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8/17/2019 Abertura Dos Portos Ao Brasil e Ida Do Rei- mafalda romano
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Abertura dos portos ao Brasil e ida do rei
Neste momento da história, Portugal era governado pelo provável herdeiro da coroa, Dom
João. Portugal e Inglaterra eram velhos cmplices, o !ue dei"ou Dom João em uma posi#ão
delicad$ssima. A situa#ão dele não era nada %ácil, o !ue %a&er' ir contra Napoleão e correr o
risco de uma invasão %rancesa ou esperar para ver a Inglaterra invadir o Brasil' Nem uma
nem outra atitude era %ácil para D. João.
A sa$da encontrada, em conluio com os ingleses, %oi a mudan#a da comitiva portuguesa para
o Brasil. (m novembro de )*+, sob prote#ão da %or#a naval inglesa, D. João, sua linhagem e
a nobre&a !ue o rodeava mudaram-se para o Brasil. Aportaram em território brasileiro cerca
de !uator&e navios com ) mil pessoas. Após a chegada da linhagem real, Dom João passou
alguns dias em /alvador, !uando tomou duas decis0es !ue deram uma in1e#ão de 2nimo na
economia brasileira3 determinou aabertura dos portos aos pa$ses amistosos e a
autori&a#ão para a instala#ão de indstrias, antes coibida por Portugal.
--
(n!uanto o Brasil se vangloriava por ter dei"ado de ser col4nia e o 5io de Janeiro se
trans%ormava na sede do reino, em Portugal a situa#ão não era das melhores, o povo
encontrava-se depauperado em conse!67ncia da guerra contra Napoleão e o com8rcio estava
em decad7ncia devido 9 abertura dos portos brasileiros.
--
Transformações do Rio de Janeiro – Após a abertura dos portos, pela primeira vez o Brasil
pôde manter contatos comerciais diretos e regulares com o eterior, sem a intermediaç!o
de "ortugal# $ Rio de Janeiro transformou%se ent!o num &empório do Atl'ntico (ul&, nas
palavras do )istoriador *elson +ernec (odr-# Ali c)egavam mercadorias de diversas
proced.ncias e dali eram eportados os produtos brasileiros#
As formas da nova depend.ncia – /om o fim do eclusivo metropolitano, uma nova forma
de depend.ncia se estabeleceu, manifestando%se no d-ficit permanente da balança
comercial eterna# 0ssa situaç!o decorreu da fran1uia dos portos, 1ue alterou as tarifas
alfandeg2rias de 345, na -poca do eclusivo, para 635 com 7# Jo!o, a fim de favorecer
contatos comerciais diversificados#
%%
0n1uanto isso, as eportações brasileiras n!o cresciam na mesma proporç!o, nem t!o
rapidamente 1uanto era necess2rio para fazer face 8s importações# A 9nglaterra n!o
ad1uiria produtos brasileiros, pois suas colônias :2 os produziam# (ó entravam no
mercado brit'nico a1uelas mercadorias consideradas ;teis 8s ind;strias t.teis, como o
http://www.infoescola.com/sociedade/nobreza/http://www.infoescola.com/sociedade/nobreza/http://www.infoescola.com/sociedade/nobreza/
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algod!o e o pau%brasil# 7e "ortugal, a 9nglaterra ad1uiria o vin)o e o azeite# /om isso, a
balança comercial do Brasil tornou%se deficit2ria#--
O termo regência prende-se aqui com o facto de, apesar de a sua
titularidade não estar adstrita a qualquer indivíduo de origem britânica, na
prática as guras cimeiras da governação de Portugal entre !"# e !$"
serem os militares daquela nacionalidade% &l'm disso, a in(uência inglesa
era então bem patente em vários outros domínios da vida nacional%
)epois da invasão sem oposição de *unot, general de +apoleão, a família
real portuguesa, a corte e as mais altas magistraturas e funcionários
superiores da nação abandonam o País em direção ao rasil, onde se am
ao todo mais de " """ pessoas% O País ca desprovido dos quadros do seu
aparel.o administrativo% /m !"!, dá-se o desembarque inglês na 0igueira econsequente epulsão dos franceses% 1as não ' s2 aqui que nasce a
dominação inglesa3 os navios que levaram a comitiva real para o rasil
eram ingleses%
4avia muito tempo que o País estava submetido aos interesses e imposiç5es
inglesas, particularmente visíveis nos acordos comerciais altamente
desfavoráveis para Portugal% & pr2pria mudança da corte para o rasil
obedecia a conversaç5es secretas entre Portugal e 6nglaterra, em 7ondres,
em !"#, mal se pressentia a ameaça de *unot% +a base destas
conversaç5es, mais do que garantir a integridade da família real, estava ointeresse britânico pela abertura 89s naç5es amigas8 dos portos brasileiros
ao com'rcio e navegação, quebrando-se a eclusividade nacional, o que de
facto ocorreu em $: de ;aneiro de !":% /ra, neste tempo, a 6nglaterra a
dominadora eclusiva dos mares e a nação mais 8amiga8 de Portugal% O
om'rcio, serão
assinados em !" no ?io de *aneiro% Protegia-se a família real e a >asa de
ragança, consagrava-se a reciprocidade mas tamb'm se estendiam os
privil'gios comerciais ingleses, não s2 ao rasil, mas a todas as col2nias
lusas%
+as invas5es de !": e !", os ingleses mantêm-se no nosso país,
organi=ando a defesa militar com bril.o mas cometendo ;á abusos de
autoridade e arbitrariedades inqualicáveis, de que ' eemplo o fu=ilamento
do comandante da fortale=a de &lmeida por não ter resistido mais a
1assena% & situação do País depois das invas5es francesas era deplorável,
com mis'ria, devastação, abandono dos campos, mutilados, " """ mortos,
famíllias desfeitas, o tecido produtivo destruído% @2 o vin.o do Porto,
monop2lio inglês, con.ecia progressos% &s pil.agens francesas e inglesas
tin.am sido imensas% O governo estava no rasil, aí se demorando e sem
sinais de regresso, representado na metr2pole por uma regência A;unta
governativaB impotente e fraca, dominada pelos militares ingleses%
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&t' !C, combater-se-á os franceses, perseguindo-os at' 0rança, com os
ingleses a mobili=arem ;ovens portugueses 9 força sem qualquer tipo de
opinião ou autoridade das c.eas portuguesas, completamente dominadas
pelos militares ingleses, instalados nos mais altos cargos - para al'm do
controlo econ2mico do País - desde !":, quando o comando do e'rcito
português ADnica força real do PaísB ' atribuído, com plenos poderes, aogeneral eresford Aeleito depois marec.alB, coad;uvado por compatriotas%
Eo=ava, por isso, de poderes semel.antes aos de um vice-rei, quase
soberanos e de direção absoluta% 6mpun.a medidas repressivas at', não
poupando os quadros superiores do e'rcito nacional, ao ponto de ter
ordenado a eecução, em !#, do general Eomes 0reire de &ndrade, ilustre
gura portuguesa, e de outros sob a acusação de franco-maçonaria e
tentativa de conspiração, num clima anti-liberal% O 2dio aos ingleses crescia,
aliás como a mis'ria e a sensação de abandono da população% O País
encontrava-se em estado de mobili=ação permanente, absorvendo o
e'rcito quase todas as receitas pDblicas, substituindo os 2rgãos centrais depoder ausentes% O domínio inglês era, por isso, ainda mais avassalador%
&s relaç5es entre e'rcito AinglesesB e ;unta governativa eram tensas e
difíceis, pendendo favoravelmente para o primeiro% ?egistavam-se, contudo,
crispaç5es entre ociais dos dois países% >rise militar e econ2mica, oposição
ao absolutismo, ausência de poder real, domínio pleno dos ingleses Amesmo
nas fábricas, onde os seus quadros substituem os portugueses, aumentando
o desempregoB, descontentamento generali=ado% &ssim estava o país em
!$"%
Os poderes de eresford serão ampliados nesse ano, quando visita a família
real no ?io, at' que, em $C de agosto do mesmo ano, uma sublevação
militar iniciada no Porto, apoiada pelo @in'drio e implantada no País, não
deia o regente militar inglês desembarcar em Portugal, obrigando-o a
rumar a 6nglaterra% 6nstaura-se o liberalismo em Portugal, fa=endo-se
entretanto regressar a família real% O domínio inglês do País terminou, nos
moldes em que se vin.a vericando, apesar de economicamente continuar
enrai=ado%
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& abertura dos Portos brasileiros 9s naç5es amigas Aprincipalmente 9 Erã
retan.aB foi promulgada por meio de uma >arta ?'gia, pelo príncipe
regente, )% *oão, em $! de ;aneiro de !"!% O decreto foi assinado quatro
dias ap2s a c.egada da 0amília ?eal e da >orte portuguesa ao brasil%
&ntes da abertura dos Portos, os produtos que saiam do rasil passavam,
obrigatoriamente, pela alfândega em Portugal, assim como os produtos
importados a serem enviados para a >olFnia% OPacto >olonial garantia a
Portugal o monop2lio do com'rcio eterior da >olFnia% +ada se comprava ou
vendia na >olFnia sem passar antes por Portugal%
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& decisão de )% *oão foi feste;ada pela população por anos, apesar de tal
decisão, na verdade, ter sido tomada por necessidade e conveniência% >om
a transferência da 0amília ?eal para o rasil, e com Portugal nas mãos de
+apoleão, o com'rcio com os demais países precisou ser feito sem
intermediários% 1esmo porque, a família ?eal estava falida, e sua
sobrevivência dependia da venda das rique=as etraídas e produ=idas emsolo brasileiro%
+esse mesmo ano, outra medida foi feste;ada pela população, sobretudo
pelos comerciantes locais% /m G de abril, )% *oão assinou um alvará que
revogava um antigo, de #!H, que proibia a instalação de manufaturas na
>olFnia%
Por dois anos, os /stados Inidos foram os maiores beneciados pela
abertura dos portos% +o entanto, em !", Portugal e Erã retan.a
assinaram o ooperação e &mi=ade Aocialmente Jooperation and 0riends.ipLB, que contin.a regras de aliança e ami=ade, e
de com'rcio e navegação% >om esse tratado, a Erã retan.a passou a ser o
país mais beneciado pela abertura dos portos brasileiros, inclusive no que
di= respeito 9s tarifas alfandegárias%
& abertura dos Portos no rasil, assim como o
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Para poder ter 'ua independ5ncia em relação a +rança :apole9nica, Portugal preci'ou da
e'colta 0rit4nica para fugir ao Bra'il 'o0 a condição de ue fo''em a0erto' o' porto' para
a' naç3e' amiga', pondo fim ao pacto colonial, pa''ando a 'er po''í$el o comércio direto
do' produto' 0ra'ileiro'*[;]
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Para al'm disto, a população portuguesa estava tamb'm descontente
porque3
Os portos brasileiros deiaram de ser eclusivos de Portugal e em
!"! abriram as portas ao com'rcio com outros países% /m !H, o rasil
deiou de ser uma col2nia portuguesa e foi elevado 9 categoria de ?eino,
tornando-se a cidade do ?io de *aneiro a sua verdadeira capital% A4o;e '
rasíliaB% & família real e a corte portuguesa continuavam no rasil Ao reiestava fora de Portugal e os ingleses ' que estavam a ocupar os principais
cargos na governação e no e'rcito em PortugalB%
âmbio com a 6nglaterra A!"B M concorrência
comercial estrangeira
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiro_Imp%C3%A9rio_Franc%C3%AAshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Decreto_de_Abertura_dos_Portos_%C3%A0s_Na%C3%A7%C3%B5es_Amigas#cite_note-3https://pt.wikipedia.org/wiki/Decreto_de_Abertura_dos_Portos_%C3%A0s_Na%C3%A7%C3%B5es_Amigas#cite_note-3https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiro_Imp%C3%A9rio_Franc%C3%AAshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Decreto_de_Abertura_dos_Portos_%C3%A0s_Na%C3%A7%C3%B5es_Amigas#cite_note-3