A SINFONIA DE DEUSDeus pensou, escreveu uma sinfonia e saiu para criar

Descubra neste livro que, quando nasceu, você estava dentro de uma peça musical.

O diabo tentou desafinar quando incentivou o pecado através de Eva, porém veio o sangue de Jesus e cada gota deste sangue apagou as notas frias da miséria e reescreveu a partitura da sua vida.

Você vai se emocionar, vai chorar, vai sorrir...

Este livro vai impactar a sua vida!

Elizeu Gomes, D. Mús. Autor do livro A CHAVE DE DAVI

Pós-graduado em Música Sacra pelo HIS, Florida, Estados Unidos

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A Sinfonia de DeusCopyright © 2014 by Elizeu Gomes

All rights reserved.Todos os direitos reservados.

Desafio31© 2009 Impactando GeraçõesSão Paulo, BRA. All rights reserved. © 2009 GT Produções

Material essencial para a liderança de Louvor & AdoraçãoUm programa de música para a família e a igreja local.

W & M PublishingGuarulhos, São Paulowww.grafica.com

Todas as escrituras mencionadas neste materialforam extraídas da Bíblia Edição Corrigida e Atualizada.

A cópia indevida deste material, seja por fax, fotocópia, scanner ou quaisquer outros meios se constitui em violação dos direitos autorais e, portanto, crime. Os princípios deste livro

não vão suscitar a bênção de Deus e nem funcionarão em uma situação criminosa. Telefone-nos para obter o direito de reprodução.

Contato com o autor:11-2304-077011-9956-7513www.elizeugomes.orge-mail: impactandogeracoes@yahoo.com

Ficha técnica:Diagramação e capa: Messias Freire

Revisão: Martha Jalkauskas

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SumárioUMA PALAVRA ............................................................... 5

CAPítULo 1 .................................................................. 7A origem ......................................................................... 7

CAPítULo 2 ................................................................ 15A música e a natureza .................................................... 15

CAPítULo 3 ................................................................ 21Paralelismo entre a criação e a música............................ 21

CAPítULo 4 ................................................................ 31O sopro, a corda e a percussão ...................................... 31

CAPítULo 5 ................................................................ 41Ponto de aumento, ligaduras e aplicações ...................... 41

CAPítULo 6 ................................................................ 45Síncope, contratempo e acidentes musicais.................... 45

CAPítULo 7 ................................................................ 51A música e seu poder de ação na história ....................... 51

CAPítULo 8 ................................................................ 55Armadura de clave, tons e quiálteras .............................. 55

CAPítULo 9 ................................................................ 59Fermata, ritornello e andamentos .................................. 59

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CAPítULo 10 .............................................................. 65Pausas, durações, acordes e cifras ................................... 65

CAPítULo 11 .............................................................. 73Cinética e partitura ....................................................... 73

CAPítULo 12 .............................................................. 79Expressão e dinâmica .................................................... 79

CAPítULo 13 .............................................................. 83A tipologia e outras considerações ................................. 83

ConCLUsão ............................................................... 89Deus quer afinar a partitura de sua vida ........................ 89

RefeRênCiAs BiBLiogRáfiCAs ............................ 93

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umA PALAVrA

Este livro não foi escrito para músicos e, sim, para todos!

Você vai notar como é fascinante a relação intrínseca com a criação do mundo dentro de uma analogia musical. Descubra neste livro o que levou o autor a entender que, antes de criar todas as coisas, Deus, o maestro por excelência, escreveu a mais linda partitura e a maior sinfonia que o universo conheceu.

Um dia, lá na eternidade, Deus pensou: “Hoje eu vou criar”. Na verdade, ao lermos a Bíblia, identificamos uma íntima relação entre Ele e a música.

Quando Gênesis começa dizendo “No princípio criou Deus...”, você sabe o que é o princípio? Princípio, entre outras louváveis interpretações, também é o tempo. Tempo na música é a medida de compasso métrico.

O que entendemos aqui? Que Deus fez a criação como se fosse uma obra sinfônica. A criação foi realizada em cima de uma partitura musical. Veja o que diz em Jó 38.4-7, quando Deus pergunta para o patriarca:

“Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases ou quem lhe assentou a pedra angular, quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, rejubilavam todos os filhos de Deus?”.

Através deste texto vemos que a música existia antes da criação do mundo. Prova-nos isto que a criação foi feita com

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base musical. Neste livro você vai observar acuradamente a relação entre Deus, a música e a criação.

Mais que isto: você vai entender que, na verdade, sua vida é uma sinfonia ambulante. Todos os seus gestos, voz, expressão corporal etc. são a manifestação da glória de Deus.

Descubra aqui que, quando nasceu, você estava dentro de uma peça musical. O diabo tentou desafinar quando incentivou o pecado através de Eva, porém o sangue de Jesus, cada gota deste sangue, apagou as notas frias da miséria e reescreveu a partitura da sua vida.

Você vai se emocionar, vai chorar, vai sorrir...

Este livro vai impactar a sua vida!

Elizeu GomesTel-Aviv, Israel

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CAPítuLo 1

A origem

Embora, segundo Jó 38:1-8, a Bíblia mencione a música antes da criação do mundo, o termo música foi aceito pela comunidade universal da música. A expressão música provém do grego, da palavra mousikê. Baseado na mitologia grega, conta-se que as moças virgens, portanto, as musas, vinham de tempos em tempos alegrar o coração dos deuses.

Assim, elas, as musas, “mousikavam” – daí o termo em sua aplicação – lembrando que, para o nosso estudo aqui, esta é apenas uma informação cultural e etimológica trazida dos séculos passados. Não significa que eu defina a mitologia grega como base para este estudo. Seu uso aqui é estritamente histórico e contextual.

A Bíblia diz em Gênesis 1:1: “No princípio criou Deus...”. Todos sabemos que o princípio foi o tempo, então, como Deus é antes do princípio, quando a Bíblia diz que Ele não teve princípio e nem fim, chegamos à óbvia conclusão de que, dentro de Sua existência, não havia tempo. Assim, Ele criou o tempo para cronometrar a Sua obra.

Toda orquestra só pode executar uma peça musical se houver o tempo dentro da armadura de clave, ou seja, sem tempo não pode haver uma execução musical. Deus idealizou a criação tal como uma sinfonia e, assim, primeiro criou o tempo para guiar Sua orquestra.

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Quero apresentar neste trabalho uma concepção fantástica da música inserida na Bíblia Sagrada. Desde o Gênesis até o Apocalipse, os relatos da proximidade entre Deus e a música é de uma clareza irrefutável.

Neste livro você vai descobrir o relacionamento da Palavra de Deus com os princípios musicais, seja em hinologia, folclore, história do povo israelita etc. Interessante é que a Bíblia, sendo um livro completo, trata de assuntos como política, religião, antropologia, sociologia, psicologia, matemática, geografia, história, etnias etc., todavia, em todas estas áreas, a música está sempre presente, de uma forma ou de outra.

Através de muitas pesquisas, pude traçar um paralelo entre a música e a criação, desde os primeiros registros da antropologia neolítica e paleolítica até mesmo em escatologia. Tudo isto ligado intrinsecamente com a música.

A música tem sido um comportamento social presente em todos os séculos na raça humana. Mesmo nas eras remotas da idade antiga temos registros de instrumentos e artistas envolvidos com a música, o que a faz, sem dúvida, o maior tema cultural.

Não só na questão antropológica, a Bíblia registra passagens musicais mesmo antes da criação do universo quando, em Jó 38.4-7, Deus relata que, enquanto estendia o cordel sobre a terra, Ele o fazia ouvindo música, de forma que há muita riqueza que este tema nos oferece.

Convido você a entrar na Bíblia pela linguagem musical e descobrir coisas interessantes e maravilhosas de uma sinfonia realmente inacabada, porque será perpetuamente realizada no céu em forma de louvor e adoração “ao que está assentado”.

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Note que, depois de tudo terminado, a única coisa aqui na terra que continua na eternidade é a música. Ela é antes, durante e depois da criação. As culturas mundiais se diferem em pontos extremamente paradoxais, entretanto, não há cultura em que não haja a presença da música.

Notação musical

É o nome que identifica um sistema de escrita ou gráfico musical. A notação musical é geralmente usada para definir ou representar uma peça musical, criando, assim, um caminho lógico para o músico ou o intérprete realizar uma boa execução musical.

Após várias mutações de culturas e anos, convencionou-se o uso da pauta ou pentagrama para a grafia musical, que consiste, na verdade, de cinco linhas e quatro espaços; nesta grade é escrito todo tipo de peça, arranjo e orquestração musical.

Em todo o mundo, os músicos podem não falar a mesma língua do país do outro, porém a linguagem musical é universal. Pode-se colocar um esquimó tocando com um chileno e eles vão se entender mutuamente sem problemas.

A função primordial da notação musical é identificar as notas, que então passam a ser elemento fundamental para a construção de qualquer linha musical. A nota possui alguns princípios básicos, que são variações de intensidade, expressão ou técnicas de execução instrumental.

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Breve histórico da origem

Embora haja indícios de fragmentos em inúmeras civilizações a respeito do conceito e da noção musical, em termos de escrita organizada, ou pelo menos algo mais específico, a Grécia antiga sai na frente. Há um famoso texto gráfico musical chamado O epitáfio de Seikilos, que remonta ao início da notação. Dizem os historiadores que O epitáfio de Seikilos é um exemplo da notação musical praticada durante a Grécia Antiga.

Há também um registro dos primeiros neumas. Pode-se observar alguma linguagem apenas como sinais que marcam junto de cada palavra, como, por exemplo, o fragmento de Laon Metz, em meados do século X.

Na verdade, os sistemas de notação musical existem desde épocas remotas da humanidade. Acredita-se que vários códigos tenham sido desenvolvidos e ao mesmo tempo extintos por meio de possíveis dizimações provocadas por conflitos tribais.

Recentemente, arqueólogos encontraram inscrições bem semelhantes às de hoje em países como o Egito, que, por sua vez e por força da cultura popular, sofreu muita influência dos músicos da Mesopotâmia – isto, segundo os pesquisadores, por volta do terceiro século antes de Cristo.

Alguns povos, embora sob fragmentos, deixaram suas impressões fortíssimas, como o epitáfio mencionado, encontrado em uma tumba na Turquia. Interessante é que o sistema grego combinava a notação com letras representativas de seu alfabeto popular. É claro que, vindo a invasão romana, bruta e massiva, muitos destes documentos foram danificados ou perdidos, permanecendo ignorados.

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Não obstante estas divagações acerca da história, não podemos deixar de admitir que o sistema contemporâneo de notação musical teve seu berço nas neumas, que, no latim, é uma palavra que vem com o significado de sinais encurvados. Não havia um vocabulário musical e, então, davam-se os nomes correspondentes à grafia ou ao que ela representava. Os chineses ainda hoje usam agregar figuras ao seu sistema linguístico.

Um dos papas mais musicais, a bem da verdade o mais musical de todos, foi, sem dúvida, o Papa Gregório, de onde se origina a expressão ou o estilo canto gregoriano. Seu sistema consistia em símbolos que representavam as notas musicais em peças vocais do canto e isto se deu por volta do século VIII.

O único problema que o sistema de neumas criava era que, como seus pontos e traços representavam intervalos e regras de expressão, elas eram posicionadas de forma tal sobre o texto que serviam como uma espécie de lembrete sobre a maneira de executar a peça.

Assim, para quem era conhecedor de música, não havia dificuldade; no entanto, apesar de todo o esforço cultural da época, este sistema não dava chance a pessoas que nunca a tivessem ouvido de cantá-la, pelo fato de que era penoso tentar executar com precisão a altura e a duração das notas.

Deste modo, o próprio problema foi sugerindo mudanças e, dentro de pouco tempo, a notação musical sofreu brusca mudança. Assim, para equacionar a situação, as notas assumiram certas distâncias variáveis umas das outras.

Este novo formato permitia representar as alturas. De passo em passo, o sistema desenvolveu-se. Houve uma grande

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evolução até que se chegou à pauta composta por quatro linhas, com um código inovador chamado de clave, o qual dava base para que a extensão das alturas pudesse ser alterada.

Logo de início o sistema não continha símbolos de duração das notas, pelo fato de o texto vir marcado e as notas estarem inseridas no trecho a ser cantado.

No entanto, o monge beneditino Guido D’Arezzo (992-1050 d.C.), grandemente dedicado à notação musical, possibilitou significativo avanço. Sua maior contribuição foi, indiscutivelmente, o desenvolvimento da notação absoluta das alturas (em que cada nota ocupa uma posição na pauta, de acordo com a nota desejada).

D’Arezzo também foi o precursor, ou seja, o idealizador do sistema de solfejo, o ensino musical que permite ao estudante cantar o nome das notas. Assim foram criados os nomes das notas, atualmente chamadas de: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si. Com esta nomenclatura definida, o aluno agora tinha a oportunidade de cantar a nota que seria executada pelo instrumento. A isto chamamos, então, de solfejo.

O fato de dispormos dos termos musicais em língua italiana se deve ao trabalho de Guido D’Arezzo. Hoje em dia, a comunidade internacional adota o italiano como língua oficial para identificar os elementos da escrita musical. É por isto que você não entende como a peça clássica O Guarani, de Carlos Gomes, é executada em italiano, sendo que o compositor e a peça são de origem brasileira.

Assim, tornou-se padrão, no mundo ocidental, o sistema de notação musical, inclusive, o sistema, que na época já estava

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bem, assim como a pauta, com a inserção de mais uma linha, cognominou-se também pentagrama, por oferecer cinco linhas na grafia musical.

Portanto, a escala cromática, constituída de doze semitons, bem como os seus subconjuntos, as dialtatônicas, pode ser executada tanto para vocal como para instrumental. De acordo com a peça musical que se executa, pode-se inserir alguns sinais adicionais; notas em afinações microtonais também podem ser utilizadas.

A que se destina este trabalho?

Destina-se a fazer um paralelo entre a música, a criação e Deus, tendo como base a notação musical.

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CAPítuLo 2

A música e a natureza

Em 1 Coríntios 14.10, a Bíblia diz:

“Há, por exemplo, tantas espécies de vozes no mundo, e nenhuma delas sem significado”.

Todo o tipo de voz e de som produzido na natureza tem o seu significado.

A música, como vimos, estava presente antes da criação do mundo, o que a torna mais antiga que a própria criação. Veja em Jó 38.4-7:

“Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Faz-me saber, se tens entendimento. Quando juntas as estrelas da alva e todos os filhos de Deus se rejubilavam?”.

É interessante notar o paralelo que há neste episódio. Note bem:

• São sete dias que envolvem a criação do mundo.

• São sete as notas tônicas que há na escala natural musical.

• São sete as cores primárias que formam o arco-íris.

Na verdade, o mundo era um caos (kaos), mas “o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas”. Isto significa que a sua vida pode estar um caos, tudo fora de ordem, mas que, se o Espírito de Deus “pairar” sobre a sua vida, ela não será mais a

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