54
A VARIÁVEL FECUNDIDADE COMO COMPONENTE DOS ESTUDOS DEMOGRÁFICOS A expressão fecundidade ,segundo Elza S. Berquó, no capitulo 3 do Livro Dinâmica da População: Teoria, métodos e técnicas de análise, de autoria da Jair L.F. Santos et all, diz ser expressão usada para designar o desempenho reprodutivo efetivo de uma mulher ou de um grupo de mulheres que já completaram

A variável fecundidade

Embed Size (px)

Citation preview

A VARIÁVEL FECUNDIDADECOMO COMPONENTE DOS ESTUDOS

DEMOGRÁFICOS

A expressão fecundidade ,segundo Elza S. Berquó, no capitulo 3 do Livro Dinâmica da População: Teoria, métodos e técnicas de análise, de autoria da Jair L.F. Santos et all, diz ser expressão usada para designar o desempenho reprodutivo efetivo de uma mulher ou de um grupo de mulheres que já completaram o período reprodutivo.

Ciclo Reprodutivo em Gerações

Período Reprodutivo

Menopausa

Menarca

Período reprodutivo compreendido entre os 15 e 49 anos de Idade. Variando em alguns casos de mulher para mulher.

Assim explica a autora:

“...se um grupo de mil mulheres que já atravessaram o período reprodutivo deram origem a 3.000 nascidos vivos, este número medirá a fecundidade completa dessas mulheres.”

A expressão matemática é 3%ºº

Em outro sentido, vem o conceito de Fertilidade# Fecundidade.

Fertilidade refere-se a capacidade fisiológica que tem a mulher de conceber uma criança.

Deriva que nem toda mulher fértil e fecunda.

E ainda que a Fecundidade é variável analítica dos estudos de população e demografia, enquanto que fertilidade é elemento de interesse da Biologia, ciências da saúde e das pessoas de forma geral.

Fatores diversos interferem nas duas variáveis.

Berquó afirma “ fatores endógenos como a constituição física da mulher e sua idade tem-se mostrado de grande importância para que o produto da concepção não se perca antes de chegar a termo”.

O que você pensa sobre isso?

Jacques Verriére já havia afirmado que:

“ A Fecundidade humana é um fenômeno social pelo menos tanto quanto biológico.”

Jacques Verriére aponta a existência de dois inconveniente perigosos aos efetivos populacionais:

- A diminuição catastrófica, suscetível

de impossibilitar o domínio do meio natural e de colocar em perigo a transmissão da cultura do grupo e;

A proliferação, capaz de conduzir à esterilização do território por superexploração( em condições tecnológicas tidas por estáveis), portadora de ameaças de tensões internas e de exploração política.

Uma preocupação inversa: em KENNEDY, Paul. Preparando para o século XXI. Rio de

Janeiro:Campus, 1993.“Em 1825, quando Malthus estava fazendo as correções finais no seu primeiro Ensaio sobre a população, cerca de um bilhão de seres humanos, ocupavam o planeta, tendo sido necessário milhares de ano para chegar a esse total. Mas já então a industrialização e a medicina moderna estavam possibilitando o crescimento populacional em taxas muito altas.

Nos cem anos que se seguiram, a população mundial duplicou para 2 bilhões, e no meio século seguinte(de 1925 a 1976) voltou a duplicar para 4 bilhões. Em 1990 esse número avançara para 5,3 bilhões.² É certo que a taxa de aumento diminuiu nas últimas décadas, porque as taxas gerais de fecundidade estão diminuindo em muitos países.”

As previsões dos Demógrafos se confirmarão o tamanho médio das famílias diminuíram, influenciadas pelas condições de urbanização e outros fatores incidiram a transição demográfica.

Estabilização dos números.

Se assim está ocorrendo, as preocupações de KENNEDY faz sentido?

Dizia que: “A população crescente do mundo continua a procriar mais do que morrer, o efeito é parecido com um superpetroleiro que começa a diminuir a marcha em pleno mar. Mesmo desacelerando, ele ainda tem uma distância considerável a percorrer até parar.”

03 - ENEM – 2004 -  Ao longo do século XX, as características da população brasileira mudaram muito. Os gráficos mostram as alterações na distribuição da população da cidade e do campo e na taxa de fecundidade (número de filhos por mulher) no período entre 1940 e 2000.

Comparando-se os dados dos gráficos, pode-se concluir que(A) o aumento relativo da população rural é acompanhado pela redução da taxa de fecundidade.(B) quando predominava a população rural, as mulheres tinham em média três vezes menos filhos do que hoje.(C) a diminuição relativa da população rural coincide com o aumento do número de filhos por mulher.(D) quanto mais aumenta o número de pessoas morando em cidades, maior passa a ser a taxa de fecundidade.(E) com a intensificação do processo de urbanização, o número de filhos por mulher tende a ser menor.

Kennedy enfatiza:

“Antes de chegar aos chamados níveis de “fecundidade de reposição global”, que as autoridades das Nações Unidas acreditam possam ser alcançados aproximadamente em 2045, o superpetroleiro da população terá avançado muito.” (Kennedy,1993)

Uma outra forma de compreender os números: O aumento anual da população

“No período de 1950-1955, o acréscimo anual à população do mundo foi cerca de 47 milhões de habitantes-um pouco menos do que a população atual da Inglaterra e País de Gales, hoje. No período de 1985-1990, a população da Terra estava recebendo um acréscimo de 88 milhões de pessoas todo ano -

Igual a população do México. Se a fecundidade mundial futura seguir a estimativa mais elevada, os anos de 1995-2000 poderiam ver um aumento anual em torno de 112 milhões – igual à atual população nigeriana.” p.25

Fenômeno que está acontecendo em Países em desenvolvimento.

Kennedy interroga e responde: “ Por que as populações de certos países crescem tão depressa: A resposta simples é que eles estão hoje na mesma posição da Inglaterra e França na época da Malthus, isto é, são basicamente sociedades agrárias

Que tem agora, pela primeira vez, uma geração com reduções significativas nas taxas de mortalidade. Historicamente, as taxas de fecundidade nas sociedades agrárias são em geral muito elevadas, mas também são elevadas as taxas de mortalidade, sobretudo entre as crianças.”

http://pepartidoescolar.blogspot.com.br/2010/03/crescimento-populacional.html

“Países subdesenvolvidos - Base larga sendo reflexo das elevadas taxas de natalidade, sendo determinante na prevalência de jovens. A parte intermediária tende a crescer em decorrência do envelhecimento dos jovens. Em muitos países ainda não é predominante o ápice estreito reflexo da baixa expectativa de vida.”

“Transição demográfica consiste em uma sucessão de fases pelas quais uma população passa à medida que entra no que chamamos de modernidade, isto é uma sociedade agrária tradicional transforma-se numa sociedade moderna, industrial e urbana.”

O gráfico abaixo apresenta a transição demográfica brasileira:

ApresentaçãoOs indicadores listados são os mesmos calculados pela REDE Interagencial de Informação para a Saúde (RIPSA) e publicados anualmente nos folhetos de Indicadores e Dados Básicos para a Saúde no Brasil (IDB). A RIPSA publica indicadores agregados nos níveis nacional, regional, estadual e para as capitais. O propósito dessa apresentação é fornecer os detalhes dos cálculos e algumas fontes de dados que permitirão ao administrador ou pesquisador fazer os mesmos cálculos nos níveis de regional de saúde, micro e mesorregião, e do município. O significado de cada indicador e como usá-lo na avaliação, planejamento e administração de recursos e atividades de saúde pode ser encontrado no livro Indicadores Básicos para a Saúde no Brasil: conceitos e aplicações - 2ª Edição (2008).

IndicadorC.1 Taxa de mortalidade infantil Taxa de mortalidade infantil neonatal precoceóbitos ≤ 6 dias x 1.000nascidos vivosTaxa de mortalidade infantil neonatal tardiaóbitos > 6 e < 28 dias x 1.000nascidos vivosTaxa de mortalidade infantil pós-neonatalóbitos ≥ 28 dias x 1.000nascidos vivosC

2 Taxa de mortalidade perinatal(óbitos fetais + óbitos neonatais precoces)x 1.000óbitos fetais + nascidos vivosóbito fetal = óbitos com ≥ 22 semanas, ou 154 dias, completas de gestação

C.3 Taxa de mortalidade materna óbitos por causas maternasx 100.000nascidos vivos

Como este tipo de óbito é raro, fazer a média de três anos

C.4 Mortalidade proporcional (%) por grupos de causas óbitos x 1.000total de óbitosDoenças infecciosas e parasitárias (códigos A00-B99)Neoplasias (códigos C00-D48)Doenças do aparelho circulatório (códigos I00-I99)Doenças do aparelho respiratório (códigos J00-J99)Afecções originadas no período perinatal (códigos P00-P96)Causas externas (códigos V01-Y98)Demais causas definidas (todos os demais capítulos, exceto o XVIII e o XXI)

http://www.datasus.gov.br/ Informações de Saúde > Indicadores de saúde > Caderno de Informação em saúde > UF > Municí pio > Mortalidadehttp://www.saude.rs.gov.br/ Organograma > Departamento de Ações em saúde (DAS) > Núcleo de Informações de Saúde (NIS) > Relatórios - Base Anual SIM e SINASC > Mortalidade Geralhttp://www.datasus.gov.br/ Informações de Saúde > Indicadores de saúde > Estatísticas Vitais - Mortalidade e Nascidos Vivos > Mortalidade geral - desde 1979Capítulo do CID-10: XVIII

C.5 Mortalidade proporcional (%) por causas mal definidas óbitos por causas mal definidastotal de óbitos CID-10, Capítulo XVIII, Códigos R00 a R99 por sexo por faixa etária <1 ano1-4 anos5-9 anos10-19 anos20-29 anos30-39 anos40-49 anos50-59 anos60-69 anos70 anos e mais http://www.datasus.gov.br/ Informações de Saúde > Indicadores de saúde > Estatísticas Vitais - Mortalidade e Nascidos Vivos > Mortalidade geral - desde 1979Capítulo do CID-10: XVIII

C.6 Mortalidade proporcional (%) por doença diarréica aguda em < 5 anos de idade óbitos por diarréica aguda < 5 anostotal de óbitos < 5 anos

CID-10, Códigos A00 a A09

Anual SIM e SINASC > Mortalidade Infantil

C.7 Mortalidade proporcional (%) por infecção respiratória aguda (IRA) em < 5 anos de idade óbitos por IRA < 5 anostotal de óbitos < 5 anos

CID-10, Códigos J00 a J22

Nominador: http://www.datasus.gov.br/ Informações de Saúde > Indicadores de saúde > Estatísticas Vitais - Mortalidade e Nascidos Vivos > Mortalidade geralCausa - CID-10: Selecionar Influenza + Pneumonia + Bronquiolite + restante de outras inf agudas de vias aéreas inferioresFaixa etária: Selecionar menores de 1 ano + 1 a 4 anosDenominador: http://www.datasus.gov.br/ Repetir por Causa - CID-10: Todas categorias

C.8 Taxa de mortalidade por doenças do aparelho circulatório óbitos x 100.000populaçãoDoenças do aparelho circulatório (CID-10, I00 a I99)Doenças isquêmicas do coração (CID-10, 068)Doenças cerebrovasculares (CID-10 070)por sexo por faixa etária 0-29 anos30-39 anos40-49 anos50-59 anos60-69 anos70 anos e mais

http://www.datasus.gov.br/

Informações de Saúde > Indicadores de saúde > Estatísticas Vitais - Mortalidade e Nascidos Vivos > Mortalidade geral

CID-10: Capítulo IX

Repetir por Causa CID-10: Todas categorias

http://www.saude.rs.gov.br/

Organograma > Departamento de Ações em saúde (DAS) > Núcleo de Informações de Saúde (NIS) > Relatórios - Base Anual SIM e SINASC > Mortalidade Infantil

Nominador: http://www.datasus.gov.br/ Informações de Saúde > Indicadores de saúde > Estatísticas Vitais - Mortalidade e Nascidos Vivos > Mortalidade geralCausa CID-10: Selecionar Cólera + Diarréia e Gastr de origem infecciosa presumível + Febres tifóide e paratifóide + Restante de outras doenças infecciosas intestinaisFaixa etária: Selecionar menores de 1 ano + 1 a 4 anosDenominador: http://www.datasus.gov.br/ Repetir por Causa CID-10: Todas categoriashttp://www.saude.rs.gov.br/ Organograma > Departamento de Ações em saúde (DAS) > Núcleo de Informações de Saúde (NIS) > Relatórios - Base Anual SIM e SINASC > Mortalidade Infantil

Secretaria de Saúde realiza I Fórum Municipal de Mortalidade Materna e Infantil - Secretaria de Saúde – Na Paraíba -Cabedelo

http://www.cabedelo.pb.gov.br/index.aspA redução da mortalidade infantil e materna no Brasil, ainda é um desafio para os serviços de saúde, os gestores e a sociedade como um todo. Apesar do declínio que vem sendo observado nessas taxas, a velocidade de queda está aquém do desejado, resultando em índices ainda muito elevados.A cidade de Cabedelo, de acordo com avaliação do Ministério da Saúde, está entre os vinte e um municípios do Estado da Paraíba considerados prioritários para a redução da mortalidade infantil, diante dos valores preocupantes desse indicador.

http://www.cabedelo.pb.gov.br/noticia_completa.asp?noticia=515

Ciente dessa realidade e reconhecendo a mortalidade infantil e materna como grave problema de saúde pública, a gestão municipal decidiu enfrentar esse desafio, priorizando ações com vistas a reduzir esses óbitos. Para tanto, resolveu adotar como estratégia inicial de enfrentamento desse agravo, a ferramenta considerada mais importante, que é instalar e fazer funcionar efetivamente o COMITÊ DE MORTALIDADE MATERNA E INFANTIL.

...

A implantação e organização desse Comitê são imprescindíveis, por representar um espaço de discussão entre profissionais de saúde e gestores, viabilizando por meio da reflexão e da análise crítica dos óbitos ocorridos no estabelecimento de saúde, a identificação das causas, responsabilidades e de proposição de medidas de prevenção de novas ocorrências.

Quadro epidemiológico e mortalidade

Autores: Carlos Batistella

Causas Externas: violência e acidentes de trânsito

“ Os acidentes e violências vêm ganhando cada vez mais importância no perfil epidemiológico do nosso país. Em 1930, as causas externas ocupavam a sexta posição da classificação de mortes por causas definidas da população brasileira, representando 2,6% dos óbitos, passando a ocupar o terceiro lugar entre todos os óbitos com causas conhecidas em 2002 (14,9% dos óbitos totais).”N

Na faixa de idade de maiores de 1 a 44 anos de idade, esses eventos representam a primeira causa de morte e nas internações hospitalares, na faixa etária de 10 a 29 anos, as causas externas representam a segunda maior causa de morbidade hospitalar. São principalmente os homicídios e os acidentes de transportes terrestres os grandes responsáveis por essas altas taxas de morbimortalidade.

http://www.epsjv.fiocruz.br/pdtsp/index.php?s_livro_id=6&area_id=2&autor_id=&capitulo_id=24&sub_capitulo_id=84&arquivo=ver_conteudo_2

“Existe um grande diferencial deste problema de saúde pública, segundo sexo. De um total de 126.550 óbitos por acidentes e violências notificados ao SIM do Brasil em 2002, 106.714 (84,4%) ocorreram entre homens e 19.718 (15,6%) entre mulheres. Entre todos as causas de óbitos ocorridos em 2002, os acidentes e violências estão entre as que mais apresentam diferenças entre homens e mulheres, na razão de 5,4 óbitos masculinos para cada óbito feminino.”

Sobre o problema da AIDs no BRASIl

Dados do último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde apontam que a mortalidade por aids no Brasil é de 11 mil óbitos por ano, demonstrando que a doença, ainda hoje, revela-se como um importante problema de saúde pública no país. “Não pode ser natural 30 pessoas morrerem de aids por dia no Brasil”, afirma Mário Scheffer, presidente do Grupo Pela Vidda/SP. Segundo ele, o tema está banalizado. “Se um ônibus com 30 pessoas cai no precipício e nenhuma delas sobrevive, toda a mídia se mobiliza. No caso da aids, é como se tivéssemos uma tragédia diária dessas, mas ninguém fala sobre o assunto”, diz

Você pode se cuidar! Previna-se!