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FACULDADES INTEGRADAS DE JARACAREPAGUÁ ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO MONOGRAFIA A SEGURANÇA DO TRABALHO COM AS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM UMA CONSTRUÇÃO CIVIL JOCÉLIO HÉRCULES CORNEAU Ibotirama Bahia Brasil 2012

A Segurança Do Trabalho Com as Instalações Elétricas Em Uma Construção Civil

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Segurança

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  • FACULDADES INTEGRADAS DE JARACAREPAGU

    ENGENHARIA DE SEGURANA DO TRABALHO

    MONOGRAFIA

    A SEGURANA DO TRABALHO COM AS INSTALAES

    ELTRICAS EM UMA CONSTRUO CIVIL

    JOCLIO HRCULES CORNEAU

    Ibotirama Bahia Brasil

    2012

  • 2

    JOCLIO HRCULES CORNEAU

    A SEGURANA DO TRABALHO COM AS INSTALAES

    ELTRICAS EM UMA CONSTRUO CIVIL

    Monografia apresentada ao corpo

    docente da Faculdade Integrada de

    Jacarepagu, em cumprimento s

    exigncias e requisitos para a

    concluso do Curso de Ps-Graduao

    em Engenharia de Segurana do

    Trabalho.

    rea de Concentrao: Construo, Segurana e Instalaes Eltricas.

    Prof. Thereza Christina Imbuzeiro Horta Galhardo

    Orientadora

    Ibotirama Bahia Brasil

    2012

  • 3

    JOCLIO HRCULES CORNEAU

    A SEGURANA DO TRABALHO COM AS INSTALAES

    ELTRICAS EM UMA CONSTRUO CIVIL

    Aprovado em ____/____/____

    Avaliao__________ BANCA EXAMINADORA (1 Examinador) _______________________________________

    Prof. (2 Examinador) _______________________________________

    Prof. (3 Examinador) _______________________________________

    Prof.

  • 4

    DEDICATRIA

    Dedico este trabalho aos meus grandes amores: minha esposa Leila e meu filho Henrique.

    tiveram

  • 5

    AGRADECIMENTOS

    A Deus, o nosso Grande Arquiteto Do Universo, pela paz interior.

    A minha esposa Leila, pela eterna compreenso e momentos marcantes.

    Ao meu filho Henrique, pelo novo sentido em minha vida.

    Aos meus pais, Julio Henrique e Maria do Carmo, que sempre colocaram a

    educao em primeiro plano.

    s minhas irms, Jussara, Jeovana, Joselita e Poliana, pelo eterno

    companheirismo familiar.

    Aos meus sogros, Sr Carlos Guanais e D. Nilta Macedo, pela nova forma

    de enxergar o mundo.

    s minhas queridas cunhadas, Carla, Gilka e Luana, pela compreenso e

    recepo em sua famlia.

    Ao meu caro amigo e concunhado Fabio Kadis, por sua prestatividade e

    pelos estudos sobre astronomia.

    Ao meu estimado amigo Daniel Paes, pelas longas conversas, prosas e

    cantigas sobre diversos temas, ento diga que valeu.

    Aos nobres colegas de profisso, Eng. Anselmo, Eng, Wilson e Eng. Joo

    Kleber, por compartilhar comigo as arestas da engenharia.

    Ao pessoal da COELBA Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia,

    na pessoa do Gerente Regional Janilson Bomfim, por compartilhar

    informaes sobre normas e procedimentos.

    Aos clientes e colaboradores da JHC ENGENHARIA, que servem como

    base para colocar em prtica todos os ensinamentos sobre a segurana

    das instalaes eltricas.

    A todos aqueles que direta ou indiretamente me proporcionou a galgar

    meus objetivos, contribuindo para o meu conhecimento e minha formao

    profissional, pessoal e espiritual.

    Muito obrigado.

  • 6

    PARA MEDITAR

    O verdadeiro sinal de

    inteligncia no o

    conhecimento, e sim a

    imaginao

    Albert Einstein

  • 7

    RESUMO Todo e qualquer assunto que diz respeito segurana do trabalho,

    analisa no somente os aspectos que envolvem o trabalhador e sua relao

    com o trabalho, mas tambm como isso influencia na sua relao com as

    demais atividades, por menor ou mais complexa que ela seja. Mas, quando

    este tema trata da construo civil, alm dessas relaes, h uma integrao

    com vrias outras atividades e segmentos de uma sociedade, pois atravs

    de uma obra civil que as demais atividades se pronunciam. Ou seja, uma

    famlia para ter uma casa como moradia, teve que primeiramente algum

    construir essa moradia, um prdio com escritrios e vrios profissionais

    exercendo varias atividades distintas, para exerc-las, vrios outros

    profissionais tiveram que dar sua contribuio para que isso fosse uma

    realidade, e isto se aplica a vrios outros exemplos. Porm independemente

    do tipo de obra que foi executado, com certeza a energia eltrica esteve

    presente no decorrer da construo de tal empreendimento, e com mais

    certeza ainda, far parte eternamente entre seus usurios. E neste caso,

    tratar com a segurana do trabalho com as instalaes eltricas, no

    somente pensar na segurana do profissional que estar utilizando a energia

    eltrica no momento da execuo da obra, mas como tambm, garantir que

    essas instalaes estejam conformes os padres estabelecidos para a

    segurana de seus usurios no futuro. Este trabalho faz uma abordagem

    sobre como manter os parmetros para este tipo de segurana no trabalho,

    durante e aps a execuo de uma atividade que envolve eletricidade.

    PALAVRAS-CHAVE: Segurana; Eletricidade; Construo Civil.

  • 8

    RELAO DE FIGURAS

    Figura 1 - Grfico Segurana da Populao - N de Mortes ....................................... 23

    Figura 2 - Grfico Segurana da Populao - Leso Grave ....................................... 24

    Figura 3 - Efeitos da Corrente Eltrica .......................................................................... 32

    Figura 4 - Percurso da Corrente Eltrica ...................................................................... 33

    Figura 5 - Pirmide de Acidentes .................................................................................. 47

    Figura 6 - Modelo Causal de Perdas ............................................................................. 48

    Figura 7 - Representao de Quadros de Distribuio ............................................... 53

    Figura 8 - Placas de Sinalizao ................................................................................... 54

    Figura 9 - Quadro Principal de Distribuio .................................................................. 54

    Figura 10 - Quadros Fixos e Moveis ............................................................................. 55

    Figura 11 - Exemplos de Quadro de Distribuio ........................................................ 56

    Figura 12 - Tipos de Proteo para Quadro de Distribuio ....................................... 56

    Figura 13 - Chaves Blindadas ........................................................................................ 57

    Figura 14 - Plugs e Tomadas ......................................................................................... 58

    Figura 15 - Proteo de Luminrias .............................................................................. 59

    Figura 16 - Distncia de Segurana entre Veculos e Rede Eltrica ......................... 60

    Figura 17 - Bota de Segurana ...................................................................................... 60

    Figura 18 - Luvas Isolantes ............................................................................................ 61

    Figura 19 - Luvas de Coberta em Vaqueta ................................................................... 61

    Figura 20 - culos de Segurana .................................................................................. 61

    Figura 21 - Capacete de Segurana ............................................................................. 62

    Figura 22 - Cinto de Segurana ..................................................................................... 62

    Figura 23 - Grfico de Acidentes de Origem Eltrica .................................................. 65

    Figura 24 - Interao da NR-10 com as NBRs 5410 e 14039 .................................... 68

    Figura 25 - Relao de Irregularidades NR -10............................................................ 71

    Figura 26 - Fios expostos e sem proteo.................................................................... 72

    Figura 27 - Condutor sem isolamento e em contato direto com a parede ................. 72

    Figura 28 - Ato inseguro ao executar a atividade......................................................... 73

    Figura 29 - Situao de risco por negligncia e imprudncia ..................................... 74

    Figura 30 - Situao de impercia .................................................................................. 74

    Figura 31 - Situao de risco por imprudncia ............................................................. 75

  • 9

    Figura 32 - Instalaes com risco de curto circuito ...................................................... 75

    Figura 33 - Negligncia no uso da eletricidade ............................................................ 76

  • 10

    RELAO DE TABELAS

    Tabela 1 - Classificao de Tenso .............................................................................. 34

    Tabela 2 - Tenso de Contato x Tempo de Durao - CA .......................................... 35

    Tabela 3 - Tenso de Contato x Tempo de Durao - CC .......................................... 36

    Tabela 4 - Efeitos da Durao de Contato.................................................................... 38

    Tabela 5 - Freqncia - Limiar de Sensao................................................................ 39

    Tabela 6 - Chances de Salvamento .............................................................................. 40

  • 11

    SUMARIO

    1 INTRODUO ................................................................................................ 14

    1.1 JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 19

    1.2 OBJETIVOS .................................................................................................... 20

    1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................ 20

    1.2.2 Objetivos Especficos ................................................................................... 20

    1.3 METODOLOGIA APLICADA E ORGANIZAO DO TRABALHO ................. 21

    2 FUNDAMENTAO TERICA ...................................................................... 22

    2.1 SEGURANA NO TRABALHO ...................................................................... 22

    2.1.1 Acidentes mais comuns nas atividades de eltrica relacionados rea

    predial: ........................................................................................................... 25

    2.2 RISCOS DA ELETRICIDADE ......................................................................... 27

    2.3 CHOQUE ELTRICO ..................................................................................... 29

    2.3.1 Choque produzido por contato com circuito energizado ........................... 29

    2.3.2 Choque produzido por contato com corpo eletrizado ................................ 30

    2.3.3 Choque produzido por raio (Descarga Atmosfrica) .................................. 30

    2.3.4 Avaliao da Corrente Eltrica Produzida por Contato com Circuito

    Energizado ..................................................................................................... 30

    2.3.5 Efeitos da Eletricidade no Corpo Humano .................................................. 31

    2.3.5.1 Limiar de Sensao (Percepo) ................................................................. 31

    2.3.5.2 Limiar de No Largar .................................................................................... 31

    2.3.5.3 Limiar de Fibrilao Ventricular ................................................................... 32

    O choque eltrico pode variar em funo de fatores que interferem na

    intensidade da corrente e nos efeitos provocados no organismo, os

    fatores que interferem so: .......................................................................... 32

    2.3.6 Trajeto da corrente eltrica no corpo humano ............................................ 33

    2.3.7 Tipo da corrente eltrica ............................................................................... 34

    2.3.8 Tenso nominal ............................................................................................. 34

  • 12

    2.3.9 Intensidade da corrente ................................................................................ 36

    2.3.10 Durao do choque ....................................................................................... 38

    2.3.11 Resistncia do circuito ................................................................................. 38

    2.3.12 Freqncia da corrente ................................................................................. 38

    2.3.13 Primeiros Socorros Vtima de Choque Eltrico ....................................... 39

    2.3.14 Mtodo da respirao artificial "Hoger e Nielsen", para reanimao de

    vtimas de choque eltrico. .......................................................................... 40

    2.3.15 Mtodo de salvamento artificial "Hoger e Nielsen", para reanimao de

    vtimas de choque eltrico. .......................................................................... 42

    2.3.16 Mtodo da respirao artificial Boca-a-Boca .............................................. 42

    2.4 PREVENO DE ACIDENTES COM ELETRICIDADE .................................. 44

    2.5 REGRAS BSICAS ........................................................................................ 45

    2.6 ATERRAMENTOS .......................................................................................... 45

    3 ACIDENTE DO TRABALHO........................................................................... 46

    3.1 ESTUDO DOS ACIDENTES E INCIDENTES ................................................. 47

    3.2 MODELO CAUSAL DE PERDAS ................................................................... 48

    3.3 RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL NO ACIDENTE DO TRABALHO 52

    3.4 LOCALIZAO DOS RISCOS ELTRICOS .................................................. 53

    3.4.1 Quadros de distribuio ............................................................................... 53

    3.4.2 Quadro principal de distribuio ................................................................. 54

    3.4.3 Quadros terminais: fixos ou mveis ............................................................ 55

    3.4.4 Chaves eltricas ............................................................................................ 57

    3.4.5 Plugs e tomadas ............................................................................................ 57

    3.4.6 Iluminao provisria ................................................................................... 58

    3.4.7 Mquinas e equipamentos............................................................................ 59

    3.5 EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL EPI ................................. 60

    3.6 Grfico de acidentes de origem eltrica em 2011 ....................................... 64

  • 13

    3.8 EXEMPLOS DE NO APLICAO DAS NORMAS DE SEGURANA COM

    AS INSTALAES ELTRICAS.................................................................... 72

    4 CONCLUSO ................................................................................................. 77

    REFERNCIAS .......................................................................................................... 78

  • 14

    1 INTRODUO

    A construo civil uma das atividades que mais gera emprego em

    nosso pas, mas consequentemente onde ocorre o maior nmero de

    acidentes, e grande parte na rea das instalaes eltricas, pois a

    eletricidade no admite precariedade e improvisaes, quer seja nas

    instalaes e seus componentes, quer seja nos servios, ela no d avisos,

    no tem cheiro, no tem cor, no faz rudo, no vaza de forma aparente, no

    quente nem fria, mas fatal, (Eng. Joaquim Gomes Pereira MTE / SRTE /

    SP).

    Em uma obra civil, a instalao eltrica se inicia de forma

    improvisada, pois, seja no momento de uma demolio, de uma reforma, de

    uma ampliao ou mesmo de uma nova construo, muitas vezes, por ser

    uma instalao onde seus usurios estaro em contato temporariamente,

    muitos cuidados no so devidamente analisados e as devidas normas de

    segurana no so atendidas, e desta forma, o risco de acidentes

    eminente.

    Para a Previdncia Social, Acidente de Trabalho o acidente que

    ocorre pelo exerccio do trabalho e a servio da empresa (fora do local de

    trabalho), ou durante o trajeto (residncia/ trabalho/residncia), provocando

    leso corporal ou perturbao funcional que cause a morte, a perda ou

    reduo da capacidade para o trabalho permanente ou temporria (Brasil,

    1991). No entanto, acidentes de trabalho so eventos que ocorrem e que

    poderia ser evitado de forma a ser evitada a perda temporria ou

    permanente do trabalhador ou usurio e dessa forma reduzir os custos

    sociais proporcionados pela ocorrncia do acidente. Ainda pouco se

    conhece sobre o custo real para o Pas da ocorrncia de acidentes e

    doenas relacionados ao trabalho. Estimativa recente avaliou em R$ 12,5

    bilhes anuais o custo para as empresas e em mais de R$ 20 bilhes anuais

    para os contribuintes (Pastore 1999).

  • 15

    Em servios de construo civil, muitos pedreiros, serventes,

    eletricistas, carpinteiros, pintores, so operrios que no possuem formao

    tcnica, e muitos provem do meio rural, e ao adentrarem em uma obra onde

    existem inmeras atividades que devem ser conciliadas, esses

    trabalhadores se deparam um mundo totalmente adverso do que

    anteriormente freqentavam, e associado ao tambm no conhecimento dos

    riscos a que esto sujeitos, o contratante tambm ignora as possveis

    causas de acidentes.

    Seja utilizando de uma ferramenta inadequada, ou mesmo

    executando uma atividade prxima de uma rede eltrica, sem o devido EPI,

    a possibilidade de ocorrncia de uma situao de risco muito grande, e

    nestes casos as normas de segurana principalmente na rea de

    eletricidade so desconhecidas, ou mesmo no so aplicadas.

    A NR 10 - Instalaes e servios em eletricidade, trata das diretrizes

    bsicas para a implementao de medidas de controle e sistemas

    preventivos, destinados a garantir a segurana e a sade dos trabalhadores

    que direta ou indiretamente interajam em instalaes eltricas e servios

    com eletricidade. J a NR18 Condies e meio ambiente de trabalho na

    indstria da construo, uma Norma para aplicao nos processos, nas

    condies e ambientes de trabalho da construo civil, incluindo instalaes

    eltricas provisrias. 18.21 Instalaes eltricas (18.21.1 a 18.21.20) e

    ainda a NBR-5410 Instalaes eltricas de baixa tenso um a norma

    tcnica especfica em baixa tenso (50 Vca ou 120 Vcc at 1000 Vca ou

    1500 Vcc) para garantir segurana das pessoas.

    O que muitos dos usurios de uma instalao eltrica tambm

    desconhecem, o tipo de riscos em potenciais em eletricidade, que so os

    dos tipos diretos e dos tipos indiretos, sendo este segundo tipo o mais

    perigoso, pois ao desconhecer onde est energizado os acidentes que

    ocorrem pode causar impactos, queimaduras, ou mesmo incndios ou

    exploses.

    Muitas medidas podem ser tomadas para evitar os riscos de

    acidentes causados pela eletricidade, na qual sempre comea por um

  • 16

    planejamento e avaliao dos riscos, passando por uma contratao de um

    profissional habilitado, e utilizando os EPIs adequado para cada atividade

    especfica.

    Procedimentos de execuo das atividades tambm devem ser

    adotados, e evidenciados atravs de instrues de servios e controle das

    aes de trabalho, sejam elas de forma individual ou mesmo coletivas.

    Outro agravante na ocorrncia de acidentes, principalmente em

    cidades de menor porte, o descaso com que o poder pblico tem diante de

    uma atividade na rea da construo civil, pois mesmo sendo necessrio um

    alvar para iniciar uma obra ou servios de qualquer natureza, seja na rea

    urbana ou na rea rural, tais atividades so iniciadas sem a devida

    fiscalizao das condies de trabalho, sem um planejamento adequado,

    sem projeto, e sem cumprir as etapas necessrias a uma execuo com

    menor risco de acidentes, e no estagio atual do crescimento da construo

    civil, as moradias esto crescendo verticalmente, onde as redes de

    eletrificao, instaladas a muitos anos de forma desordenada, essas

    edificaes ao alcanarem o termino do pavimento trreo, muitas das vezes

    os servios so interrompidos por estar muito prximo a rede eltrica, o que

    geralmente ocorrem, quando no, a negligencia observada a todo instante,

    devido ao operrio de baixa qualificao profissional ignorar os riscos que

    est sendo submetido.

    Umas das providencias a ser tomadas, para reduzir o nmero

    acidentes com as instalaes eltricas, e sob quaisquer circunstancias, a

    aplicao ao que determina a NR 10, pois uma norma que existe desde

    1974, e poucos conhecem sua importncia ou possui conhecimento do seu

    contedo. Embora em vigor desde o final de 2004, a mesma foi revisada e

    alguns prazos de implementao da NR foram estendidos, devido s

    dificuldades de interpretao que as empresas vm encontrando,

    principalmente quanto aos os itens que vm gerando mais dvidas so os

    itens: 10.8 que diz respeito sobre a capacitao dos profissionais, o anexo II

    referente aos treinamentos, o item 10.2.4 que estabelece o pronturio de

  • 17

    instalaes eltricas e o item 10.2.9 que trata sobre vestimentas de

    proteo.

    Devido ser os servios de instalaes eltricas em uma construo,

    uma das atividades que possui melhor remunerao, menos concorrente

    entre os diversos profissionais e com menor esforo fsico, em relao aos

    servios, o eletricista prtico, geralmente inicia esta atividade como um

    simples ajudante, que logo se intitula como um profissional habilitado, porm

    sem nunca ter freqentado um curso de capacitao profissional, e quando

    existe certa complexidade nas instalaes eltricas, esse profissional, que

    at ento era um ajudante de outro profissional tambm sem grande

    conhecimento sobre eletricidade, ao se deparar com tais tipos de

    instalaes, no consegue dimensionar as implicaes e conseqncias de

    uma prtica sem os devidos cuidados e precaues quanto sua segurana

    e a de terceiros, onde muitas vezes se submetem a realizar sua atividade

    praticando vrios atos inseguros, e com isso aumentando a possibilidade de

    um acidente.

    Constantemente assistimos ou lemos nos noticirios acidentes que

    ocorrem devido eletricidade, e isto ocorre das mais diversas formas, seja

    pelo contato direto ou indireto, seja com profissionais j habituados a lidar

    com a energia eltrica ou mesmo quem nunca trabalhou ou lida diretamente

    com ela. O fato que constantemente pessoas perdem a vida ou fica com

    seqelas quando ocorre um acidente envolvendo eletricidade, e muitos

    desse acidentes por ter a sua ocorrncia em locais fora do ambiente de

    trabalho, eles no so registrados como acidentes de trabalho, ento as

    estatsticas sobre este tipo de ocorrncia no reflete em sua totalidade a

    abrangncia dos perigos que envolvem esta atividade. Como por exemplo:

    Morre homem que recebeu descarga eltrica em Petrolina,

    Serto de PE

    Morreu, na madrugada desta tera-feira (29), um homem que estava internado no Hospital de Urgncias e Traumas de Petrolina, no Serto de Pernambuco, aps sofrer uma descarga eltrica na ltima segunda-feira (28). Durante o incidente, o tio dele morreu no local e outros dois homens ficaram feridos o

  • 18

    primo dele e um tenente do Corpo de Bombeiros que prestava socorro s vtimas. De acordo com testemunhas, pai, filho e sobrinho faziam um servio com ferragens, quando o arame tocou no fio de alta tenso. O homem de 39 anos, que estava com a mquina de solda na mo, foi o primeiro a receber a descarga eltrica e morreu no local. O corpo dele foi liberado ainda na segunda-feira pelo Instituto de Medicina Legal (IML), em Petrolina. O filho da vtima est na clnica mdica e passa bem. O pintor Rivaldo da Cunha Pessoa trabalha na frente da obra e viu quando tudo aconteceu: Ele [o pai] estava colocando a escada da proteo, a o arame pegou no fio de alta tenso. Ele estava soldando, a pronto, a energia pegou e queimou os trs. O filho ficou pregado quando foi tocar no pai.O tenente do Corpo de Bombeiros, de 26 anos, que participava da ocorrncia, foi atingido pelo choque e sofreu uma parada cardaca. A parada foi revertida a caminho do hospital. Ele foi socorrido e, graas a Deus, temos a notcia de que ele est estabilizado e em observao, afirma o chefe de Operaes dos Bombeiros, major Charles Costa.

    Fonte: G1 PE

    POSTADO POR EDSON MARTINHO S 21:41

    Dessa forma a segurana envolvida em uma instalao eltrica

    envolve no questes tcnicas, mas tambm sociais, e econmicas, e

    geralmente os prejuzos causados por instalaes eltricas inadequadas,

    sejam elas novas ou antigas, comprometem para os inmeros acidentes j

    aconteceram, at levando at a morte de pessoas.

    O presente trabalho visa esclarecer as diversas questes envolvidas

    neste tema onde ir abordar as principais causas de acidentes e os

    principais riscos que ocorrem nas instalaes eltricas no decorrer de uma

    obra civil, ou mesmo depois de pronta, abordando seus procedimentos

    necessrios, especificao de EPIs, responsabilidades e forma de trabalho

    de seus profissionais, que executam esse tipo de atividade na construo

    civil, seja atravs de uma empresa, como funcionrio, ou de seja atravs de

    um profissional autnomo.

  • 19

    1.1 JUSTIFICATIVA

    Observando a prtica de diversas atividades em uma construo civil,

    notria a observao, de que, no somente os envolvidos diretamente, mas

    tambm a populao no vem dando a importncia necessria, com os

    problemas relacionados ao uso obrigatrio dos equipamentos de proteo

    individual (EPI), e suas tcnicas na conduo das atividades por parte dos

    profissionais da rea, e na atividade de instalaes eltricas isso fica mais

    evidenciado, pois por ser uma atividade que requer um conhecimento mais

    apurado, muitos de seus usurios, por desconhecimento ou medo em

    excesso, ignora em adotar ou exigir qualquer procedimento nas questes da

    segurana de trabalho, seja em relao s pequenas e mdias construes,

    ou mesmo uma instalao residencial.

    A falta de um sistema eficaz de segurana acaba causando problemas

    de relacionamento humano, produtividade, qualidade dos produtos e/ou

    servios prestados e o aumento de custos. A pseudo-economia feita no se

    investindo no sistema de segurana mais adequado acaba ocasionando

    graves prejuzos, pois um acidente no trabalho implica uma baixa na

    produo, nos investimentos perdidos em treinamentos e outros custos.

    O contratante dos servios, caso no se conscientizar do grave

    problema de acidentes no trabalho, nenhum esforo obter sucesso, pois

    muitos pensam em termos de custos, prefervel contratar um profissional

    que realizar uma atividade com menor custo, sem saber que esse custo est

    diretamente relacionado com a qualificao tcnica deste profissional, e com

    esse o objetivo de atuar com reduo de custo, conseqentemente, contribuir

    para causar acidentes, acarretaria um aumento de custos, pois, um acidente

    no trabalho causa custos diretos e indiretos.

    Portanto, exigir que uma instalao eltrica seja realizada dentro das

    normas de segurana, no s reduzir a possibilidade de um acidente direto,

    mas tambm com terceiros, garantindo que aps a concluso da obra, estas

    instalaes sejam utilizadas por seus usurios de forma eficaz e com total

    segurana, pois este tipo de instalaes no invisvel a olho nu, mas suas

  • 20

    conseqncias sob condies inadequadas de aplicao muito visvel e

    geralmente com grandes prejuzos, seja fsico, ambiental ou mesmo

    patrimonial, neste caso vale a premissa de que melhor prevenir do que

    remediar.

    1.2 OBJETIVOS

    1.2.1 Objetivo Geral

    Demonstrar a importncia da segurana no trabalho com as

    instalaes eltricas, no decorrer de uma obra civil, evidenciando a

    necessidade da utilizao de equipamentos de proteo individual (EPI) para

    a sua obteno, e a aplicao das normas pertinentes em vigor.

    1.2.2 Objetivos Especficos

    Identificar as causas de acidentes com eletricidade em uma obra civil;

    Verificar a aplicao da legislao vigente para a preveno deste tipo de

    acidente;

    Analisar os riscos e perigos decorrentes do trabalho com mquinas e

    equipamentos que fazem uso de eletricidade;

    Apresentar os requisitos mnimos para proteo destas mquinas e

    equipamentos;

    Apresentar recomendaes de segurana para trabalhos com mquinas e

    equipamentos;

    Apresentar a importncia de um projeto eltrico como forma de reduzir custos

    e evitar acidentes.

  • 21

    1.3 METODOLOGIA APLICADA E ORGANIZAO DO TRABALHO

    A metodologia adotada do tipo descritiva, pois se constitui de um

    estudo sobre diversos trabalhos publicados sobre o tema, e observaes em

    campo na execuo das atividades de operrios da construo civil, os quais

    foram analisados com a finalidade de buscar elementos que se mostra a

    realidade da segurana no trabalho em construo civil, principalmente

    quanto s instalaes eltricas.

    Os dados aqui apresentados so evidenciados como bases para a

    descrio de alternativas para a elaborao de um plano de trabalho para a

    proteo com as instalaes eltricas em uma construo civil.

    Para isso, mediante ao objetivo de organizar metodologicamente este

    trabalho, foi adotada a seguinte estrutura:

    - Item 1, constitudo por Introduo, Objetivo Geral e Objetivos Especficos,

    Justificativa e Metodologia e Organizao do Trabalho;

    - Item 2, apresenta primeiramente uma fundamentao terica sobre a

    Segurana no Trabalho, abrangendo os conceitos, tipos de acidentes de

    trabalho com a eletricidade, e o estado atual da segurana na Construo

    Civil. Aps demonstrado as normas regulamentadoras (NR-18 e NR-06 e

    NR-10). E ento so enfatizadas as necessidades do profissional eletricista e

    seus equipamentos de proteo individual para uso adequado.

    - No item 3, apresenta uma proposta de um plano de proteo contra

    acidentes de trabalho com a eletricidade, seja atravs do uso dos

    equipamentos de proteo individual, seja atravs da proteo das mquinas

    e equipamentos que fazem uso de energia Eltrica, ou mesmo, seja atravs

    da importncia da elaborao de um projeto eltrico.

    - No item 4, sero apresentadas as concluses, recomendaes e

    observaes sobre os dados demonstrados.

    E por ltimo, suas referncias bibliogrficas.

  • 22

    2 FUNDAMENTAO TERICA

    2.1 SEGURANA NO TRABALHO

    A segurana no trabalho precisa ser entendida como um instrumento

    indispensvel na vida dos colaboradores e no s como um programa

    obrigatrio. Portanto ela prope o uso de tcnicas para prevenir os

    incidentes, evitando que acontea uma ocorrncia no programada e

    precavendo as doenas profissionais. O problema de segurana no trabalho

    no Brasil muito mais srio do que aquele que as estatsticas mostram (...) e

    os desafios que se apresentam so, por conseguinte, enormes (PINHEIRO;

    ARRUDA, 2001, p.2).

    A construo civil j se diferenciou muito dos outros setores

    industriais por possuir caractersticas prprias, pois at recentemente era

    dada pouca importncia as mquinas e tecnologias para a obteno da

    qualidade do produto, pois dependia quase que exclusivamente, da mo-de-

    obra utilizada, no entanto essa grande dependncia que a construo civil

    tinha at ento somente com a mo-de-obra utilizada, est se tornando coisa

    do passado, pois tambm depende agora de mquinas e equipamentos mais

    aperfeioados e conseqentemente tambm dependentes da eletricidade,

    porm o que ainda se nota que este setor continua sendo um dos setores

    industriais com maior percentual de acidentes.

    As normas existentes para a segurana das instalaes eltricas em

    uma construo civil descrevem os procedimentos e serem seguidos e so

    elas:

    - NR 10 Instalaes e servios em eletricidade - Trata das diretrizes

    bsicas para a implementao de medidas de controle e sistemas

    preventivos, destinados a garantir a segurana e a sade dos trabalhadores

    que direta ou indiretamente interajam em instalaes eltricas e servios

    com eletricidade.

    - NR18 Condies e meio ambiente de trabalho na indstria da

    construo - uma Norma para aplicao nos processos, nas condies e

  • 23

    ambientes de trabalho da construo civil, incluindo instalaes eltricas

    provisrias.

    18.21 Instalaes eltricas (18.21.1 a 18.21.20)

    - NBR-5410 Instalaes eltricas de baixa tenso - Norma tcnica

    especfica em baixa tenso (50 Vca ou 120 Vcc at 1000 Vca ou 1500

    Vcc) para garantir segurana das pessoas

    Toda e qualquer instalao eltrica conforme a norma NR-10 deve

    sempre ser executada e fiscalizada por um profissional capacitado e

    habilitado na rea. Mesmo assim acidente com vitimas fatais vem ocorrendo

    com grande freqncia principalmente na rea da construo civil.

    Segundo estatsticas da concessionria de energia eltrica da cidade

    So Paulo, mesmo aps um trabalho de conscientizao junto populao e

    aos profissionais da rea o problema persiste com um ndice relativamente

    alto, onde 20% dos acidentes que envolvem a rede eltrica so fatais.

    Conforme grfico anexo pode-se verificar:

    Figura 1 - Grfico Segurana da Populao - N de Mortes

  • 24

    Figura 2 - Grfico Segurana da Populao - Leso Grave

    Em mdia para cada seis canteiros de obras visitados, oito so autuados por

    infrao de acidentes do trabalho, essa mdia em todo o territrio nacional

    tendo como base o Ministrio Pblico do Trabalho e por algumas

    fiscalizaes regionais.

    A maioria dos autos de infrao est relacionada com:

    - ausncia de plataforma secundria, que evitaria o risco de queda em

    altura.

    - falta de dispositivos de segurana em torre de elevadores de passageiros.

    - ausncia ou irregularidades nos equipamentos de proteo individual

    (EPIs) Luvas, botas, culos, capacete.

    - instalaes eltricas precrias durante a execuo das obras.

    Do ponto de vista legal a CLT artigo 157, diz o seguinte:

    I cumprir e fazer cumprir as normas de segurana e medicina do trabalho.

    II instruir seus funcionrios atravs de ordens de servio, quanto

  • 25

    precaues a tomar no sentido de evitar acidentes de trabalho ou doenas

    ocupacionais.

    III adotar medidas que lhes sejam determinadas pelo rgo regional

    competente

    IV facilitar o exerccio da fiscalizao pela autoridade competente.

    Tambm so considerados como acidentes de trabalho:

    - acidente ocorrido no trajeto entre a residncia e o local de trabalho do

    segurado.

    - a doena profissional, assim entendida, produzida ou desencadeada pelo

    exerccio do trabalho peculiar a determinada atividade.

    - doena do trabalho adquirida ou desencadeada em funo de condies

    especiais em que o trabalho realizado e com ele se relacione diretamente

    a doena proveniente de contaminao acidental do empregado no exerccio

    de sua atividade se equipara a acidente de trabalho.

    2.1.1 Acidentes mais comuns nas atividades de eltrica

    relacionados rea predial:

    Antena de TV: Ao instalar a antena de TV, fique longe da rede eltrica. Se

    encostar-se aos fios, o choque pode ser mortal.

    Eletrodomsticos X gua: Nunca mexam em aparelhos eltricos, plugues

    e tomadas em lugares molhados ou midos, nem com as mos ou ps

    molhados. Com gua, o risco de choque muito maior.

    Lmpadas: Antes de trocar uma lmpada, o interruptor deve ser desligado.

    Na hora da troca, a lmpada no deve ser segurada pela parte metlica.

    Postes e torres: No suba nas torres e postes da rede, s a concessionria

    local pode executar tal servio.

  • 26

    Pipas/papagaios: Fique longe da rede eltrica ao soltar pipas, papagaios ou

    pandorgas. Se enroscarem nos fios, no tente retir-los. Voc poder levar

    um choque mortal.

    Cerca eletrificada: No toque em fios de cercas eletrificadas, pois o choque

    eltrico pode causar ferimentos graves e at a morte.

    Poda e corte de rvore: A poda ou o corte de rvores perto das redes de

    energia eltrica exigem cuidados. Adultos devem pedir orientao

    concessionria.

    Construo Civil: Ao construir ou reformar, no se deve encostar

    andaimes, escadas, barras de ferro e outros materiais nos fios eltricos,

    podem ocorrer graves acidentes.

    Fios eltricos cados: Fios eltricos cados podem estar energizados. As

    pessoas devem ficar bem longe e chamar a concessionria local

    imediatamente.

    Bales: Soltar bales pode provocar muitos acidentes, principalmente se

    eles carem sobre redes eltricas ou residncias.

    Furto de energia eltrica (gato): Roubar e/ou furtar cabos eltricos e

    energia perigoso e prejudica a todos. Se suspeitar de algum fazendo

    ligao direta (gato) ou mexendo na rede, comunique imediatamente sua

    concessionria local

    Sempre lembrando que as fatalidades no manuseio da energia eltrica as

    vezes pode ser causado por queimaduras ou por quedas em alturas ao se

    levar um choque eltrico. (Fonte: Construo Civil e os Acidentes com

    Instalaes Eltricas - Por Alexandre Fracchetta)

  • 27

    2.2 RISCOS DA ELETRICIDADE

    A eletricidade vital na vida moderna desnecessrio ressaltar sua

    importncia, quer propiciando conforto aos nossos lares quer atuando como

    insumo nos diversos segmentos da economia. Por outro lado o uso da

    eletricidade exige do consumidor a aplicao de algumas precaues em

    virtude do risco que a eletricidade representa, muitos no sabem,

    desconhece ou desconsideram este risco. Os acidentes ocorridos com

    eletricidade, no lar e no trabalho, so os que ocorrem com maior freqncia

    e comprovadamente os que trazem as mais graves conseqncias. As

    normas de segurana estabelecem que pessoas devam ser informadas

    sobre os riscos a que se expem, assim como conhecer os seus efeitos e as

    medidas de segurana aplicveis para evitar casos como exemplo abaixo:

    Quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

    Famlia perde quase tudo em incndio no Santa

    Maria

    Uma famlia de Santa Maria, na Zona Noroeste de

    Santos, perdeu quase tudo em um incndio que

    destruiu a residncia na noite desta tera-feira. Os

    moradores acreditam que as chamas comearam com

    um curto circuito na caixa de energia. Ningum se feriu.

    Duas pessoas estavam dentro da casa quando o fogo

    comeou, por volta das 19h30. As duas mulheres

    conseguiram sair e chamaram os bombeiros. O imvel

    foi tomado pelo fogo em poucos minutos. De acordo

    com o Corpo de Bombeiros, o fogo se espalhou muito

    rpido devido parte da estrutura da casa feita de

    madeira. Os bombeiros tiveram dificuldade para conter

    as chamas e foi necessrio fazer o resfriamento do que

    sobrou. Uma das moradoras passou mal e precisou ser

    atendida por uma equipe mdica quando viu o estado

    da casa. O Corpo de Bombeiros ainda investiga o que

    pode ter causado o incndio.

    Fonte: A tribuna 13/12

    POSTADO POR EDSON MARTINHO S 16:51

  • 28

    As atividades com eletricidade apresentam os seguintes riscos a seus

    usurios:

    a) Choque Eltrico

    b) Danos econmicos (incndio, exploses)

    No dia a dia, seja no lar ou na indstria a maior preocupao sem

    dvida com o choque eltrico, visto que este o tipo de acidente que

    ocorre com maior freqncia. Incndios e exploses causados pela

    eletricidade so sinistros que ocorrem com menor freqncia. importante

    alertar que os riscos do choque eltrico e os seus efeitos esto diretamente

    ligados aos valores das tenses (Voltagens) da instalao, e bom lembrar

    que apenas altas tenses provocam grandes leses. Mas por outro lado

    existem mais pessoas expostas baixa tenso do que s altas tenses e

    que leigos normalmente no se expem s altas, proporcionalmente

    podemos considerar que as baixas tenses so as mais perigosas. O maior

    risco no trabalho com a eletricidade o contato direto, que pode ser definido

    como o ocorrido quando uma pessoa tem acesso a alguma parte energizada

    de uma instalao, provocando uma passagem de corrente atravs do

    corpo, uma vez que este condutor e fecha um curto-circuito entre a massa

    e a terra. O que torna a eletricidade mais perigosa do que outros riscos

    fsicos como o calor, o frio e o rudo que ela s sentida pelo organismo

    quando o mesmo est sob sua ao. Para quantificar melhor os riscos e a

    gravidade do problema apresentamos alguns dados estatsticos:

    43% dos acidentes ocorrem na residncia

    30% nas empresas

    27% no foram especificados.

    Quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

    Homem morre de choque eltrico em Gurupi

    Segundo testemunha, o acidente aconteceu na tarde desta segunda-feira, 12, quando Magno Cleide Lacerda

  • 29

    de Souza, de 27 anos, tomou um choque de uma mquina de lavar roupas. Apesar de ser socorrido por uma equipe do Samu Magno no resistiu e faleceu no HRPG. Com o choque, Magno Lacerda teve parada cardaca e mesmo sendo atendido no Hospital Regional Pblico de Gurupi (HRPG) no resistiu e foi a bito. Segundo a assessoria de comunicao do hospital a equipe mdica tentou por 40 minutos reanim-lo, porm no obteve sucesso e Magno faleceu. O corpo de Magno foi levado para o IML de Gurupi e os familiares aguardavam no fim da tarde desta segunda-feira a liberao do mesmo.

    Fonte: Surgiu.com.br

    POSTADO POR EDSON MARTINHO S 16:42

    2.3 CHOQUE ELTRICO

    Choque eltrico o conjunto de perturbaes de natureza e efeitos

    diversos, que se manifestam no organismo humano ou animal, quando este

    percorrido por corrente eltrica. As manifestaes relativas ao choque

    eltrico dependendo das condies e intensidade da corrente que podem ser

    desde uma ligeira contrao superficial at uma violenta contrao muscular

    que pode provocar a morte. At chegar de fato a morte existem estgios e

    outras conseqncias que veremos adiante. Os tipos mais provveis de

    choque eltrico so aqueles que a corrente eltrica circula da palma de uma

    das mos palma da outra mo, ou da palma da mo at a planta do p.

    Existem 3 categorias de choque eltrico:

    2.3.1 Choque produzido por contato com circuito energizado

    Aqui o choque surge pelo contato direto da pessoa com a parte

    energizada da instalao, o choque dura enquanto permanecer o contato e a

    fonte de energia estiver ligado. As conseqncias podem ser pequenas

    contraes ou at leses irreparveis.

  • 30

    2.3.2 Choque produzido por contato com corpo eletrizado

    Neste caso analisaremos o choque produzido por eletricidade

    esttica, a durao desse tipo de choque muito pequena, o suficiente para

    descarregar a carga da eletricidade contida no elemento energizado. Na

    maioria das vezes este tipo de choque eltrico no provoca efeitos danosos

    ao corpo, devido curtssima durao.

    2.3.3 Choque produzido por raio (Descarga Atmosfrica)

    Aqui o choque surge quando acontece uma descarga atmosfrica e

    esta entra em contato direto ou indireto com uma pessoa, os efeitos desse

    tipo de choque so terrveis e imediatos, ocorre casos de queimaduras

    graves e at a morte imediata.

    2.3.4 Avaliao da Corrente Eltrica Produzida por Contato com

    Circuito Energizado

    Para avaliao da corrente eltrica que circula num circuito vamos

    utilizar a Lei de Ohm, que estabelece o seguinte: I = V/R, onde: I = Corrente

    em Ampres

    V = Voltagem em Volts

    R = Resistncia em Ohms

    A Lei de Ohm estabelece que a intensidade da corrente eltrica que

    circula numa carga to maior quanto maior for a tenso, ou menor quanto

    menor for a tenso. No caso do choque eltrico o corpo humano participa

    como sendo uma carga, o corpo humano ou animal condutor de corrente

    eltrica, no s pela natureza de seus tecidos como pela grande quantidade

    de gua que contm. O valor a resistncia em Ohms do corpo humano varia

    de individuo para individuo, e tambm varia em funo do trajeto percorrido

    pela corrente eltrica. A resistncia mdia do corpo humano medida da

    palma de uma das mos palma da outra, ou at a planta do p da ordem

    de 1300 a 3000 Ohms, de acordo com a Lei de Ohm, e com base no valor

    da resistncia do corpo humano podemos avaliar a intensidade da corrente

  • 31

    eltrica produzida por um choque eltrico, isso serve de anlise dos efeitos

    provocados pela corrente eltrica em funo de sua intensidade.

    2.3.5 Efeitos da Eletricidade no Corpo Humano

    Ao passar pelo corpo humano a corrente eltrica danifica os tecidos e

    lesa os tecidos nervosos e cerebral, provoca cogulos nos vasos

    sanguneos e pode paralisar a respirao e os msculos cardacos. A

    corrente eltrica pode matar imediatamente ou pode colocar a pessoa

    inconsciente, a corrente faz os msculos se contrarem a 60 ciclos por

    segundo, que a freqncia da corrente alternada. A sensibilidade do

    organismo a passagem de corrente eltrica inicia em um ponto conhecido

    como Limiar de Sensao e que ocorre com uma intensidade de corrente de

    1 mA para corrente alternada e 5 mA para corrente contnua. Pesquisadores

    definiram 3 tipos de efeitos manifestados pelo corpo humano quando da

    presena de eletricidade:

    2.3.5.1 Limiar de Sensao (Percepo)

    O corpo humano comea a perceber a passagem de corrente eltrica a partir

    de 1 mA.

    2.3.5.2 Limiar de No Largar

    Est associado s contraes musculares provocadas pela corrente

    eltrica no corpo humano, a corrente alternada a partir de determinado valor,

    excita os nervos provocando contraes musculares permanentes, com isso

    cria se o efeito de agarramento que impede a vtima de se soltar do circuito,

    a intensidade de corrente para esse limiar varia entre 9 e 23 mA para os

    homens e 6 a 14 mA para as mulheres.

  • 32

    2.3.5.3 Limiar de Fibrilao Ventricular

    O choque eltrico pode variar em funo de fatores que interferem na

    intensidade da corrente e nos efeitos provocados no organismo, os fatores

    que interferem so:

    - Trajeto da corrente eltrica no corpo humano

    - Tipo da corrente eltrica

    - Tenso nominal

    - Intensidade da corrente

    - Durao do choque eltrico

    - Resistncia do circuito

    - Freqncia da corrente

    Figura 3 - Efeitos da Corrente Eltrica

  • 33

    2.3.6 Trajeto da corrente eltrica no corpo humano

    O corpo humano condutor de eletricidade e sua resistncia varia de

    pessoa para pessoa e ainda depende do percurso da corrente. A corrente no

    corpo humano sofrer variaes conforme for o trajeto percorrido e com isso

    provocar efeitos diferentes no organismo, quando percorridos por corrente

    eltrica os rgos vitais do corpo podem sofrer agravamento e at causar

    sua parada levando a pessoa morte.

    Figura 4 - Percurso da Corrente Eltrica

  • 34

    2.3.7 Tipo da corrente eltrica

    O corpo humano mais sensvel a corrente alternada do que a

    corrente continua, os efeitos destes no organismo humano em geral so os

    mesmos, passando por contraes simples para valores de baixa

    intensidade e at resultar em queimaduras graves e a morte para valores

    maiores. Existe apenas uma diferena na sensao provocada por correntes

    de baixa intensidade; a corrente continua de valores imediatamente

    superiores a 5 mA que o Limiar de Sensao, cria no organismo a

    sensao de aquecimento ao passo que a corrente alternada causa a

    sensao de formigamento, para valores imediatamente acima de 1 mA.

    2.3.8 Tenso nominal

    A tenso nominal de um circuito a tenso de linha pela qual o

    sistema designado e qual so referidas certas caractersticas

    operacionais do sistema. De acordo com os padres atuais norte-

    americanos, as tenses nominais dos sistemas so classificadas em:

    Baixa Tenso 0 V >1000 V

    Mdia Tenso >1000 V < 72500 V

    Alta Tenso > 72500 V < 242000 V

    Extra- alta Tenso >242000 V < 800000 V

    Tabela 1 - Classificao de Tenso

    Partindo das premissas que os efeitos danosos ao organismo humano

    so provocados pela corrente e que esta pela Lei de Ohm tanto maior

    quanto maior for a tenso, podemos concluir que os efeitos do choque so

    mais graves medida que a tenso aumenta, e pela mesma Lei de Ohm

    quanto menor a resistncia do circuito maior a corrente, portanto conclumos

  • 35

    que no existem valores de tenses que no sejam perigosas. Para

    condies normais de influncias externas, considera-se perigosa uma

    tenso superior a 50 Volts, em corrente alternada e 120 Volts em corrente

    continua, o corpo humano possui em mdia uma resistncia na faixa de

    1300 a 3000 Ohms, assim uma tenso de contato no valor de 50 V, resultar

    numa corrente de :

    I = 50 / 1300 = 38,5 mA

    O valor de 38,5 mA em geral no perigoso ao organismo humano,

    abaixo apresentamos o valor de durao mxima de uma tenso em contato

    com o corpo humano, os valores indicados baseiam se em valores limites de

    corrente de choque e correspondem a condies nas quais a corrente passa

    pelo corpo humano de uma mo para outra ou de uma mo para a planta do

    p, sendo que a superfcie de contato considerada a pele relativamente

    mida :

    Durao mxima da tenso de contato CA

    Tenso de Contato (V) Durao Mxima (Seg.)

  • 36

    Durao mxima da tenso de contato CC

    Tenso de Contato (V) Durao Mxima (Seg.)

  • 37

    3 segundos, e a morte praticamente certa. Correntes de alguns Ampres,

    alm de asfixia pela paralisao do sistema nervoso, produzem queimaduras

    extremamente graves, com necrose dos tecidos, nesta faixa de corrente no

    possvel o salvamento, a morte instantnea.

    Durao mxima da tenso de contato CC

    Intensidade

    (mA)

    Perturbaes

    provveis

    Estado

    aps o

    choque

    Salvamento Resultado Final

    1 Nenhuma Normal ----- Normal

    1 - 9

    Sensao cada

    vez mais

    desagradvel

    medida que a

    intensidade

    aumenta.

    Contraes

    musculares.

    Normal Desnecessrio Normal

    9 - 20

    Sensao

    dolorosa,

    contraes

    violentas,

    perturbaes

    circulatrias

    Morte

    aparente

    Respirao

    artificial Restabelecimento

    20 - 100

    Sensao

    insuportvel,

    contraes

    violentas, asfixia

    perturbaes

    circulatrias

    Morte

    aparente

    Respirao

    artificial

    Restabelecimento

    ou morte

  • 38

    graves inclusive

    fibrilao

    ventricular

    >100

    Asfixia imediata,

    fibrilao

    ventricular

    Morte

    aparente Muito difcil Morte

    Vrios

    Ampres

    Asfixia imediata,

    queimaduras

    graves

    Morte

    aparente

    ou

    imediata

    Praticamente

    impossvel Morte

    Tabela 4 - Efeitos da Durao de Contato

    2.3.10 Durao do choque

    O tempo de durao do choque de grande efeito nas conseqncias

    geradas, as correntes de curta durao tm sido incuas, razo pela qual

    no se considerou a eletricidade esttica, por outro lado quanto maior a

    durao, mais danosos so os efeitos.

    2.3.11 Resistncia do circuito

    Quando o corpo humano intercalado ao circuito eltrico, ele passa a

    ser percorrido por uma corrente eltrica cuja intensidade de acordo com a lei

    de Ohm em funo da tenso e da resistncia. Dependendo das partes do

    corpo intercalado ao circuito a resistncia do conjunto pode variar, e com

    isso a corrente tambm ser alterada.

    2.3.12 Freqncia da corrente

    O Limiar de Sensao da corrente cresce com o aumento da

    freqncia, ou seja correntes com freqncias maiores so menos sentidas

    pelo organismo, estas correntes de altas freqncias acima de 100000 Hz,

  • 39

    cujos efeitos se limitam ao aquecimento so amplamente utilizadas na

    medicina como fonte de febre artificial. Nessas condies pode se fazer

    circular at 1 A sobre o corpo humano sem causar perigo. O quadro abaixo

    lista diversos valores de Limiar de Sensao em funo do aumento da

    freqncia da corrente eltrica.

    Freqncia da Corrente Eltrica

    Freqncia (Hz) 50-60 500 1.000 5.000 10.000 100.000

    Limiar de Sensao (mA) 1 1,5 2 7 14 150

    Tabela 5 - Freqncia - Limiar de Sensao

    2.3.13 Primeiros Socorros Vtima de Choque Eltrico

    As chances de salvamento da vtima de choque eltrico diminuem

    com o passar de alguns minutos, pesquisas realizadas apresentam as

    chances de salvamento em funo do nmero de minutos decorridos do

    choque aparentemente mortal, pela anlise da tabela abaixo esperar a

    chegada da assistncia mdica para socorrer a vtima o mesmo que

    assumir a sua morte, ento no se deve esperar o caminho a aplicao de

    tcnicas de primeiros socorros por pessoa que esteja nas proximidades. O

    ser humano que esteja com parada respiratria e cardaca passa a ter morte

    cerebral dentro de 4 minutos, por isso necessrio que o profissional que

    trabalha com eletricidade deve estar apto a prestar os primeiros socorros a

    acidentados, especialmente atravs de tcnicas de reanimao

    cardiorrespiratria.

  • 40

    Chances de Salvamento

    Tempo aps o choque p/ iniciar respirao

    artificial

    Chances de reanimao da

    vtima

    1 minuto 95 %

    2 minutos 90 %

    3 minutos 75 %

    4 minutos 50 %

    5 minutos 25 %

    6 minutos 1 %

    8 minutos 0,5 %

    Tabela 6 - Chances de Salvamento

    2.3.14 Mtodo da respirao artificial "Hoger e Nielsen", para

    reanimao de vtimas de choque eltrico.

    A respirao artificial empregada em todos os casos em que a

    respirao natural interrompida. O mtodo de "Holger e Nielsen" consiste

    em um conjunto de manobras mecnicas por meio das quais o ar, em certo

    e determinado ritmo, forado a entrar e sair alternadamente dos pulmes.

    As instrues gerais referentes aplicao desse mtodo so as seguintes:

    Antes de tocar o corpo da vtima, procure livr-la da corrente eltrica,

    com a mxima segurana possvel e a mxima rapidez, nunca use as mos

    ou qualquer objeto metlico ou molhado para interromper um circuito ou

    afastar um fio.

    No mova a vtima mais do que o necessrio sua segurana.

    Antes de aplicar o mtodo, examine a vtima para verificar se respira,

    em caso negativo, inicie a respirao artificial.

    Quanto mais rapidamente for socorrida a vtima, maior ser a

    probabilidade de xito no salvamento.

  • 41

    Chame imediatamente um mdico e algum que possa auxili-lo nas

    demais tarefas, sem prejuzo da respirao artificial, bem como, para

    possibilitar o revezamento de operadores.

    Procure abrir e examinar a boca da vtima ao ser iniciada a respirao

    artificial, a fim de retirar possveis objetos estranhos (dentadura, palito,

    alimentos, etc.), examine tambm narinas e garganta. Desenrole a lngua

    caso esteja enrolada, em caso de haver dificuldade em abrir a boca da

    vtima, no perca tempo, inicie o mtodo imediatamente e deixe essa tarefa

    a cargo de outra pessoa.

    Desaperte punhos, cinta, colarinho, ou quaisquer peas de roupas

    que por acaso apertem o pescoo, peito e abdmen da vtima.

    Agasalhe a vtima, a fim de aquec-la, outra pessoa deve cuidar

    dessa tarefa de modo a no prejudicar a aplicao da respirao artificial.

    No faa qualquer interrupo por menor que seja, na aplicao da

    respirao artificial.

    No faa qualquer interrupo por menor que seja, na aplicao do

    mtodo, mesmo no caso de se tornar necessrio o transporte da vtima a

    aplicao deve continuar.

    No distraia sua ateno com outros auxlios suplementares que a

    vitima necessita, enquanto estiver aplicando o mtodo, outras pessoas

    devem ocupar se deles.

    O tempo de aplicao indeterminado, podendo atingir 5 horas ou

    mais, enquanto houver calor no corpo da vtima e esta no apresentar

    rigidez cadavrica h possibilidade de salvamento.

    O revezamento de pessoas, durante a aplicao deve ser feito de

    modo a no alterar o ritmo da respirao artificial.

    Ao ter reincio a respirao natural, sintonize o ritmo da respirao

    artificial com a natural.

    Depois de recuperada a vtima, mantenha a em repouso e

    agasalhada, no permitindo que se levante ou se sente, mesmo que para

    isso precise usar fora, no lhe de beber, a fim de evitar que se engasgue,

    aps a recuperao total da vtima, pode dar lhe ento caf ou ch quente.

  • 42

    No aplique injeo alguma, at que a vtima respire normalmente.

    Este caso aplica se em qualquer caso de colapso respiratrio, como

    no caso de pessoas intoxicadas por gases venenosos ou que sofram

    afogamentos.

    Na maioria dos casos de acidente por choque eltrico, a MORTE

    apenas APARENTE, por isso socorra a vtima rapidamente sem perda de

    tempo.

    2.3.15 Mtodo de salvamento artificial "Hoger e Nielsen", para

    reanimao de vtimas de choque eltrico.

    Deite a vtima de bruos com a cabea voltada para um dos lados e a

    face apoiada sobre uma das mos tendo o cuidado de manter a boca da

    vtima sempre livre.

    Ajoelhe se junto cabea da vtima e coloque as palmas das mos

    exatamente nas costas abaixo dos ombros com os polegares se tocando

    ligeiramente.

    Em seguida lentamente transfira o peso do seu corpo para os braos

    esticados, at que estes fiquem em posio vertical, exercendo presso

    firme sobre i trax.

    Deite o corpo para trs, deixando as mos escorregarem pelos braos da

    vtima at um pouco acima dos seus cotovelos; segure os com firmeza e

    continue jogando o corpo para trs, levante os braos da vtima at que

    sinta resistncia: abaixe os ento at a posio inicial, completando o

    ciclo, repita a operao no ritmo de 10 a 12 vezes por minuto.

    2.3.16 Mtodo da respirao artificial Boca-a-Boca

    Deite a vtima de costas com os braos estendidos.

    Restabelea a respirao: coloque a mo na nuca do acidentado e a

    outra na testa, incline a cabea da vtima para trs.

  • 43

    Com o polegar e o indicador aperte o nariz, para evitar a sada do ar.

    Encha os pulmes de ar.

    Cubra a boca da vtima com a sua boca, no deixando o ar sair.

    Sopre at ver o peito erguer-se.

    Solte as narinas e afaste os seus lbios da boca da vtima para sair o ar.

    Repita esta operao, a razo de 13 a 16 vezes por minuto.

    Continue aplicando este mtodo at que a vtima respire por si mesma.

    Aplicada a respirao artificial pelo espao aproximado de 1 minuto, sem

    que a vtima d sinais de vida, poder tratar se de um caso de Parada cardaca.

    Para verificar se houve Parada Cardaca, existem 2 processos :

    Pressione levemente com as pontas dos dedos indicador e mdio a

    cartida, quase localizada no pescoo, junto ao pomo de Ado (Gog).

    Levante a plpebra de um dos olhos da vtima, de a pupila (menina dos

    olhos) se contrair, sinal que o corao est funcionando, caso contrrio,

    se a pupila permanecer dilatada, isto , sem reao, sinal de que houve

    uma parada cardaca.

    Ocorrendo a Parada Cardaca, deve se aplicar sem perda de tempo, a

    respirao artificial e a massagem cardaca conjugadas.

    Esta massagem deve ser aplicada sobre o corao, que est localizado no centro

    do Trax entre o externo e a coluna vertical.

    Colocar as 2 mos sobrepostas na metade inferior do externo.

    Pressionar, com suficiente vigor, para fazer abaixar o centro do Trax, de 3 a

    4 cm, somente uma parte da mo deve fazer presso, os dedos devem ficar

    levantados do Trax.

    Repetir a operao: 15 massagens cardacas e 2 respiraes artificiais, at a

    chegada de um mdico.

  • 44

    2.4 PREVENO DE ACIDENTES COM ELETRICIDADE

    Quando se trata de medidas preventivas de choque eltrico torna se

    obrigatrio consultar duas normas brasileiras: NBR 5410 da ABNT e a NR 10

    da Portaria 3.214.

    A NBR 5410, intitulada de "Instalaes Eltricas de Baixa Tenso",

    fixa condies de segurana nas instalaes com tenso at 1000 Volts em

    corrente alternada e de at 1500 Volts em corrente continua.

    J a norma regulamentadora NR-10 - Instalaes e servios com

    eletricidade recomenda condies mnimas para garantir a segurana das

    pessoas, e estabelece critrios para proteo contra os riscos de contato,

    incndio e exploso, dentre outros.

    No ambiente de trabalho a responsabilidade dos servios do

    pessoal da manuteno, que detm grande experincia profissional no

    assunto, com isso a grande maioria dos trabalhadores se coloca na condio

    de usurio.

    Na tica do usurio devemos destacar alguns aspectos:

    O zelo pela conservao das mquinas e aparelhos operados

    fundamental para preservar as condies de segurana.

    importante deixar as mquinas ligadas somente o tempo necessrio

    para o uso, alm de econmico a possibilidade de acidentes esta

    relacionada com o tempo de funcionamento das mquinas.

    No deixar cair pequenos objetos, dentro das mquinas, lquidos e

    outros materiais que possam provocar curto-circuito.

    No utilizar improvisaes, comunicar ao setor de manuteno

    qualquer irregularidade verificada nas mquinas e instalaes.

  • 45

    2.5 REGRAS BSICAS

    a) Utilizar materiais, ferramentas e equipamentos dentro das normas

    tcnicas.

    b) Para medio dos circuitos, utilizar apenas os instrumentos

    adequados, como Multmetros, Voltmetros e Ampermetros, evitando

    as improvisaes, que costumam ser danosas.

    c) Para trabalhar em segurana necessrio primeiro saber a maneira

    correta de funcionamento da mquina, qual o tipo de servio a ser

    realizado, observar bem o local de trabalho levantando as possveis

    interferncias que podero causar algum dano.

    d) Trabalhar sempre com o circuito eltrico desligado, utilizar placas de

    sinalizao indicando que o circuito ou a mquina esto em

    manuteno, evitar o uso de anis, aliana, pulseiras, braceletes e

    correntes.

    e) Ao abrir chaves, no permanecer muito prximo para evitar o efeito

    do arco voltaico, sempre que realizar manobras em chaves

    seccionadoras ou disjuntores pelo punho prprio de acionamento,

    utilizar luvas de PVC com isolamento de acordo com a classe de

    tenso do circuito a operar.

    f) Na alta tenso, alm de faz-lo com o circuito desligado deve-se

    providenciar um aterramento mltiplo das 3 fases do circuito.

    g) E nunca demais lembrar: EM SE TRATANDO DE ELETRICIDADE

    A GRANDE ARMA DA PREVENO DE ACIDENTES O

    PLANEJAMENTO.

    h) A eletricidade no admite improvisaes, ela no tem cheiro, no tem

    cor, no quente nem fria, ela fatal.

    2.6 ATERRAMENTOS

    Denomina-se aterramento a ligao com a massa condutora da terra,

    os aterramentos devem assegurar de modo eficaz a fuga de corrente para a

  • 46

    terra, propiciando as necessidades de segurana e de funcionamento de

    uma instalao eltrica. O valor da resistncia de aterramento deve

    satisfazer s condies de proteo e funcionamento da instalao eltrica,

    de acordo com os esquemas de aterramento. E em se tratando de

    segurana de uma instalao eltrica, esse procedimento de suma

    importncia.

    3 ACIDENTE DO TRABALHO

    Acidente do trabalho o que ocorre pelo exerccio do trabalho a servio

    da empresa ou pelo exerccio do trabalho, provocando leso corporal ou

    perturbao funcional que cause a morte, ou a perda ou reduo,

    permanente ou temporria, da capacidade para o trabalho.

    A incidncia do acidente do trabalho ocorre em 3 hipteses:

    Quando ocorrer leso corporal;

    Quando ocorrer perturbao funcional ou;

    Quando ocorrer doena.

    Consideram-se acidente do trabalho, as seguintes entidades mrbidas:

    Doena Profissional desencadeada pelo exerccio do trabalho peculiar

    a determinada atividade e constante da relao elaborada pelo Ministrio do

    Trabalho e da Previdncia Social;

    Doena do Trabalho desencadeada em funo de condies especiais

    em que o trabalho realizado e com ele se relacione diretamente, constante

    da relao elaborada pelo Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social.

    No so consideradas como doena do trabalho:

    A doena degenerativa;

    A inerente a grupo etrio;

    A que no produza incapacidade laborativa;

  • 47

    A doena endmica adquirida por segurado habitante de regio em que ela

    se desenvolva, salvo comprovao de que resultante de exposio ou

    contato direto determinado pela natureza do trabalho.

    3.1 ESTUDO DOS ACIDENTES E INCIDENTES

    Conhecer a proporo e gravidade em que ocorrem os acidentes

    importante, pois mostra-nos a dimenso desses acontecimentos.

    Na figura abaixo se encontram os dados de um estudo realizado sobre

    acidentes industriais e que revelou os seguintes dados:

    Figura 5 - Pirmide de Acidentes

    1. LESO GRAVE OU FATAL

    Inclui leses srias e incapacitantes.

    10. LESES MENORES

    Qualquer leso relatada que no for sria.

    30. ACIDENTES COM DANOS PROPRIEDADE

    Todos os tipos.

    600. INCIDENTES SEM LESO OU DANO VISVEL

    Quase-acidentes.

  • 48

    A anlise da relao 1-10-30-600 da figura das propores indica um

    nmero de incidentes muito maiores do que de acidentes graves. Este fato

    nos alerta a prestarmos mais ateno aos incidentes, pois esta situao

    geralmente resulta em acidentes com perdas materiais e pessoais.

    Portanto, as aes desempenhadas para impedir que ocorram

    perdas, deveriam estar voltadas correo e/ou preveno desses eventos.

    Assim, o controle de acidentes graves ou de incidentes com alto potencial de

    perda, poderia ser mais efetivo. Alm disso, o risco de acontecer um

    acidente com leses graves se torna cada vez menor, pois este deve tornar-

    se cada vez mais um evento raro.

    3.2 MODELO CAUSAL DE PERDAS

    A ocorrncia de um acidente ou incidente raramente ocasionado

    apenas por um fator, mas sim por um conjunto de eventos que acabam

    levando a uma perda.O tipo e o grau dessas perdas variam de acordo com a

    gravidade de seus efeitos, que podero ser insignificantes ou catastrficos,

    gerando custos para a empresa.

    Visando alcanar a menor quantidade possvel de perdas, faz-se

    necessrio conhecermos as causas que as geram, e, conseqentemente,

    tentar evit-las.

    Usaremos ento, o Modelo Causal de Perdas abaixo, para exemplificar a

    seqncia em que um acidente ou incidente pode acontecer.

    Figura 6 - Modelo Causal de Perdas

  • 49

    Falta de controle

    A falta de controle o princpio da seqncia de fatores causais que

    originam um acidente, que dependendo de sua gravidade, pode gerar

    poucas ou muitas perdas. Por isso, o controle uma das funes essenciais

    em uma administrao efetiva, no importando o segmento que ela tiver.

    Um bom administrador deve utilizar-se sempre de planejamento,

    organizao, direo e controle de suas principais funes. Ele deve

    conhecer os padres, planejar e organizar o trabalho, de modo a satisfaz-

    los e guiar seu grupo de trabalho na satisfao e cumprimento desses

    padres.

    Avaliar seu prprio desempenho e o dos outros, avaliar os resultados

    e as necessidades e corrigir de forma construtiva o desempenho das

    mesmas.

    As razes mais comuns para que ocorram a falta de controle so:

    Um programa inadequado

    o desenvolvimento de um programa com quantidades insuficientes

    de atividades, que variam de acordo com a extenso, a natureza e o

    segmento da empresa.

    Padres inadequados do programa

    a formulao dos padres de maneira pouco especfica, pouco clara

    e/ou nvel pouco elevado, no proporcionando s pessoas conhecerem o

    que esperado delas e nem permitem uma medio significativa do grau de

    cumprimento dos padres.

    Cumprimento inadequado dos padres.

    uma das origens da falta de controle, sendo uma das razes do fracasso

    no controle de perdas derivadas dos acidentes.

  • 50

    Causas bsicas

    As causas bsicas so as razes de ocorrerem os atos e condies

    abaixo do padro. Tambm so chamadas de causas razes, causas reais,

    causas indiretas, causas fundamentais ou de contribuio de um acidente ou

    incidente.

    Geralmente so bem evidentes, mas para se ter um controle

    administrativo eficiente, faz-se necessrio um pouco mais de investigao

    sobre elas. Com este conhecimento pode-se explicar porque as pessoas

    cometem prticas abaixo dos padres e porque essas condies existem.

    importante considerarmos tambm, duas categorias de causas

    imediatas, os fatores pessoais e os fatores de trabalho (ambiente de

    trabalho), que so exemplificadas a seguir:

    Fatores pessoais

    Capacidade fsica/fisiolgica inadequada;

    Capacidade mental/psicolgica inadequada;

    Tenso fsica/fisiolgica;

    Tenso mental/psicolgica;

    Falta de conhecimento;

    Falta de habilidade;

    Motivao deficiente.

    Fatores de trabalho (ambiente de trabalho)

    Liderana e/ou superviso inadequada;

    Engenharia inadequada;

    Compra inadequada;

    Manuteno inadequada;

    Ferramentas, equipamentos e materiais inadequados;

    Padres de trabalho inadequados;

    Uso e desgaste;

    Abuso e maltrato.

  • 51

    Causas imediatas

    As causas imediatas so as circunstncias que precedem

    imediatamente o contato e que podem ser vistas ou sentidas.

    Atualmente, utiliza-se os termos abaixo dos padres e condies abaixo dos

    padres.

    As prticas e condies abaixo dos padres manifestam-se dos seguintes

    modos:

    Atos ou prticas abaixo dos padres

    Operar equipamentos sem autorizao;

    No sinalizar ou advertir;

    Falhar ao bloquear/resguardar;

    Operar em velocidade inadequada;

    Tornar os dispositivos de segurana inoperveis;

    Remover os dispositivos de segurana;

    Usar equipamento defeituoso;

    Usar equipamentos de maneira incorreta;

    No usar adequadamente o EPI;

    Carregar de maneira incorreta;

    Armazenar de maneira incorreta;

    Levantar objetos de forma incorreta;

    Adotar uma posio inadequada para o trabalho;

    Realizar manuteno de equipamentos em operao;

    Fazer brincadeiras;

    Trabalhar sob a influncia de lcool e/ou outras drogas.

    Condies abaixo dos padres

    Protees e barreiras inadequadas;

    Equipamentos de proteo inadequados ou insuficientes;

    Ferramentas, equipamentos ou materiais defeituosos;

    Espao restrito ou congestionado;

    Sistemas de advertncia inadequados;

  • 52

    Perigos de exploso e incndio;

    Ordem e limpeza deficientes, desordem;

    Condies ambientais perigosas: gases, poeira, fumaa, vapores;

    Exposies a rudos;

    Exposies a radiaes;

    Exposies a temperaturas extremas;

    Iluminao excessiva ou inadequada;

    Ventilao inadequada.

    3.3 RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL NO ACIDENTE DO

    TRABALHO

    No que tange a responsabilidade civil e criminal no acidente de

    trabalho no se pretende despertar para os cuidados para com a segurana

    apenas porque h o risco de uma penalizao ao infrator, mas que se tenha

    essa obrigao porque se est lidando com o homem, com o cidado que

    deve ter seus direitos individuais respeitados.

    Cada trabalhador deve ser exemplo no trato dessa questo, zelando

    no s pela sua sade fsica e mental, mas tambm pela de seus colegas,

    pautando por atitudes prevencionistas, que considerem o homem, na prtica,

    como o "verdadeiro patrimnio" da empresa.

    O legislador, ao definir as conseqncias aos responsveis pelo

    acidente do trabalho, no teve outro intuito seno o de impor a obrigao de

    exercer as atividades com o senso de responsabilidade mnima para no

    expor integridade fsica e mental do prprio trabalhador e daqueles que o

    cercam.

  • 53

    3.4 LOCALIZAO DOS RISCOS ELTRICOS

    3.4.1 Quadros de distribuio

    Nos canteiros de obras da indstria da construo, a distribuio de

    energia eltrica deve ser feita atravs dos quadros eltricos de distribuio

    que, conforme suas caractersticas podem ser: quadro principal de

    distribuio, quadro intermedirio de distribuio e quadro terminal de

    distribuio fixo e/ou mvel.

    Figura 7 - Representao de Quadros de Distribuio

    Os quadros de distribuio devem ser construdos de forma a garantir

    a proteo dos componentes eltricos contra poeira, umidade, impactos etc.,

    e ter no seu interior o diagrama unifilar do circuito eltrico.

    Sero instalados em locais visveis, sinalizados e de fcil acesso, no

    devendo, todavia, localizarem-se em pontos de passagem de pessoas,

    materiais e equipamentos.

    Os materiais empregados na construo dos quadros devem ser

    incombustveis e resistentes corroso.

    Os quadros de distribuio devem ter sinalizao de advertncia,

    alertando sobre os riscos presentes naquele local.

  • 54

    Figura 8 - Placas de Sinalizao

    3.4.2 Quadro principal de distribuio

    Destinado a receber energia eltrica alimentada pela Rede Pblica da

    concessionria. A rea do quadro principal de distribuio deve ser isolada

    por anteparos rgidos, devidamente sinalizados, de forma a garantir somente

    o acesso de trabalhadores autorizados. Essa rea deve estar

    permanentemente limpa, no sendo permitido o depsito de materiais no

    seu interior.

    Figura 9 - Quadro Principal de Distribuio

  • 55

    3.4.3 Quadros terminais: fixos ou mveis

    So aqueles destinados a alimentar exclusivamente circuitos

    terminais, isto , diretamente mquinas e equipamentos.

    As ligaes nos quadros de distribuio devem ser feitas por trs, dotando-

    os ainda de fundo falso, de modo que a fiao fique embutida.

    Figura 10 - Quadros Fixos e Moveis

    A distribuio de energia nos diversos pavimentos da edificao deve

    ser feita atravs de prumadas, sendo a fiao protegida por eletrodutos, que

    devem estar localizados de forma a garantir uma perfeita disposio dos

    quadros eltricos.

  • 56

    Figura 11 - Exemplos de Quadro de Distribuio

    Quando da manuteno das instalaes eltricas, deve ser impedida

    a energizao acidental do circuito atravs de dispositivos de segurana

    adequados. recomendvel dotar os quadros de distribuio de cadeados,

    estando a chave sob responsabilidade do eletricista que realiza o reparo na

    instalao, bem como a utilizao de sinalizao indicativa da execuo do

    trabalho.

    Figura 12 - Tipos de Proteo para Quadro de Distribuio

  • 57

    3.4.4 Chaves eltricas

    As chaves eltricas mais utilizadas nos canteiros de obras da indstria

    da construo so as chaves eltricas blindadas, os disjuntores e as chaves

    magnticas. As chaves eltricas blindadas e os disjuntores devem ser

    dotados de cadeados ou dispositivos que permitam o acesso somente de

    trabalhadores autorizados.

    Figura 13 - Chaves Blindadas

    3.4.5 Plugs e tomadas

    Os plugs e as tomadas devem ser protegidos contra penetrao de

    umidade ou gua. obrigatrio o uso do conjunto plug/tomada para a

    ligao dos equipamentos eltricos ao circuito de alimentao. No ligar

    mais de um equipamento mesma tomada, a menos que o circuito de

    derivao tenha sido projetado para tal.

    Obs.: Nas ligaes com plug / tomada, a parte energizada deve ser a

    tomada, a fim de se evitar a exposio de trabalhadores s parte vivas

  • 58

    Figura 14 - Plugs e Tomadas

    3.4.6 Iluminao provisria

    As cargas de iluminao devem ser determinadas como resultado da

    aplicao da NBR 5413 (Iluminncia de interiores procedimento).

    Os circuitos de iluminao provisria sero ligados aos quadros

    terminais de distribuio. A altura da fiao deve ser de no mnimo 2,50m a

    fim de evitar contatos com mquinas, equipamentos ou pessoas. Se a fiao

    no puder ser area, em altura condizente com o trabalho, a rea de

    distribuio dever ser isolada e corretamente sinalizada.

    proibida a ligao direta de lmpadas nos circuitos de distribuio. Nos

    locais onde houver movimentao de materiais, tais como escadas, rea de

    corte e dobra de ferragem, carpintaria etc., as lmpadas devem estar

    protegidas contra impacto por luminrias adequadas.

  • 59

    Figura 15 - Proteo de Luminrias

    3.4.7 Mquinas e equipamentos

    Os operadores de mquinas e equipamentos devem ter em seu

    treinamento noes bsicas sobre eletricidade, contemplando as medidas de

    controle necessrias para eliminao ou neutralizao dos riscos eltricos.

    Mquinas e equipamentos devem ser dotados de dispositivo de

    acionamento, parada e bloqueio, conforme Norma Regulamentadora NR -

    18. Na operao de mquinas de grande porte, medidas adicionais de

    segurana devem ser adotadas principalmente quanto ao contato com redes

    de distribuio de energia eltrica.

    Equipamentos eltricos devem estar desligados da tomada quando

    no estiverem sendo usados. Os servios de manuteno devero ser

    realizados com a mquina desligada.

    Os cabos de alimentao e os demais dispositivos eltricos devem

    estar em perfeito estado de conservao. As operaes com veculos,

    mquinas e equipamentos devem ser planejadas, evitando o contato ou o

    impacto com redes de distribuio de energia e/ou equipamentos eltricos

    energizados.

  • 60

    Figura 16 - Distncia de Segurana entre Veculos e Rede Eltrica

    3.5 EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL EPI

    Botina de couro, solado isolante

    Para proteo dos ps contra agentes agressivos e choques eltricos.

    No dever possuir componentes metlicos.

    Figura 17 - Bota de Segurana

    Luvas isolantes para eletricista

    Para o uso em servios com risco de choque eltrico em equipamentos

    energizados e passveis de energizao.

  • 61

    Obs.: As luvas isolantes no devem ser utilizadas isoladamente, isto , sem

    as luvas de cobertura.

    Figura 18 - Luvas Isolantes

    Luvas de cobertura em vaqueta

    Figura 19 - Luvas de Coberta em Vaqueta

    Utilizadas para proteo das luvas isolantes.

    culos de segurana

    Destina-se proteo dos olhos contra impactos mecnicos e efeitos

    decorrentes da irradiao solar ou do arco eltrico.

    Figura 20 - culos de Segurana

  • 62

    Capacete de segurana

    Destina-se a proteger a cabea contra impactos, quedas de objetos, contato

    acidental com circuitos eltricos energizados. Constitudo de material

    isolante.

    Figura 21 - Capacete de Segurana

    Cinto de segurana / tabalarte

    Cinto de segurana do tipo subabdominal destinado a equilibrar/sustentar

    o trabalhador em postes/ torres para prevenir quedas por altura. Talabarte

    complemento do cinto de segurana.

    Figura 22 - Cinto de Segurana

  • 63

    O uso correto do EPI associado ao treinamento constante para capacitar

    seus usurios evita acidentes como o ocorrido descrito abaixo:

    Eletricista morre eletrocutado em poste no

    Benedito Bentes

    Um eletricista, identificado como Valdir da Silva, 49 anos, com mais de 25 anos de profisso, morreu eletrocutado ao tentar realizar reparos em um poste na noite desta sexta-feira (08), no complexo Benedito Bentes. De acordo com um dos filhos, Valdenilson da Silva, a vtima que reside no conjunto Joo Sampaio II dirigiu-se ao local aps ser acionada pelo proprietrio de uma residncia. A cena atraiu inmeros moradores ao local do acidente. Devido chuva ocorrida na madrugada desta sexta e a posterior falta de energia na regio, o perito do Instituto de Criminalstica (IC) Jos Cludio informou que a utilizao de equipamentos rudimentares, o fato de Valdir ter se agarrado ao poste e o contato direto com o fio de carga positiva ocasionaram o acidente. Ele desconectou um fio positivo da casa e foi direto para a rede de alta tenso a fim de ver onde estava o problema. Valdir estava prximo ao poste energia negativa e deve ter mexido em outro fio positivo, com um teste bastante antigo, provocando o choque. O filho do eletricista voltava de um curso no momento em que soube da informao. reportagem, Valdenilson alegou que o pai foi contratado para fazer uma 'ligao'. J o IC considerou que no seria feita nenhuma ligao clandestina. "A casa tem um contador aqui e, com certeza, no foi este tipo de ligao. Foi pura inocncia dele". Nenhum morador da residncia apareceu para falar com a reportagem. Aps trs horas pendurado no poste, o corpo foi retirado por uma equipe do Corpo de Bombeiros (CB). Foram acionados, tambm, uma guarnio do Batalho de Polcia Escolar (BPEsc), para conter os nimos da populao, e os Institutos de Criminalstica (IC) e Mdico Legal (IML) a fim de periciar o corpo e recolh-lo em seguida. Alm de Valdenilson, Valdir da Silva deixou mais duas filhas.

    Fonte:Correio do Povo

    POSTADO POR EDSON MARTINHO S 14:01

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    Homem morre eletrocutado em mercado

    Um homem de 30 anos morreu eletrocutado no comeo da tarde desta tera-feira (5), no Jardim Aeroporto, em Paranava (noroeste do Paran). Vitor Hugo Lacerda fazia manuteno nas cmeras de segurana e outros reparos em um supermercado da cidade. Ele teria perdido o equilbrio e encostado em uma cerca eltrica. Vitor Hugo morreu na hora.

    Fonte:CGN Noticias

    POSTADO POR EDSON MARTINHO S 12:01

    3.6 Grfico de acidentes de origem eltrica em 2011

    Estes dados so obtidos atravs do alerta de notcias do Google, com

    as palavras, Choque eltrico, Eletrocutado (a) e curto Circuito. Refletem

    somente uma parcela dos acidentes de origem eltrica que acontecem no

    Brasil. Estima-se que o nmero pode ser de 4 a 5 vezes maior do que o

    apresentado. A planilha disponvel apresenta, ms a ms, os acidentes,

    sendo as seguintes situaes:

    Morte por Eletrocusso, foi condio onde houve morte devido a

    choque eltrico.

    Choque eltrico sem morte - Referencia a pessoas que levaram

    choques e tiveram divulgao na internet, porm no morreram na

    data da divulgao. No significa que esta pessoa no tenha

    sofrido conseqncias graves posteriormente. Como no temos

    como avaliar cada caso, pode ter havido o bito posterior. .

    Incndios - neste quesito, so levantados todas as notcias com

    suspeita de incndio gerado por curto circuito ou sobrecarga. No

    temos a comprovao da causa na maioria dos casos. Este dado

    tambm no informado por fonte alguma. .

    Curto circuito sem acidente - Neste caso so indicados situaes

    de curto circuito, mas sem causas de incndio ou Morte. Na

    maioria dos casos so curtos-circuitos em transformadores que

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    deixa locais apagados, ou equipamentos sem funcionar, como o

    Elevador Lacerda em Salvador-BA ou no metro do RJ ou SP. .

    O item raio faz o acompanhamento de acidentes causados por

    descarga atmosfrica, com ou sem vtimas.

    Figura 23 - Grfico de Acidentes de Origem Eltrica

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    3.7 A IMPORTANCIA DE UM PROJETO ELTRICO

    Em uma obra civil, conforme normas construtivas, acima de

    determinada rea a ser construda, alm do projeto arquitetnico e civil,

    tambm se faz necessrio o projeto das instalaes eltricas,

    independentemente do porte da obra, e at mesmo uma moradia popular

    suas instalaes eltricas tem que estarem constando do layout da planta

    baixa a ser edificada, e, portanto dever ser executada pelo profissional da

    rea.

    Em mdias e grandes construes, isso evidenciado no momento

    da aprovao, por parte do poder pblico, onde solicita todos os dados

    necessrios para a emisso do alvar do empreendimento, isto para o caso

    do municpio que possuir esse procedimento em seu PDU Plano Diretor

    Urbano e conseqentemente estabelecido em sua Lei do Cdigo de Obras.

    Alm desta necessidade para a emisso do alvar, em se tratando de

    uma solicitao de uma nova ligao de energia eltrica, e conforme norma

    da cada concessionria de energia e a caracterstica da carga eltrica

    solicitada, para o fornecimento deste tipo de servio, se faz necessrio a

    apresentao de um projeto eltrico, como se isso no fosse o suficiente

    para tal necessidade, o CREA Conselho Regional de Engenharia, ao

    fiscalizar uma determinada obra, em funo de seu porte, tambm solicita do

    proprietrio o responsvel tcnico pelo projeto e execuo das instalaes

    eltricas. Dessa forma, o projeto eltrico de suma importncia para o

    registro e legalizao de uma obra civil, mas muito mais do que isso, ele

    garante que as instalaes internas, nas quais em sua maioria esto

    embutidas, esto em perfeito estado de funcionamento para atender de

    forma segura seus usurios.

    A NBR 5410/2004 abrange todas as etapas das instalaes eltricas

    de baixa tenso, desde o Projeto que trata do dimensionamento de

    condutores, dispositivos de proteo, formas de instalao, influncias

    externas, aspectos de segurana, sua Execuo, que diz respeito sobre as

    recomendaes e referncias s normas de fabricao de dispositivos e

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    equipamentos; a Verificao final, que inclui inspeo visual e ensaios

    especficos; sua Manuteno, que trata dos procedimentos para manuteno

    das instalaes eltricas e o seu campo