estaremos para os criticar ou se não

fizerem algo para alterar a trajetória, cá estaremos para os criticar. Todavia, o

Senhor Secretário de Estado o que fez, a única coisa que alterou daquilo que o

Governo do Partido Socialista tinha feito na introdução de portagens, foi

apenas este pequeno benefício que, para nós não conta, mas por exemplo para

Seia, beneficia destas pequenas isenções, por NUT. Ora Seia não beneficiava,

mas como nós estamos “encostados” à A25, Seia é da NUT beneficia. ---------

Aliás deve até dizê-lo, com meridiana clareza, que houve tempo para estudar

outros modelos. Se isto foi aprovado, se isto foi assinado pelo Governo

anterior e não é bonito, Senhor Deputado Pedro Carvalho e a si em particular,

pelo reconhecimento que lhe faz da sua capacidade intelectual, não é bonito

dizer isto que disse, “o Governo do Partido Socialista queria gradualismo,

mas o PSD na oposição é que obrigou o Governo a ser universal.” Grande

oposição que obrigou um Governo a fazer isso.-------------------------------------

Conhece o processo e o Senhor sabe que o Governo do PS quis fazer uma

coisa e quando o PSD defendeu a universalidade e defendeu-a na campanha

eleitoral onde o atual 1.º Ministro disse o que iria fazer. Agora o que espera e

deseja é que, na revisão do processo, possa haver a discriminação em relação

ao pagamento de portagens. Isto é que é verdade. Acha que, por mais forte

que seja a oposição neste País, o Governo vai fazer nesta matéria o que a

oposição quer? Não. O Governo fez porque sabia perfeitamente que esse é

que era o caminho a percorrer e depois suspendeu porque foram marcadas

eleições. O Governo do PS tomou uma decisão de construir os pórticos, o

Governo do PSD sempre disse que era a favor e, como são a favor,

naturalmente que esperam para depois das eleições. É defensor, há vários

anos do utilizador/pagador como disse o Senhor Deputado Ricardo Correia,

mas não concorda que pague quem não utiliza, mas, com base em duas

questões muito importantes: quanto custou cada quilómetro de cada uma das

autoestradas, primeiro e o nível de desenvolvimento das populações onde elas

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se situam, depois. Ainda ontem lhe disseram que o sistema está tão mau, que

Fornos de Algodres, no sistema, tem a A23, a A24 e a A25 e segundo os

critérios, não tinha. Tem a esperança de que o novo sistema de portagens

traga algumas alterações e se não fizeram é um erro total mas, com isto, não

quer estar a justificar nada. -------------------------------------------------------------

Discorda do fim da baixa das taxas de IRC e defende um Governo que tenha a

coragem de dar aqui algum benefício, não por solidariedade político-

partidária, mas como é possível a um Governo que chegou há seis meses e

tem uma troika em cima tem um acordo assinado com a concordância dos

partidos do chamado arco do poder e dá-lhe aqui algum benefício da dúvida.

Agora espera, sinceramente, que tenham em conta que ou há alguns fatores de

discriminação positiva ou então é o cavar do fosso de uma maneira inexorável

e nessa luta estaremos todos.-----------------------------------------------------------

Em relação à intervenção do membro da Assembleia Pedro Maltez regista as

sugestões e o espírito de Natal do Senhor Deputado Armindo Bezerra, pois de

facto só demos prendas aos alunos, pois esse é que é o espírito de Natal. ------

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal sobre a

questão colocada do Livro Verde referindo que não há obrigação do

Presidente da Mesa ter que agendar. --------------------------------------------------

O Livro Verde não é Lei e entende também que não iria tomar nenhuma

deliberação, porque não tem que o fazer. Também não viu quem quer que

fosse fazer chegar ao Presidente da Assembleia e perguntar se seria agendado

ou não. ------------------------------------------------------------------------------------

Por outro lado, o Município por iniciativa da Câmara Municipal, que achava a

melhor forma de esclarecimento, promoveu um debate que acha que foi muito

importante para quem esteve presente e acha que se houvesse mais

participação de todos os partidos políticos, aí sim poderia ter havido muito

mais informação. Aquilo que a Assembleia terá que se pronunciar é noutro

momento e cumprirá exatamente a Lei, neste caso, não há obrigatoriedade,

nem tem que emitir parecer.------------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Pedro Carvalho (PS)

achando que se não discutirmos ou se não nos pronunciarmos acerca dos

critérios, a Lei depois é um facto consumado e ficamos amarrados à Lei. É

bom que tenhamos isso em consideração e, da nossa parte, acha que houve

aqui manifesta vontade que esta questão, pela importância que tem, para o

concelho, particularmente, até para algumas freguesias, devia ser

aprofundadamente discutida neste órgão. --------------------------------------------

------- Respondeu o Senhor Presidente dizendo que não tem obrigatoriedade e

nem tem Lei. -----------------------------------------------------------------------------

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------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de São

Pedro, referindo que, de facto, não há nenhum imperativo de ordem legal que

obrigue a que a Mesa agende. Mas o documento em si é muito explícito em

relação ao cronograma que apresenta no que diz respeito à discussão pública.

E diz no documento em relação à organização do território, Discussão

Pública: Assembleia de Freguesia e Assembleias Municipais – 90 dias; início

de novembro/dezembro/janeiro, nestes três meses é o período de discussão

pública. -----------------------------------------------------------------------------------

O facto de ser um documento profundamente divulgado, discutido naquela

sessão pública promovida pelo Município, dava a entender, a qualquer um de

nós que, obrigatoriamente, a Assembleia agendaria o assunto.--------------------

Independentemente de, na Assembleia de Freguesia de São Pedro, no dia 29

de dezembro, ser um dos pontos da ordem de trabalhos, mas é a tomada de

posição da Assembleia de Freguesia em relação ao Documento Verde. Pensa

que não se teria perdido nada, neste caso, até seria preferível pecar por

excesso do que por defeito. O facto de isto vir expresso no programa do

Documento Verde inibiu-nos de, com tempo, apresentarmos uma Moção, o

que tornaria demasiado redutora a discussão de uma Moção apresentada por

um Presidente de Junta ou um grupo de Presidentes de Junta ou por qualquer

membro da Assembleia, pois podia enviesar, à partida, este tipo de discussão

que se quer o mais alargada e o mais consensual possível daquilo que deve ser

a posição dos órgãos do Município de Gouveia, em relação ao documento.----

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia referindo que,

neste momento não tem que tomar posição. ----------------------------------------

------- Interveio novamente o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de São

Pedro referindo que devíamos tomar posição se concordamos ou discordamos,

se temos alternativas ou se não temos alternativas. Tudo isso é que está em

causa, seja em relação ao eixo da organização do território ou dos restantes

três eixos que fala o Documento Verde. Agora permita-lhe que diga uma

coisa. Não está mandatado pela população que o elegeu para passar qualquer

certidão de óbito nem à sua freguesia, nem a qualquer outra, daquelas que,

segundo o documento, são para agregar. Defende, já o disse em vários fóruns,

que a ter que se pronunciar sobre esta temática, usará os referendos locais que

estão devidamente expressos na legislação em vigor e permitem que sejam as

populações a pronunciarem-se, sobre esta matéria. Já temos aqui duas

sugestões. Outras, com certeza, haverá. A Assembleia Municipal não quis

tomar a iniciativa de agendar, mas fará chegar à Assembleia da República,

mais propriamente à Comissão do Poder Local, aquilo que for a posição

estrita da Assembleia de Freguesia de São Pedro. Os seus colegas Presidentes

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de Junta farão como entenderem. Se o Senhor Presidente quiser ainda

proporcionar essa discussão ampla, no mês de janeiro, está a tempo de

convocar uma sessão extraordinária, embora reconheça que, havendo uma

sessão em Fevereiro, estamos a perder recursos, tempo e algum dinheiro. Mas

fica ao livre critério do Senhor Presidente da Mesa, mas achava importante

que a discussão se fizesse, neste plenário, sob pena de passarmos um cheque

em branco, do género “os Senhores agora decidam, Gouveia não tomou

posição, tomem a decisão que quiserem”.--------------------------------------------

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Câmara, a fim de fazer uma

pequena correção ao Senhor Presidente da Junta de Freguesia de São Pedro.

Independentemente, como é óbvio, da posição da Assembleia de Freguesia de

São Pedro ou de todas as Assembleias de Freguesia ou a que poderia ser da

Assembleia Municipal, concorda com o Senhor Presidente da Junta, pois era o

que mais faltava que agora alguém estivesse mandatado para passar a certidão

de óbito, usando a sua expressão. Nisso, está de acordo e, por essa razão acha

que cada freguesia, deveria de livre e espontânea vontade agregarem-se e há

freguesias que já decidiram agregar-se. Nada, nem ninguém proíbe, no

concelho de Gouveia, que as freguesias A, B e C, conversem e achem que se

devam agregar. Não há problema algum, ninguém proíbe, nem impõe nada,

nem no Livro Verde. Por isso, é que discutir, tomar posição, concordar ou

discordar, acha que isso alimenta a discussão a transmitir a quem de direito.

Pessoalmente acha muito bem que se faça, razão porque a Câmara promoveu

esse debate. Acha, muito sinceramente que, em termos daquilo que é apenas e

só responsabilidade do Município, devemos ter alguma prudência, porque

olhando para os critérios que estão lá, se fossem aqueles e nós já temos a

garantia que não são e por isso achamos que não devemos alimentar o "stress”

pois, por aqueles critérios já saberíamos quais as freguesias do concelho que

iriam ser agregadas. Se os Presidentes dessas Juntas concordarem com os

critérios, vamos agregar, sem embargo do debate. ---------------------------------

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal dizendo

que tomou a devida nota.---------------------------------------------------------------

-------Interveio ainda o membro da Assembleia Ana Cristina Oliveira (PS)

referindo relativamente à sua intervenção, em relação à primeira parte não

quer que o Senhor Presidente da Câmara lhe responda porque esta é a sua

opinião e a visão que está a olho nu. Mas, relativamente ao assunto da

proteção civil e do plano de prevenção de incêndios, perguntou se a sua

questão não merece uma resposta.-----------------------------------------------------

------- Respondeu logo de seguida o Senhor Presidente da Câmara dizendo

“um dia merecerá”.---------------------------------------------------------------------

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------- Usou ainda da palavra o membro da Assembleia Pedro Carvalho (PS)

dizendo que o Senhor Presidente da Câmara tinha garantias que os critérios

não serão assim aplicados, pelo que perguntou que garantias são essas, ao que

o Senhor Presidente respondeu que bastaria ter estado no debate. É essa a sua

garantia. -----------------------------------------------------------------------------------

I – PERÍODO DE “ORDEM DO DIA”

Ponto 1 - Discussão e Votação da Proposta de Delegação de

Competências nas Juntas de Freguesia, ao abrigo do n.º 2 do

artigo 66.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com as

alterações introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro,

no âmbito de “Conservação e limpeza de valetas, bermas, ruas e

passeios (alínea a) e b) do n.º 2 do art.º 66.º)”

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal

autorizando o Senhor Presidente da Câmara a apresentar o ponto de ordem de

trabalhos. ---------------------------------------------------------------------------------

------- Interveio o Senhor Presidente da Câmara referindo que este projeto de

delegação de competências é “mutatis mutandis”, aquele que todos os anos

vem à Assembleia Municipal, nestes dois vetores de ação autárquica

municipal. Continuamos, portanto, a defender que é o princípio que estamos

aqui a apresentar e consideramos que é importante que possa ser exercida,

esta função ou ação, pelas Juntas de Freguesia, se as mesmas concordarem

quando lhes apresentarmos o respetivo projeto de protocolo onde se

quantificará qual é a respetiva “mochila financeira”. Agora só estamos a

discutir o princípio, se a Assembleia Municipal estiver de acordo, a seu tempo

apresentaremos às Juntas de Freguesia a respetiva “mochila financeira” de

cada um e a partir daí os Senhores Presidentes de Junta, livremente, decidirão

se aceitam ou não.------------------------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal que

declarou abertas as inscrições para os Membros da Assembleia que

pretendessem intervir. ------------------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de São

Pedro proferindo o seguinte:-----------------------------------------------------------

“Votarei favoravelmente já que concordo com o princípio da Delegação de

Competências, como por diversas vezes aqui expressei.---------------------------

Considero, inclusivamente, que – cingindo-nos à conservação e limpeza de

bermas, ruas e passeios e à conservação e aquecimento das escolas do 1.º

ciclo e do pré-escolar – ficamos muito aquém daquela que deveria ser uma

verdadeira política de delegação de competências que proporcionasse uma

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maior abrangência e cobertura em vários setores da vida municipal em geral,

e das Freguesias em particular, nos mais diversos domínios de intervenção.

Constato igualmente, com muita preocupação, que mesmo as poucas

competências que se pretendem delegar, não são acompanhadas por uma

sólida contrapartida financeira; pelo contrário, todos os anos as verbas vêm

sendo reduzidas, tornando-se cada vez mais penosa, para as Freguesias, a

aceitação desses encargos. ------------------------------------------------------------

Finalmente, porque já se tornou recorrente constatar que no caso concreto

de S.Pedro e S.Julião a Câmara Municipal continua a não querer delegar as

responsabilidades que propõe para a generalidade das Freguesias, bem

como não se vislumbra uma mudança de paradigma no quadro das “obras

mistas” ou “obras protocoladas”, não posso deixar de expressar a minha

discordância pela atitude e consequente protesto.”--------------------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Fernanda Bernardo (CDU)

que pretendia ser informada se a delegação de competências abrange todas as

freguesias do concelho.-----------------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Câmara referindo que já teve a

oportunidade de explicar que só estão a discutir o princípio. A Assembleia

Municipal ou discorda ou concorda com ele, sendo que, a sua aplicação, já

compete ao Executivo e à Junta de Freguesia. Assim, se o princípio da

delegação for aprovado, será apresentado a cada uma das Juntas de Freguesia

o protocolo, que tem todo o direito de dizer se aceita, ou não. --------------------

------- Depois das explicações do Senhor Presidente da Câmara e as

intervenções dos Senhores Deputados, o Senhor Presidente da Assembleia

Municipal colocou à consideração do Órgão Deliberativo a Proposta de

Delegação de Competências nas Juntas de Freguesia, ao abrigo do n.º 2 do

artigo 66.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações

introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, no âmbito de

“Conservação e limpeza de valetas, bermas, ruas e passeios (alínea a) e b)

do n.º 2 do art.º 66”, tendo sido a mesma aprovada, por maioria, com trinta e

quatro (34) votos a favor e onze (11) abstenções.”----------------------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Armindo Bezerra (PS) para

em nome da Bancada Municipal do Partido Socialista proceder à leitura da

seguinte declaração de voto:------------------------------------------------------------

“Declaração de Voto

Abstivemo-nos na proposta de protocolo a celebrar com as Juntas de

Freguesia na delegação de competências para tratar dos caminhos, valetas,

bermas, ruas e passeios porque consideramos que as verbas inscritas no

Orçamento são muito escassas para as tarefas a desenvolver. O Senhor

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Presidente, uma vez mais e, sem explicação, as Juntas de Freguesia da

cidade estão excluídas de celebrar estes protocolos.”-----------------------------

Ponto 2 - Discussão e Votação da Proposta de Delegação de

Competências nas Juntas de Freguesia, ao abrigo do n.º 2

do artigo 66.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com as

alterações introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de

Janeiro, no âmbito de “Aquecimento, conservação e

reparação de Estabelecimentos de Ensino do 1.º Ciclo do

Ensino Básico e da Educação Pré-escolar (alínea g) do n.º 2

do art.º 66.º)

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal

autorizando o Senhor Presidente da Câmara a apresentar o ponto da ordem de

trabalhos. ---------------------------------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Câmara referindo que, o que

foi dito no ponto anterior, se aplica também a este ponto. Consequentemente,

não tem mais nada a explicar, mas já agora que fique claro porque presume

que vá haver situação idêntica, os assuntos são completamente distintos. Sabe

que é difícil desapegarem-se disso, “mas há alguma coisa na proposta que

diga que não é para as Juntas urbanas e quanto é? Está alguma coisa na

proposta que diga que são excluídas as Juntas A, B ou C?” – Perguntou o

Senhor Presidente. Não está cá nada. Isto é uma regra de gestão que compete

ao Executivo. Se o Executivo decidir que não é para as Junta de Figueiró, ela

pode chegar cá perguntar porquê e ser-lhe-ão dadas as explicações ou de São

Pedro ou a de São Julião. Os Senhores estão a votar um princípio e a sua

aplicação é da responsabilidade do Executivo, se o executar mal os Senhores

criticam, se os executar bem apoiam. Agora é o princípio. ------------------------

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal que

declarou abertas as inscrições para os Membros da Assembleia que

pretendessem intervir. ------------------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de São

Pedro referindo que, na sequência do que referiu anteriormente, votará a

favor, mas continua a manifestar o seu desagrado e o seu protesto em relação

àquilo que indicou.-----------------------------------------------------------------------

------- De seguida o Senhor Presidente da Mesa colocou à consideração da

Assembleia Municipal a Proposta de Delegação de Competências nas Juntas

de Freguesia, ao abrigo do n.º 2 do artigo 66.º da Lei n.º 169/99, de 18 de

Setembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de

Janeiro, no âmbito de “Aquecimento, conservação e reparação de

Estabelecimentos de Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e da Educação

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Pré-escolar (alínea g) do n.º 2 do art.º 66.º), tendo sido a mesma aprovada,

por maioria, com trinta e quatro (34) votos a favor e onze (11) abstenções.-----

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Armindo Bezerra (PS) para

em nome da Bancada Municipal do Partido Socialista proceder à leitura da

seguinte declaração de voto:------------------------------------------------------------

“Declaração de Voto

Abstivemo-nos na proposta de protocolo a celebrar com as Juntas de

Freguesia na delegação de competências para com as Escolas, porque

consideramos que as verbas inscritas no Orçamento são exorbitantemente

pequenas para as tarefas a desenvolver. O Senhor Presidente, uma vez mais

e, inexplicavelmente, as Juntas de Freguesia da cidade estão excluídas de

celebrar estes protocolos. É uma repetição, mas é a nossa posição.”-----------

Ponto 3 - Discussão e Votação da Proposta de Contratação do Revisor

Oficial de Contas do Município de Gouveia

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal

autorizando o Senhor Presidente da Câmara a apresentar o ponto da ordem de

trabalhos.----------------------------------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Câmara referindo que se tratou

de um concurso que teve que ser aberto porque, segundo a Lei, o Revisor

Oficial de Contas que estava ao serviço da Câmara, há três anos, para poder

contratualizar um novo período tinha que sofrer uma redução de 10%,

relativamente aos honorários anteriores. Porém, aberto que foi o

procedimento na plataforma da contratação pública, em vez de baixar 10%,

aumentou 40%. Assim, tivemos necessidade de abrir um novo concurso, onde

ganhou esta empresa - BDO & Associados, SROC Lda, pelo valor ainda mais

baixo que os 10%.------------------------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal que

declarou abertas as inscrições para os Membros da Assembleia que

pretendessem intervir. ------------------------------------------------------------------

------- Não se verificando nenhuma intervenção por parte dos Senhores

Deputados, o Senhor Presidente da Assembleia Municipal colocou à votação

a “Proposta de Contratação do Revisor Oficial de Contas do Município de

Gouveia”, tendo sido a mesma aprovada, por maioria, com trinta e dois (32)

votos a favor e treze (13) abstenções.”------------------------------------------------

Ponto 4 – Discussão e Votação da Proposta de Contrato Programa a

celebrar entre o Município de Gouveia e a DLCG - Desporto,

Lazer e Cultura de Gouveia, EEM, para o ano de 2012

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------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal

autorizando o Senhor Presidente da Câmara a apresentar o ponto da ordem de

trabalhos. ---------------------------------------------------------------------------------

------- Em relação a este assunto o Senhor Presidente solicitou ao Senhor

Presidente da Assembleia Municipal que a proposta fosse retirada da ordem

de trabalhos porque, segundo informação obtida hoje, o assunto não é, de

todo, necessário ser presente à Assembleia Municipal.-----------------------------

Ponto 5 – Discussão e Votação da Proposta de Alteração à Tabela de

Taxas, Tarifas e demais Receitas do Município de Gouveia para

o ano de 2012

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal

concedendo a palavra ao Senhor Presidente da Câmara para apresentar este

ponto da ordem de trabalhos.-----------------------------------------------------------

------- No uso da palavra o Senhor Presidente começou por referir que

mantivemos, praticamente inalteráveis, para 2012, por razões que se prendem

com a situação critica que vivemos, este modelo de fundamentação

económica e financeira, das taxas que usámos em 2011, pois não quisemos

onerar mais. A única exceção, prende-se com as taxas de disponibilidade e,

por isso, trazemos esta proposta. Trata-se de um custo real, para além do

cumprimento das regulamentações do ERSAR. Porém, ainda, não seguimos

as diretrizes, na sua totalidade, porque se o fizéssemos, quer nas taxas, quer

nas tarifas, então teríamos que provocar aumentos brutais.------------------------

------- De seguida o Senhor Presidente da Assembleia Municipal declarou

abertas as inscrições para os Membros da Assembleia que pretendessem

intervir. -----------------------------------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Fernanda Bernardo (CDU),

referindo que entendemos que os valores propostos para as taxas e tarifas, a

aplicar em 2012, poderiam ter sido alvo de redução, em relação aos valores

praticados no ano anterior. Tal diminuição não aconteceu. Sendo que o

Senhor Presidente referiu que a taxa de disponibilidade da água e

disponibilidade da rede de saneamento e disponibilidade de serviços de

resíduos sólidos, sofrem um grande aumento, 7%, 11% e 79%,

respetivamente.---------------------------------------------------------------------------

São valores que cêntimo, a cêntimo, vão agravar a fatura mensal de serviços

essenciais e que afeta a esmagadora maioria dos gouveenses.---------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Ricardo Correia (PPD/PSD)

referindo que, esta proposta, foi feita com base no parecer técnico apresentado

à Câmara, emitido pela entidade responsável pelo estudo de fundamentação

económica e financeira, do valor real das taxas cobradas pelo Município.------

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A S S E M B L E I A M U N I C I P A L D E G O U V E I A

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Considerando que as taxas agora propostas para o ano de 2012, não acarretam

prejuízos para o Município; considerando, também, que a realidade

económica e social adversa que o País vive e que todos sentem, populações,

empresas, etc, resta-lhe afirmar que a proposta de manutenção das taxas para

2012, nos mesmos valores de 2011, é uma medida reveladora do bom senso

que todos espectavam por parte da Autarquia e da preocupação com os dias

ainda mais difíceis que se avizinham. Assim, votará favoravelmente esta

proposta.-----------------------------------------------------------------------------------

------- De seguida o Senhor Presidente da Assembleia Municipal colocou à

votação a “Proposta de Alteração à Tabela de Taxas, Tarifas e demais

Receitas do Município de Gouveia para o ano de 2012”, tendo sido o

documento aprovado, por maioria, com vinte e cinco (25) votos a favor e

dezassete (17) votos contra, nos termos da alínea e), do n.º 2 do art.º 53.º da

Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º

5-A/2002, de 11 de Janeiro.------------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Pedro Maltez (PS) para em

nome da Bancada Municipal do Partido Socialista proceder à leitura da

seguinte declaração de voto:------------------------------------------------------------

“Relativamente à proposta de alteração à Tabela de Taxas, Tarifas e outras

Receitas do Município para 2012 votamos contra.---------------------------------

É de salientar que a Câmara sempre aplicou a taxa máxima, sendo que as

taxas de águas e esgotos, artigo 32.º, disponibilidade de rede de saneamento

por mês, disponibilidade dos serviços de resíduos sólidos por mês, são receita

própria da Câmara, não se entende qual o motivo para um aumento tão

significativo.”----------------------------------------------------------------------------

Ponto 6 - Discussão e Votação da Proposta de Contratação de um

Empréstimo de Curto Prazo de valor até 831.131,00 Euros

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal

concedendo a palavra ao Senhor Presidente da Câmara para apresentar este

ponto da ordem de trabalhos.-----------------------------------------------------------

------- No uso da palavra o Senhor Presidente da Câmara referiu que se

quisesse refletir nesta proposta alguma boa performance, em termos de gestão

financeira, diria que, do ano passado para este ano, apresentámos uma

proposta idêntica de 822.174,00 Euros e agora 831.131,00 euros, o que

significa que tivemos essa capacidade de aumentar não se sabe bem, por

quanto mais tempo, mas tivemo-las, questão que não quer deixar de realçar.

E, como sabem, é também uma regra de gestão e mais nada. Nos últimos dois

anos fizemos o pedido e não o utilizamos. Desta vez estamos a propor esta

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operação de tesouraria, mas espera não ter de a utilizar, não tendo, contudo,

garantias que assim aconteça, pois só Deus sabe o que vem por aí.--------------

Esta proposta, destina-se a obter, genericamente, a autorização da Assembleia

Municipal para, caso seja necessário, nós possamos obter este empréstimo.

Tratando-se de uma operação de tesouraria e se a ele tivermos que chegar, é

para acudir a problemas financeiros, no imediato, sendo que o montante

arrecadado terá que ser pago no ano económico em que é contraído.------------

------- De seguida o Senhor Presidente da Assembleia Municipal declarou

abertas as inscrições para os Membros da Assembleia que pretendessem

intervir não se verificando nenhuma intervenção.-----------------------------------

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal que,

após as explicações do Senhor Presidente da Câmara, colocou à votação a

“Proposta de Contratação de um Empréstimo de Curto Prazo de valor até

831.131,00 Euros”, tendo sido o documento aprovado, por maioria, com

vinte e cinco (25) votos a favor, onze (11) votos contra e cinco (5) abstenções,

nos termos da alínea d) do n.º 2 do art.º 53.º da Lei n.º 169/99, de 18 de

Setembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de

Janeiro.------------------------------------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Armindo Bezerra (PS) para

em nome da Bancada Municipal do Partido Socialista proceder à leitura da

seguinte declaração de voto:------------------------------------------------------------

“Votamos contra porque consideramos que o recurso ao crédito deve ser

criterioso e destinado a obras relevantes que promovam o desenvolvimento

do concelho, gerando riqueza e postos de trabalho de que o nosso concelho

tanto precisa e nada se faz.”-----------------------------------------------------------

Ponto 7 - Discussão e Votação da Alteração à Proposta de 13 de junho de

2011 de Contratação de um Empréstimo de Médio e Longo

Prazo, no valor de 389.042,00 Euros, no sentido da Modificação

do Mutuante (IFDR)

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal

concedendo a palavra ao Senhor Presidente da Câmara para apresentar este

ponto da ordem de trabalhos.-----------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Câmara referindo que este

empréstimo, como estarão lembrados, foi aqui aprovado, na sessão de 21 de

junho de 2011, para um conjunto de obras devidamente especificadas.

Anteriormente, o valor de 734.000,00 euros, era um financiamento que se

pretendia obter através do IFDR, para um Empréstimo-Quadro junto do BEI –

Banco Europeu de Investimentos, por via de uma linha de crédito favorável,

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com um spread relativamente baixo, mas com um standard muito bom, mas

naturalmente com uma afluência muito grande. ------------------------------------

Não deixa de registar, com alguma satisfação, que vimos pré-aprovados três,

no valor de 400.000,00 euros. Ou seja, o empréstimo já foi autorizado pela

Assembleia Municipal em junho, agora é apenas para cumprir um aspeto legal

de alterar o mutuante. Aquele era de 735.231,00 euros no BEI, agora é

389.042,00 euros na banca comercial. É apenas alterar o mutuante, não são

mais empréstimos. ----------------------------------------------------------------------

------- De seguida o Senhor Presidente da Assembleia Municipal declarou

abertas as inscrições para os Membros da Assembleia que pretendessem

intervir não se verificando nenhuma intervenção.-----------------------------------

------- Não se verificando nenhuma intervenção por parte dos Senhores

Deputados, o Senhor Presidente da Mesa colocou à consideração da

Assembleia Municipal a “Alteração à Proposta de 13 de junho de 2011 de

Contratação de um Empréstimo de Médio e Longo Prazo, no valor de

389.042,00 Euros, no sentido da Modificação do Mutuante (IFDR)” que a

seguir se transcreve:---------------------------------------------------------------------

PROPOSTA

EMPRÉSTIMO DE MÉDIO E LONGO PRAZO, NO MONTANTE ATÉ

389.042,00 EUROS

Considerando que:-----------------------------------------------------------------------

1 - A Câmara Municipal de Gouveia pretende contrair, um empréstimo de

médio e longo prazo no montante de 389.042,00 Euros, ao abrigo do rateio

efetuado pela DGAL;-------------------------------------------------------------------

2 - O mesmo se destina a fazer face às despesas provenientes da componente

nacional de obras, consignadas no Plano Plurianual de Investimento para

2012;-----------------------------------------------------------------------------------------

3 - O montante deste empréstimo, se enquadra dentro da capacidade de

endividamento rateada, face à evolução positiva registada em 2010, na

situação financeira do Município de Gouveia;--------------------------------------

4 – Que este empréstimo já foi objeto de aprovação pelo Órgãos Executivo e

Deliberativo em 13 e 21 de junho último, respetivamente;------------------------

5 – Que essa autorização foi dada tendo em atenção que o mutuante seria o

IFDR, Instituto Financeiro de Desenvolvimento Regional, I.P;-------------------

6 – Que esta entidade está a escolher criteriosa e minuciosamente as

candidaturas aos Empréstimos-Quadros;--------------------------------------------

7 – Que essa seleção está a deixar de fora projetos como o Loteamento

Industrial das Amarantes, a Requalificação Ambiental do Paixotão, a

Drenagem Pública e Tratamento de Águas Residuais de Ribamondego, a

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Requalificação da Zona Envolvente à EB 23 e a Melhoria das Acessibilidades

Intra-Concelhias.------------------------------------------------------------------------

Propomos:--------------------------------------------------------------------------------

a) Que o Órgão Deliberativo, nos termos do n.º 4 do artigo 540 da Lei n

169/99, do 18 do Setembro, com as alterações introduzidas pela Lei no. 5-

A/2002, de 16 de Janeiro, conceda a necessária autorização para a

contração do um empréstimo de médio e longo prazo, montante até

389.042,00 Euros, junto do Crédito Agrícola, de Gouveia, sem prejuízo deste

valor vir a reduzir, caso o IFDR, reveja a sua posição, quanto a alguns

projetos;-----------------------------------------------------------------------------------

b) Que o produto do empréstimo se destine à liquidação de parte da despesa

proveniente da componente nacional das obras consignados:--------------------

> Drenagem Pública e Tratamento de Águas Residuais de Ribamondego: €

95.553,00;-----------------------------------------------------------------------------------

> Loteamento Industrial das Amarantes: € 112.521,00;---------------------------

> Requalificação Ambiental do Paixotão: € 41.930,00;---------------------------

> Requalificação da Zona Envolvente à EB 23: € 44.190.00;---------------------

> Melhoria das Acessibilidades Intra-Concelhias: € 84.919,00;-----------------

> Expo-Serra: € 8.929,00.”------------------------------------------------------------

------- Feita a votação, foi a presente proposta aprovada, por maioria, com

vinte e cinco (25) votos a favor, treze (13) votos contra e três (3) abstenções.

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Armindo Bezerra (PS) para

em nome da Bancada Municipal do Partido Socialista proceder à leitura da

seguinte declaração de voto:------------------------------------------------------------

“Votamos contra porque consideramos que o recurso ao crédito deve ser

criterioso destinado a obras relevantes que promovam o desenvolvimento do

concelho, gerando riqueza e postos de trabalho a que o nosso concelho tanto

precisa e nada se faz.”------------------------------------------------------------------

Ponto 8 - Discussão e Votação da Proposta de Orçamento e Grandes

Opções do Plano da Câmara Municipal de Gouveia para o

ano de 2012

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia autorizando o

Senhor Presidente da Câmara a apresentar este ponto da ordem de trabalhos. -

------- O Senhor Presidente, no uso da palavra, começou por dizer que podia

apresentar o Orçamento, tal como fez em reunião de Câmara lendo o texto

que capeia o documento. Aí, está descrito, aquilo que se fez refletir neste

Orçamento, de 4,19% de aumento, em relação ao ano anterior e pode estar aí

a primeira surpresa, pois se estamos num ano de dificuldades financeiras e de

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redução de valores transferidos para o Município, então como se aumenta este

Documento Previsional para 2012?!--------------------------------------------------

A questão coloca-se, de facto. Embora sem sabermos o que temos reservado

para o próximo ano, pretendemos manter o histórico, em termos de rigor, pois

sempre tivemos uma preocupação que foi, ao longo dos anos, chegar ao final

do ano e ter um bom grau de execução. Este facto tem sido, de resto, um

motivo de orgulho político e pessoal e espera fazer tudo para levar até ao fim

esse grau de execução orçamental, sempre na casa dos 80%, o que é de facto,

bastante bom. ----------------------------------------------------------------------------

Assim, tendo em conta este pressuposto das dificuldades financeiras, o

orçamento poderia baixar. Acontece que esse acréscimo, resulta do facto de

podermos, com alguma audácia, pois vamos estar perante um ano de tanta

dificuldade, fazer novas candidaturas.------------------------------------------------

Aparentemente, é um paradoxo, mais do que em termos académicos, parece.

No entanto, preparamos ou trabalhamos para chegar à altura, em que foi

possível a apresentação das candidaturas, da sua discussão, da sua aprovação.

Como sabem o “balcão” nem sempre está aberto, nem sempre é possível

candidatar para além de todo um conjunto de questões que todos

compreenderão, mas vimos aprovadas candidaturas de investimentos que nós

consideramos importantes e entendemos que, ou aproveitamos esta

oportunidade, ou jamais ela voltará a existir. E o jamais pode ser muito denso,

mas atreve-se a dizer que se não jamais, muito dificilmente se pode fazer um

investimento de 2,4 milhões de euros, onde se tem 85% garantido a fundo

perdido e 75% dos outros 15% garantidos no BEI. Nunca mais haverá isto. A

opção é, por isso, clara e nós vamos aproveitar o momento. Tal como

aconteceu com o Loteamento Industrial, com as estradas que o QREN não

admitia mais e nós temos as cinco aprovadas, tal como se verificou com a

requalificação em plano B ou em plano C de alguns espaços dos Bellinos.-----

Podemos estar, por isso, num ano de contenção, daí a nossa audácia

orçamental, mas com a prudência que, naturalmente, irá requerer a sua

execução, chegaremos a “bom porto”.------------------------------------------------

Por isso, um primeiro eixo muito importante, o investimento público, direto e

apoio ao investimento privado. --------------------------------------------------------

Depois aparece-nos um segundo eixo, mesmo nas dificuldades que estão aqui

consubstanciadas neste orçamento, que é o apoio ao empreendedorismo e o

apoio à empregabilidade. Uma nota nova, ao programa novo, de apoio aos

agentes empregadores para podermos financiar uma parte. Assim, vamos

definir aquilo que cada empregador necessita face aos programas nacionais de

estímulo ao emprego. Esperamos que sejam implementados pois, caso

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contrário, será errado por parte do Governo e da União Europeia. Ontem,

vimos o Senhor Presidente da Comissão, dizer que haverá uma Cimeira, em

janeiro, só dedicada ao estímulo ao emprego, na Europa e, por isso, que de

todos os Estados Membros, possa haver esse estímulo ao emprego, há-de

haver uma componente da entidade empregadora, não sabemos se de 30% ou

20%.---------------------------------------------------------------------------------------

Terceiro eixo e muito importante diria até, infelizmente, demasiado relevante

e todos compreendem que se fale assim porque é sempre necessário, que é o

eixo de solidariedade social, em que vamos ter que fazer das “tripas coração”

para podermos ainda ser mais solidários.---------------------------------------------

Destacou apenas um caso, que está previsto e agora irá apresentar, que se

prende com o programa de melhoria das condições de habitabilidade, não para

construirmos casas, mas para melhorarmos as condições de habitabilidade de

famílias carenciadas. Não pode dizer aqui e agora se são 50, 20 e muito

menos onde são, só sabe que aloucamos, neste orçamento, uma verba de

50.000,00 euros para as questões de melhoria das condições de habitabilidade

apenas e só uma das componentes de um vasto programa a que chamámos

“Gouveia mais Solidária”. Além de mantermos um conjunto de programas,

conhecidos de todos vós, vamos acrescentar ainda alguns de apoio às famílias.

Como sabem se colocássemos 50.000,00 euros, para a contrapartida

autárquica em investimentos financiados no QREN, podíamos estar a fazer

um investimento avultado e estes 50.000,00 euros são de fundos autárquicos

que não têm apoio em lado nenhum. São opções. Podíamos aloucar 50.000,00

Euros, num investimentos público com financiamento assegurado no QREN e

este não tem. Achamos que, face às circunstâncias, vale a pena fazerem esta

afetação à componente social.----------------------------------------------------------

Estes são, em traços muito gerais, os três eixos que consideramos muito

importantes e um outro que agora não sendo caracterizado nestes três eixos,

mas tem a recuperação, também neste orçamento, de um conceito que

instituirmos das chamadas obras protocoladas e aparecem três obras

protocoladas nas freguesias de Figueiró da Serra, Lagarinhos e Vila Nova de

Tazem. ------------------------------------------------------------------------------------

Pois bem, aparecem estas três, que foi uma opção em relação a duas obras que

têm financiamento assegurado em programas a que as Juntas se candidataram.

Estamos a falar de Figueiró da Serra e Vila Nova de Tazem em que achamos

que, reconhecidamente, o aspeto dinâmico como se aplicaram nesse tipo de

candidaturas, merecem ter protocolo. A exceção porque se trata de um

compromisso e que nós vamos cumpri-lo através de obra protocolada porque

acreditamos que pode ser feito por um preço mais baixo, é a construção da

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Casa Mortuária de Lagarinhos, um velho compromisso do Senhor Presidente

da Junta e de nós próprios, que também assumimos. -------------------------------

Mas repete, a execução deste orçamento vai ser com a prudência que a

natureza das coisas e os tempos que vivemos, exige. Por isso, quer aqui deixar

realçado que espera que tudo quanto aqui disse, a audácia revela-se hoje, a

prudência revelar-se-á amanhã, não seja inibidora de prosseguir algumas das

situações que, orçamentalmente, estão previstas e estão “abrigadas”

financeiramente. -------------------------------------------------------------------------

------- De seguida o Senhor Presidente da Assembleia Municipal declarou

abertas as inscrições para os Membros da Assembleia que pretendessem

intervir.------------------------------------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de São

Pedro referindo que, obviamente, não iria perder muito tempo com a

contestação, crítica ou qualquer tipo de comentário que as opções orçamentais

do Município expressam e espelham nesta proposta de Orçamento e Plano

Plurianual de Investimentos. Obviamente que “cada cabeça sua sentença”.

Está convencido que, qualquer um, teria opções diferentes, diversas e portanto

não se vai esticar muito por esse caminho. Apenas quer dizer, à partida, que

não se revê, na generalidade, nas grandes opções do Município para o

próximo ano. Contudo, alguns pormenores, suscitam-lhe dúvidas,

nomeadamente, naquilo que diz respeito às freguesias, pedindo desculpa por

não avançar muito por terrenos que dizem mais respeito à globalidade do

investimento municipal, mas sobretudo todo este segmento das freguesias

interessa-lhe de alguma maneira. -----------------------------------------------------

Assim, no capítulo 01 – pagamento de despesas com pessoal – aparece o

capítulo 01.02.12 – indemnizações por cessação de funções. Deste modo,

pretendia ser elucidado sobre esta rubrica orçamental, nomeadamente saber

que tipo de situação é que a mesma pretende acomodar.---------------------------

No que diz respeito às transferências para as freguesias, referiu na declaração

de voto, aquando a discussão da delegação de competências, que tem algumas

dúvidas pois, ou ouviu mal e se penitencia se porventura o lapso for seu, na

constatação dos números ou se, eventualmente, há aqui algum lapso dos

serviços ou erro na transcrição dos montantes para o orçamento.------------

Assim, no quadro das despesas, no que diz respeito ao Orçamento e fala

apenas em três capítulos orgânicos: no capítulo orgânico 03 – Departamento

Sócio Educativo, Cultural e Desportivo, aparece uma verba de transferência

de capital para as Juntas de Freguesia de 22.355,00 Euros; No capítulo

orgânico 04 – Ação 08.05.01.02, Departamento de Planeamento e Gestão

Urbanística, uma transferência de capital para as Juntas de Freguesia, no valor

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de 30.000,00 Euros; No capítulo orgânico 05 - Departamento de

Infraestruturas e Ambiente, com uma transferência de capital de 88.182,00

Euros.--------------------------------------------------------------------------------------

Disse não ter grandes dúvidas que, no capítulo 03, no que diz respeito aos

22.355,00 Euros, será para acomodar a delegação de competências no tocante

à conservação e aquecimento das escolas do 1.º CEB e pré-escolar. -------------

Também terá quase a certeza de dizer que estes 88.182,00 Euros, serão

destinados à delegação de competências nas Juntas no que diz respeito à

limpeza de bermas, ruas, passeios. Porém, não consegue é discernir para que

inscreveram os 30.000,00 Euros no Departamento de Planeamento e Gestão

Urbanística. Depois quando pegamos nestes valores que somados dão

140.537,00 Euros: 03 - 22.355,00 Euros; 04 - 30.000,00 Euros; 05 - 88.182,00

Euros, vemos os valores que são transcritos depois para o Plano Plurianual de

Investimentos, no quadro das ações mais relevantes, no que diz respeito à

limpeza de bermas, ruas e passeios, capítulo orgânico 05, Ação 38/2012,

aparecem 22.000,00 Euros e não os 22.355,00 euros. Aliás, nessa ação

38/2012, diz limpeza de bermas e não diz que é para as freguesias.--------------

Na delegação de competências relativa à limpeza de bermas, valetas, passeios,

no capítulo orgânico 05, ação 2012/5021, temos 68.182,00 Euros e não os tais

88.182,00 euros que constatamos no orçamento, na parte de despesas. Há

aqui, pois, um desvio de 20.000,00 euros. -------------------------------------------

Finalmente no capítulo orgânico 03, a ação orgânica 2012/5007 - Delegação

no âmbito das Escolas, 22.355,00 Euros, esta bate certo com aquela que

estava orçamentada na despesa.--------------------------------------------------------

Ora, somadas estas parcelas, pelas ações mais relevantes no PPI, temos

22.000,00 Euros, mais 68.182,00 Euros, mais 22.355,00 Euros, temos no total

112.537,00 Euros, uma diferença portanto significativa em relação aos

140.537,00 euros que contamos no capítulo das despesas. ------------------------

Portanto, ou terá visto mal ou então há aqui alguma coisa que não bate certo e

gostaria de ser elucidado.---------------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Fernanda Bernardo (CDU)

dizendo, relativamente ao documento, que entendem que é diminuto o

investimento na promoção e apoio à criação de emprego. Há uma nova

rubrica de apoio a estágios em Instituições, cujo valor, parece-lhe a si, ter

saído de rubrica de apoio ao empreendedorismo que tinha 15.000,00 Euros e

agora aparece com cerca de 10.000,00 Euros e o apoio à criação de emprego

com a mesma verba de 1.500,00 Euros.----------------------------------------------

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Relativamente às questões sociais, algumas rubricas que desaparecem, por

exemplo, habitações sociais, obras de conservação mas que aparentemente

transitam para a rubrica habitação.----------------------------------------------------

Constatou que desaparece também a rubrica “Luta contra a Pobreza”, mas

pensa que é reforçado nas AMR, para 2012.-----------------------------------------

As funções sociais são, de facto, reforçadas e está pela primeira vez incluída,

pelo menos que tenha conhecimento – uma verba destinada à Comissão de

Proteção de Crianças e Jovens, pelo menos dos Orçamentos que tem

conhecimento, assim lhe parece e fez essa comparação.---------------------------

Na sua generalidade, eram estas as considerações que tinham a fazer. Há,

aparentemente, um reforço de todas essas atividades mas, para nós, continua a

ser insuficiente para dar resposta às dificuldades económicas que referiu de

início, que todas aquelas verbas que estão destinadas ao apoio ao emprego,

para nós, continua a ser manifestamente insuficiente para dar resposta às

dificuldades económicas e sociais do concelho.-------------------------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Pedro Carvalho (PS)

referindo que o Senhor Presidente da Câmara há alguns meses atrás, a

propósito do projeto dos Bellinos, fez questão de nos recordar que ganhou as

eleições e, por isso mesmo, era o seu projeto que seguiria em frente. Mas

acrescentou então que, em breve, no decurso deste ano, apresentaria o projeto.

Ora, não só não apresentou ainda o projeto, como constata agora que não há

qualquer referência a ele no orçamento.----------------------------------------------

Perguntou se uma das suas promessas eleitorais, num projeto que considerou

estruturante para a cidade e para o concelho terá sido abandonado ou foi

largado pelo seu Executivo, pois deixou de figurar entre as suas opções

estratégicas de financiamento. ---------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Ricardo Correia (PPD/PSD)

referindo que, em relação ao documento do Orçamento, quem leu a Nota

Introdutória ao Orçamento, que hoje analisam, ficou com toda a certeza

esclarecido, quanto aos princípios que nortearam a sua elaboração. No

contexto atual de dificuldades em que o País se encontra, a que os Municípios

não são alheios, exige-se uma clara definição de prioridades e de áreas de

intervenção onde não há e nem pode haver lugar a megalomanias ou

desperdícios. -----------------------------------------------------------------------------

Em duas palavras exige-se rigor, rigor nas opções, rigor nas metas

estabelecidas e, naturalmente, rigor na sua execução. Ainda assim, mesmo

com todo o rigor a que estamos obrigados, estamos perante um orçamento que

aproveita as oportunidades de investimento do momento e que, a breve prazo,

deixaremos de ter. -----------------------------------------------------------------------

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Retoma a figura de obras protocoladas com as Juntas de Freguesia, com todas

as vantagens conhecidas no desenvolvimento dessas mesmas obras, não

esquece o investimento público, visa o maior apoio à criação de emprego e

preconiza um claro auxílio aos mais carenciados através da manutenção de

programas já existentes e criando novas ajudas para novas situações. É

exemplo disso o projeto “Gouveia Reabilita”, um novo programa apresentado

neste Orçamento. ------------------------------------------------------------------------

Atendendo a estes três vetores, tendo em conta a situação económica e social

que o País atravessa e, o investimento público, a componente social e o apoio

às empresas e empreendedorismo, que votará, naturalmente, favoravelmente

este orçamento. --------------------------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Armindo Bezerra (PS)

referindo que, depois de ter analisado este documento, gostava de ser

informado sobre o valor da dívida do Município em contencioso, isto é, o

valor considerado pelo Município e não o valor reclamado dos credores.-------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Isabel Nascimento

(PPD/PSD) para dizer que, de facto, quanto a esta nota introdutória de 2012,

tal como disse o membro da Assembleia, Ricardo Correia (PPD/PSD),

concorda na íntegra com o que nela está consubstanciado, considerando que

se trata de um orçamento realista que vai aproveitar todas as últimas

oportunidades que ainda são dadas para irmos buscar algumas receitas e dar-

lhes utilidade, torná-las benéficas para o Município.-------------------------------

Quer dizer que esta nota introdutória ao Orçamento está perfeitamente

integrada na Resolução que referiu “Portugal sou eu”. Referiu que aqui são

valorizadas as empresas, a competitividade das empresas, a capacidade

empresarial das mesmas, o empreendedorismo e, sobretudo e sem nunca

esquecer, a parte social que aqui é dada e é destacada em todo este orçamento

e, portanto, além do aspeto económico, dá um aspeto humanista e social a este

orçamento, tornando-o profundamente realista. -------------------------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Ana Cristina Oliveira (PS)

proferindo o seguinte:-------------------------------------------------------------------

“É um facto que nos tempos difíceis que atravessamos, requerem dos

decisores políticos, um verdadeiro empenho e dedicação à causa pública e

com o verdadeiro espírito de missão.-------------------------------------------------

Considero que neste Orçamento não há nenhuma proposta de redução nos

vencimentos quer nos cargos políticos, quer no Gabinete de Apoio à

Presidência, muito pelo contrário, há um aumento bastante significativo em

relação ao ano anterior.----------------------------------------------------------------

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A S S E M B L E I A M U N I C I P A L D E G O U V E I A

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Como estamos em tempo de contenção, porque não pensar na redução destas

despesas e aumentar a verba do apoio ao emprego que é uma verba ridícula,

no mínimo, de 15.000,00 euros.--------------------------------------------------------

Um concelho que está a perder população, ano após ano, as perspetivas de

emprego são cada vez mais remotas, os jovens são obrigados a emigrar ou a

procurar emprego nos concelhos vizinhos.-------------------------------------------

É esta a atual gestão do Executivo Camarário.-------------------------------------

Deixo apenas uma última frase para reflexão de alguns políticos locais: Não

podemos continuar a pactuar com as lógicas tradicionais da política

partidária que coloca muitas vezes o interesse particular partidário à frente

do interesse do munícipe.”-------------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Pedro Maltez (PS) referindo

que o Senhor Presidente da Câmara, na sessão de 28/04/2011, referiu que haja

ou não apoio comunitário, a Câmara Municipal iria, até ao final do mandato,

construir uma infraestrutura desportiva em Vila Nova de Tazem, no valor de

250.000,00 Euros. Analisando o Orçamento de 2012, não verificou a

existência desta rubrica. Assim pretendia saber o que é que vai ser feito, o que

é que vai ser construído.----------------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Câmara, esclarecendo esta

questão do Senhor Deputado Pedro Maltez (PS), fazendo desde logo uma

pequena retificação, pois não disse 250.000,00 euros, mas até 250.000,00

euros. Uma pequena diferença. Ainda assim a pergunta justifica-se, pese

embora ter dito até 2013. Este orçamento é para 2012. Adianta-lhe que

poderíamos até ter colocado uma pequena dotação para 2012, pelo menos ao

nível da audácia orçamental, como há pouco referiu. Mas há circunstâncias

que nos impedem de ser audaciosos a tal ponto, mas termos realismo e aquilo

que, neste momento, procuramos - de resto a Junta de Freguesia de Vila Nova

de Tazem sabe – é de podermos satisfazer este objetivo que dissemos e em

vez de o Município gastar 249.000,00 euros ou 200.000,00 euros, ou o que

quer que seja, gastar 20.000,00 euros apenas. Estamos à procura e vamos no

bom caminho, temos que ter prudência nas palavras no sentido de podermos

vir a apresentar uma candidatura que está a ser formatada, estudada, projetada

mas que, no momento, as gavetas estão fechadas, ou pelo menos, naquela

tipologia de onde a gente a quer inscrever.-------------------------------------------

Em resposta ao membro da Assembleia Armindo Bezerra (PS), as dívidas que

o Município assume, independentemente daquilo que os credores acham, não

tem, neste momento, os valores, por isso não os pode fornecer. ------------------

À intervenção do membro da Assembleia Pedro Carvalho (PS), o Senhor

Presidente fez uma pequena retificação que é uma questão de nome porque,

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A S S E M B L E I A M U N I C I P A L D E G O U V E I A

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como há pouco referiu na questão dos Bellinos, não deixa de considerar o

projeto que, há três anos desenhamos, como sendo um projeto muito

importante. Deve dizer que, depois disso, como é o normal da vida, fomos

evoluindo para um outro projeto que considera até talvez, ainda que com

outra vertente, mais importante. Teve alguma pena de abandonar uma parte de

um dos projetos, no POVT, de 900.000,00 Euros para o financiamento de

uma componente desportiva, o chamado pavilhão multiusos. Mas, depois de

novos estudos e ponderações, entendeu-se que era possível fazer uma nova

recuperação em relação ao grande pavilhão que lá está. Acontece, porém, que

esse projeto, estava inserido naquilo que agora se diabolizou, por várias

razões, nas chamadas “Parcerias Público Privadas”.--------------------------------

Só que a empresa que ganhou o concurso tinha que ter o seu parceiro

financeiro e esses secaram. Tão simples quanto isto. Ou seja, não há

financiamento, hoje em dia, no mercado financeiro e, por isso, a nossa

Parceria parou, até ver. E estamos nesta dialética. Muito sinceramente

também gostaria, para não arriscar em termos de prazos, de chegar ao final do

ano - e lutou para isso com toda a sinceridade – e dizer aqui “meus Senhores

o projeto da Parceria que tinha isto e aquilo que é conhecido não vai ter isto,

vai ter aquilo, não é de 15 milhões é de 9 milhões, não é de 9 é de 6, não é de

6 é de 3, é de 2, é de 1”. Luta, por isso, à exaustão, para ver qual é o valor já

minimizado da Parceria Público Privada que, por razões que são fáceis de

descortinar, nem sequer metade desse projeto inicial, irá existir. A

recuperação daquele espaço dos Bellinos, que renegociamos com o QREN,

com o PO Centro, uma nova Zona de Requalificação, fora da Parceria Público

Privada. Como sabem a candidatura que vimos aprovada e que, na altura, no

chamado Plano A “colocava” àquilo que era a Parceria Público Privada, para

dar, desculpem o termo, “a bota com a perdigota”, uma parte era financiada

na Parceria Público Privada, outra parte tínhamos obtido financiamento no PO

Centro. Se não há Parceria Pública Privada não fazia sentido executar essa

Regeneração Urbana naquele espaço, porque senão teríamos uma pequena

ilha porventura bonita, mas completamente deslocada.----------------------------

Daí, que tenhamos ido ao PO Centro, renegociar e fomos a correr - e apesar

de tudo, ainda a tempo – e por isso ele cá aparece no Orçamento, não como

Requalificação do Espaço dos Bellinos, mas como “Requalificação do Espaço

da Antiga Fábrica das Bobines com Áreas Públicas envolventes e

Requalificação da Praça do Município”, que contempla também a

requalificação da Praça em frente aos Paços do Concelho. É esta obra que está

em concurso, audiência prévia, para poder ser adjudicada. -----------------------

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Como começou por dizer e fê-lo com meridiana clareza, tem uma certa

audácia em termos orçamentais do total investimento público que é, de facto

elogiado, mas também tivemos alguma prudência. Deve confessar que,

mesmo em termos de adjudicação de obras, ele próprio pode assinar a

escritura com a empresa que ganhe, mas dizer-lhe olhos nos olhos que vamos

ver como é, porque também não sabe como se vai desenrolar o financiamento.

Por exemplo, hoje, acabou de enviar um mail para o Senhor Presidente da

CCDRC, onde começa mesmo assim “(…) recebi hoje o mail de V.Ex.ª e

manifesto a minha estupefação.” Foi isto que escreveu. Vejam o que é, numa

obra, o Parque Industrial das Amarantes, com financiamento aprovado,

contrato assinado, Visto do Tribunal de Contas, início da obra, hoje mesmo

receber uma comunicação do PO Centro a dizer que “entendemos que, no

Programa de Concurso, foi considerado o item “não sei quantos” e acham que

esse item não está certo “e, por isso, iremos descontar 5% ao volume da

despesa elegível”, ou seja, menos 35.000,00 Euros.--------------------------------

Recebeu hoje o mail e manifestou a sua estupefação e vai protestar, pois não

pode aceitar que uma entidade do Estado que, aprova uma candidatura com

uma determinada despesa elegível, após ter ido ao Tribunal de Contas e, no

primeiro pagamento dizem que no caderno de encargos havia o plano de obra

e descontamos 5%. É só para percebermos que, neste mundo de incertezas, há

que ter alguma prudência. Por isso, é que não está cá no Orçamento, a

Regeneração Urbana, do Espaço dos Bellinos, porque o tal Plano A evoluiu

para o Plano B, uma outra componente importante da zona dos Bellinos onde

se associam outras vertentes, nomeadamente, esta que citou de um milhão e

trezentos mil euros que é o valor que está concursado e orçamentado.-----------

Fundamentalmente, estas alterações, têm a ver com a tal outra obra da

Parceria Público Privada que, manifesta e objetivamente, não se irá fazer.

Aquela obra, daquela envergadura, só era possível, justamente, porque tinha

um mecanismo de financiamento a longo prazo e naquela perspetiva.---------

A perspetiva morreu. Como morreram as perspetivas diabolizadas das

Parcerias. Estamos, por isso, em diálogo que já queria ver terminado, vamos

retomá-lo agora sob a umbrela do próprio PO Centro, no dia 29 de dezembro.

Quer ver se ainda conseguimos, antes do final do ano, o que nos irá obrigar a

negociações algo complexas, no sentido de uma parte da Parceria, mesmo de

projetos que estão feitos, mas que não serão executados e que têm que ser

pagos e mesmo aquela parte do pavilhão que queria ver concluído porque,

caso contrário, não serve para nada, mas para o fazer irá custar quase 900 mil

euros. De maneira que é toda esta negociação que quer ver apadrinhada no

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QREN para ver se conseguimos algum abrigo o que o impede de colocar,

aqui, qualquer verba em termos orçamentais.----------------------------------------

------- Usou da palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço, a fim de prestar

o devido esclarecimento ao senhor Presidente da Junta de Freguesia de São

Pedro que, tecnicamente, colocou algumas dúvidas, as quais se apressa

também, de uma forma clara, a responder. ------------------------------------------

No que concerne ao capítulo 01.01.12 – Indeminização por cessação de

funções é porque, porventura, o Município prevê que haja contratos a termo

que vão cessar durante o próximo ano, cujos trabalhadores têm direito à

respetiva indemnização, a não ser que a legislação venha a ser alterada. -------

Relativamente às outras contas que fez, os 30.000,00 Euros são de duas obras

protocoladas, na área do Ordenamento do Território - capítulo 04 -

precisamente em Figueiró da Serra e em Vila Nova de Tazem, 20.000,00

Euros mais 10.000,00 Euros, dá 30.000,00 Euros. Os 88.182,00 Euros que

vemos orçamentalmente no capítulo 05, refletem os 68.182,00 Euros da

delegação de competência nas Juntas para a Limpeza de Bermas e 20.000,00

Euros para a Junta de Freguesia de Lagarinhos, para uma Casa Mortuária,

através de uma obra protocolada.------------------------------------------------------

Quanto à Ação 38/2011, no valor de 22.000,00 Euros, que se reflete

orçamentalmente no capítulo orgânico 05, destina-se à limpeza de bermas e

valetas, pois não são só as Juntas de Freguesia a fazê-lo, mas a Câmara, por

meio de contratação de serviços, também o faz. Daí também ter esta verba

inscrita. -----------------------------------------------------------------------------------

Portanto, tudo o que está previsto nas Atividades Mais Relevantes e no PPI, o

programa faz refletir automaticamente no orçamento sem qualquer outra

operação contabilística. -----------------------------------------------------------------

------- De seguida usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia

Municipal, colocando à votação a “Proposta de Orçamento e Grandes

Opções do Plano da Câmara Municipal de Gouveia para o ano de 2012”,

tendo sido o documento aprovado, por maioria, com vinte e seis (26) votos a

favor, doze (12) votos contra e quatro (4) abstenções, nos termos da alínea b),

do n.º 2, do art.º 53.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações

introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro.-----------------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Armindo Bezerra (PS) para

em nome da Bancada Municipal do Partido Socialista proceder à leitura da

seguinte declaração de voto, não sei antes dizer que, em virtude da resposta

do Senhor Presidente, voltará à questão na próxima sessão, tendo o Senhor

Presidente da Assembleia interrompido dizendo que depois da votação é a

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declaração de voto senão temos que ver qual a definição de “declaração de

voto”:--------------------------------------------------------------------------------------

“Orçamento e Plano

Declaração de Voto

Os documentos que nos são apresentados vêm na linha dos anteriores e que

resultam numa década a andar para trás. Dez anos de desemprego, dez anos

de desertificação acentuada e emigração, dez anos de fome e pobreza no

concelho, dez anos de injusta subida de impostos municipais e numa dívida

que se vai tornar incompatível para o Município, sem que tenha sido traçada

uma estratégia de desenvolvimento para o concelho.------------------------------

É necessário saber se as despesas orçamentadas são efetuadas de modo a

alcáçar o máximo rendimento e utilidade, as despesas a efetuar devem ser

devidamente justificadas quanto à sua necessidade, utilidade e oportunidade

tendo como visão o investimento sustentado no nosso concelho. -----------------

Na Câmara de Gouveia procede-se ao contrário: consideram-se as receitas

para as aplicar no Maxxis Cup, no Meeting de Orientação, na Exposerra ou

no Caminho Natural.--------------------------------------------------------------------

Na atual conjuntura económica os gouveenses jamais compreenderão um

investimento de mais de dois milhões e meio de euros na construção do

Caminho Natural. Trata-se de uma obra muito cara, não prioritária,

desproporcionada, inoportuna e de duvidosa justificação. -----------------------

Contudo investimentos prioritários e estruturantes como a construção do

Centro Escolar de Moimenta da Serra, a Requalificação do Mercado

Municipal de Gouveia, a Ampliação e Requalificação do Parque Biológico, a

Promoção de Emprego ou a Ajuda ao Comércio Local foram simplesmente

ignoradas. --------------------------------------------------------------------------------

O desenvolvimento sustentado do concelho que devia assentar nos recursos

endógenos, no que nos distingue dos outros lugares é relegado para o caixote

do lixo. ------------------------------------------------------------------------------------

As Juntas de Freguesia são, uma vez mais, o parente mais pobre e mais

afastado da mesa do Orçamento. Restam-lhe umas migalhas para os serviços

que prestam aos seus concidadãos.---------------------------------------------------

Por outro lado este Orçamento consagra um conjunto de obras já concluídas

mas não pagas e que se arrastam de orçamento em orçamento e que são

exemplo a Estrada Gouveia/Paços da Serra, o Ringue de Paços da Serra.

Porque não recorreu o Município ao empréstimo bancário autorizado para

liquidar estas dívidas? As empresas não podem servir de instituições

financiadoras da atividade municipal. -----------------------------------------------

A Empresa Municipal, que agora nos surge com uma nova roupagem nas

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suas atividades, mas também na obtenção de receitas, continua a ser o maior

sorvedouro dos dinheiros do Orçamento da Câmara. Uma Empresa que

pouco mais faz que gerir as piscinas e o cinema, que não gera 50% das suas

receitas, como afirmou o antigo Ministro das Finanças Eduardo Catroga,

deveria ser extinta. Todos os Gouveenses continuam a pagar os custos das

piscinas e do cinema, sem saber nadar e sem ver filmes. --------------------------

As receitas correntes no valor de 5.843.274,00 Euros, cerca de 90% são

receitas diretas do Estado e dos impostos diretos e indiretos dos Gouveenses.

Do total das receitas correntes, cerca de 50% são para encargos de pessoal

e, se adicionarmos a estes os custos com o pessoal da DLCG, este valor

ascende a mais de 60%, isto só para pagar ordenados a funcionários e

políticos.-----------------------------------------------------------------------------------

As despesas de capital são para pagar juros e amortizações para pagar obras

há muito concluídas, para pagar obras em fase de acabamento, para

esbanjar no denominado Caminho Natural e para continuar a apostar nos

eventos que não atraem visitantes nem fixam pessoas ao concelho, são

apenas mais e mais despesas. ---------------------------------------------------------

O apoio ao empreendedorismo com uma verba de 10.000,00 euros e o apoio

ao emprego com uma dotação residual de 1.500,00 euros, são espelho desta

política espetáculo, mas de degradação do concelho a que o PSD nos

conduziu desde que chegou à Câmara de Gouveia. --------------------------------

Quem gosta de Gouveia, quem escolheu esta terra para viver, quem luta pela

criação de postos de trabalho, quem luta pelo investimento sustentado, quem

aposta no apoio às famílias e aos empresários do concelho, não pode apoiar

esta política desastrosa nem podia votar favoravelmente este Orçamento e

Plano Plurianual de Investimentos para 2012.--------------------------------------

Votamos contra porque não queremos que o nosso concelho desapareça do

mapa.”-------------------------------------------------------------------------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Fernando Bernardo (CDU)

para em nome da bancada municipal da CDU, proceder à leitura da seguinte

declaração de voto:----------------------------------------------------------------------

“A nossa abstenção na votação do Orçamento para 2012, no PPI e nas

GOP’s que o Município tem para 2012, estamos a dar o benefício da dúvida

ao Executivo Municipal no que à concretização do proposto diz respeito. -----

No entanto, vamos acompanhar permanentemente a execução orçamental e

no momento próprio cá estaremos para fazer a análise dessa mesma

execução.”--------------------------------------------------------------------------------

Ponto 9 - Discussão e Votação da Moção “Aumento das Taxas

Moderadoras”, apresentada pela Bancada Municipal da

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CDU

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Fernando Bernardo (CDU)

solicitando ao Senhor Presidente da Assembleia Municipal para fazer uma

pequena correção à data de 21 de dezembro para 22 de dezembro.---------------

Pensa que não há necessidade de estar a ler a Moção, uma vez que a mesma é

muito clara, sucinta e pertinente.-------------------------------------------------------

O aumento das taxas moderadoras é um claro esvaziamento do conceito do

que deve ser o Serviço Nacional de Saúde e que está inscrito na constituição.

Deve ser um Serviço Nacional tendencialmente gratuito e com a escalada que

estamos a ver nas propostas e nos anúncios que têm vindo a público será de

facto devastador e esvaziará completamente o conteúdo, essa definição de

Serviço tendencialmente gratuito. Há aqui uma tentativa de tornar a saúde

num serviço pago, com o pagamento e penso que esta Assembleia deve

manifestar-se sobre esse tema, que é um tema que, particularmente, a quem

vive no interior afeta muito.------------------------------------------------------------

Sabemos que devido às dificuldades que temos e sentimos diariamente em

todas as áreas da vida, o facto de residirmos no Interior já nos afasta

consideravelmente de muitos aspetos e benefícios relativamente à saúde e

nesse considerando as taxas moderadoras será mais um fator penalizante para

nós, não só para nós mas também para todo o País mas, especialmente, para o

Interior. -----------------------------------------------------------------------------------

Portanto, peço à Assembleia que se pronuncie e que de facto se imponha

contra esta situação do aumento das taxas moderadoras e que vai afetar

seguramente as famílias de todos o País, é um ano de cortes, é um ano de

cortes nos salários e um ano de cortes nisto é um ano de cortes naquilo. Estes

aumentos, acho que são totalmente despropositados. ------------------------------

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de São

Pedro referindo que votaria favoravelmente esta Moção da CDU no que diz

respeito ao aumento exponencial das taxas moderadoras.--------------------------

Esta questão, das taxas moderadoras, para quem recorre ao Centro de Saúde e

Hospitais, tem um pouco a ver também com aquele assunto das SCUT’s do

princípio do utilizador/pagador. Para já, tem que haver a diferenciação

positiva, em determinado tipo de matérias. Por outro lado, nós já pagamos

isso por via dos impostos, a montante quando nos descontam, em sede de

IRS, os nossos impostos. No fundo são bens que nós temos e que, para os

portugueses, são essenciais, como a saúde, a educação. No caso das SCUT’s,

é a circulação. Quando se fala em descriminação positiva, considera que o

SNS poderia moderar, porque dispõe de mecanismos para isso - à semelhança

daquilo que disse o Senhor Secretário de Estado dos Transportes no que diz

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respeito ao pagamento das SCUT´s - este tipo de pagamento. Se,

constitucionalmente, a saúde é tendencialmente gratuita, então quem ganha

mais, até podia pagar uma taxa diferenciada e é fácil, pois o SNS tem o cartão

de utente, banda magnética, sabe-se que aquele cidadão, os rendimentos que

tem, a que escalão pertence e até haver diferenciação da forma como se

pagam estas taxas moderadoras. Se todos pagarmos aquilo que seja

correspondente às nossas possibilidades, tudo muito bem, mas assim,

universalizando a medida, “comendo” todos por “medida grossa” é que está

errado.-------------------------------------------------------------------------------------

No acesso aos cuidados de saúde acha que é uma medida altamente gravosa

para os portugueses, sobretudo para aqueles mais desfavorecidos, mais

vulneráveis para aqueles que necessitam recorrer mais amiúde ao SNS.

Portanto subscreve favoravelmente a Moção da CDU. ----------------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Pedro Carvalho (PS)

dizendo que considerava que há diversas maneiras de encerrar os Centros de

Saúde que não passa apenas pelo fechar de portas, espera que não cheguemos

aí, mas teme que estes critérios economicistas apontem também nesse sentido.

E, uma das formas de encerrar os Centros de Saúde, é dificultar o acesso aos

cuidados de saúde que prestam, com o aumento das taxas moderadoras, que

passam, de certa forma, a ser entendidas como co-pagamentos. Este Governo

está, de algum modo, a fechar o SNS, aos cuidados de saúde principalmente

àqueles que são doentes crónicos e não têm médico de família. De facto,

considerar como aceitável, triplicar os valores de atendimento nas consultas

de urgência que vão ser pagas no Centro de Saúde, de 3,80 euros para 10

euros, é manifestamente exagerado, sobretudo nesta época de crise. ------------

Considerar como devendo ser pagos os cuidados de enfermagem, também lhe

parece manifestamente exagerado. De facto, alguns poderão argumentar que

há isenções e de facto há, mas considerar também que quem ganha 620,00

euros e 630,00 euros, já é suficientemente endinheirado para poder pagar,

neste período de crise, esses cuidados de saúde, revelam mais uma vez a

insensibilidade social deste Governo.-------------------------------------------------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Ricardo Correia (PPD/PSD)

referindo que gostaria de lhes contar um caso que se passou com ele e não

está também com isto à espera que lhe desejem as melhoras, porque já se

sente melhor. Há duas semanas atrás teve uma indisposição, dirigiu-se às

urgências do Centro de Saúde de Gouveia, onde foi atendido por um

administrativo, em seguida uma enfermeira fez-lhe a triagem, depois há um

médico que lhe fez a consulta e ao ver o estado em que iria, decidiu

administrar – lhe um soro e uma injeção intravenosa. Ocupou uma cama do

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Centro de Saúde de Gouveia, durante uma manhã inteira, foi novamente

consultado pelo médico e aquilo que pagou foram 3,70 euros. Assim pergunta

o seguinte: se considera justo que ele, felizmente, ainda tem um bom

ordenado, por enquanto, não sei até quando, pague 3,70 euros por este

atendimento que considera de luxo. Acha que 3,70 euros pagam os atos

médicos e todos os atos administrativos de que beneficiou?-----------------------

Não sei quanto custa uma garrafa de soro, mas de certeza que não custa 3,70

euros, custa muito mais. É justo que pague o mesmo que a pessoa que ganha

metade daquilo que ele ganha? Ou que pague o mesmo que a pessoa que

ganha o dobro? Porque razão, nesta Moção, não fala a Senhora, no aumento

ou alargamento do número de pessoas que beneficiam das isenções? É que,

com as modalidades que foram criadas, de atribuição de isenções, prevê-se

que, no próximo ano, beneficiarão de isenções, cerca de 7 milhões de

atendimentos. Parece que é importante falar disto também, porque há um

claro alargamento dessas isenções. ---------------------------------------------------

------- Retomou a palavra o membro da Assembleia Fernanda Bernardo

(CDU) referindo, quanto às considerações que fez o membro da Assembleia

Ricardo Correia, numa situação pessoal, envolve-se o que se envolve, também

ela já sofreu cirurgias e não lhe pediram dinheiro algum e ainda bem porque

também se tivessem pedido se calhar não a teria feito e se calhar não estava

aqui hoje. ---------------------------------------------------------------------------------

Pensa que a saúde é o que é, a saúde não tem hora, não tem momento, não

tem nada. O Senhor Deputado hoje pode ter uma boa situação financeira, não

sabe amanhã qual será e pensa que a saúde não deve ser sinónimo de andar

com a declaração de rendimentos atrás. Saúde está tendencialmente tida como

gratuita, saúde é um serviço à população e deve ser assim considerado, não

deve ser encaminhada com o pagamento, é que antes de se considerar seja

qual for a situação de saúde da pessoa se anda a considerar a situação

financeira, não devemos andar a fazer aqui uma escala entre o rico e o pobre.

Pensa que isso não é justo, deve-se fazer uma diferenciação de casos como

aquelas situações que vêm na Lei de pessoas que estão isentas, a questão aqui

é o exagero das subidas, é o aumento das taxas moderadoras em si, é o custo

de um serviço, tendencialmente, gratuito e passa a ser pura e simplesmente

co-pago, ou seja, tem dinheiro pode ter saúde, não tem, paciência. Será assim.

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de São

Pedro referindo que o que está inerente e subjacente à taxa moderadora não é

o pagamento de qualquer ato médico. A taxa moderadora não serve para

pagar o bom atendimento que se tem. ------------------------------------------------

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Também já contou uma situação pessoal em que fraturou um dedo e

prescindiu de ir de ambulância para a Guarda e dar esse prejuízo ao SNS, pois

foi pelos seus próprios meios. ---------------------------------------------------------

As taxas moderadoras, os 3,70 euros que pagamos, quando vamos a uma

consulta de urgência, não é para pagar nenhum ato médico, pois a filosofia, a

génese do SNS, é para ser gratuito, nós já o pagamos com os nossos impostos.

Então, por maioria da razão, cabe aqui dizer que já discutimos o tema das

SCUT’s, antes eramos contra as SCUT’s, contra o pagamento das SCUT’s,

agora já somos pelo utilizador/pagador, quando se sabe que o investimento foi

feito também a montante e foi pago também com os nossos impostos e através

até da PPP.--------------------------------------------------------------------------------

Ou então, em desespero de causa, perguntou quem é que paga as entradas do

teatro-cine que são deficitárias, quem é que paga os custos de manutenção das

piscinas municipais coberta e descoberta que são deficitárias. Então qual é a

filosofia? Dizemos à Câmara que suba para 10 ou 20 euros, uma entrada na

piscina ou cinema, para termos a mesma bitola do utilizador/pagador. Não

pode ser. Há coisas que têm que ser subsidiadas, há coisas que nós já estamos

a pagar pelos impostos que pagamos. ------------------------------------------------

------- Concluído o debate, o Senhor Presidente da Assembleia Municipal

colocou à votação a Moção apresentada pela Bancada Municipal da CDU que

a seguir se transcreve:-------------------------------------------------------------------

“Moção

Aumento das Taxas Moderadoras

Foram recentemente anunciados, pelo Ministro da Saúde, os novos aumentos

dos custos de algumas das cerca de 300 “taxas moderadoras” existentes.

Entre elas encontram-se, nomeadamente, as referentes às consultas nos

Centros de Saúde (que o Governo pretende aumentar de 2,25 para 5 euros) e

às urgências polivalentes nos hospitais (que passariam de 9,60 para 20

euros). Mas podem vir a ser mais, designadamente sobre os meios

complementares de diagnóstico.-------------------------------------------------------

O argumento avançado pelo Ministro continua a ser o da suposta

necessidade de moderar o acesso aos cuidados de Saúde, particularmente às

urgências hospitalares. O mesmo argumento, aliás, utilizado em 1989 pelo

Governo de então, para justificar a alteração ao texto constitucional, que

consagrava no seu artigo 64.º a existência de um Serviço Nacional de Saúde

“gratuito” que garante agora que este é “tendencialmente gratuito”. ---------

Mas a realidade é que este serviço tem vindo a ser tendencialmente pago

pelos utentes, através das chamadas “taxas moderadas”, que têm vindo a

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assumir crescentemente o carácter de co-pagamento, o que é

inconstitucional, como afirma o Observatório dos Sistemas de Saúde. ---------

Os portugueses já são dos que mais pagam pela Saúde, diretamente dos seus

bolsos, no conjunto dos países da OCDE e são, em simultâneo, dos que mais

têm sido privados dos meios de acesso aos cuidados de saúde primários,

particularmente nas regiões do interior do país. -----------------------------------

Ao contrário daquilo que o Ministro da Saúde argumenta para promover este

aumento das Taxas Moderadoras, a principal causa da sobrecarga do acesso

às urgências está no facto de um milhão e 200 mil portugueses não terem

médico de família e de terem sido encerrados nos últimos anos dezenas de

serviços de proximidade. ---------------------------------------------------------------

Tendo em conta a complexidade e importância social deste processo para a

vida das populações, a Assembleia Municipal de Gouveia reunida em

22/12/2011, delibera pela aprovação da seguinte Moção a enviar ao

Governo:----------------------------------------------------------------------------------

1 – A Assembleia Municipal condena os aumentos dos custos de algumas

Taxas Moderadoras, nomeadamente as referentes às consultas nos Centros

de Saúde (que o Governo pretende aumentar de 2,25 para 5 euros) e às

urgências polivalentes nos hospitais (que passariam de 9,60 para 20 euros);

2 – A Assembleia Municipal propõe que o Governo revogue o Decreto-Lei

113/2011 de 29 de Novembro, que estabelece as novas regras de pagamento

das taxas moderadoras, o que a acontecer, permitirá que a portaria ainda em

construção, que estabelecerá os novos valores a pagar por cada um dos atos

médicos prestados, fique sem efeito.”-------------------------------------------------

------- Feita a votação, foi a presente Moção aprovada, por maioria, com vinte

e dois (22) votos a favor, oito (8) votos contra e onze (11) abstenções.----------

------- Usou da palavra o membro da Assembleia Joana Mota (PS) para em

nome da bancada municipal do Partido Socialista proceder à leitura da

seguinte declaração de voto:------------------------------------------------------------

“Declaração de Voto

As taxas moderadoras são um instrumento financeiro cujo principal objetivo

é a racionalização da procura dos cuidados de saúde. ----------------------------

Têm também um papel importante na seleção do serviço a utilizar por parte

dos utentes, bem como na sua sensibilização para os elevados custos dos

cuidados de saúde.-----------------------------------------------------------------------

No entanto, nos últimos anos as taxas moderadoras têm sofrido sucessivos

aumentos e um alargamento aos diferentes setores da saúde e, com este

Governo, atingem agora valores inaceitáveis. --------------------------------------

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O atual Governo defende que esta opção política garante que os que mais

necessitam, os que preenchem os critérios da insuficiência económica vão

continuar a ter acesso ao Serviço Nacional de Saúde de uma forma isenta.

Mas parece-nos que esta opção pretende de criar um sistema mais injusto e

que afasta dos portugueses uma das suas maiores conquitas, um Serviço

Nacional de Saúde público e para todos. --------------------------------------------

No momento de crise como este que estamos a viver em Portugal onde a taxa

de desemprego não para de aumentar, não podemos pactuar com este tipo de

política. -----------------------------------------------------------------------------------

Numa altura em que a carga fiscal dos portugueses é elevada e o rendimento

disponível é baixo, não nos podemos esquecer que a taxa moderadora

representa um segundo pagamento dos cuidados, uma vez que já foram pagos

por vias dos impostos.-------------------------------------------------------------------

Consideramos existirem vias alternativas para reduzir a despesa no sistema

de saúde que não passam pelo aumento das taxas moderadoras.-----------------

Votamos por isso favoravelmente a Moção apresentada pela CDU.”-----------

Ponto 10 - Informações das Atividades do Senhor Presidente e Situação

Financeira a 15/12/2011

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia autorizando o

Senhor Presidente da Câmara a apresentar este ponto da Ordem do Dia. -------

------- No uso da palavra o Senhor Presidente referiu que nada mais tinha a

acrescentar para além do que se encontrava na informação enviada. ------------

------- O Senhor Presidente da Assembleia Municipal declarou abertas as

inscrições para os Membros da Assembleia que pretendessem intervir não se

verificando nenhuma intervenção.-----------------------------------------------------

III - INTERVENÇÃO DO PÚBLICO

------- Não se verificou a presença de público.---------------------------------------

------- Nos termos do n.º 3 do art.º 57.º do Regimento da Assembleia

Municipal, conjugado com o n.º 3 do art.º 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de

Setembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de

Janeiro, foi deliberado, por unanimidade, aprovar em minuta as deliberações

referentes aos Pontos 1, 2, 3, 5, 6, 7, 8 e 9 da presente “Ordem do Dia”, de

modo a produzirem efeitos imediatos. ------------------------------------------------

------- Nada mais havendo a tratar, pelo Senhor Presidente da Mesa foi

declarada encerrada a reunião pelas vinte e uma horas e trinta minutos, da

qual e para constar se lavrou a presente ata que, depois de lida e aprovada,

será assinada pelo Senhor Presidente da Mesa e pelo seu 1.º Secretário. --------

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O Presidente da Assembleia Municipal

(Dr. Rogério Marques de Figueiredo)

O 1.º Secretário da Assembleia Municipal

(Dra. Anabela Machado Marcelino Almeida)

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