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Segurança
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FACULDADES INTEGRADAS DE JARACAREPAGU
ENGENHARIA DE SEGURANA DO TRABALHO
MONOGRAFIA
A SEGURANA DO TRABALHO COM AS INSTALAES
ELTRICAS EM UMA CONSTRUO CIVIL
JOCLIO HRCULES CORNEAU
Ibotirama Bahia Brasil
2012
2
JOCLIO HRCULES CORNEAU
A SEGURANA DO TRABALHO COM AS INSTALAES
ELTRICAS EM UMA CONSTRUO CIVIL
Monografia apresentada ao corpo
docente da Faculdade Integrada de
Jacarepagu, em cumprimento s
exigncias e requisitos para a
concluso do Curso de Ps-Graduao
em Engenharia de Segurana do
Trabalho.
rea de Concentrao: Construo, Segurana e Instalaes Eltricas.
Prof. Thereza Christina Imbuzeiro Horta Galhardo
Orientadora
Ibotirama Bahia Brasil
2012
3
JOCLIO HRCULES CORNEAU
A SEGURANA DO TRABALHO COM AS INSTALAES
ELTRICAS EM UMA CONSTRUO CIVIL
Aprovado em ____/____/____
Avaliao__________ BANCA EXAMINADORA (1 Examinador) _______________________________________
Prof. (2 Examinador) _______________________________________
Prof. (3 Examinador) _______________________________________
Prof.
4
DEDICATRIA
Dedico este trabalho aos meus grandes amores: minha esposa Leila e meu filho Henrique.
tiveram
5
AGRADECIMENTOS
A Deus, o nosso Grande Arquiteto Do Universo, pela paz interior.
A minha esposa Leila, pela eterna compreenso e momentos marcantes.
Ao meu filho Henrique, pelo novo sentido em minha vida.
Aos meus pais, Julio Henrique e Maria do Carmo, que sempre colocaram a
educao em primeiro plano.
s minhas irms, Jussara, Jeovana, Joselita e Poliana, pelo eterno
companheirismo familiar.
Aos meus sogros, Sr Carlos Guanais e D. Nilta Macedo, pela nova forma
de enxergar o mundo.
s minhas queridas cunhadas, Carla, Gilka e Luana, pela compreenso e
recepo em sua famlia.
Ao meu caro amigo e concunhado Fabio Kadis, por sua prestatividade e
pelos estudos sobre astronomia.
Ao meu estimado amigo Daniel Paes, pelas longas conversas, prosas e
cantigas sobre diversos temas, ento diga que valeu.
Aos nobres colegas de profisso, Eng. Anselmo, Eng, Wilson e Eng. Joo
Kleber, por compartilhar comigo as arestas da engenharia.
Ao pessoal da COELBA Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia,
na pessoa do Gerente Regional Janilson Bomfim, por compartilhar
informaes sobre normas e procedimentos.
Aos clientes e colaboradores da JHC ENGENHARIA, que servem como
base para colocar em prtica todos os ensinamentos sobre a segurana
das instalaes eltricas.
A todos aqueles que direta ou indiretamente me proporcionou a galgar
meus objetivos, contribuindo para o meu conhecimento e minha formao
profissional, pessoal e espiritual.
Muito obrigado.
6
PARA MEDITAR
O verdadeiro sinal de
inteligncia no o
conhecimento, e sim a
imaginao
Albert Einstein
7
RESUMO Todo e qualquer assunto que diz respeito segurana do trabalho,
analisa no somente os aspectos que envolvem o trabalhador e sua relao
com o trabalho, mas tambm como isso influencia na sua relao com as
demais atividades, por menor ou mais complexa que ela seja. Mas, quando
este tema trata da construo civil, alm dessas relaes, h uma integrao
com vrias outras atividades e segmentos de uma sociedade, pois atravs
de uma obra civil que as demais atividades se pronunciam. Ou seja, uma
famlia para ter uma casa como moradia, teve que primeiramente algum
construir essa moradia, um prdio com escritrios e vrios profissionais
exercendo varias atividades distintas, para exerc-las, vrios outros
profissionais tiveram que dar sua contribuio para que isso fosse uma
realidade, e isto se aplica a vrios outros exemplos. Porm independemente
do tipo de obra que foi executado, com certeza a energia eltrica esteve
presente no decorrer da construo de tal empreendimento, e com mais
certeza ainda, far parte eternamente entre seus usurios. E neste caso,
tratar com a segurana do trabalho com as instalaes eltricas, no
somente pensar na segurana do profissional que estar utilizando a energia
eltrica no momento da execuo da obra, mas como tambm, garantir que
essas instalaes estejam conformes os padres estabelecidos para a
segurana de seus usurios no futuro. Este trabalho faz uma abordagem
sobre como manter os parmetros para este tipo de segurana no trabalho,
durante e aps a execuo de uma atividade que envolve eletricidade.
PALAVRAS-CHAVE: Segurana; Eletricidade; Construo Civil.
8
RELAO DE FIGURAS
Figura 1 - Grfico Segurana da Populao - N de Mortes ....................................... 23
Figura 2 - Grfico Segurana da Populao - Leso Grave ....................................... 24
Figura 3 - Efeitos da Corrente Eltrica .......................................................................... 32
Figura 4 - Percurso da Corrente Eltrica ...................................................................... 33
Figura 5 - Pirmide de Acidentes .................................................................................. 47
Figura 6 - Modelo Causal de Perdas ............................................................................. 48
Figura 7 - Representao de Quadros de Distribuio ............................................... 53
Figura 8 - Placas de Sinalizao ................................................................................... 54
Figura 9 - Quadro Principal de Distribuio .................................................................. 54
Figura 10 - Quadros Fixos e Moveis ............................................................................. 55
Figura 11 - Exemplos de Quadro de Distribuio ........................................................ 56
Figura 12 - Tipos de Proteo para Quadro de Distribuio ....................................... 56
Figura 13 - Chaves Blindadas ........................................................................................ 57
Figura 14 - Plugs e Tomadas ......................................................................................... 58
Figura 15 - Proteo de Luminrias .............................................................................. 59
Figura 16 - Distncia de Segurana entre Veculos e Rede Eltrica ......................... 60
Figura 17 - Bota de Segurana ...................................................................................... 60
Figura 18 - Luvas Isolantes ............................................................................................ 61
Figura 19 - Luvas de Coberta em Vaqueta ................................................................... 61
Figura 20 - culos de Segurana .................................................................................. 61
Figura 21 - Capacete de Segurana ............................................................................. 62
Figura 22 - Cinto de Segurana ..................................................................................... 62
Figura 23 - Grfico de Acidentes de Origem Eltrica .................................................. 65
Figura 24 - Interao da NR-10 com as NBRs 5410 e 14039 .................................... 68
Figura 25 - Relao de Irregularidades NR -10............................................................ 71
Figura 26 - Fios expostos e sem proteo.................................................................... 72
Figura 27 - Condutor sem isolamento e em contato direto com a parede ................. 72
Figura 28 - Ato inseguro ao executar a atividade......................................................... 73
Figura 29 - Situao de risco por negligncia e imprudncia ..................................... 74
Figura 30 - Situao de impercia .................................................................................. 74
Figura 31 - Situao de risco por imprudncia ............................................................. 75
9
Figura 32 - Instalaes com risco de curto circuito ...................................................... 75
Figura 33 - Negligncia no uso da eletricidade ............................................................ 76
10
RELAO DE TABELAS
Tabela 1 - Classificao de Tenso .............................................................................. 34
Tabela 2 - Tenso de Contato x Tempo de Durao - CA .......................................... 35
Tabela 3 - Tenso de Contato x Tempo de Durao - CC .......................................... 36
Tabela 4 - Efeitos da Durao de Contato.................................................................... 38
Tabela 5 - Freqncia - Limiar de Sensao................................................................ 39
Tabela 6 - Chances de Salvamento .............................................................................. 40
11
SUMARIO
1 INTRODUO ................................................................................................ 14
1.1 JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 19
1.2 OBJETIVOS .................................................................................................... 20
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................ 20
1.2.2 Objetivos Especficos ................................................................................... 20
1.3 METODOLOGIA APLICADA E ORGANIZAO DO TRABALHO ................. 21
2 FUNDAMENTAO TERICA ...................................................................... 22
2.1 SEGURANA NO TRABALHO ...................................................................... 22
2.1.1 Acidentes mais comuns nas atividades de eltrica relacionados rea
predial: ........................................................................................................... 25
2.2 RISCOS DA ELETRICIDADE ......................................................................... 27
2.3 CHOQUE ELTRICO ..................................................................................... 29
2.3.1 Choque produzido por contato com circuito energizado ........................... 29
2.3.2 Choque produzido por contato com corpo eletrizado ................................ 30
2.3.3 Choque produzido por raio (Descarga Atmosfrica) .................................. 30
2.3.4 Avaliao da Corrente Eltrica Produzida por Contato com Circuito
Energizado ..................................................................................................... 30
2.3.5 Efeitos da Eletricidade no Corpo Humano .................................................. 31
2.3.5.1 Limiar de Sensao (Percepo) ................................................................. 31
2.3.5.2 Limiar de No Largar .................................................................................... 31
2.3.5.3 Limiar de Fibrilao Ventricular ................................................................... 32
O choque eltrico pode variar em funo de fatores que interferem na
intensidade da corrente e nos efeitos provocados no organismo, os
fatores que interferem so: .......................................................................... 32
2.3.6 Trajeto da corrente eltrica no corpo humano ............................................ 33
2.3.7 Tipo da corrente eltrica ............................................................................... 34
2.3.8 Tenso nominal ............................................................................................. 34
12
2.3.9 Intensidade da corrente ................................................................................ 36
2.3.10 Durao do choque ....................................................................................... 38
2.3.11 Resistncia do circuito ................................................................................. 38
2.3.12 Freqncia da corrente ................................................................................. 38
2.3.13 Primeiros Socorros Vtima de Choque Eltrico ....................................... 39
2.3.14 Mtodo da respirao artificial "Hoger e Nielsen", para reanimao de
vtimas de choque eltrico. .......................................................................... 40
2.3.15 Mtodo de salvamento artificial "Hoger e Nielsen", para reanimao de
vtimas de choque eltrico. .......................................................................... 42
2.3.16 Mtodo da respirao artificial Boca-a-Boca .............................................. 42
2.4 PREVENO DE ACIDENTES COM ELETRICIDADE .................................. 44
2.5 REGRAS BSICAS ........................................................................................ 45
2.6 ATERRAMENTOS .......................................................................................... 45
3 ACIDENTE DO TRABALHO........................................................................... 46
3.1 ESTUDO DOS ACIDENTES E INCIDENTES ................................................. 47
3.2 MODELO CAUSAL DE PERDAS ................................................................... 48
3.3 RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL NO ACIDENTE DO TRABALHO 52
3.4 LOCALIZAO DOS RISCOS ELTRICOS .................................................. 53
3.4.1 Quadros de distribuio ............................................................................... 53
3.4.2 Quadro principal de distribuio ................................................................. 54
3.4.3 Quadros terminais: fixos ou mveis ............................................................ 55
3.4.4 Chaves eltricas ............................................................................................ 57
3.4.5 Plugs e tomadas ............................................................................................ 57
3.4.6 Iluminao provisria ................................................................................... 58
3.4.7 Mquinas e equipamentos............................................................................ 59
3.5 EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL EPI ................................. 60
3.6 Grfico de acidentes de origem eltrica em 2011 ....................................... 64
13
3.8 EXEMPLOS DE NO APLICAO DAS NORMAS DE SEGURANA COM
AS INSTALAES ELTRICAS.................................................................... 72
4 CONCLUSO ................................................................................................. 77
REFERNCIAS .......................................................................................................... 78
14
1 INTRODUO
A construo civil uma das atividades que mais gera emprego em
nosso pas, mas consequentemente onde ocorre o maior nmero de
acidentes, e grande parte na rea das instalaes eltricas, pois a
eletricidade no admite precariedade e improvisaes, quer seja nas
instalaes e seus componentes, quer seja nos servios, ela no d avisos,
no tem cheiro, no tem cor, no faz rudo, no vaza de forma aparente, no
quente nem fria, mas fatal, (Eng. Joaquim Gomes Pereira MTE / SRTE /
SP).
Em uma obra civil, a instalao eltrica se inicia de forma
improvisada, pois, seja no momento de uma demolio, de uma reforma, de
uma ampliao ou mesmo de uma nova construo, muitas vezes, por ser
uma instalao onde seus usurios estaro em contato temporariamente,
muitos cuidados no so devidamente analisados e as devidas normas de
segurana no so atendidas, e desta forma, o risco de acidentes
eminente.
Para a Previdncia Social, Acidente de Trabalho o acidente que
ocorre pelo exerccio do trabalho e a servio da empresa (fora do local de
trabalho), ou durante o trajeto (residncia/ trabalho/residncia), provocando
leso corporal ou perturbao funcional que cause a morte, a perda ou
reduo da capacidade para o trabalho permanente ou temporria (Brasil,
1991). No entanto, acidentes de trabalho so eventos que ocorrem e que
poderia ser evitado de forma a ser evitada a perda temporria ou
permanente do trabalhador ou usurio e dessa forma reduzir os custos
sociais proporcionados pela ocorrncia do acidente. Ainda pouco se
conhece sobre o custo real para o Pas da ocorrncia de acidentes e
doenas relacionados ao trabalho. Estimativa recente avaliou em R$ 12,5
bilhes anuais o custo para as empresas e em mais de R$ 20 bilhes anuais
para os contribuintes (Pastore 1999).
15
Em servios de construo civil, muitos pedreiros, serventes,
eletricistas, carpinteiros, pintores, so operrios que no possuem formao
tcnica, e muitos provem do meio rural, e ao adentrarem em uma obra onde
existem inmeras atividades que devem ser conciliadas, esses
trabalhadores se deparam um mundo totalmente adverso do que
anteriormente freqentavam, e associado ao tambm no conhecimento dos
riscos a que esto sujeitos, o contratante tambm ignora as possveis
causas de acidentes.
Seja utilizando de uma ferramenta inadequada, ou mesmo
executando uma atividade prxima de uma rede eltrica, sem o devido EPI,
a possibilidade de ocorrncia de uma situao de risco muito grande, e
nestes casos as normas de segurana principalmente na rea de
eletricidade so desconhecidas, ou mesmo no so aplicadas.
A NR 10 - Instalaes e servios em eletricidade, trata das diretrizes
bsicas para a implementao de medidas de controle e sistemas
preventivos, destinados a garantir a segurana e a sade dos trabalhadores
que direta ou indiretamente interajam em instalaes eltricas e servios
com eletricidade. J a NR18 Condies e meio ambiente de trabalho na
indstria da construo, uma Norma para aplicao nos processos, nas
condies e ambientes de trabalho da construo civil, incluindo instalaes
eltricas provisrias. 18.21 Instalaes eltricas (18.21.1 a 18.21.20) e
ainda a NBR-5410 Instalaes eltricas de baixa tenso um a norma
tcnica especfica em baixa tenso (50 Vca ou 120 Vcc at 1000 Vca ou
1500 Vcc) para garantir segurana das pessoas.
O que muitos dos usurios de uma instalao eltrica tambm
desconhecem, o tipo de riscos em potenciais em eletricidade, que so os
dos tipos diretos e dos tipos indiretos, sendo este segundo tipo o mais
perigoso, pois ao desconhecer onde est energizado os acidentes que
ocorrem pode causar impactos, queimaduras, ou mesmo incndios ou
exploses.
Muitas medidas podem ser tomadas para evitar os riscos de
acidentes causados pela eletricidade, na qual sempre comea por um
16
planejamento e avaliao dos riscos, passando por uma contratao de um
profissional habilitado, e utilizando os EPIs adequado para cada atividade
especfica.
Procedimentos de execuo das atividades tambm devem ser
adotados, e evidenciados atravs de instrues de servios e controle das
aes de trabalho, sejam elas de forma individual ou mesmo coletivas.
Outro agravante na ocorrncia de acidentes, principalmente em
cidades de menor porte, o descaso com que o poder pblico tem diante de
uma atividade na rea da construo civil, pois mesmo sendo necessrio um
alvar para iniciar uma obra ou servios de qualquer natureza, seja na rea
urbana ou na rea rural, tais atividades so iniciadas sem a devida
fiscalizao das condies de trabalho, sem um planejamento adequado,
sem projeto, e sem cumprir as etapas necessrias a uma execuo com
menor risco de acidentes, e no estagio atual do crescimento da construo
civil, as moradias esto crescendo verticalmente, onde as redes de
eletrificao, instaladas a muitos anos de forma desordenada, essas
edificaes ao alcanarem o termino do pavimento trreo, muitas das vezes
os servios so interrompidos por estar muito prximo a rede eltrica, o que
geralmente ocorrem, quando no, a negligencia observada a todo instante,
devido ao operrio de baixa qualificao profissional ignorar os riscos que
est sendo submetido.
Umas das providencias a ser tomadas, para reduzir o nmero
acidentes com as instalaes eltricas, e sob quaisquer circunstancias, a
aplicao ao que determina a NR 10, pois uma norma que existe desde
1974, e poucos conhecem sua importncia ou possui conhecimento do seu
contedo. Embora em vigor desde o final de 2004, a mesma foi revisada e
alguns prazos de implementao da NR foram estendidos, devido s
dificuldades de interpretao que as empresas vm encontrando,
principalmente quanto aos os itens que vm gerando mais dvidas so os
itens: 10.8 que diz respeito sobre a capacitao dos profissionais, o anexo II
referente aos treinamentos, o item 10.2.4 que estabelece o pronturio de
17
instalaes eltricas e o item 10.2.9 que trata sobre vestimentas de
proteo.
Devido ser os servios de instalaes eltricas em uma construo,
uma das atividades que possui melhor remunerao, menos concorrente
entre os diversos profissionais e com menor esforo fsico, em relao aos
servios, o eletricista prtico, geralmente inicia esta atividade como um
simples ajudante, que logo se intitula como um profissional habilitado, porm
sem nunca ter freqentado um curso de capacitao profissional, e quando
existe certa complexidade nas instalaes eltricas, esse profissional, que
at ento era um ajudante de outro profissional tambm sem grande
conhecimento sobre eletricidade, ao se deparar com tais tipos de
instalaes, no consegue dimensionar as implicaes e conseqncias de
uma prtica sem os devidos cuidados e precaues quanto sua segurana
e a de terceiros, onde muitas vezes se submetem a realizar sua atividade
praticando vrios atos inseguros, e com isso aumentando a possibilidade de
um acidente.
Constantemente assistimos ou lemos nos noticirios acidentes que
ocorrem devido eletricidade, e isto ocorre das mais diversas formas, seja
pelo contato direto ou indireto, seja com profissionais j habituados a lidar
com a energia eltrica ou mesmo quem nunca trabalhou ou lida diretamente
com ela. O fato que constantemente pessoas perdem a vida ou fica com
seqelas quando ocorre um acidente envolvendo eletricidade, e muitos
desse acidentes por ter a sua ocorrncia em locais fora do ambiente de
trabalho, eles no so registrados como acidentes de trabalho, ento as
estatsticas sobre este tipo de ocorrncia no reflete em sua totalidade a
abrangncia dos perigos que envolvem esta atividade. Como por exemplo:
Morre homem que recebeu descarga eltrica em Petrolina,
Serto de PE
Morreu, na madrugada desta tera-feira (29), um homem que estava internado no Hospital de Urgncias e Traumas de Petrolina, no Serto de Pernambuco, aps sofrer uma descarga eltrica na ltima segunda-feira (28). Durante o incidente, o tio dele morreu no local e outros dois homens ficaram feridos o
18
primo dele e um tenente do Corpo de Bombeiros que prestava socorro s vtimas. De acordo com testemunhas, pai, filho e sobrinho faziam um servio com ferragens, quando o arame tocou no fio de alta tenso. O homem de 39 anos, que estava com a mquina de solda na mo, foi o primeiro a receber a descarga eltrica e morreu no local. O corpo dele foi liberado ainda na segunda-feira pelo Instituto de Medicina Legal (IML), em Petrolina. O filho da vtima est na clnica mdica e passa bem. O pintor Rivaldo da Cunha Pessoa trabalha na frente da obra e viu quando tudo aconteceu: Ele [o pai] estava colocando a escada da proteo, a o arame pegou no fio de alta tenso. Ele estava soldando, a pronto, a energia pegou e queimou os trs. O filho ficou pregado quando foi tocar no pai.O tenente do Corpo de Bombeiros, de 26 anos, que participava da ocorrncia, foi atingido pelo choque e sofreu uma parada cardaca. A parada foi revertida a caminho do hospital. Ele foi socorrido e, graas a Deus, temos a notcia de que ele est estabilizado e em observao, afirma o chefe de Operaes dos Bombeiros, major Charles Costa.
Fonte: G1 PE
POSTADO POR EDSON MARTINHO S 21:41
Dessa forma a segurana envolvida em uma instalao eltrica
envolve no questes tcnicas, mas tambm sociais, e econmicas, e
geralmente os prejuzos causados por instalaes eltricas inadequadas,
sejam elas novas ou antigas, comprometem para os inmeros acidentes j
aconteceram, at levando at a morte de pessoas.
O presente trabalho visa esclarecer as diversas questes envolvidas
neste tema onde ir abordar as principais causas de acidentes e os
principais riscos que ocorrem nas instalaes eltricas no decorrer de uma
obra civil, ou mesmo depois de pronta, abordando seus procedimentos
necessrios, especificao de EPIs, responsabilidades e forma de trabalho
de seus profissionais, que executam esse tipo de atividade na construo
civil, seja atravs de uma empresa, como funcionrio, ou de seja atravs de
um profissional autnomo.
19
1.1 JUSTIFICATIVA
Observando a prtica de diversas atividades em uma construo civil,
notria a observao, de que, no somente os envolvidos diretamente, mas
tambm a populao no vem dando a importncia necessria, com os
problemas relacionados ao uso obrigatrio dos equipamentos de proteo
individual (EPI), e suas tcnicas na conduo das atividades por parte dos
profissionais da rea, e na atividade de instalaes eltricas isso fica mais
evidenciado, pois por ser uma atividade que requer um conhecimento mais
apurado, muitos de seus usurios, por desconhecimento ou medo em
excesso, ignora em adotar ou exigir qualquer procedimento nas questes da
segurana de trabalho, seja em relao s pequenas e mdias construes,
ou mesmo uma instalao residencial.
A falta de um sistema eficaz de segurana acaba causando problemas
de relacionamento humano, produtividade, qualidade dos produtos e/ou
servios prestados e o aumento de custos. A pseudo-economia feita no se
investindo no sistema de segurana mais adequado acaba ocasionando
graves prejuzos, pois um acidente no trabalho implica uma baixa na
produo, nos investimentos perdidos em treinamentos e outros custos.
O contratante dos servios, caso no se conscientizar do grave
problema de acidentes no trabalho, nenhum esforo obter sucesso, pois
muitos pensam em termos de custos, prefervel contratar um profissional
que realizar uma atividade com menor custo, sem saber que esse custo est
diretamente relacionado com a qualificao tcnica deste profissional, e com
esse o objetivo de atuar com reduo de custo, conseqentemente, contribuir
para causar acidentes, acarretaria um aumento de custos, pois, um acidente
no trabalho causa custos diretos e indiretos.
Portanto, exigir que uma instalao eltrica seja realizada dentro das
normas de segurana, no s reduzir a possibilidade de um acidente direto,
mas tambm com terceiros, garantindo que aps a concluso da obra, estas
instalaes sejam utilizadas por seus usurios de forma eficaz e com total
segurana, pois este tipo de instalaes no invisvel a olho nu, mas suas
20
conseqncias sob condies inadequadas de aplicao muito visvel e
geralmente com grandes prejuzos, seja fsico, ambiental ou mesmo
patrimonial, neste caso vale a premissa de que melhor prevenir do que
remediar.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Demonstrar a importncia da segurana no trabalho com as
instalaes eltricas, no decorrer de uma obra civil, evidenciando a
necessidade da utilizao de equipamentos de proteo individual (EPI) para
a sua obteno, e a aplicao das normas pertinentes em vigor.
1.2.2 Objetivos Especficos
Identificar as causas de acidentes com eletricidade em uma obra civil;
Verificar a aplicao da legislao vigente para a preveno deste tipo de
acidente;
Analisar os riscos e perigos decorrentes do trabalho com mquinas e
equipamentos que fazem uso de eletricidade;
Apresentar os requisitos mnimos para proteo destas mquinas e
equipamentos;
Apresentar recomendaes de segurana para trabalhos com mquinas e
equipamentos;
Apresentar a importncia de um projeto eltrico como forma de reduzir custos
e evitar acidentes.
21
1.3 METODOLOGIA APLICADA E ORGANIZAO DO TRABALHO
A metodologia adotada do tipo descritiva, pois se constitui de um
estudo sobre diversos trabalhos publicados sobre o tema, e observaes em
campo na execuo das atividades de operrios da construo civil, os quais
foram analisados com a finalidade de buscar elementos que se mostra a
realidade da segurana no trabalho em construo civil, principalmente
quanto s instalaes eltricas.
Os dados aqui apresentados so evidenciados como bases para a
descrio de alternativas para a elaborao de um plano de trabalho para a
proteo com as instalaes eltricas em uma construo civil.
Para isso, mediante ao objetivo de organizar metodologicamente este
trabalho, foi adotada a seguinte estrutura:
- Item 1, constitudo por Introduo, Objetivo Geral e Objetivos Especficos,
Justificativa e Metodologia e Organizao do Trabalho;
- Item 2, apresenta primeiramente uma fundamentao terica sobre a
Segurana no Trabalho, abrangendo os conceitos, tipos de acidentes de
trabalho com a eletricidade, e o estado atual da segurana na Construo
Civil. Aps demonstrado as normas regulamentadoras (NR-18 e NR-06 e
NR-10). E ento so enfatizadas as necessidades do profissional eletricista e
seus equipamentos de proteo individual para uso adequado.
- No item 3, apresenta uma proposta de um plano de proteo contra
acidentes de trabalho com a eletricidade, seja atravs do uso dos
equipamentos de proteo individual, seja atravs da proteo das mquinas
e equipamentos que fazem uso de energia Eltrica, ou mesmo, seja atravs
da importncia da elaborao de um projeto eltrico.
- No item 4, sero apresentadas as concluses, recomendaes e
observaes sobre os dados demonstrados.
E por ltimo, suas referncias bibliogrficas.
22
2 FUNDAMENTAO TERICA
2.1 SEGURANA NO TRABALHO
A segurana no trabalho precisa ser entendida como um instrumento
indispensvel na vida dos colaboradores e no s como um programa
obrigatrio. Portanto ela prope o uso de tcnicas para prevenir os
incidentes, evitando que acontea uma ocorrncia no programada e
precavendo as doenas profissionais. O problema de segurana no trabalho
no Brasil muito mais srio do que aquele que as estatsticas mostram (...) e
os desafios que se apresentam so, por conseguinte, enormes (PINHEIRO;
ARRUDA, 2001, p.2).
A construo civil j se diferenciou muito dos outros setores
industriais por possuir caractersticas prprias, pois at recentemente era
dada pouca importncia as mquinas e tecnologias para a obteno da
qualidade do produto, pois dependia quase que exclusivamente, da mo-de-
obra utilizada, no entanto essa grande dependncia que a construo civil
tinha at ento somente com a mo-de-obra utilizada, est se tornando coisa
do passado, pois tambm depende agora de mquinas e equipamentos mais
aperfeioados e conseqentemente tambm dependentes da eletricidade,
porm o que ainda se nota que este setor continua sendo um dos setores
industriais com maior percentual de acidentes.
As normas existentes para a segurana das instalaes eltricas em
uma construo civil descrevem os procedimentos e serem seguidos e so
elas:
- NR 10 Instalaes e servios em eletricidade - Trata das diretrizes
bsicas para a implementao de medidas de controle e sistemas
preventivos, destinados a garantir a segurana e a sade dos trabalhadores
que direta ou indiretamente interajam em instalaes eltricas e servios
com eletricidade.
- NR18 Condies e meio ambiente de trabalho na indstria da
construo - uma Norma para aplicao nos processos, nas condies e
23
ambientes de trabalho da construo civil, incluindo instalaes eltricas
provisrias.
18.21 Instalaes eltricas (18.21.1 a 18.21.20)
- NBR-5410 Instalaes eltricas de baixa tenso - Norma tcnica
especfica em baixa tenso (50 Vca ou 120 Vcc at 1000 Vca ou 1500
Vcc) para garantir segurana das pessoas
Toda e qualquer instalao eltrica conforme a norma NR-10 deve
sempre ser executada e fiscalizada por um profissional capacitado e
habilitado na rea. Mesmo assim acidente com vitimas fatais vem ocorrendo
com grande freqncia principalmente na rea da construo civil.
Segundo estatsticas da concessionria de energia eltrica da cidade
So Paulo, mesmo aps um trabalho de conscientizao junto populao e
aos profissionais da rea o problema persiste com um ndice relativamente
alto, onde 20% dos acidentes que envolvem a rede eltrica so fatais.
Conforme grfico anexo pode-se verificar:
Figura 1 - Grfico Segurana da Populao - N de Mortes
24
Figura 2 - Grfico Segurana da Populao - Leso Grave
Em mdia para cada seis canteiros de obras visitados, oito so autuados por
infrao de acidentes do trabalho, essa mdia em todo o territrio nacional
tendo como base o Ministrio Pblico do Trabalho e por algumas
fiscalizaes regionais.
A maioria dos autos de infrao est relacionada com:
- ausncia de plataforma secundria, que evitaria o risco de queda em
altura.
- falta de dispositivos de segurana em torre de elevadores de passageiros.
- ausncia ou irregularidades nos equipamentos de proteo individual
(EPIs) Luvas, botas, culos, capacete.
- instalaes eltricas precrias durante a execuo das obras.
Do ponto de vista legal a CLT artigo 157, diz o seguinte:
I cumprir e fazer cumprir as normas de segurana e medicina do trabalho.
II instruir seus funcionrios atravs de ordens de servio, quanto
25
precaues a tomar no sentido de evitar acidentes de trabalho ou doenas
ocupacionais.
III adotar medidas que lhes sejam determinadas pelo rgo regional
competente
IV facilitar o exerccio da fiscalizao pela autoridade competente.
Tambm so considerados como acidentes de trabalho:
- acidente ocorrido no trajeto entre a residncia e o local de trabalho do
segurado.
- a doena profissional, assim entendida, produzida ou desencadeada pelo
exerccio do trabalho peculiar a determinada atividade.
- doena do trabalho adquirida ou desencadeada em funo de condies
especiais em que o trabalho realizado e com ele se relacione diretamente
a doena proveniente de contaminao acidental do empregado no exerccio
de sua atividade se equipara a acidente de trabalho.
2.1.1 Acidentes mais comuns nas atividades de eltrica
relacionados rea predial:
Antena de TV: Ao instalar a antena de TV, fique longe da rede eltrica. Se
encostar-se aos fios, o choque pode ser mortal.
Eletrodomsticos X gua: Nunca mexam em aparelhos eltricos, plugues
e tomadas em lugares molhados ou midos, nem com as mos ou ps
molhados. Com gua, o risco de choque muito maior.
Lmpadas: Antes de trocar uma lmpada, o interruptor deve ser desligado.
Na hora da troca, a lmpada no deve ser segurada pela parte metlica.
Postes e torres: No suba nas torres e postes da rede, s a concessionria
local pode executar tal servio.
26
Pipas/papagaios: Fique longe da rede eltrica ao soltar pipas, papagaios ou
pandorgas. Se enroscarem nos fios, no tente retir-los. Voc poder levar
um choque mortal.
Cerca eletrificada: No toque em fios de cercas eletrificadas, pois o choque
eltrico pode causar ferimentos graves e at a morte.
Poda e corte de rvore: A poda ou o corte de rvores perto das redes de
energia eltrica exigem cuidados. Adultos devem pedir orientao
concessionria.
Construo Civil: Ao construir ou reformar, no se deve encostar
andaimes, escadas, barras de ferro e outros materiais nos fios eltricos,
podem ocorrer graves acidentes.
Fios eltricos cados: Fios eltricos cados podem estar energizados. As
pessoas devem ficar bem longe e chamar a concessionria local
imediatamente.
Bales: Soltar bales pode provocar muitos acidentes, principalmente se
eles carem sobre redes eltricas ou residncias.
Furto de energia eltrica (gato): Roubar e/ou furtar cabos eltricos e
energia perigoso e prejudica a todos. Se suspeitar de algum fazendo
ligao direta (gato) ou mexendo na rede, comunique imediatamente sua
concessionria local
Sempre lembrando que as fatalidades no manuseio da energia eltrica as
vezes pode ser causado por queimaduras ou por quedas em alturas ao se
levar um choque eltrico. (Fonte: Construo Civil e os Acidentes com
Instalaes Eltricas - Por Alexandre Fracchetta)
27
2.2 RISCOS DA ELETRICIDADE
A eletricidade vital na vida moderna desnecessrio ressaltar sua
importncia, quer propiciando conforto aos nossos lares quer atuando como
insumo nos diversos segmentos da economia. Por outro lado o uso da
eletricidade exige do consumidor a aplicao de algumas precaues em
virtude do risco que a eletricidade representa, muitos no sabem,
desconhece ou desconsideram este risco. Os acidentes ocorridos com
eletricidade, no lar e no trabalho, so os que ocorrem com maior freqncia
e comprovadamente os que trazem as mais graves conseqncias. As
normas de segurana estabelecem que pessoas devam ser informadas
sobre os riscos a que se expem, assim como conhecer os seus efeitos e as
medidas de segurana aplicveis para evitar casos como exemplo abaixo:
Quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Famlia perde quase tudo em incndio no Santa
Maria
Uma famlia de Santa Maria, na Zona Noroeste de
Santos, perdeu quase tudo em um incndio que
destruiu a residncia na noite desta tera-feira. Os
moradores acreditam que as chamas comearam com
um curto circuito na caixa de energia. Ningum se feriu.
Duas pessoas estavam dentro da casa quando o fogo
comeou, por volta das 19h30. As duas mulheres
conseguiram sair e chamaram os bombeiros. O imvel
foi tomado pelo fogo em poucos minutos. De acordo
com o Corpo de Bombeiros, o fogo se espalhou muito
rpido devido parte da estrutura da casa feita de
madeira. Os bombeiros tiveram dificuldade para conter
as chamas e foi necessrio fazer o resfriamento do que
sobrou. Uma das moradoras passou mal e precisou ser
atendida por uma equipe mdica quando viu o estado
da casa. O Corpo de Bombeiros ainda investiga o que
pode ter causado o incndio.
Fonte: A tribuna 13/12
POSTADO POR EDSON MARTINHO S 16:51
28
As atividades com eletricidade apresentam os seguintes riscos a seus
usurios:
a) Choque Eltrico
b) Danos econmicos (incndio, exploses)
No dia a dia, seja no lar ou na indstria a maior preocupao sem
dvida com o choque eltrico, visto que este o tipo de acidente que
ocorre com maior freqncia. Incndios e exploses causados pela
eletricidade so sinistros que ocorrem com menor freqncia. importante
alertar que os riscos do choque eltrico e os seus efeitos esto diretamente
ligados aos valores das tenses (Voltagens) da instalao, e bom lembrar
que apenas altas tenses provocam grandes leses. Mas por outro lado
existem mais pessoas expostas baixa tenso do que s altas tenses e
que leigos normalmente no se expem s altas, proporcionalmente
podemos considerar que as baixas tenses so as mais perigosas. O maior
risco no trabalho com a eletricidade o contato direto, que pode ser definido
como o ocorrido quando uma pessoa tem acesso a alguma parte energizada
de uma instalao, provocando uma passagem de corrente atravs do
corpo, uma vez que este condutor e fecha um curto-circuito entre a massa
e a terra. O que torna a eletricidade mais perigosa do que outros riscos
fsicos como o calor, o frio e o rudo que ela s sentida pelo organismo
quando o mesmo est sob sua ao. Para quantificar melhor os riscos e a
gravidade do problema apresentamos alguns dados estatsticos:
43% dos acidentes ocorrem na residncia
30% nas empresas
27% no foram especificados.
Quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Homem morre de choque eltrico em Gurupi
Segundo testemunha, o acidente aconteceu na tarde desta segunda-feira, 12, quando Magno Cleide Lacerda
29
de Souza, de 27 anos, tomou um choque de uma mquina de lavar roupas. Apesar de ser socorrido por uma equipe do Samu Magno no resistiu e faleceu no HRPG. Com o choque, Magno Lacerda teve parada cardaca e mesmo sendo atendido no Hospital Regional Pblico de Gurupi (HRPG) no resistiu e foi a bito. Segundo a assessoria de comunicao do hospital a equipe mdica tentou por 40 minutos reanim-lo, porm no obteve sucesso e Magno faleceu. O corpo de Magno foi levado para o IML de Gurupi e os familiares aguardavam no fim da tarde desta segunda-feira a liberao do mesmo.
Fonte: Surgiu.com.br
POSTADO POR EDSON MARTINHO S 16:42
2.3 CHOQUE ELTRICO
Choque eltrico o conjunto de perturbaes de natureza e efeitos
diversos, que se manifestam no organismo humano ou animal, quando este
percorrido por corrente eltrica. As manifestaes relativas ao choque
eltrico dependendo das condies e intensidade da corrente que podem ser
desde uma ligeira contrao superficial at uma violenta contrao muscular
que pode provocar a morte. At chegar de fato a morte existem estgios e
outras conseqncias que veremos adiante. Os tipos mais provveis de
choque eltrico so aqueles que a corrente eltrica circula da palma de uma
das mos palma da outra mo, ou da palma da mo at a planta do p.
Existem 3 categorias de choque eltrico:
2.3.1 Choque produzido por contato com circuito energizado
Aqui o choque surge pelo contato direto da pessoa com a parte
energizada da instalao, o choque dura enquanto permanecer o contato e a
fonte de energia estiver ligado. As conseqncias podem ser pequenas
contraes ou at leses irreparveis.
30
2.3.2 Choque produzido por contato com corpo eletrizado
Neste caso analisaremos o choque produzido por eletricidade
esttica, a durao desse tipo de choque muito pequena, o suficiente para
descarregar a carga da eletricidade contida no elemento energizado. Na
maioria das vezes este tipo de choque eltrico no provoca efeitos danosos
ao corpo, devido curtssima durao.
2.3.3 Choque produzido por raio (Descarga Atmosfrica)
Aqui o choque surge quando acontece uma descarga atmosfrica e
esta entra em contato direto ou indireto com uma pessoa, os efeitos desse
tipo de choque so terrveis e imediatos, ocorre casos de queimaduras
graves e at a morte imediata.
2.3.4 Avaliao da Corrente Eltrica Produzida por Contato com
Circuito Energizado
Para avaliao da corrente eltrica que circula num circuito vamos
utilizar a Lei de Ohm, que estabelece o seguinte: I = V/R, onde: I = Corrente
em Ampres
V = Voltagem em Volts
R = Resistncia em Ohms
A Lei de Ohm estabelece que a intensidade da corrente eltrica que
circula numa carga to maior quanto maior for a tenso, ou menor quanto
menor for a tenso. No caso do choque eltrico o corpo humano participa
como sendo uma carga, o corpo humano ou animal condutor de corrente
eltrica, no s pela natureza de seus tecidos como pela grande quantidade
de gua que contm. O valor a resistncia em Ohms do corpo humano varia
de individuo para individuo, e tambm varia em funo do trajeto percorrido
pela corrente eltrica. A resistncia mdia do corpo humano medida da
palma de uma das mos palma da outra, ou at a planta do p da ordem
de 1300 a 3000 Ohms, de acordo com a Lei de Ohm, e com base no valor
da resistncia do corpo humano podemos avaliar a intensidade da corrente
31
eltrica produzida por um choque eltrico, isso serve de anlise dos efeitos
provocados pela corrente eltrica em funo de sua intensidade.
2.3.5 Efeitos da Eletricidade no Corpo Humano
Ao passar pelo corpo humano a corrente eltrica danifica os tecidos e
lesa os tecidos nervosos e cerebral, provoca cogulos nos vasos
sanguneos e pode paralisar a respirao e os msculos cardacos. A
corrente eltrica pode matar imediatamente ou pode colocar a pessoa
inconsciente, a corrente faz os msculos se contrarem a 60 ciclos por
segundo, que a freqncia da corrente alternada. A sensibilidade do
organismo a passagem de corrente eltrica inicia em um ponto conhecido
como Limiar de Sensao e que ocorre com uma intensidade de corrente de
1 mA para corrente alternada e 5 mA para corrente contnua. Pesquisadores
definiram 3 tipos de efeitos manifestados pelo corpo humano quando da
presena de eletricidade:
2.3.5.1 Limiar de Sensao (Percepo)
O corpo humano comea a perceber a passagem de corrente eltrica a partir
de 1 mA.
2.3.5.2 Limiar de No Largar
Est associado s contraes musculares provocadas pela corrente
eltrica no corpo humano, a corrente alternada a partir de determinado valor,
excita os nervos provocando contraes musculares permanentes, com isso
cria se o efeito de agarramento que impede a vtima de se soltar do circuito,
a intensidade de corrente para esse limiar varia entre 9 e 23 mA para os
homens e 6 a 14 mA para as mulheres.
32
2.3.5.3 Limiar de Fibrilao Ventricular
O choque eltrico pode variar em funo de fatores que interferem na
intensidade da corrente e nos efeitos provocados no organismo, os fatores
que interferem so:
- Trajeto da corrente eltrica no corpo humano
- Tipo da corrente eltrica
- Tenso nominal
- Intensidade da corrente
- Durao do choque eltrico
- Resistncia do circuito
- Freqncia da corrente
Figura 3 - Efeitos da Corrente Eltrica
33
2.3.6 Trajeto da corrente eltrica no corpo humano
O corpo humano condutor de eletricidade e sua resistncia varia de
pessoa para pessoa e ainda depende do percurso da corrente. A corrente no
corpo humano sofrer variaes conforme for o trajeto percorrido e com isso
provocar efeitos diferentes no organismo, quando percorridos por corrente
eltrica os rgos vitais do corpo podem sofrer agravamento e at causar
sua parada levando a pessoa morte.
Figura 4 - Percurso da Corrente Eltrica
34
2.3.7 Tipo da corrente eltrica
O corpo humano mais sensvel a corrente alternada do que a
corrente continua, os efeitos destes no organismo humano em geral so os
mesmos, passando por contraes simples para valores de baixa
intensidade e at resultar em queimaduras graves e a morte para valores
maiores. Existe apenas uma diferena na sensao provocada por correntes
de baixa intensidade; a corrente continua de valores imediatamente
superiores a 5 mA que o Limiar de Sensao, cria no organismo a
sensao de aquecimento ao passo que a corrente alternada causa a
sensao de formigamento, para valores imediatamente acima de 1 mA.
2.3.8 Tenso nominal
A tenso nominal de um circuito a tenso de linha pela qual o
sistema designado e qual so referidas certas caractersticas
operacionais do sistema. De acordo com os padres atuais norte-
americanos, as tenses nominais dos sistemas so classificadas em:
Baixa Tenso 0 V >1000 V
Mdia Tenso >1000 V < 72500 V
Alta Tenso > 72500 V < 242000 V
Extra- alta Tenso >242000 V < 800000 V
Tabela 1 - Classificao de Tenso
Partindo das premissas que os efeitos danosos ao organismo humano
so provocados pela corrente e que esta pela Lei de Ohm tanto maior
quanto maior for a tenso, podemos concluir que os efeitos do choque so
mais graves medida que a tenso aumenta, e pela mesma Lei de Ohm
quanto menor a resistncia do circuito maior a corrente, portanto conclumos
35
que no existem valores de tenses que no sejam perigosas. Para
condies normais de influncias externas, considera-se perigosa uma
tenso superior a 50 Volts, em corrente alternada e 120 Volts em corrente
continua, o corpo humano possui em mdia uma resistncia na faixa de
1300 a 3000 Ohms, assim uma tenso de contato no valor de 50 V, resultar
numa corrente de :
I = 50 / 1300 = 38,5 mA
O valor de 38,5 mA em geral no perigoso ao organismo humano,
abaixo apresentamos o valor de durao mxima de uma tenso em contato
com o corpo humano, os valores indicados baseiam se em valores limites de
corrente de choque e correspondem a condies nas quais a corrente passa
pelo corpo humano de uma mo para outra ou de uma mo para a planta do
p, sendo que a superfcie de contato considerada a pele relativamente
mida :
Durao mxima da tenso de contato CA
Tenso de Contato (V) Durao Mxima (Seg.)
36
Durao mxima da tenso de contato CC
Tenso de Contato (V) Durao Mxima (Seg.)
37
3 segundos, e a morte praticamente certa. Correntes de alguns Ampres,
alm de asfixia pela paralisao do sistema nervoso, produzem queimaduras
extremamente graves, com necrose dos tecidos, nesta faixa de corrente no
possvel o salvamento, a morte instantnea.
Durao mxima da tenso de contato CC
Intensidade
(mA)
Perturbaes
provveis
Estado
aps o
choque
Salvamento Resultado Final
1 Nenhuma Normal ----- Normal
1 - 9
Sensao cada
vez mais
desagradvel
medida que a
intensidade
aumenta.
Contraes
musculares.
Normal Desnecessrio Normal
9 - 20
Sensao
dolorosa,
contraes
violentas,
perturbaes
circulatrias
Morte
aparente
Respirao
artificial Restabelecimento
20 - 100
Sensao
insuportvel,
contraes
violentas, asfixia
perturbaes
circulatrias
Morte
aparente
Respirao
artificial
Restabelecimento
ou morte
38
graves inclusive
fibrilao
ventricular
>100
Asfixia imediata,
fibrilao
ventricular
Morte
aparente Muito difcil Morte
Vrios
Ampres
Asfixia imediata,
queimaduras
graves
Morte
aparente
ou
imediata
Praticamente
impossvel Morte
Tabela 4 - Efeitos da Durao de Contato
2.3.10 Durao do choque
O tempo de durao do choque de grande efeito nas conseqncias
geradas, as correntes de curta durao tm sido incuas, razo pela qual
no se considerou a eletricidade esttica, por outro lado quanto maior a
durao, mais danosos so os efeitos.
2.3.11 Resistncia do circuito
Quando o corpo humano intercalado ao circuito eltrico, ele passa a
ser percorrido por uma corrente eltrica cuja intensidade de acordo com a lei
de Ohm em funo da tenso e da resistncia. Dependendo das partes do
corpo intercalado ao circuito a resistncia do conjunto pode variar, e com
isso a corrente tambm ser alterada.
2.3.12 Freqncia da corrente
O Limiar de Sensao da corrente cresce com o aumento da
freqncia, ou seja correntes com freqncias maiores so menos sentidas
pelo organismo, estas correntes de altas freqncias acima de 100000 Hz,
39
cujos efeitos se limitam ao aquecimento so amplamente utilizadas na
medicina como fonte de febre artificial. Nessas condies pode se fazer
circular at 1 A sobre o corpo humano sem causar perigo. O quadro abaixo
lista diversos valores de Limiar de Sensao em funo do aumento da
freqncia da corrente eltrica.
Freqncia da Corrente Eltrica
Freqncia (Hz) 50-60 500 1.000 5.000 10.000 100.000
Limiar de Sensao (mA) 1 1,5 2 7 14 150
Tabela 5 - Freqncia - Limiar de Sensao
2.3.13 Primeiros Socorros Vtima de Choque Eltrico
As chances de salvamento da vtima de choque eltrico diminuem
com o passar de alguns minutos, pesquisas realizadas apresentam as
chances de salvamento em funo do nmero de minutos decorridos do
choque aparentemente mortal, pela anlise da tabela abaixo esperar a
chegada da assistncia mdica para socorrer a vtima o mesmo que
assumir a sua morte, ento no se deve esperar o caminho a aplicao de
tcnicas de primeiros socorros por pessoa que esteja nas proximidades. O
ser humano que esteja com parada respiratria e cardaca passa a ter morte
cerebral dentro de 4 minutos, por isso necessrio que o profissional que
trabalha com eletricidade deve estar apto a prestar os primeiros socorros a
acidentados, especialmente atravs de tcnicas de reanimao
cardiorrespiratria.
40
Chances de Salvamento
Tempo aps o choque p/ iniciar respirao
artificial
Chances de reanimao da
vtima
1 minuto 95 %
2 minutos 90 %
3 minutos 75 %
4 minutos 50 %
5 minutos 25 %
6 minutos 1 %
8 minutos 0,5 %
Tabela 6 - Chances de Salvamento
2.3.14 Mtodo da respirao artificial "Hoger e Nielsen", para
reanimao de vtimas de choque eltrico.
A respirao artificial empregada em todos os casos em que a
respirao natural interrompida. O mtodo de "Holger e Nielsen" consiste
em um conjunto de manobras mecnicas por meio das quais o ar, em certo
e determinado ritmo, forado a entrar e sair alternadamente dos pulmes.
As instrues gerais referentes aplicao desse mtodo so as seguintes:
Antes de tocar o corpo da vtima, procure livr-la da corrente eltrica,
com a mxima segurana possvel e a mxima rapidez, nunca use as mos
ou qualquer objeto metlico ou molhado para interromper um circuito ou
afastar um fio.
No mova a vtima mais do que o necessrio sua segurana.
Antes de aplicar o mtodo, examine a vtima para verificar se respira,
em caso negativo, inicie a respirao artificial.
Quanto mais rapidamente for socorrida a vtima, maior ser a
probabilidade de xito no salvamento.
41
Chame imediatamente um mdico e algum que possa auxili-lo nas
demais tarefas, sem prejuzo da respirao artificial, bem como, para
possibilitar o revezamento de operadores.
Procure abrir e examinar a boca da vtima ao ser iniciada a respirao
artificial, a fim de retirar possveis objetos estranhos (dentadura, palito,
alimentos, etc.), examine tambm narinas e garganta. Desenrole a lngua
caso esteja enrolada, em caso de haver dificuldade em abrir a boca da
vtima, no perca tempo, inicie o mtodo imediatamente e deixe essa tarefa
a cargo de outra pessoa.
Desaperte punhos, cinta, colarinho, ou quaisquer peas de roupas
que por acaso apertem o pescoo, peito e abdmen da vtima.
Agasalhe a vtima, a fim de aquec-la, outra pessoa deve cuidar
dessa tarefa de modo a no prejudicar a aplicao da respirao artificial.
No faa qualquer interrupo por menor que seja, na aplicao da
respirao artificial.
No faa qualquer interrupo por menor que seja, na aplicao do
mtodo, mesmo no caso de se tornar necessrio o transporte da vtima a
aplicao deve continuar.
No distraia sua ateno com outros auxlios suplementares que a
vitima necessita, enquanto estiver aplicando o mtodo, outras pessoas
devem ocupar se deles.
O tempo de aplicao indeterminado, podendo atingir 5 horas ou
mais, enquanto houver calor no corpo da vtima e esta no apresentar
rigidez cadavrica h possibilidade de salvamento.
O revezamento de pessoas, durante a aplicao deve ser feito de
modo a no alterar o ritmo da respirao artificial.
Ao ter reincio a respirao natural, sintonize o ritmo da respirao
artificial com a natural.
Depois de recuperada a vtima, mantenha a em repouso e
agasalhada, no permitindo que se levante ou se sente, mesmo que para
isso precise usar fora, no lhe de beber, a fim de evitar que se engasgue,
aps a recuperao total da vtima, pode dar lhe ento caf ou ch quente.
42
No aplique injeo alguma, at que a vtima respire normalmente.
Este caso aplica se em qualquer caso de colapso respiratrio, como
no caso de pessoas intoxicadas por gases venenosos ou que sofram
afogamentos.
Na maioria dos casos de acidente por choque eltrico, a MORTE
apenas APARENTE, por isso socorra a vtima rapidamente sem perda de
tempo.
2.3.15 Mtodo de salvamento artificial "Hoger e Nielsen", para
reanimao de vtimas de choque eltrico.
Deite a vtima de bruos com a cabea voltada para um dos lados e a
face apoiada sobre uma das mos tendo o cuidado de manter a boca da
vtima sempre livre.
Ajoelhe se junto cabea da vtima e coloque as palmas das mos
exatamente nas costas abaixo dos ombros com os polegares se tocando
ligeiramente.
Em seguida lentamente transfira o peso do seu corpo para os braos
esticados, at que estes fiquem em posio vertical, exercendo presso
firme sobre i trax.
Deite o corpo para trs, deixando as mos escorregarem pelos braos da
vtima at um pouco acima dos seus cotovelos; segure os com firmeza e
continue jogando o corpo para trs, levante os braos da vtima at que
sinta resistncia: abaixe os ento at a posio inicial, completando o
ciclo, repita a operao no ritmo de 10 a 12 vezes por minuto.
2.3.16 Mtodo da respirao artificial Boca-a-Boca
Deite a vtima de costas com os braos estendidos.
Restabelea a respirao: coloque a mo na nuca do acidentado e a
outra na testa, incline a cabea da vtima para trs.
43
Com o polegar e o indicador aperte o nariz, para evitar a sada do ar.
Encha os pulmes de ar.
Cubra a boca da vtima com a sua boca, no deixando o ar sair.
Sopre at ver o peito erguer-se.
Solte as narinas e afaste os seus lbios da boca da vtima para sair o ar.
Repita esta operao, a razo de 13 a 16 vezes por minuto.
Continue aplicando este mtodo at que a vtima respire por si mesma.
Aplicada a respirao artificial pelo espao aproximado de 1 minuto, sem
que a vtima d sinais de vida, poder tratar se de um caso de Parada cardaca.
Para verificar se houve Parada Cardaca, existem 2 processos :
Pressione levemente com as pontas dos dedos indicador e mdio a
cartida, quase localizada no pescoo, junto ao pomo de Ado (Gog).
Levante a plpebra de um dos olhos da vtima, de a pupila (menina dos
olhos) se contrair, sinal que o corao est funcionando, caso contrrio,
se a pupila permanecer dilatada, isto , sem reao, sinal de que houve
uma parada cardaca.
Ocorrendo a Parada Cardaca, deve se aplicar sem perda de tempo, a
respirao artificial e a massagem cardaca conjugadas.
Esta massagem deve ser aplicada sobre o corao, que est localizado no centro
do Trax entre o externo e a coluna vertical.
Colocar as 2 mos sobrepostas na metade inferior do externo.
Pressionar, com suficiente vigor, para fazer abaixar o centro do Trax, de 3 a
4 cm, somente uma parte da mo deve fazer presso, os dedos devem ficar
levantados do Trax.
Repetir a operao: 15 massagens cardacas e 2 respiraes artificiais, at a
chegada de um mdico.
44
2.4 PREVENO DE ACIDENTES COM ELETRICIDADE
Quando se trata de medidas preventivas de choque eltrico torna se
obrigatrio consultar duas normas brasileiras: NBR 5410 da ABNT e a NR 10
da Portaria 3.214.
A NBR 5410, intitulada de "Instalaes Eltricas de Baixa Tenso",
fixa condies de segurana nas instalaes com tenso at 1000 Volts em
corrente alternada e de at 1500 Volts em corrente continua.
J a norma regulamentadora NR-10 - Instalaes e servios com
eletricidade recomenda condies mnimas para garantir a segurana das
pessoas, e estabelece critrios para proteo contra os riscos de contato,
incndio e exploso, dentre outros.
No ambiente de trabalho a responsabilidade dos servios do
pessoal da manuteno, que detm grande experincia profissional no
assunto, com isso a grande maioria dos trabalhadores se coloca na condio
de usurio.
Na tica do usurio devemos destacar alguns aspectos:
O zelo pela conservao das mquinas e aparelhos operados
fundamental para preservar as condies de segurana.
importante deixar as mquinas ligadas somente o tempo necessrio
para o uso, alm de econmico a possibilidade de acidentes esta
relacionada com o tempo de funcionamento das mquinas.
No deixar cair pequenos objetos, dentro das mquinas, lquidos e
outros materiais que possam provocar curto-circuito.
No utilizar improvisaes, comunicar ao setor de manuteno
qualquer irregularidade verificada nas mquinas e instalaes.
45
2.5 REGRAS BSICAS
a) Utilizar materiais, ferramentas e equipamentos dentro das normas
tcnicas.
b) Para medio dos circuitos, utilizar apenas os instrumentos
adequados, como Multmetros, Voltmetros e Ampermetros, evitando
as improvisaes, que costumam ser danosas.
c) Para trabalhar em segurana necessrio primeiro saber a maneira
correta de funcionamento da mquina, qual o tipo de servio a ser
realizado, observar bem o local de trabalho levantando as possveis
interferncias que podero causar algum dano.
d) Trabalhar sempre com o circuito eltrico desligado, utilizar placas de
sinalizao indicando que o circuito ou a mquina esto em
manuteno, evitar o uso de anis, aliana, pulseiras, braceletes e
correntes.
e) Ao abrir chaves, no permanecer muito prximo para evitar o efeito
do arco voltaico, sempre que realizar manobras em chaves
seccionadoras ou disjuntores pelo punho prprio de acionamento,
utilizar luvas de PVC com isolamento de acordo com a classe de
tenso do circuito a operar.
f) Na alta tenso, alm de faz-lo com o circuito desligado deve-se
providenciar um aterramento mltiplo das 3 fases do circuito.
g) E nunca demais lembrar: EM SE TRATANDO DE ELETRICIDADE
A GRANDE ARMA DA PREVENO DE ACIDENTES O
PLANEJAMENTO.
h) A eletricidade no admite improvisaes, ela no tem cheiro, no tem
cor, no quente nem fria, ela fatal.
2.6 ATERRAMENTOS
Denomina-se aterramento a ligao com a massa condutora da terra,
os aterramentos devem assegurar de modo eficaz a fuga de corrente para a
46
terra, propiciando as necessidades de segurana e de funcionamento de
uma instalao eltrica. O valor da resistncia de aterramento deve
satisfazer s condies de proteo e funcionamento da instalao eltrica,
de acordo com os esquemas de aterramento. E em se tratando de
segurana de uma instalao eltrica, esse procedimento de suma
importncia.
3 ACIDENTE DO TRABALHO
Acidente do trabalho o que ocorre pelo exerccio do trabalho a servio
da empresa ou pelo exerccio do trabalho, provocando leso corporal ou
perturbao funcional que cause a morte, ou a perda ou reduo,
permanente ou temporria, da capacidade para o trabalho.
A incidncia do acidente do trabalho ocorre em 3 hipteses:
Quando ocorrer leso corporal;
Quando ocorrer perturbao funcional ou;
Quando ocorrer doena.
Consideram-se acidente do trabalho, as seguintes entidades mrbidas:
Doena Profissional desencadeada pelo exerccio do trabalho peculiar
a determinada atividade e constante da relao elaborada pelo Ministrio do
Trabalho e da Previdncia Social;
Doena do Trabalho desencadeada em funo de condies especiais
em que o trabalho realizado e com ele se relacione diretamente, constante
da relao elaborada pelo Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social.
No so consideradas como doena do trabalho:
A doena degenerativa;
A inerente a grupo etrio;
A que no produza incapacidade laborativa;
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A doena endmica adquirida por segurado habitante de regio em que ela
se desenvolva, salvo comprovao de que resultante de exposio ou
contato direto determinado pela natureza do trabalho.
3.1 ESTUDO DOS ACIDENTES E INCIDENTES
Conhecer a proporo e gravidade em que ocorrem os acidentes
importante, pois mostra-nos a dimenso desses acontecimentos.
Na figura abaixo se encontram os dados de um estudo realizado sobre
acidentes industriais e que revelou os seguintes dados:
Figura 5 - Pirmide de Acidentes
1. LESO GRAVE OU FATAL
Inclui leses srias e incapacitantes.
10. LESES MENORES
Qualquer leso relatada que no for sria.
30. ACIDENTES COM DANOS PROPRIEDADE
Todos os tipos.
600. INCIDENTES SEM LESO OU DANO VISVEL
Quase-acidentes.
48
A anlise da relao 1-10-30-600 da figura das propores indica um
nmero de incidentes muito maiores do que de acidentes graves. Este fato
nos alerta a prestarmos mais ateno aos incidentes, pois esta situao
geralmente resulta em acidentes com perdas materiais e pessoais.
Portanto, as aes desempenhadas para impedir que ocorram
perdas, deveriam estar voltadas correo e/ou preveno desses eventos.
Assim, o controle de acidentes graves ou de incidentes com alto potencial de
perda, poderia ser mais efetivo. Alm disso, o risco de acontecer um
acidente com leses graves se torna cada vez menor, pois este deve tornar-
se cada vez mais um evento raro.
3.2 MODELO CAUSAL DE PERDAS
A ocorrncia de um acidente ou incidente raramente ocasionado
apenas por um fator, mas sim por um conjunto de eventos que acabam
levando a uma perda.O tipo e o grau dessas perdas variam de acordo com a
gravidade de seus efeitos, que podero ser insignificantes ou catastrficos,
gerando custos para a empresa.
Visando alcanar a menor quantidade possvel de perdas, faz-se
necessrio conhecermos as causas que as geram, e, conseqentemente,
tentar evit-las.
Usaremos ento, o Modelo Causal de Perdas abaixo, para exemplificar a
seqncia em que um acidente ou incidente pode acontecer.
Figura 6 - Modelo Causal de Perdas
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Falta de controle
A falta de controle o princpio da seqncia de fatores causais que
originam um acidente, que dependendo de sua gravidade, pode gerar
poucas ou muitas perdas. Por isso, o controle uma das funes essenciais
em uma administrao efetiva, no importando o segmento que ela tiver.
Um bom administrador deve utilizar-se sempre de planejamento,
organizao, direo e controle de suas principais funes. Ele deve
conhecer os padres, planejar e organizar o trabalho, de modo a satisfaz-
los e guiar seu grupo de trabalho na satisfao e cumprimento desses
padres.
Avaliar seu prprio desempenho e o dos outros, avaliar os resultados
e as necessidades e corrigir de forma construtiva o desempenho das
mesmas.
As razes mais comuns para que ocorram a falta de controle so:
Um programa inadequado
o desenvolvimento de um programa com quantidades insuficientes
de atividades, que variam de acordo com a extenso, a natureza e o
segmento da empresa.
Padres inadequados do programa
a formulao dos padres de maneira pouco especfica, pouco clara
e/ou nvel pouco elevado, no proporcionando s pessoas conhecerem o
que esperado delas e nem permitem uma medio significativa do grau de
cumprimento dos padres.
Cumprimento inadequado dos padres.
uma das origens da falta de controle, sendo uma das razes do fracasso
no controle de perdas derivadas dos acidentes.
50
Causas bsicas
As causas bsicas so as razes de ocorrerem os atos e condies
abaixo do padro. Tambm so chamadas de causas razes, causas reais,
causas indiretas, causas fundamentais ou de contribuio de um acidente ou
incidente.
Geralmente so bem evidentes, mas para se ter um controle
administrativo eficiente, faz-se necessrio um pouco mais de investigao
sobre elas. Com este conhecimento pode-se explicar porque as pessoas
cometem prticas abaixo dos padres e porque essas condies existem.
importante considerarmos tambm, duas categorias de causas
imediatas, os fatores pessoais e os fatores de trabalho (ambiente de
trabalho), que so exemplificadas a seguir:
Fatores pessoais
Capacidade fsica/fisiolgica inadequada;
Capacidade mental/psicolgica inadequada;
Tenso fsica/fisiolgica;
Tenso mental/psicolgica;
Falta de conhecimento;
Falta de habilidade;
Motivao deficiente.
Fatores de trabalho (ambiente de trabalho)
Liderana e/ou superviso inadequada;
Engenharia inadequada;
Compra inadequada;
Manuteno inadequada;
Ferramentas, equipamentos e materiais inadequados;
Padres de trabalho inadequados;
Uso e desgaste;
Abuso e maltrato.
51
Causas imediatas
As causas imediatas so as circunstncias que precedem
imediatamente o contato e que podem ser vistas ou sentidas.
Atualmente, utiliza-se os termos abaixo dos padres e condies abaixo dos
padres.
As prticas e condies abaixo dos padres manifestam-se dos seguintes
modos:
Atos ou prticas abaixo dos padres
Operar equipamentos sem autorizao;
No sinalizar ou advertir;
Falhar ao bloquear/resguardar;
Operar em velocidade inadequada;
Tornar os dispositivos de segurana inoperveis;
Remover os dispositivos de segurana;
Usar equipamento defeituoso;
Usar equipamentos de maneira incorreta;
No usar adequadamente o EPI;
Carregar de maneira incorreta;
Armazenar de maneira incorreta;
Levantar objetos de forma incorreta;
Adotar uma posio inadequada para o trabalho;
Realizar manuteno de equipamentos em operao;
Fazer brincadeiras;
Trabalhar sob a influncia de lcool e/ou outras drogas.
Condies abaixo dos padres
Protees e barreiras inadequadas;
Equipamentos de proteo inadequados ou insuficientes;
Ferramentas, equipamentos ou materiais defeituosos;
Espao restrito ou congestionado;
Sistemas de advertncia inadequados;
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Perigos de exploso e incndio;
Ordem e limpeza deficientes, desordem;
Condies ambientais perigosas: gases, poeira, fumaa, vapores;
Exposies a rudos;
Exposies a radiaes;
Exposies a temperaturas extremas;
Iluminao excessiva ou inadequada;
Ventilao inadequada.
3.3 RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL NO ACIDENTE DO
TRABALHO
No que tange a responsabilidade civil e criminal no acidente de
trabalho no se pretende despertar para os cuidados para com a segurana
apenas porque h o risco de uma penalizao ao infrator, mas que se tenha
essa obrigao porque se est lidando com o homem, com o cidado que
deve ter seus direitos individuais respeitados.
Cada trabalhador deve ser exemplo no trato dessa questo, zelando
no s pela sua sade fsica e mental, mas tambm pela de seus colegas,
pautando por atitudes prevencionistas, que considerem o homem, na prtica,
como o "verdadeiro patrimnio" da empresa.
O legislador, ao definir as conseqncias aos responsveis pelo
acidente do trabalho, no teve outro intuito seno o de impor a obrigao de
exercer as atividades com o senso de responsabilidade mnima para no
expor integridade fsica e mental do prprio trabalhador e daqueles que o
cercam.
53
3.4 LOCALIZAO DOS RISCOS ELTRICOS
3.4.1 Quadros de distribuio
Nos canteiros de obras da indstria da construo, a distribuio de
energia eltrica deve ser feita atravs dos quadros eltricos de distribuio
que, conforme suas caractersticas podem ser: quadro principal de
distribuio, quadro intermedirio de distribuio e quadro terminal de
distribuio fixo e/ou mvel.
Figura 7 - Representao de Quadros de Distribuio
Os quadros de distribuio devem ser construdos de forma a garantir
a proteo dos componentes eltricos contra poeira, umidade, impactos etc.,
e ter no seu interior o diagrama unifilar do circuito eltrico.
Sero instalados em locais visveis, sinalizados e de fcil acesso, no
devendo, todavia, localizarem-se em pontos de passagem de pessoas,
materiais e equipamentos.
Os materiais empregados na construo dos quadros devem ser
incombustveis e resistentes corroso.
Os quadros de distribuio devem ter sinalizao de advertncia,
alertando sobre os riscos presentes naquele local.
54
Figura 8 - Placas de Sinalizao
3.4.2 Quadro principal de distribuio
Destinado a receber energia eltrica alimentada pela Rede Pblica da
concessionria. A rea do quadro principal de distribuio deve ser isolada
por anteparos rgidos, devidamente sinalizados, de forma a garantir somente
o acesso de trabalhadores autorizados. Essa rea deve estar
permanentemente limpa, no sendo permitido o depsito de materiais no
seu interior.
Figura 9 - Quadro Principal de Distribuio
55
3.4.3 Quadros terminais: fixos ou mveis
So aqueles destinados a alimentar exclusivamente circuitos
terminais, isto , diretamente mquinas e equipamentos.
As ligaes nos quadros de distribuio devem ser feitas por trs, dotando-
os ainda de fundo falso, de modo que a fiao fique embutida.
Figura 10 - Quadros Fixos e Moveis
A distribuio de energia nos diversos pavimentos da edificao deve
ser feita atravs de prumadas, sendo a fiao protegida por eletrodutos, que
devem estar localizados de forma a garantir uma perfeita disposio dos
quadros eltricos.
56
Figura 11 - Exemplos de Quadro de Distribuio
Quando da manuteno das instalaes eltricas, deve ser impedida
a energizao acidental do circuito atravs de dispositivos de segurana
adequados. recomendvel dotar os quadros de distribuio de cadeados,
estando a chave sob responsabilidade do eletricista que realiza o reparo na
instalao, bem como a utilizao de sinalizao indicativa da execuo do
trabalho.
Figura 12 - Tipos de Proteo para Quadro de Distribuio
57
3.4.4 Chaves eltricas
As chaves eltricas mais utilizadas nos canteiros de obras da indstria
da construo so as chaves eltricas blindadas, os disjuntores e as chaves
magnticas. As chaves eltricas blindadas e os disjuntores devem ser
dotados de cadeados ou dispositivos que permitam o acesso somente de
trabalhadores autorizados.
Figura 13 - Chaves Blindadas
3.4.5 Plugs e tomadas
Os plugs e as tomadas devem ser protegidos contra penetrao de
umidade ou gua. obrigatrio o uso do conjunto plug/tomada para a
ligao dos equipamentos eltricos ao circuito de alimentao. No ligar
mais de um equipamento mesma tomada, a menos que o circuito de
derivao tenha sido projetado para tal.
Obs.: Nas ligaes com plug / tomada, a parte energizada deve ser a
tomada, a fim de se evitar a exposio de trabalhadores s parte vivas
58
Figura 14 - Plugs e Tomadas
3.4.6 Iluminao provisria
As cargas de iluminao devem ser determinadas como resultado da
aplicao da NBR 5413 (Iluminncia de interiores procedimento).
Os circuitos de iluminao provisria sero ligados aos quadros
terminais de distribuio. A altura da fiao deve ser de no mnimo 2,50m a
fim de evitar contatos com mquinas, equipamentos ou pessoas. Se a fiao
no puder ser area, em altura condizente com o trabalho, a rea de
distribuio dever ser isolada e corretamente sinalizada.
proibida a ligao direta de lmpadas nos circuitos de distribuio. Nos
locais onde houver movimentao de materiais, tais como escadas, rea de
corte e dobra de ferragem, carpintaria etc., as lmpadas devem estar
protegidas contra impacto por luminrias adequadas.
59
Figura 15 - Proteo de Luminrias
3.4.7 Mquinas e equipamentos
Os operadores de mquinas e equipamentos devem ter em seu
treinamento noes bsicas sobre eletricidade, contemplando as medidas de
controle necessrias para eliminao ou neutralizao dos riscos eltricos.
Mquinas e equipamentos devem ser dotados de dispositivo de
acionamento, parada e bloqueio, conforme Norma Regulamentadora NR -
18. Na operao de mquinas de grande porte, medidas adicionais de
segurana devem ser adotadas principalmente quanto ao contato com redes
de distribuio de energia eltrica.
Equipamentos eltricos devem estar desligados da tomada quando
no estiverem sendo usados. Os servios de manuteno devero ser
realizados com a mquina desligada.
Os cabos de alimentao e os demais dispositivos eltricos devem
estar em perfeito estado de conservao. As operaes com veculos,
mquinas e equipamentos devem ser planejadas, evitando o contato ou o
impacto com redes de distribuio de energia e/ou equipamentos eltricos
energizados.
60
Figura 16 - Distncia de Segurana entre Veculos e Rede Eltrica
3.5 EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL EPI
Botina de couro, solado isolante
Para proteo dos ps contra agentes agressivos e choques eltricos.
No dever possuir componentes metlicos.
Figura 17 - Bota de Segurana
Luvas isolantes para eletricista
Para o uso em servios com risco de choque eltrico em equipamentos
energizados e passveis de energizao.
61
Obs.: As luvas isolantes no devem ser utilizadas isoladamente, isto , sem
as luvas de cobertura.
Figura 18 - Luvas Isolantes
Luvas de cobertura em vaqueta
Figura 19 - Luvas de Coberta em Vaqueta
Utilizadas para proteo das luvas isolantes.
culos de segurana
Destina-se proteo dos olhos contra impactos mecnicos e efeitos
decorrentes da irradiao solar ou do arco eltrico.
Figura 20 - culos de Segurana
62
Capacete de segurana
Destina-se a proteger a cabea contra impactos, quedas de objetos, contato
acidental com circuitos eltricos energizados. Constitudo de material
isolante.
Figura 21 - Capacete de Segurana
Cinto de segurana / tabalarte
Cinto de segurana do tipo subabdominal destinado a equilibrar/sustentar
o trabalhador em postes/ torres para prevenir quedas por altura. Talabarte
complemento do cinto de segurana.
Figura 22 - Cinto de Segurana
63
O uso correto do EPI associado ao treinamento constante para capacitar
seus usurios evita acidentes como o ocorrido descrito abaixo:
Eletricista morre eletrocutado em poste no
Benedito Bentes
Um eletricista, identificado como Valdir da Silva, 49 anos, com mais de 25 anos de profisso, morreu eletrocutado ao tentar realizar reparos em um poste na noite desta sexta-feira (08), no complexo Benedito Bentes. De acordo com um dos filhos, Valdenilson da Silva, a vtima que reside no conjunto Joo Sampaio II dirigiu-se ao local aps ser acionada pelo proprietrio de uma residncia. A cena atraiu inmeros moradores ao local do acidente. Devido chuva ocorrida na madrugada desta sexta e a posterior falta de energia na regio, o perito do Instituto de Criminalstica (IC) Jos Cludio informou que a utilizao de equipamentos rudimentares, o fato de Valdir ter se agarrado ao poste e o contato direto com o fio de carga positiva ocasionaram o acidente. Ele desconectou um fio positivo da casa e foi direto para a rede de alta tenso a fim de ver onde estava o problema. Valdir estava prximo ao poste energia negativa e deve ter mexido em outro fio positivo, com um teste bastante antigo, provocando o choque. O filho do eletricista voltava de um curso no momento em que soube da informao. reportagem, Valdenilson alegou que o pai foi contratado para fazer uma 'ligao'. J o IC considerou que no seria feita nenhuma ligao clandestina. "A casa tem um contador aqui e, com certeza, no foi este tipo de ligao. Foi pura inocncia dele". Nenhum morador da residncia apareceu para falar com a reportagem. Aps trs horas pendurado no poste, o corpo foi retirado por uma equipe do Corpo de Bombeiros (CB). Foram acionados, tambm, uma guarnio do Batalho de Polcia Escolar (BPEsc), para conter os nimos da populao, e os Institutos de Criminalstica (IC) e Mdico Legal (IML) a fim de periciar o corpo e recolh-lo em seguida. Alm de Valdenilson, Valdir da Silva deixou mais duas filhas.
Fonte:Correio do Povo
POSTADO POR EDSON MARTINHO S 14:01
64
Homem morre eletrocutado em mercado
Um homem de 30 anos morreu eletrocutado no comeo da tarde desta tera-feira (5), no Jardim Aeroporto, em Paranava (noroeste do Paran). Vitor Hugo Lacerda fazia manuteno nas cmeras de segurana e outros reparos em um supermercado da cidade. Ele teria perdido o equilbrio e encostado em uma cerca eltrica. Vitor Hugo morreu na hora.
Fonte:CGN Noticias
POSTADO POR EDSON MARTINHO S 12:01
3.6 Grfico de acidentes de origem eltrica em 2011
Estes dados so obtidos atravs do alerta de notcias do Google, com
as palavras, Choque eltrico, Eletrocutado (a) e curto Circuito. Refletem
somente uma parcela dos acidentes de origem eltrica que acontecem no
Brasil. Estima-se que o nmero pode ser de 4 a 5 vezes maior do que o
apresentado. A planilha disponvel apresenta, ms a ms, os acidentes,
sendo as seguintes situaes:
Morte por Eletrocusso, foi condio onde houve morte devido a
choque eltrico.
Choque eltrico sem morte - Referencia a pessoas que levaram
choques e tiveram divulgao na internet, porm no morreram na
data da divulgao. No significa que esta pessoa no tenha
sofrido conseqncias graves posteriormente. Como no temos
como avaliar cada caso, pode ter havido o bito posterior. .
Incndios - neste quesito, so levantados todas as notcias com
suspeita de incndio gerado por curto circuito ou sobrecarga. No
temos a comprovao da causa na maioria dos casos. Este dado
tambm no informado por fonte alguma. .
Curto circuito sem acidente - Neste caso so indicados situaes
de curto circuito, mas sem causas de incndio ou Morte. Na
maioria dos casos so curtos-circuitos em transformadores que
65
deixa locais apagados, ou equipamentos sem funcionar, como o
Elevador Lacerda em Salvador-BA ou no metro do RJ ou SP. .
O item raio faz o acompanhamento de acidentes causados por
descarga atmosfrica, com ou sem vtimas.
Figura 23 - Grfico de Acidentes de Origem Eltrica
66
3.7 A IMPORTANCIA DE UM PROJETO ELTRICO
Em uma obra civil, conforme normas construtivas, acima de
determinada rea a ser construda, alm do projeto arquitetnico e civil,
tambm se faz necessrio o projeto das instalaes eltricas,
independentemente do porte da obra, e at mesmo uma moradia popular
suas instalaes eltricas tem que estarem constando do layout da planta
baixa a ser edificada, e, portanto dever ser executada pelo profissional da
rea.
Em mdias e grandes construes, isso evidenciado no momento
da aprovao, por parte do poder pblico, onde solicita todos os dados
necessrios para a emisso do alvar do empreendimento, isto para o caso
do municpio que possuir esse procedimento em seu PDU Plano Diretor
Urbano e conseqentemente estabelecido em sua Lei do Cdigo de Obras.
Alm desta necessidade para a emisso do alvar, em se tratando de
uma solicitao de uma nova ligao de energia eltrica, e conforme norma
da cada concessionria de energia e a caracterstica da carga eltrica
solicitada, para o fornecimento deste tipo de servio, se faz necessrio a
apresentao de um projeto eltrico, como se isso no fosse o suficiente
para tal necessidade, o CREA Conselho Regional de Engenharia, ao
fiscalizar uma determinada obra, em funo de seu porte, tambm solicita do
proprietrio o responsvel tcnico pelo projeto e execuo das instalaes
eltricas. Dessa forma, o projeto eltrico de suma importncia para o
registro e legalizao de uma obra civil, mas muito mais do que isso, ele
garante que as instalaes internas, nas quais em sua maioria esto
embutidas, esto em perfeito estado de funcionamento para atender de
forma segura seus usurios.
A NBR 5410/2004 abrange todas as etapas das instalaes eltricas
de baixa tenso, desde o Projeto que trata do dimensionamento de
condutores, dispositivos de proteo, formas de instalao, influncias
externas, aspectos de segurana, sua Execuo, que diz respeito sobre as
recomendaes e referncias s normas de fabricao de dispositivos e
67
equipamentos; a Verificao final, que inclui inspeo visual e ensaios
especficos; sua Manuteno, que trata dos procedimentos para manuteno
das instalaes eltricas e o seu campo