A Visão Do Ser Humano No Yoga

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  • 8/17/2019 A Visão Do Ser Humano No Yoga

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    PANCHA KOSHA:

    O SER MULTIDIMENSIONAL

    Tendo como referência o vasto universo filosófico e cul  tural hindu, podemos abordar  este tema por vários ângulos.  Não é nosso objetivo aui  

    esgotar o assunto, mas pin!ar  um ponto de vista representa tivo deste universo ue nos introdu"a na visâo do ser  humano dentro do Yoga. #ara este

    fim. elegemos, dentro da filosofia do Vedanta, a teoria dos Pancha Kosha. $ primeiro registro deste ponto de vista está no Taittiriya-Upanishad ue

    foi composto a cerca de três mil anos atrás.

     Pancha significa %cinco% e  Kosha pode ser tradu"ido como  %corpo% ou %envoltório%. Temos, então, a idéia de cinco corpos ou envoltórios do  Atman &'er(.

    Swami Niranjanananda 3 nos fala ue os Pancha Koshas são u m dos caminhos ue o Yoga usa para compreender a estrutura tota l da personalidade humana.

    )i" ainda ue esses cinco envoltórios são a e*pressão dos diversos n+veis da e*periência humana, ue vão do plano material mais imediato &ligado aos

    sentidos sensoriais e ao corpo fisico( até o  plano de consciência mais su til &onde se manifestam as e*pe   riências m+sticas ou religiosas( passando pelase*periências de n+vel mental e emocional.

    -eorge euerstein / nos dá as seguintes defini!0es para os

     Pancha Kosha

    111 ANNAMAYAKOSHA 111 2revestimento composto de alimento2, é o nosso familiar corpo fisico, pelo ual navegamos no mundo materia l.

    111 PRANAMAYAKOSHA 111 2revestimento composto de for!a vital2, é   o campo de energia associado ao corpo f+sico e a mente.

    111 MANOMAYAKOSHA 111 2revestimento composto de mente2, refere se 3 mente na sua mais bai*a fun!ão como processadora de  entrada sensorial. !anas &mente(é im pelido por d4vida e voli!ão &desejo( e vacila entre a 2e*ternali"a!ão2 de nossa consciência e a retirada para o dom+nio da imagina!ão . 5ste   aspecto

    da mente é governado principa lmente pelos fatores de inércia " Tamas# e dinamismo " $ajas#.

    111 VIJNANAMAYAKOSHA 111 2revestimento composto de inteligência2, refere6se 3 mente em sua mais elevada fun!ão como um órgão de discernimento entre o ueé real e o ue é irreal, ou seja, como o assento da sabedoria. $nde a mente inferior causa d4vida e incerte"a, a mente superior &com fre7ência chamada   %&dd hi# tra" certe"a e fé, bem como um senso de uietude,  porue o fator de lucide" " Satt'a (&na# é predominante nela.

    111 ANANDAMAYAKOSHA 111 2revestimento composto de bem6aventu ran!a2, é euiparado no Taittiriya-Upanishad com o próprio  Se)* transcendental "Atman#,embora escolas Vedanta subse

     

    7entes considerem isto como o véu final circundando a 8ealidade definitiva, ou Se)*.

    #ara um entendimento mais profundo e objetivo dos  Pancha  Kosha, devemos evitar vê6los como entidades separadas ou 2coisas2 em si. 9uito menos

    abordá6los de forma pejorativa con   siderando um melhor ou mais interessante ue o outro, pois a  e*istência humana depende de todos eles. 5les tradu"em

    um amplo espectro de e*periências ue se manifestam 3 nossa consciência, são n+veis distintos e ao mesmo tempo interdepen dentes,

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    5ssa é a dimensão mais básica de nossa e*periência associada direta mente ao corpo f+sico1 a motricidade, sensa!0es de fome, sede, em resu mo, todas as necessi dades

    do corpo f+sico pertencem ao campo de e*periência de  Annamaya+osha.É interessante lem brar ue na se7ência do desenvolvimento hu mano, a primeira iden 

    tifica!ão ue

    fa"emos é com o nosso corpo, ou seja, nosso pri meiro ego é pu ramente  corporal e f+sico, pré6verbal e, portanto, pré6mental. 'itua!0es tra umáticas vivencia das neste

     per+odo não podem sofrer nenhum registro mental fica ndo gravadas nessa dimensão de  Annamaya+osha .Swami Niranjanananda di" ue no atual n+vel de desenvolvimento da ra!a

    humana, nosso campo de e*periência consciente contin ua grandemente limi tado 3 esfera corporal. #ara ele, 2as e*periências ligadas ao  Annamaya ocupam cerca de 

    :;< de nossa consciência na vida diária em rela!ão aos outros  Koshas ou n+veis de e*periência2= . 5le e*emplifica ue 2nossa consciência e a observa!ão de nós

    mesmos estão inteiramente baseadas nas e*periências do corpo f+sico. 'e eu sinto dor em alguma parte do meu corpo, minha aten!ão é desviada. 'e meu corpo estásentindo  pra"er, um senso de bem6estar e euil+brio, então minha mente está livre para procu rar outras dire!0es e metas na vida2= .

    É óbvio ue todos nós somos e*tremamente sens+veis aos confortos e desconfor 

    tos f+sicos, esse é um impulso básico da vida humana, o impulso de sobrevivência .  Não há nada de errado com ele, desde ue este impulso não se torne uma limita!ão 

     para nossa vida ps+uica, pois neste n+vel da sobrevivência estamos muito pró*imos de u ma dimensão instintiva e animal. É ir>nico ue apesar de todo o

    desenvolvimen  to cultural e intelectual ue a sociedade moderna atingiu, continuemos tão influen 

    ciados por nossa nature"a material.?ltrapassar essa dimensão 2instintiva2 é uma conuista psicológica importa nte

    dentro do Yoga, pois ela libera nossa consciência para e*plora r as outras dimens0es de e*periência associadas aos outros uatro  Koshas. @tualmente. o homem está

    cer  cado pelo conforto e a seguran!a ue a moderna tecnologia nos oferece, mas, basta um peueno despra"er para nos pertu rbar internamente. @ mera seguran!a e

    confor  

    to material não são suficientes para liberar nossa consciência dos v+nculos com a matéria. $ ue fa"er entãoA$ Yoga dá uma sa+da interessante. Bntensificar ao má*imo a e*periência corporal

     para poder transcendê6la. 5sse é o sentido da prática corporal dentro do Yoga, não apenas gerar bem6estar f+sico e sa4de, mas para liberar nossa consciência dos opos tos de pra"er e despra"er associados 3 e*periência f+sica. #ode6se di"er ue é uma ati tude de desapego ou 2indiferen!a2 ue surge da vivência intensa de nossas

    e*periências sensoriais.

    MÀN O M ÀYÀ K O SH À

    Camos pular a se7ência de apresenta!ão dos  Koshas e apresentar   primeiro o plano mental, porue este é o outro grande pólo de nossa e*periência. 2@

    e*periência de !anomaya ocupa cerca de DE< de nossa consciên cia2F afirma Swami Niranjanananda. @ui estamos no plano de nossas e*periências ue são

    estruturadas verbal mente na forma de pensamentos. imagi  na!0es, cren!as etc. É o plano da racionalidade humana, da cogni!ão. da habi 

    lidade de fa"er abstra!0es,

    construir teorias e*plicativas e outras habilidades mentais bem definidas pela psicologia do desenvolvimento humano de #iaget e de outros pes uisadores. @lém do

    corpo, este é o segundo foco de nossas  identifica!0es. Na idade adulta, nossa no!ão de ego está delimitada basica 

    mente por constru!0es mentais e verbais. Neste n+vel estamos conscientes de nossas necessidades, fraue"as e ha bi

     

    lidades, desejos, ambi!0es, dauilo ue gostamos ou não etc. !anomaya+osha compreende

    assim a totalidade da mente consciente e suas e*press0es. No Yoga este ainda é considerado um n+vel bem superficial diante das possibili  dades ue se nos apresentam.

    Swami Niranjanananda fa" uma afirma!ão per  turbadora a este respeito1 2%superficial% por ue não há um real processo anal+ti 

    co guia ndo as atividades de

     !anomaya+osha-. Guando observamos a mente  percebemos ue seu funcionamento é automático, nós não pensamos, somos  pensados, e estes pensamentos em sua

    maioria são aleatórios ou refletem condicionamentos sociais e culturais. #ara com p licar ainda mais a si tua!ão,  normalmente nós estamos totalmente identificados,

     presos ou 2colados2 nesta realidade mental condicionada. Na psicologia Yogi, o objetivo é transformar a mente numa ferramenta, assim como o corpo, a servi!o da

    emancipa!ão ou liberta!ão do ser humano.

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    5stamos diante de nova uestão, como ir além da mente condicionadaA ?m dos pontos cruciais no Yoga é a atitude de estar 2alerta2, como uma teste munha

    observando as manifesta!0es da mente sem identifica!ão. 5star cons ciente dos padr0es de pensa mento e as a!0es ou sentimentos por eles desen cadeados sem envolvimento ou

     julgamentos . )amos livre e*pressão a todos os aspectos de nossa mente, mas retiramos nosso engajamento, é como se criássemos um espa!o entre o pensamento e a

    consciência. 5ste é um proces 

    so ou uma habilidade ue leva um certo tempo para se estabelecer, mas uma ve" estabelecida vai crescendo e se ampliando naturalmente.

    5sta habilidade nos ajuda a perceber a nature"a ilusória, limitada e re lativa de nossos con  ceitos e cren!as, nos possibilitando 2desconstruir2 os condicionamentos men tais

    e usar nossa mente de forma mais objetiva e 4til para nós mesmos e para o outro.Swami Niranjanananda coloca esta uestão da seguinte forma1 2esta ênfase

    em estar consciente, em observar a si mesmo, e*pande as fronteiras da e*pe 

    riência em  !anomaya a tal ponto ue nos tornamos capa"es de perceber e estabili"ar as

    e*press0es mentais. 5ntão passamos a entender nossas necessi 

    dades, fraue"as. ambi!0es e desejos de uma perspectiva mais objetiva%...

     Prana é um termo ue pode ser defi nido como for!a vital. @ energia ou est+mulo ue está por detrás do funcionamento do corpo e da mente. 9uitos nomes têm sido 

    dado a essa energia. No sistema de acupu ntu ra e artes marciais é con hecida como  hi ou Ki. $ psicanalista Hilhelm 8eich , precursor da terapia bioenergética, 

    chamou esta energia de 2orgone2. reud e Iung adotaram o termo 2libido2. Cárias ou 

    tras culturas e civili"a!0es antigas também desenvolveram um conceito ue desig 

    nasse

    esta energia ue sustenta a vida. No pensamento indiano, todo o u niverso está  permeado por esta energia e. para o Yoga, este  Prana é o responsável pela coorde6

    {VI J N À.N À.M À.YÀ. K O SH À.}

    -/nana significa con hecimento, e o prefi*o 2Ci2 denota ue este conheci mento é de ualidade sutil. 5ste n+vel de e*periência, também chamado de  29ente

    'uperior2 ou 29ente Bntuitiva2, se ma nifesta em apenas D< de nossa  consciência segundo Swami Niranjanananda. 'e !anomay.a+osha é a superf+ cie da mente,

    Vijnanamaya+osha é a base ou alicerce desta mente superficial. #ara ilustrar este ponto Swami Niranjanananda usa a segu inte metáfora1  Vijnanamaya+osha é

    como um transformador principal e  !anomaya+osha como os circuitos secundários estendidos por todo o edif+cio para leva r a lu".  @lgumas ve"es uando se

     pressiona um interru ptor se manifesta uma emo!ão. com outro interruptor se cria u m sentimento e com um terceiro se emite um determinado comportamento ...2J

    Vijnanamaya+osha é o depósito de todos os aruétipos conhecidos noYoga pelo termo Sams+ara. 5m termos filosóficos. podemos nota r alguma sina!ão das atividades do corpo e da mente.  milaridade com o pensamento Kantiano e a #sicologia @nal+tica deIung. 5ntreSwami Niranjananand a nos di" ue nossa e*periência desta energta e muito limitada, ocupand o cerca de D< de nossa vivência consciente. Neste caso o ue temos  LM fa"er é ampliar a consciência desta dimensão da vida. 5le nos e*plica como se mani festa esta energia1 2a manifesta!ão e*terna da energia no corpo pode ser e*perimen tada na forma de calor. @ manifesta!ão interna desta bioenergia  Prana.  pode ser  e*perimentada na forma de impulsos elétricos viajando do corpo ao cérebro e do cérebro ao corpo " Prana f+sico(. @ manifesta!ão ps+uica da energia é e*perimentada na forma de uma corrente fluindo em diferentes  Nadis &canais de energia(22 .$utras manifesta!0es desta energia são o estado de ânimo. sensa!0es de vibra!0es sejam f+si cas ou sutis, formigamentos, arrepios e a visão de cores em estados derela*amento ou concentra!ão. Nossas emo!0es também são compostas e mediadas por essa  bioe  nergia. @ própria palavra 2emo!ão2 remete 3 idéia de energia emmovimento.

     Prana e  !anas. energia e mente, estão intimamente associadas. Guando a mente está dispersa e perturbada. o Prana também se dispersa. e o contrá rio também é

    ver  dadeiro uando a energia está perturbada, esta perturba!ão será sentida na mente. $ propósit o de muitas práticas de Yoga é despertar a consciência desta energia e

    sua rela!ão com as atividades da mente e do corpo, tra"endo euil+brio entre a energia  vital e mental. Todas as práticas objetivam ainda aumentar nossa uantidade de

    ener  gia e desblouear seu flu*o. @ maioria de nós funciona num n+vel muito restrito de  energia, o ue impede a evolu!ão da consciência. #or outro lado observamos

    ue uma pessoa com muita energia desperta pode apresentar uma série de perturba!0es e   patologias fisiológicas e mentais caso não tenha passado por um processA de

     pu nfi 

    ca!ão e euil+brio dos centros " ha+ras# e canais " Nadis# de energia  psi?OcaL6 ?m segundo passo é o controle consciente desta energia. ou  Prana Vidya. essa

    habilidade aponta para a transcendência de  Pranamaya+osha.

    os aruétipos ou Sams+aras de Vijnanamaya+osha, três são de especial importâ ncia e são conhecidos no Yoga como %&ddhi, o princ+pio da inteligên cia e intui!ão

    hitra o princ+pio de observa!ão e Awareness e Aham+ara ou princ+pio do 5go. 'egundo o entendimento Yogi. são essas estruturas ue  per  

    mitem 3 mente " !anas#

    .

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    se relacionar com o mundo e*terno. )este ponto de vista.  !anomaya+osha é uma superf+cie ue recebe ao mesmo tempo as impress0es do mundo e*terno captadas

     pelos sentidos e do mundo interno. de nature"a ps+uica. subconsciente e inconsciente. 5stas se manifesta m na forma de sonhos. devaneios, s+mbolos e intui!0es.

     No n+vel de Vijnanamaya+osha os opostos convivem em harmonia. Pontudo. uando estes se manifestam na mente consciente e racional não raro surgem conflitos.

    Swami Niranjananand a e*p0e essa idéia da seguinte forma1 2nós fre7entemente vacilamos se a intui!ão ue temos é verdadeira ou falsa... @ssim, nós desejamos saber 

    se as instru!0es ue temos recebido vem de 2deus2 ou do 2diabo2, e o ue nós devemos fa"er a respeito. )evemos fa"er o  ue essa intui!ão di" ou devemos pensar

    duas ve"es e ver o ue aconteceA  )evemos ir em frente ou recuarA2%. 'egundo o Yoga, há algo de inteligente e auto6orga ni"ador em nossa nature"a ue se e*pressa

    como  %&ddhi, mas essa e*pressão é perturbada por todos os outros elementos ue estão arma"enados em nosso subconsciente e pelo crivo do intelecto raciona l.

    )esta forma. pa ra ue o aspecto de Vijnana 6 inteligência, criatividade e sabedoria 6 se manifeste. é necessário diminuir o ru+do ou a interferência da mente

    racional e das impress0es arma"enadas em nossa mente. Temos então dois processos a seguir, aprender a ir além da mente racional e conceituai e  e*trair dosubconsciente as impress0es ue estão por detrás de nossa maneira de pensar e agir. Pomo conseguir istoA 25*perimentamos isto em estado de   profunda

    medita!ão, uando os limites da ra"ão e dos conceitos intelectuais da mente são transcendidos, e uando há intensa auto6consciência gerada  internamente2F.

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    {ANÃND ÃMÀYÃK O S HÃ} Ananda é um termo normalmente tradu"ido como bemaventuran!a e felicidade transcendente.  Ananda não deve ser confundida com u m estado emocional ue per  tence aos

    n+veis de Annamaya e  Pranamaya+osha . 5sta não é a alegria ue resulta da reali"a!ão de um desejo, mas é uma e*periência ue surge uando todos os véus de ilusão ca+ram etodos os desejos foram negados. Nesse n+vel de e*periência a consciência se funde em Atman. alando em termos psicológicos temos a+ a dissolu!ão ou pelo menos a suspensão

    do princ+pio egóico, não há mais a distin!ão subjetiva entre um observador e um objeto de observa!ão. @s categorias de tempo e espa!o ue são  a própria base do psiuismotambém não estão presentes e por isso se di" ue esta é  u ma e*periência da perfei!ão e da imortalidade. 5sse tipo de e*periência tem sido descrita através da história, por

    diversos santos e m+sticos de diferentes tradi!0es ao redor do mundo, utili"ando uma linguagem parecida, o ue aponta para a nature"a universal e não condicionada destae*periência.

    alando desta e*periência, Swami Niranjanananda a descreve em termos de união

    do princ+pio individual "Atman# com o princ+pio ?niversal " %rahman#. 2$ sentimento é tão poderoso ue todo o corpo. todo o ser, é alterado pela e*periência . Todo o corpo  sofre uma transforma!ão. Pada part+cula at>mica do corpo torna6se plena de vitali  dade. contentamento, pra"er e alegria. e você pode e*perimentar isso fisicamente tam   bém. 'e

    você toca r o corpo de alguém ue está tendo a e*periência de  Ananda. você sentirá uma corrente de energia e sua própria consciência será alterada2F.

    @pesar da descri!ão acima. essa é uma e*periência ue não pode ser falada. Pomo nos lembra 8ohit 9ehta em seu 2Phamado dos Upanishads essa é uma e*periência ue

    está além do plano da linguagem só podendo ser precariamente descrita em ter  

    mos negativos como o famoso Neti Neti 2Não é isso. Não é auilo21 ou em termos para   do*ais ue

    designam essa e*periência do 8eal como sendo va"io e contendo em si o  u niverso inteiro. ?ma interessante passagem do  Kena Upanishad ilustra esse ponto1

    A0&e)e pe)o 0&a) %rahman n1o 2 conhecido, o conhece  !as a0&e)e pe)o 0&a) e)e 2 conhecido. n1o o conhece.

     )e n1o 2 conhecido por a0&e)es 0&e o conhecem4 )e 2 conhecido por a0&e)es 0&e n1o o conhecem. (..)

    %rah man chega ao pensamento da0&e)es 0&e o conhecem como a)2m do pensamento4  N1o 50&e)es 0&e imaginam 0&e e)e pode ser a)can6ado pe)o pensamento . %rahman 2 desconhecido pe)o er&dito e conhecido pe)o simp)es,

    "...# %rahman 2 'isto na nat&re7a no assom8ro do*)ash de &m re)9mpago

    '°  )e chega 5 a)ma no assom8ro de &m*)ash de 'is1o :;

     Anandamaya+osha é considerado o ponto culminante da e*periência humana. e seu impacto de realidade sobre auele ue o e*perimenta transforma a e*periência   dos

    outros n+veis em  !aya, ilusão. Blusão porue todos estes n+veis estão marcados   por u ma falta ue não pode ser preenchida por nenhu m objeto de desejo senão pela  

    e*periência direta do 'er, Atman, ue é  Nirg&na, ou seja, sem atributos.

    )o ponto de vista da tradi!ão Yogi, o ser h umano é visto como uma composi!ão destes cinco campos de e*periência. 5 como vimos, nossa e*periência consciente está

    grandemente limitada aos aspectos f+sicos e mentais. e mesmo essa e*periência é con 

    siderada pobre e cond icionada na perspectiva do Yoga. #or isso, o Yoga come!a pelo

    corpo e pela mente purificando e harmoni"ando6os a n+vel objetivo e e*pandindo a consciência deles a n+vel subjetivo. 'omente então pode6se abrir as portas da per  

    cep!ão para os n +veis mais sutis em seguran!a.