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A SUBSTITUIÇÃO DA MADEIRA POR PEÇAS FABRICADAS DE PLÁSTICOS RECICLADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL DE CASAS POPULARES: UM APELO À SUSTENTABILIDADE Suellen Finizola Dantas Maia (UFPB) [email protected] Maria de Lourdes Barreto Gomes (UFPB) [email protected] Ricardo Moreira da Silva (UFPB) [email protected] Atualmente, a população mundial vem se preocupando com a gestão de resíduos buscando um destino ecologicamente correto aos produtos descartáveis, que até então não eram reutilizados, e que são altamente danosos ao meio ambiente. Um desses ccasos é a dos resíduos plásticos que são os que mais se destacam em impactar negativamente a natureza. Um setor que pode contribuir na gestão desses resíduos plásticos é o da construção civil, através da captação deste “lixo”, servindo para a geração de produtos capazes de substituir a madeira para o equivalente feito de plástico. Este artigo tem como objetivo apresentar algumas inovações sustentáveis patenteadas, para substituir o uso da madeira de lei na construção civil por peças fabricadas de plásticos reciclados, que até então são descartados no meio ambiente sem nenhuma reutilização. Para este objetivo ser alcançado, foi realizada uma pesquisa de natureza aplicada e qualitativa quanto a sua forma, além disso, foi necessária a visita em três canteiros de obra, para avaliar a forma de substituição da madeira pela peça de plástico e por fim, foi apresentado alguns testes de resistência necessário para a adoção das inovações. Os resultados alcançados mostraram uma utilização beneficiada dos resíduos plásticos reciclados para a produção de tábuas que podem ser utilizadas para fazer o nivelamento do terreno, fôrma de concretagem e escoramentos, além do frechal, ripas, anteparos, asnas, linhas e vigas, todos destinados à construção de habitações populares. Palavras-chaves: Plásticos. Reciclagem. Construção Civil. XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.

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A SUBSTITUIÇÃO DA MADEIRA POR

PEÇAS FABRICADAS DE PLÁSTICOS

RECICLADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

DE CASAS POPULARES: UM APELO À

SUSTENTABILIDADE

Suellen Finizola Dantas Maia (UFPB)

[email protected]

Maria de Lourdes Barreto Gomes (UFPB)

[email protected]

Ricardo Moreira da Silva (UFPB)

[email protected]

Atualmente, a população mundial vem se preocupando com a gestão de

resíduos buscando um destino ecologicamente correto aos produtos

descartáveis, que até então não eram reutilizados, e que são altamente

danosos ao meio ambiente. Um desses ccasos é a dos resíduos

plásticos que são os que mais se destacam em impactar negativamente

a natureza. Um setor que pode contribuir na gestão desses resíduos

plásticos é o da construção civil, através da captação deste “lixo”,

servindo para a geração de produtos capazes de substituir a madeira

para o equivalente feito de plástico. Este artigo tem como objetivo

apresentar algumas inovações sustentáveis patenteadas, para

substituir o uso da madeira de lei na construção civil por peças

fabricadas de plásticos reciclados, que até então são descartados no

meio ambiente sem nenhuma reutilização. Para este objetivo ser

alcançado, foi realizada uma pesquisa de natureza aplicada e

qualitativa quanto a sua forma, além disso, foi necessária a visita em

três canteiros de obra, para avaliar a forma de substituição da

madeira pela peça de plástico e por fim, foi apresentado alguns testes

de resistência necessário para a adoção das inovações. Os resultados

alcançados mostraram uma utilização beneficiada dos resíduos

plásticos reciclados para a produção de tábuas que podem ser

utilizadas para fazer o nivelamento do terreno, fôrma de concretagem

e escoramentos, além do frechal, ripas, anteparos, asnas, linhas e

vigas, todos destinados à construção de habitações populares.

Palavras-chaves: Plásticos. Reciclagem. Construção Civil.

XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no

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1 Introdução

Tendo em vista o crescente desenvolvimento econômico impactando o meio ambiente,

como por exemplo, o desmatamento reduzindo as reservas naturais de todo o território

brasileiro, e também a crescente utilização de plásticos para fabricação de uma infinidade de

produtos necessários para o bem estar social, surge à idéia da possibilidade em se fabricar

produtos que utilizará resíduos de plástico reciclado, pelo qual amenizará a poluição que esses

materiais geram para os solos, rios e mares.

Além disso, como estes produtos serão utilizados para substituir a madeira na

construção, eles contribuirão para diminuir o desmatamento de árvores como o Mogno,

Angelim, Ipês, Maçaranduba, Pau-ferro, Sucupira, Peroba, Imbuia, Cerejeira, Jatobá, dentre

muitas outras espécies.

A justificativa levada em consideração para a escolha do tema deve-se, a perspectiva

tecnológica aplicada ao desenvolvimento dos plásticos tem modificado o uso desses materiais,

tornando-os cada vez mais resistentes e versáteis, o caráter antes descartável foi substituído

por vantagens como: boa resistência mecânica, resiliência, durabilidade e baixo custo de

manutenção.

O desenvolvimento deste artigo é algo inovador e instigante por se tratar de um campo

de pesquisa e de aplicação recente, ou seja, a utilização de produtos feitos através da adoção

de resíduos plásticos reciclados para serem destinados à construção de casas populares, dessa

forma, é necessário todo um esforço no sentido de complementar e renovar a literatura sobre o

tema.

O objetivo pretendido é apresentar a possível utilização de peças que os seus inputs

utilizam resíduos plásticos reciclados, e servirão para substituir o uso da madeira na

construção de casas populares. Para isso a metodologia utilizada baseou-se em sua natureza

ser de caráter aplicada, e qualitativa teórica quanto a sua forma, onde se visitou três canteiros

de obra, avaliando o impacto do uso de madeira e como esta poderia ser substituída.

E por fim, os principais resultados alcançados foi à apresentação de peças de plástico

no fromato Quadrado, Circular e Retangular que servirão como utilidades para o nivelamento

do terreno, fôrma de concretagem, escoramentos, frechal, frechal de cumeerira, frechal

comum, caibros, ripas, anteparos, asnas, linhas e vigas, que poderão ser substitutivos ao uso

da madeira de lei na construção de habitações populares.

2 A gestão da reciclagem dos plásticos na construção civil

Este tópico irá apresentar a definição do plástico, como também as categorias deste

para o processo de reciclagem, pelo qual se subdivide em três: Reciclagem Química,

Mecânica e Elétrica. E por fim, será apresentado um breve relatório histórico a respeito da

evolução dos materiais necessários para o desenvolvimento da construção civil.

2.1 Plásticos e as suas categorias

A palavra plástico vem do grego plastikós, que, em latim, originou o adjetivo

plasticus, que define a propriedade de um material em adquirir diversas formas, devido a uma

ação exterior. Formados a partir de longas cadeias de macromoléculas, ou polímeros, os

plásticos possuem propriedades que os tornam atrativos em relação a outros materiais: são

resilientes (resistem ao impacto sem se deformar), resistentes à corrosão, leves, indiferentes à

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deterioração por decomposição e ataque de microorganismos, são de fácil processamento e

com um custo bastante reduzido de manutenção (PARENTE, 2006).

O plástico coletado do resíduo urbano para reciclagem e reuso é composto

basicamente por termoplásticos. No entanto, o universo dos materiais plásticos é bastante

amplo, podendo ser dividido em quatro categorias básicas (CRAWFORD, 1987; PRINGLE;

BARKER, 2000):

1. Termoplásticos – o seu aquecimento provoca o enfraquecimento das forças

intermoleculares, tornando-os flexíveis, quando resfriado, o material enrijece

novamente, esse ciclo de aquecimento e resfriamento pode ser repetido

indefinidamente, sendo essa a maior de suas vantagens;

2. Termofixos ou termorrígidos – devido a seu processo de fabricação e moldagem,

os termofixos são os plásticos que não podem ser amolecidos e moldados

novamente, quando aquecidos, esses materiais queimam e se degradam;

3. Elastômeros – são polímeros que possuem propriedades elásticas que permitem

duplicar quando se interrompe a tensão;

4. Polímeros naturais – materiais como a celulose e as proteínas, que provêem a base

mecânica para a maioria dos vegetais e vida animal.

Um aspecto crítico do plástico é a sua rigidez, considerada baixa frente a outros

materiais estruturais, como a madeira. Esse fator é, atualmente, o limitante do uso do plástico

em aplicações estruturais. No entanto, estudos têm mostrado que a adição de fibras naturais

ou sintéticas torna factível o uso estrutural, revertendo o problema da rigidez (NOSKER;

RENFREE, 1999 (a,b); CARROLL et. al., 2001; CORREA et al., 2003).

Dessa forma, tem-se que a tecnologia aplicada ao desenvolvimento dos plásticos tem

modificado o uso desses materiais, tornando-os cada vez mais resistentes e versáteis, o caráter

antes descartável agora esta sendo substituído por vantagens como: boa resistência mecânica,

resiliência, durabilidade e baixo custo de manutenção (PARENTE, 2006).

Por tudo isso, tratando-se do plástico reciclado, é de fundamental importância o

conhecimento e o entendimento do processo de reciclagem. Os termoplásticos, teoricamente,

podem ser reciclados indefinidamente. No entanto, sabe-se que há uma alteração em suas

características, como resultado de diversos fatores: intempéries a que se expôs contaminação,

falhas na coleta e na triagem, degradação e quebra das cadeias poliméricas que compõem o

plástico, dentre outras características.

2.2 Reciclagem dos Plásticos

A reciclagem pode ser entendida como o termo que designa uma série de atividades

que incluem a coleta de materiais descartados pela sociedade, a triagem, o processamento e a

transformação desses materiais em matéria-prima para a manufatura de novos produtos

(PARENTE, 2006).

Verifica-se nos últimos anos, que o paradigma de uma sociedade preocupada somente

com o custo, o tempo e a qualidade tem cedido espaço para um pensamento baseado na

sustentabilidade. Esse neologismo pode ser entendido como o conhecimento das necessidades

e aspirações humanas no presente, sem esquecer o compromisso de permitir às futuras

gerações conhecer as suas necessidades e aspirações, como foi definido pela WCED (World

Commission on Environment and Development, 1987).

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A figura 1 mostra esse novo paradigma sob a forma de dois triângulos, sendo que o

antigo não foi totalmente descartado, haja vista que o custo, o tempo e qualidade devem

sempre ser levados em consideração. No entanto, eles foram englobados por uma idéia maior,

em que se considera a satisfação humana, o mínimo consumo de energia e o mínimo impacto

ao meio ambiente (PARENTE, 2006).

Figura 1 – Paradigma sobre a sustentabilidade

De forma geral, tem-se que de uma maneira geral, a reciclagem pode ser dividida nas

seguintes etapas:

1) Coleta: coleta e armazenamento do resíduo a ser reaproveitado;

2) Separação ou triagem: triagem por tipos de material (papel, plásticos, madeiras,

metais etc.). No caso dos plásticos, deve ser feita a triagem por tipo de plástico

(PVC, polietileno, polipropileno etc.);

3) Revalorização: etapa intermediária que prepara o material coletado e separado para

a comercialização e/ou etapa de transformação;

4) Transformação: processamento do material para a geração de novos materiais ou

produtos, agregando-lhes valor.

Sabe-se que nem todos os plásticos podem ser reciclados, e dentre os recicláveis foi

criada uma classificação com o objetivo de auxiliar na identificação feita no trabalho de

triagem. Consiste numa numeração de 1 a 7, como pode ser observada na figura 2, como

mostrada a seguir, adotado pela ABNT na Norma Brasileira 13230 – Reciclabilidade e

identificação de materiais plásticos (NBR 13230, 1994).

Símbolo Significado Símbolo Significado

PET – politereftalato de etileno

PP – polipropileno

PEAD – polietileno de alta

densidade

PS – poliestireno

PVC – policloreto de vinila

Outros

PEBD – polietileno de baixa

densidade

Fonte: ABNT/NBR (13230,1994)

Tabela 1– Classificação dos plásticos para reciclagem

Satisfação

Humana

Qualidade Temp

o Mínimo Consumo

de Energia

Custo Mínimo Impacto do Meio

Ambiente

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De acordo com o Instituto Sócio-ambiental dos Plásticos PLASTVIDA

(www.plastvida.org.br), pode-se classificar a reciclagem em três tipos, que serão detalhados a

seguir.

a) Reciclagem Química: neste processo os plásticos são transformados em petroquímicos

básicos: monômeros ou misturas de hidrocarbonetos que servem como matéria-prima,

em refinarias ou centrais petroquímicas, para a obtenção de produtos nobres de

elevada qualidade.

Figura 2 – Esquema do processo de reciclagem química

b) Reciclagem Mecânica: é o tipo de reciclagem mais difundido e utilizado. Consiste na

conversão dos resíduos plásticos pós-industriais ou pós-consumo em grânulos que

podem ser reutilizados na produção de outros produtos, como sacos de lixo, solados,

pisos, conduítes, mangueiras, componentes de automóveis, fibras, embalagens, dentre

outros.

Figura 3 – Esquema do processo de reciclagem mecânica

c) Reciclagem Energética: É o processo que aproveita o resíduo plástico para a geração

de energia através de processos térmicos. Para efeito de comparação, pode- se afirmar

que 1 kg de plástico possui uma capacidade de gerar energia equivalente à contida em

1 kg de óleo combustível.

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Figura 4 – Esquema do processo de reciclagem energética.

2.3 Considerações sobre os materiais desenvolvidos para a construção civil

A história da construção civil está interligada como o avanço do ser humano em busca

de sua sobrevivência ao longo do tempo, pelo qual o início de sua matéria-prima para a

confecção de ferramentas, peças e materiais de construção foi retirada da própria natureza,

como por exemplo, pedras, madeira, couro, barro, dentre outros (PARENTE, 2006).

Através das contribuições provindas do avanço das ciências e o domínio da natureza, o

homem passou a modificar e a criar materiais, a partir de suas necessidades, exemplo desses

materiais foram: ferro, aço, vidros, plásticos, materiais compósitos, enfim, uma variedade

limitada, apenas, pelos anseios do homem e o avanço das ciências.

Dessa forma, a literatura apresenta que os primeiros materiais utilizados pelo homem,

para a construção de abrigos, foram pedras, madeiras, ossos e couro de animais. Os primeiros

vestígios datam de 12.000 a.C. e eram estruturas bastante simples. Varas de madeira ou ossos

de animais eram utilizadas para erguer tendas, que eram cobertas por folhagens ou couro. Para

o homem da época, devido a seu caráter nômade, as estruturas não necessitavam durar por

longos períodos. Esses abrigos, no entanto, protegiam o homem de intempéries como chuvas,

neve, ventos fortes e calor excessivo (Enciclopédia virtual About.com, 23/03/2011).

Com o advento da agricultura, as estruturas incorporaram maior espaço, segurança e

privacidade, formas de construções permanentes foram desenvolvidas, materiais compósitos

também foram utilizados. O método consistia em construir paredes de madeira e barro.

Erguiam-se postes de madeira juntamente com fibras (raízes ou galhos) e aplicava-se lama ou

reboco como vedação (ELLIOTT, 1994).

Durante a Era Industrial, as inovações tecnológicas aperfeiçoaram os materiais e os

métodos construtivos, com o advento da máquina a vapor e os conhecimentos sobre fundição,

o ferro foi largamente utilizado como material de construção.

Através da produção em massa de elementos estruturais de ferro, as estruturas foram

sendo padronizadas, inicialmente utilizadas como vigas de ferro suportadas pela alvenaria, os

elementos de ferro passaram a ser utilizados na estrutura como um todo, o aço, uma liga de

ferro e carbono em proporções variadas, não demorou muito a ser desenvolvido. No entanto,

somente na segunda metade do século XIX, quando passou a se entender melhor seu

comportamento, é que foi largamente utilizado.

A utilização do cimento, como concreto simples ou reforçado, é um capítulo à parte na

história da humanidade. Segundo Brunauer e Copeland (1964) apud Mehta e Monteiro

(1994): “O material mais largamente usado em construção é o concreto, normalmente feito

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com a mistura de cimento Portland com areia, pedra e água [...]”. São três as razões expostas

por Mehta e Monteiro (1994) para o concreto ser o material mais usado na engenharia: o

concreto possui uma excelente impermeabilidade, a facilidade de execução, em diferentes

formas e tamanhos, e normalmente é o mais barato e mais facilmente disponível no canteiro

de obras.

Dentre os diversos materiais, a madeira se destaca por ser utilizada pelo homem desde

os seus primórdios até os dias de hoje. Devido às suas características únicas, a madeira é um

material natural que ainda é utilizado na construção de casas e de outras estruturas,

ferramentas, mobílias e objetos decorativos.

Diante disso, ao passo que as civilizações vão se desenvolvendo, e através disso

deparando-se com a escassez dos recursos naturais, surge às inovações como meios para

solucionar e/ou amenizar estas restrições, como por exemplo, o uso das peças fabricadas

através dos resíduos plásticos reciclados, que servirão para substituir o uso da madeira

destinadas a construção de casas populares.

3 Metodologia

Para a apresentação deste artigo fez-se necessária alguns procedimentos relacionados à

pesquisa, que pode ser definida como um processo racional e sistemático que tem como

objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é requerida

quando não se dispõe de informação suficiente ao problema, ou então quando a informação

disponível se encontra em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente

relacionada ao problema. A pesquisa é desenvolvida mediante o concurso dos conhecimentos

disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos, técnicas e outros procedimentos científicos.

Esta se desenvolve ao longo de um processo que envolve inúmeras fases, desde a adequada

formulação do problema até a satisfatória apresentação dos resultados (GIL, 1996).

Esta pesquisa foi relevante para apresentar à sociedade a possibilidade de adotar nas

construções das casas populares, peças feitas de plástico reciclado que servirão para substituir

o uso descontrolado das madeiras de lei nos canteiros de obra.

Referente à natureza deste artigo, caracteriza-se por ser aplicada, pois é uma ciência

instrumento da pesquisa e abordagem dos pormenores que se estendem afim de, explicar o

processo criacional, suas deficiências suas potencialidades de viabilidade ou de suas

limitações de projetos e/ ou trabalhos, mas o método utilizado depende do objetivo desejado,

se minucioso, se detalhado se quer explanar a idéia de autores acerca de algo e/ou alguma

coisa, provar um resultado, ponto de vista e suas etapas dentro do processo, juntamente com a

reunião de suas regras e rigor, a qual pode ser dividida em várias partes, afim de que o

objetivo seja testado ou aprovado, podendo criticar alguma ótica específica e comparar com

várias outras abordagens (MARTINS, 2004).

Este método refere-se ao as explicações necessárias para a possibilidade de fabricação

das peças de plástico apresentadas por este artigo, que são no formato quadrado, circular e

retangular, pelos quais seu processo de produção iniciará pela reciclagem, passando para a

moldagem em extrusão e por fim será finalizado como produto final nos diferentes formatos

propostos.

Quanto à forma deste artigo trata-se por ser qualitativa, pois esta metodologia

considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo

indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido

em números, a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são baseadas no

processo de pesquisa qualitativa, pois não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas, o

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ambiente natural é a fonte direta para a coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-

chave, que tende analisar seus dados indutivamente, o processo e seu significado são os focos

principais de abordagem (SILVA, 2001).

Este pesquisa caracteriza dessa forma no artigo, pois para apresentar as peças de

plásticos, foi necessário visitar três canteiros de obras para tirar fotos dos destinos em que se

utiliza a madeira de lei, e apresentar a possibilidade de adoção das peças de plásticos nestes

lugares.

Referente aos seus fins, este artigo caracteriza-se por ser intervencionista, pois tem

como principal objetivo interpor-se, interferir na realidade estudada, para modificá-la

(MORESI, 2003).

É que propõe o artigo, quando expõe que a construção civil de casas populares adotam

algumas espécies de madeira, além de salientar sobre da um destino correto aos resíduos

plásticos que são descartados na natureza, pois estes problemas seriam eficientemente

reduzidos com a adoção das peças proposta pelo artigo.

E quanto aos seus meios, trata-se por ser uma pesquisa bibliográfica, pois é a atividade

de localização e consulta de fontes diversas de informação escrita, para coletar dados gerais

ou específicos a respeito de determinado tema (CARVALHO, 1989).

Este método foi exposto para apresentar definições disponibilizadas pela literatura

existente, no que diz respeito, a definições dos conceitos envolvidos para a proposta de

adoção das peças de plástico.

4 Apresentação e testes do uso do produto plástico

Serão apresentados a seguir os produtos inovadores e sustentáveis salientados por este

artigo, estes produtos serão fabricados através da utilização de resíduos plásticos que são

descartados no meio ambiente. O processo de reciclagem utilizado é o mecânico, pois os

resíduos (grânulos) servirão para a moldagem por extrusão.

Basicamente, a moldagem por extrusão realizada em uma extrusora de rosca única,

como a mostrada na figura 5, possui três diferentes zonas (CRAWFORD, 1987): Zona de

alimentação: sua função é pré-aquecer o plástico e transportá-lo para as zonas subseqüentes.

Zona de compressão: nesta zona, a profundidade dos canais da rosca diminui gradualmente,

para compactar o plástico. E a Zona de regulação: nesta etapa o plástico derretido é

homogeneizado para fornecer, uma taxa constante do material com temperatura e pressão

uniformes para a matriz. Dessa forma, a geometria do produto que sai da extrusora é definida

pela matriz, que se localiza na extremidade final do equipamento.

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Figura 5 – Moldagem em uma extrusora de rosca única

Sabendo disto, os produtos salientados por este artigo são expostos na figura 6, pela

qual apresenta as seguintes peças de plástico reciclado respectivamente: a Peça Quadrada, a

Peça Circular e Peça Retangular.

Estas peças apresentarão em seus inputs apenas residuos plasticos, que paçaram pelo

processo geral de reciclagem que são a coleta e a separação ou triagem, logo em seguida

serão destinados para a extrusora passando pelo processo de revalorização da matéria-prima e

por fim passará pelo processo de transformação, que dependendo da matriz poderao ter o

formato quadrado, circular e retangular.

Figura 6 – Peças fabricadas de plástico reciclado

Para a adoção das peças salientadas por este artigo nas construções de casas populares,

será apresentado o relatório de ensaios, realizado pelo LABEME (Laboratório de Ensaio de

Materiais e Estruturas). O teste necessário para verificar a resistência e a flexão da Peça

Quadrada feita de plástico reciclado, pode ser visto na tabela 1:

Corpo de

Prova

b (cm) h (cm) L (cm) a (cm) Fmax

(kgf)

RF

(Mpa)

Peça Quadrada 12,1 3,8 15 15 525 13,5

Fonte: LABEME, 2010

Tabela 1– Resistência à flexão de peça de plástico (Peça Quadrada)

Como pode ser observado na tabela 1, a tensão foi considerada relativamente elevada

podendo assim a Peça Quadrada ser utilizada nas construções das coberturas de casas

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Cobertura de casas populares

populares, como: frechal, frechal de cumeeira, frechal comum, caibros, ripas, anteparos,

asnas, linhas e vigas. Utilização esta verificada na figura 7 abaixo.

Figura 7 – Cobertura de Casas Populares: Ilha do Bispo/ PB

O teste para a resistência à compressão, das três peças de plástico, pode ser observado

na tabela 2.

Corpo de prova Dimensão seção

transf. (cm)

Área

(cm2)

Fmax (kgf)

Quadrado 9,0 75,4 7800

Circular 9,8 116,6 12095

Retangular 10,8 81,0 9816

Fonte: LABEME, 2010

Tabela 2 - Resultado do ensaio de resistência à compressão

Sabendo disso, será apresentado na figura 8 abaixo, a utilização da peça circular, que

será necessária para substituir algumas madeiras como: mogno, angelim, ipê, maçaranduba,

pau-ferro, sucupira, peroba, imbuía, cerejeira, jatobá dentre outras espécies, que são adotadas

nos canteiros de obras, para servirem como escoramento nas construções.

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Figura 8 – Escoramentos: Centro de Tecnologia/UFPB

E a peça retangular que foi realizada o teste de resistência a compressão, sua utilização

pode ser observada na figura 9, e esta pode ser utilizada para fazer o nivelamento do terreno

das habitações e também como fôrmas de concretagem para vigas, lajes, pilares e colunas.

Figura 9 - Nivelamento e Forma necessários para a base das casas populares: Distrito Industrial/PB

Por tudo isso, sabe que a iniciativa de produzir bens imóveis a partir do plástico

reciclado em substituição à madeira apresenta uma alternativa confiável que substituiu

eficientemente o modelo convencional adotado, pois o uso do plástico preconiza o surgimento

de uma geração durável de produtos que além de resistentes às intempéries facilitam sua

adoção em projetos.

5 Resultados

Este trabalho teve o propósito de apresentar peças substitutivas da madeira

convencional destinada para a construção de casas populares, feitas a partir de matérias-

primas diversas mescladas ou em separado, objetivando aplicação como peças principais ou

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Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.

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coadjuvantes na composição de estruturas de sustentação nos projetos arquitetônicos da área

de construção civil, ambientação e correlatos.

Sabendo que a escassez de matéria-prima como a madeira, o alto consumo energético

na produção do aço e do cimento juntamente com a abundância de material plástico a baixo

custo estimularam, nas últimas décadas, a pesquisa às propriedades físicas do plástico

reciclado, bem como o seu uso em estruturas.

Dessa forma, relatamos ser possível e justificável a substituição da madeira por outros

materiais feitos através do plástico reciclado em aplicações como: Frechal; Frechal de

Cumeeira; Frechal Comum; Viga; Antepara; Asna; Curral para Nivelamento do Terreno;

Fôrma de Plástico Reciclado para Concretar Vigas, Lajes, Pilares e Colunas; Pontaletes de

Plástico Reciclado para Escoramento e Tábuas para usos diversos.

6 Conclusão

Este artigo abordou algumas referências bibliográficas referentes aos plásticos,

necessária para mostrar as suas principais categorias a serem reutilizadas para a reciclagem,

percebeu-se que este polímero apresenta varias características positivas para a sua reutilização

como, por exemplo, eles são resilientes (resistem ao impacto sem se deformar), resistentes à

corrosão, leves, indiferentes à deterioração por decomposição e ataque de microorganismos,

são de fácil processamento e com um custo bastante reduzido de manutenção, além disso,

mostrou três diferentes processos e reciclagem utilizados.

Foi exposta a evolução dos materiais necessários para a construção civil feitos pelo

homem, que inicialmente, beneficiou-se os materiais que eram oferecidos pela própria

natureza, até chegar aos dias de hoje, onde é possível a utilização de outras tecnologias.

Assim, afirmamos o potencial para a substituição da madeira convencional, através da

utilização peças produzidas a partir de resíduos plásticos reciclados, que antes eram

descartados na natureza, mais agora representam uma reutilização possível e eficiente como

mostrou os testes, isso possibilitará a diminuição da poluição feita ao meio ambiente, como

também evitar-se-á o desmatamento, além disso, é necessária a evolução e surgimento de

inovações para um desenvolvimento ecologicamente correto da sociedade.

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