TCNICAS DE ABORDAGEMDramatizao problema soluo

Ilustrar visual/textual uma situao-problema pela o consumidor j tenha passado ou poder passar. Mostrar como o produto pode solucionar ou evitar um problema para o consumidor. Tratando de colocar o consumidor numa posio to crtica, que ele se convencer por si prprio pela compra o produto. Ex.:Uma pgina dupla de revista, totalmente negra. Com o texto escrito m uma linha apenas: "Veja como margaridas amarelas, num campo verde, contra um cu azul, aparecem para muitos americanos. Voc s tem um par de olhos. Quando foi a ltima vez que os mandou examinar? Instituto para uma Viso Melhor". Apresentadores famosos Baseia-se no grande e comprovado poder de persuaso de um dolo ou de uma celebridade. Apia a mensagem no prestgio e imagem (ateno/impacto) de um personagem conhecido. Ex.: Ana Paula Arsio (Embratel), Raul Cortez, Ana Maria Braga, Marlia Gabriela, etc. Testemunhal Testemunho de consumidores atestando o consumo e qualidade de produtos. Baseia-se na identificao pessoal de quem est dando o testemunho com o pblico-consumidor. Neste caso, certifique-se de que testemunho ser dado por um consumidor tpico, que seja carismtico, sincero e que gere identificao com o target. Ex.: Maizena: "Uma panqueca de frango abre as portas da fama para Dona Elosa de Castro Silveira" (trata-se de uma dona de casa que aceitou o convite da Maizena, mandou sua receita, que foi publicada em anncio, com sua foto ao lado). Depoimentos de autoridades no assunto Neste caso, utiliza-se profissionais gabaritados e especialistas no assunto para dar credibilidade mensagem. Ex.: Mdico dando depoimento sobre o uso e eficcia de determinado produto. Dentistas recomendando o uso de determinada escova dental etc. Nlson Piquet falando de amortecedores, o jogador de futebol Roberto Carlos falando de chuteiras, etc Humanizao (apelo emocional) Apele para o corao. Ao invs de argumentos racionais, use argumentos emocionais. Humanizar atingir mais profundamente o sentimento das pessoas, emociona-las e fazer com que elas se identifiquem ao produto, ao servio. Mas, mesmo assim temos que ter muito cudiado para no soar como algo piegas. No confundir emoo com apelao pura e simples. Ex.: Banco da Providncia: um mendigo deitado em uma calada. Vrias pessoas passam por ele como se nada estivesse acontecendo. Quando, de repente, uma das pessoas que passa na calada pra, (Lettering Podia ser seu pai) , olha para ele mas continua a caminhar. Outra pessoa que vem caminhando pra tambm, (Lettering Podia ser sua me) . Olha para a pessoa deitada na calada, e continua. Quando finalmente entra em cena uma mulher, que pra, ajuda o mendigo a levantar (Lettering Podia ser voc). Assina Banco da Providncia. Humor

Vende muito bem mas deve-se ter muito cuidado. Fazer humor lanar mo de valores pessoais e culturais. O consumidor, apesar de identificado por pesquisas no nosso conhecido. Ou seja, no temos intimidade o suficiente para invadirmos sua privacidade. O humor inteligente diferenciado. Ex.: Caixa Econmica Federal: Luiz Fernando Guimares como garoto propaganda com seu jeito bem humorado e carisma inconfundveis. Trocadilhos Jogo de palavras, rimas, versos. Funciona como um recurso de comunicao, mas cuidado para no cair na artificialidade e perda da credibilidade da mensagem. Ex.: Cica: Mostarda, mas no falha." No anncio de lanamento de sua mostarda que vinha com um novo bico que no falhava na hora de servir. Situaes irreais ou nonsense O exagero ou mesmo uma imagem irreal que d fora mensagem central, alm de causar grande impacto e ateno. uma maneira inteligente e criativa de se demonstrar um produto. Gera identificao de seu target atravs da linguagem inesperada. Ex.: Nokia: com sua nova campanha O rapaz que s andava para trs, o que achava que era invisvel e o que tinha a mo esquerda com vontade prpria. Personagem A fora de um personagem est na sua capacidade de promover sentimentos de simpatia e credibilidade, os quais sero transferidos ao produto/servio. Nessa tcnica temos que ter cuidado tambm. Pois, na maioria das vezes se confunde o personagem com a marca e os contratos tendem a ficar milionrios. Ex.: Garoto Propaganda da Bombril, Elefante do extrato Cica, Peru da Sadia, o das Casas Bahia, Zeca Pagodinho, etc. Desperte a curiosidade Muitas vezes despertar a ateno pode justificar o uso de um ttulo enigmtico ou uma introduo (mdia eletrnica) paradoxal e absurda que leve o pblico a procurar explicao na continuidade da pea. Ex.: Ttulo: " dos carecas que a Loteria Federal gosta mais". Explicao: os calouros, de cabea raspada, que passaram no vestibular. Texto: "Diminuir o nmero de excedentes nas escolas superiores do pas significa estimular o desenvolvimento. Por isso a Loteria Esportiva destina parte de sua renda lquida anual ao Fundo Anual de Desenvolvimento da Educao (FNDE)". Termos quentes A criatividade publicitria se alimenta muito mais do que o leigo pensa do chavo e do lugar-comum, e com grande sucesso. O truque est em lanar mo da expresso conhecida, o termo consagrado, porm, num contexto incomum. Isto , associa-lo, originalmente, a um produto ou uma situao no diretamente ligada a ele. Ex.: Trator Massey Ferguson: "Produto Nacional Bruto" Usque "Natu Nobilis", oferecido por rapaz moa: "Quebra-gelo" Chuveiro Fabrimar: "O mandachuva"

um recurso simples, porm de grande impacto e excelente para peas com prazo curto de execuo. Sexo Algum j disse que se no houvesse mulheres, todos os homens fumariam a mesma marca de cigarros tampouco trocariam de carro, nem de ternos e gravatas, nem necessitariam de tantos estmulos e smbolos como relgios de classe, usque, etc. Sexo, ou melhor, a sugesto sexual uma fora poderosa da propaganda na medida em que o erotismo tornou-se um dos mais atuantes valores da cultura moderna e do nosso cotidiano. E a propaganda sempre foi veculo dessa cultura. Cuidado: para um mercado conservador o apelo sexual sempre um grande risco. O potencial ertico tem de ser explorado pela propaganda com perfeito senso de medida, de adequao. Ex.: Para vender lingerie: "Esta noite seu marido vai dormir com outra mulher". Story-appeal - Estrias seqenciais de famlias e personagens As pessoas se interessam por qualquer coisa que seja interessante. Conte uma histria. A maioria das pessoas gosta de histrias. Segundo Freud, narrativas de histrias podem assegurar felicidade porque esto ligadas a experincias infantis. Ex.: O molho ingls Oxo que acompanhou um jovem casal por vinte anos. Eles constituram famlia e o molho Oxo estava presente em todas as datas: especiais ou simplesmente do cotidiano do casal. Situaes de vida - Slices of life Situaes de vida comum ou estilo de vida. Cenas do cotidiano ou cenas representativas do estilo de vida do pblico-alvo. Este approach , sem dvida, um dos mais indicados. Desde que seja uma situao que gere um bom astral ou mesmo o desejo de que a mesma fosse vivida pelos consumidores. Ex.: Comercial de Seda Shampoo, em que uma paquera no trnsito resolvida com o arremesso do celular do homem no carro da mulher. Onrico: as pessoas querem viver de outra forma situaes aspiracionais Trata-se da ambincia onrica, fantasiosa da realidade, envolvendo o produto com uma atmosfera de sonho, paradisaca, ideal. Este se confunde com a tcnica "situaes de vida", porm com uma diferena sutil, posto que o onrico aborda situaes aspiracionais do pblicoalvo. Apresenta um modelo de vida. Ex.: Lipton Ice Tea que tem uma mulher passando o aspirador de p enquanto seu marido l o jornal. Ela brinca apontando o aspirador na direo do jornal dele, que sugado, e o casal fica junto e feliz. A redeno do jovem executivo, abrindo, ao entardecer, na amurada de seu iate, a lata da cerveja certa. Mostre seu produto Pode ser uma soluo criativa (leia-se eficaz) a deciso de prioritariamente apresentar o produto claramente em primeiro plano. Para um lanamento, muitas vezes o sentido de adequao do publicitrio deve ser seriamente requisitado para decidir se o anncio dever,

por exemplo, partir para uma situao de vida ou, ao contrrio, aproveitar o espao para mostrar o produto em si mesmo, concreto, soberano. Ex.: o lanamento de um antisptico da Johnson & Johnson, um s ttulo "Novo"! O texto era o rtulo do prprio produto dominando a pgina.

Explique seu produto demonstraes didticas de desempenho do produto Muitas vezes o simples e o que parece menos criativo o mais eficaz e adequado. Pode apresentar-se sob a forma de tpicos objetivos, ligados por fios a cada detalhe do produto, ressaltando o funcionamento e vantagem de cada particularidade. Ou atravs de grficos e ilustraes didticas demonstrando o desempenho do produto. Ex.: Audi A8 Em um anncio de revista vrios splashes so colocados por cima do novo modelo. Quando eram removidos revelavam os novos itens do novo modelo da Audi. Explique seu antiproduto Trata-se de ilustrar ou dizer os problemas que podem ocorrer pelo uso de outros produtos concorrentes (sem dizer qual). Mostrar todo um o inferno de frustraes que espera o consumidor que no preferir as delcias e vantagens de seu produto. Ex.: Um lanamento de lmpadas especiais da Sylvania, com a propriedade de no atrair insetos, preferiu, inteligentemente, mostrar em tamanho grande toda a multido de mariposas, cigarras, liblulas e besouros que as outras lmpadas atraem. O Baygon da Bayer preferiu explicar ponto por ponto os detalhes de uma barata. Associaes visuais Para vender o produto, combine-o visualmente com outros elementos. Descubra relaes criativas. Ex.: a) cigarro mentolado (frescor): acrescentar no mao dois canudinhos de refresco. b) Iogurte destinado a emagrecer: envolve-los com uma cinta mtrica. c) Loo bronzeadora que promete grande economia de aplicao: amarrar nela um contagotas (Bozzano). Torne concreto o abstrato Similar tcnica anterior (associaes visuais), este recurso pretende dar uma representao visual a uma informao abstrata. Ex.: a) "Quem pequeno tem a obrigao de dar duro" de uma empresa que enfrenta concorrentes muito maiores. (representao visual: uma abelha). b) "Phazyme (digestivo) evita o aprisionamento de gases" (representao visual: um baiacu). Compare demonstraes visuais analgicas Compare na foto o seu produto com algo que possa substancialmente valoriz-lo. Ex.: a) Uma pilha enorme de livros velhos e amassados de contabilidade ao lado de um pequeno grupo de disquetes. (IBM) b) Dois objetos semelhantes: uma bale de rifle e um batom. O primeiro apresentado como "arma de defesa", por Winchester; o segundo, como "arma de conquista", por Tangee.

Desdobre o uso do produto Em algumas situaes no venda o produto nu, venda-o embalado em sugestes de uso: Ex.: no venda leo de cozinha: venda receitas dos pratos deliciosos que ele possibilita. No venda apenas usque: venda-o como presente para dar a outros. Informao Muitas vezes o poder dos fatos, da informao, to decisivo para a persuaso, to esmagador, que a notcia o anncio. Ex.: Escova de dentes TEK antigerme: "Voc sabe quantos germes se multiplicam por hora nas escovas de dentes comuns? Quase 1.000.000!" Defenda uma tese, imponha um raciocnio Uma das tcnicas mais inteligentes e sofisticadas. Voc parte de uma tese ampla, razovel para demonstrar com ela as virtudes de seu produto. A prpria "razo" indiscutvel do enunciado principal "prova", por assim dizer, a "razo" secundria do produto. A desvantagem que pela prpria generalidade em que estes anncios se apiam, qualquer concorrente poderia assina-lo. Seu poder de garantir a reteno do nome do anunciante na memria fraco. Ex.: "O telefone o meio mais rpido de fazer grandes negcios. E perder outros." (GTE Comunicaes). "O ar que voc respira no custa nada. Por isso to ruim." (GE, ar condicionado). "O destino do bom whisky ser amado num dia e esquecido no outro". (Old Eight). Particularize Parta de uma particularidade do produto para beneficia-lo como um todo. O raciocnio que se induz ao consumidor se somente 1% to maravilhoso, imagine o que no sero os 100%. Ex.: "O vo 404 da Lufthansa atrasou-se oito minutos porque 'pifou' a mquina de caf". E o fim do texto: "Agora imagine como tratamos as coisas importantes, se damos tanta importncia s coisas sem importncia". Alumnio Albra fez interessante campanha mostrando realmente onde ele est: na tampinha hermtica de alumnio da penicilina que vai curar seu filho; no trilho de cortina de sua sala de jantar; no grampo que prende o cabelo de sua mulher etc. Imagem global Mais do que um smbolo, uma marca esttica, voc pode criar para um produto todo um mundo imaginrio, pessoal, amplo e variado. Este recurso implica na criao de uma relao repetitiva, mas variada. Ex.: O mundo de Marlboro. A campanha mundial dos cigarros Marlboro, atravs de centenas de anncios diferentes, usando invariavelmente cowboys como modelos, capitalizou fortemente para si a imagem mscula desses personagens. Teste

Demonstre atravs de testes a eficcia do produto. Aqui tambm vale demonstraes dramticas. Ex.: a) Foto de um recipiente tipo pirex (Jena 2000):por cima, em montagem, a foto das neves do rtico; por baixo, em outra montagem, a foto da cratera de um vulco em erupo. Como se v, Jena 2000 resiste a todas as temperaturas. b) Relgio Bulova prova d'gua. Como provar isso vista de todos? Simples: o homem que o usa mete a mo at o pulso num aqurio. Cole uma frase no produto Considere tambm esta alternativa: diga sobre o produto uma frase, uma definio espetacular, persuasiva, um "rtulo" que far as pessoas se interessarem em compr-lo. Ex.: Um Volkswagen: "um carro que voc pode vender a um amigo, sem perder o amigo". Uma calculadora Sony de 14 dgitos: "Ela faz voc sentir-se estpido". Prestao de servio Trata-se de abrir mo da oportunidade, no anncio, de falar exclusivamente do produto, para, ao contrrio, divulgar idias amplas. Ex.: A grande campanha da Mobil; "Mobil quer voc vivo", contra as loucuras do trnsito. Coca-Cola: Se for beber e dirigir, beba Coca-Cola. Hard-sell (propaganda comparativa) Citar explicitamente o concorrente a fim de provar que seu produto, e no o dele, o melhor. A tcnica legtima do hard-sell em propaganda citar nominalmente o concorrente num contexto envolvendo fatos reais, concretos, que voc pode tranqilamente documentar, provar. Ex.: "Para cada Volkswagen vendido na Itlia, oito Fiats so vendidos na Alemanha". Musical / Jingle O formato musical basicamente para TV e rdio mostra-se excelente para promover o envolvimento emocional com o consumidor, como tambm para tornar a mensagem memorvel, em alguns casos por anos. Ex.: Rider na W-Brasil que lanou um estilo de vdeo-clips. Etc. > Invente... descubra uma nova tcnica!