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A Vontade e a soberania de deus Tradução do livro 1, c apítulo 11 de A Body of Doctrinal Divity 1. Provo que ! u"a vontade e" Deus# $ ra%ão de que e" todos os seres inteli&entes ! u"a vontade, co"o ta"b'" u"a co"preensão# co"o e" an(os e o"ens, assi" ' co" Deus# co"o )le te" u"a co"preensão do que ' infinito e i"perscrut!vel, assi" ele te" u"a vontade# fa%er a vontade d)le ' o "ais apropriado. As influ*ncias de +ua co"preensão &uia" a sua vontade, e a +ua vontade deter"ina todas as suas açes# e a +ua vontade sendo diri&ida assi", sabia"ente, ' ca"ada de -o conselo da sua vontade- )f. 1/110. A vontad e freqente"ente ' atribuída $ Deus na Bíblia# 23aça4se a vontade do +enor.5 Atos 61/170. 2Porquanto, que" te" resistido $ sua vontade85 9". :/1:0. 2Descobrindo4nos o "ist'rio da sua vontade,5 )f. 1/:0 e e" "uitos outros lu&ares# a vontade de Deus não ' de nenu" "odo diferente de +ua pr;pria propensão# ' essencial a )le# ' a +ua nature%a e ess*ncia# não ' separada, ou considerada co"o distinta, ou co"o u"a parte de u" todo# o que seria contr!rio ao claro senso de Deus# ou para ser u" si"ples espírito desapiedado que fora estabelecido. A vontade ' atribuída a cada u"a das pessoas divinas# para o Pai, <o =/>:, 7?0 para o 3ilo, co"o u"a pessoa divina, <o @/61, 1/670 e que" ta"b'", co"o o"e", teve u"a vontade distinta dessa, entretanto su(eitou4se, <o =/># Cc 66/760 e para o )spírito que ' dito que restrin&e e não sofre al&u"as coisas que são feitas# quer di%er, não os  per"ite# e não per"itir ' u" ato da vontade, co"o ta"b'" decidir , Atos 1=/=, 0 ' dito que ele reparte os seus dons aos o"ens 2co"o quer5 1 or. 16/110. ) estes tr*s, co"o eles são u" Deus, concorda" e" u", e" u"a "ente e vontade. 6. Eostrarei a&ora no que consiste a vontade de Deus/ ! apenas u"a vontade e" Deus# "as para nossa "elor co"preensão, pode4se distin&uir isso. )u não aborrecerei o leitor co" todas as distinçes feitas pelos o"ens# al&u"as são falsas e outras vãs e inFteis# co"o absoluto e condicional, antecedente e conseqente, efica% e inefica%, etc. A distinção de -secreta- e -revelada- vontade de Deus ' obtida entre as perfeiçes divinas# a pri"eira ' propria"ente a vontade de Deus, a se&unda so"ente a sua "anifestação.  Gualquer que se(a a resolução de Deus e" +i "es"o, quer para +i ou para outros, ou per"itir ocorrer, enquanto est! e" seu ínti"o, não se fa% saber por qualquer evento da provid*ncia, ou pela  profecia, que ' a +ua vontade secreta# assi" são as profunde%as de Deus, os pensa"entos de +eu coração, os conselos e deter"inaçes de +ua "ente# que são i"penetr!veis a outros# "as quando se abre" pelos eventos da provid*ncia ou pela profecia então eles se torna" a revelada vontade de Deus. A secreta vontade de Deus torna4se revelada pelos eventos da provid*ncia, ' considerada &eral ou especial# a provid*ncia &eral de Deus co" respeito ao "undo e a H&re(a não ' outra coisa do que a sua eIecução, e assi" a "anifestação da +ua secreta vontade, co" respeito a a"bos/ o "undo e suas obras, a ori&e" das naçes, o estabeleci"ento delas nas v!rias partes do "undo, o sur&i"ento de estados e reinos e particular"ente das quatro "onarquias e a sua sucessão/ para a H&re(a, na lina de +ete, de Adão e na lina de +e", de Jo' e no povo de Hsrael, de Abraão, para a vinda de risto e o livro de Apocalipse ' a "anifestação da vontade secreta de Deus co" respeito a a"bos, da vinda de risto ao fi" do "undo, &rande parte do qual (! foi cu"prida e o restante ser! cu"prido co"o a destruição do anticristo e do estado anticristão, a conversão dos (udeus e a vinda da plenitude dos &entios e o reino espiritual e pessoal de risto. )ssas são a&ora reveladas, ainda que o te"po e" que elas to"arão lu&ar este(a na vontade secreta de Deus. A provid*ncia de Deus pode ser considerada co"o especial co" respeito a pessoas e" particular# ! u" prop;sito ou secreta vontade de Deus co" respeito a cada o"e"# e ! u" te"po fiIado para todo prop;sito# u" te"po para nascer e u" te"po para "orrer, e para tudo o que vier a acontecer ao o"e" entre o seu nasci"ento e "orte/ tudo o que e" seu devido te"po se abriu, pela  provid*ncia e que era secreto veio a ser revelado/ dessa "aneira sabe"os para que nasce"os, que nossos pais  no te"po e circunstKncias de nosso nasci"ento co"o relatado a n;s, vie"os a saber que acontece a

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n;s, se e" adverso ou pr;spero ca"ino# Deus te" eIecutado o que foi deter"inado para n;s,

co"o <; di% de si "es"o# "as então co"o ele observa/ 2"uitas coisas co"o estas ainda te"

consi&o5, e" +ua vontade secreta. Jão sabe"os o que suceder! conosco e e"bora saiba"os que

u" dia ire"os "orrer, isso ' revelado, "as quando e onde, de que "aneira e circunstKncia, não

sabe"os, o que resta na secreta vontade de Deus. Al&u"as coisas que pertence" a secreta vontade

de Deus ve" a ser reveladas pelas profecias, assi" foi feito saber a Abraão, que a sua se"ente de

acordo co" a secreta vontade de Deus, deveria ser e" u"a terra, não sua, quatrocentos anos e serafli&ida e vir a se tornar u"a &rande nação# Deus não ocultou a Abraão o que )le secreta"ente tina

e" "ente, e" destruir +odo"a e Lo"orra e de fato isso foi usual pelo +enor para fa%er nada "as

do que a revelação para seus servos os profetas# particular"ente todas as coisas relativas a risto,

+ua encarnação, ofícios, obedi*ncia, sofri"entos, "orte e a &l;ria que deveria suceder, seria todo o

si&nificado anterior"ente, para os profetas, pelo )spírito de risto neles.

 A vontade de Deus, que )le te" feito pelo o"e", ' revelada na lei, que ' ca"ada 2sua vontade5

9" 6/10. Hsto foi feito a saber a Adão, pela inscrição no seu coração, portanto, ele sabia o que era

a obedi*ncia a Deus, para ser eIecutada por ele, isto, ainda que fraca"ente obliterada pelo pecado,

ainda aqui ' al&u"a coisa restante nos &entios, que fe% pela nature%a as coisas contidas nela, que

"ostra a obra da lei escrita e" seus coraçes/ u"a nova edição desta lei foi entre&ue para os

Hsraelitas, escritas e" t!buas de pedra, pelo dedo de Deus# e" confor"idade co" o que eles a si"es"o procedia" e to"ar a possessão de anaã e &o%ar os privil'&ios disto/ e na re&eneração a lei

de Deus ' posta no ínti"o e escrita nos coraçes do povo de Deus# que sendo transfor"ado pela

renovação das "entes ve" a saber qual se(a a boa, a&rad!vel, e perfeita vontade de Deus 9" 16/60.

Hsto ' e" relação a obedi*ncia a a"bos para Deus e o o"e".

 )sta ' a revelada vontade de Deus no )van&elo# e" relação aos tipos de intençes, e &raciosas

consideraçes de Deus ao o"e", e revelar o que antes era +ua secreta vontade e" relação a ele#

co"o )le tina escolido al&uns para a vida eterna, e os desi&nou para a salvação por risto e

no"eado a risto para ser o +alvador# e risto fa%endo a vontade de Deus veio do c'u a terra para

tal, e isto ' a vontade de Deus, que esses deveria" ser re&enerados e santificados# e 2nunca ão de

 perecer, "as te" a vida a vida )f 1/7,@# <o =/># H Ts 7/># <o =/>:,7?# Et 1/170. Eas por

conse&uinte, tudo isto ' a revelada vontade de Deus, no )van&elo, contudo, quanto a pessoas neste

 ponto, esta ' e" &rande "edida, u"a secreta eleição de Deus, e dessa "aneira o restante, pode ser

conecido pelo )van&elo vindo co" poder ao coração e pela obra da &raça sobre ele, e o

coneci"ento deveria ser depois buscado# por'" não ' alcançado senão por que" ' favorecido co"

u"a plena convicção de f'# e quanto a outros, ainda que possa", e" u" (ul&a"ento de obras, pela

ra%ão de suas declaradas eIperi*ncias, seus discursos a&rad!veis e proceder piedoso, dedu%ir que

são eleitos de Deus.

Por'" isto não pode certa"ente ser conecido, "as pela divina revelação, co"o foi pelo ap;stolo

Paulo, que le"ente e outros de seus co"paneiros cooperadores, tina" seus no"es escritos no

livro da vida 3l 7/>0. )sta ' a revelada vontade de Deus, que deve aver u"a ressurreição da "orte,dos (ustos e in(ustos# e que todos deve" co"parecer no (ul&a"ento diante do trono de risto# que

depois da "orte deve vir tal (ul&a"ento# e ainda que se(a revelado, que ! u" dia fiIado, be" co"o

u"a pessoa desi&nada para (ul&ar o "undo co" (ustiça# por'", o dia e a ora nin&u'" sabe, ne" os

an(os# "as Deus so"ente. Assi", que sobre tudo, ainda ! al&u" funda"ento para esta distinção da

secreta e revelada vontade de Deus, por'" isto não ' co"pleta"ente claro# ! u"a "istura, parte da

vontade de Deus ' ainda secreta e parte ' revelada, e" relação ao "es"o prop;sito, co"o te" sido

observado e plena"ente "ostrado.

A "ais acurada distinção da vontade de Deus est! no seu prop;sito e prescrição# ou as ordens e

decretos da +ua vontade.

As ordens de Deus, ou seus "anda"entos são os que estão declarados nas )scrituras, que deve" ser

conecidos pelo o"e" e ' dese(!vel que ele possa ter coneci"ento e estar inteirado disso Et

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/61, 16/@?# l. 1/:, 7/160.

)sta ' a re&ra da obedi*ncia u"ana# o qual consiste do te"or a Deus e da &uarda de seus

"anda"entos# isto ' feito, "as por al&uns apenas, e não de for"a perfeita# todo pecado ' a

trans&ressão disto# quando essas coisas são feitas correta"ente pela f', provindo do a"or e para a

&l;ria de Deus, todo o"e" re&enerado dese(a fa%er da "elor "aneira e se puder, perfeita"ente#

"es"o ' feito pelos an(os no c'u. Deus, pela declaração de +ua vontade, "ostra +ua aprovação, que' aceit!vel a )le, quando feito correta"ente e torna o o"e" que não fa% inescus!vel, e resulta na

aparição da (ustiça divina e" infli&ir punição a tais pessoas.

Ms decretos da vontade de Deus são propria"ente falando, +ua vontade# a outra ' a +ua Palavra#

esta ' a re&ra de +uas pr;prias açes, )le fe% todas as coisas nos c'us e terra e" conseq*ncia dessa

+ua vontade, o conselo dela# e esta vontade ' se"pre feita, não pode ser resistida, frustrada e

cancelada# )le fa% tudo o que dese(ar# 2seus conselos per"anece" e os pensa"entos de +eu

coração são para todas as &eraçes5# e isto ' as ve%es cu"prido por esses que não te" consideração

 pela +ua vontade de prop;sito, e não te" coneci"ento disto, "es"o quando a estão fa%endo#

co"o Nerodes e Pilatos, os (udeus e &entios, que estava" contra risto At 7/6460 e os de% reis,

cu(os coraçes Deus pOs a +ua vontade, para dar seus reinos a besta Ap 1/10 e esta vontade deDeus deve estar na "ente de tudo que intencionar"os fa%er# di%endo/ 2+e o +enor quiser, e se

viver"os, fare"os isto ou aquilo.5 H o 7/1:, T& 7/1>41@0, e isto deve ser de nosso coneci"ento e

sub"issão a todo estado e condição de vida, se de prosperidade ou adversidade, ou qualquer coisa

que vena a nos aco"eter, ou a nossos a"i&os e conecidos At 61/170 e isto, propria"ente falando,

' so"ente e a Fnica vontade de Deus.

>. Guais são os ob(etos/

 >a. Pri"eiro, o pr;prio Deus, não +ua nature%a e "odo de subsistir# co"o a paternidade do Pai# a

&eração do 3ilo# e a presença do )spírito natural"ente e necessaria"ente eIiste" e não depende"

da vontade de Deus/ "as de +ua pr;pria &l;ria# 2M +)JNM9 fe% todas as coisas5, que são para +ua

 pr;pria &l;ria Pv 1=/70. )le dese(a a +ua pr;pria &l;ria e" tudo o que fa%# co"o 2todas as coisas

são feitas por )le5, co"o a causa eficiente# e 2atrav's d)le5, co"o sabia"ente os distribui# assi" '

2para ele5, para +ua &l;ria, co"o a causa final e o derradeiro fi" de tudo# e isto )le

necessaria"ente dese(a# )le não pode "as +ua pr;pria &l;ria# co"o 2)le não dar! +ua &l;ria a

outro5# )le não pode dese(ar a outro# o que seria ne&ar a +i "es"o.

>b. +e&undo, todas as coisas aparte de Deus, se boas ou "!s, são os ob(etos de +ua vontade, ou que

+ua vontade ' de al&u" "odo ou outro interessada e" diferenciar, de fato, entre os ob(etos do

coneci"ento e poder de Deus e os ob(etos de +ua vontade# entretanto )le conece todas as coisas,

e" +eu entendi"ento, e +eu poder alcança tudo o que ' possível# por'" )le não quer todas as

coisas trans"itidas, se a palavra pode ser per"itida, ou que possa ter volição, ra%ão do qual,A"esius1Qobserva, ainda que Deus se(a onisciente e onipotente, não ' onivolente todo4vontade0.

>b1. Terceiro, todas as coisas boas.

>b1a. Todas as coisas na nature%a# todas as coisas fora" feitas por )le e tudo que foi ori&inal"ente

 bo" foi feito por )le, "es"o 2"uito bo"5 e tudo foi feito de acordo co" +ua vontade# 2tu criaste

todas as coisas, e por tua vontade são e fora" criadas5 Ap 7/110, "es"o os c'us, terra e "ar,e tudo

o que neles !.

>b1b. Todas as coisas e" Deus.

M 9eino de Deus re&ula a provid*ncia sobre tudo, e se estende a todas as criaturas, an(os e o"ens

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e tudo o "ais e todos os eventos que sucede" a eles# nenu" pardal cai ao cão se" que se(a pela

vontade de Deus# 2e se&undo a sua vontade ele opera co" o eI'rcito do c'u5# na celestial abitação

dos an(os# 2e os "oradores da terra5 Dn 7/>@0 não ! nada que vena suceder que Deus não tena

deter"inado, ordenado e desi&nado. 2Gue" ' aquele que di%, e assi" acontece, quando o +enor o

não "ande85 C" >/>0.

>b1c. Todas as coisas na &raça estão de acordo co" a vontade de Deus, todas as bençãos espirituais

e" risto, todas as &raças dadas aos eleitos e" risto, antes da fundação do "undo# a escola deles

e" risto# predestinação para adoção por )le# redenção pelo +eu san&ue# re&eneração, santificação

e eterna erança# tudo est! de acordo co" o benepl!cito de +ua vontade 6 T". 1/:# )f. 1/>4@, , :,

11# T&1/1# 1 Ts. 7/>0.

>b6. +e&undo, todas as coisas "!s são ob(etos da vontade de Deus# sendo de dois tipos.

>b6a. A "aldade das afliçes# quer se(a u" "odo de correção ou de punição/ se u" "odo de

correção, co"o ao povo de Deus, ele est! de acordo co" a vontade de Deus# não sur&iu da terra,

ne" ve" por acaso, "as pela vontade, orde" e desí&nio de Deus# e" qualidade, quantidade,duração, fins e usos, <; 6>/17, Eic =/:, 1Ts >/>0 o qual ' consistente co" a (ustiça, santidade,

sabedoria, a"or e bondade de Deus. +e ele ' u" "eio de punição, ' para os o"ens í"pios e

incr'dulos# não ! ra%ão para queiIar4se deles, visto que eles são inferiores ao que real"ente

"ereceria" pelos seus pecados# e não ' in(usto o que u" Deus ínte&ro infli&ir! neles C" >/>:0

todos os (ul&a"entos, cala"idades e desastres que ve" sobre reinos, naçes, cidades e sobre

 pessoas e" particular, são todas de Deus, e estão de acordo co" o conselo de +ua vontade A";s

>/=0. Jão que Deus faça essas coisas por causa deles# ou que tena pra%er nas afliçes ou "is'rias

de +uas criaturas, C" >/>>, )% 1/>60 "as co" a finalidade de al&o superior/ as afliçes de +eu

 povo são para o seu be" espiritual, be" co"o para a +ua pr;pria &l;ria/ e a punição dos í"pios '

 para a &lorificação de +ua (ustiça.

>b1b. N! o "al da fala e da responsabilidade ou culpa0, que ' pecado/ sobre isto ! al&u"a

dificuldade de co"o a vontade de Deus ' participante, consistente co" +ua pure%a e santidade/ que

a vontade de Deus ' de al&u" "odo ou de outro ocupada co" isto ' certa"ente correto# porque )le

deter"ina ou não os aconteci"entos/ o Flti"o não pode ser, e" ra%ão de nada suceder se" a

 per"issão d)le C" >/>0 ou )le ne" deter"ina, ne" per"ite, quer di%er, que )le não te" cuidado

co" isso, ne" interesse# e assi" os fatos estão fora de +ua !rea de (urisdição e não estão ao alcance

de +ua provid*ncia# o que não pode ser ad"itido e que nenu" cristão dir!, "as os que são

inclinados ao ateís"o, si" ve(a )% :/:, +f 1/160. Al'" disso, Be%a 6Q,e outros ar&u"enta" que

Deus fe% u"a eIceção volunt!ria e" per"itir a eIist*ncia do pecado, não podendo ser "ostrado,

ne" de +ua (ustiça punitiva, ne" de +ua "iseric;rdia/ pelo qual pode ser acrescentado, que a presci*ncia de Deus sobre o pecado deva plena"ente provar +ua vontade nisso# que a presci*ncia

de Deus previra a eIist*ncia do pecado, ' correto# co"o a queda de Adão, desde que ele fe% u"a

 provisão, e" risto, para a salvação do o"e" revelado n)le, antes deveria# e assi" outros

 pecados 6 +". 16/11, 1=/660. A&ora certo e i"ut!vel pr'4coneci"ento, tal co"o o pr'4

coneci"ento de Deus, ' criado sobre u" certo e i"ut!vel "otivo# que não pode ser outro do que a

vontade divina# a presci*ncia de Deus, certa"ente, ' que tais coisas seria" assi"# e" ra%ão que )le

deter"inou e" +ua vontade o que deveria de ser.

Para estabelecer esta relação e" u"a lu% "elor, ' adequado considerar, o que ' o pecado, e o que '

relativo a ele/ ! o ato do pecado, e ! a culpa pelo pecado, que ' o dever de punir, e a punir

 pr;pria. 9elativo a dois Flti"os tipos não ! dificuldade# que Deus deva querer que o o"e" porcausa do pecado torne4se culpado# se(a considerado, (ul&ado, e tratado co"o tal# ou "inta sobre sob

a obri&ação e" punir e punir propria"ente# ne" que )le deva puni4lo desi&nando4o e o

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 predestinando para isto Pv 1=#7# <d 1/70.

A Fnica dificuldade ' sobre o ato do pecado# e" poder consider!4lo natural ou "oral# ou o ato,

desorde", irre&ularidade e viciosidade dele/ co"o e" ação, considerando de for"a aberta, ' de

Deus e de acordo co" a +ua vontade# se" o qual o discurso de +ua provid*ncia, nada pode ser

eIecutado# )le ' a fonte e ori&e" de ação e "oção# n)le est! toda a vida e "ovi"ento onde te"os a

eIist*ncia At 1/60 "as então a viciosidade e irre&ularidade disto, co"o ' u"a aberração da lei deDeus e u"a trans&ressão disto, ' do o"e" so"ente# e não se pode di%er que isso se(a a vontade de

Deus# )le proíbe isso, )le abo"ina e detesta# )le não te" pra%er nisso# )le te" olos puros para at'

"es"o conte"plar isso co" aprovação e pra%er. Deus não pode se inclinar para o pecado, ou por

causa de si "es"o# "as por causa de al&u" be" que se(a provocado por isso# co"o a queda de

Adão, para a &lorificação de +ua (ustiça e "iseric;rdia, e" punir e" &rande eItensão a sua

 posteridade, e salvando outros/ o pecado dos ir"ãos de <os', vendendo4o ao )&ito, para o be" dele

e de seu pai <ac;, e outros# e o pecado dos (udeus, e" crucificar a risto, para a redenção e salvação

dos o"ens. ), al'" disso, Deus pode per"itir u" pecado co"o u"a punição para outros# co"o

certa"ente )le te" no caso dos Hsraelitas Ms 7/:, 1?,1>0 dos fil;sofos pa&ãos 9" 1/60 e dos

 papistas HH Ts 6/:4160. R"a ve% "ais, ainda que de Deus possa ser dito e" tal sentido, dese(ar o

 pecado, ainda )le quer isto e" u" "odo diferente que )le quer que o seu fi" se(a bo"# )le nãofar! isso por si "es"o, ne" por outros# "as per"ite ser feito# e qual não ' u"a per"issão aberta,

"as u"a per"issão volunt!ria# e ' eIpressada por Deus 2dando5 ao o"e" para seu pr;prio

coração luIuriante, e por 2sofri"ento5 ele vai e" seu pr;prio ca"ino peca"inoso +l. 1/16# At

17/1=0 )le não dese(a isso pela +ua vontade efetiva, "as pela +ua vontade per"issiva# e portanto

não pode ser i"putado co"o o autor do pecado# desde aqui ! u"a &rande diferença entre )le fa%er

e o ser feito por outros, ou ordenar ser feito, so"ente pode fa%*4lo o autor do pecado# e

voluntaria"ente per"itindo ou sofrendo isto ao ser feito por outros.

7. A nature%a e propriedades da vontade de Deus.

7a. Pri"eiro, ' natural e essencial a )le# ' a +ua verdadeira nature%a e ess*ncia# +ua vontade ' a +ua

 pr;pria inclinação# e por essa ra%ão pode aver apenas u"a vontade e" Deus# visto que ! u"

Fnico Deus, de que" a nature%a e ess*ncia ' u"# ainda que a(a tr*s pessoas na trindade, ! apenas

u"a nature%a não dividida, co"u" a todos os tr*s, e a "es"a vontade Fnica/ )le ' u", e concorda

e" u"# Deus ' u" e" "ente, ou vontade, ainda que possa aver distinçes de +ua vontade, e

diferentes prop;sitos dela, e diversos "eios no qual )le concorda, não obstante, ' por u" Fnico ato

eterno da vontade que )le deter"ina todas as coisas. onseqente"ente ta"b'" +ua vontade '

inco"unic!vel para u"a criatura# a vontade de Deus não pode ser diferente e" u"a criatura, "as

afi" de que ela a confir"e, concorde e se sub"eta a ela, foi inco"unic!vel at' "es"o para a

nature%a u"ana de risto, ainda que tendo união co" a pessoa do 3ilo de Deus# por'" +ua

vontade divina e u"ana são distintas u"a da outra, ainda que u"a se(a su(eita a outra <o =/># Cc66/760.

7b. +e&undo, a vontade de Deus ' 2eterna5, co"o pode"os concluir do atributo de 2eternidade5#

 para Deus ser eterno, co"o certa"ente ', "es"o de eternidade a eternidade, então +ua vontade

deve ser eterna, desde sua nature%a e ess*ncia e de +ua 2i"utabilidade5# que não "uda, e e" que

não ! so"bra de "udança# "as se qualquer nova vontade sur&e e" Deus, o que não foi na

eternidade, averia u"a "udança n)le# )le não seria o "es"o que foi na eternidade# considerando

que )le ' o "es"o onte", o(e e se"pre e da +ua 2presci*ncia5, o qual ' eterna# 2onecidas são a

Deus, desde o princípio do "undo, todas as suas obras.5, ou desde a eternidade Atos 1@/10 e co"o

a presci*ncia de Deus sur&e de +ua vontade, )le sabe de ante"ão o que dese(a, co"o te" sido

observado, e" ra%ão de )le ter deter"inado, e" +ua vontade o que deveria de ser# assi", se o +euconeci"ento ' eterno, +ua vontade deve ser eterna. Do "es"o "odo, isto pode ser ilustrado pelo

decreto da 2eleição5# que foi, certa"ente, antes do o"e" ter feito tanto o be" quanto o "al# foi

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desde o princípio, ou desde a eternidade, "es"o at' antes da fundação do "undo )f. 1/70 e co"o o

decreto e deter"inação da vontade de Deus foi assi", o "es"o pode ser concluído de tudo o "ais#

adicionado a tudo que a vontade de Deus ' participante, e" 2todas as coisas5 que te" sido 2desde o

 princípio5 do "undo, a&ora ', ou deve ser para o fi" disto# e, portanto, deve ser antes da eIist*ncia

do "undo e se ' antes dele, então ' antes do te"po# e se ' antes do te"po, deve ser eterna# porque

nada sabe"os antes do te"po, "as o que ' eterno.

7c. Terceiro, a vontade de Deus ' 2i"ut!vel5/ i"utabilidade ' eIpressa"ente atribuída ao conselo

de Deus# que ' para a vontade e prop;sito de Deus Nb. =/10 e pode ser estabelecida a partir do

atributo de 2i"utabilidade5# se Deus ' i"utavel"ente o "es"o, e co"o )le ', então +ua vontade

deve ser a "es"a, desde a +ua nature%a e ess*ncia se u"a "udança ' feita na vontade de u"a

criatura, ou por co"eçar a querer o que antes não queria, ou pela interrupção do que tina

 propensão a&ora causa o co"eço de u"a nova vontade# ou dese(ando o que não queria, supe

 pr'via i&norKncia do que a&ora co"eçou a querer# ne" conecendo a sua aptidão e propriedades,

sendo i&norante de sua nature%a, eIcel*ncia e utilidade# por desconecer al&o que não pode dese(ar

e concordar/ "as tal co"o u"a "udança de vontade nunca pode ter lu&ar e" Deus, co"o u"

funda"ento# desde que isso não so"ente ' contr!rio a +ua eternidade e i"utabilidade, "as ao +eu

coneci"ento, cu(o entendi"ento ' infinito/ ou u"a criatura "uda a sua vontade, quando essequerer cessa# o qual ' ta"pouco por escola, ou por obri&ação# de escoler, quando al&u"a coisa

i"prevista acontece, qualquer causa pode "udar esta vontade e to"ar outro curso. Eas nada deste

tipo pode suceder a Deus, antes, e" que" todas as coisas estão u"a ve% (untas, eIpostas e abertas#

"es"o antes da eternidade ou senão pela força, sendo co"pelida, porque não pode eIecutar esta

vontade, e, portanto, a renuncia e to"a outro curso/ 2Eas que" te" resistido a +ua vontade85, a

vontade de Deus, assi" co"o )le causa a cessação e a interrupção8 +e Deus "uda +ua vontade,

deve ser ta"pouco para "elor ou para pior# e de qualquer "odo isto "ostraria i"perfeiçes n)le e

car*ncia de sabedoria# Deus pode aparente"ente "udar +eus desí&nios das coisas, "as )le nunca

"uda +ua vontade/ arrependi"ento atribuído a )le não ' prova disto, 2)le ' u" e" "ente e que"

 pode voltar4se para )le8 +ua vontade não pode ser alterada ne" "udada, ne" pelas oraçes de +eu

 povo.

7d. Guarto, a vontade de Deus ' se"pre efica%# não ! dese(os i"a&in!rios ou &raus inefica%es de

volição e" Deus# +ua vontade ' se"pre efetuada, nunca pode ser anulada ou cancelada# )le fa%

tudo o que le a&rada, ou quer, +eu conselo per"anece para se"pre e )le se"pre fa% o que for de

+eu interesse, de outro "odo )le não seria onipotente, co"o )le '/ ela deve ser pela necessidade de

+eu poder, se +ua vontade não ' cu"prida, o que não pode ser dito# co"o )le ' onipotente, assi" '

+ua vontade# Austin >Q assi" a ca"a de "!Ii"a onipotente vontade/ se não foi este o caso, seria

at' certo &rau, ou al&o 2superior5 a )le# ao passo que )le ' Deus sobre tudo, o Altíssi"o, e nunca

 pode ser contradito por que" quer que se(a/ e se +ua vontade foi ineficiente )le seria 2frustrado5 e

desapontado e" +eu prop;sito/ "as co"o nada vai al'" do que o o"e" di%, e do que o +enornão ordena# assi", tudo o que o +enor di%, quer e ordena deve certa"ente vir a ocorrer# 2M

+)JNM9 dos )I'rcitos (urou, di%endo/ o"o pensei, assi" suceder!, e co"o deter"inei, assi" se

efetuar!.5# 2Porque o +)JNM9 dos )I'rcitos o deter"inou# que" o invalidar!8 ) a sua "ão est!

estendida# que" pois a far! voltar atr!s85 Hs. 17/67, 60. Al'" disso, se +ua vontade não foi

eficiente, ou falou no seu cu"pri"ento, )le não seria feli%/ quando a vontade de u" o"e" '

ineficiente e não pode ser cu"prir al&o, isso causa inquietação, o fa% infeli%# "as isso nunca pode

ser dito de Deus, que ' be"4aventurado, o be"4aventurado Deus, be"4aventurado para todo o

se"pre.

7e. Guinto, a vontade de Deus não te" causa fora de si "es"a# por conse&uinte seria anterior a )le

e "aior e "ais eIcelente do que )le# co"o toda causa ' antes de seu efeito e "ais eIcelente queessa# e +ua vontade estaria dependente de outra, e assi" ela não seria independente/ ne" poderia ter

qualquer i"pulso ou causa a "over +ua vontade# e" ra%ão que n)le não ! poder passivo para

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atuar sobre ela# ' pura"ente u" ato, co"o puro, ativo espírito/ se )le consiste de ato e poder, )le

não seria si"ples e desapiedado espírito# para ser i"pulsionado ou "ovido por qualquer causa, seria

contr!rio a +ua si"plicidade, anterior"ente estabelecida, )le pode de fato di%er u"a coisa por

outra# "as neste caso o que )le quer para outros não ' a causa que "ove a +ua vontade# essa pode

ter a nature%a da causa e efeito entre eles "es"os# "as nenu" deles são a causa da vontade de

Deus# ne" ! nisso qualquer causa final do que ele quer e fa%, "as a +ua pr;pria &l;ria# e seria

loucura buscar u"a causa para +ua vontade/ e desta propriedade da vontade de Deus, pode serdiscernido clara"ente, que prevendo f', santidade, e boas obras, não pode ser a causa da vontade

Deus na eleição de al&uns para vida eterna# e assi" o contr!rio, nenu"a causa de +ua vontade na

re(eição de outros.

7f. +eIto, A vontade de Deus, por esta "es"a ra%ão, não ' condicional# para estar dependente de

u"a condição a ser eIecutada# e não a vontade de Deus, "as o dese"peno da condição ' que"

seria o princípio e cefe na reali%ação de deter"inado fi". ), para não di%er "ais, se, por eIe"plo,

Deus tivesse o dese(o de salvar todos os o"ens condicional"ente# quer di%er, na condição de f' e

arrependi"ento# e os condenar se estas condiçes fosse" insuficientes# que" não v* que esta

vontade condicional, salvar e destruir, são i&uais8 Destruição ' i&ual"ente volitiva co"o salvação#

e onde est! o assi" tão falado a"or &eral de Deus ao o"e"8 Jão ! nada disso indistinta"ente para todo e qualquer o"e".

 7&. +'ti"o, a vontade de Deus ' livre e soberana#

7&1. Da criação do "undo e de todas as coisas, al&uns te" defendido que o "undo ' eterno# que

foi feito assi" e as )scrituras assevera" Ap 7/110 co"o te"po e orde", e as coisas que estão

contidas nele, são devidas a soberania de Deus# al'" de ser atribuída a +ua soberania/ que )le não

fe% outros "undos al'" desse, e não poderia, se quisesse, ter feito outros "ilares de "undos8 Mu

que )le deveria ter feito este "undo nesse te"po e não antes, quando poderia ter feito "iles de

anos atr!s, e"bora não o fi%esse8 Mu que )le fe% o "undo e" seis dias e todas as coisas nele,

quando poderia ter feito tudo e" u" "o"ento, e"bora isso o satisfi%esse8 Mu que )le não fe% este

"undo "ais eItenso, e co" "ais tipos e esp'cies de criaturas do que te" e esses )le não poderia

fa%er "ais nu"erosos do que são8 Jenu"a outra ra%ão pode ser apontada, senão +ua soberana

vontade e satisfação.

 7&6. A vontade soberana de Deus aparece na provid*ncia e e" seus v!rios eventos# co"o nos

nasci"entos e "ortes dos o"ens, o qual nenu" deles ocorre pela vontade deles, "as pela

vontade de Deus# e ! para a"bos u" te"po fiIado pela +ua vontade# e no qual +ua soberania pode

ser vista# o que senão poderia ser atribuído a que tal e tal o"e" deva nascer e vir ao "undo e" tal

'poca e não antes8 ) que eles deveria" sair do "undo no te"po, "odo e circunstKncias que les

conviesse"8 ) que deveria aver diferenças entre os o"ens, e" seus estados, condiçes e

circunstKncias de vida# que al&uns deveria" ser ricos e outros pobres8

9ique%a e pobre%a são a"bas disposiçes de Deus, co"o as palavras de A&ur de"onstra" Pv >?0#

e Deus ' que" fa% a a"bos, o rico e o pobre, não so"ente co"o o"e", "as co"o u" estado de

rico e pobre o"e"/ e para que" pode esta diferença ser atribuída, senão para a soberana vontade

de Deus8 Al&uns te" sur&ido para &rande onra e di&nidade# outros vive" e" "uito prec!rias

condiçes, e" estado "iser!vel#

Eas "udança de estado não ve" ne" do leste, ne" do oeste, ne" do sul# "as Deus derruba uns e

levanta outros, co"o )le quiser# e essas diferenças e "udanças pode" ser observadas nas "es"as

 pessoas, co"o e" <;, que foi por "uitos anos o o"e" "ais rico da Terra, e de sFbito, foi

desprovido de todas as suas rique%as, onra e &l;ria# e então, depois de u" te"po, restaurou e"dobro a saFde e rique%as que antes possuía.

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Assi" foi co" Jabucodonosor, o &rande "onarca de sua 'poca, quando e" sua "ais not!vel e

elevada situação de poder foi destituído de sua di&nidade, co"o o"e" e "onarca, e levado a viver

entre os ani"ais, vivendo co"o u" deles# e, depois de tudo, restaurado a sua ra%ão, e ao seu trono e

sua pri"eira &rande%a# o que forçou dele tal reconeci"ento da soberana vontade de Deus co"o e"

nenu"a outra parte talve% se(a "ais forte"ente eIpressa/ 2) todos os "oradores da terra são

reputados e" nada, e se&undo a sua vontade ele opera co" o eI'rcito do c'u e os "oradores da

terra# não ! que" possa estorvar a sua "ão, e le di&a/ Gue fa%es85 Dn 7/>@0.

Al&uns são livres de enfer"idades e doenças e" todos os dias de sua vida# seu vi&or ' fir"e e não

! "ol'stia ne" na ora da "orte, "as "orre e" seu vi&or. )nquanto outros leva" u"a vida

carre&ada de enfer"idades e proble"as at' ao tF"ulo# e esta ' a fi&ura do o"e"/ para que" pode

ser i"putado isso senão para a soberana vontade de Deus8 ) co"o de outra "aneira pode ser

considerado os "uitos abortos, fracassos, nasci"entos precoces, infantes que nunca vira" a lu%# e

outros, que tão lo&o seus olos se abrira" a este "undo são fecados de novo# enquanto que outros

não so"ente atravessa" os est!&ios da infKncia, adolesc*ncia e (uventude, "as alcança" a

 plenitude da eIist*ncia e vão $ cova co"o u"a pila de espi&as de "ilo8 ) u"a "ultidão de

outras coisas pode" ser observadas na provid*ncia# que e"bora Deus tena s!bios "otivos para

eles, são ineIplic!veis para n;s, "as so"os obri&ados a recorrer a +ua soberana vontade esatisfação, que não deu nenu"a consideração de seus e"preendi"entos para os filos dos o"ens.

7&>. A soberana vontade de Deus aparece nas coisas santas, espirituais e reli&iosas, co" respeito

tanto a an(os co"o o"ens. Gue al&uns dos an(os fora" eleitos e confir"ados pela &raça de risto,

no estado e" que fora" criados e preservados da apostasia, enquanto u" &rande nF"ero deles

tornara"4se rebeldes contra Deus e caíra" de seu estado ori&inal# pelo qual fora" lançados fora do

c'u para o inferno e per"anece" at' o(e e" cadeias nas trevas, a&uardando o (ul&a"ento daquele

&rande dia, e não aver! "iseric;rdia para qualquer u" deles# co"o ser! co" "uitos da ap;stata

raça de Adão. Gue outra ra%ão podería"os dar para tudo isso senão $ soberana vontade de Deus8

)ntre os o"ens, al&uns a"a" a Deus e "uitos o odeia"# e isso antes de qualquer be" ou "al

feitos por eles# al&uns )le escole para eterna be"4aventurança e outros )le abandona e re(eita# )le

te" "iseric;rdia de al&uns e endurece a "uitos0 outros# tal co"o )le ' assi" ' a +ua soberania,

vontade e deleite/ al&uns são redi"idos de entre os o"ens, por risto, "es"o sendo de toda

fa"ília, lín&ua, povo e nação, que" )le quiser e decide salvar# enquanto outros são deiIados a

 perecer e" seus pecados. M qual não ! outra causa a ser ad"itida do que a soberana vontade e

satisfação de Deus. )" confor"idade pelo qual ta"b'" dispensa dons aos o"ens e esses de

diferentes tipos# al&uns pr;prios para serviço pFblico, co"o para os "inistros do evan&elo e a

outros )le concede quando le apra% e destes, diferentes dons# para al&uns &randes, para outros

 pequenos, para al&uns u" talento e para outros cinco, dividindo para todos individual"ente co"o

le apra%, de acordo co" +ua soberana vontade/ o eIpediente da &raça, o "inist'rio da Palavra eordenanças, e" todas as 'pocas, tendo se disposto a isto, tal co"o pareceu bo" a +ua vista# por

"uitas centenas de anos, Deus deu +ua palavra a <ac; e +eus estatutos a Hsrael, e outras naçes não

o soubera"# e eles fora" espalados entre os &entios, as ve%es e" u" lu&ar, as ve%es e" outro# e

co"o ' not;ria a soberania de Deus e" favor de nossas ilas britKnicas, essas ilas fora" lon&e

co" o evan&elo e ordenanças, e"bora &rande parte do "undo o recusou, estando coberto co" as

trevas do pa&anis"o, catolicis"o e isla"is"o. ) ainda ' "ais "anifesto o que isso representa para

al&uns, 2ceiro de "orte para "orte5, "as para outros, 2ceiro de vida para vida5. Ms dons

especiais da &raça de Deus são entre&ues aos o"ens de acordo co" a soberana vontade de Deus#

de +ua pr;pria vontade de re&enerar al&uns e não outros# ca"ando4os pela &raça, que" )le dese(a,

quando e por quais recursos, de acordo co" +eu prop;sito# revelado no evan&elo e nas &randes

coisas que nele estão, para que" )le o fe% saber# e os ocultou dos s!bios e entendidos# 2+i", ;Pai,5, disse risto, 2porque assi" te aprouve.5# ne" deu )le a qualquer outro a ra%ão para tal

conduta. A &raça do )spírito de Deus ' dada a al&uns e não a outros# co"o por eIe"plo,

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arrependi"ento, o qual ' u"a concessão de Deus, u" do" de risto, foi entre&ue a Pedro, que

ne&ou o seu +enor# e ne&ado a <udas, que M traiu. 3', que ' u" do" de Deus, ne" todo o"e" a

te"# a al&uns so"ente ' dado, enquanto que outros te" u" espírito de sono, olos que não pode"

ver e ouvidos que não ouve". )" resu"o, vida eterna, que ' u" livre do" de Deus, atrav's de

risto, ' dado so"ente por )le, tanto co"o o Pai te" dado a )le, e para estes se"elante"ente# o

dineiro, que parece si&nificar a felicidade eterna, na par!bola, ' dado para os que fora" ca"ados

 para trabalar na vina na ora und'ci"a a "es"a quantia para os que ficara" no labor durantetodo o dia/ al&uns deve" servir a risto e outros "uito pouco, e ainda todos recebe" a "es"a

 porção de &l;ria. M que pode ser deter"inado disso senão a soberana vontade de Deus8 Gue di%/

2Mu não "e ' lícito fa%er o que quiser do que ' "eu8 Mu ' "au o teu olo porque eu sou bo"85

Et 6?/1@0. Eas ainda que a vontade de Deus se(a soberana, se"pre a&e sabia"ente8 Al&uns

soberanos pensa" precipitada e tola"ente# "as a vontade de Deus nunca ' contr!ria a +ua

 perfeição de sabedoria, (ustiça, santidade, etc, e +ua vontade ' portanto ca"ada de 2conselo5 e

2conselo de +ua vontade5 Hs. 6@/1, 7=/1?# )f. 1/110.

 

1Q Eedulla Teolo&. l. 1. c. . s. 7.

6Q Vide Eaccov. Coc. o""un. c. 67. p. 1:@.

>Q De ivitate Dei, l. 1>. c. 1.