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Notícias InforFisco ABRIL A JUNHO DE 2008 SUMÁRIO 1. LEGISLAÇÃO FISCAL PUBLICADA EM ABRIL, MAIO E JUNHO DE 2008...................................... 2 2. INSTRUÇÕES E DECISÕES ADMINISTRATIVAS........................................................................ 3 3. HARMONIZAÇÃO FISCAL COMUNITÁRIA................................................................................ 8 4. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ......................................................... 9 5. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO ................................................. 9 6. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO NORTE (TCAN) .......................... 18 7. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO SUL (TCAS) ............................... 23 8. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DAS COMUNIDADES EUROPEIAS ........................ 24

ABRIL A JUNHO DE 2008 - pwc.pt · de certificado de destruição ou desmantelamento qualificado. Port. n.º 362/2008, de 13.5 IRC – IRS ... Notícias InforFisco N.º 87 – Abril

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ABRIL A JUNHO DE 2008

SUMÁRIO 1. LEGISLAÇÃO FISCAL PUBLICADA EM ABRIL, MAIO E JUNHO DE 2008...................................... 2 2. INSTRUÇÕES E DECISÕES ADMINISTRATIVAS........................................................................ 3 3. HARMONIZAÇÃO FISCAL COMUNITÁRIA................................................................................ 8 4. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ......................................................... 9 5. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO ................................................. 9 6. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO NORTE (TCAN) .......................... 18 7. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO SUL (TCAS) ............................... 23 8. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DAS COMUNIDADES EUROPEIAS........................ 24

Notícias InforFisco N.º 87 – Abril a Junho de 2008

FLASH NEWS

Diplomas aprovados em Conselho de Ministros * De 15 de Maio de 2008 - Proposta de Resolução que aprova a Convenção entre a República Portuguesa e a República da África do Sul para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o

Rendimento, assinada em Lisboa, a 13 de Novembro de 2006.

1. LEGISLAÇÃO FISCAL PUBLICADA EM ABRIL, MAIO E JUNHO DE 2008

DIPLOMA ASSUNTO

Lei n.º 19/2008,

de 21.4

IRS – MANIFESTAÇÕES DE FORTUNA – No quadro de medidas de

combate à corrupção, adita um n.º 10 ao artigo 89.º-A, da Lei Geral

Tributária, relativo à avaliação indirecta da matéria colectável em face de

manifestações de fortuna, no sentido de tornar obrigatória a comunicação

ao Ministério Público e, no caso de funcionário ou titular de cargo público

à entidade da respectiva tutela, das decisões de avaliação da matéria

colectável ao abrigo da referida norma.

DL n.º 78/2008,

de 6.5.

ISV – IUC – Estabelece um regime transitório – até ao final do corrente

ano – e excepcional para o cancelamento de veículos que não disponham

de certificado de destruição ou desmantelamento qualificado.

Port. n.º 362/2008,

de 13.5

IRC – IRS – COEFICIENTE DE DESVALORIZAÇÃO DA MOEDA – Fixa

os coeficientes de correcção monetária aplicáveis à actualização do valor

de aquisição de bens e direitos alienados em 2008 para efeitos de

determinação do valor das correspondentes mais-valias.

DL n.º 102/2008,

de 20.6

IVA – Procede a revisões pontuais do Código do IVA e do RITI,

disponibilizando as respectivas versões consolidadas e actualizadas. As

alterações, para além da inserção de epígrafes nos diversos artigos e sua

renumeração, são apenas de forma.

Port. n.º 497/2008,

de 24.6

IVA – AMOSTRAS – OFERTAS – Regulamenta as condições

delimitadoras do conceito de amostras e ofertas de pequeno valor e define

os procedimentos e obrigações contabilísticas dos sujeitos passivos para

efeitos do disposto no n.º 7 do artigo 3.º do Código do IVA.

. 2 .

© PricewaterhouseCoopers, 2008

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 87 – Abril a Junho de 2008

DL n.º 108/2008,

de 26.6

EBF – Altera e republica o Estatuto dos Benefícios Fiscais em versão

consolidada. As alterações introduzidas ao texto das normas são

meramente de forma. Na versão consolidada são suprimidas normas já

anteriormente revogadas, sendo renumeradas as que se mantêm em

vigor.

Lei n.º 26-A/2008,

de 27.6

IVA – TAXA NORMAL – Reduz de 21% para 20% ( de 15% para 14% nas

Regiões Autónomas) a taxa normal do IVA, com efeitos a partir de 1 de

Julho de 2008.

2. INSTRUÇÕES E DECISÕES ADMINISTRATIVAS - CIRCULARES DA DGCI

N.º/DATA ASSUNTO

7/2008,

de 9.5.2008

IUC – CONTRA ORDENAÇÃO – COIMA – Enquadramento legal e formal

das contra-ordenações em sede de Imposto Único Automóvel,

designadamente em matéria de competência territorial, direito à redução

das coimas, pagamento do imposto e coima no acto de verificação da

infracção e apresentação de documento comprovativo do pagamento do

imposto ou de isenção.

(O texto integral desta Circular pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIUC ART20).

8/2008,

de 12.5.2008

AVALIAÇÃO – PERITO – REMUNERAÇÃO – TRANSPORTE – Divulga

o montante da remuneração e transportes a abonar, em 2008, aos

avaliadores por avaliações efectuadas a prédios urbanos.

(O texto integral desta Circular pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIMI ART68).

9/2008,

de 12.5.2008

AVALIAÇÃO – PERITO – REMUNERAÇÃO – TRANSPORTE – Divulga

o montante da remuneração e transportes a abonar, em 2008, aos

avaliadores por avaliações efectuadas a prédios urbanos.

(O texto integral desta Circular pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIMI ART68).

10/2008,

de 12.5.2008

AVALIAÇÃO – PERITO – REMUNERAÇÃO – TRANSPORTE – Divulga

o montante da remuneração e transportes a abonar, em 2008, aos

avaliadores por avaliações efectuadas nos termos do Decreto n.º 37021,

de 21.8.1948 (Inquilinato).

. 3 .

© PricewaterhouseCoopers, 2008

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 87 – Abril a Junho de 2008

11/2008,

de 12.5.2008

AVALIAÇÃO – PERITO – REMUNERAÇÃO – TRANSPORTE – Divulga

o montante da remuneração e transportes a abonar, em 2008, aos

avaliadores por avaliações efectuadas a prédios urbanos.

(O texto integral desta Circular pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIMI ART68).

12/2008,

de 12.5.2008

AVALIAÇÃO – PERITO – REMUNERAÇÃO – TRANSPORTE – Divulga

o montante da remuneração e transportes a abonar, em 2008, aos

avaliadores por avaliações efectuadas a prédios urbanos penhorados.

(O texto integral desta Circular pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIMI ART63).

13/2008,

de 26.5.2008

IRS – INCIDÊNCIA – EXCLUSÃO – INDEMNIZAÇÃO – ABONO SUPLEMENTAR DE INVALIDEZ – PRESTAÇÃO SUPLEMENTAR DE INVALIDEZ – As prestações devidas em consequência de lesão corporal,

doença ou morte, como é o caso dos abonos suplementares de invalidez

e das prestações suplementares de invalidez, não estão sujeitas a IRS.

(O texto integral desta Circular pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRS ART12 N1).

- OFÍCIOS-CIRCULADOS

N.º/DATA ASSUNTO

20131, da DSRI,

de 7.4.2008

IRC – RETENÇÃO NA FONTE – DUPLA TRIBUTAÇÃO INTERNACIONAL – Instruções relativas à aplicação da retroactividade

prevista nos artigos 46.º, n.º 2 e 48.º, n.º 4 da Lei n.º 67-A/2007, de 31 de

Dezembro. Estes preceitos referem-se à responsabilidade do substituto

tributário nas situações em que este não tem em seu poder, no prazo

legal, a prova da verificação dos pressupostos que legitimam a limitação,

total ou parcial, da retenção na fonte ao abrigo, designadamente, das

Convenções Para Evitar a Dupla Tributação do Rendimento.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART90-A).

60058, da DSJT,

de 17.4.2008

PT – RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA – GERENTE – ADMINISTRADOR – Instruções relativas ao procedimento de reversão de

execução fiscal no regime de responsabilidade subsidiária de

administradores, directores e outras pessoas que exerçam, ainda que

somente de facto, funções de administração ou gestão em pessoas

. 4 .

© PricewaterhouseCoopers, 2008

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 87 – Abril a Junho de 2008

colectivas e entes fiscalmente equiparados.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART24 N1).

20132, da DSIRC,

de 14.4.2008

IRC - DERRAMA – REGIMES ESPECIAIS DE TRIBUTAÇÃO – Divulga o

entendimento da Administração Tributária sobre a incidência de derrama

no caso de entidades sujeitas a regime especiais de tributação

(transparência fiscal e regime especial de tributação de grupos de

sociedades).

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou L 2/2007 ART14).

30103, do Gab. do SDG

IVA,

de 23.4.2008

IVA – DEDUÇÃO – PRÓ RATA – AFECTAÇÃO REAL – Divulga o

entendimento da Administração Tributária relativo ao âmbito e modo de

aplicação das novas regras de exercício do direito à dedução pelos

sujeitos passivos mistos introduzidas pela Lei n.º 67-A/2007, de 31 de

Dezembro.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART23 N1).

60059, da DSJT,

de 30.4.2008

PT – RGIT – CONTRA ORDENAÇÃO – CONCURSO DE INFRACÇÕES - No caso de concurso de infracções, ao arguido, não deve ser aplicada

uma sanção unitária, apurada de acordo com as regras do cúmulo

jurídico, tal como se prevê no artigo 19º do D.L. nº 433/82, de 27/10, dado

que o artigo 25º do RGIT prevê para estas situações, a regra do cúmulo

material. Nestes termos, no concurso de infracções a sanção aplicada aos

arguidos resulta da soma das coimas aplicadas a cada uma das

infracções. Esta orientação, que acompanha a mais recente

jurisprudência dos Tribunais Centrais Administrativos revoga a anterior,

divulgada pelo Ofício-Circulado nº 60028/2003, de 12 de Maio.

(O texto integral deste Ofício-Circulado, bem como a referida

jurisprudência dos TCA, pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou RGIT ART25).

20133, da DSIRC,

de 19.5.2008

DERRAMA – Em aditamento ao ofício circulado n.º 20130 de 27.3.2008,

divulga as taxas de derrama, para cobrança em 2008, lançada pelos

municípios de Mora, Alpiarça e Torres Novas. Divulga, ainda, que os

municípios da Covilhã, Pombal e Torres Novas, deliberaram a isenção de

derrama para entidades com um volume de negócios menor ou igual a

. 5 .

© PricewaterhouseCoopers, 2008

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

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€150.000 no exercício de 2006.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na Base

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou L 2/2007 ART14).

- CIRCULARES DA DGAIEC

N.º/DATA ASSUNTO

37/2008- Série II,

de 21.4.2008

IVA – ISENÇÃO – IMPORTAÇÃO – Modifica o texto da Circular n.º

99/2007, que contempla instruções relativas às isenções nas importações

de bens, no sentido de não serem por elas abrangidas a importação de

bens destinados à construção de embarcações afectas à navegação

marítima em alto mar, embarcações de salvamento, assistência marítima

e pesca costeira.

(O texto integral desta Circular pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART13 N1 A.).

- OUTRAS COMUNICAÇÕES E DECISÕES - MINISTRO DAS FINANÇAS

N.º/DATA ASSUNTO

Port. 364-A/2008,

de 30.4.2008

PLANEAMENTO FISCAL ABUSIVO – DECLARAÇÃO – Aprova o

modelo de declaração para comunicação dos esquemas ou actuações de

planeamento fiscal e respectivas instruções de preenchimento.

Publicação: DR I N93, de 14.5.2008

Desp. Normativo

n.º 31-A/2008,

de 2.6.2008

IVA – REEMBOLSO – Introduz alterações ao Despacho Normativo n.º

53/2005, de 15 de Dezembro, no sentido de passarem a ficar abrangidos

pelo prazo de reembolso de 30 dias os sujeitos passivos cujas operações

estejam em mais de 75% abrangidas pela regra da inversão prevista,

designadamente, nas alíneas i) e j) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do

IVA.

Publicação: DR II N112, de 12.6.2008.

. 6 .

© PricewaterhouseCoopers, 2008

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- SECRETÁRIO DE ESTADO DOS ASSUNTOS FISCAIS

N.º/DATA ASSUNTO

Desp. n.º 10069,

de 24.3.2008

SEAF – DGCI - COMPETÊNCIA – DELEGAÇÃO DE PODERES – Subdelega competências no Director-Geral dos Impostos, Professor

Doutor José António de Azevedo Pereira.

Publicação: DR II N68, de 7.4.2008.

Desp. n.º 14592,

de 15.5.2008

PLANEAMENTO FISCAL ABUSIVO – ÂMBITO DE APLICAÇÃO – Orientações interpretativas em matéria de revelação de esquemas de

planeamento fiscal para prevenção e combate a actuações abusivas e

evasivas – Dec.Lei n.º 29/2008, de 25 de Fevereiro e Portaria n.º 364-

A/2008, de 14 de Maio.

Publicação: DR II N101, de 27.5.2008

- DIRECTOR-GERAL DOS IMPOSTOS

N.º/DATA ASSUNTO

Desp. n.º 13537,

de 14.4

PT – PA – DGCI – SDG – COMPETENCIA – DELEGAÇÃO DE PODERES – Delega e subdelega competências nos subdirectores-gerais

dos Impostos.

Publicação: DR II N94 de 15.5.2008.

Obs. As competências delegadas e subdelegadas nos subdirectores-

gerais dos impostos foram, com limitações, subdelegadas nos directores

de serviços, conforme despachos n.ºs 16216, 16217 e 16218, publicados

no DR II N113, de 13.6.2008).

- DIRECÇÃO-GERAL DE POLÍTICA EXTERNA DO MNE

N.º/DATA ASSUNTO

Aviso n.º 42/2008,

de 28.3.2008

CONVENÇÃO INDONÉSIA – ENTRADA EM VIGOR – Torna público que

a Convenção Entre a República da Indonésia e a República Portuguesa

para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de

Impostos sobre o Rendimento, aprovada para ratificação pela Resolução

da Assembleia da República n.º 64/2006 e ratificada pelo Decreto do

. 7 .

© PricewaterhouseCoopers, 2008

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 87 – Abril a Junho de 2008

Presidente da República n.º 118/2006, de 6 de Dezembro de 2006, entrou

em vigor em 11 de Maio de 2007.

Publicação: DR I, N.º 67, de 4.4.2008).

- DIRECÇÃO-GERAL DOS ASSUNTOS TÉCNICOS E ECONÓMICOS DO MNE

N.º/DATA ASSUNTO

Aviso n.º 45/2008,

de 8.4.2008

CONVENÇÃO IRLANDA – PROTOCOLO - ENTRADA EM VIGOR –

Torna público que o Protocolo entre a República Portuguesa e a

República da Irlanda que revê a Convenção para Evitar a Dupla

Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o

Rendimento, aprovado para ratificação pela Resolução da Assembleia da

República n.º 62/2006 e ratificado pelo Decreto do Presidente da

República n.º 121/2006, entrou em vigor em 18 de Dezembro de 2006.

Publicação: DR I, N.º 76, de 17.4.2008).

Aviso n.º 94/2008,

de 12.5.2008

CONVENÇÃO ISRAEL – ENTRADA EM VIGOR – Torna público que a

Convenção entre a República Portuguesa e o Governo do Estado de

Israel para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em

Matéria de Impostos sobre o Rendimento, aprovado para ratificação pela

Resolução da Assembleia da República n.º 2/2008 e ratificada pelo

Decreto do Presidente da República n.º 12/2008, de 10.1.2008, entrou em

vigor em 18 de Fevereiro de 2008.

Publicação: DR, 1.ª, n.º 113, de 13.6.2008).

3. HARMONIZAÇÃO FISCAL COMUNITÁRIA

DOCUMENTO ASSUNTO

Directiva n.º 2008/55/CE, do

Conselho, de 26.5.2008

ASSISTÊNCIA MÚTUA – COBRANÇA DE CRÉDITOS – Codifica a

Directiva 76/308/CEE, do Conselho, de 15 de Março de 1976, relativa à

assistência mútua em matéria de cobrança de créditos respeitantes a

certas quotizações, direitos, impostos e outras medidas.

Publicação: JOCE L150, de 106.2008.

. 8 .

© PricewaterhouseCoopers, 2008

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

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4. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

TIPO SUMÁRIO

Acórdão n.º 6/2008,

Proc. n.º 4080/07,

de 9.4.2008

PT – RGIT – CRIME FISCAL – ABUSO DE CONFIANÇA FISCAL - A

exigência prevista na alínea b) do n.º 4 do artigo 105.º do RGIT, na

redacção introduzida pela Lei 53-A/2006, configura uma nova condição

objectiva de punibilidade que, nos termos do artigo 2.º, n.º 4, do Código

Penal, é aplicável aos factos ocorridos antes da sua entrada em vigor. Em

consequência, e tendo sido cumprida a obrigação de declaração, deve o

agente ser notificado nos termos e para os efeitos do referido normativo

(alínea b) do n.º 4 do art. 105.º do RGIT).

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou RGIT ART105).

5. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

TIPO SUMÁRIO

Acórdão, de 16.4.2008,

Proc. 4/08

IMPUGNAÇÃO JUDICIAL – VALOR PATRIMONIAL – AVALIAÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO – 1. A exigência de esgotamento dos meios

administrativos de revisão dos actos de fixação de valores patrimoniais

através de avaliação directa, que se estabelece nos arts. 86.º, n.º 2, da

LGT e 134.º, n.º 7, do CPPT, apenas é de fazer quando o interessado

discordar do resultado da avaliação, como, aliás, decorre dos próprios

termos do art. 76.º, n.º 1, do CIMI, ao dizer que «quando o sujeito passivo

ou o chefe de finanças não concordarem com o resultado da avaliação

directa de prédios urbanos, podem, respectivamente, requerer ou

promover uma segunda avaliação». 2. Se o contribuinte entende que a

primeira avaliação não está suficientemente fundamentada e pretende

impugná-la, invocando respectivo vício de falta de fundamentação, não é

necessário requerer a segunda avaliação, para deduzir impugnação

judicial com esse fundamento.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART134).

. 9 .

© PricewaterhouseCoopers, 2008

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 87 – Abril a Junho de 2008

Acórdão, de 16.4.2008,

Proc. n.º 44/08

IVA – CONTRA ORDENAÇÃO – COIMA – DISPENSA – 1. A exigência

cumulativa feita na alínea a), n.º 1 do artigo 32.º do RGIT de que a prática

da contra-ordenação fiscal não ocasione prejuízo efectivo à receita

tributária reporta-se a situações em que não chegou a produzir-se

prejuízo antes de ocorrer a regularização da falta. 2. Tal não será o caso

da declaração periódica do IVA ser entregue sem que seja acompanhada

do respectivo meio de pagamento.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou RGIT ART32).

Acórdão, de 16.4.2008,

Proc. n.º 77/08

IMPUGNAÇÃO JUDICIAL – PRAZO – NATUREZA - Ao prazo de

natureza substantiva estabelecido no artigo 102.º do Código de

Procedimento e de Processo Tributário para a apresentação da

impugnação judicial não se aplicam as disposições previstas no artigo

145.º do Código de Processo Civil para o prazo processual ou judicial.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART102 N1).

Acórdão, de 16.4.2008,

Proc. n.º 234/08

PT – LGT – MÉTODOS INDIRECTOS – MANIFESTAÇÕES DE FORTUNA - I - Há lugar, nos termos do n.º 1 do artigo 89.º-A da LGT, a

avaliação indirecta da matéria colectável quando falte a declaração de

rendimentos e o contribuinte evidencie as manifestações de fortuna

constantes da tabela prevista no n.º 4 do mesmo preceito ou quando

declare rendimentos que mostrem uma desproporção superior a 50%,

para menos, em relação ao rendimento padrão resultante da referida

tabela. II - Verificadas tais situações cabe ao sujeito passivo a prova de

que correspondem à realidade os rendimentos declarados e de que é

outra a fonte das manifestações de fortuna evidenciadas, nomeadamente

herança ou doação, rendimentos que não esteja obrigado a declarar,

utilização do seu capital ou recurso ao crédito (n.º 3 do artigo 89.º-A da

LGT). III - Quando o sujeito passivo não faça essa prova, e não existam

indícios fundados que permitam à AF fixar rendimento superior,

considera-se como rendimento tributável em sede de IRS, a enquadrar na

categoria G, o rendimento padrão apurado nos termos da tabela

constante do n.º 4 do citado artigo 89.º-A da LGT, que, no caso em

apreço, tratando-se de imóveis, é de 20% do valor de aquisição. IV - O

valor justificado por outras fontes de rendimento ou património releva

apenas para a tentativa de demonstração de que, apesar da verificação

. 10 .

© PricewaterhouseCoopers, 2008

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 87 – Abril a Junho de 2008

em abstracto dos pressupostos legais da avaliação indirecta, esta não

deve ocorrer porque as manifestações de fortuna evidenciadas, no caso

concreto, foram adquiridas com aquele valor (eventualmente com o

rendimento declarado). V - Ao considerar que, no caso em apreço, por

via da justificação parcial efectuada pela recorrente no âmbito do presente

recurso, já não existiria desproporção entre os rendimentos declarados e

o rendimento padrão – 20% do valor de aquisição, subtraído do valor

justificado – de modo a legitimar a aplicação do método indirecto de

avaliação da matéria colectável, fez o Mmo. Juiz “a quo” errada

interpretação e aplicação do artigo 89.º-A da LGT.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART89-A).

Acórdão, de 16.4.2008,

Proc. n.º 1085/07

PT – CPPT – ACTO INTERLOCUTÓRIO – IMPUGNAÇÃO UNITÁRIA - I - Em face da consagração do princípio da impugnação unitária (artigo 54.º

do CPPT) e do carácter meramente preparatório do procedimento de

inspecção tributária (artigo 11.º do RCPIT), no contencioso tributário só há

impugnação contenciosa do acto final do procedimento, o qual afecta

imediatamente a esfera patrimonial do contribuinte. II - Tendo a

recorrente alegado factos que colocavam em causa a legalidade concreta

da dívida exequenda, por aí se repercutirem as irregularidades ocorridas

na acção inspectiva, tendo sido notificada das liquidações adicionais foi-

lhe assegurado um meio de impugnação judicial adequado à defesa dos

seus direitos e daí que a pretensão formulada não tenha enquadramento

no fundamento de oposição à execução previsto na alínea h) do artigo

204.º do CPPT. III - A duplicação de colecta ocorre quando da aplicação

do mesmo preceito legal por mais de uma vez ao mesmo facto tributário

ou situação tributária em concreto. IV - Tal não acontece nas situações

de liquidação adicional, em que a segunda liquidação não incide sobre o

mesmo facto tributário (a mesma parcela de rendimento ou de valor

patrimonial ou de despesa) sobre o qual incidiu a primeira.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART54).

Acórdão, de 23.4.2008,

Proc. n.º 133/08

PT – CPPT – PAGAMENTO – COMPENSAÇÃO OFICIOSA – O artigo

89.º do CPPT deve ser interpretado de forma a não se admitir a

declaração de compensação de dívida de tributos por iniciativa da

administração tributária enquanto não decorrerem os prazos legais de

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© PricewaterhouseCoopers, 2008

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impugnação contenciosa ou administrativa do acto de liquidação da dívida

em causa, sob pena de violação dos princípios da igualdade e do direito a

uma tutela jurisdicional efectiva (artigos 13.º, 20.º e 268.º, n.º 4 da CRP).

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART89).

Acórdão, de 7.5.2008

Proc. n.º 200/08

PT – PERSONALIDADE TRIBUTÁRIA – ESTABELECIMENTO ESTÁVEL - I - As sucursais de sociedade comercial estrangeira que

disponham de uma instalação fixa em Portugal através da qual é exercida

uma actividade comercial, industrial ou agrícola integram-se no conceito

de «estabelecimento estável», referido no art.º 5.º do CIRC,

analogicamente aplicável no âmbito do IVA. II - A «personalidade

tributária» ou «personalidade jurídica tributária» é reconhecida a todas as

entidades que têm personalidade jurídica, não sendo necessário

preencher quaisquer outros requisitos ou pressupostos, mas é

reconhecida também a entidades desprovidas de personalidade jurídica.

III - A atribuição de personalidade tributária a entidades sem

personalidade jurídica, designadamente a estabelecimentos estáveis de

não residentes em território português, constitui uma ficção, válida apenas

para determinar a medida da tributação. IV - A atribuição de

personalidade tributária a entidades sem personalidade jurídica que não

tenham sede ou direcção efectiva em território português tem em vista

apenas determinar a «extensão da obrigação de imposto», na

terminologia do art.º 4.º, do CIRC, sujeitando as sociedades estrangeiras

a tributação nacional apenas quanto aos rendimentos obtidos em território

nacional. V - Mas, a atribuição de personalidade tributária a um

«estabelecimento estável» sem personalidade jurídica não tem quaisquer

consequências a nível do património da sociedade-mãe, pois todos os

bens que forem afectados à actividade desse estabelecimento estável,

continuam a pertencer à sociedade que o criou. VI - Assim, nas relações

com terceiros, não há qualquer efeito patrimonial derivado da criação de

um estabelecimento estável sem personalidade jurídica, podendo, por

isso, quaisquer credores que se relacionaram directamente com a

sociedade-mãe satisfazer os seus créditos coercivamente sobre bens que

estejam afectos ao estabelecimento estável, bem como os que se

relacionaram directamente com este cobrar coercivamente os seus

créditos sobre bens que estejam afectos à actividade da sociedade-mãe

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ou a outros estabelecimentos estáveis sem personalidade jurídica que

aquela tenha criado. VII - O conceito de património autónomo no âmbito

do direito tributário, não se reporta, como no direito civil, a um regime

especial de afectação de determinados bens ao pagamento de

determinadas dívidas, mas sim e apenas a um regime especial de

tributação que se reconduz a que uma determinada massa de bens e

direitos seja submetida a um regime unitário e autónomo para efeitos de

determinação da extensão da tributação. VIII - Assim, a sociedade-mãe

de sucursal contra quem foi inicialmente dirigida a execução é

responsável pelo pagamento das dívidas fiscais derivadas da actividade

desta. IX - Consequentemente, improcede a oposição a execução fiscal

deduzida pela sociedade-mãe, com fundamento enquadrável na alínea b)

do n.º 1 do art.º 204.º do CPPT, pois aquela, apesar de não figurar nos

títulos executivos, é responsável pelo pagamento da dívida (No mesmo

sentido: STA, Ac. de 21.5.2008, Proc. 191/08) .

(O texto integral destes Acórdãos pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART15).

Acórdão, de 7.5.2008,

Proc. n.º 102/08

PT – RCPIT - INSPECÇÃO TRIBUTÁRIA – PRAZO – I - O procedimento

de inspecção parcial ou univalente não pode ser prorrogado – artigos 14.º,

n.º 1 e 36.º do RCPIT. II. Tal prorrogação determina a caducidade da

inspecção. III. Esta não sequencia necessariamente, a se, a ilegalidade

da liquidação mas apenas a cessação do efeito suspensivo da própria

inspecção, pelo que corre, então, desde o início, o prazo de caducidade

da liquidação – artigo 46.º, n.º 1, da LGT. IV. Tal interpretação, nos termos

da qual e em síntese, a inobservância dos prazos legalmente definidos

para a inspecção apenas relevam directamente em sede de caducidade

da liquidação, não ofende os princípios constitucionais da legalidade,

proporcionalidade e imparcialidade.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou RCPIT ART36).

Acórdão, de 21.5.2008,

Proc. 868/07

PT – IRC – AUTOLIQUIDAÇÃO – RECLAMAÇÃO PRÉVIA - I - Em caso

de autoliquidação, a via contenciosa abre-se apenas depois da

reclamação necessária apresentada pelo contribuinte (artigo 131.º CPPT).

II - Estamos perante uma autoliquidação ainda que o contribuinte

apresente a respectiva declaração fiscal referente a IRC para evitar um

processo de natureza criminal e na sequência de inspecção

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desencadeada pela AF. III - O artigo 131.º CPPT não viola os princípios

constitucionais da tutela efectiva e da impugnabilidade contenciosa de

actos administrativos nem os artigos 9.º, n.ºs 1 e 2, e 95.º, n.º 1 da LGT.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART131).

Acórdão, de 21.5.2008,

Proc. 1031/07

PT – NOTIFICAÇÃO – CARTA REGISTADA – AVISO DE RECEPÇÃO - I- A presunção de notificação prevista nos n.ºs 5 e 6 do artigo 39.º do

CPPT funciona em duas situações, a saber:

-recusa do destinatário a receber a notificação;

-não levantamento da carta no prazo previsto no regulamento dos

serviços postais e não se comprovar que entretanto o contribuinte

comunicou alteração do seu domicílio fiscal.

II - Essa presunção não funciona no caso das cartas terem sido

devolvidas pelos CTT à Administração Tributária sem a assinatura dos

correspondentes avisos de recepção, nada se adiantando a respeito de

não terem sido reclamados ou levantados, o mesmo sucedendo quanto

ao conhecimento que o destinatário possa ter tido da existência da cartas

nos serviços dos CTT a fim de serem levantados.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART39).

Acórdão, de 21.5.2008,

Proc. N.º 10/08

IRC – REGIME SIMPLIFICADO – PRESSUPOSTOS – OPÇÃO - I- A

tributação segundo o regime simplificado é facultativa, sendo colocada na

disponibilidade do sujeito passivo a opção pelo regime geral de

determinação do lucro tributável, de harmonia com o disposto no n.º 1 do

artigo 53.º do CIRC. II- A opção feita na declaração de início de actividade

pela aplicação do regime geral releva para os três exercícios seguintes

(n.º 7 do referido art. 53.º), ainda que esse regime já resultasse obrigatório

em face do volume total anual de proveitos estimado na declaração inicial.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART53).

Acórdão, de 28.5.2008,

Proc. n.º 31/08

PT – RGIT – RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA – COIMA – MULTA - É materialmente inconstitucional, por violação dos princípios da

intransmissibilidade das penas e da presunção de inocência, consagrados

nos artºs 30º, nº 3 e 32º, nº 2 da CRP, o disposto no artº 8º do Regime

Geral das Infracções Tributárias relativo à responsabilidade subsidiária

dos administradores, gerentes e outras pessoas, em relação ao

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pagamento de coimas aplicadas à sociedade.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou RGIT ART8).

Acórdão, de 28.5.2008,

Proc. n.º 114/08

IRC – INSTITUIÇÃO DE CRÉDITO – PROVISÕES - A provisão de

instituição bancária, «para riscos de flutuações cambiais efectuada no

exercício para fazer face à desvalorização do capital afecto à sucursal»,

integra "provisão para depreciação de imobilizações financeiras" e

constitui custo fiscal do respectivo exercício - mercê do artigo 33.º, n.º 1,

alínea d), do Código do IRC, vigente ao ano de 1997; e da alínea d) do n.º

1.º do Aviso n.º 3/95 do Banco de Portugal, publicado no Diário da

República, II série, de 30 de Junho de 1995.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART34 N1 D).

Acórdão, de 28.5.2008,

Proc. n.º 78/08

PT – RGIT – CONTRA ORDENAÇÃO – CONCURSO DE INFRACÇÕES – COIMA – CÚMULO MATERIAL - I - Em concurso de contra-ordenações

tributárias, estando a regra do cúmulo material expressamente

estabelecida no artigo 25.º do RGIT, não há uma lacuna de

regulamentação sobre a forma de efectuar o cúmulo das coimas, pelo que

não há suporte para fazer apelo ao RGCO, pois este diploma, como

legislação subsidiária que é [art.º 3.º, alínea b), do DGIT], apenas é de

aplicação em matérias em que o RGIT não contenha normas próprias. II -

No regime de recursos previsto no RGIT vigora o princípio da proibição da

reformatio in pejus (artigo 79.º, n.º 1, alínea d) do RGIT), o qual se

consubstancia em não poder ser modificada a sanção aplicada em

prejuízo de qualquer arguido, seja ou não o recorrente (artigo 72.º-A, n.º 1

do RGCO).

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou RGIT ART25).

Acórdão, de 28.5.2008,

Proc. n.º 279/08

PT – RGIT – IVA – CONTRA ORDENAÇÃO – FALTA DE PAGAMENTO - O art. 114.º, n.º 1, do RGIT, que pune como contra-ordenação fiscal a

«falta de entrega da prestação tributária», não abrange na sua previsão

situações em que o imposto que deve ser entregue não está em poder do

sujeito passivo, por não ter sido recebido ou retido.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou RGIT ART114).

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Acórdão, de 18.6.2008

Proc. n.º 1144/06

IVA- INCIDÊNCIA – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS – INDEMNIZAÇÃO - I - A indemnização recebida pela extinção da concessão de uso privativo

de parcela de terreno dominial que a recorrida tinha contratualizado com a

AGPL por força do n.º 1 do artigo 1.º do DL 207/93, de 14/6, por respeitar

a imóvel localizado na zona reservada à instalação das infra-estruturas e

equipamentos necessários à realização da Expo 98 e à futura

reconversão urbana das áreas correspondentes, não resultou de qualquer

incumprimento por parte da AGPL com quem aquela tinha contratualizado

a referida concessão, mas apenas da extinção decretada pelo DL 207/93,

isto é, de acto do Governo, tendo como único fundamento a prática por

parte do Estado de actos lícitos causadores de danos decorrentes da

responsabilidade extra-contratual e destinada a reparar estes. II - Tal

indemnização não assume, assim, uma natureza de contraprestação pela

entrega de um bem ou prestação de serviço nem visa suportar os lucros

cessantes da recorrida, tratando-se, antes, de uma compensação aos

particulares lesados pelos prejuízos resultantes do interesse público. III -

E, assim sendo, se a indemnização sanciona a lesão de qualquer

interesse, sem carácter remuneratório, não pode ser tributada em IVA, na

medida em que não tem subjacente uma transmissão de bens ou

prestação de serviços.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART4 N1).

Acórdão, de 18.6.2008,

Proc. n.º 213/08

IRS – RETENÇÃO NA FONTE – RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA - I - Sujeito passivo de um imposto é aquele que a lei indica e em relação ao

qual se verificou o facto tributário e não aquele que consta de qualquer

acordo ou pacto privado, pois este esgota a sua eficácia nas relações

jurídicas estabelecidas entre os contratantes, não alterando o regime

jurídico da obrigação tributária previsto na lei. II - As entidades devedoras

dos rendimentos de trabalho dependente são obrigadas, no acto do

pagamento do vencimento, ainda que presumido, da sua colocação à

disposição, da sua liquidação ou do apuramento do respectivo

quantitativo, consoante os casos, a deduzir-lhes as importâncias

correspondentes à aplicação das taxas previstas na lei por conta do

imposto respeitante ao ano em que esses actos ocorrem (n.º 1 do artigo

98.º do CIRS) e a reter o imposto no momento do seu pagamento ou

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colocação à sua disposição dos respectivos titulares (n.º 1 do artigo 99.º

do CIRS). III - As quantias, assim retidas, devem posteriormente ser

entregues nos prazos indicados e nos locais a que se refere o artigo 105.º

do CIRS (n.º 2 do artigo 98.º do CIRS). IV - Por sua vez, o artigo 103.º do

CIRS estabelece que, em caso de substituição tributária, a entidade

obrigada à retenção é responsável pelas importâncias retidas e não

entregues nos cofres do Estado, ficando o substituto desobrigado de

qualquer responsabilidade no seu pagamento. V - Sendo com a

recorrente que os titulares dos rendimentos processados tinham uma

relação laboral, e sendo, portanto, ela a responsável pelo pagamento das

suas remunerações, era, pois, ela que, no acto do seu processamento,

estava obrigada a deduzir-lhes o imposto devido, como, de resto, assim

fez, e a retê-lo para posterior entrega nos cofres do Estado.

E, como entidade obrigada a essa retenção é ela também,

consequentemente, a responsável pelas importâncias retidas e não

entregues, ainda que o pagamento dos vencimentos dos seus

trabalhadores tenha sido efectuado por outras empresas que não a

recorrente, em virtude das dificuldades financeiras que esta atravessava.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRS ART103).

Acórdão, de 25.6.2008,

Proc. n.º 221/08

PT – IMPUGNAÇAO JUDICIAL – VALOR PATRIMONIAL – AVALIAÇÃO – COMPROPRIEDADE – I - A falta de notificação ao comproprietário do

acto de avaliação patrimonial do prédio constitui preterição de

formalidade, de que deriva a ilegalidade do respectivo acto de liquidação

de imposto municipal sobre imóveis (IMI). II - Não se verifica a preterição

de tal formalidade se a falta de notificação decorre do desconhecimento

do comproprietário pela Administração Fiscal, por causa dele não ter

procedido à actualização da matriz predial pertinente.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART134).

Acórdão, de 25.6.2008,

Proc. n.º 291/08

IRC – PRINCÍPIO DA ESPECIALIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS – CUSTOS – CUSTO DE EXERCÍCIO ANTERIOR - I - Em matéria de custos, o

princípio da especialização dos exercícios – artigo 18.º do CIRC – traduz-

se na consideração, como custo de determinado exercício, dos encargos

que economicamente lhe sejam imputáveis. II - Não põe em causa tal

princípio a imputação, a um exercício, de custos referentes a exercícios

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anteriores, desde que não resulte de omissões voluntárias e intencionais,

com vista a operar transferência de resultados entre exercícios. III - Tal

postulado é exigido pelo princípio da justiça, consagrado nos artigos

266.º, n.º 2, da CRP, e 50.º da LGT. IV - Para efeitos do n.º 2 do mesmo

dispositivo legal, “as componentes positivas ou negativas” não são

“imprevisíveis ou manifestamente desconhecidas” quando a sua não

consideração, no exercício a que respeitam, se deve a erro contabilístico

ou outro, do próprio contribuinte, já que tal norma há-de interpretar-se no

sentido de que tais pressupostos, para serem relevantes, hão-de decorrer

de situações externas que aquele não pode controlar.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART18 N1).

Acórdão, de 25.6.2008,

Proc. n.º 464/08

PT – CPPT – PAGAMENTO – COBRANÇA – COMPENSAÇÃO OFICIOSA - Numa interpretação conforme à Constituição, o artigo 89º do

Código de Procedimento e de Processo Tributário não apoia a

Administração na declaração de compensação de dívida tributária sem

que sobre o acto de liquidação da mesma tenha decorrido o prazo de

impugnação administrativa e contenciosa.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART89).

6. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO NORTE (TCAN)

TIPO SUMÁRIO

Acórdão, de 3.4.2008,

Proc. n.º 790/04

IVA – DEDUÇÃO – OPERAÇÃO SIMULADA – FACTURA FALSA – I.

Para poder exercer o seu poder de correcção de dedução indevida do IVA

é necessário primeiro que a Administração Tributária prove os

pressupostos que legitimam o exercício de tal poder, ou seja demonstrar

que as facturas que titulam as operações onde foi liquidado o IVA não

correspondem a reais transacções devendo por isso ser havidas como

operações simuladas – artigo 19º/3 do CIVA. II. Não tendo a

Administração Tributária durante a inspecção constatado factos

ponderosos e objectivos fortemente indiciadores de que as facturas que

titulam diversas transacções comerciais são falsas, isto é, apenas servem

de instrumento formal para com elas se poder deduzir o IVA nelas

liquidado e assentando a correcção na mera convicção de que as facturas

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Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

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são falsas pelo facto do emitente delas em situações anteriores se ter

limitado “a vender papel” não cumpriu com o ónus da prova dos

pressupostos, que lhe é exigida e por tal razão não abala a presunção de

verdade de que goza a escrita formalmente organizada da impugnante

nem determina a inversão do ónus da prova nos termos do artigo 74º da

LGT. III. A actuação correctiva da Administração nas circunstâncias

referidas em II deve ter-se por ilegal e por ilegal também o acto

administrativo da liquidação decorrente de tal procedimento.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART19 N3).

Acórdão, de 27.3.2008,

Proc. n.º 67/03

PT – LGT – RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA – GERÊNCIA EFECTIVA - 1. Dizendo a dívida exequenda respeito a IVA (e

correspondentes juros compensatórios) do ano de 1999, sendo

indiscutível que o regime de responsabilidade subsidiária dos gerentes

das sociedades de responsabilidade limitada, em função do seu carácter

substantivo, se tem de determinar em conformidade com os ditames da lei

vigente ao tempo da ocorrência dos factos de que brotam as dívidas

exequendas, tal como se actuou na decisão recorrida, in casu, releva a

previsão do art. 24.º LGT. 2. No âmbito deste regime legal, a

responsabilidade subsidiária, em relação às sociedades, dos gerentes,

por dívidas tributárias, pressupõe e exige o exercício efectivo, de facto, da

gerência. 3. A partir do Ac. STA (Pleno) de 28.2.2007, rec. 1132/06,

podemos colher, sinteticamente, o entendimento de que, em primeiro

lugar, “não existe qualquer presunção legal que faça decorrer da

qualidade de gerente de direito o efectivo exercício da função”. Outrossim,

não é possível afirmar e sustentar “que a Fazenda Pública beneficia da

presunção judicial de gerência de facto e não tem que fazer prova desta

para poder reverter a execução fiscal contra o gerente de direito”.

Efectivamente, nos casos em que esta pretenda activar a

responsabilidade subsidiária de um gerente “deve, de acordo com as

regras de repartição do ónus da prova, provar os factos que legitimam tal

exigência”, isto é, comprovada que seja a gerência de direito, “continua a

caber-lhe provar que à designação correspondeu o efectivo exercício da

função”. Não obstante, “este efectivo exercício pode o juiz inferi-lo do

conjunto da prova, usando as regras da experiência, fazendo juízos de

probabilidade, etc. Mas não pode retirá-lo, mecanicamente, do facto de o

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revertido ter sido designado gerente, na falta de presunção legal”. Por fim,

deve ter-se em conta que “se a Fazenda Pública produzir prova sobre a

gerência e o revertido lograr provar factos que suscitem dúvida sobre o

facto, este deve dar-se por não provado. Mas a regra (do art. 346.º Cód.

Civil) não se aplica se a Fazenda não produzir qualquer prova”. 4. Esta

pronúncia, embora tenha sido emitida por referência ao regime positivado

no art. 13.º CPT, dado o seu timbre geral e abstracto, estando em causa

problemática que persiste com os mesmos contornos, reputamos de

acolher e fazer operar na apreciação e julgamento de situações, como a

presente, clamantes da aplicação das soluções propostas pelo art. 24.º

LGT.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART24 N1).

Acórdão, de 8.5.2008,

Proc. n.º 128/02

IRS – INCIDÊNCIA – CATEGORIA B – RENDIMENTOS EMPRESARIAIS – COMÉRCIO – INDÚSTRIA – CONCEITO - 1. Para o ano de 1997,

prescrevia o art. 4.º n.º 2 al. h) CIRS (na redacção do DL. 257 -B/96 de

31.12.; anteriormente, al. g)) terem de considerar-se rendimentos

comerciais e industriais, enquadráveis na categoria C do tributo em causa,

“Os provenientes de actos isolados de natureza comercial ou industrial

não compreendidos noutras categorias”. Outrossim, à data, nos termos do

art. 10.º n.º 1 al. a) CIRS, constituíam mais-valias os ganhos, entre outros,

obtidos em resultado de alienação onerosa de direitos reais sobre bens

imóveis e não susceptíveis de serem considerados rendimentos

comerciais, industriais, agrícolas ou de capitais. 2. Neste enquadramento

legal, somente podem configurar mais-valias os ganhos que, além de

tipificados, não reúnam condições, características, que os tornem

passíveis de integrarem a fileira de rendimentos do tipo comercial,

industrial e/ou outros. 3. A legislação tributária não fornece, não densifica,

um conceito de acto de natureza comercial ou industrial. Assim, “na falta

de um(a) definição legal do conceito de actividade comercial ou industrial,

para efeitos tributários, tem vindo a doutrina e a jurisprudência a entender

como aplicável o conceito económico de comércio e indústria, que

abrange actividades de mediação entre a oferta e a procura e actividades

de incorporação de novas utilidades na matéria, em ambos os casos com

fins especulativos, ou seja, com o objectivo de obtenção de lucros”. 4.

Deste pronunciamento, colhemos, como decisiva, a exigência do

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desempenho de actividades, actuações de determinado cariz, em que se

confere o denominador comum da adição, da promoção, do incremento

de valor, de novedias potencialidades. Acresce a prossecução de uma

finalidade especiosa, de um objectivo marcado e inequívoco, o

percebimento de lucro, a busca de aumento patrimonial. 5. Na situação

sub judice, para poder funcionar a incidência do versado art. 4.º n.º 2 al. h)

CIRS, terá de concluir-se que o impugnante, entre o momento em que

adquiriu (ou, eventualmente, se propôs adquirir) os dois imóveis e aquele

em que os transaccionou, actuou de molde a valorizá-los, a potenciar as

suas utilidades e valências, com o fito de alcançar a maior disponibilidade

financeira possível. 6. Perscrutada a matéria de facto disponível, a única

realidade que podemos isolar e fixar é a de que, na sequência de uma

prévia, típica e específica, promessa bilateral de compra e venda, o

impugnante, em 7.2.1997, adquiriu, em definitivo, dois prédios urbanos,

pelo preço total de 100.000.000$00 e, simultaneamente, os vendeu e

permutou pela importância global de 606.832.710$00, sem mais, sem

registo de qualquer outra circunstância digna de realce e relevo. 7. Sem

prejuízo de poder apontar-se, com alguma segurança, para a existência

de lucro, o quadro factual, definitivamente, fixado não permite, de modo

algum, concluir que o impugnante, entre o momento em que comprou ou

se propôs comprar, os dois imóveis e aquele em que os alienou, se

determinou, se conduziu de forma a valorizá-los, a, transformando-os,

potenciar, inflacionar, as suas utilidades e valências. 8. É inquestionável

que o art. 2.º Código Comercial estabelece, define, na primeira parte, o

que são actos objectivamente comerciais; concretamente, aqueles em

que a sua comercialidade reside neles próprios e não está na pessoa que

os pratica. 9. Ora, entre os actos especialmente regulados no código em

apreço, figuram, explicitamente, as compras e vendas comerciais,

podendo revestir esta natureza, entre outras, “as compras e revendas de

bens imóveis ou de direitos a eles inerentes, quando aquelas, para estas,

houverem sido feitas” – cfr. art. 463.º/4.º Cód. Comercial. 10. Para se

poder afirmar a existência de uma compra e venda comercial, nos termos

deste último normativo, é mister, constitui exigência intransponível, que a

aquisição tenha sido feita com o objectivo, o propósito preestabelecido, de

revenda, de alienação. 11. Face aos dados disponíveis e congregados

neste aresto, os rendimentos auferidos, pelo impugnante, com a

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venda/permuta dos dois prédios urbanos, preencheriam, sim, em

princípio, o conceito de mais-valias tributáveis, porquanto

consubstanciavam rendimento de carácter meramente ocasional ou

fortuito, resultante de valorização produzida nos bens em jogo,

independentemente de qualquer esforço ou vontade do respectivo

titular/dono, vulgo, “ganhos trazidos pelo vento”; neste caso, facilitados e

propiciados pelo aumento da capacidade construtiva dos imóveis por

força da contemporânea aprovação do Plano de Pormenor da Zona

Ribeirinha.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIRS ART4 N1).

Acórdão, de 8.5.2008,

Proc. n.º 1376/04

PT – LGT – EXECUÇÃO FISCAL – REVERSÃO – AUDIÇÃO - I – O

direito de audição prévia é um direito constitucional pelo qual os

administrados participam na formação das decisões que lhes digam

respeito. II – A Lei Geral Tributária determina a audição prévia do

responsável subsidiário antes do despacho de reversão impondo também

a fundamentação deste – art. 23 da LGT III – Tendo o responsável

subsidiário aduzido razões que contrariam o seu chamamento à

execução, a administração é obrigada a ponderar essas razões e traduzi-

las no despacho de reversão. IV – Significa o exposto que o despacho de

reversão deve ser fundamentado e numa situação destas expor os

motivos que levaram a afastar as razões em contrário do responsável. V –

Não o fazendo, ou limitando-se a concluir que o responsável nada carreou

de novo para os autos deve o despacho ter-se por insuficientemente

fundamentado o que o torna anulável. VI – O processo de oposição à

execução sendo o meio judicial próprio para conhecer dos pressupostos

da responsabilização subsidiária é também meio adequado para conhecer

dos vícios que afectam o despacho de reversão. VII – Mas não é o único

meio, pois sendo que o despacho de reversão é um acto administrativo

proferido pelo órgão de execução fiscal em sede de execução nada obsta

a que os vícios próprios do acto de reversão sejam atacados através do

meio de reclamação previsto no artigo 276 do CPPT.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART23 N4).

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Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

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Acórdão, de 6.3.2008,

Proc. n.º 104/01

IVA – DEDUÇÃO – FACTURA – REQUISITOS – FACTURA FALSA - I –

Não tendo a AF carreado para os autos indícios objectivos e seguros de

que determinadas facturas não titulam verdadeiras transacções não está

legitimada a exercer o seu poder de correcção da matéria tributável por

falta dos pressupostos que a legitimem para tal. II – Se a fiscalização dá

como assente que a contabilidade do sujeito passivo da acção inspectiva

está regularmente organizada e contabiliza todos os elementos nela

discritos e os alicerça em suporte documental ao mesmo tempo que

refere também que tais transacções estão comprovadamente pagas não

pode a AF nesta situação por em causa algumas dessas transacções –

totalmente documentadas – pelo facto de os emitentes das facturas serem

conhecidos como emitentes habituais de facturação falsa. III – A

qualidade dos emitentes desacompanhada de outros elementos facticos

que revelem falsificação das facturas é manifestamente insuficiente de só

por si ilidir a presunção de veracidade de que goza a contabilidade do

comprador.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART19 N3).

7. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO SUL (TCAS)

TIPO SUMÁRIO

Acórdão, de 11.4.2008,

Proc. n.º 2340/08

EXECUÇÃO FISCAL – PENHORA – EXTENSÃO DA PENHORA - 1) É

incongruente a decisão recorrida ao considerar que não ocorrem os

pressupostos para a subida imediata da reclamação sem tirar daí as

devidas consequências legais, passando depois a conhecer das questões

suscitadas na reclamação concluindo pela sua improcedência. 2) A

paralisação de um terço da actividade da executada, consequência

previsível da penhora de seis veículos de transporte da executada poderá

encerrar um prejuízo manifestamente elevado, de grau não

imediatamente apreensível, porque não é facilmente computável em

termos de expressão monetária. 3) Nestas circunstâncias trata-se de um

daqueles casos em que o legislador quis deixar em aberto a possibilidade

de subida imediata da reclamação, o que faz todo o sentido atentas as

possíveis implicações da penhora sobre bens ou instrumentos de trabalho

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da executada. 4) Para avaliar da extensão das penhoras, no caso

concreto, temos de considerar o valor do processo executivo fiscal

(59.037,70 Euros, incluindo o acrescido) e por outro lado o valor indicado

pela reclamante (já que os bens penhorados não foram avaliados) de seis

camiões pesados de transporte de mercadorias e em bom estado de

conservação. Ora, face ao relativamente pequeno valor da dívida, no

processo executivo que nos ocupa, temos de reconhecer como

demasiado extensa a penhora, a qual viola o disposto no artº 217º do

CPPT. O que já não sucederia se o processo em causa estivesse

apensado a outro ou outros que substancialmente fizessem considerar um

valor de dívida exequenda

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART217).

8. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DAS COMUNIDADES EUROPEIAS

TIPO SUMÁRIO

Acórdão, de 3.4.2008,

Proc. C-442/05

Zweckverband

IVA – DIRECTIVA – ABASTECIMENTO DE ÁGUA – 1. O artigo 4.º,

n.º 5, da Sexta Directiva 77/388/CEE do Conselho, de 17 de Maio de

1977, e o anexo D, n.º 2, desta directiva, devem ser interpretados no

sentido de que está abrangida pelo conceito de distribuição de água,

constante do referido anexo, a operação de instalação do ramal de

ligação individual que consiste, como no processo principal, na instalação

de uma canalização que permite a ligação da instalação hidráulica de um

imóvel às redes fixas de distribuição de água, de modo que um organismo

de direito público que actua na qualidade de autoridade pública tem a

qualidade de sujeito passivo no que diz respeito à referida operação. 2. O

artigo 12.º, n.º 3, aliena a), da Sexta Directiva 77/388 e o anexo H,

categoria 2, desta, devem ser interpretados no sentido de que é abrangida

pelo conceito de abastecimento de água a operação de instalação do

ramal de ligação individual que consiste, como no processo principal, na

instalação de uma canalização que permite a ligação da instalação

hidráulica de um imóvel às redes fixas de abastecimento de água. Além

disso, os Estados-Membros podem aplicar uma taxa reduzida do imposto

sobre o valor acrescentado a aspectos concretos e específicos do

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abastecimento de água, como a operação de instalação do ramal de

ligação individual em causa no processo principal, desde que seja

respeitado o princípio da neutralidade fiscal inerente ao sistema comum

do imposto sobre o valor acrescentado.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou DIR 77/388/CEE ANEXO D).

Acórdão, de 3.4.2008,

Proc. C-27/07

BFCM

DIRECTIVA – SOCIEDADES MÃES – SOCIEDADES AFILIADAS – DIVIDENDOS - O conceito de «lucros distribuídos pela sociedade

afiliada», na acepção do artigo 4.º, n.º 2, última frase, da Directiva

90/435/CEE do Conselho, de 23 de Julho de 1990, relativa ao regime

fiscal comum aplicável às sociedades-mães e sociedades afiliadas de

Estados-Membros diferentes, deve ser interpretado no sentido de que não

se opõe à legislação de um Estado-Membro que inclui, nos referidos

lucros, os créditos de imposto concedidos para compensar uma retenção

na fonte efectuada pelo Estado-Membro da filial à sociedade-mãe.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou DIR 90/435/CEE ART4).

Acórdão, de 3.4.2008,

Proc. C-124/07

Beheer

IVA – DIRECTIVA – SEGUROS – INTERMEDIAÇÃO - O artigo 13.º, B,

alínea a), da Sexta Directiva 77/388/CEE do Conselho, de 17 de Maio de

1977, deve ser interpretado no sentido de que o facto de um corretor ou

um intermediário de seguros manter não uma relação directa com as

partes do contrato de seguro ou de resseguro para cuja celebração

contribui, mas apenas uma relação indirecta com estes últimos através da

mediação de outro sujeito passivo, que tem ele próprio uma relação

directa com uma dessas partes e ao qual esse corretor ou esse

intermediário de seguros está contratualmente vinculado, não se opõe a

que a prestação fornecida por este último esteja isenta do imposto sobre o

valor acrescentado ao abrigo da referida disposição.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou DIR 77/388/CEE ART13 B A).

Acórdão, de 12.6.2008,

Proc. C-462/05

Comissão / República

Portuguesa

IVA – TAXA REDUZIDA – PORTAGEM – PONTE SOBRE O TEJO - 1) Ao manter em vigor uma taxa reduzida de 5% do imposto sobre o valor

acrescentado aplicável às portagens cobradas pela travessia rodoviária

do Tejo em Lisboa, a República Portuguesa não cumpriu as obrigações

que lhe incumbem por força do disposto nos artigos 12.º e 28.º da Sexta

Directiva 77/388/CEE do Conselho, de 17 de Maio de 1977, relativa à

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Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

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harmonização das legislações dos Estados-Membros respeitantes aos

impostos sobre o volume de negócios – Sistema comum do imposto sobre

o valor acrescentado: matéria colectável uniforme, conforme alterada pela

Directiva 2001/4/CE do Conselho, de 19 de Janeiro de 2001. 2) A

República Portuguesa é condenada nas despesas.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base InforFisco.

Pesquisa: Descritores supra ou CIVA LISTA I VERBA 2.19).

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