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volume 4, 2009 9 A utilização de protótipos de mini-foguetes como estratégia da promoção de aprendizagem significativa das leis do movimento de Newton, em nível médio: Material de Apoio para a Aplicação da Proposta Valéria Cristina Lima da Silva, Maria de Fátima da Silva Verdeaux e Célia Maria Soares Gomes de Sousa

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volume 4, 2009 9

A utilização de protótipos de mini-foguetes como estratégia da promoção de aprendizagem significativa das leis do movimento de Newton, em nível médio: Material de Apoio para a Aplicação da Proposta

Valéria Cristina Lima da Silva,Maria de Fátima da Silva Verdeauxe Célia Maria Soares Gomes de Sousa

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Instituto de Ciências Biológicas

Instituto de Física

Instituto de Química

Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências

Mestrado Profissional em Ensino de Ciências

Material de Apoio para a aplicação da proposta: A utilização de protótipos de mini-foguetes como estratégia da

promoção da aprendizagem significativa das leis do movimento de

Newton, em nível médio.

Valéria Cristina Lima da Silva

Brasília

Março de 2009

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SUMÁRIO

1. Introdução................................................................................................................. 3

2. Fundamentação teórica............................................................................................ 5

3. Foguetes..................................................................................................................... 10

3.1. Funcionamento dos foguetes............................................................................. 10

3.2. Construindo mini-foguetes com garrafas de refrigerantes do tipo PET............. 13

3.3. A determinação da estabilidade do foguete........................................................ 15

3.4. Construindo e usando a plataforma de lançamento........................................ 18

4. Planos de aula............................................................................................................ 27

5. Teste das concepções prévias das leis de Newton................................................... 34

6. Texto sobre força/energia........................................................................................ 39

7. Questionário opinativo............................................................................................. 41

8. Referências Bibliográficas....................................................................................... 42

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1. INTRODUÇÃO

O material apresentado neste manual é destinado aos professores que desenvolvem

atividades em Física no 1º ano do ensino médio. Trata-se de uma proposição desenvolvida no

trabalho de conclusão do mestrado profissionalizante em ensino de Ciências da UnB,

realizado pela professora Valéria Cristina Lima da Silva, sob a orientação da Profª Drª Maria

de Fátima da Silva Verdeaux e coorientação da Profª Drª Célia Maria Soares de Souza.

Este produto educacional trata da proposta de utilização de foguetes construídos com

garrafas PET como recurso capaz de promover a aprendizagem significativa das três leis do

movimento de Newton, em nível médio. Tal proposta não se caracteriza como a única opção

para os educadores interessados em implementar práticas educacionais inovadoras e

motivadoras. Nem tão pouco deve ser vista como uma “receita” a ser obedecida à risca. Ao

contrário, trata-se de mais uma alternativa que pode ser aperfeiçoada para se adequar as

condições e necessidades do ensino de Física em nível médio.

As aulas foram planejadas e realizadas através de procedimentos que permitiram

acompanhar e avaliar o processo de aprendizagem dos estudantes. Levou-se em consideração

o conhecimento prévio e a disponibilidade dos estudantes em aprender como preconizado

através da teoria de Ausubel.

A proposta aqui apresentada consta de informações a respeito do funcionamento dos

foguetes, da descrição do material e de procedimentos para a construção da plataforma de

lançamento e dos foguetes de garrafa PET. Consta ainda, da descrição das aulas e do material

utilizado nas mesmas. Os professores que pretendem aplicar a proposta podem escolher outros

modelos de foguete e plataforma de lançamento que se adéqüem aos materiais disponíveis.

Caso o professor necessite de mais informações sobre o projeto de pesquisa que

resultou nesse material, consultar na página do programa de pós-graduação em ensino de

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ciências da Universidade de Brasília: www.unb/ppgec/dissertações, a dissertação de mestrado:

“A utilização de protótipos de mini-foguetes como estratégia da promoção de aprendizagem

significativa das leis do movimento de Newton, em nível médio”.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Teoria da aprendizagem significativa de David Ausubel

Adotamos como referencial teórico desse estudo a teoria da aprendizagem

significativa de Ausubel. As idéias presentes na teoria de Ausubel explicam a aquisição do

conhecimento dentro de uma perspectiva cognitivista.

A noção de aprendizagem significativa constitui-se o eixo central da teoria de

Ausubel. Para ele, a aprendizagem implica na interação entre elementos da estrutura

cognitiva prévia do aluno e o conteúdo a ser aprendido. Essa interação se dá através de um

processo onde há modificação mútua tanto da estrutura mental pré-existente quanto do novo

conhecimento a ser adquirido.

Para Ausubel, o fator isolado que mais influencia as aprendizagens futuras é o

conhecimento, por parte dos educadores, daquilo que o estudante já sabe.

“Se tivéssemos que reduzir toda a psicologia educacional a um só

princípio, diríamos o seguinte: o fator singular mais importante que

influencia a aprendizagem é aquilo que o aprendiz já sabe. Descubra isso e

ensine-o de acordo” (AUSUBEL, NOVAK, HANESIAN, 1980, p.137).

A importância do conhecimento do que o estudante já sabe se dá na medida em que

aquilo que já faz parte da estrutura cognitiva do aprendiz servirá de ponto de partida para a

aquisição de novos conhecimentos. Contudo, isso não significa considerar o conhecimento

prévio do aprendiz em termos de pré-requisito, mas sim em identificá-los como idéias e

conceitos relevantes para novas aprendizagens.

O conhecimento pré-existente na estrutura cognitiva do aprendiz que se relaciona

especificamente com a nova informação é definido como subsunçor.

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“O „subsunçor‟ é, portanto, um conceito, uma idéia, uma proposição, já

existente na estrutura cognitiva, capaz de servir de „ancoradouro‟ a uma

nova informação de modo que esta adquira significado para o sujeito”.

(MOREIRA, 1999, p.11).

A interação entre o subsunçor e o novo conhecimento não se dá de forma unilateral. Ao

contrário, se dá num processo através do qual tanto a nova informação passa a ter significado

para o aprendiz, como a informação relevante que faz o papel de subsunçor sofre modificação

tornando-se mais abrangente e organizada. Assim, há na aprendizagem significativa um

processo no qual o subsunçor serve de ancoradouro para o novo material incorporando-o e o

assimilando-o ao mesmo tempo em que se modifica em função dessa ancoragem (MOREIRA,

2006).

Ausubel considera que os indivíduos apresentam uma organização cognitiva baseada

numa hierarquia com elementos mais específicos do conhecimento se ligando a conceitos,

idéias, proposições mais gerais e inclusivas.

A aprendizagem significativa ocorre quando a nova informação passa a fazer parte da

organização cognitiva do aprendiz através de um processo onde o novo conhecimento é

armazenado de forma não literal e não arbitrária. Nas palavras de Ausubel:

“Uma relação não arbitrária e não literal significa que as idéias são

relacionadas a algum aspecto relevante existente na estrutura cognitiva

do aluno como, por exemplo, uma imagem, um símbolo, um conceito

ou uma proposição” (AUSUBEL, NOVAK, HANESIAN, 1980, p.34).

Assim, numa conexão não literal e não arbitrária a aprendizagem não depende das

palavras específicas utilizadas quando da recepção do material. É um tipo de conexão onde é

preciso que o aprendiz perceba algum significado lógico na nova informação. Para isso o

novo material deve possuir um caráter não aleatório, ou seja, nele deve existir algo com o qual

o estudante possa relacionar às estruturas cognitivas disponíveis.

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No entanto, quando não há disponibilidade na estrutura cognitiva dos conceitos

subsunçores, Ausubel recomenda o uso de organizadores prévios. Eles são materiais

introdutórios apresentados antes do material de aprendizagem.

“Segundo Ausubel, a principal função do organizador prévio é a de servir de

ponte entre o que o aprendiz já sabe e o que ele precisa saber a fim de que o

novo material possa ser aprendido de forma significativa. Ou seja,

organizadores prévios são úteis na medida em que funcionam como pontes

cognitivas” (MOREIRA, 2006, p. 137).

Os organizadores prévios são utilizados para fazer a ligação entre aquilo que o

estudante já sabe e aquilo que ele precisa saber para aprender significativamente. É construído

com certo grau de abstração e inclusividade de forma a facilitar a apreensão do conhecimento

que o aprendiz precisa adquirir. Moreira destaca que os organizadores prévios, além de

fornecer “idéias-âncora” relevante para a aprendizagem, podem estabelecer relações entre

idéias, proposições e conceitos já existentes na estrutura cognitiva e aqueles existentes no

material de aprendizagem.

Ausubel distingue aprendizagem significativa da aprendizagem mecânica. Nesta última

ocorre pouca ou nenhuma relação entre o conhecimento pré-existente e a nova informação.

Apesar das diferenças observadas entre esses dois tipos, a aprendizagem mecânica não exclui

a possibilidade de uma futura aprendizagem significativa. Isso se deve ao fato de que é

possível um conhecimento ser inicialmente memorizado para posteriormente a partir dele, o

aprendiz ir aos poucos estruturando novos conhecimentos, sendo capaz de estabelecer as

relações específicas do processo de aprendizagem significativa. Apesar de existir a

necessidade da aprendizagem mecânica em determinados momentos do processo de ensino,

como no caso da fase inicial de aquisição de um novo corpo de conhecimento, a

aprendizagem significativa mostra-se vantajosa por possibilitar a retenção do conhecimento

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por mais tempo e por aumentar a capacidade do estudante de aprender outros materiais

relacionados com mais facilidade (MOREIRA, 2006).

MOREIRA (2006) destaca que a distinção entre aprendizagem significativa e

aprendizagem mecânica não deve ser confundida com a diferença entre aprendizagem por

recepção e por descoberta. Visto que, na aprendizagem por descoberta o sujeito precisa

descobrir aquilo que ele vai aprender, enquanto que na aprendizagem por recepção o

conhecimento é apresentado ao estudante na sua forma final. No entanto tanto uma quanto a

outra podem ocorrer de forma significativa, desde que o novo material seja incorporado à

estrutura cognitiva de forma não-arbitrária e não-literal.

MOREIRA (2006) aponta ainda, para o fato de que a maior parte da instrução,

realizada em sala de aula está orientada para a aprendizagem receptiva, que pode possuir o

caráter de aprendizagem significativa desde que haja condições necessárias à sua ocorrência.

Condições para ocorrência da aprendizagem significativa

AUSUBEL, NOVAK, HANESIAN (1980) aponta três condições básicas necessárias

para que possa haver um processo de aprendizagem significativa:

1- A primeira diz respeito ao significado lógico do novo material cuja estrutura interna

não deve ser arbitrária e nem confusa para facilitar o estabelecimento de relações com

os conhecimentos prévios dos estudantes;

2- A segunda condição se refere à presença na estrutura cognitiva do aprendiz de

conhecimentos prévios pertinentes e ativados que possam ser relacionados com o

material a ser aprendido;

3- A terceira condição tem como foco a disposição favorável do estudante para aprender

de maneira significativa.

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MOREIRA (2006) mostra que uma condição não exclui as demais. Isto implica em

afirmar que não basta somente o material ser potencialmente significativo é preciso que se

utilize de meios capazes de identificar as concepções dos estudantes a respeito do assunto a

ser trabalhado.

Ter disposição em aprender significativamente exige uma atitude favorável para

relacionar o que já se sabe com aquilo que se pretende aprender. Para isso então, é preciso que

se faça uso na sala de aula de recursos atrativos e motivadores que possam desencadear no

estudante o desejo em aprender significativamente.

Portanto, para que ocorra a aprendizagem significativa é necessária uma prática

docente que atente para o caráter motivacional das atividades propostas e para a estrutura

cognitiva do aprendiz, buscando-se observar esses aspectos quando da preparação do material

instrucional.

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3. FOGUETES

3.1. Funcionamento dos foguetes

Os foguetes são usados principalmente para usos aeronáuticos e astronáuticos, mas

seus princípios de funcionamento são simples e aplicáveis em outras situações.

Issac Newton (1642-1727) organizou o conhecimento do movimento físico em três

leis científicas. As leis explicam como os foguetes funcionam e porque são capazes de

funcionar no espaço sideral. Um foguete funciona analogamente a um balão de borracha,

quando o enchemos de ar e a soltamos. O ar sai pelo orifício da bexiga produzindo uma ação,

a bexiga produz uma reação de mesmo módulo, porém em sentido oposto.

Os sistemas propulsivos empregados nos foguetes baseiam-se no escape de um gás

com alta velocidade por um orifício. A geração desse gás pode ser feita através da combustão

de propelentes sólidos ou líquidos.

A queima do propelente no interior da câmara de combustão gera gases a alta pressão

e temperatura. Uma vez que a pressão interna é superior à externa, os gases no interior do

motor escapam através de um orifício. À medida que o gás é liberado, ele se expande, ou seja,

tem a pressão diminuída, sendo que o mesmo ocorre com a temperatura. Como a energia se

conserva, a velocidade aumenta. São os gases escapando com velocidade elevada que produz

a ação, o movimento do foguete é a reação a esta ação.

O propelente é uma mistura de combustível com um material oxidante, ou seja, rico

em oxigênio. É por esta razão que não é necessário a presença externa de oxigênio para o

foguete voar, isso explica como eles funcionam mesmo no espaço, pois o oxigênio já está

misturado ao propelente. Um propelente também pode ser sólido, neste caso o combustível e

o oxidante são misturados formando uma massa que é inserida em um tubo metálico

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cilíndrico. A combustão se iniciará quando a massa for exposta a uma fonte externa de calor.

Um dispositivo de ignição inicia a queima do propelente sólido. Geralmente os blocos de

propelente têm o centro oco, para que a área de queima seja maior.

Na propulsão com propelentes líquidos, o oxidante e o combustível são armazenados

em tanques separados e injetados na câmara de combustão, onde ocorre a queima do

propelente. Os propelentes líquidos podem ser do tipo hipergólico em que o simples contato

do combustível com o oxidante produz a combustão. Em outros casos é necessário o uso de

dispositivos de ignição.

Os engenheiros usam as três leis de Newton para descrever o funcionamento e

controlar o vôo dos foguetes. A primeira lei, chamada lei da inércia, diz que se o foguete

estiver em repouso, é necessária a ação sobre ele de uma força resultante diferente de zero

para que se mova. O mesmo ocorre se o foguete estiver em movimento, será preciso uma

força resultante não nula para pará-lo, modificar a direção de sua trajetória reta, ou alterar sua

velocidade. Quando o foguete encontra-se em repouso na sua plataforma de lançamento, tem-

se que a superfície da base o empurra para cima enquanto a gravidade o puxa para baixo,

numa situação onde essas forças encontram-se em equilíbrio. No instante em que os motores

são ligados, a força de empuxo do foguete desequilibra as forças e o foguete se move para

cima. Durante o seu vôo pelo sistema solar, a nave viajará em linha reta se as forças sobre ele

estiverem em equilíbrio. Isso só acontece se ele estiver bem longe da força gravitacional da

Terra e de outros planetas e suas luas. Assim, no vôo de um foguete existem momentos onde

se dá o equilíbrio e outros onde se dá o desequilíbrio entre as forças que agem sobre ele

(figura 1).

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Figura 1. Forças atuantes nos foguetes.1

A segunda lei, ou princípio fundamental da dinâmica, associa a força à massa e à

aceleração. Essa lei do movimento é essencialmente a afirmação de uma equação matemática

que diz que a força é igual ao produto da massa pela aceleração (F = m.a).

A força de empuxo existe devido à pressão criada pela explosão controlada que

acontece dentro dos motores do foguete. Essa pressão acelera o gás para um lado e o foguete

para o outro. O empuxo dura enquanto os motores estiverem funcionando.

Além disso, existe o fato da massa do foguete mudar durante o vôo. Pois sua massa é

a soma de todas as suas partes que incluem o motor, tanques, combustível e outros. A maior

quantidade de massa do foguete se deve ao combustível. Na medida em que se dá a queima de

combustível ocorre diminuição da massa, o que eleva a aceleração do foguete. Assim, a

segunda lei de Newton é especialmente útil ao se projetar foguetes tendo em vista que quanto

maior a massa de combustível do foguete queimada e quanto maior a velocidade do gás

produzido maior será o seu empuxo.

A terceira lei do movimento é a da ação e reação, e diz que toda ação produz uma

reação de mesmo módulo, mas sentido contrário. Um foguete só poderá subir quando soltar o

1Figura disponível em: www.tvbrasil.com.br/salto/boletins2006/te/textt2.htm

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gás do seu motor. Isso ocorrerá da seguinte forma: o foguete exerce uma força sobre o gás, e o

gás por sua vez, exerce uma força sobre o foguete. Ou seja, a ação é a liberação do gás para

fora do motor e a reação é o movimento do foguete na direção oposta. Para sair da plataforma

de lançamento a força de ação, que também pode ser chamada de empuxo, deve ser maior que

o peso do foguete.

Uma das dúvidas mais freqüentes sobre os foguetes é como eles funcionam no espaço

onde não há ar contra o qual eles possam exercer força. Na verdade a presença do ar se

caracteriza como um fator de dificuldade ao movimento de ascensão dos foguetes na medida

em que causa o atrito, também chamado de arrasto que dificulta a ação e reação. O que ocorre

na realidade é que os foguetes funcionam melhor no espaço do que no ar. Isso se dá porque na

medida em que o gás de exaustão sai do motor do foguete, ele precisa expulsar o ar que está

em volta; o que consome uma determinada quantidade de energia que seria empregada no

movimento do foguete. No espaço não ocorre o mesmo, o que permite aos gases de exaustão

escaparem livremente.

3.2 Construindo mini-foguetes com garrafas de refrigerante do tipo PET

A construção dos foguetes com garrafas de refrigerantes do tipo PET pode ser feita

através do uso de materiais diversos dos aqui descritos, dando liberdade a imaginação e a

criatividade dos envolvidos nessa tarefa.

Um modo simples de construir os foguetes consiste no uso dos seguintes materiais;

-3 garrafas de refrigerante PET limpas e vazias;

-Fita adesiva transparente;

-Tesoura com ponta fina;

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-Canetas de tinta permanente.

Orientações para a construção dos mini-foguetes

1- Reservar uma garrafa inteira sem alterações para ser utilizada como a câmara de

compressão. Nela estarão contidos a água e o ar comprimido.

2- Cortar a parte cônica da segunda garrafa como o indicado na figura 2. Essa peça tem a

função de fornecer o aspecto aerodinâmico que irá minimizar o atrito entre o foguete e

o ar.

Figura 2. Parte cônica da segunda garrafa.

3- Fixar a parte cônica na garrafa inteira utilizando a fita adesiva transparente (figura 3).

Observar o alinhamento entre as duas partes para diminuir possíveis interferências

durante o vôo.

Figura 3. Parte cônica e garrafa inteira juntas.

4- Abrir a terceira garrafa e desenhar quatro aletas do mesmo tamanho (figura 4).

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Figura 4. Desenhando aletas na garrafa aberta.

5- Recortar as aletas e fixá-las na parte inferior da câmara de compressão de forma que

elas fiquem posicionadas numa mesma altura, pois elas contribuirão para a

estabilidade do foguete durante o vôo. (figura 5)

Figura 5. Fixando aletas com fita adesiva.

As orientações para a montagem da plataforma de lançamento será descrita na seção

2.4. Como o foguete precisa ter um vôo estável para haver uma boa observação, trataremos da

estabilidade do foguete adiante.

3.3 Determinando a estabilidade do foguete de garrafa PET

Um foguete é considerado estável quando consegue voar em linha reta, sem sair do

seu curso e sem girar de modo violento. Essa estabilidade do foguete está ligada a sua

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construção. Todos os foguetes possuem dois “centros” distintos os quais são de suma

importância para estabilidade do seu vôo.

O primeiro é o centro de massa (ou centro de gravidade). Ele é o ponto sobre o qual o

foguete se equilibra. Este é o ponto exato onde toda massa do foguete está perfeitamente

equilibrada. É possível determinar o centro de massa do foguete colocando-o sobre uma régua

e balançando-o como uma gangorra. Isso significa que metade da sua massa encontra-se de

um lado e a outra metade encontra-se do outro lado.

O outro centro de um foguete é o centro de pressão. Ao contrário do centro de massa,

o centro de pressão não está relacionado à massa do foguete. Ele é um ponto baseado na sua

área de superfície e não que está dentro dele. Durante o vôo, o ar que sai do foguete irá

equilibrar metade do foguete de um lado desse ponto e a outra metade do outro lado.

A importância da posição do centro de pressão e do centro de massa se dá pelo fato

destes pontos serem cruciais para a estabilidade do vôo do foguete. O centro de massa deve

estar o mais próximo possível da parte superior do foguete. Enquanto que o centro de pressão

deve estar mais próximo da parte posterior. Isso fará com que ele voe em linha reta porque a

parte mais baixa do foguete, a começar pelo centro de massa e indo para baixo, tem uma área

de superfície maior do que a parte de cima que vai do centro de massa até a extremidade

superior do foguete. Quando o foguete voa, existe mais pressão devido ao ar na parte de baixo

do foguete do que na parte superior. Essa pressão manterá a parte de inferior para baixo e a

parte superior para cima. Se o centro de massa e o centro de pressão estiverem localizados

num mesmo ponto, nenhuma parte do foguete ficará voltada para cima. Ele ficará instável e

irá dar cambalhotas.

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Instruções para determinar a estabilidade do foguete

1- Amarrar uma argola de barbante no meio do foguete. Amarrar um segundo

barbante na argola para que se possa segurar o foguete pendurado. Deslizar a

argola até uma posição na qual o foguete fique equilibrado.

2- Riscar uma linha reta no diagrama em escala que deve ser feito anteriormente para

indicar o local onde ficou a argola de barbante (figura 6). Marcar o meio da linha

com um ponto indicando o centro de massa do foguete.

3- Colocar o foguete sobre um pedaço de papelão e riscar o contorno do foguete.

4- Colocar o contorno do foguete sobre a parte fina da régua equilibrando-o.

5- Desenhar uma linha reta no diagrama do foguete indicando o local onde a régua

ficou.

No caso de se ter a posição do centro de massa muito próximos da posição do

centro de pressão ou haver coincidência entre as suas posições, o foguete está

instável. Para aumentar a distância entre esses pontos deve-se acrescentar massa a

parte superior colocando-se pedrinhas ou areia no cone da ponta superior do

foguete.

Figura 6. Diagrama.

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3.4 Construindo e usando a plataforma de lançamento

O modelo da plataforma de lançamento e do foguete sugeridos nesse material são

frutos das atividades realizadas pela Agência Espacial Brasileira através do projeto AEB-

Escola (www.aeb.gov.br). Trata-se de um aparato experimental construído com materiais de

baixo custo, o qual foi utilizado pelo Doutor José Bezerra Pessoa Filho, do Instituto de

Aeronáutica e Espaço (IAE/CTA) quando da realização das oficinas no curso de astronáutica

e ciências do espaço realizadas em Brasília.

A plataforma de lançamento é simples e não demanda grandes valores financeiros para

a obtenção do material utilizados na sua construção. A maior parte pode ser obtida em lojas

especializadas em materiais de construção, com exceção da válvula de pneu de bicicleta que

pode ser facilmente obtida em lojas onde é oferecido serviço de assistência a bicicletas ou em

borracharias. A pressão do ar é obtida através de uma bomba manual de encher pneu de

bicicletas facilmente encontrado no comércio.

Material da plataforma de lançamento:

- 4 tubos de PVC para água com 40 cm cada, com rosca em uma das extremidades (26 mm e

¾ polegadas);

- 2 canos PVC com 30 cm, com rosca nas duas extremidades (26 mm e ¾ polegadas);

- 1 tubo PVC com 50 cm, com rosca e uma das extremidades (21 mm e ½ polegadas);

- 4 “Ts” de ¾ polegadas (PVC branco com rosca);

- 1 luva de 40 cm;

- 2 carretilhas usadas em varal para roupa;

- 2 pitões;

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- 1 metro de corda de náilon;

- 15 fixadores plásticos para fio elétrico (taraipe);

- 1 nipe de ¾ polegadas (PVC branco com rosca);

- 1 nipe de ½ polegadas (PVC branco com rosca);

- 2 buchas de redução de ¾ para ½ polegadas;

- 2 luvas 2L.R. (¾);

- 1 cape roscado

- 2 braçadeiras metálicas (RSF);

- 1 válvula de câmara de ar de pneu de bicicleta;

- 1 registro esférico de ½ polegadas;

- 1 fita veda-rosca.

Instruções para construção da plataforma

- Colar as duas luvas L.R. no registro (figura 7);

Figura 7. Registro com luvas L.R.

2 Liso para rosca.

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- Enroscar o “T” em uma luva L.R que está no registro (figura 8);

Figura 8. “T” enroscado em uma luva L.R.

- Enroscar os dois canos de 30 cm no “T” do item anterior (figura 9);

Figura 9. Canos de 30 cm enroscados no “T” do registro.

- Prender os fixadores de plástico para fio elétrico (taraipe) com as duas braçadeiras metálicas

no cano (50 cm) (figura 10);

Figura 10. Taraipes presos no cano (50 cm);

- Colocar veda rosca na extremidade do cano (50 cm) (figura 11);

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Figura 11. Veda-rosca na extremidade do cano.

- Enroscar a bucha de redução com rosca no cano (50 cm) (figura 12);

Figura 12. Bucha de redução no cano (50 cm);

- Passar veda-rosca na bucha de redução com rosca (figura 13);

Figura 13. Veda-rosca na bucha de redução.

- Passar veda-rosca no naipe de ¾ dos dois lados (figura 14);

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Figura 14. Veda-rosca no naipe de ¾.

- Enroscar o nipe de ¾ em um “T” (figura 15);

Figura 15. Naipe de ¾ enroscado em um “T”.

- Colocar a válvula de bicicleta no cape roscado que deve ser previamente furado (figura 17);

Figura 16. Furo que deve ser feito no cape roscado.

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Figura 17. Válvula de bicicleta no cape roscado.

- Enroscar o cape no nipe de ¾ que está no “T” (figura 18);

Figura 18. Cape com válvula enroscado no nipe ¾.

- Colocar uma bucha de redução no “T” que já está encaixado na válvula (figura 19);

Figura 19. Bucha de redução no “T” com a válvula.

- Enroscar o nipe de ½ no “T”com a válvula, e depois enroscar na luva L.R. do registro

(figuras 20 e 21);

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Figura 20. Nipe de ½ no “T” com válvula.

Figura 21. “T” com a válvula enroscada no registro.

-Fazer dois furos de mesma altura na luva de 40 cm e passá-la pelo cano de 50 cm;

-Fazer dois furos no “T” que liga o registro aos canos de 30 cm;

-Colocar as carretilhas nos pitões e fixá-los nos furos feitos no “T” do registro.

-Passar o náilon pelos furos da luva de 40 cm e pelas carretilhas, em seguida, unir as pontas

do náilon. (figura 22).

Figura 22. Resultado final do gatilho.

- Enroscar o cano de (50 cm) no “T” com a válvula (Figura 23);

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Figura 23. Cano de 50 cm enroscado.

- Colocar os dois canos de 30 cm no “T” do registro esférico (figura 24);

Figura 24. Canos de 30 cm no “T” do registro esférico

- Unir dois canos de 40 cm por meio de um “T”, fazer isso com os outros dois canos de 40 cm

e o outro “T” (figura 25);

Figura 25. Canos de 40 cm unidos por um “T”.

- Colocar os “Ts” dos canos de 40 cm na extremidade dos canos de 30 cm (figura 26).

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Figura 26. Plataforma de lançamento concluída.

Procedimentos e medidas de segurança para o lançamento

1- Escolher um local para o lançamento com pelo menos 30 metros de largura. Colocar o

lançador no centro e prender com uma presilha. Preencher aproximadamente um terço

do volume da garrafa com água;

2- Solicitar a cada grupo de estudantes que posicione o seu próprio foguete na plataforma

de lançamento. Os outros estudantes devem estar posicionados a alguns metros de

distância. Será mais fácil se o professor estabelecer um sinal de limite para separar os

estudantes que estarão envolvidos no lançamento daqueles que observam;

3- Depois de prender o foguete no lançador um estudante do grupo deverá bombear o ar

para a plataforma de lançamento;

4- Quando a pressurização for suficiente (isso se dá em aproximadamente 50 libras de

pressão por polegada ao quadrado) fazer a contagem regressiva, atentando para que

todos estejam posicionados dentro do limite estabelecido com seguro;

5- Disparar o gatilho somente quando não houver ninguém na área prevista para a queda;

6- Permitir que somente o grupo que estiver lançando recupere o foguete após a queda.

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4. PLANOS DE AULA

As aulas foram elaboradas visando o aprendizado significativo através da abordagem

ausubeliana, mudanças nas aulas são viáveis e devem ficar a critério do professor que irá

aplicar a proposta.

Aula nº1

Realização do pré- teste

Objetivo: Identificar nos estudantes os conhecimentos já existentes a respeito do

conteúdo a ser explorado através da abordagem ausubeliana, pois segundo MOREIRA (2006)

é relevante para a aprendizagem significativa que o professor conheça o que o estudante já

sabe para então ensiná-lo de acordo com os seus conhecimentos prévios.

O teste foi feito com questões referentes às três leis de Newton do movimento com os

seguintes objetivos:

1º Buscar saber se o estudante identifica o significado científico da lei da inércia em oposição

a idéia de que um corpo está em movimento devido a ação de força (questões 1 e 2);

2º Detectar se o estudante considera que é preciso alguma força agindo no objeto para levá-lo

para cima (questão 3);

3º Observar se o estudante identifica as forças que agem no objeto quando ele é abandonado

de uma determinada altura (questão 4);

4º Identificar se os estudantes acreditam que existe uma força para cima maior que a força

peso para justificar a subida do objeto (questão 5);

5º Observar se os estudantes identificam o papel da força de atrito no movimento de objetos

em superfícies planas (questão 6);

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6º Detectar se os estudantes percebem a força de ação e reação (direção, sentido e intensidade)

devido ao contato entre um objeto em movimento e uma superfície imóvel (questão 7);

7º Buscar indícios se os estudantes são capazes de reconhecer as forças de ação e reação

(direção, sentido e intensidade) devido à interação gravitacional:

A queda de objetos na superfície da Terra (questão8).

Objeto satélite em órbita em torno da Terra (questão 9).

8º Detectar se os estudantes são capazes de reconhecer as forças de ação e reação (direção,

sentido e intensidade) devido à interação entre objetos de tamanhos diferentes e deslocando-se

no mesmo sentido (questão 10).

O teste será aplicado antes do início do desenvolvimento do conteúdo.

Tempo da Atividade: 1 aula

Material utilizado: Testes

Aula nº 2

Leitura do texto Energia/ Força (ver apêndice B)

Objetivo: Revelar os conhecimentos, já existente, sobre o conceito de força que

julgamos ser uma informação relevante para a ancoragem dos conhecimentos relativos às três

leis de Newton do movimento. MOREIRA (1999) indica a utilização de materiais

introdutórios apresentados antes do material de instrução, os quais sirvam de ponte entre o

que o estudante já sabe e aquilo que ele precisa aprender ou ainda, como no caso dessa

atividade, que sirvam para disponibilizar na estrutura cognitiva do estudante os

conhecimentos úteis a para uma nova aprendizagem.

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Essa atividade consiste na leitura de um texto, adaptado da revista Astronomy Brasil,

contendo as idéias de energia e força. Após a leitura, será solicitado que os estudantes

escrevam numa folha questões a respeito do texto. Na aula seguinte, promove-se a troca das

questões entre os estudantes, seguida de um debate, que possibilite a exposição das dúvidas e

a troca de informações por meio de diálogo entre o professor e os estudantes.

Tempo da Atividade: 2 aulas

Material utilizado: texto adaptado da revista Astronomy Brasil

Aula nº 3

Oficina- construindo um foguete

Objetivo: Mostrar aos estudantes a função de cada parte do foguete que será utilizado

no experimento através da construção do mesmo. Assim eles terão a oportunidade de

trabalhar com precisão e compreender que cada parte tem uma função específica e não

meramente decorativa.

A aula será iniciada através da explanação realizada pelo professor sobre o centro de

massa do foguete e o centro de pressão.

Num segundo momento, a turma será dividida em grupos e de posse do roteiro de

construção cada grupo irá construir o seu foguete.

Tempo da Atividade: 2 aulas

Material utilizado: 3 garrafas PET, 1 tubo de cola, 1 rolo de fita adesiva, 1 tesoura,

caneta de tinta permanente.

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Aula nº 4

Aula sobre o princípio da inércia

Objetivo: Através da percepção de que o foguete encontra-se em repouso devido ao

equilíbrio entre as forças que atuam nele, os estudantes serão capazes de compreender a

primeira lei de Newton, estabelecendo a idéia de equilíbrio dinâmico e equilíbrio estático.

Para que o objetivo acima seja alcançado, a aula é iniciada através de discussões

promovidas, dirigidas e mediadas pelo professor. O professor irá colocar a base de

lançamento num ponto visível a toda turma e seguira com os seguintes questionamentos:

1) O foguete encontra-se em movimento ou em repouso em relação ao solo?

2) O que o mantém nesse estado?

3) O que deve acontecer para que ele mude de estado?

4) Em sua opinião, ele é capaz de mudar sua própria velocidade?

5) Em sua opinião, existe alguma força agindo no foguete neste momento?

Num segundo momento o professor irá escrever no quadro as respostas para a partir

delas proceder a aula expositiva sobre o princípio da inércia. Segundo MOREIRA (2006)

tanto a aprendizagem por descoberta como a por recepção podem ser significativas,

dependendo da forma como a nova informação é armazenada na estrutura cognitiva. Um

princípio pode ser apresentado ao estudante através de uma aula expositiva e o conteúdo pode

ser utilizado significativamente, desde que haja os subsunçores na sua estrutura cognitiva.

Após a exposição do assunto os estudantes irão utilizar o material de apoio (texto) e

irão proceder a resolução dos exercícios.

Tempo da Atividade: 3 aulas

Material utilizado: base de lançamento, foguete feito com garrafa PET.

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Aula nº 5

Aula sobre o princípio da ação e reação

Objetivo: Levar os estudantes a perceber que o foguete viaja para cima, com força

igual e em sentido oposto a força que impulsiona a água e o ar comprimido para fora da

garrafa. Ou seja, os estudantes deverão ser capazes de utilizar o princípio da ação e reação

para explicar o movimento de ascensão do foguete.

Cada grupo irá lançar o seu foguete para em seguida responder as seguintes questões:

1- O que causa o movimento do foguete?

2- Qual o sentido da força que expulsa a água?

3- Qual o sentido da força que empurra o foguete?

4- Por que essas forças não se anulam?

5- É possível realizar esse tipo de lançamento no vácuo?

Após o lançamento do foguete, os estudantes retornarão à sala e responderão em

grupo as questões propostas. O professor irá escrever no quadro as respostas e partindo do que

os estudantes responderem iniciará a apresentação do princípio da ação e reação utilizando o

vôo do foguete como exemplo.

Acreditamos que o lançamento dos foguetes se caracteriza em uma atividade

facilitadora da aprendizagem significativa, na medida em que ela pode despertar o interesse

do estudante em aprender. Pois, segundo MOREIRA (2006), uma das condições necessárias a

ocorrência da aprendizagem significativa é que o estudante manifeste disposição em aprender

de forma significativa.

Após a explanação do assunto será feita a consulta ao texto de apoio e aos exercícios

propostos.

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Tempo da Atividade: 3 aulas

Material utilizado: plataforma de lançamento, foguete feito com garrafa PET.

Aula nº 6

Aula sobre a segunda lei de Newton

Objetivo: Levar aos estudantes a compreender que a força é proporcional a massa de água e

ar e também a velocidade.

1- Os grupos irão utilizar as balanças para medir a massa dos foguetes com e sem água

em sala e irão anotar os valores.

2- Irão realizar dois lançamentos um com o foguete com água e outro sem água e irão

anotar os seguintes dados:

a) A distância entre o local de lançamento e o local da queda;

b) O ângulo entre a horizontal e a altura máxima;

3- Através da tangente do ângulo irão medir o valor aproximado da altura máxima.

4- Responder as perguntas abaixo:

a) Em que situação o foguete alcança maior altura, com ou sem água?

b) Como a quantidade de água colocada dentro do foguete interfere na altura alcançada?

c) O valor da massa do foguete exerce alguma influência na variação da velocidade do

foguete?

5- Indicar três procedimentos que possam melhorar o desempenho do foguete.

Após a realização do experimento o professor irá escrever as respostas dos grupos no

quadro para a explanação da segunda lei de Newton, através de aula expositiva.

No momento seguinte a turma utilizará o texto de apoio e retornará a resolução dos

exercícios propostos.

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Tempo da Atividade: 3 aulas

Material utilizado: base de lançamento, foguete feito com garrafas PET, balanças,

altímetro, tabela de tangentes.

Aula nº 7

Realização do questionário opinativo

Objetivo: O teste visa dar oportunidade aos estudantes de se posicionar em relação ao

docente/pesquisador e em relação à utilização dos experimentos como estratégia de ensino.

Em relação ao docente, segundo MOREIRA (1999), para que o professor facilite a

aprendizagem significativa é preciso que este ensine utilizando recursos e princípios os quais

facilitem a aquisição de estruturas conceituais do conteúdo. Daí a necessidade de avaliar a

atuação do docente.

Em relação à utilização dos experimentos, MOREIRA (2006), destaca a importância

da disposição por parte do estudante em aprender de forma significativa. Com isso há a

necessidade de saber se a utilização dos foguetes gerou no estudante a disposição em

aprender.

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5. TESTE DAS CONCEPÇÕES PRÉVIAS DAS LEIS DE NEWTON

Teste sobre as concepções prévias a respeito das três leis de Newton.

INSTRUÇÕES:

1. Este teste consta de 10 questões, confira se ele está completo. 2. Em cada uma das questões escolha apenas uma alternativa.

QUESTÕES

1- É comum, em filmes de ficção científica, que naves espaciais, mesmo quando longe de qualquer planeta ou estrela, permaneçam com os motores ligados durante todo o tempo de percurso da viagem. Marque a alternativa que você considera correta. Pois esse fato:

a) Se justifica, porque, se os motores forem desligados, a velocidade da nave diminuirá com o tempo até parar.

b) Se justifica, pois para que qualquer objeto se mova, é necessária a ação de uma força sobre ele.

c) Se justifica, pois se os motores forem desligados, a nave será desviada, de forma gradativa, de sua rota.

d) Não se justifica, pois, uma vez colocada no seu rumo, a nave seguirá até o destino com velocidade constante.

2- A figura abaixo representa um barco atracado no cais.

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Deixa-se cair uma bola de chumbo do alto do mastro – ponto O. Nesse caso ela cairá, ao pé do

mastro – ponto Q. Se essa mesma bola for abandonada do mesmo ponto O quando o barco estiver

se afastando do cais com velocidade constante, ela cairá no seguinte ponto da figura.

a) P b) Q c) R d) S

3- Um bloco é jogado de baixo para cima ao longo de um plano inclinado liso. Marque a opção que

melhor representa a(s) força(s) que age(m) sobre ele, ao passar pelo ponto A, ainda subindo.

Despreze o atrito.

4- A figura se refere a um indivíduo que, do topo de uma torre, arremessa para baixo uma bola. Os

pontos A, B e C são pontos da trajetória da bola após o arremesso. É desprezível a força de

resistência do ar sobre a bola. As setas nos esquemas seguintes simbolizam as forças exercidas sobre

a bola nos pontos A, B e C. Qual dos esquemas seguintes melhor representa a (s) força(s) sobre a

bola?

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5- Um menino lança verticalmente para cima uma bola. Os pontos A, B e C identificam algumas

posições da bola após o lançamento. É desprezível a força resistiva do ar na bola. No ponto A,

quando a bola está subindo, qual dos desenhos melhor representa a (s) força(s) exercida(s) pela

bola?

6- A figura se refere a um indivíduo que lança com grande velocidade uma bola sobre uma superfície

horizontal com atrito. Os pontos A e B são pontos da trajetória da bola após o lançamento, quando a

bola já está rolando; no ponto C a bola está finalmente em repouso.

As setas nos desenhos seguintes simbolizam as forças horizontais sobre a bola nos pontos A, B e C.

Qual dos esquemas melhor representa a (s) força(s) sobre a bola?

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7- Uma bola de tênis é arremessada contra uma parede. Nas alternativas abaixo, escolha aquela que melhor representa a(s) força (s) que atua(m) no sistema, durante a colisão, devido apenas à interação entre a bola e a parede.

8- Considere uma pedra caindo próxima á superfície da Terra. Das opções abaixo, marque aquela que melhor representa a(s) força(s) que atua(m) no sistema pedra-Terra. Despreze o atrito com o ar.

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9- Considere a lua girando em torno da Terra em movimento circular e uniforme e em sentido horário. Das opções abaixo, assinale aquela que melhor representa a(s) força(s) que atua(m) na Terra e na Lua devido apenas a interação entre estes dois corpos.

10- Um foguete está empurrando um satélite danificado que se perdeu no espaço. Marque a alternativa que melhor representa a(s) força(s) que atuam no foguete e no satélite devido apenas à interação entre os dois (direção e sentido do movimento).

Gabarito

1.D; 2.B; 3.B; 4.B; 5.C; 6.C; 7.A; 8.B; 9.D; 10.B.

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6. TEXTO SOBRE FORÇA/ENERGIA

Energia à vontade

3Para onde quer que olhemos, vemos energia. Mesmo assim a maioria das pessoas não faz

idéia do que seja isso. Einstein escreveu em 1905 que matéria e energia são equivalentes. Uma pode

transformar-se na outra.

Os astrônomos juntam massa e energia do Universo como se fosse uma coisa só. A menos

que existam outros universos que não conhecemos, esse total de energia é finito. No entanto não

podemos gasta-lo. É que energia nunca é perdida, nem destruída, nem criada. A energia muda de

forma, mas nunca diminui.

Digamos que você suba de carro até o topo de uma colina. Depois desça com o motor em

ponto morto. Você começou liberando a energia química da gasolina que estava armazenada em

suas ligações moleculares. Energia que está armazenada à espera de ser liberada é chamada energia

potencial. Ao fazer o carro se mover, a energia potencial do combustível se transforma em energia

de movimento: energia cinética.

Já acertaram o seu rosto com uma torta de creme? Não machuca muito quando ela é apenas

comprimida contra o rosto. Mas pode ser doloroso se a torta for atirada de longe, pois uma torta em

movimento tem energia cinética. Qualquer corpo celeste que gire, mova-se ou contenha átomos que

se agitam está repleto de energia cinética. A energia cinética está por toda parte.

Quando seu carro subiu a ladeira, na verdade ganhou energia potencial da gravidade. Isso

significa que, ao chegar ao topo, você ganhou uma passagem grátis de volta para baixo. Essa

passagem nunca expira. A energia potencial gravitacional pode esperar pacientemente por milhões

3 Texto adaptado do artigo de Berman, B. Energia à vontade. Astronomy Brasil. Vol. 2, número 13, p.10, maio,

2007.

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de anos. Mas suponha que você a gaste imediatamente descendo a ladeira em ponto morto,

ganhando energia cinética enquanto gasta essa energia potencial gravitacional.

Energia e força parecem coisas semelhantes, mas são diferentes. Algumas forças como a da

torta, atuam através do contato direto. Outras, curiosamente, atuam através do espaço vazio. O

contato direto não é necessário.

Existem quatro forças fundamentais: a força forte, a força fraca, a força eletromagnética e a

força da gravidade. A força forte mantém os prótons juntos. O que é uma coisa boa se você tem

apreciação pelo seu corpo e seus átomos. Essa força também mantém intactos os nêutrons. Remova

um nêutron do seu átomo, e ele se desfaz em poucos minutos. Deixe-o lá e ele durará uma

eternidade.

A força forte só funciona em distâncias curtas da ordem do diâmetro de um núcleo. É por

isso que átomos gigantes como o urânio são instáveis. Eles são grandes demais. Onde se encontram

os seus prótons mais externos, a força é tão fraca que ocasionalmente se anula, transformando o

átomo num elemento diferente. Esses prótons já não formam os elementos como antes.

A força fraca também funciona dentro do átomo e pode induzir a radioatividade. Então vem

o eletromagnetismo. O seu alcance é infinito. Essa força maravilhosa faz motores funcionar e cria

partículas de luz (fótons). Fótons carregam essa força de um lugar para o outro. Quando você

observa qualquer coisa através de um telescópio, o que realmente ocorre é que a luz traz a força

eletromagnética de impérios muito distantes e a entrega à sua retina, onde causa reações

bioquímicas ou, em uma palavra, a visão. Luz não é apenas o que você vê. É o que faz você ver.

A quarta força, a gravidade, é a mais misteriosa. Ninguém realmente sabe o que ela é. Seu

alcance, como a da força eletromagnética, também é infinito. A gravidade nunca cai a zero. Ela

mantém estrelas e galáxias unidas, como também pode destroçá-las.

Força e energia. Elas são o coração e a alma da astronomia.

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7. QUESTIONÁRIO OPINATIVO

Sexo: Feminino Masculino Idade: ____ anos Este questionário tem o objetivo de coletar a sua opinião a respeito das atividades que foram desenvolvidas na

sua turma. Por isso peço que responda os questionamentos com seriedade e sinceridade.

1) As aulas estimularam o seu interesse pela matéria?

( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca

2) O professor apresentou o conteúdo com clareza?

( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca

3) A professora prestou auxilio durante as aulas, esclarecendo dúvidas?

( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca

4) A professora se mostrou motivada durante as aulas?

( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca

5) A professora aliou o assunto à atividade experimental?

( ) Sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca

6) As aulas experimentais despertaram o seu interesse em aprender Física?

( ) Sim ( ) Não ( ) Dúvida

7) Você acredita que a utilização do experimento facilita a aprendizagem de Física?

( ) Sim ( ) Não ( ) Dúvida

8) Em sua opinião, além das leis de Newton outros assuntos, de Física, deveriam ser ensinados

através do uso experimentos?

( ) Sim ( ) Não ( ) Dúvida

9) Você gostou de estudar Física através da construção e do lançamento dos mini-foguetes?

( ) Sim ( ) Não ( ) Dúvida

10) Você acredita que a construção e o lançamento dos mini-foguetes foram úteis nas aulas

de Física?

( ) Sim ( ) não ( ) Dúvida

11) Caso sua resposta seja sim ou não, cite pelo menos dois motivos para justificar sua resposta:

............................................................................................................................................................

............................................................................................................................................................

...........................................................................................................................................................

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AUSUBEL, D. P.; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. Psicologia Educacional, Tradução de Eva

Nick et al. Rio de Janeiro: Editora Interamericana, 1980.

BERMAN, B. Energia à vontade. Astronomy Brasil. Vol. 2, número 13, p.10, maio, 2007

GASPAR, A. Física, volume único. São Paulo. Editora Ática, 2007

MOREIRA, M. A. Teorias de Aprendizagem.. São Paulo. Editora EPU, 1999

MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa. Brasília. Editora Universidade de Brasília,

1999.

MOREIRA, M. A. A Teoria da Aprendizagem significativa e sua implementação em sala de

aula. Brasília. Editora Universidade de Brasília, 2006.

SILVEIRA, F. L., MOREIRA, M. A. e AXT, R. Estrutura interna de testes de conhecimento

em Física: um exemplo em Mecânica. Enseñanza de las Ciencias, Barcelona, v.10, n. 2, p.

187-194, 1992.

TALIN, S. L. Dificuldades de aprendizagem na terceira lei de Newton. Caderno Catarinense

de Ensino de Física (atual Caderno Brasileiro de Ensino de Física), v. 16, n.2, p.141 – 153,

ago., 1998.

Foguetes – Manual do Professor com Atividade de Ciências, Matemática e Tecnologia/

NASA; Traduzido pela Universidade do Vale do Paraíba. São José dos Campos: Univap.

2001. National Aeronautics and Space Administration.