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Panorama das Terapias Familiares A TERAPIA ESTRATÉGICA JAMES KEIM

A terapia estratégica (1)

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Panorama das Terapias Familiares

A TERAPIA ESTRATÉGICAJAMES KEIM

Tem raízes no trabalho de Milton Erickson e

no Projeto de Bateson e foi desenvolvida por

Jay Haley e Cloé Madanes.

Uma escola que permanece como um dos

principais modelos de psicoterapia, voltada

para a premissa de que os terapeutas devem

obedecer a um estilo de prática ativo,

diretivo e capacitado.

Projeto Bateson – 1953 a 1963

Muitos dos conceitos utilizados na prática da terapia estratégica

nasceram desse projeto.

- Pesquisas sobre os Tipos Lógicos na comunicação esquizofrênica.

- Livro sobre a etiologia e a natureza da esquizofrenia que introduziu o

conceito do duplo vínculo e sua relação com a esquizofrenia.

- Introdução nos estudos sobre família ou outro sistema social, em vez

de se referir apenas aos seus membros individuais.

- Nova maneira de ver os problemas humanos mantidos pelas

interações sociais presentes e não por um passado inatingível.

- Em termos de ética, a ideia de que uma pessoa não pode não se

comunicar, não pode não influenciar aqueles que interagem com ela.

Milton Erickson

A abordagem geral hoje empregada pelos terapeutas

estratégicos foi criada por ele.

Sua terapia era de caráter diretivo, cuidadosamente

planejada e, na maioria dos casos, breve.

Ele assumia a responsabilidade de mudar seus pacientes

e empregava uma abordagem diferente para cada caso.

Seu modelo enfatizava a mudança e se concentrava nos

sintomas.

Por vezes, praticava a terapia com famílias inteiras em

seu consultório.

A TERAPIA ESTRATÉGICA ATUAL

É um modelo pragmático essencialmente dedicado à

intervenção clínica.

Consiste em uma teoria sobre a manutenção do

problema e uma sobre a mudança – não há uma teoria

voltada para a origem do problema.

O terapeuta planeja e dá início ao que desejaria que

ocorresse na terapia. A responsabilidade pela derrota

é do terapeuta.

A meta básica é solucionar o problema presente por

diretivas diretas e indiretas.

ESTÁGIOS E PROGRESSÃO DA TERAPIA

ADRIANA

ESTÁGIOS - A PRIMEIRA ENTREVISTA

05 Estágios

1. Social2. Exploração do Problema3. Interacional4. Estabelecimento de Metas5. Atribuição de Tarefas

ESTÁGIO SOCIALo O terapeuta começa criando um relacionamento cooperativo,

que se caracteriza pelo calor humano e respeito.

ESTÁGIO DE EXPLORAÇÃO DO PROBLEMAo Terapeuta pede a apresentação do problema.

ESTÁGIO INTERACIONALo Fazer com que os pacientes interajam entre si, não com o

terapeuta.

ESTÁGIO DE ESTABELECIMENTO DE METASo Implica a elaboração de um contrato terapêutico.

ESTÁGIO DE ATRIBUIÇÃO DE TAREFASo O terapeuta dá as diretivas que se relacionam com o problema em questão. Consiste no comprometimento da resolução dos problemas apresentados.

A PROGRESSÃO DA TERAPIA

Estágio: Preparação e Cooperação O terapeuta cria um relacionamento cooperativo com

os pacientes. Estágio de resolução do problema Estilo terapêutico que enfatiza a paciência e não cria

expectativas não-realistas de mudança imediata. Estágio de Finalização A meta está voltada para que os pacientes sejam

capazes de lidar com seus problemas sozinhos. Estágios da Vida Familiar Aproximação-casamento-nascimento-filhos-

2°casamento-separação filhos/pais-aposentadoria-velhice

As metas das terapias são conceitualizadas no sentido de ajudar os pacientes a passar de um estágio a outro.

DIAGNÓSTICO

As variáveis sobre as quais a terapia estratégica tem seu enfoque são:

Proteção Unidade Sequência Hierarquia

Com a ajuda dessas ferramentas, o terapeuta estratégico disseca o problema, que é o foco da terapia.

PROTEÇÃO

Relaciona-se com a teoria de que os membros de uma família tentam, de maneiras infrutíferas, auxiliar os demais membros dessa mesma família.

UNIDADE

O triângulo permite a formação simultânea de coalização e hierarquia dentro de um grupo social.

SEQUENCIA

A meta da terapia estratégica é substituir as sequencias mal-adaptadas de comportamentos por sequencias mais saudáveis.

HIERARQUIA

Capacidade de proteger, confortar e fazer feliz.

DIRETIVAS

ARIANE

DIRETIVAS

As diretivas seriam tarefas apresentadas pelo terapeuta

em sessão, sendo um fator indicativo de que ele que

conduz o processo terapêutico.

Segundo Bateson “toda comunicação é, simultaneamente,

um relato e um comando” (1951) – no caso do terapeuta,

o comando está muito mais claro para ele do que para o

cliente .

Meta: fazer com que o paciente experiencie e possa

adaptar-se a novos meios de interação

Tipificação: enunciação, função e paradoxo .

ENUNCIAÇÃO

As diretivas podem ser descritas como diretas ou indiretas (Haley,1976).

As diretas são aquelas em que o terapeuta deseja que os pacientes desenvolvam ações específicas, influencia-os a fazer isso pedindo-lhes diretamente. A influência do terapeuta é aberta e claramente identificável pelo paciente (Haley,1976, p.59).

Diretivas indiretas;

A diretiva indireta é usada quando o terapeuta deseja que o paciente realize determinada ação e influencia-o a fazê-lo, sem pedir claramente (Haley,1976).

 

FUNÇÕES DIRETIVAS

As diretivas podem ser classificadas como primária, preparatória e terminal (Keim.1993)

Diretiva primária: É aquela que se volta diretamente para o problema presente e tenta resolve-lo ( 1993).

A diretiva preparatória cria o caminho para a diretiva primária que solucionará o problema presente, um exemplo é a redefinição que dá ao paciente força para mudança, sem lhe oferecer nenhum direcionamento específico para esta.

Diretiva terminal (1993) auxilia o terapeuta a finalizar a terapia após a solução do problema presente. Prever a recaída em algum ponto do futuro é um exemplo de diretiva terminal.

PARADOXO

A intervenção paradoxal é aquela em que “uma diretiva é qualificada pela outra, em um diferente nível de abstração, de forma conflitual” (madanes,1981, p.7).

O terapeuta prescreverá ao paciente que continue a ter os sintomas, o paciente não consegue seguir a orientação terapêutica e acaba transgredindo as regras no sentido de sua cura. O remédio é o próprio sintoma, a resistência é a mudanças.

EXIGENCIAS DE COOPERAÇÃO DA TERAPIA DIRETIVA

A familiaridade com o problema e o contexto, apreço, competência e empatia, cada qual contribui para que se estabeleça um relacionamento de caráter cooperativo entre o terapeuta e seus pacientes. Nenhuma forma de terapia é mais exigente em relação ao relacionamento entre estes do que a terapia estratégica. Até o ponto em que na ausência de qualquer um desses critérios, a terapia torna-se muito mais difícil e apresenta menores probabilidades de ser bem sucedida.

  “A familiaridade com o contexto” diz respeito ao estado em que o terapeuta e seus pacientes

sentem que o primeiro está a par dos fatos do problema e do contexto social.

Apreço : Refere-se a importância de os pacientes acreditarem que o terapeuta gosta deles. Na terapia estratégica, o terapeuta considera sua responsabilidade gostar de seus pacientes.

Competência: significa a necessidade tanto do terapeuta como de seus pacientes de acreditarem que o terapeuta sabe o que está fazendo. O terapeuta deverá conduzir de modo a inspirar tal confiança.

Empatia é o ponto alcançado na relação terapêutica em que o paciente sente que o terapeuta sabe o que significa estar na situação de dificuldade em que ele se encontra. Empatia não deve ser confundida com piedade.

A razão básica do fracasso de um terapeuta reside no fato de este não conseguir estabelecer esse tipo de relacionamento. Haley (1973) enfatizava que um relação de confiança é essencial para esta abordagem, quando ela não é suficientemente forte, as palavras do terapeuta atingirão ouvidos surdos.

A ESCOLHA DA INTERVENÇÃO

ALEXANDRA

QUATRO DIMENSÕES DA INTERAÇÃO METAFÓRICA FAMILIAR

1° DOMINÇÃO E CONTROLE:

Caracterizado pelas lutas dos pacientes para dominar e controlar um ao outro muitas vezes por intimidação e exploração.

2° DESEJO DE SER AMADO:

Os distúrbios alimentares e alguns tipos de sintomas psicossomáticos são caracterizados nessa dimensão como fobia, depressão e ansiedade, as interações na família geralmente implica exigência excessiva , rivalidade , discriminação e criticismo, a comunicação apresenta-se repleta de dor.

A orientação da terapia tende a conduzir membros da família a exprimir abertamente seus sintomas e a mudança metafórica da

função dos sintomas.

3° DIMENSÃO AMOR E PROTEÇÃO:

Centraliza a tentativa de amar e proteger as pessoas importantes na terapia os problemas apresentados envolvem invasão,possessividade,certos tipos de dominação e alguns atos de violência, a fala relacionada se deve a de que um dos membros cometeu algum ato impróprio ou o relaciona com ciúme caracterizado por comportamento de caráter obsessivo, pode existir tendência suicida, abuso e negligencia, e atribuição de culpa ao outro.

A intervenção na terapia é a de reverter a idéia de exclusão .

4° DIMENSÃO ARREPENDIMENTO E PERDÃO:

Atua nos trabalhar geralmente atos de abuso sexual e ao atos de sadismo frequentes nessa dimensão, as famílias se caracterizam por segredos e distâncias interpessoais.

A intervenção enfatiza a responsabilidade pessoal, a realidade , a substituição do secreto e das colizações inapropriadas e o movimento

para níveis mais altos de compaixão e espiritualidade

DOMINÇÃO E CONTROLE

. Correção da hierarquia (Minuchin,1974; Haley 1976; Madanes,1981)

. Negociações e contratos (Minuchin,1974; Haley, 1976; Madanes, 1981)

. Mudando benefícios ( Madanes, 1981, 1983)

. Rituais (Haley, 1973, Madanes 1981, Haley, 1984)

. Provocações (Haley, 1973, 1984)

. Restrição Paradoxal da melhora (Haley, 1973, 1976)

. Contratos do problema (Haley, 1973; Madanes, 1981)

. Prescrição do problema presente com pequena modificação de contexto

(Haley, 1973; Madanes, 1981, 1983)

DESEJO DE SER AMADO

• Mudança do envolvimento de um dos pais

(Minuchin, 1974; Haley, 1976, 1980)

• Mudança de recordações (Haley, 1973; Madanes , 1983, 1990)

• Prescrição do sintoma (Haley, 1973, 1976, 1980)

• Prescrição da simulação do sintoma (Madanes , 1981)

• Prescrição de um ato simbólico (Madanes , 1981)

• Solicitar aos pais que prescrevam o presente problema ou representação simbólica do problema presente

(Madanes , 1981)

• Prescrição da Simulação da função do sintoma

(Madanes , 1981)

• Reforço ou enfraquecimento dos relacionamentos

(Minuchin, 1974; Haley, 1976, Madanes , 1981)

• Ilusão de estar sozinho no mundo (Madanes , 1983)

AMOR E PROTEÇÃO

•Reunião dos membros da família (Minuchin, 1974; Haley, 1976; Madanes, 1981)

•Mudança no parâmetro “Quem ajuda quem”

(Madanes, 1981)

•Fortalecimento dos filhos para que sejam úteis, de maneira apropriada

(Madanes, 1981)

•Orientação ou proteção para o futuro

(Haley, 1973,1976; Madanes, 1981)

•Prescrição de uma reversão da hierarquia familiar

(Madanes, 1981, 1983)

•Prescrição de “Quem terá o problema presente”

(Madanes, 1983)

ARREPENDIMENTO E PERDÃO

•Arrependimento e reparação (Madanes, 1990)

• Reframing (Haley, 1973, 1976,; Madanes, 1981)

•Criação de uma redefinição positiva

(Madanes, 1981, 1983)

•Busca de protetores (Madanes, 1990)

•Fazer surgir a compaixão (Madanes, 1990)

TRATAMENTO DO ABUSO SEXUAL

Desde os anos 70 a terapia estratégica já vinha sendo muito discutida na literatura através de workshops, pensando nos casos de abuso sexual foi a partir dos anos 80 que Cloé Madanes desenvolveu uma abordagem familiar que visa auxiliar os que praticam o abuso a assumir suas responsabilidades e a demonstrar dor e arrependimento de suas ações.

Esse trabalho consiste em 16 passos para o tratamento dos que praticam o abuso sexual e suas vitimas, (quando são da mesma família) reduzindo a necessidade de internação carcerária e o esfacelamento familiar.

CÓDIGO DE ÉTICA

Regras da terapia estratégica

1° Não ferir 2° Não culpar 3° Ser ciente de sua influência 4° Respeitar os pacientes 5° Ter visão minimalista 6° Ter consciência no uso das diretivas

diretas/indiretas 7° Ter senso comum 8° Uso da intervenção de forma mais dignificante e

menos invasiva

Foi elaborada para guiar os terapeutas de forma

efetiva e benéfica, sua formação para o domínio

ideal são de no mínimo 2 á 3 anos de estudo, e vem

recebendo a influência de vários e importantes

rumos, como por exemplo, os E.U.A, que tem

aumentado a pressão para graduar cada vez mais

terapeutas prontos para o trabalho, visando assim

atender as dificuldades da atual sociedade moderna.

CONCLUSÃO

OBRIGADA

AdrianaAlexandra

ArianeThamires