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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO POLITÉCNICO TECNÓLOGO EM GEOPROCESSAMENTO A UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NO MONITORAMENTO DE USINAS HIDRELÉTRICAS RELATÓRIO DE ESTÁGIO Rafaela Fraga de Andrades Santa Maria, RS, Brasil 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO POLITÉCNICO

TECNÓLOGO EM GEOPROCESSAMENTO

A UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NO MONITORAMENTO DE USINAS

HIDRELÉTRICAS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Rafaela Fraga de Andrades

Santa Maria, RS, Brasil

2013

A UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO

GEOGRÁFICA NO MONITORAMENTO DE USINAS

HIDRELÉTRICAS

Rafaela Fraga de Andrades

Trabalho apresentado como requisito final para obtenção do grau de Tecnólogo em Geoprocessamento

Orientador: Profª Michele Monguilhott

Santa Maria, RS, Brasil

2013

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO POLITÉCNICO DA UFSM

TECNOLOGIA EM GEOPROCESSAMENTO

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova

o Relatório de Estágio

A UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA NO MONITORAMENTO DE USINAS

HIDRELÉTRICAS

elaborado por Rafaela Fraga de Andrades

Como requisito final para obtenção do grau de

Tecnólogo em Geoprocessamento

COMISSÃO EXAMINADORA:

________________________________________

Profª. Michele Monguilhott, M. Sc.

(Presidente/Orientadora)

_______________________________________

Prof. Elodio Sebem, Dr.

(Professor do Colégio Politécnico da UFSM)

______________________________________

Prof. Alessandro Carvalho Miola, M. Sc.

(Professor do Colégio Politécnico da UFSM)

Santa Maria, 16 de Janeiro de 2013

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Arquitetura de Sistemas de Informações Geográficas ................... 13

Figura 2 - Localização UHE Itá ....................................................................... 16

Figura 3 - Localização UHE Passo Fundo ...................................................... 17

Figura 4 - Localização UHE Machadinho........................................................ 18

Figura 5 - Localização UHE Barra Grande ..................................................... 19

Figura 6 - Localização UHE Campos Novos ................................................... 20

Figura 7 - Localização UHE Estreito ............................................................... 21

Figura 8 - Gráfico do Total de Irregularidades. ............................................... 24

Figura 9 - Gráfico de Ocorrências Ambientais e Patrimoniais. ....................... 25

Figura 10 - Densidade de Registro de Ocorrência 2010 ................................. 26

Figura 11 - Densidade de Registro de Ocorrência 2011 ................................. 27

Figura 12 - Densidade Total dos Registros de Ocorrências 2010/2011 ......... 27

Figura 13 - Gráfico de Irregularidades ............................................................ 28

Figura 14 - Densidade de Registro de Ocorrência 2010 ................................. 28

Figura 15 - Densidade de Registro de Ocorrência 2011 ................................. 29

Figura 16 - Densidade Total dos Registros de Ocorrências 2010/2011 ......... 29

Figura 17 - Gráfico das Irregularidades .......................................................... 30

Figura 18 - Densidade de Registro de Ocorrência 2010 ................................. 31

Figura 19 - Densidade de Registro de Ocorrência 2011 ................................. 31

Figura 20 - Densidade Total dos Registros de Ocorrências 2010/2011 ......... 32

Figura 21 - Gráfico das Irregularidades .......................................................... 33

Figura 22 - Densidade de Registro de Ocorrência 2010. ................................ 33

Figura 23 - Densidade de Registro de Ocorrência 2011. ................................ 34

Figura 24 - Densidade Total dos Registros de Ocorrências 2010/2011 ......... 34

Figura 25 - Gráfico das Irregularidades .......................................................... 35

Figura 26 - Parâmetros Físico-Químicos Verão 2010 ..................................... 41

Figura 27 - Parâmetros Físico-Químicos Verão 2011 ..................................... 42

Figura 28 - Parâmetros Físico-Químicos Outono 2010................................... 44

Figura 29 - Parâmetros Físico-Químicos Outono 2011................................... 45

Figura 30 - Qualidade da Água no Verão 2010 .............................................. 47

Figura 31 - Qualidade da Água no Outono 2010 ............................................ 47

Figura 32 - Qualidade da Água no Verão 2011 .............................................. 47

Figura 33 - Qualidade da Água no Outono 2011 ............................................ 47

Figura 34 - Parâmetros Físico-Químicos do Inverno 2010 ............................. 49

Figura 35 - Parâmetros Físico-Químicos do Inverno 2011 ............................. 50

Figura 36 - Parâmetros Físico-Químicos da Primavera 2010 ......................... 52

Figura 37 - Parâmetros Físico-Químicos da Primavera 2011 ......................... 53

Figura 38 - Qualidade da Água no Inverno 2010 ............................................ 55

Figura 39 - Qualidade da Água Primavera 2010 ............................................. 55

Figura 40 - Qualidade da Água no Inverno 2011 ............................................ 55

Figura 41 - Qualidade da Água Primavera 2011 ............................................. 55

Figura 42 - Qualidade da Água do Reservatório UHPF 2010/2011 ................ 56

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Principais Ocorrências em Canteiros de Obras ............................. 22

Tabela 2 - Principais Ocorrências em Áreas Remanescentes ........................ 22

Tabela 3 - Principais Ocorrências em APP's .................................................. 23

Tabela 4 - Resumo de Irregularidades............................................................ 23

Tabela 5 - Coordenadas dos Pontos Amostrais ............................................. 38

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Faixas do Índice de Qualidade das Águas ................................... 35

Quadro 2 - Descrição dos Parâmetros Físico-Químicos Utilizados ................ 39

SUMÁRIO

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ............................................................................... 10

1.1 Estagiário ........................................................................................................ 10

1.2 Empresa ......................................................................................................... 10

2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ........................................................................ 11

3 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12

3.1 Alguns Conceitos Relevantes à Compreensão do Trabalho........................... 12

3.1.1 Geoprocessamento ............................................................................ 12

3.1.2 Sistemas de Informações Geográficas ............................................... 13

3.1.3 Densidade Kernel ............................................................................... 14

3.1.4 Geoestatística .................................................................................... 14

3.1.5 Krigagem Ordinária ............................................................................ 14

4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .......................................................................... 16

4.1 Áreas de Estudo ............................................................................................. 16

4.1.1 Usina Hidrelétrica Itá .......................................................................... 16

4.1.2 Usina Hidrelétrica Passo Fundo ......................................................... 17

4.1.3 Usina Hidrelétrica Machadinho ........................................................... 18

4.1.4 Usina Hidrelétrica Barra Grande......................................................... 18

4.1.5 Usina Hidrelétrica Campos Novos ...................................................... 19

4.1.6 Usina Hidrelétrica Estreito .................................................................. 20

4.2 Fiscalização Ambiental e Sociopatrimonial ..................................................... 21

4.2.1 Registros de Ocorrências ................................................................... 21

4.2.1.1 Registro de Ocorrência - Usina Hidrelétrica Itá ...................... 26

4.2.1.2 Registro de Ocorrência - Usina Hidrelétrica Machadinho ...... 28

4.2.1.3 Registro de Ocorrência - Usina Hidrelétrica Barra Grande .... 30

4.2.1.4 Registro de Ocorrência - Usina Hidrelétrica Campos Novos . 33

4.3 Qualidade da Água ......................................................................................... 35

4.3.1 SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) ....................................... 36

4.3.2 Qualidade da Água na UHE Passo Fundo ......................................... 38

4.3.2.1 Análise ................................................................................... 40

5 COMENTÁRIOS E CONCLUSÕES ...................................................................... 57

5.1 Dificuldades Alcançadas ................................................................................. 58

6 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 59

7 ANEXOS ............................................................................................................... 62

7.1 ANEXO A - Formulário de Registro de Ocorrência ......................................... 63

8 APÊNDICES ......................................................................................................... 65

8.1 APÊNDICE A - Leiaute Padrão Criado para a Empresa. ................................ 66

10

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1.1 Estagiário

Nome: Rafaela Fraga de Andrades.

Matrícula: 2921384

E-mail: [email protected]

Endereço do Estagiário: Rua Paul Harris, n°: 113, Ap.: 3, Centro. Santa

Maria, RS.

Curso: Tecnologia em Geoprocessamento.

1.2 Empresa

Nome: Lago Azul Consultoria Ltda.

Setor da Realização do Estágio: Centro de Processamento de Dados.

Endereço da Empresa: Bairro Centro, Rua 01, n°: 371, Cidade: Itá, Estado:

SC, CEP: 89760-000. Fone: (49) 3458-1591.

Área onde foi realizado o Estágio: Sistema de Informações Geográficas.

Data de Início: 16/07/2012

Data de término: 31/12/2012

Duração em horas: 526 horas

Supervisor do Estágio: Cassius Eduardo Somensi.

Formação do Supervisor: Tecnólogo em Meio Ambiente.

Orientador: Profª Michele Monguilhott.

11

2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA

Comprometida com o desenvolvimento econômico e ambiental sustentável, a

Lago Azul Consultoria Ltda é uma empresa especializada na prestação de serviços

socioambientais, em especial para empreendimentos hidrelétricos (LAGO AZUL

CONSULTORIA, 2012).

A governança ambiental, por ser relativamente recente e complexa, ainda não

possui paradigma estabelecido, e muito menos consenso a respeito das práticas

metodológicas, posto que sua análise perpassa por várias áreas do conhecimento,

sendo necessário integrar pensamentos e práticas metodológicas interdisciplinares

(LAGO AZUL CONSULTORIA, 2012).

Hoje a Lago Azul Consultoria Ltda trabalha em seis UHEs (Usinas

Hidrelétricas de Energia), que são elas: UHE Itá, UHE Machadinho, UHE Barra

Grande, UHE Campos Novos, UHE Passo Fundo e mais recentemente UHE

Estreito.

O geoprocessamento está diretamente integrado nas práticas metodológicas

desenvolvidas pela empresa, que busca gerar informações espacializadas para a

tomada de decisão de seus clientes, efetuando assim, o monitoramento dos

empreendimentos hidrelétricos contratantes.

Com a utilização do SIG, a empresa faz desde o gerenciamento ambiental e

sociopatrimonial até vistorias periódicas nas usinas, realizando levantamentos de

registros de ocorrências nas áreas sob concessão dos empreendimentos

hidrelétricos em que a empresa atua.

12

3 INTRODUÇÃO

O objetivo do estágio foi fazer uso das ferramentas disponibilizadas pelo

programa ArcGis® para realizar o acompanhamento da dinâmica recorrente nos

empreendimentos hidrelétricos monitorados pela Empresa Lago Azul Consultoria

Ltda. Bem como, diagnosticar a maneira que o programa é aplicado nas atividades

da empresa, a fim de propor correções e melhorias nas aplicações das ferramentas

de geoprocessamento.

Também foi incorporado às atividades, propor novos indicadores em relação à

qualidade da água dos reservatórios, gerar cenários futuros à respeito de

manifestações de ocorrências irregulares identificadas nas áreas sob concessão dos

empreendimentos hidrelétricos e elaborar mapas temáticos diversos, cruzando as

informações disponíveis.

O primeiro procedimento do trabalho foi interar-se das atividades da empresa

e analisar quais eram os dados disponibilizados em planilhas MS Excel© e MS

Access© na realização dos trabalhos para os empreendimentos, nos quais a

empresa presta serviços.

Posteriormente, iniciou-se a etapa de análise e seleção de ferramentas do

programa ArcGis® que poderiam ser úteis para as atividades a serem desenvolvidas.

Verificou-se a necessidade de utilizar três ferramentas principais para a realização

das análises, são elas: Spatial Analyst, Geoestatistical Analyst e 3D Analyst.

3.1 Alguns Conceitos Relevantes à Compreensão do Trabalho

3.1.1 Geoprocessamento

O geoprocessamento é uma ferramenta utilizada cada vez mais, no apoio à

tomada de decisões em várias áreas do conhecimento. Para tal auxílio, são

utilizados programas computacionais capazes de armazenar, manipular e gerenciar

dados geográficos e descritivos. Câmara (1998) diz...

(...) “O termo Geoprocessamento denota uma disciplina do conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento de informações geográficas. Esta tecnologia, denotada por Geoprocessamento, tem influenciado de maneira crescente as áreas de

13

Cartografia, Análise de Recursos Naturais, Transportes, Comunicações, Energia e Planejamento Urbano e Regional”.

3.1.2 Sistemas de Informações Geográficas

SIG refere-se a Sistemas de Informações Geográficas, ou seja, um sistema

computacional com manipulação de dados não somente descritivos, mas que

obtenham atributos de localização sobre a superfície terrestre, assim como uma

projeção cartográfica qualquer. (Câmara,1998)

Figura 1 - Arquitetura de Sistemas de Informações Geográficas Fonte: Câmara, 1998

Desta forma o SIG torna-se uma ferramenta fundamental na análise espacial

com dados de qualquer natureza científica, pois estas...

(...) ”tecnologias de geoprocessamento são instrumentos apropriados para o manuseio, manutenção, gerenciamento e disponibilização de informações com características espaciais. A disponibilização em formato digital possibilita a manipulação e apresentação do conhecimento geográfico segundo formas novas, práticas e atrativas, bem como uma redução nos custos dos processos de atualização e substituição, tendo em vista que os produtos gerados a partir de SIG podem ser atualizados, editados, impressos e duplicados mais rápida e facilmente do que aqueles gerados por métodos tradicionais” (GIOTTO & SALBEGO, 2004).

14

3.1.3 Densidade Kernel

Segundo Oliveira (2011) o estimador de Kernel tem por objetivo gerar uma

grade em que cada célula representa o valor da intensidade, densidade, razão entre

atributos etc. O valor obtido será uma medida de influência das amostras na célula.

A região de influência dentro da qual os eventos contribuem para o cálculo da

intensidade é um círculo de raio t com centro em h. Assim, conclui-se que a função

do Kernel é interpolar, um valor de intensidade para cada célula de uma grade,

considerando uma função simétrica, centrada na célula, utilizando-se para o cálculo

os pontos situados até certa distância do centro da célula.

3.1.4 Geoestatística

Segundo Isaaks e Srivastava (1989), a geoestatística permite descrever a

continuidade espacial, a qual é uma característica essencial de muitos fenômenos

naturais, e adapta as técnicas de regressão clássica para tirar vantagem dessa

continuidade.

Já Deutsch e Journel (1992) dizem “A geoestatística oferece um conjunto de

ferramentas determinísticas e estatísticas para compreender e modelar a

variabilidade espacial”.

Neste trabalho foram utilizadas duas ferramentas da geoestatística para

realizar as análises, e são elas: o estimador de densidade Kernel no estudo dos

registros de ocorrência, e a krigagem no estudo da qualidade da água do

reservatório da UHE Passo Fundo.

3.1.5 Krigagem Ordinária

Deutsch e Journel (1998), dizem que “a krigagem é um conjunto de técnicas

de regressão linear generalizadas para minimizar uma variância de estimação a

partir de um modelo de covariância definido a priori”.

Krigagem pode ser entendida como uma predição linear ou uma forma da

interferência bayesiana, pois parte do princípio que pontos próximos no espaço

tendem a ter valores mais parecidos do que pontos mais afastados.

15

Essa técnica assume que os dados amostrais de uma determinada população

ou local, se encontram correlacionados no espaço. No processo básico da Krigagem

Ordinária a estimativa é feita para determinar um valor médio em um local não

amostrado.

16

4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Nas atividades desenvolvidas na empresa durante o período do estágio foram

utilizados dados topográficos e descritivos repassados pelos empreendimentos,

todos na Projeção UTM e datum SAD 69 (South American Datum 69). Exceto,

quando foi necessário visualizar os dados no programa Google Earth©, ou utilizar os

dados in loco com o PDA (Personal Digital Assistant), esses dados foram projetados

para WGS 84 (World Geodetic System 84) através da rotina do Arc Gis®: Data

Management Tools => Projections and Transformations => Feature => Project.

4.1 Áreas de Estudo

4.1.1 Usina Hidrelétrica Itá

A Usina Hidrelétrica Itá localiza-se no Rio Uruguai, na divisa dos municípios

de Itá no estado de Santa Catarina e Aratiba no estado do Rio Grande do Sul.

(Figura 2)

Figura 2 - Localização UHE Itá Fonte: Elaborado pela autora.

Localizada na bacia hidrográfica do Rio Uruguai, o reservatório da UHE Itá

teve o enchimento no ano de 2000, possui uma área de 139 km² e um perímetro

17

total de 760 km, com sua cota de inundação em torno de 370 metros. Em volta do

reservatório percebe-se a Floresta Estacional Semi-decidual, também conhecida

como Floresta Subtropical da Bacia do Rio Uruguai ou Mata Branca, que se encontra

ao longo de todo rio Uruguai e seus afluentes, imprimindo um aspecto típico à região

de ocorrência (LAGO AZUL CONSULTORIA, 2010).

4.1.2 Usina Hidrelétrica Passo Fundo

A Usina Hidrelétrica Passo Fundo está localizada nos Rios Passo Fundo e

Erechim, a aproximadamente 50 km do município de Erechim, no estado do Rio

Grande do Sul. (Figura 3)

Figura 3 - Localização UHE Passo Fundo Fonte: Elaborado pela autora.

Localizada na bacia hidrográfica do Rio Passo Fundo, o reservatório da UHE

Passo Fundo teve o enchimento no ano de 1972, possui uma área de 151 km² e

perímetro de 609 km. A ocupação do entorno é marcada predominantemente pela

exploração agrícola (soja, milho, trigo e aveia) e de lazer (Balneários e

Condomínios), panorama que reflete nos usos e ocupações irregulares (LAGO AZUL

CONSULTORIA, 2011).

18

4.1.3 Usina Hidrelétrica Machadinho

A Usina Hidrelétrica Machadinho localiza-se no Rio Pelotas, na divisa entre os

municípios de Piratuba no Estado de Santa Catarina e Maximiliano de Almeida no

Estado do Rio Grande do Sul. (Figura 4)

Figura 4 - Localização UHE Machadinho Fonte: Elaborado pela autora.

Localizada na bacia hidrográfica do Rio Uruguai, o reservatório da UHE

Machadinho possui uma área total de 79 km² e um perímetro de 500 km com sua

cota de inundação aproximada de 440 metros. Na sua área de influência ocorrem

três tipos de vegetação originais distintas: Floresta do Rio Uruguai; Mata de

Araucária (Floresta Ombrófila Mista), que ocorre em altitudes superiores a 700

metros e a região dos campos nas áreas mais elevadas, nos altiplanos.

4.1.4 Usina Hidrelétrica Barra Grande

A Usina Hidrelétrica Barra Grande está localizada no Rio Pelotas, a cerca de

43 quilômetros da sua confluência com o Rio Canoas, entre os municípios de Anita

Garibaldi no estado de Santa Catarina e Pinhal da Serra no estado do Rio Grande

do Sul. (Figura 5)

19

Figura 5 - Localização UHE Barra Grande Fonte: Elaborado pela autora.

Localizada na Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai, o reservatório de UHE Barra

Grande possui uma área total de 91,76 km² e um perímetro de aproximadamente

618 km, com sua cota de inundação em torno de 647 metros. Em volta do

reservatório é possível encontrar manchas florestais com algum tipo de degradação,

vegetação nativa em estágios médio e avançado de regeneração e com

características restritivas de uso, indicadas para atividades de utilidade pública e

outras atividades antrópicas de pequeno impacto ambiental.

4.1.5 Usina Hidrelétrica Campos Novos

A Usina Hidrelétrica de Campos Novos está localizada no Rio Canoas, seu

reservatório ocupa terras dos municípios de Campos Novos, Celso Ramos, Anita

Garibaldi e Abdon Batista, no estado de Santa Catarina. (Figura 6)

20

Figura 6 - Localização UHE Campos Novos Fonte: Elaborado pela autora.

Localizada na bacia hidrográfica do Rio Uruguai, o reservatório da UHE

Campos Novos possui uma área total de 36 km² e um perímetro de

aproximadamente 236 km, com sua cota de inundação em torno de 660 metros. No

seu entorno percebe-se Floresta Ombrófila Mista com a presença de pinheiros,

araucárias, entre outras espécies.

4.1.6 Usina Hidrelétrica Estreito

A Usina Hidrelétrica Estreito está localizada no Rio Tocantins, a barragem e

demais estruturas associadas estão situadas entre os municípios de Estreito no

estado do Maranhão e Palmeiras do Tocantins no estado de Tocantins. (Figura 7)

21

Figura 7 - Localização UHE Estreito Fonte: Elaborado pela autora

Localizada na bacia hidrográfica do Rio Tocantins, o reservatório da UHE

Estreito possui uma área total de 567 km² e um perímetro de aproximadamente 2212

km. No seu entorno é possível encontrar diversos tipos vegetativos como: Floresta

Ambrófila, Floresta Estacional, Formação Ciliar, Pastagem Plantada, entre outros,

além de cultivos agrícolas.

4.2 Fiscalização Ambiental e Sociopatrimonial

A Fiscalização Ambiental e Sociopatrimonial se reveste de fundamental

importância para a gestão dos reservatórios das usinas hidrelétricas e tem como

objetivo coibir usos e ocupações irregulares nas áreas vinculadas à concessão, além

de manter as condições de sustentabilidade, atender à legislação ambiental e

assegurar os usos múltiplos da água.

4.2.1 Registros de Ocorrências

De acordo com a frequência estabelecida pelo empreendimento em contrato

para o serviço de Fiscalização Ambiental e Sociopatrimonial, o técnico fiscalizador

realiza vistorias, via terrestre e fluvial, para a verificação de irregularidades

ambientais e sociopatrimoniais nas áreas de concessão do empreendimento, ou

22

seja, observando possíveis irregularidades na Área de Preservação Permanente

(APP), canteiro de obras e áreas remanescentes.

Na tabela 1 são apresentadas as principais irregularidades levantadas pelas

equipes de fiscalização nos canteiros de obras das UHE´s.

Tabela 1 - Principais Ocorrências em Canteiros de Obras

IRREGULARIDADE TIPO Nº

Invasão de Gado Ambiental 6

Portão Danificado Patrimonial 1

Cerca Danificada Patrimonial 1

Supressão Vegetal Ambiental 1

Fonte: Lago Azul Consultoria

Na tabela 2 são apresentadas as irregularidades em Áreas Remanescentes

durante a fiscalização ambiental e sociopatrimonial nas três áreas das usinas

monitoradas pela empresa.

Tabela 2 - Principais Ocorrências em Áreas Remanescentes

IRREGULARIDADE TIPO Nº

Invasão de Gado Ambiental 79

Pastagem Ambiental 35

Edificação Patrimonial 31

Lavoura Ambiental 15

Instalação Propriedade Patrimonial 5

Supressão Vegetal Ambiental 5

Invasão de Gado em Área Cercada Ambiental 3

Retirada de Madeira Ambiental 2

Queimadas Ambiental 2

Trapiche Flutuante Patrimonial 1

Avanço de Cerca Patrimonial 1

Trapiche Patrimonial 1

Benfeitoria Patrimonial 1

Cerca Danificada Patrimonial 1

Plantio de Exóticas Ambiental 1

Fonte: Lago Azul Consultoria

Na tabela 3, observa-se as ocorrências encontradas nas áreas de

Preservação Permanente, nos empreendimentos estudados no período

determinado.

23

Tabela 3 - Principais Ocorrências em APP's

IRREGULARIDADE TIPO Nº

Invasão de Gado Ambiental 63

Cerca Danificada Patrimonial 45

Supressão Vegetal Ambiental 44

Invasão de Gado em Área Cercada Ambiental 35

Pastagem Ambiental 20

Edificação Patrimonial 18

Acesso Ambiental 16

Movimentação de Terra Ambiental 12

Lavoura Ambiental 5

Retirada de Madeira Ambiental 4

Queimadas Ambiental 3

Instalação Propriedade Patrimonial 2

Trapiche Flutuante Patrimonial 2

Avanço de Cerca Patrimonial 2

Trapiche Patrimonial 2

Captação de Água Ambiental 1

Rampa Patrimonial 1

Taipa Patrimonial 1

Árvores Frutíferas Ambiental 1

Benfeitoria Patrimonial 1

Entulho Ambiental 1

Extração de Areia Ambiental 1

Fonte: Lago Azul Consultoria

A tabela 4, a seguir, mostra um resumo das irregularidades encontradas no

canteiro de obras, nas áreas remanescentes e nas áreas de preservação

permanentes.

Tabela 4 - Resumo de Irregularidades.

IRREGULARIDADES Nº Classificação

Invasão de Gado 148 Ambiental

Pastagem 55 Ambiental

Supressão Vegetal 50 Ambiental

Edificação 49 Patrimonial

Cerca Danificada 47 Patrimonial

Invasão de Gado em Área Cercada 38 Patrimonial

Lavoura 20 Ambiental

Acesso 16 Ambiental

Movimentação de Terra 12 Ambiental

Instalção Propriedade 7 Patrimonial

24

Retirada de Madeira 6 Ambiental

Queimadas 5 Ambiental

Trapiche Flutuante 3 Patrimonial

Avanço de Cerca 3 Patrimonial

Trapiche Fixo 3 Patrimonial

Benfeitoria 2 Patrimonial

Captação de Água 1 Ambiental

Rampa 1 Patrimonial

Taipa 1 Patrimonial

Árvores Frutíferas 1 Ambiental

Entulho 1 Ambiental

Extração de Areia 1 Ambiental

Portão Danificado 1 Patrimonial

Plantio de Exóticas 1 Ambiental

Conforme é possível verificar na tabela acima, invasão de gado foi registrada

148 vezes, sendo essa, a irregularidade de maior incidência. Para melhor

compreensão dos dados, a Figura 8, a seguir, mostra a porcentagem de ocorrência

de cada tipo de irregularidade identificada nas vistorias no período estudado.

Figura 8 - Gráfico do Total de Irregularidades.

A invasão de gado é a irregularidade com o maior índice de ocorrência, com

31,36% do total de irregularidades nas três (3) áreas vistoriadas pela fiscalização,

seguido de pastagem com 11,65%. As demais irregularidades (22 tipos) juntas são

responsáveis pelos 56,99% restantes.

25

Na figura 9, a seguir, ilustra a porcentagem de irregularidades classificadas

como ambiental e patrimonial.

Figura 9 - Gráfico de Ocorrências Ambientais e Patrimoniais.

A figura mostra que a 67,16% das irregularidades identificadas nas três áreas

vistoriadas no período estudado são classificadas como ambientais, sendo de

classificação patrimonial apenas 32,84% do total as irregularidades.

Assim que constatada a irregularidade ambiental ou sociopatrimonial, o

agente fiscalizador deve tipificá-la quanto ao seu agravo, averiguar a extensão da

área onde incide a mesma e fazer o devido registro. Logo após, essas ocorrências

ambientais são encaminhadas para os órgãos de fiscalização do Estado, e as

ocorrências patrimoniais são encaminhadas conforme os procedimentos de gestão à

operadora da Usina.

Para a elaboração dos mapas de densidade foram testados dois métodos, o

pontual ( ArcToolBox => Spatial Analyst => Density => Point Density) e o kernel

(ArcToolBox => Spatial Analyst => Density => Kernel Density), onde ficou clara a

melhor representação pelo estimador kernel, devido a suavização da superfície e por

isso foi utilizado o método kernel para gerar a densidade de ocorrências, cuja

equação utilizada pelo programa ArcGis é a seguinte:

26

Em ambos os métodos são inseridos os pontos e o tamanho da célula de

saída, a qual foi determinada para esse estudo o pixel de 30 metros, porque

inicialmente seria inserida uma imagem Landsat TM classificada para o cruzamento

de informações, mas desistiu-se, então determinou-se os 30 metros para padronizar

as estimativas.

Conforme citado anteriormente, os registros são feitos a partir de

irregularidades cometidas nas áreas de concessão do empreendimento, sendo

possíveis, mais de 30 tipos de irregularidades. Nas figuras 13, 17, 21 e 25 estão

quantificadas as irregularidades cometidas nas áreas de concessão de cada

empreendimento.

4.2.1.1 Registro de Ocorrência - Usina Hidrelétrica Itá

As densidades dos registros de ocorrências da UHIT de 2010 e 2011 estão

ilustradas nas figuras 10 e 11 respectivamente, e a densidade total dos dois anos na

figura 12.

Figura 10 - Densidade de Registro de Ocorrência 2010

27

Fonte: Elaborado pela Autora.

Figura 11 - Densidade de Registro de Ocorrência 2011

Fonte: Elaborado pela Autora.

Figura 12 - Densidade Total dos Registros de Ocorrências 2010/2011

Fonte: Elaborado pela Autora.

É possível notar o aumento de registros de ocorrências nos municípios de

Concórdia e Severiano de Almeida em 2011, e através do gráfico (Figura 13), é

possível comprovar o aumento de irregularidades nesse ano, em relação a 2010.

As três irregularidades mais registradas pela fiscalização foram:

1. Edificação,

2. Invasão por gado;

3. Pastagem.

28

O que representa 72,22% de todas as irregularidades cometidas nesses dois

anos.

Figura 13 - Gráfico de Irregularidades

4.2.1.2 Registro de Ocorrência - Usina Hidrelétrica Machadinho

As densidades dos registros de ocorrências da UHMA de 2010 e 2011 estão

ilustradas nas figuras 14 e 15 respectivamente, e a densidade total dos dois anos na

figura 16.

Figura 14 - Densidade de Registro de Ocorrência 2010

Fonte: Elaborado pela Autora.

0

10

20

30

2010 2011

29

É possível notar o aumento de registros de ocorrências no município de

Piratuba em 2011, e a diminuição das ocorrências nos municípios de Machadinho,

Maximiliano de Almeida e Barracão nesse mesmo ano.

Figura 15 - Densidade de Registro de Ocorrência 2011

Fonte: Elaborado pela Autora.

Figura 16 - Densidade Total dos Registros de Ocorrências 2010/2011

Fonte: Elaborado pela Autora. É possível também verificar a veracidade dessa afirmação através do gráfico

ilustrado na figura 17, ou seja, houve uma diminuição significativa nas

irregularidades cometidas na área de concessão do empreendimento no ano de

2011 em relação ao ano anterior.

As três irregularidades mais registradas pela fiscalização foram:

1. Invasão de gado em área cercada;

2. Pastagem;

30

3. Edificação.

O que representa 77,4% de todas as ocorrências registradas nesses dois

anos.

Figura 17 - Gráfico das Irregularidades

4.2.1.3 Registro de Ocorrência - Usina Hidrelétrica Barra Grande

As densidades dos registros de ocorrências da UHBG de 2010 e 2011 estão

ilustradas nas figuras 18 e 19 respectivamente, e a densidade total dos dois anos na

figura 20.

É possível notar a diminuição de registros nos municípios de Anita Garibaldi e

Pinhal da Serra em 2011, mas mesmo assim, ainda com grande densidade em

relação aos outros municípios do entorno do reservatório.

0

20

40

60

2010 2011

31

Figura 18 - Densidade de Registro de Ocorrência 2010

Fonte: Elaborado pela Autora.

Figura 19 - Densidade de Registro de Ocorrência 2011 Fonte: Elaborado pela Autora.

32

Figura 20 - Densidade Total dos Registros de Ocorrências 2010/2011 Fonte: Elaborado pela Autora. Também é possível verificar essa informação através do gráfico ilustrado na

figura 21, ou seja, houve uma diminuição significativa nas irregularidades cometidas

na área de concessão do empreendimento no ano de 2011 em relação a 2010.

As três irregularidades mais registradas pela fiscalização nesses dois anos

foram:

1. Cerca danificada;

2. Invasão por gado;

3. Invasão de gado em área cercada.

O que representa 53,9% do total de irregularidades cometidas.

33

Figura 21 - Gráfico das Irregularidades

4.2.1.4 Registro de Ocorrência - Usina Hidrelétrica Campos Novos

As densidades dos registros de ocorrências da UHCN de 2010 e 2011 estão

ilustradas nas figuras 22 e 23 respectivamente, e a densidade total dos dois anos na

figura 24. Houve um aumento e uma concentração considerável de registros na

região dos municípios de Campos Novos, Abdon Batista e Anita Garibaldi no ano de

2011.

Figura 22 - Densidade de Registro de Ocorrência 2010.

Fonte: Elaborada pela Autora.

0

5

10

15

20

25

2010 2011

34

Figura 23 - Densidade de Registro de Ocorrência 2011.

Fonte: Elaborada pela Autora.

Figura 24 - Densidade Total dos Registros de Ocorrências 2010/2011

Fonte: Elaborada pela Autora.

Apesar do gráfico ilustrado na figura 25 apresentar uma maior frequência de

registros no ano de 2010, essa situação é explicada pela espacialização dos

registros nesse ano. Eles estão mais espalhados pela área da concessão, ou seja,

não estão concentrados em locais muito próximos como no ano de 2011.

As três irregularidades mais registradas pela fiscalização foram:

1. Cerca danificada;

2. Invasão de gado em área cercada;

3. Invasão por gado.

O que representa 74,3% das irregularidades registradas nesses dois anos.

35

Figura 25 - Gráfico das Irregularidades

4.3 Qualidade da Água

Segundo a Agência Nacional das Águas (ANA, 2012), o Índice de Qualidade

das Águas foi criado em 1970, nos Estados Unidos, pela National Sanitation

Foundation. A partir de 1975 começou a ser utilizado pela CETESB (Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo). Nas décadas seguintes, outros Estados

brasileiros adotaram o IQA, que hoje é o principal índice de qualidade da água

utilizado no país.

O IQA foi desenvolvido para avaliar a qualidade da água bruta visando seu

uso para o abastecimento público, após tratamento. Os parâmetros utilizados no

cálculo do IQA são em sua maioria indicadores de contaminação causada pelo

lançamento de esgotos domésticos.

Conforme a Agência Nacional das Águas, os valores do IQA são classificados

em faixas (Quadro1).

Quadro 1 - Faixas do Índice de Qualidade das Águas

Faixas de IQA

Avaliação da Qualidade da Água

Classificação

91-100 Ótima 1

71-90 Boa 2

51-70 Razoável 3

26-50 Ruim 4

0-25 Péssima 5

0 5

10 15 20 25 30 35 40

2010 2011

36

Conforme afirma Breda (2011), os estudos sobre a qualidade da água

desenvolvidos em reservatórios são de extrema importância, pois o monitoramento

intensifica a gestão adequada desse recurso hídrico e da manutenção da qualidade

ambiental desses ecossistemas.

Devido a falta de dados e pouco tempo para realizar o estudo, foi determinado

que fosse feito somente a análise da qualidade da água no reservatório da UHE

Passo Fundo, da qual os dados estavam disponíveis.

Para tal estudo foi feito uma interpolação de dados através de pontos

amostrais com a ferramenta Geoestatistical Analyst do ArcGis®, utilizando a

krigagem ordinária para estimar os parâmetros físico-químicos para todo o

reservatório. Ainda foram introduzidos no cálculo de cruzamento dos dados, e

derivados os insumos de declividade do terreno e a profundidade do reservatório,

ambos derivados da imagem SRTM SG-22-Y-C na Escala 1:250.000 projetada para

SAD 69.

4.3.1 SRTM (Shuttle Radar Topography Mission)

A Shuttle Radar Topography Mission foi uma missão conduzida pela National

Aeronautics and Space Administration (NASA) dos EUA, durante o mês de Fevereiro

de 2000, com o intuito de realizar o levantamento altimétrico da superfície terrestre

continental entre os paralelos 60° Norte e 58° Sul. Durante 11 dias o Veículo

Espacial Endeavour efetuou 159 órbitas em torno da Terra a uma altitude de 233

quilômetros. Da missão resultou um Modelo Digital de Elevação (MDE) global,

adquirido pelo mesmo sensor, segundo uma única técnica e um período de tempo

muito curto.

Para a derivação das variáveis declividade e profundidade foram realizadas

as seguintes rotinas:

Após a obtenção da imagem SRTM, a mesma foi projetada para a projeção

UTM e sistema de referência SAD 69, em seguida o passo foi converter o grid para

vetor tipo ponto (Spatial Analyst => Convert => RasterToFeature), depois foi

interpolado os dados para a resolução de 30 metros (ArcToolBox => Spatial Analyst

Tools => Interpolation => Spline), ao abrir a janela de diálogo, deve-se entrar com o

37

nome do arquivo shapefile de pontos, qual o campo contém os dados de altimetria,

qual o nome do grid de saída e o tamanho desejado da célula (30 metros). Logo em

seguida foi recortada a imagem de acordo com o shape do reservatório (limite da

área).

Para obter a declividade foi derivado o Slope do arquivo gerado da imagem

SRTM em graus (3D Analyst => Surface Analysis => Slope), em seguida foi feita a

reclassificação da imagem e classificado em nos seguintes intervalos de classe: 1

Ótima (menores declividades) a 5 Péssima (maiores declividades) através da rotina

Spatial Analyst => Reclassify.

Classes:

1 - 0% - 3%

2 - 3% - 8%

3 - 8% - 15%

4 - 15% - 27%

5 - 27% - 92%

Já para obter a profundidade do reservatório, a imagem foi reclassificada em

intervalo de 1 Ótima (profundidades médias e elevadas) a 5 Péssima (profundidades

baixas), para a obtenção do valor exato da profundidade máxima foi feito um cálculo

simples:

DNr = Diferença de Nível do Reservatório

Amáx = Altitude Máxima

Amín = Altitude Mínima

Portanto, através da imagem foi possível concluir que a profundidade máxima

do reservatório é de 42 metros, sendo que sua altitude máxima é de 618 metros e a

altitude mínima de 576 metros.

Classes:

1 - 39 - 42 (metros)

2 - 34 - 39 (metros)

3 - 26 - 34 (metros)

38

4 - 17 - 26 (metros)

5 - 09 - 17 (metros)

Salienta-se que os resultados podem apresentar erros, devido a precisão

relativa de ±16 metros da imagem SRTM, ou seja, o erro médio altimétrico é de 16

metros para mais ou para menos.

4.3.2 Qualidade da Água na UHE Passo Fundo

O Rio Grande do Sul é um estado que possui clima subtropical úmido,

constituído por quatro estações razoavelmente bem definidas, com invernos

moderadamente frios e verões quentes (amenos nas partes mais elevadas),

separados por estações intermediárias com aproximadamente três meses de

duração, e chuvas bem distribuídas ao longo do ano (RS TOTAL, 2012). Sendo

assim, os dados foram coletados em 07 pontos amostrais (Tabela 5) nas quatro

estações do ano de 2010 e 2011, sendo gerados mapas comparativos das estações

desses dois anos levantados.

Tabela 5 - Coordenadas dos Pontos Amostrais

PONTO X Y LOCALIZAÇÃO

P1S 357466 6878454 Passo Fundo

P2S 344431 6907842 Foz do Rio Facão

P3S 333736 6920622 Foz do Rio Sarandi

P4S 326064 6930054 Bal. Passo da Entrada

P5S 328978 6951705 Vila Residencial

P6S 327889 6951345 Jusante Barramento

P7S 330174 6959261 Jusante Casa de Máquinas

Fonte: Aquática Consultoria

Em cada ponto de amostra foram coletados dados de diversos parâmetros

físico-químicos, dos quais foram selecionados os nove mais citados na literatura,

que são eles: pH, Nitrogênio Total, Demanda Bioquímica de Oxigênio, Fósforo Total,

Oxigênio Dissolvido, Demanda Química de Oxigênio, Temperatura, Turbidez,

Sólidos Totais e acrescentados mais dois, Declividade e Profundidade, que segundo

39

Merten e Minella (2002) e Sperling (1997), esses parâmetros são de extrema

relevância no estudo da qualidade da água de reservatórios (Tabela 5).

Quadro 2 - Descrição dos Parâmetros Físico-Químicos Utilizados

PARÂMETRO DESCRIÇÃO

pH (Potencial Hidrogeniônico) Os critérios de proteção à vida aquática fixam o pH entre 6 e 9

Nitrogênio Total

Junto com outros nutrientes como o fósforo, causa um crescimento excessivo das algas, o que pode prejudicar a recreação e a preservação da vida aquática, sendo seu valor máximo tolerável de 1mg/L

Demanda Bioquímica de Oxigênio

Aumenta devido a despejos residuários, e a carga de nutrientes causam impactos negativos ao meio ambiente e levam à desestabilização de ecossistemas aquáticos, Sendo seu limte máximo tolerável de 5 mg/L

Fósforo Total

Sólidos Totais e Turbidez estão associados ao transporte de fósforo, que por sua vez deterioram a qualidade da água, sendo seu valor máximo tolerável < 0,1 mg/L P

Oxigênio Dissolvido

O oxigênio da água é proveniente da atmosfera e dos vegetais que ocorrem submersos e que liberam o oxigênio através da fotossíntese. O oxigênio é consumido pelos animais, pelos vegetais e também pelo processo de decomposição da matéria orgânica, sendo seu valor desejável superior a 5 mg/L

Demanda Química de Oxigênio

É a quantidade de oxigênio necessária para oxidação da matéria orgânica através de um agente químico, geralmente originado de despejos industriais, sendo seu valor máximo tolerável de 90 mg/L

Temperatura Alta temperatura aumenta o efeito nocivo dos poluentes sobre a vida aquática

Turbidez

Alta turbidez reduz a fotossíntese de vegetação submersa, esse desenvolvimento reduzido de plantas pode, por sua vez, suprimir a produtividade de peixes, sendo seu valor máximo tolerável de 100 UNT

Sólidos Totais

Os sólidos levam a contaminação dos cursos de água, gerlamente originado dos esgostos domésticos lançados sobre esses cursos, sendo seu valor máximo tolerável de 500 mg/L

Declividade Com alta declividade, o potencial de contaminação dos cursos da água é extremamente alto

Profundidade Profundidades baixas provoca ressuspensão de compostos reduzidos presentes no fundo e assim causar danos à vida aquática.

Através dos parâmetros citados no quadro 2 e da utilização da geoestatística

no programa ArcGis®, foram elaborados os mapas das (Figuras 26, 27, 28, 29, 34,

35, 36 e 37) com a distribuição espacial de cada parâmetro físico-químico em cada

estação dos anos de 2010 e 2011. Para a confecção dos mapas de qualidade da

água mostrados nas (Figuras 30, 31, 32, 33, 38, 39, 40 e 41), resultados do overlay

dos planos de informação de cada parâmetro, utilizando a seguinte rotina Spatial

40

Analyst => Raster Calculator, os 100% foram divididos em partes iguais para os

onze parâmetros utilizados.

4.3.2.1 Análise

Nos verões de 2010 e 2011, conforme é possível analisar nas figuras 26 e 27,

os parâmetros mantém certa constante nos dois anos recorrentes, com exceções

dos indicadores pH, fósforo total, temperatura e sólidos totais. No primeiro é possível

ver a mudança brusca no índice de qualidade, sendo visível próximo à jusante do

barramento o valor médio de qualidade em 2010, chegando à péssima em 2011, já

na parte central foi obtida uma melhora significativa nos valores de 2011 em relação

a 2010. O segundo melhorou sua qualidade no ano de 2011, onde em 2010, o

Balneário Passo da Entrada estava com qualidade péssima, possivelmente devido à

influência do município de Ronda Alta nesse afluente, já o terceiro melhorou seu

índice na jusante e permaneceu com boa qualidade na montante, mas na parte

central do reservatório houve um aumento de temperatura, comprometendo assim a

qualidade da água no local, sendo a provável influência advinda do município de

Ronda Alta também. Os sólidos totais aumentaram na jusante em 2011 em relação

ao ano anterior, já na parte central foi mantida a qualidade do indicador.

41

Figura 26 - Parâmetros Físico-Químicos Verão 2010

42

Figura 27 - Parâmetros Físico-Químicos Verão 2011

43

Nos outonos de 2010 e 2011, temos novamente um PH com alteração

significativa de um ano para o outro (Figuras 28 e 29), ou seja, há uma tendência

natural do verão para o outono, sendo possível observar um resultado parecido em

ambas estações. Já o nitrogênio Total, ao contrário do verão, no outono apresentou

variação expressiva na jusante do barramento do reservatório, tendo piorado seu

índice de qualidade em 2011. O fósforo total também apresentou mudanças em

seus valores nessa estação, melhorando seu índice na jusante e piorando na parte

central do reservatório em 2011. Já a demanda química de oxigênio apresenta um

resultado preocupante, pois há uma diferença muito grande de 2010 para 2011,

estando praticamente todo o reservatório em péssima qualidade nesse parâmetro

em 2011, somente na jusante há um bom resultado. Os sólidos totais apresentam

uma piora discreta no ano de 2011, com exceção da jusante, que mantém boa

qualidade nesse parâmetro nos dois anos analisados.

44

Figura 28 - Parâmetros Físico-Químicos Outono 2010

45

Figura 29 - Parâmetros Físico-Químicos Outono 2011

46

Portanto, é possível concluir que na estação verão a qualidade da água no

ano de 2011 foi superior ao ano de 2010 (Figuras 30 e 32), principalmente na

jusante do barramento, mantendo-se constante próximo à foz do Rio Facão com

qualidade péssima.

Na estação do outono, foi possível concluir que no ano de 2011 a qualidade

da água melhorou na jusante (Figuras 31 e 33), mas obteve uma piora de certa

forma discreta no restante do reservatório, o que provavelmente seja em função do

grande índice de demanda química de oxigênio.

47

Figura 30 - Qualidade da Água no Verão 2010

Figura 31 - Qualidade da Água no Outono 2010

Figura 32 - Qualidade da Água no Verão 2011

Figura 33 - Qualidade da Água no Outono 2011

48

Nos invernos de 2010 e 2011, conforme mostra as figuras 34 e 35, o

parâmetro da demanda bioquímica de oxigênio teve um decréscimo na parte inicial

logo após a jusante, mantendo a qualidade ruim na montante. Assim como a DBO, o

fósforo total também teve uma piora no ano de 2011 na próxima a jusante do

barramento, além de manter a qualidade ruim na montante. Já a demanda química

de oxigênio obteve uma melhora significativa da parte central, próximo ao ponto da

foz do Rio Facão até a jusante do barramento, porém a qualidade do índice desse

parâmetro caiu muito próximo ao ponto da Foz do Rio Sarandi no ano de 2011. A

temperatura mudou completamente de valores nos dois anos recorrentes,

melhorando gradativamente até chegar próximo ao ponto da foz do Rio Facão, e a

partir desse ponto, melhorou ainda mais seu índice até a jusante em 2011. Por fim,

os sólidos totais tiveram uma pequena piora da qualidade na porção central do

reservatório em 2011, possivelmente muito influenciado pelo afluente Rio facão, o

qual carrega um grande número de poluentes, entre eles, os sólidos totais advindos

do município de Ronda Alta.

49

Figura 34 - Parâmetros Físico-Químicos do Inverno 2010

50

Figura 35 - Parâmetros Físico-Químicos do Inverno 2011

51

O pH da primavera de 2011 não foi possível ser utilizado nos cálculos devido

a algum problema ocorrido, ou na hora da coleta ou no momento da geração dos

dados. Nas figuras 36 e 37 é possível analisar 04 parâmetros que variaram

significativamente nos dois anos estudados, fósforo total, demanda química de

oxigênio, turbidez e sólidos totais. O fósforo total obteve um decréscimo no seu

índice de qualidade na porção central do reservatório no ano de 2011, mas na

jusante a qualidade do parâmetro foi elevada no mesmo ano. A demanda química de

oxigênio, assim como o fósforo total piorou na porção central do reservatório e

melhorou sua qualidade na jusante no ano de 2011. Já a turbidez obteve uma

melhora gradativa em todo o reservatório em 2011, estando seu pior índice de

qualidade na jusante. Por fim, os sólidos totais tiveram um decréscimo considerável

na montante em 2011, permanecendo muito semelhante aos valores no restante do

reservatório.

52

Figura 36 - Parâmetros Físico-Químicos da Primavera 2010

53

Figura 37 - Parâmetros Físico-Químicos da Primavera 2011

54

Portanto, é possível considerar que a qualidade da água no inverno de 2011,

foi inferior na montante e na porção próxima ao ponto da foz do Rio Facão, afluente

de forte influência negativa, no ano de 2010, na qualidade da água. Pode-se notar

também nas figuras 38 e 40 que a qualidade da água a montante manteve-se

péssima nos dois anos subsequentes.

A qualidade da água na primavera de 2011, conforme é possível analisar nas

figuras 39 e 41 obteve conceito péssimo na montante, melhorando logo em seguida,

porém obtendo influência do Rio Facão para uma piora significativa no trecho central

do reservatório, chegando a conceito ótimo na jusante do barramento.

55

Figura 38 - Qualidade da Água no Inverno 2010

Figura 39 - Qualidade da Água Primavera 2010

Figura 40 - Qualidade da Água no Inverno 2011

Figura 41 - Qualidade da Água Primavera 2011

56

Por fim, ao analisar a figura 42, concluímos que a qualidade da água do

reservatório da Usina Hidrelétrica de Passo Fundo nos anos de 2010 e 2011, obteve

um crescimento gradativo de valores no sentido montante-jusante, variando a

classificação de péssima até ótima.

Figura 42 - Qualidade da Água do Reservatório UHPF 2010/2011

A declividade e a profundidade permanecem constantes em todas as figuras,

pois foram parâmetros derivados da imagem SRTM, onde não há variação de datas.

Para melhores resultados do indicador profundidade, o mais indicado é a realização

de um levantamento batimétrico no reservatório, na mesma data do levantamento

dos outros parâmetros.

57

5 COMENTÁRIOS E CONCLUSÕES

Com este trabalho foi possível inferir que o SIG auxilia de forma confiável e

dinâmica no monitoramento de usinas hidrelétricas. O ArcGis é demasiadamente

importante nesse contexto, pois com suas ferramentas, é possível efetuar diversas

análises pertinentes aos empreendimentos, especialmente com as três ferramentas

que foram utilizadas para este estudo, Spatial Analyst, Geoestatistical Analyst e 3D

Analyst, todas com sua peculiaridade e função.

Ficou evidente nos mapas de registros de ocorrência que o monitoramento

pode ser feito, porém não é possível obter cenários futuros, ao se tratar de fatos

muitas vezes antropológicos ou de uso da terra, ou seja, não dependem de fatores

geográficos que possam ser diagnosticados e prever ocorrências futuras. O que

pode ser feito é a averiguação de onde está ocorrendo o maior número de

irregularidades e trabalhar em cima da prevenção, através dos programas de

Comunicação Social e Educação Ambiental. Bem diferente do estudo da qualidade

da água, onde se utiliza fatores possíveis de se detectar, ou seja, o

geoprocessamento disponibiliza ferramentas que auxiliam nessa análise. Sendo

assim, é possível saber em quais pontos a água está ou não com boa qualidade,

além de ajudar ao empreendimento e aos lindeiros na tomada de medidas legais e

eficientes na melhoria da qualidade da água dos reservatórios.

Como indicadores importantes nesse estudo, proponho:

Pré-determinar pontos fixos e bem distribuídos no reservatório, em toda

sua extensão para a realização do levantamento periódicos dos parâmetros

físico-químicos, biológicos e geográficos.

Fazer o levantamento em pontos localizados nos principais afluentes,

onde a carga de poluentes pode ser muito elevada, devido à grande influência

dos municípios lindeiros e outros fatores, como por exemplo, a erosão das

margens dos mesmos.

Obter a profundidade do reservatório através de batimetria nos pontos

já pré-determinados para o levantamento dos outros parâmetros.

Para uma melhor análise, é recomendado o reconhecimento do local,

para a obtenção dos reais motivos dos resultados de cada parâmetro e

58

realizar a verificação a campo, ou seja, conferir se os mapas correspondem a

realidade.

Então, visando diferenciar o método de análise da qualidade da água, foi feito

um estudo completamente espacial, ao utilizar somente SIG, ou seja, sem o uso de

demonstrativos gráficos, buscando assim, sair um pouco de métodos tradicionais em

estudos já realizados sobre esse tema.

5.1 Dificuldades Alcançadas

A maior dificuldade encontrada durante o estágio foi trabalhar com muitos

dados ao mesmo tempo, fato que não ocorrera até então durante o curso de

graduação. Mas com o passar do tempo, foi possível organizar os dados, para

efetuar a manipulação dos mesmos, da forma mais eficiente possível.

Foi obtido sucesso em relação às normas da empresa Lago Azul Consultoria,

encontrando dificuldade no início até entender e compreender o funcionamento e as

rotinas de trabalho da empresa, tudo que ela oferece aos seus clientes e como o

geoprocessamento pode contribuir ainda mais no crescimento da mesma.

59

6 REFERÊNCIAS

ANA (Agência Nacional da Águas). Portal da Qualidade da Águas. Disponível em:

<http://pnqa.ana.gov.br/IndicadoresQA/IndiceQA.aspx>. Acesso em: 02 de Setembro de 2012. AVIX Geo Ambiental; Monitoramento para a Sustentabilidade. Conceitos Básicos, Qualidade da Água. Disponível em: <http://www.avix.com.br/qualidade-da-aacutegua.html>. Acesso em: 10 de Agosto de 2012. BAESA (Energética Barra Grande S.A.). Meio Ambiente. Disponível em:

<http://www.baesa.com.br/baesa/modulo.php?&cod_modulo=2>. Acesso em: 15 de Agosto de 2012. BREDA, LUÍS DE SOUZA. Avaliação Espaço -Temporal da Qualidade da Água do Reservatório da Usina Hidrelétrica de Funil - Região Sul de Minas Gerais.

(Dissertação de Mestrado – Universidade Federal de Minas Gerais). Belo Horizonte, 2011. CÂMARA, GILBERTO; MEDEIROS, JOSÉ SIMÕES DE. Princípios Básicos em Geoprocessamento. In: ASSAD, E. D; SANO, E. E. Sistemas de Informações

Geográficas. Aplicações na Agricultura. 2. Ed., ver. E ampl. - Brasília: Embrapa – SPI / Embrapa-CPAC, 1998. CESTE (Consórcio Estreito Energia). Usina Hidrlétrica Estreito. Disponível em: <http://www.uhe-estreito.com.br/>. Acesso em : 15 de Agosto de 2012. CETESB. Relatório de qualidade de água interiores do Estado de São Paulo 1995. São Paulo: Cetesb, 1995. 286 p. Disponível em:

<http://www.cetesb.sp.gov.br/agua/aguas-superficiais/35-publicacoes-/-relatorios>. Acesso em: 27 de Agosto de 2012. CONSÓRCIO ITÁ. A Uhe Itá. Disponível em: <http://www.consorcioita.com.br/>. Acesso em: 15 de Agosto de 2012. DEUTSCH, C.V.; JOURNEL, A. G., 1992, GSLIB: Geostatistical Software Library and user’s guide. Oxford University Press, New York, 339p. In: IMAI, N. N. et.al. Análise Comparativa da Interpolação por Krigagem Ordinária e Krigagem por... Congresso Brasileiro de Cartografia, 21, 1996, Salvador. Disponível em: <http://www.cartografia.org.br/xxi_cbc/232-SG50.pdf>. Acesso em: 27 de Agosto de 2012.

60

EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Brasil em Relevo.

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7 ANEXOS

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7.1 ANEXO A - Formulário de Registro de Ocorrência

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8 APÊNDICES

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8.1 APÊNDICE A - Leiaute Padrão Criado para a Empresa.