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www.metrojornal.com.br | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_CTB A SEMANA DAS HQ’S UNIVERSO DOS QUADRINHOS GANHA DESTAQUE EM EVENTO DA BPP PÁG. 11 MÍN: 18°C MÁX: 30°C CURITIBA Segunda-feira, 19 de março de 2018 Edição nº 1.707, ano 7 PRF vê crescimento na entrada de armas Nas estradas do Paraná, policiais vêm registrando aumento de apreensões nos últimos meses PÁG. 03 Time fica no empate em casa com Londrina, mas garante vaga PÁG. 15 Vitória por 2 a 0 em Foz deixa time na liderança do grupo A e perto da semi PÁG. 15 FURACÃO CLASSIFICADO TRICOLOR QUASE LÁ Paraná venceu a 1ª partida fora de casa na temporada Rubro-negro segue invicto no Paranaense MARLI TEODORO REINALDO REGINATO / FOLHAPRESS Na hora de investir, consulte seu robô Conheça a ‘casa’ do Brasil na Copa Startups desenvolvem programas que ajudam a maximizar ganhos dos investidores. Saiba como PÁG. 08 Com clima relativamente quente e cara de balneário, Sochi recebe a Seleção em 10 de junho PÁG. 16 Praia e o estádio de Sochi | ALEXANDER HASSENSTEIN/BONGARTS/GETTY IMAGES

A SEMANA DAS HQ’S§ões, uma redação em inglês para ver se o per-fil de adequa. Por fim, te-rá uma entrevista com o co-mitê de seleção. Vai valer a história e o perfil. Existe

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A SEMANADAS HQ’SUNIVERSO DOS QUADRINHOS GANHA DESTAQUE EM EVENTO DA BPP PÁG. 11

MÍN: 18°CMÁX: 30°C

CURITIBA

Segunda-feira, 19 de março de 2018Edição nº 1.707, ano 7

PRF vê crescimento na entrada de armasNas estradas do Paraná, policiais vêm registrando aumento de apreensões nos últimos meses PÁG. 03

Time fica no empate em casa

com Londrina,

mas garante vaga

PÁG. 15

Vitória por 2 a 0 em Foz deixa time na

liderança do grupo A e perto da semi

PÁG. 15

FURACÃOCLASSIFICADO

TRICOLOR QUASE LÁ

Paraná venceu a 1ª partida

fora de casa na temporada

Rubro-negro segue

invicto no Paranaense

MARLI TEODOROREINALDO REGINATO / FOLHAPRESS

Na hora de investir, consulte seu robô

Conheça a ‘casa’ do Brasil na Copa

Startups desenvolvem programas que ajudam a maximizar ganhos dos investidores. Saiba como PÁG. 08

Com clima relativamente quente e cara de balneário, Sochi recebe a Seleção em 10 de junho PÁG. 16

Praia e o estádio de Sochi | ALEXANDER

HASSENSTEIN/BONGARTS/GETTY IMAGES

CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2018

www.metrojornal.com.br 02| {FOCO

1FOCO

Editado e distribuído por Metro Jornal S/A, CNPJ 07.780.914/0001-61. Endereço: rua Santa Cecília, 802, Pilarzinho, CEP 80820-070, Curitiba, PR. Tel.: 041/3069-9191O Metro Jornal Curitiba é impresso na Gráfica Press Alternativa Ltda / Alm. Tamandaré/PR

EXPEDIENTEMetro Jornal. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145) Editor Chefe: Luiz Rivoiro (MTB: 21.162) Diretor Comercial: Rogério Domingues Diretora Financeira: Sara VellosoEditor-Executivo de Arte: Vitor Iwasso

Metro Jornal Curitiba. Editora-Executiva: Martha Feldens (MTB: 071) Editora de Arte: Priscila S. Belavenute. Gerente Comercial: Christian TabakaGrupo Bandeirantes de Comunicação Curitiba - Diretor Executivo: Amado Osman

A tiragem e distribuição desta edição são auditadas pela BDO.

FALE COM A REDAÇÃ[email protected]/3069-9189

COMERCIAL: 041/3069-9191

O Metro Jornal circula em 21 países e tem alcance diário superior a 18 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, ABC, Campinas, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Espírito Santo e Maringá, somando 505 mil exemplares diários.

Como surgiu a American Academy? Já existia uma parceria prévia com a Kent State?É parceiro antigo, pelo me-nos uns oito anos, mas era aquela parceria de inter-câmbio, envio e recebimen-to de alunos e professo-res, e queríamos algo além disso. Nessa reflexão sur-giu a ideia de dar um passo adiante, mal comparando uma joint venture, uma ino-vação aqui no Brasil.

Como vai funcionar o programa? O aluno vai se matricular na American Academy, que é a PUCPR e a Kent, e nos primeiros dois anos vai se-guir o currículo da Kent. É o modelo americano que a gente está querendo im-plantar, todas as aulas se-

rão em inglês com profes-sores da Kent que virão para cá. A ideia fundamen-tal por trás disso é que o co-nhecimento – ativo global – esteja na língua da ciência, o inglês. É o ensino interna-cional para os nossos alu-nos sem sair de casa.

Esses dois anos serão no estilo liberal arts (artes li-berais) com flexibilidade de cursos?Exato, este é o grande di-ferencial. [O aluno] não vai precisar escolher seu cur-so ou profissão antes de in-gressar na universidade. Ele vai escolher depois ou ao longo desses dois anos. Os estudantes vão desenvolver competências para todas as profissões. As disciplinas são amplas, dão visão e são úteis para todos os cursos.

JOÃO BORGES

PAULO MUSSIProfessor de administração do mestrado e doutorado da PUCPR e agora diretor da

American Academy explica o programa que une a instituição brasileira e a Kent State University, dos Estados Unidos, que estará disponível a partir de julho

‘MODELO AMERICANO

SEM SAIR DE CASA’

Será possível escolher entre 300 opções nos EUA ou 20 aqui conosco.

Quais as diferenças entre optar por terminar a gra-duação nos EUA ou ficar aqui?Se ficar aqui temos algu-mas restrições por ques-tões de regulamentação fe-deral, como cursos da área da saúde (Medicina, Odon-tologia, Enfermagem), algu-mas Engenharias e Direito, nesse primeiro momen-to. O aluno recebe um asso-ciate degree, como se fosse um ensino superior gené-rico e migra para um curso tradicional da PUCPR apro-veitando os créditos, no qual terá também o bacha-relado quando se formar. Já nos EUA não tem restri-ção, ele opta por qualquer curso e terá o bacharelado por Kent. Lá também pode aproveitar toda a estrutura que permite estágios e pro-gramas de extensão em ou-

tro estados dos EUA [Kent fica em Ohio] e Europa. Ca-so seja um curso similar a um daqui, consegue a du-pla diplomação.

E o preço? Muda muito?Será mais barato do que fa-zer direto lá, por exemplo. O ensino superior ameri-cano é caro, seria uns R$ 9 mil por mês. Aqui será a metade, não é barato, mas acessível, pouco mais de R$ 4 mil – preço similar ao dos cursos mais caros da PUCPR hoje. Se optar por terminar o curso nos EUA o preço da-qui será mantido, logo, via-biliza mais a ida para lá.

O caminho inverso tam-bém vai existir? Sim, vão vir muitos ameri-canos para fazer alguns se-mestres por aqui, até por-que o valor será bem mais em conta para eles. Se ficar pelo menos um ano tam-bém terá a diplomação da PUCPR.

Qual será o processo de admissão? Também seguirá o mode-lo americano. Não é uma prova que vai dizer se tem competência ou não. Se-rá a análise do ensino mé-dio, todas as notas dos três anos, além da proficiência na língua inglesa e ter que escrever uma carta de in-tenções, uma redação em inglês para ver se o per-fil de adequa. Por fim, te-rá uma entrevista com o co-mitê de seleção. Vai valer a história e o perfil.

Existe um limite de vagas?O lançamento agora em ju-lho será com 100 vagas e o interesse já está maior do que imaginávamos. A com-petição será razoável. É bom ser rápido, as inscri-ções estão abertas e vão até junho.

BRUNNOBRUGNOLO METRO CURITIBA

Está marcada para às 9h de amanhã no auditório da Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) a audiência públi-ca “Paraná Competitivo para quem?”, convocada pelo pre-sidente da Comissão de De-fesa do Consumidor, depu-tado Requião Filho (PMDB).

A Afebras (Associação dos

Fabricantes de Refrigerantes do Brasil) e a Procerva (Asso-ciação das Microcervejarias do Paraná) vão participar do debate sobre o programa de incentivo fiscal do governo. As entidades acreditam que as pequenas empresas do se-tor estão sendo prejudicadas pela política. METRO CURITIBA

Na Alep. Audiência pública debate ‘Paraná Competitivo’

De novo

Aposta da capital divide Mega-Sena

Depois de ter apostas ven-cedoras em janeiro e fe-vereiro, novo bilhete fei-to em Curitiba acertou as seis dezenas da Mega-Sena neste sábado: 01-06-07-08-23-56. O prêmio total de R$ 59,7 milhões será divi-dido com outro ganhador do RJ. METRO CURITIBA

Praça do Japão

Patrimônio

culturalUma proposta do

vereador Felipe Braga Côrtes (PSD foto) quer

declarar como patrimônio turístico e cultural de

Curitiba a Praça do Japão, na divisa do bairro Água Verde com o Batel.

“A capital paranaense possui a segunda maior comunidade japonesa

do Brasil, atrás somente de São Paulo, e hoje

abriga mais de 32 mil descendentes de japoneses”, justifica

Braga Côrtes. Construída no início da década de 60, a Praça do Japão é uma homenagem aos

imigrantes. Tem 14 mil m2 e conta com 30 cerejeiras enviadas do

Japão e 6 lagos artificiais nos moldes japoneses, além do Memorial da Imigração Japonesa.

Trinta médicos da capital fo-ram diplomados na última sexta-feira pela conclusão do Programa de Residência Inte-grada em Medicina da Família e Comunidade, ofertado pe-la SMS (Secretaria Municipal da Saúde). Durante dois anos os médicos tiveram acompa-nhamento nos atendimentos

prestados nos postos.“Estamos não só especia-

lizando jovens profissionais, como eles também exigem que nossos médicos se man-tenham atualizados, prontos para responderem às dúvi-das”, disse a superintendente de Gestão em Saúde da SMS, Tânia Pires. METRO CURITIBA

Saúde. Município diploma 30 médicos residentes

CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2018

www.metrojornal.com.br {FOCO} 03|

A julgar pelos primeiros três meses do ano, a PRF (Polí-cia Rodoviária Federal) de-ve apreender muito mais ar-mas nas rodovias federais do Paraná em 2018 do que em um “ano comum”. Até o úl-timo dia 12 foram retidas 50 armas, contra uma média de 129 por ano de 2010 a 2016.

O número reforça a im-pressão de que o tráfico de ar-mas está em alta, já que em 2017 a PRF bateu seu recorde no Estado, com 277 apreen-sões, ou seja, mais que o do-bro da média até então.

Nas ocorrências de 2018 foram encontradas 2 metra-lhadoras, 4 fuzis, 27 pistolas, 10 revólveres e 7 outras ar-mas, além de 7 mil munições. Os flagrantes confirmam que o Paraná é um corredor: de-pois de flagrados, os presos geralmente confessam o des-tino da entrega, que é o Rio de Janeiro, em primeiro lu-gar, ou centros como São Pau-lo e Belo Horizonte.

“A PRF até melhorou o tra-balho de inteligência e a tec-nologia no policiamento, mas nós fazemos as mesmas abordagens de rotina, e com a mesma quantidade de poli-ciais. Se o número [de apreen-

sões de armas] explodiu tan-to assim, a única explicação é que a criminalidade está es-coando muito mais”, avalia o agente Sidnei Nunes de Sou-za, presidente do Sinprf-PR (Sindicato dos Policiais Rodo-viários Federais do Paraná).

‘Tráfico formiguinha’O maior volume apreendido neste ano de uma vez só fo-ram 16 pistolas escondidas dentro de aparelhos de TV ‘ocos’ no bagageiro de um ônibus que ia de Foz do Igua-çu ao Rio de Janeiro.

A PF (Polícia Federal) sa-be que os criminosos prefe-rem, por estratégia, recrutar várias “mulas” para transpor-tar poucas armas de cada vez a colocar muitas em um ca-minhão, por exemplo, o que cria uma das maiores dificul-dades na fiscalização.

“O tráfico é caracterizado como ‘conta-gotas’ ou ‘formi-guinha’, isto é, as armas e mu-nições são trazidas em peque-nas quantidades e, por vezes, em partes. Não houve, ainda, a apreensão de grandes car-regamentos no país, como já

ocorreu na Colômbia (duas cargas de navio com mais de 1.300 armas cada, aparente-mente de origem chinesa) ou no continente africano (inter-ceptação de outro navio de origem chinesa), caracterís-ticas mais comuns ao tráfico em países conflagrados, em guerra externa ou civil”, es-creveu o delegado da PF Mar-cus Vinícius Dantas, em um relatório sobre o tráfico de ar-mas de janeiro deste ano.

“A gente consegue estas apreensões trabalhando nor-malmente, mas imagina o

quanto não passa por nós a cada dia?”, questiona Sidnei Nunes, do Sinprf-PR.

Dois mercadosUmas das razões apontadas para a PF para a alta deman-da de armas ilegais no Brasil é que há hoje dois grandes “mercados”, independentes entre si, embora ligados às mesmas facções: o tráfico nas grandes cidades e os roubos de alta periculosidade.

No tráfico, anota o rela-tório da PF, “as armas de fo-go são usadas para ‘garantir a

proteção’ do bando contra a polícia e, também, contra ou-tros grupos criminosos rivais, que continuamente atacam e tentam tomar suas áreas de domínio”.

Já no âmbito dos assaltos, a PF destaca “roubo a bancos, a caixas-eletrônicos e veículos de transporte de carga e de valores (carros-fortes), cujos criminosos precisam de ar-mamento pesado para garan-tir sua superioridade bélica em caso de eventual confron-to com os seguranças pri-vados, escoltas armadas e a polícia, e para, no caso de ata-ques a carro-forte, conseguir a imobilização do veículo”.

Gato e rato A PRF tem aprendido a iden-tificar potenciais trafican-tes de armas e os locais on-de eles costumam esconder o material, tais como tanques de combustível, toners de im-pressoras, porta-retratos e bo-tijões de gás. “A gente vai pe-gando. Mas cada vez eles vão se sofisticando mais, é um jo-go de gato e rato”, diz Nunes.

Segurança. De 2010 a 2016, média era de 129 armas retidas nas rodovias por ano. Número saltou para 277 em 2017, e neste ano já foram 50

Apreensões de armas pela PRF seguem em alta no PR

50armas já foram apreendidas em rodovias federais do Paraná em 2018, incluindo 2 metralhadoras, 4 fuzis, 10 revólveres e 27 pistolas

Armas de pequeno e grande calibre caem nas mãos da PRF com mais frequência | DIVULGAÇÃO / PRF

RAFAEL NEVES METRO CURITIBA

118%foi quanto aumentaram as apreensões de 2016 (127 armas) para 2017 (277 casos), um recorde para a PRF. Este ano caminha, por ora, para um número semelhante

Verão se despede acima dos 30oC em Curitiba

Calor intenso vai embora junto com o verão. Outono começa amanhã | ARQUIVO/RODRIGO FÉLIX LEAL

No último domingo e pe-núltimo dia deste verão, on-tem, o calor se fez presen-te em Curitiba e em todas as regiões do Estado. Foi ra-ro o local onde os termôme-tros não ultrapassaram os 30ºC.

Na capital, a tempera-tura máxima chegou aos 33,3ºC à tarde, por volta das 16h, de acordo com o Sime-par. Apesar do forte calor, foram raros e isolados os pontos de chuva na Gran-de Curitiba. Mesmo assim, a temperatura caiu rapida-mente e já estava na casa dos 24ºC às 18h.

Cidades como Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Cascavel, Paranavaí, Toledo e Umuarama também che-garam aos 33ºC ou passa-ram um pouco disto.

Hoje, no último dia da estação mais quente do

Números

33,3oCfoi a temperatura máxima registrada ontem na capital, pouco antes das 16h

30oCé a máxima prevista para hoje, segundo o Simepar. A mínima é de 18oC. Chuvas isoladas devem cair à tarde

ano, o cenário deve chegar próximo ao de ontem. Pa-ra Curitiba, a temperatura máxima prevista é de 30ºC e a mínima de 18ºC, com nebulosidade variável e al-gumas chuvas isoladas para

tarde e noite.Segundo o Simepar, uma

frente fria vinda do Uruguai avança sobre o Rio Grande do Sul em aproximação aos estados de Santa Catarina e do Paraná, e por isso são

esperados eventos de chu-va a partir da tarde em todo o Estado, associados à fren-te fria e ao forte calor. “As chuvas ainda serão isola-das, mas vêm acompanha-das de grande incidência de

raios e as rajadas de vento mais fortes serão frequen-tes”, prevê o instituto.

OutonoJunto com a despedida do verão, o forte calor dos últi-

mos dias também deve dei-xar Curitiba com a chega-da do outono, que começa amanhã.

Pela previsão do Sime-par, a temperatura máxima para esta terça-feira será de 25ºC, caindo gradativa-mente nos dias seguintes: 24ºC na quarta e 23ºC na quinta-feira.

Tradicionalmente, a es-tação tem menor incidên-cia de chuvas no Estado e temperaturas mais ame-nas. Ou seja, os fortes tem-porais das últimas semanas que alagaram alguns pon-tos da capital não devem ocorrer.

O mês de abril, por exemplo, é historicamente o segundo com menos chu-vas no ano: a média é de 95mm, a frente apenas de agosto, que fica abaixo dos 75mm. METRO CURITIBA

CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2018

www.metrojornal.com.br 04| {BRASIL

Ministros que serão candi-datos nas eleições de outu-bro começam a arrumar as gavetas nos próximos dias para deixar os cargos de-pois do feriado da Páscoa. Pelo menos 11 dos 29 de-vem sair. A lei eleitoral obri-ga que os políticos que irão buscar votos nas urnas dei-xem os cargos até 4 de abril.

O presidente Michel Te-mer usará a reforma minis-terial para tentar agrupar os partidos em busca de apoio a um candidato capaz de “de-fender o legado” do governo.

A dúvida é se fará as no-meações dos substitutos de uma vez ou a “conta-gotas”, acompanhando a formação dos palanques.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, está à frente do movimento para uma can-didatura única do governo. Ele conversou pessoalmente com todos os ministros can-didatos e pediu que antes de sair seja feito um documento com projetos pendentes.

Crise no MDBO presidente resiste à pres-são do MDB, que tem uma ala favorável ao lançamento da candidatura ao Palácio do Planalto do ministro da Fa-zenda, Henrique Meirelles, que deixaria o PSD.

Temer ainda alimenta a esperança de reverter a im-popularidade e concorrer à

reeleição. Tem a seu favor o prazo para decidir, já que não precisa se afastar do cargo.

Movimentos na baseNo cenário pré-eleitoral, o DEM e o PSDB são considera-dos, por hora, fora da estraté-gia governista. O Democratas lançou a pré-candidatura do presidente da Câmara, Rodri-go Maia (DEM-RJ), que ainda tenta atrair PRB, à frente do Ministério da Indústria; e PR, no comando dos Transportes.

Entre os tucanos, que ha-viam rompido com o gover-no em novembro do passado, a pré-candidatura do governa-dor Geraldo Alckmin foi ofi-

cializada e a intenção é reunir na aliança o PSD, hoje no Mi-nistério de Ciência e Tecnolo-gia; o PV, no Meio Ambiente; e o PTB, à frente da pasta do Trabalho, além do PPS do mi-nistro Raul Jungmann (Segu-rança Pública), que anunciou aposentadoria da vida política e ficará até o fim do governo.

Do PSDB, Aloísio Nunes também deve desistir de concorrer e ficar à frente do Ministério das Relações Exteriores, na cota pessoal do presidente.

Troca-troca. Presidente deve perder 11 ministros e avalia nomear substitutos a “conta-gotas” para pressionar por alianças

Temer quer usar reforma para montar palanques

Temer ainda aguarda para decidir se será candidato | ADRIANO MACHADO/REUTERS

MARCELOFREITAS METRO BRASÍLIA

Veja quais ministros devem deixar o governo e os cargos que

almejam disputar nas eleições de outubro:

F E R N A N D O COELHO (MDB)Ministro de Minas e EnergiaCargo desejado: governador de Pernambuco

HELDER BARBALHO (MDB) Ministro da Integração NacionalCargo desejado: governador do Pará

LEONARDO PICCIANI (MDB) Ministro do EsporteCargo desejado: deputado federal pelo Rio de Janeiro

MARX BELTRÃO (MDB) Ministro do TurismoCargo desejado: senador por Alagoas

MAURÍCIO QUINTELA (PR) Ministro dos TransportesCargo desejado: senador por Alagoas

MENDONÇA FILHO (DEM) Ministro da EducaçãoCargo desejado: deputado federal por Pernambuco

OSMAR TERRA (MDB) Ministro do Desenvolvimento SocialCargo desejado: deputado federal pelo Rio Grande do Sul

GILBERTO KASSAB (PSD) Ministro das Comunicações.Cargo desejado: vice-governador de São Paulo

RICARDO BARROS (PP)Ministro da Saúde Cargo desejado: deputado federal pelo Paraná

SARNEY FILHO (PV) Ministro do Meio Ambiente Cargo desejado: senador pelo Maranhão

HENRIQUE MEIRELLESMinistro da FazendaPode ser candidato à presidência da República

INDEFINIDO

DE MALAS PRONTASDE MALAS PRONTAS

Termina no último minu-to de hoje o prazo de inscri-ções para o concurso público nacional do Memorial às Ví-timas da Kiss, que será ergui-do no local do incêndio que matou 242 pessoas em janei-ro de 2013, em Santa Maria. Arquitetos interessados em participar do certame devem acessar https://concursos.arqs.com.br/concursomemorial e preencher o formulá-rio on-line em que são inse-ridos dados pessoais do pro-fissional e informações da empresa proponente. O pro-jeto escolhido deve ser divul-gado 10/04. METRO POA

Memorial Kiss. Prazo para concurso termina hoje

Ex-presidentes em encontro no ano passado, em SP | FILIPE ARAÚJO/FOTOS PÚBLICAS

Lula inicia caravana e vê MujicaCom a possibilidade imi-nente de ser preso após a condenação em segunda instância no caso do trí-plex do Guarujá (SP), o ex--presidente Luiz Inácio Lu-la da Silva (PT) começa hoje, pelo interior gaúcho, uma caravana com o mo-te de defesa da democra-cia e pelo direito de ele ser candidato a Presidência da República.

O roteiro, que passará por 11 cidades e não pre-vê passagem por Porto Ale-gre, começa em Bagé. Às 10h30, Lula visita a Uni-pampa, universidade fede-ral criada durante seu go-verno. Cinco horas depois, ele se encontra em Santa-na do Livramento com o

ex-presidente uruguaio Pe-pe Mujica. Durante a con-versa pública será gravado um documentário sobre os dois. A ex-presidente Dil-ma Rousseff (PT) deve par-ticipar dos eventos, assim como os ex-governado-res gaúchos Olívio Dutra e Tarso Genro, do mesmo partido.

A caravana pelo Rio Grande do Sul se encerra-rá na sexta-feira, em São Leopoldo, na região metro-politana, com um ato com trabalhadores. Antes, a ca-ravana passará ainda por Santa Maria, São Vicente do Sul, São Borja, São Mi-guel das Missões, Cruz Al-ta, Palmeira das Missões, Ronda Alta e Passo Fundo.

Na quarta-feira, em São Borja, Lula visitará o Mu-seu de Jango e Getúlio Var-gas, seguido de ato em fren-te ao mausoléu de Getúlio. O presidente do PT no RS, deputado Pepe Vargas, co-mentou que o roteiro vai reforçar a mobilização dos comitês populares que apoiam o ex-presidente.

Embargos de declaraçãoNa sexta-feira, o desembar-gador Victor Laus retoma suas atividades no TRF4 (Tri-bunal Regional Federal da 4a Região), o que indica que deve começar o julgamento dos embargos de declaração no caso do tríplex. Em janei-ro, Lula foi condenado a 12 anos de prisão. METRO POA

Ministro Alexandre Baldy

| TÂNIA RÊGO/AGÊNCIA BRASIL

O Ministério das Cidades deve oficializar entre hoje e ama-nhã a revogação da resolução que determina a exigência de curso teórico e prova para re-novação da CNH (Carteira Na-cional de Habilitação).

As regras foram criadas por resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsi-to), publicada no último dia 8 no Diário Oficial.

A decisão pela revogação do texto partiu do ministro das Cidades, Alexandre Baldy, e foi comunicada na noite de sábado.

Em nota, o ministério dis-se que respeita o trabalho da câmara temática que propôs a mudança e que vai conti-nuar a trabalhar para promo-ver a segurança do trânsito e dos motoristas.

“Mas sempre com absolu-to foco na simplificação da vi-da dos brasileiros e na cons-tante busca pela redução de custos de forma a não afetar a rotina dos condutores que precisam renovar suas cartei-ras de habilitação/CNHs por todo o Brasil”, afirmou, em nota. METRO

Carteira. Exigência de curso será revogada

CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2018

www.metrojornal.com.br {BRASIL} 05|

Não me desumanizo, diz juíza do DF Escrever foi a forma que a Juíza Rejane Jungbluth Sux-berger encontrou para desa-bafar sobre os casos reais de violência doméstica sofrida pelas mulheres. A magistra-da separou 15 histórias mais marcantes que acompanhou durante os seis anos de con-tato diário com as agres-sões e transformou no livro. “Quero que as várias “Ma-rias” que existem na capital leiam essas histórias e acre-ditem que o judiciário po-dem ajudá-las”, diz.

A juíza explica que as vítimas não têm um perfil.“Não podemos rotulá--las. O que eu percebo é que os padrões se repetem por causa de uma sociedade ma-chista e patriarcal. Para a vi-são de muitos, a mulher nas-ceu para cuidar da família. Elas chegam nas audiências com o sentimento de cul-pa porque acham que estão destruindo o seu lar e aca-bam buscando justificar as atitudes agressivas dos com-

panheiros”, diz. Segundo Rejane, lidar

com essas histórias todos os dias não é fácil, por is-so, é preciso ter muita sen-sibilidade. “Não me permi-to desumanizar. Como eu falo no livro, foram casos que nem a toga conseguiu me blindar. Quem trabalha nessa área não pode tratar as histórias como mais um caso. Se agirmos dessa for-ma, vamos estar colocando essas mulheres de volta pa-ra suas casas do mesmo jei-to que elas chegaram aqui. É preciso que elas saibam separar o amor da violên-cia para que não repitam o mesmo erro”, explica.

Para a magistrada, ho-je em dia existem algumas mudanças em como as ví-timas têm se posiciona-do com relação aos agres-sores. “Quando a mulher sabe que a lei está sendo aplicada, ela se sente mais encorajada para denunciar o homem. Geralmente elas passam anos sendo agredi-das e quando decidem co-locar um fim, não querem mais viver com os agresso-res”, afirma. METRO BRASÍLIA

Autora

ANA LUIZA VINHOTE METRO BRASÍLIA

Em pleno século XXI, a vio-lência doméstica ainda as-sombra muitas mulheres no Brasil. No Distrito Federal houve um aumento de 12% das agressões de 2016 pa-ra 2017, segundo o relatório anual da SSP/DF (Secretaria de Segurança e Paz Social do DF). Entre eles, 15 casos fo-ram retratados no livro “Invi-síveis Marias – histórias além das quatro paredes”, lan-çado no começo deste mês e escrito pela juíza Rejane Jungbluth Suxberger, do Jui-zado de Violênca Doméstica e Familiar Contra a Mulher de São Sebastião.

Independentemente de ra-ça, idade ou nível social, as personagens da obra enfren-taram diversos tipos de agres-sões, desde a física, que é a mais conhecida, até a psicoló-gica/moral, na qual as mulhe-res sofrem com injúria, difa-mação e perturbação.

Vida real

O caso da personagem Olga é um exemplo. Com apenas 14 anos, ela se casou com um homem 13 anos mais velho. Além de ter que lidar com a vida a dois muito cedo, a jo-vem ainda tinha que convi-ver com a amante do marido, que vivia sob o mesmo teto do casal. Durante anos, Olga aguentou a violência psicoló-gica e moral de Jair e com o passar do tempo, até as filhas começaram a ter as mesmas atitudes do pai. Aos 64 anos, ela procurou a justiça porque não aguentava mais a forma que era tratada pelo marido.

Outro conto abordado na obra mostra que a violência doméstica não ocorre ape-nas de homens contra mu-lheres. Roberta decidiu se separar do marido após 10 anos de relacionamento. Um tempo depois, ela se apaixo-nou por outra mulher. So-freu preconceito no seio fa-miliar e no ambiente de trabalho. Ela acreditava ter encontrado o grande amor da sua vida até descobrir que Fernanda, sua compa-nheira, estava traindo. Não aceitando ser trocada por outra, Roberta passou a ligar e mandar mensagens para a ex-mulher diariamente e fa-zer escândalos na porta do apartamento e do trabalho de Fernanda pedindo para voltar. Um tempo depois de

Leitura. A obra “Invisíveis Marias” mostra que independentemente da raça, idade ou nível social, mulheres ainda sofrem com agressões diárias

Para desabafar sobre casos de agressão, juíza escreveu livro sobre violência doméstica | ANDRESSA ANHOLETE/ESPECIAL PARA O METRO

Livro de juíza conta histórias reais de violência doméstica

ter sido denunciada à justi-ça, Roberta foi internada em uma clínica psiquiátrica pa-ra o tratamento contra a de-pressão e o consumo exage-rado de álcool.

O caso de um homem, de-nunciado injustamente por violência doméstica, também foi ilustrado no livro. Álva-ro cumpria com suas obriga-ções de marido e pai todos os dias, mas isso ainda não era suficiente para Ione, sua es-posa. As brigas eram constan-tes e as separações também. As causas das discussões se davam pela bipolaridade da mulher. Até que um dia, Ione decidiu que ele não entraria mais em casa até que ela qui-sesse e além disso o denun-ciou por violência doméstica. A mulher foi desmascarada na audiência, que ocorreu lo-go depois da acusação. Ione havia ameaçado o marido por meio de mensagens no celu-lar e com isso Álvaro conse-guiu provar que era inocente. Mesmo depois de todos esses transtornos, ele decidiu conti-nuar vivendo com a mulher

em prol da família. A magistrada também

mostra no livro a tão dolorida violência entre parentes. Cla-ra foi estuprada pelo pai du-rante a infância e a adolescên-cia. Chegou a ficar grávida aos 16 anos e abortou tomando remédio, a pedido dele. Quan-do a filha tentou tirar a pró-pria vida, ele parou com a vio-lência, mas depois começou a dopar a garota para continuar os estupros, quase que diá-rios. Além de todas atitudes inescrupulosas, Wilson ainda filmava as relações sexuais e salvava em um pen drive. Por meio desse dispositivo, Clara conseguiu provar as atitudes terríveis daquele que deveria protegê-la do mundo. A meni-na ainda teve que lidar com a mãe, que depois de tudo ficou do lado do marido.

Os casos relatados no li-vro são considerados os mais marcantes. Os nomes dos per-sonagens são fictícios.

Sandra

Helena

Camila

Natália

Lívia

Roberta

“...num acesso de fúria, pegou uma faca de serra e enfiou 25 vezes no peito de Sandra.”

“Apenas esperava aquele ato desumano terminar, já sem qualquer sensibilidade...”

“Após agredir Camila na frente do filho, Fábio jogou gasolina na residência e ateou fogo.”

“A culpa disso tudo é minha... Eu já nasci condenada, nasci mulher.”

“...aquelas mulheres são objetos de prazer masculino. É só isso que elas representam...”

“Sinto muita raiva de mim, pois sei que fui responsável por essa traição.”

ALGUNS TRECHOS

“Quero que as várias “Marias” que existem em nossa cidade leiam essas histórias e acreditem que o judiciário podem ajudá-las.”REJANE JUNGBLUTH SUXBERGER, JUÍZA

“INVISÍVEIS MARIAS –

HISTÓRIAS ALÉM DAS QUATRO PAREDES”

REJANE JUNGBLUTH

SUXBERGER

EDITORA TAGORE, R$ 35

CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2018

www.metrojornal.com.br 06| {BRASIL

Ativistas fizeram ontem, no complexo da Maré, na zona norte, uma manifestação pe-la morte da vereadora e soció-loga Marielle Franco, do Psol. As homenagens se estende-ram ao motorista Anderson Gomes, também morto no ataque no Estácio. Os organi-zadores estimaram que 5 mil pessoas participaram do even-to. Também houve um ato na avenida Paulista, em São Pau-lo, onde ativistas fizeram a la-vagem simbólica da escadaria do prédio da Justiça Federal com tinta vermelha simulan-do sangue.

Irmã da vereadora, a pro-fessora Anielle Franco disse que está tomando providên-cias a respeito das fotos falsas que estão sendo compartilha-das nas redes sociais. O con-teúdo mostra um casal em um bar. A legenda diz que a mulher é Marielle e o homem é Marcinho VP. Na verdade, a mulher da foto não é a verea-dora assassinada e o homem também não é o traficante: “Estou incansável em pedir respeito à minha família e

provar o quão sério era o tra-balho da minha irmã”, escre-veu Anielle no Facebook.

A família de Marielle quer processar a desembargadora Marília Castro Neves e o de-putado federal Alberto Fraga (DEM). A desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio dis-se que Marielle tinha “enga-jamento com bandidos”. No Twitter, o deputado escreveu que ela era ex-mulher de tra-ficante”. O Psol pretende de-nunciar a desembargadora ao Conselho Nacional de Justiça.

Em Pernambuco, um de-legado foi afastado por posta-gens indevidas. METRO RIO

Crime. Veículo que teria sido usado em execução da vereadora Marielle Franco estava a 300 km de BH. Ato por justiça reuniu cerca de 5 mil na Maré

Ato em memória de Marielle e Anderson tomou a Linha Vermelha, na altura da Maré | RICARDO MORAES/REUTERS

Em MG, carro suspeito de emboscada é apreendido

O Portal dos Procurados do Disque-Denúncia divulgou, na sexta-feira, um cartaz com a pergunta “Quem matou?”. O objetivo é receber informa-ções que possam ajudar nas investigações da Polícia Ci-vil, que tem à frente a Delega-cia de Homicídios da Capital (DH). Até ontem, 27 denún-cias já haviam sido recebidas.

Quem tiver informação que possa ajudar na identifi-cação ou localização dos as-sassinos, pode usar o What-

sApp ou Telegram do Portal dos Procurados (21) 98849-6099 ou a Central de Atendi-mento do Disque-Denúncia (21) 2253-1177. Outras opções são o Portal dos Procurados no Facebook (facebook.com/procurados.org) e o aplicativo Disque-Denúncia-RJ. O portal garante o anonimato.

Já a DRCI (Delegacia de Re-pressão aos Crimes de Infor-mática) teve 2 mil denúncias de boatos falsos – fake news – sobre as vítimas. METRO RIO

Disque-Denúncia já recebeu 27 informações

Disque-Denúncia divulgou cartaz em busca de informações sobre o crime | DIVULGAÇÃO

“Marielle não era bandida, muito menos defendia bandidos, nunca foi casada ou envolvida com Marcinho VP. Nunca foi usuária de drogas, e Marielle não foi financiada por facção nenhuma.”ANIELLE SILVA, IRMÃ DA VEREADORA

A Polícia Civil de Ubá, em Mi-nas Gerais, apreendeu na noi-te do último sábado um carro suspeito de ter sido usado na morte da vereadora Mariel-le Franco e do motorista An-derson Gomes. O automóvel, com placa do Rio de Janeiro, tem as mesmas característi-cas de um dos veículos que se-guiu o das vítimas na última quarta-feira até o Estácio, on-de a vereadora do Psol foi exe-cutada com quatro tiros na ca-beça e o motorista morto com outros três tiros.

O carro foi achado aban-donado no município da zo-na da mata mineira, a 300 km de Belo Horizonte, e também a mesma distância em relação à capital fluminense. Os in-vestigadores chegaram ao au-tomóvel após denúncias fei-tas à Polícia Civil do Rio.

No fim da tarde de ontem, a perícia da Polícia Civil do Rio chegou em Ubá.

Testemunha deixa o Rio

Única testemunha da ação criminosa, a assessora da ve-readora já deixou o Rio de Ja-

neiro com a família. A infor-mação é do Psol. As despesas da assessora, como hospeda-gem e atendimento psicoló-gico, são custeadas pelo parti-do. A ajuda não faz parte do Programa de Proteção à Tes-temunha. A assessora estava ao lado de Marielle, no ban-co de trás do carro, revisando um texto, quando aconteceu a execução, na região central.

Na madrugada de quinta--feira, a assessora depôs por quase 5 horas na Divisão de Homicídios e afirmou, em de-poimento, que não percebeu a perseguição dos criminosos e que Marielle não tinha sido ameaçada. BANDNEWS FM

Protesto na Maré clama por justiça para vereadora

Carro prata apreendido teria sido

usado na ação | REPRODUÇÃO/WEBTVMINAS

Depois de receber doações, a família do pequeno Benja-min, de apenas 1 ano e 7 me-ses, que morreu na sexta-fei-ra após ser atingido por bala perdida na cabeça no comple-xo do Alemão, na zona norte, conseguiu realizar o enterro da criança, no Cemitério do Maruí, em Niterói, na região metropolitana.

O menino estava no car-rinho de bebê quando foi atingido, enquanto a mãe comprava algodão doce. No mesmo confronto entre PMs e bandidos, um homem e uma mulher também mor-reram. Outras quatro pes-soas ficaram feridas, sendo dois suspeitos. Um crimino-so morreu.

“Peço a Deus que outros pais não precisem sentir o que estou sentindo agora”, lamentou Fábio Antônio, pai de Benjamin.

Na manhã de ontem, no complexo do Alemão, ban-didos armados atacaram a base principal da UPP da Fa-zendinha. Ninguém ficou ferido.

Turistas assaltados

Quatro turistas argentinos fo-ram assaltados na tarde de on-tem, na rua Mem de Sá, na La-pa, zona central. Um taxista percebeu a ação e ajudou os turistas. O motorista tentou achar alguma viatura da PM, mas após dar voltas no quar-teirão, não viu nenhum agen-te. Os argentinos chegaram a ir próximo à 5a DP (Men de Sá) para registrar a ocorrência, mas, com medo, voltaram pa-ra o hotel, na mesma região.

Os assaltantes levaram ce-lulares, relógios e as carteiras dos turistas argentinos. Procu-rada, a PM informou que rea-liza patrulhamento ostensivo na região. BANDNEWS FM

Criança morta no Alemão é enterrada em Niterói

O desespero de Angela de Novaes no

enterro do neto | REUTERS/PILAR OLIVARES

Pedido de crédito de R$ 1 bi para segurança Depois de uma reunião do presidente Michel Temer com seis ministros, ontem à tarde, no Palácio da Alvo-rada, o titular do Planeja-mento, Dyogo de Oliveira, afirmou que o Governo Fe-deral pedirá ao Congresso um crédito extraordinário de ao menos R$ 1 bilhão pa-ra destinar à área de segu-rança pública.

Nem Oliveira nem a Pre-sidência da República, en-tretanto, revelaram de on-de sairá o dinheiro ou para onde exatamente ele irá. O ministro apenas afirmou que parte irá para o Minis-tério da Segurança Pública, criado no fim de fevereiro, e parte para o Rio de Janei-ro, para atividades da in-tervenção federal.

METRO BRASÍLIA

CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2018

www.metrojornal.com.br {BRASIL} 07|

CARLOS GIACOMELI METRO CAMPINAS

Raio laser irá matar

o mosquito

IMAGENS: REPRODUÇÃO

Sensores instalados

em janela

Uma nova tecnologia desen-volvida no Colab (Coordena-ção de Laboratório Aberto do CTI (Centro de Tecnolo-gia de Informação) Renato Archer, vai permitir iden-tificar o mosquito Aedes aegypti, transmissor da den-gue, em voo. Trata-se de um sensor, que vai possibilitar, futuramente, abater o mos-quito logo no ato da identifi-cação, com o uso de um raio laser. O objetivo é ajudar no controle do vetor da doença.

Para demonstrar a tec-nologia, que tem sido obje-to de pesquisa há 4 anos, o centro criou um vídeo de de-monstração. Nele, os senso-res são instalados na lateral de uma janela (imagem ao lado). Eles utilizam luz in-fravermelha e uma tecnolo-gia que permite identificar o mosquito por meio do movi-mento da asa.

“Conseguimos demons-trar pelo sensor, que é pos-sível identificar o mosqui-to pela batida da asa, que é uma espécie de assinatu-ra dele. Cada mosquito tem uma batida diferente. Quan-do você joga uma luz, por meio do reflexo ou obstru-ção à luz, a tecnologia sabe de que espécie se trata”, ex-plica Victor Pellegrini Mam-mana, diretor da CTI. Ele ainda ressalta que, por te-rem batidas diferentes, será até mesmo possível identifi-car machos e fêmeas.

A partir dessa identifica-ção, o centro trabalha agora na criação de uma tecnolo-gia, com base em uso de câ-meras de alta resolução, pa-ra que um disparo laser seja feito logo na identificação, para matar o mosquito.

Nos Estados Unidos, a tec-nologia também está em es-tudo, e mostrou-se um recur-so caro. Por isso, o esforço também para baratear a al-ternativa. “Estamos tentan-do desenvolver algo integra-do para identificar e matar o mosquito, o que baratearia”, completa

Segundo o pesquisador Antonio Carlos Camargo do Amaral, que participa do de-senvolvimento da tecnolo-gia, a criação pode ser uti-

lizada de várias maneiras, mesmo antes do laser para abater o mosquito.

“Estamos ainda pensan-do em parcerias. Mas o sen-sor pode ser utilizado, por exemplo, em uma área ur-bana, para identificar a in-cidência do mosquito na-quele local e, a partir daí, desenvolver estratégias con-tra o mosquito em regiões de maior incidência. Tudo is-so feito por monitoramento remoto”, comenta.

Como o mosquito tem um limite de voo de cer-ca de 4 metros de altura, é possível instalar uma espé-cie de pilar com os senso-res, para identificar quantos passam pela área, colocan-do um ao lado do outro em uma distância estabelecida. Assim, formando uma espé-cie de cerca. Na agricultu-ra também existe uso para a novidade. “No campo, po-demos ter estações de mo-nitoramento remotas para ver a incidência de pragas, por exemplo”, completa Amaral.

Ainda não há prazo pa-ra a tecnologia ir ao mer-cado. O centro busca parce-rias para avançar no projeto e finalizar a fase de abate do mosquito.

Pesquisa. Tecnologia permite identificar mosquito ao entrar em um espaço determinado. Futuramente, meta é a abater o mosquito

Sensor vai identificar e matar Aedes

“Estamos propondo um jeito que você integre a forma de detecção com a ferramenta para matar, tentando unir em uma coisa só para reduzir custo” VICTOR PELLEGRINI MAMMANA, DIRETOR

DO CTI

CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2018

www.metrojornal.com.br 08| {ECONOMIA}

Tecnologia. Startups financeiras, fintechs desenvolvem programas que buscam reduzir os riscos e elevar os ganhos dos investidores

Robôs ajudam a ganhar $$$

E os humanos, como ficam?O algoritmo facilita mui-tas decisões, mas sem um programador por trás nada acontece. A tecnologia ajuda a in-vestir melhor, descartan-do fatores emocionais ou até aquele “efeito ma-nada”, como ocorreu mais recentemente com a criptomoeda bitcoin. “Pense na medicina. Algumas cirurgias são feitas por robótica, mas sempre com acompa-nhamento humano, por-que os organismos são diferentes. Algumas pes-soas têm caminhos dife-rentes até as coronárias, e o robô não vai enten-der isso até que um hu-mano o reprograme”, diz Rocha. METRO

Opa!

Cai inadimplência no setor de serviços básicos, diz SPCO Indicador de Inadimplên-cia apurado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Cré-dito) e pela CNDL (Confede-ração Nacional de Dirigen-tes Lojistas) mostra que no último mês de fevereiro, o volume de atrasos com con-tas de água e luz caiu -4,25% na comparação com o mes-mo período do ano passado. Ao final de 2017, ano que marcou o início da retoma-da econômica, o total dessas pendências recuou 4,32%.

Com exceção do ano pas-sado, desde 2014 o volume de atrasos com as contas de água e luz vinha crescen-do ano após ano. Em 2014, a alta fora de 7,74%, segui-da de 4,79% em 2015 e uma expansão ainda maior em 2016, com alta de 13,62% na quantidade de atrasos.

“Gradativamente, a eco-nomia brasileira começa a melhorar, e os números menores da inadimplência com serviços básicos é um reflexo positivo desse cená-rio, diz a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Ka-wauti. “No entanto, o im-pacto sobre a inadimplên-cia de maneira geral ainda é tímido, e isso ocorre porque o retorno aos níveis de ren-

da e emprego que tínhamos em uma fase anterior à cri-se ainda demandará mais al-gum tempo e esforço.”

Mulheres devem maisOs dados por gênero do indi-cador mostram que do total de pendências com serviços básicos de água e luz, 52% estão em nome de mulhe-

res, e 48%, no de homens. Quanto à faixa etária, a

proporção de devedores au-menta conforme a idade: do total de inadimplentes com idade superior a 30 anos, 10% deles devem para com-panhias de água e luz, ao passo que esse percentual cai para apenas 3% entre os de 18 a 29 anos. METRO

ÁGUA E LUZAs pendências por região do Brasil, em fevereiro de 2018

FONTE: SPC BRASIL/CDL

NORDESTE

NORTE

CENTRO-

OESTE

SUDESTE

SUL

7,01%

14,06%

6,52%

2,39%

8,99%

NORDESTE

14,06%

NORTE

8,99%

CENTRO-

OESTE

7,017, %SUDESTE

6,526,52%%%

SUL

2,392,39%%%

O número de cheques de-volvidos (segunda devo-lução por falta de fundos) em relação ao total de che-ques movimentados no pe-ríodo em todo o Brasil foi de 1,70% em fevereiro deste ano. É o menor índice após janeiro de 2011, quando a relação foi de 1,68%. Os da-dos são da Boa Vista SCPC.

Em fevereiro último fo-ram movimentados no país 34.985.814 cheques, sendo que, destes, 594.464 foram devolvidos por falta de fun-dos. Em janeiro deste ano, 40.325.012 cheques foram movimentados, e 775.012, devolvidos (1,92% do total).

Se um cheque for apre-sentado duas vezes ao ban-co e não tiver fundos pa-

ra ser quitado, o nome de quem o emitiu vai para o CCF (Cadastro de Emiten-tes de Cheque sem Fundo). Com isso, o banco vai ser proibido de dar novos talões de cheque ao cliente

A instituição financeira também pode decidir se en-cerra a conta. E outros ban-cos podem se recusar a abrir uma conta ao cliente com o nome no CCF. Essa restri-ção pode deixar mais difícil o acesso ao crédito. Ou seja, mais bancos e lojas podem negar pedidos de emprésti-mos, crediários e cartões.

Para saber se um no-me está no CCF, basta ir a um dos endereços do Banco Central com um documento que contenha o CPF. METRO

Bancos. Percentual de cheques devolvidos é o menor dos últimos 7 anos

‘BORRACHUDOS’Proporção de cheques que voltaram em fevereiro, desde 2011

FONTE: BOA VISTA SCPC

1.2

1.8

2.4

3.0

FEV/18FEV/17FEV/16FEV/15FEV/14FEV/13FEV/12JAN/11

1,68%

1,96% 1,87%1,95%

2,15% 2,22%2,06%

1,7%

MAISBAIXO

MAR/16 É O PONTO MAIS ALTO DO PERÍODO

2,59%

O Brasil deve exportar um recorde de 70 milhões de toneladas de soja no ano comercial 2018/19 (feve-reiro de 2018 a janeiro de 2019), alta de 2% frente ao registrado no ciclo anterior, projetou a Safras & Merca-do. A previsão da consul-toria foi feita após agentes do mercado apostarem em embarques mais fortes pe-lo país, dada à forte seca na Argentina. A quebra de sa-fra no país vizinho, terceiro maior produtor da oleagi-nosa, tende a levar importa-dores a buscarem a commo-dity no Brasil.

A Safras, que também prevê uma colheita recorde de mais de 117 milhões de toneladas neste ano no Bra-sil, projeta um esmagamen-to de 43 milhões de tonela-das em 2018/19, aumento de 4% ante a temporada an-terior. Em relação ao ciclo 2018/19, os estoques finais deverão subir 36%, passan-do para 5,046 milhões de to-neladas, segundo a consul-toria. Quanto aos derivados, a Safras trabalha com uma produção de 32,725 milhões de toneladas de farelo de so-ja (+4%) e 8,5 milhões de to-neladas de óleo. METRO

Agronegócios. Brasil exportará 70 t de soja, diz consultoria

Tesouro Direto, renda fixa privada, fundos de inves-timento, ações na Bolsa de Valores. São tantas opções e informações diversas, que para quem quer começar uma aplicação financeira o caminho até um bom inves-timento pode ser confuso.

Pensando no pequeno, e às vezes iniciante inves-tidor, algumas empresas, chamadas fintechs, pega-ram o que há de melhor na tecnologia para demo-cratizar essa operação. E isso foi possível por meio dos robôs, que já trabalha-vam para atender a grandes clientes da bolsa, mas que agora também são úteis pa-ra facilitar o acesso de qual-quer pessoa ao mundo dos investimentos.

Tais robôs não são como aqueles dos filmes, que an-dam, falam e algumas vezes tentam destruir a humani-dade nas ficções científicas. Estamos falando de algo bem mais inofensivo, invi-

sível, inclusive. O robô in-vestidor nada mais é do que um algoritmo – sequência programada de instruções bem definidas –, nesse ca-

so, “pensado” para a aloca-ção e a operação de ativos financeiros.

Quem quer fazer o sua-do dinheiro render um pou-

co mais precisa escolher al-gumas opções de aplicações, mas elas são muitas e nem sempre as informações são tão simples assim. É aí que o robô entra em ação.

Como funcionaEle pega o objetivo finan-ceiro, aplica todo o conheci-mento que tem programado e, pronto, faz o investimento acontecer. Para que isso se-ja possível, a primeira coisa que o robô vai fazer é ‘con-versar’ com o investidor. A partir de uma série de ques-tionamentos, ele vai identi-ficar o perfil do cliente, que pode ser mais conservador, moderado ou agressivo.

‘Provocações’“Nesse questionário, terá provocações do tipo ‘você está disposto a perder me-tade do que foi investido?’ Se não estiver, seu perfil é mais conservador, por exemplo”, explica Ricardo Humberto Rocha, profes-sor de finanças do Insper, em entrevista ao Portal da Band.

Depois que o robô ana-lisa o perfil do investi-dor, vai oferecer  carteiras de investimentos com ba-se no volume a ser apli-cado pelo investidor, ten-tando equilibrar duas variáveis na balança: oti-mizar o retorno e minimi-zar os riscos.

“A vantagem do robô é que, quando o mercado os-cila, o algoritmo já faz esse rebalanceamento para vo-cê”, afirma Rocha.

Algoritmos processam informações e decidem o que é melhor | PIXABAY

R$ 100É, até o momento, o valor mínimo exigido por algumas fintechs para iniciar uma aplicação operada por robôs.

KARENLEMOSJornalista

PORTAL DA BAND

O Brasil exportou 2.355.660 sacas de café em feverei-ro de 2018, resultado 9,1% menor em relação ao mes-mo mês do ano passado, informou na sexta-feira o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

No acumulado dos dois primeiros meses do ano ob-serva-se que as sacas expor-tadas (5.040.781 unidades )tiveram redução de 3,8%, em relação ao ano passado, quando a receita cambial al-cançou US$ 807.983 mil.

O relatório do Ceca-fé também mostra um de-créscimo de 9,4% no preço médio do produto que nes-te ano foi US$ 160,14, a sa-ca, ante US$ 176,78, confor-me os dados de fevereiro de

2017 e 2018.O presidente do Ceca-

fé, Nelson Carvalhaes, dis-se que os resultados verifi-cados estão normais, e que as exportações “mais mo-destas” não rebaixam o país quanto à sua boa colocação no mercado mundial. “Te-mos que levar em conta que fevereiro foi um mês mais curto, o que inevitavelmen-te afeta as exportações. Nos-sa expectativa é que o mer-cado continue neste ritmo até a entrada da nova safra, em julho, quando estima-mos um possível incremen-to nas exportações”.

Segundo Nelson Carva-lhares pode-se verificar um tímido crescimento nas ex-portações de cafés robusta

e uma recuperação dos em-barques de cafés diferencia-dos, que atingiram 942.326 sacas nos primeiros dois meses deste ano, um cresci-

mento de 25% em relação ao mesmo período do ano pas-sado. “O volume pluviomé-trico tem favorecido gran-demente a produção de café

e deve impactar positiva-mente as exportações a par-tir do início da nova safra.

A variedade com me-lhor inclusão no merca-do externo foi o café arábi-ca, que representou 89,1% da quantidade total de ex-portações (2.099.196 sacas), seguido pelo solúvel com 10% (236.340 sacas) e robus-ta com 0,9% (20.100 sacas). Neste ano, os principais im-portadores do café brasilei-ro têm sido a Alemanha e os Estados Unidos, que adqui-riram 18,5% (933.606 sacas) e 17,2% (866.299 sacas) dos grãos produzidos.

Em terceiro lugar no ranking, vêm a Itália, com 11,2% do valor total expor-tado (562.363 sacas). Jun-

tamente com o Canadá, o país europeu foi marcado, nos dois primeiros meses deste ano, por uma expres-siva alta em sua demanda. As exportações para a Itá-lia cresceram 13,78% no período, enquanto o Cana-dá, atualmente em 8º lugar na lista, registrou aumento de 26,8%.

No que diz respeito à lo-gística, o relatório desta-ca o Porto de Santos como principal ponto do qual partem as mercadorias le-vadas ao exterior, con-centrando 85% (4.284.484 sacas) do volume, e, em se-guida, o Porto do Rio de Ja-neiro, com 10,8% dos em-barques (543.775 sacas).

METRO COM PARANÁ PORTAL

CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2018

www.metrojornal.com.br {ECONOMIA} 09|

Mercado mundial. País exportou 2,35 milhões de sacas em fevereiro em período de queda de preços no mercado internacional

Variedade mais exportada foi o café Arábica | DIVULGAÇÃO

Café do BR tem queda de 9,1% nas exportações

CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2018

www.metrojornal.com.br 10| {MUNDO}

O atual presidente da Rús-sia, Vladimir Putin, ganhou ontem o direito a ficar mais seis anos no Kremlin – so-mando, ao todo, 24 anos, ora como presidente (2000-2008, 2012-2024), ora como pri-meiro-ministro (2008-2012). Já na madrugada de hoje (on-tem à noite no Brasil), com 90% das urnas apuradas, Pu-tin havia conquistado 76% dos votos. “A Rússia está fa-dada ao sucesso. Devemos manter a unidade”, disse Pu-tin, em pronunciamento na praça Manezh, em Moscou.

A vitória foi marcada pelo baixo comparecimento elei-

toral, de 60%. O candidato do Partido Comunista, Pavel Grundinin, teve pouco mais de 12% dos votos, enquanto o nacionalista Vladimir Zhi-rinovsky atingiu cerca de 6%. Apoiado pela TV estatal, pe-lo partido do governo e com uma aprovação que ronda os 80%, a vitória de Putin nunca foi colocada sob dúvida.

Analistas internacionais observam que a chegada de Putin ao poder, em 2000, re-presentou uma ruptura na inserção geopolítica russa, graças à recuperação econô-mica que se seguiu e à con-solidação do papel de potên-

cia regional do país. Em menos de um ano

após a primeira posse, o en-tão novo líder, ex-agente da KGB (o serviço de inteligên-cia soviético), regularizou salários e aposentadorias es-tatais que viviam atrasados por meses. Putin, dizem os analistas, promoveu um re-trocesso na abertura políti-ca que estava em curso após o colapso da ex-União Sovié-tica. O líder, porém, “con-sertou” a economia do país. E chega, assim, ao seu quar-to mandato. METRO

Rússia. Advogado e ex-agente da KGB, presidente de 65 anos ‘tritura’ adversários nas urnas e estende seu poder até 2024

Sem surpresas, Putin vai para o quarto mandato

Líder russo é reeleito e fala na praça Vermelha, em Moscou | D. M./REUTERS

Naufrágio no mar Egeu mata ao menos 14

Uma embarcação com 21 imigrantes naufragou no último sábado perto da ilha grega de Agathonisi, no mar Egeu. Ao menos 14 pessoas morreram. Três imigrantes – duas mulheres e um homem – conseguiram nadar até uma praia e dar o alar-me. Entre os primeiros seis corpos recolhidos do mar, havia quatro crian-ças. METRO

Milhares vão às ruas de Viena contra o racismo

Milhares de pessoas par-ticiparam ontem em Vie-na de uma manifestação contra o crescimento do racismo e da discrimi-nação no país. O alvo do protesto é o governo do primeiro-ministro con-servador, Sebastian Kurz, do Partido da Liberda-de, que fez do combate à imigração uma das suas bandeiras nas eleições do ano passado. METRO

PPK admiteque sonegou impostos aos EUA

O presidente do Peru, Pe-dro Pablo Kuczynski, dis-se a uma Comissão Par-lamentar de Inquérito que usou uma empresa nas Ilhas Virgens Britâni-cas para evitar legalmen-te o pagamento de im-postos aos EUA. “Por que pagaríamos ao Tio Sam e ao senhor Trump um montão de dinheiro que está aqui no Peru?”, dis-se o presidente. METRO

Papa ganha primeira estátua no Oriente Médio

A primeira estátua de-dicada ao papa Francis-co no Oriente Médio foi inaugurada no fim de se-mana em Hadath, a me-nos de 10 quilômetros de distância, ao sul da capi-tal, Beirute. O objetivo é encorajar os cristãos lo-cais a demonstrarem sua presença no Oriente Mé-dio e incentivar a convi-vência pacífica de várias religiões. METRO

Premiê anunciará novos ministros nesta semana

A coalizão no governo da Eslováquia pretende nomear novos ministros nesta semana, disse on-tem Peter Pellegrini, que acaba de assumir o car-go de primeiro-minis-tro, enquanto o governo tenta sair de uma cri-se política provocada pe-lo assassinato de um jor-nalista. A população não quer que seja mantida a atual coalizão. METRO

Romance de Harry e Meghan vira fi lme de TV

A história de amor entre o príncipe Harry e a atriz Meghan Markle virará um filme para a TV, que será transmitido pelo ca-nal Lifetime em 13 de maio, seis dias antes do casamento real. A notícia foi dada pela artista que protagonizará Meghan, Parisa Fitz-Henley, em uma postagem no Insta-gram, na qual também di-vulgou um vídeo. METRO

Reino Unido Grécia Áustria Peru Líbano Eslováquia

O presidente da Turquia, Recep Erdogan, anunciou ontem a tomada do centro da cidade de Afrin, na Sí-ria, que era dominado por curdos, considerados “ter-roristas” por Ancara. O lo-cal foi tomado por forças sí-rias aliadas à Turquia, que tentava retirar seus oposito-res curdos da milícia YPG do enclave. A ofensiva turca se-gue há dois meses e já cau-sou o êxodo de ao menos 150 mil civis. METRO

Síria. Presidente turco anunciatomada de Afrin

Soldado das forças sírias aliadas à Turquia em Afrin | KHALIL ASHAWI/REUTERS

Reino Unido acusa Rússia de armazenar agente químico mortalO ministro de Relações Ex-teriores da Grã-Bretanha, Boris Johnson, disse on-tem que a Rússia está ar-mazenando secretamen-te o agente químico da era soviética Novichok, usado para atacar Sergei Skripal e sua filha, Yulia, e inves-tigando como essas armas podem ser usadas em as-sassinatos. A Rússia ne-ga qualquer envolvimen-to. “Temos evidências de que a Rússia está criando

e armazenando Novichok”, disse Johnson à “BBC”.

O Reino Unido e a Rús-sia expulsaram, cada um, 23 diplomatas por causa do ataque, com as relações en-tre os dois países atingindo o nível mais baixo desde a Guerra Fria. Funcionários da agência mundial de fis-calização de armas quími-cas chegarão hoje ao Rei-no Unido para investigar as amostras usadas no ataque.

METRO

Boris Johnson: agência mundial de

fiscalização irá investigar | H.C./REUTERS

Crimeia vota pela primeira vez desde anexação, em 2014

Há quatro anos, em 16 de março de 2014, quase 97% dos crimeanos – uma pe-nínsula da Ucrânia no mar Negro – votaram pela reu-nificação da Crimeia com a Rússia. O referendo não foi reconhecido pela Ucrâ-nia, que perdeu territó-rio, nem pela comunidade internacional.

Ontem, observadores internacionais de 20 países monitoraram “in loco” as eleições presidenciais rus-sas realizadas na Crimeia. A anexação gerou uma guerra na Ucrânia e uma crise internacional. Em Moscou, contudo, a anexa-ção é vista como “uma reu-nificação” de povos.

O governo da Crimeia en-corajou os cerca de 1,5 mi-lhão de eleitores crimeanos a votar, “em agradecimento” à Rússia “pela paz”. A Ucrâ-nia, que não aceita a anexa-ção, alertou os cidadãos da Crimeia de que aqueles que ajudaram na promoção e na organização das eleições se-rão processados. METRO

Área. 17,07 milhões de km2

(dobro do Brasil)

População. 144 milhões

Capital. Moscou (12 milhões)

Expectativa de vida. 72 anos

PIB. US$ 1,3 trilhão

Moeda. rublo

Isto é a Rússia

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CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2018

www.metrojornal.com.br {CULTURA} 11|

2CULTURA

Música

Bate-papoO idealizador da Feira

Internacional da Música

do Sul, Téo Ruiz, realiza

um bate-papo amanhã

sobre as convocatórias e

as novidades da edição

2018 do evento. Neste

ano, os editais para os

showcases contemplam

artistas e bandas da

região sul, do território

nacional e da América

Latina. A Feira acontece

entre 20 e 23 de junho

no Portão Cultural.

O encontro é gratuito

e acontece às 19h30 no

Conservatório de MPB.Fulvio Pacheco é um dos artistas que participam da 1a Semana de HQ | DIVULGAÇÃO

Começa hoje a 1a Semana de HQ da BPP, um evento pro-movido pela Biblioteca Públi-ca do Paraná para celebrar o mundo dos quadrinhos.

Ao longo de 6 dias, os fãs de HQ’s poderão participar de oficinas de criação, lançamen-to de livros, feira e escambo de quadrinhos e bate-papos sobre o universo deste gêne-ro, tudo gratuito.

Hoje às 17h30, o hall tér-reo da Biblioteca recebe a inauguração de uma mostra com trabalhos de artistas que participam da programação do evento, como Ariel Da-cunha e Fulvio Pacheco. Às 18h30, o ilustrador Marce-lo Oliveira conduz a primei-ra aula da oficina “Aprendi-zado de Roteiro Básico para HQ” na Gibiteca, situada no

segundo andar da BPP.Amanhã, o evento retorna

às 14h no auditório do local com um bate-papo sobre qua-drinhos infantis, com Márcia Garcia, e às 18h30, Marcelo Oliveira finaliza a sua oficina, também na Gibiteca.

Na quarta, o público pode conferir um bate-papo con-duzido por José Aguiar sobre quadrinhos às 10h no auditó-rio da Biblioteca. Às 14h30, a Sessão Infantil do local recebe a Oficina de Criação de Perso-nagem, e às 18h30, acontece a mesa-redonda “Quadrinhos em Curitiba” na Arena BPP.

A quinta feira será mar-cada por duas oficinas na Se-ção Infantil, uma às 10h com Ariel Dacunha e Amanda Bar-ros da Editora Ursereia sobre noções de desenho infantil

para HQ, e a outra às 17h30, sobre escrita criativa voltada para roteiros de quadrinhos, com Mylle Silva. Para encer-rar o dia, a Gibiteca recebe a Oficina de HQ às 18h30 com Fulvio Pacheco.

Na sexta às 10h, a Seção In-fantil da Biblioteca recebe a Oficina Básica de HQ minis-trada pelo quadrinista Tako X, e às 18h30, Fulvio Pacheco conduz o bate-papo “Jovens Quadrinistas de Curitiba” na Arena BPP.

E para encerrar a Semana de HQ, o espaço recebe uma feira e escambo de quadri-nhos às 9h30 desta sexta no hall térreo. Às 11h30, aconte-ce uma sessão de autógrafos e distribuição de tirinhas com Tako X na Arena BPP.

METRO CURITIBA

Hoje. Organizado pela Biblioteca Pública do Paraná, evento reúne atividades diversas, autores de HQ’s e professores da Gibiteca

1a Semana de HQ celebra o universo dos quadrinhos

Continuação do filme lan-çado com sucesso em 2016, “Animais Fantásti-cos: Os Crimes de Grindel-wald” ganhou o primeiro trailer que foi divulgado junto com o pôster oficial do novo longa-metragem.

A prévia apresenta Ju-de Law como o podero-so mago Alvo Dumbledo-re encontrando-se com o protagonista da nova sa-ga, Newt Scamander (Ed-die Redmayne).

Na trama, o vilão Gel-lert Grindelwald (Johnny Depp) escapa da prisão do Congresso Mágico dos Es-tados Unidos e começa a reunir seguidores para ten-tar fazer com que o mundo seja dominado apenas por bruxos de sangue-puro. É quando Dumbledore pe-de ajuda a Scamander pa-ra enfrentar essa batalha.

Dirigido por David Ya-tes com roteiro da pró-pria J.K. Rowling, a au-tora da franquia Harry Potter, o longa é o segun-do filme da série de cin-co produções e estreia em 15 de novembro de 2018. METRO

Continuação. ‘Animais fantásticos’ tem trailer

Está aberta à visitação a expo-sição “Movimento: Mostra do Acervo”, no Museu de Arte Contemporânea do Paraná.

Nesta nova montagem, estão presentes obras de 33 artistas que reproduzem a impressão do deslocamen-to por meio do uso de várias técnicas e formas de expres-são ligadas às artes visuais.

Com instalações, pintu-ras e projeções, a mostra aborda o ato do movimen-to tanto como elemento fundamental das obras, co-mo parte integrante dela, fazendo um resgate de al-go que está presente na arte desde as pinturas rupestres da pré-história, seja em ce-nas de dança, de rituais ou de caças.

Na montagem, as obras de reprodução ao movimen-to exaltam esse tema como uma expressão artística fun-damental para o surgimen-to de vários segmentos que compõem as artes visuais.

Entre os nomes que assi-nam as obras da exposição, estão Arlindo Daibert, De-bora Santiago, Bruno Bor-ne, Carlos Eduardo Zim-mermann, Laura Miranda e Patrícia Osses. METRO CURITIBA

Exposição. Obras fazem a reprodução do movimento

Pintura de Francisco Cuoco é uma das obras sobre movimento | DIVULGAÇÀO

De terça a sexta das 10h às

19h e aos sábados e domin-

gos das 10h às 16h no Mu-

seu de Arte Contemporâ-

nea. Entrada gratuita.

Serviço

CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2018

www.metrojornal.com.br 12| {CULTURA}

“No Brasil, a corrupção faz parte da lógica da política. É assim em todos os municípios, Estados e no governo federal deste país, no Legislativo e Executivo. Esse é o mecanismo.”

JOSÉ PADILHA, DIRETOR

“Ainda olhamos com estranhamento uma mulher chefiando a polícia. Precisamos normalizar nosso olhar. ” CAROL ABRAS, ATRIZ

“A Lava Jato parece ter feito um papel importante, de, pelo menos, desvendar toda a sujeira que estava embaixo do tapete e que não começou ontem.”

SELTON MELLO, ATOR

É praticamente impossível não reconhecer os parale-los entre o noticiário políti-co brasileiro e a nova série do diretor José Padilha (“Tro-pa de Elite” e “Narcos”). “O Mecanismo” estreia no pró-ximo dia 23, no serviço de streaming Netflix.

Inspirada no livro “Lava Jato”, do jornalista Vladimir Netto, a produção conta a história do delegado da Polí-cia Federal Marco Ruffo (Sel-ton Mello), que, a despeito das dificuldades impostas pe-la Justiça, tenta prender o do-leiro Ibrahim (Enrique Diaz).

De acordo com o próprio Padilha, o delegado é inspi-rado no policial Gerson Ma-chado, que, em 2003, liderou uma investigação do doleiro Alberto Yousseff, acusado de comandar um esquema de la-vagem de dinheiro por meio de notas frias.

Como na vida real, no en-tanto, o doleiro da ficção só começaria a responder pelos crimes muito tempo depois, com a eclosão da Operação La-va Jato – o nome é o mesmo.

Em cima de um posto de gasolina, Ibrahim operava uma suposta casa de câm-bio, que, na verdade, escon-dia e lavava dinheiro des-tinado ao pagamento de proprina a políticos.

Sob o comando da dele-gada Verena Cardoni (Carol Abras), assistente de Ruffo, a investigação mergulha nos meandros da corrupção brasileira, descrita pelo per-sonagem principal como um “câncer”, que se espa-lha por todas as esferas do

poder, mas que tem como ponto central a “PetroBra-sil”, maior estatal do país.

‘[Lula] vai ver da cadeia’No topo da corrupção, estão um ex-presidente populis-ta, barbudo e de língua pre-sa, e uma presidente que, logo em sua primeira apari-ção, discute a possibilidade de “estocar vento”.

Padilha não nega que as referências para os persona-gens sejam os ex-presiden-tes Lula e Dilma Rousseff,

ambos do PT. No entanto, garante que não construiu a produção de acordo com um ponto de vista ideológico.

“A corrupção não é um evento que acontece aqui e ali, mas é algo que estru-tura a política. Esse meca-nismo não tem ideologia: acontece no PT, no PSDB, no MDB”, afirma.

Mesmo assim, ele acredi-ta que uma eventual prisão do ex-presidente Lula ser-viria de prelúdio para uma punição generalizada da

classe política corrupta. “O Lula é muito popu-

lar. Se a Lava Jato puni-lo, é muito difícil que ela não pu-na os outros”, disse, acres-centando que, para ele, se houver uma segunda tem-porada da série, o petista “vai assisti-la da cadeia”.

Os oito episódios da primeira temporada fo-ram escritos por Elena Soares (“Cidade dos Ho-mens”), com colabora-ção de Sofia Maldonado.

METRO RIO

‘O Mecanismo’.

Dirigida por José Padilha, série da Netflix retrata corrupção brasileira como um ‘câncer’

QUE PAÍS É ESSE?Primeira

temporada temoito episódios

KARIMA SHEATA/DIVULGAÇÃO

“É a memória da cultura brasileira. Estamos perpetuando esses registros para passá-los aos mais novos.”

MARÍLIA BRITO, SOBRINHA DE SÉRGIO BRITO

Em cena da peça ‘Assim é, se lhe parece’ (1985) | CEDOC FUNARTE Ator na novela ‘A Casa em Ordem’ (1963) | CEDOC FUNARTE Atuando na peça ‘A História de Muitos Amores’ (1964) | CEDOC FUNARTE

Acervo de Sérgio Britto no portal da FunartePoucos profissionais acu-mulam tantas funções, de maneira tão magistral, co-mo fez Sérgio Britto (1923-2011). Em quase sete dé-cadas de carreira, o ator, diretor, apresentador, ro-teirista, professor e escri-tor construiu uma trajetó-ria que se confunde com a história das artes cênicas no Brasil durante o século XX.

Ciente de sua importân-cia para a memória da te-

levisão, do teatro e do ci-nema, Brito fez questão de preservar os principais re-gistros de sua jornada – um trabalho minucioso de con-servação que foi retomado pela família do artista, após sua morte.

O resultado dessa em-preitada gerou um exten-so acervo, que acaba de ser disponibilizado ao público. Doado à Funarte (Fundação Nacional de Artes), o mate-

rial pode ser conferido no portal da instituição (www.funarte.gov.br).

“O Sérgio era um arqui-

vista. Ele sempre quis dis-ponibilizar esse acervo para a sociedade”, conta a sobri-nha do artista, Marília Brito, que liderou o projeto.

Entre os arquivos, desta-cam-se materiais registra-dos desde a estréia de Brit-to no teatro, com “Romeu e Julieta”, de William Shakes-peare, até a sua despedida dos palcos, com “Recorcar é Viver” (2011).

São milhares de fotos,

matérias de jornais, progra-mas de espetáculos, vídeos e DVDs que confirmam o cará-ter multifacetado do artista.

A coordenadora do Ce-doc (Centro de Documenta-ção e Informação em Arte) da Funarte, Ana Saramago, acredita que o acervo repre-senta um valioso patrimô-nio da arte brasileira. “É um material riquíssimo. Es-ses arquivos mostram não só a história do teatro, mas

também a trajetória desse artista”, afirma.

Segundo Ana, traba-lhos como esse têm sido ca-da mais difíceis, pela falta de recursos do órgão. “Es-tá acontecendo um esvazia-mento muito grande. De 15 pessoas que entraram para o quadro do Cedoc, hoje só restam quatro. E não temos perspectiva de abertura de concurso”, relata.

METRO RIO

CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2018

www.metrojornal.com.br {CULTURA} 13|

“Ter uma boa capa, atrativa, exclusiva é fundamental. Por isso descartei de imediato a hipótese de utilizar as capas da Kindle Direct Publishing (KDP), o publicador de capas da Amazon. A ajuda para uma ilustração que representasse bem ‘Orfeu e Violeta’ veio do amigo ilustrador Robson Brüning”

LUIZ FERNANDO CARDOSO, JORNALISTA

A crônica é um gênero lite-rário que tem por essência captar as delicadezas do coti-diano. O tema varia de acor-do com as intimidades do autor e seus interesses pes-soais. A crônica pode falar sobre incoerências no fu-tebol, como fez Nelson Ro-drigues em seu icônico per-sonagem, o Sobrenatural Almeida, ou simplesmente a intimidade e memórias que se tem por apetrechos feito os guarda-chuvas que Rubem Braga descreveu em “Coisas Antigas”.

Natural de Laranjeiras do Sul, aqui no Paraná, o jorna-lista Luiz Fernando Cardoso estreia com o e-book de crô-nicas “Orfeu e Violeta” – com histórias da cidade em que cresceu: Pato Branco.

A obra faz uma compila-ção de crônicas escritas em seu blog entre 2009 e 2013. Ao todo são 24 textos am-bientados ou com citação da cidade localizada no sudoes-

te do Estado.“Eu tinha a intenção de

publicá-las [as crônicas] co-mo um livro impresso. Mas essa história de publicar um livro comercial foi fazendo com que ano a ano eu fos-se postergando esse meu so-nho. Então me deparei com um outro objetivo de vida – publicar o livro antes dos 40 anos. Com o e-book pude via-bilizar isso”, explicou o jor-nalista e escritor que tem ho-je 37 anos.

Com pitadas generosas de humor, o e-book brinda os leitores com histórias que envolvem relacionamentos –

nem sempre com final feliz – em suas idas e vindas da cha-mada “Capital do Sudoeste”.

Mais projetosAs crônicas que foram publi-cadas no blog do jornalista renderam-lhe material para a publicação de outros dois li-vros, além de “Orfeu e Viole-ta”, que devem ser lançados também neste ano.

“O primeiro livro tem ínti-ma ligação com Pato Branco. A intenção é que o segundo livro traga histórias de Ma-ringá – que foi uma cidade que me acolheu muito bem – e o terceiro sobre histórias que vivi em redações de jor-nal. Espero que até o fim des-te semestre eu publique o se-gundo livro e o terceiro ainda no final deste ano.

“Orfeu e Violeta” está disponível para compra na Amazon, por R$ 8,90 e pode ser lido em Kindle, tablets ou smartphones.

METRO MARINGÁ

E-book. Jornalista Luiz Fernando Cardoso compila crônicas escritas entre 2009 e 2013 no livro “Orfeu e Violeta”, que já está disponível na Amazon

“Orfeu e Violeta” está disponível na Amazon por R$ 8,90 | DIVULGAÇÃO

Pato Branco e suas histórias

“Então eu me deparei com um outro objetivo de vida – publicar o livro antes dos 40 anos de idade”

LUIZ FERNANDO CARDOSO, JORNALISTA

“A TURMA DA SAVASSI... QUE

VIROU NOME DE BAIRRO”

JORGE FERNANDO

DOS SANTOS

QUIXOTE+DO R$ 49

Os anos dourados da Be-lo Horizonte da primeira metade do século passado – com seu charme único e sua vida urbana repleta de bondes, cinemas, bares e igrejas –, enche as 220 pá-ginas do livro “A Turma da Savassi... que virou no-me de bairro”, que o escri-tor, compositor e jornalis-ta mineiro Jorge Fernando dos Santos está lançando.

Usando como ponto de partida a história da Tur-ma da Savassi – grupo de jovens que ficou conheci-do nos anos 1940 por se reunir entre as avenidas Cristóvão Colombo e Ge-túlio Vargas –, a obra con-segue esmiuçar de forma fascinante a origem do bairro.

Escrito por sugestão do compositor Pacífico Mas-carenhas, um dos rema-nescentes da turma, o li-vro é ilustrado com fotos de época, um mapa dos principais logradouros da Savassi e os endereços fre-quentados pelos jovens.

“Conheço o Pacífico desde a minha infância. Meu pai era marceneiro e lembro que ele fez bancos e rodas de madeiras pa-ra alguns dos carros anti-

gos da coleção do Pacífico, a quem reencontrei déca-das depois”, revela o au-tor. “Ser convidado por ele para escrever esse livro muito me alegrou, princi-palmente pelo fato de eu agora viver na Savassi, pal-co da história.”

Turma que fez históriaUm dos muitos pontos in-teressantes explorados no livro é a teoria defendida por alguns, que foi a fama dos jovens que frequenta-vam o local que deu ori-gem ao nome do bairro, e não propriamente a Pa-daria Savassi que existia

no endereço. “Foi a nos-sa turma que deu nome à Savassi”, conta com orgu-lho Pacífico Mascarenhas. “Éramos conhecidos e res-peitados por nossas aven-turas. Tinha muita festa, muita serenata nas janelas das moças e bebida à von-tade. Foi uma época mag-nífica”, finaliza.

METRO BH

Memórias da era dourada de Belo Horizonte inspiram livro

Obelisco de Belo Horizonte fazia parte da Savassi | ACERVO PACÍFICO MASCARENHAS

CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 14| {PUBLIMETRO}

Leitor fala

ExecuçãoQue a morte desumana da ex-vereadora Marielle Franco não cale as minorias pe-las quais ela lutava com tanta garra, mas sim que tenha o efeito contrário. Que to-da a indignação que vem mobilizando cidades do Brasil e do exterior sirva de gás para que as pessoas lutem cada vez mais pelos seus direitos e não aceitem a opressão, o preconceito e a desigualdade que vêm tomando conta do nosso país. Que a luta de Marielle se torne a luta de muitos outros, e que a sua lamentável morte não tenha sido em vão. Que o ca-so seja honestamente investigado e que os assassinos paguem pelas vidas que ti-raram. É triste ver que moramos em um país em que, quando nos opomos às in-tolerâncias e desigualdades socais e ra-ciais, somos censurados e silenciados. Que esse crime não fique impune!

DENISE MARIA DE C. COSTA - CURITIBA

ArrastõesMais um arrastão aterrorizou passageiros do transporte coletivo de Curitiba, des-ta vês na linha Santa Inês na última sex-ta-feira. Nós, usuários constantes dos ôni-bus da cidade, nunca saberemos quando pode chegar a nossa vez, até que essa on-da de arrastões seja detida. Até quando?

DANILO CRUZ OLIVEIRA - CURITIBA

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A conjunção entre Mercúrio e Vênus em seu signo possibilita boas conversase momentos sociais que

amenizem os desgastes da semana.

Momento importante para refletir sobre suas posturas junto às relações e evitar impulsos diante de quem

mais gosta.

Seu regente Mercúrio faz conjunção com Vênus, configuração especial para expressarmos sentimentos na

vida afetiva, em família e entre amigos.  

Tendências a ampliar relações, definir sociedades ou mudar a maneira de lidar com certas

convivências nos assuntos profissionais.  

Este é um período acentuado para ajustes em assuntos burocráticos que envolvam finanças, vida

profissional e pendências jurídicas.

A convivência com os familiares tende a ser mais intensa, com esclarecimentos

importantes de assuntos que estejam pendentes.

Boa hora para executar sua criatividade no trabalho. Possibilidades de expor suas

ideias de maneira mais direta nas relações.

Contatos diferentes auxiliarão em assuntos do trabalho. Momento especial

para estudos e temas culturais.

Propensões para momentos mais consumistas, sendo importante a atenção para não

se exceder com o que é supérfluo.

Seus relacionamentos estão propensos a confidências e a uma dedicação mais intensa,

especialmente a assuntos com quem tem intimidade. 

A conjunção entre Mercúrio e Vênus - que rege seu signo - favorece mais dedicação a temas

culturais, estudos e retomada de relações.

Período para organizar planos e agir com mais disciplina para melhores resultados naquilo

que fizer profissionalmente.

Os invasores

Cruzadas

Horóscopo Astrólogo de Plantãowww.astrologo.blog.br

[email protected]: Guilherme Salviano

Assim como os humanos, os cachorros também podem ter cabelos brancos quando pas-sam por momentos estressan-tes. De acordo com a pesquisa da Universidade Northern Illi-nois, nos Estados Unidos, cães jovens, cujos proprietários os classificaram como ansiosos e impulsivos, são mais propen-sos a terem pelos grisalhos precocemente.

A pesquisadora Camille King e sua equipe visitaram parques, clínicas veterinárias e outros locais no Estado do Colorado entregando questio-nários aos tutores de 400 cães.

Os cachorros com pelos claros foram excluídos da pesquisa pela dificuldade de determinar se eles tinham um focinho acizentado. Tam-bém retiraram os que não tinham entre um e quatro anos, já que esses cachorros adultos poderiam ter pelos brancos por causa da idade.

Para avaliar a impulsi-vidade dos animalzinhos, os pesquisadores pergun-taram aos tutores se os cães tinham o hábito de pular sobre as pessoas e se eles perdiam o foco com facilidade. Questionamen-to a sobre o fato de os ca-chorros apresentarem si-

nais de hiperatividade após exercícios também foi levado em conta.

Depois que os participan-tes responderam as 42 per-guntas sobre o comporta-mento, idade e saúde de seus cães, os pesquisadores tira-ram fotos de cada animal.

No final do processo, dois avaliadores, que nunca co-nheceram os pets, classifica-ram cada foto em uma escala de 0 a 3. O primeiro indican-do que não havia pelos bran-cos no focinho, e o último sinalizando que essa parte es-tava muito embranquecida.

Os resultados mostra-ram que os cães que apre-sentaram sinais de ansie-dade mais altos, relatados pelo proprietário, mostra-ram uma maior extensão de pelos acinzentados no focinho do que os cachor-ros menos ansiosos.

Outra conclusão interes-sante da pesquisa foi que as fêmeas tendem a níveis mais elevados de fios brancos do que os cães do sexo masculi-no. Na conclusão da pesqui-sa é indicado que os pets que praticam atividades regu-larmente têm menos chan-ces de adquirir esse sintoma.

METRO INTERNACIONAL

Estresse pode causar fios brancos em cães De olho no pet. Animais jovens de donos ansiosos têm mais chances de serem grisalhos

Cachorros com medo

ou sensibilidade

a ruídos altos tendem

a terpelos brancos

no focinho

PIXABAY

Sudoku

Soluções

CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br {ESPORTE} 15|

3ESPORTE

Taça Caio Junior4ª rodada

ONTEM

2 X 0UNIÃO TOLEDO

3 X 1RIO BRANCO PRUDENTÓPOLIS

0 X 2FOZ DO IGUAÇU PARANÁ

3 X 1MARINGÁ CASCAVEL

0 X 0ATLÉTICO LONDRINA

SÁBADO

1 X 0CORITIBA CIANORTE

Grupo A

P V GP SG

1º PARANÁ 10 3 8 52º MARINGÁ 9 3 8 53º CIANORTE 7 2 6 3

4º FOZ DO IGUAÇU 6 2 5 0

5º CORITIBA 3 1 2 -6

6º CASCAVEL 0 0 2 -7

CLASSIFICAÇÃO

Grupo B

P V GP SG

1º ATLÉTICO 10 3 10 82º TOLEDO 7 2 5 13º UNIÃO 6 2 6 3

4º LONDRINA 5 1 3 1

5º RIO BRANCO 3 1 6 -10

6º PRUDENTÓPOLIS 2 0 3 -3

Vão às semifinais da 2ª taça

Rebaixado

Prude cai com antecedência e sem vencer

Com a derrota por 3 a 1 para o Rio Branco fora de casa, ontem, o Prudentó-polis caiu para a 2ª divisão do Estadual uma rodada antes do fim. Em 10 jogos nas duas taças o time não venceu. METRO CURITIBA

O gol não saiu, mas a torci-da atleticana saiu da Arena ontem parcialmente feliz com a vontade apresenta-da e a classificação do time à semifinal da Taça Caio Ju-nior com uma rodada de antecedência.

O empate por 0 a 0 com o Londrina levou o time aos 10 pontos e somente um de-sastre tira o Furacão do 1º lugar do grupo A.

Em confronto direto com o Toledo, às 21h45 des-ta quarta-feira, no interior, o Rubro-negro pode perder por até três gols de diferen-ça, que manterá a liderança para enfrentar o 2º do gru-po A no próximo domingo em casa.

O jogoNo 1º tempo as duas equipes acertaram o travessão após cobranças de escanteio. Aos 20’ o Tubarão quase fez com Lorenzi e dois minutos de-

pois foi a vez do Furacão passar perto com Zé Ivaldo. O zagueiro, aliás, teve ou-tras duas boas chances na bola aérea, mas errou o alvo.

Na 2ª etapa o ritmo bai-xou um pouco, mas as chan-ces de gol seguiram. Aos 17’, Bruno Guimarães salvou ca-

beçada em cima da linha.Já aos 36’, Marcelinho

foi expulso por agredir Die-go e deixou o Tubarão en-curralado. O Furacão tentou uma pressão final e quase marcou aos 48’. Yago domi-nou cruzamento na 2ª trave e chutou rasteiro: o goleiro

Alan foi no cantinho e sal-vou o Londrina da derrota.

METRO CURITIBA

Taça Caio Junior. Em jogo movimentado e com muitas oportunidades, Atlético e Londrina ficam zerados. Furacão só perde o 1o lugar do grupo B se for goleado por 4 a 0 pelo Toledo

Torcedor ficou no quase ontem. Foram sete mil na Arena | GERALDO BUBNIAK/FOLHAPRESS

Rubro-negro empata, mas assegura semi

Cumprindo tabela

Coxa quebra jejum sob vaiasDepois de quatro derro-tas e um empate nos úl-timos cinco jogos, o Co-xa voltou a vencer no sábado ao fazer 1 a 0 so-bre o Cianorte no Couto Pereira. O gol foi do go-leiro João Gabriel, con-tra, em trapalhada após cobrança de escanteio.

Mesmo com o triunfo, a torcida vaiou o time no término da partida. “Eu acho que o torcedor tem todo o direito”, disse o técnico Sandro Forner sobre as cobranças. An-tes de disputar a final do Estadual, o Coxa encerra o turno contra o Casca-vel, fora, na quarta-feira, às 21h45. METRO CURITIBA

O Tricolor enfim engrenou no Paranaense. Ontem, o time venceu a 3ª seguida ao bater o Foz do Iguaçu por 2 a 0 no estádio ABC. A vitória levou o Paraná a liderança do grupo A com 10 pontos a uma rodada do fim da Taça Caio Junior.

Na última rodada, o Trico-lor recebe o Maringá, na Vila

Capanema, às 21h45, preci-sando apenas de um empate para se classificar e em 1º.

O jogoA 1ª etapa foi movimentada, mas sem chances claras. No 2º tempo, o Paraná abriu o pla-car com um golaço de Carlos Eduardo aos 2’: da entrada da

área ele bateu de três dedos no ângulo. Em vantagem, o time perdeu gols com Thiago Santos e Jhonny Lucas. Já aos 35’ o Foz chegou a empatar com Marcelo Soares, mas a arbitragem anulou incorreta-mente. Minutos depois o Tri-color teve pênalti, Diego fez e matou o jogo. METRO CURITIBA

Paraná vence o Foz fora e fica próximo da semifinal

• Gols. Carlos Eduardo aos 2’ e Diego Gonçalves aos 39’ do 2o tempo

0 2FOZ PARANÁ

• Público. Pagante: 6.169Total: 7.001

• Arbitragem. Rodolpho Toski Marques

Caio; Diego Ferreira, Zé Ivaldo, Léo Pereira e Renan Lodi (Vitor Naum); Deivid, Bruno Guimarães e João Pedro; Alex Sandro (Yago), Marcinho e Éderson (Demethryus).Técnico: Tiago Nunes

César; Lucas Ramón , Luizão , Lucas Costa e Roberto; Moisés , Diego Lorenzi , Romisson e Thiago Primão (R. Figueiredo); Marcelinho e Wesley (Miullen). Técnico: Marquinhos Santos

ATLÉTICO LONDRINA

0 0

Sob forte calor no Oeste, Paraná fez atuação segura | MARLI TEODORO

Itália

ConvocadoAos 40 anos, Gianluigi Buffon foi convocado para defender a Itália

para os amistosos contra Argentina e Inglaterra. O goleiro tinha deixado a Azzurra após a Seleção

não conseguir se classificar para a Copa do Mundo. Sua convocação

é para que ele não encerre sua carreira na equipe nacional num

episódio tão triste para o futebol do país. Buffon ainda não revelou se irá se aposentar ao fim da

temporada.

CURITIBA, SEGUNDA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2018www.metrojornal.com.br 16| {ESPORTE}

Mar Negro Mar Cáspio

BRASIL SUIÇA

17/06

x

SÉRVIA BRASIL

27/06

xBRASIL COSTA RICA

22/06

x

São Petersburgo

Moscou

RÚSSIA

250 KM

1.200 KM

850 KM

Casa da Seleção

Um cantinho para chamar de ‘meu’. Visual deslumbrante e clima “abrasileirado” tornam a cidade o cenário perfeito para abrigar a Seleção Brasileira, mas dificuldade na logística pode ser uma pedra no sapato ESTÁDIO

Nome: Estádio Olímpico FishtCapacidade: 47.659 pessoasCusto: R$ 2,327 bilhões

PARTIDAS

Pontos negativosÉ difícil imaginar que a es-tadia da Seleção em uma ci-dade tão fantástica e com uma estrutura de ponta possa apresentar aspectos negativos. Mas eles exis-tem, e o principal deles é a logística de deslocamento para as partidas durante a fase de grupos.

Sem nenhuma parti-da realizada em Sochi, a Seleção Brasileira deverá percorrer cerca de 4,6 mil quilômetros entre 17 de ju-nho, quando estreia contra a Suíça, e 27, quando en-frenta a Sérvia no encerra-mento da fase de grupos.

“Isso preocupa (desloca-mento), mas nós não tínha-mos como controlar essa va-riável. Apesar da distância, essa agilidade para chegar é importante”, amenizou o treinador da Seleção.

Vale lembrar que a es-colha pela cidade foi feita em dezembro – antes do sorteio para definir as da-tas e os locais dos confron-tos do Brasil na fase de grupos da Copa do Mundo.

METRO

Cercada pe-lo visual d e s l u m -brante do Mar Ne-

gro e abençoada com um clima subtropical, a cidade de Sochi foge ao estereótipo de frio, catedrais e palácios na Rússia. Não é à toa que o local – uma das 11 cidades--sede do Mundial –- foi esco-lhido pela CBF como "casa" da Seleção Brasileira duran-te a Copa do Mundo.

A chegada da delega-ção à Rússia está, inclusive, definida: será em 10 de ju-nho, uma semana antes da estreia no Mundial. Além das vantagens climáticas, a Seleção terá como alia-da a fantástica estrutura do hotel escolhido para abri-gar os atletas e a comissão brasileira. O luxuoso Swis-sotel Resort Sochi Kame-lia, de cinco estrelas, conta com dois campos de treina-mento e uma academia de ponta. Para se transformar em um verdadeiro centro de treinamento, porém, a CBF planeja criar uma área de recuperação e fisiotera-pia para os atletas nas de-pendências do resort.

"Quero investir bastan-te na recuperação dos atle-tas. Preciso prepará-los bem para os jogos e recuperá-los bem para os treinamentos e para a sequência da compe-tição", disse o coordenador técnico da Seleção, Edu Gas-par, em visita ao local.

Para encurtar a distân-cia entre o Brasil e a Rússia, a CBF planeja uma novidade em relação aos últimos mun-diais. Desta vez, será permi-tida a presença de familia-res dos atletas em Sochi, mas eles ficarão hospedados em outro hotel, com custos pa-gos pelos próprios jogadores.

Jogadores poderão ter a visita

de parentes na cidade praiana

Edu Gaspar, coordenador

de Seleções da CBF,

e o técnico Tite em

visita à Sochi

Clima é bastante favorável,

com pouco frio

DMITRIY KORZHEV

SOC

CE

R.R

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RE

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FRIO? QUE NADACom uma temperatura amena até mesmo durante o inverno, Sochi está em uma das regiões mais quentes da Rússia: no verão, a temperatura chega a até 30 graus. Mas as semelhanças com o Brasil não param por aí. Essa característica, somada aos aspectos físicos da região, como praias e montanhas, fazem de Sochi uma "cidade-resort", destino de russos e diversos estrangeiros durante suas férias.

OITAVAS DE FINAL30/06

QUARTAS DE FINAL07/07

PORTUGAL

15/06

ESPANHA

x

BÉLGICA

18/06

PANAMÁ

x

ALEMANHA

23/06

SUÉCIA

x

AUSTRÁLIA

26/06

PERU

x

HISTÓRICO DE COMPETIÇÕESNão é a primeira vez que Sochi recebe um evento esportivo dessa magnitude. Em 2014, a cidade foi sede da Olimpíada de Inverno, e parte da estrutura montada para os Jogos permaneceu como um legado na cidade. Um exemplo disso é o Estádio Olímpico Fisht, montado especialmente para as cerimônias de abertura e encerramento da competição. Além disso, há quatro anos o autódromo de Sochi se tornou a casa da Formúla 1 na Rússia.

PRIMEIRA PARTIDA SEGUNDA PARTIDA TERCEIRA PARTIDA

VAI E VEMVeja o caminho que a seleção terá que percorrer para disputar as partidas da fase de grupos

COMPARAÇÃOEm linha reta, a distância que o Brasil vai percorrer durante a fase de grupos

da Copa do Mundo na Russia é a mesma entre

Brasília e Freetown, capital de Serra Leoa, do outro

lado do Oceano Atlântico

4.600 KMIda e volta, somando as três viagens que o Brasil precisa fazer na primeira

fase do Mundial