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Notícias InforFisco OUTUBRO A DEZEMBRO DE 2008 SUMÁRIO 1. LEGISLAÇÃO FISCAL PUBLICADA EM OUTUBRO, NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2008.3 2. INSTRUÇÕES E DECISÕES ADMINISTRATIVAS .................................................................... 6 - OUTRAS COMUNICAÇÕES E DECISÕES.................................................................................. 8 3. HARMONIZAÇÃO FISCAL COMUNITÁRIA .............................................................................. 9 4. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO ...................................... 12 5. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO NORTE (TCAN) ............ 16 6. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO SUL (TCAS) .................. 20 7. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DAS COMUNIDADES EUROPEIAS ........ 24 8. NOTAS DE ENQUADRAMENTO.............................................................................................. 27

Notícias InforFisco - pwc.pt · dedutível em 4 exercícios; ... IVA - IRC - ISENÇÃO - NAVEGAÇÃO AÉREA - GUINÉ - Aprova o Acordo sobre o Transporte Aéreo entre a República

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Notícias InforFisco

OUTUBRO A DEZEMBRO DE 2008

SUMÁRIO 1. LEGISLAÇÃO FISCAL PUBLICADA EM OUTUBRO, NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2008.3 2. INSTRUÇÕES E DECISÕES ADMINISTRATIVAS ....................................................................6 - OUTRAS COMUNICAÇÕES E DECISÕES..................................................................................8 3. HARMONIZAÇÃO FISCAL COMUNITÁRIA ..............................................................................9 4. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO ......................................12 5. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO NORTE (TCAN) ............16 6. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO SUL (TCAS)..................20 7. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DAS COMUNIDADES EUROPEIAS........24 8. NOTAS DE ENQUADRAMENTO..............................................................................................27

FLASH NEWS

Diplomas aprovados em Conselho de Ministros, não publicados até 31.12.2008 De 4.12.2008 - Proposta de Lei que aprova o Regime Especial de Exigibilidade do IVA dos Serviços de Transporte Rodoviário de Mercadorias. Esta Proposta de Lei, a submeter à Assembleia

da República, vem criar, no âmbito das medidas de apoio estabelecidas pelo Governo para o

sector rodoviário de mercadorias, um regime especial de exigibilidade do IVA aplicável às

prestações de serviços de transporte rodoviário nacional de mercadorias. Deste modo,

estabelece-se a possibilidade de a entrega do IVA ao Estado apenas ser exigível no momento

do pagamento das facturas relativas à prestação destes serviços, desde que dentro do prazo

para pagamento de facturas previsto no regime jurídico do contrato de transporte rodoviário

nacional de mercadorias. Paralelamente, estabelece-se que a dedução do IVA por parte das

empresas que sejam destinatárias dos serviços também só pode ocorrer no momento em que

procedam ao pagamento dos mesmos (Proposta de Lei nº 280/X/4.ª).

De 11.12.2008 - Decreto Regulamentar que regulamenta o artigo 1º da Lei nº 19/2008, de 21 de Abril, que tem por objecto a criação no âmbito do Ministério da Justiça de uma base de dados de procurações. Este Decreto Regulamentar vem estabelecer o regime jurídico da criação e

funcionamento da base de dados de procurações, prevista na legislação em vigor que aprova

medidas de combate à corrupção. Esta base de dados tem por finalidade (i) criar meios

adicionais para o combate de fenómenos de corrupção associados à utilização de

procurações irrevogáveis para transacções imobiliárias; e (ii) criar meios adicionais para a

verificação dos poderes dos representantes que utilizem procurações em negócios jurídicos.

De 13.12.2008 - Aprova a Iniciativa para o Investimento e Emprego. No quadro do apoio especial à

actividade económica, exportação e PME e na vertente tributária, destacam-se as seguintes

medidas:

* Crédito fiscal ao investimento em 2009, que pode atingir 20% do montante investido,

dedutível em 4 exercícios;

* Autoliquidação do IVA nas prestações de bens e de serviços às Administrações

Públicas de montante superior a € 5000;

* Aceleração do reembolso do IVA, baixando o limiar para € 3000;

* Redução do valor mínimo do pagamento especial por conta para € 1000.

Notícias InforFisco N.º 89 – Outubro a Dezembro de 2008

De 30.12.2008 - Proposta de Resolução que aprova a Convenção entre a República Portuguesa e a República da Guiné-Bissau para Evitar a Dupla Tributação em Matéria de Impostos sobre o Rendimento e Prevenir a Evasão Fiscal, assinada em Lisboa, em 17 de Outubro de

2008

- Proposta de Resolução que aprova o Protocolo entre a República Portuguesa e a República de Moçambique que revê a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, assinado em

Maputo em 24 de Março de 2008. Este Protocolo, a submeter à aprovação da Assembleia da

República, visa permitir a correcta aplicação das normas sobre eliminação da dupla tributação

e prevenção da evasão fiscal aos particulares e empresas que repartem a sua actividade

entre Portugal e Moçambique, tomando em consideração a evolução dos padrões

internacionais, nomeadamente o Modelo de Convenção Fiscal sobre o Rendimento e o

Património da OCDE, e as alterações entretanto ocorridas na legislação fiscal de Portugal e

de Moçambique.

1. LEGISLAÇÃO FISCAL PUBLICADA EM OUTUBRO, NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2008

DIPLOMA ASSUNTO

DLR nº 42/2008,

de 7.10

IRS - REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - TAXAS - No

quadro da adaptação do sistema fiscal nacional à Região

Autónoma dos Açores, reduz as taxas de IRS aplicáveis, a partir

de 1 de Janeiro de 2009, aos residentes naquela Região

Autónoma. A redução, por referência às taxas nacionais, passa a

ser de 30% para os rendimentos enquadrados no 1º, 25% para o

2º escalão e 20%, para os restantes.

Decreto nº 38/2008,

de 9.10

IVA - IRC - ISENÇÃO - NAVEGAÇÃO AÉREA - GUINÉ - Aprova

o Acordo sobre o Transporte Aéreo entre a República Portuguesa

e a República da Guiné-Bissau. Em matéria fiscal, este acordo

prevê isenções em sede de imposto sobre a despesa e sobre o

rendimento.

. 3 .

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Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

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Lei nº 64/2008,

de 5.12

IRC - IRS - IMI - MEDIDAS FISCAIS ANTICÍCLICAS - Aprova

um conjunto de medidas fiscais anticíclicas, das quais se

destacam:

a) Agrava a tributação autónoma em IRS e em IRC, dos encargos

dedutíveis relativos a veículos automóveis que passa de 5% para

10%. Todavia, são dela excluídos os veículos movidos

exclusivamente a energia eléctrica, mantendo-se a taxa de 5%

para os veículos menos poluentes;

b) Agrava de 15% para 20% a taxa de tributação autónoma dos

encargos dedutíveis relativos a veículos automóveis cujo custo de

aquisição seja superior a € 40 000, quando os sujeitos passivos

apresentem prejuízos nos dois exercícios anteriores.

c) Elevam-se os limites da dedução à colecta de encargos

relativos a habitação própria permanente;

d) Reduz em 1% o limite máximo da taxa de IMI aplicável aos

prédios urbanos e alarga o período de isenção dos prédios

habitacionais;

e) Cria uma taxa de tributação autónoma – 25% - para as

empresas de fabricação e de distribuição de produtos

petrolíferos.

As medidas aprovadas retroagem os seus efeitos a 1 de Janeiro

de 2008.

Port. nº 1418/2008,

de 9.12

IVA - REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA - REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - Regulamenta o modo de

atribuição às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira da

receita do IVA apurado em cada uma destas circunscrições, de

acordo com o previsto no artigo 19º da Lei de Finanças das

Regiões Autónomas – Lei Orgânica n.º 1/2007, de 19 de

Fevereiro.

DL nº 237/2008,

de 15.12

IRC - EMPRESA DE SEGUROS - LUCRO TRIBUTÁVEL - REGIME TRANSITÓRIO - Estabelece um regime transitório de

adaptação das regras de determinação do lucro tributável do IRC

à nova regulamentação contabilística aplicável às empresas de

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seguros. Revoga o artigo 79º-A do Código do IRC.

Port. 1448/2008,

de 16.12

IRS - DECLARAÇÃO MODELO 3 - ANEXOS - 2009 - Aprova

novos modelos da declaração periódica de rendimentos e anexos

declarativos, e respectivas instruções de preenchimento,

utilizáveis a partir de 1 de Janeiro de 2009.

DL nº 246/2008,

de 18.12

RETRIBUIÇÃO MÍNIMA MENSAL - 2009 - Fixa em € 450 o valor

da retribuição mínima mensal garantida para entrar em vigor a

partir de 1 de Janeiro de 2009.

Port. nº 1474/2008,

de 18.12

IRC - IRS - MECENATO - DECLARAÇÃO MODELO 25 - Novas

instruções de preenchimento da declaração modelo 25, relativa a

donativos abrangidos pelo regime fiscal do mecenato.

DL nº 267-B/2008,

de 30.12

CARTÃO DE PESSOA COLECTIVA - ADMISSIBILIDADE DE FORMA - Regula o cartão de empresa e o cartão de pessoa

colectiva bem como o sistema de Informação da Classificação

Portuguesa das Actividades Económicas (SICAE). Procede à

simplificação do Regime do Registo Nacional de Pessoas

Colectivas, no sentido de tornar mais rápida e eficiente a

atribuição de certificados de admissibilidade de firma.

Port. 1545/2008,

de 31.12

IMI - PRÉDIO URBANO - VALOR MÉDIO DE CONSTRUÇÃO - 2009 - Fixa em € 487,20 o valor médio de construção por metro

quadrado para efeitos do artigo 39º do CIMI, a vigorar no ano de

2009.

Port. nº 1553-D/2008,

de 31.12

SUBSÍDIO DE REFEIÇÃO - AJUDAS DE CUSTO - Procede à

revisão anual das tabelas de ajudas de custo, subsídios de

refeição para os trabalhadores em funções públicas.

DLR nº 45/2008/M,

de 31.12

IRC - IRS - TAXAS - REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA - Aprova o Orçamento da Região Autónoma da Madeira. No

quadro da adaptação do sistema fiscal nacional às

especificidades regionais, fixa as taxas de IRC e de IRS a vigorar

na Região no ano de 2009.

Lei nº 64-A/2008,

de 31.12

ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2009 - Aprova o OE para

2009. Ver ponto 8. Notas de Enquadramento

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2. INSTRUÇÕES E DECISÕES ADMINISTRATIVAS - CIRCULARES DA DGCI

N.º/DATA ASSUNTO

15/2008,

de 7.10.2008

IRS - CATEGORIA F - RENDIMENTOS PREDIAIS - CONDOMÍNIO - PARTES COMUNS – Procedimentos relativos

ao cumprimento de obrigações fiscais relativamente à obtenção

de rendimentos prediais provenientes de partes comuns de

prédios constituídos em regime de propriedade horizontal.

(O texto integral desta Circular pode ser consultado na Base PwC

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIRS ART8 N2 E).

- OFÍCIOS-CIRCULADOS DA DGCI

N.º/DATA ASSUNTO

60063, do Gab. do SDG

da Justiça Tributária, de

6.10.2008

PT - EXECUÇÃO FISCAL - ÂMBITO - CÂMARA DOS SOLICITADORES – O processo de execução fiscal não é o meio

próprio para a cobrança coerciva das dívidas respeitantes a

quotas à Câmara dos Solicitadores.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na

Base PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CPPT

ART148).

600664, do Gab. do SDG

da Justiça Tributária, de

23.10.2008

PT - LGT - MÉTODOS INDIRECTOS - REVISÃO - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - Sem prejuízo do direito

de reclamação graciosa ou impugnação judicial, ao responsável

subsidiário não é admitido desencadear o procedimento de

revisão da matéria colectável fixada por métodos indirectos a que

se referem os artigos 91º e 92º da Lei Geral Tributária.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na

Base PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou LGT

ART91 N1).

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20685, do Gab. do DG,

de

24.10.2008

LGT - DIREITO A LIQUIDAÇÃO - CADUCIDADE - 2004 - Define

procedimentos no sentido de assegurar, em tempo útil, o direito à

liquidação de impostos relativos ao ano/exercício de 2004.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na

Base PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou LGT

ART45 N1).

60065, do Gab. do SDG

da Justiça Tributária, de

27.10.2008

PT - EXECUÇÃO FISCAL - ÂMBITO - IFADAP - IFAP – O

processo de execução fiscal não é o meio próprio para a

cobrança coerciva das dívidas de natureza não tributária relativas

a créditos do extinto IFADAP, actual IFAP, I.P.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na

Base PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CPPT

ART148).

60066, do Gab. do SDG

da Justiça Tributária, de

13.11.2008

PT - EXECUÇÃO FISCAL - PENHORA - DINHEIRO - VALORES DEPOSITADOS - Esclarece dúvidas sobre o regime de penhora

de dinheiro ou de valores depositados.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na

Base PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CPPT

ART223).

60067, do Gab. do SDG

da Justiça Tributária, de

13.11.2008

PT - RGIT - CONTRA ORDENACAO - ESTADO – Sem prejuízo

da responsabilidade disciplinar do agente que praticar a

infracção, são excluídos da responsabilidade contra ordenacional

os Serviços que integrem a administração directa do Estado, seja

a nível central, regional ou local.

(O texto integral deste Ofício-Circulado pode ser consultado na

Base PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou RGIT

ART7).

. 7 .

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- CIRCULARES DA DGAIEC

N.º/DATA ASSUNTO

121/2008,

De 31.12.2008

IVA - ISENÇÃO - IMPORTAÇÃO - Esclarecimentos sobre o

âmbito e procedimento de isenções do IVA e IEC na importação

de bens.

(O texto integral desta Circular pode ser consultado na Base PwC

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART13 N1 A).

- OUTRAS COMUNICAÇÕES E DECISÕES - SECRETÁRIO DE ESTADO DOS ASSUNTOS FISCAIS

N.º/DATA ASSUNTO

Desp. nº 28233, de

22.10.2008

IRC - INSPECCÃO TRIBUTÁRIA - CADASTRO ESPECIAL DE CONTRIBUINTES – Define os parâmetros para a selecção dos

contribuintes a inspecção pelos serviços centrais da DGCI (DSIT)

e que irão integrar o Cadastro Especial de Contribuintes,

aplicável aos exercícios de 2008 e seguintes.

Publicação; DR, II; N214, de 4.11.2008.

(O texto integral deste despacho pode ser consultado na Base

PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou RCPIT ART16

A).

Desp. nº 30105, de

12.11.2008

IRC - BF - ISENÇÃO - NAVEGAÇÃO AEREA - MARROCOS - É reconhecido que o Reino de Marrocos isenta de impostos

sobre o rendimento os lucros realizados pelas empresas de

navegação aérea com sede em Portugal, provenientes da

exploração de aeronaves, pelo exercício da sua actividade

naquele Estado, e tendo em conta o despacho da Direcção-Geral

dos Impostos, sobre a informação nº 2146/2008, da Direcção de

Serviços do IRC, concedido, ao abrigo do artigo 13º do Código do

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, e com os

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efeitos previstos no nº 2 do artigo 5º e no artigo 12º do Estatuto

dos Benefícios Fiscais, recíproca e equivalente isenção às

empresas de navegação aérea com sede no Reino de Marrocos,

relativamente aos lucros da sua actividade em território

português, provenientes da exploração de aeronaves.

Publicação: DR, II N227, de 21.11.2008

- DIRECÇÃO-GERAL DOS ASSUNTOS TÉCNICOS E ECONÓMICOS DO MNE

N.º/DATA ASSUNTO

Aviso nº 222/2008,

de 10.11.2008

CONVENÇÃO ÁFRICA DO SUL - ENTRADA EM VIGOR - Torna

público que a Convenção Entre a República Portuguesa e a

República da África do Sul para Evitar a Dupla Tributação e

Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o

Rendimento, aprovada pela RAR nº 53/2008, entrou em vigor em

22 de Outubro de 2008.

Publicação: DR I N226, de 20.11.2008.

Aviso nº 243/2008,

de 11.12.2008

CONVENÇÃO CHILE - ENTRADA EM VIGOR - Torna público

que a Convenção Entre a República Portuguesa e a República do

Chile para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal

em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, aprovada pela

RAR nº 20/2006, entrou em vigor em 25 de Agosto de 2008.

Publicação: DR I N250, de 29.12.2008

3. HARMONIZAÇÃO FISCAL COMUNITÁRIA

DOCUMENTO ASSUNTO

COM (2008) 727 final,

de 13.11.2008

TRIBUTAÇÃO DA POUPANÇA SOB A FORMA DE JUROS –

Proposta de Directiva do Conselho que altera a Directiva

2003/48/CE, do Conselho, relativa à tributação do rendimento da

poupança sob a forma de juros.

. 9 .

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Comunicação da

Comissão Europeia,

IP/08/1813

de 27.11.2008

IRC - MAIS VALIAS - TRIBUTAÇÃO À SAÍDA - A Comissão

Europeia instou formalmente Portugal e Espanha a alterarem as

respectivas disposições fiscais que impõem uma tributação à

saída imediata quando as empresas deixam de ter domicílio

fiscal nestes países ou transferem os seus activos para outro

Estado-Membro. A Comissão considera que estas disposições

são incompatíveis com a liberdade de estabelecimento prevista

no artigo 43º do Tratado CE e no artigo 31º do Acordo EEE.

Estas diligências assumem a forma de pareceres

fundamentados (segunda fase do processo por infracção, nos

termos do artigo 226º do Tratado CE). Se, no prazo de dois

meses, não houver uma resposta satisfatória aos pareceres

fundamentados, a Comissão pode decidir remeter a questão

para o Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias.

(O texto integral desta comunicação pode ser consultado na

Base PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIRC

ART76-A).

Comunicação da

Comissão Europeia,

IP/08/1817

de 27.11.2008

IRC - BF - ISENÇÃO - FUNDO DE PENSÕES - A Comissão

Europeia decidiu intentar acções contra a Espanha e Portugal no

Tribunal de Justiça Europeu em razão da regulamentação que,

nestes países, permite tributar os pagamentos de dividendos

e/ou de juros a fundos de pensões estrangeiros (pagamentos

saídos) mais gravosamente do que os pagamentos de

dividendos e/ou de juros a fundos de pensões nacionais

(pagamentos internos). A Comissão considera que estas regras

são incompatíveis com o Tratado CE e o Acordo EEE, dado que

restringem a livre circulação de capitais.

(O texto integral desta comunicação pode ser consultado na

Base PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou EBF

ART16 N1).

Comunicação da

Comissão Europeia,

2008/C306

IVA - OURO PARA INVESTIMENTO - MOEDAS - Lista das

moedas de ouro que preenchem os critérios fixados no nº 1,

ponto 2, do artigo 344º da Directiva 2006/112/CE, do Conselho

. 10 .

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(regime especial aplicável ao ouro para investimento). Válida

para o ano de 2009.

Publicação: JOCE nº C 306, de 29.11.2008.

Regulamento (CE) nº

1179/2008, da Comissão,

De 28.11.2008

ASSISTÊNCIA MÚTUA - COBRANÇA DE CRÉDITOS - Fixa

normas de execução da Directiva 2008/55/CE, do Conselho,

relativa à assistência mútua em matéria de cobrança de créditos.

Publicação: JOCE nº L 319, de 29.11.2008.

COM(2008)805 final Proposta de Directiva que altera os artigos 143º e 205º da

Directiva 2006/112/CE, relativa ao sistema comum do IVA, no

sentido de prevenir a fraude fiscal associada a importações e

outras operações transfronteiras (fraude carrossel).

COM (2008)807 final Comunicação da Comissão ao Conselho, ao Parlamento Europeu e ao Comité Económico e Social, relativa a um plano

de acção a curto prazo no sentido de combate à fraude fiscal,

em especial no sentido de reforçar a capacidade das

administrações fiscais para prevenir ou detectar a fraude ao IVA

(em especial "operador fictício" – fraude carrossel) e da

recuperação de impostos.

Resolução do Conselho,

de

2.12.2008

TRANSFERÊNCIA DE SEDE - TRIBUTAÇÃO À SAÍDA - Relativa à coordenação em matéria de tributação à saída, o

Conselho Europeu convida os Estados membros a adoptarem

princípios directores no sentido de evitar, no respeito pelo

princípio da subsidiariedade, a dupla tributação susceptível de

resultar de uma transferência de actividades económicas sujeita

a duas ou mais jurisdições. Os princípios directores referidos

nesta Resolução reportam-se à tributação de reservas,

provisões e mais-valias latentes.

Publicação: JOCE nº C323, de 18.12.2008.

. 11 .

© PricewaterhouseCoopers, 2008

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4. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

TIPO SUMÁRIO

Acórdão, de 10.10.2008,

Proc. 244/08

PT - JUROS INDEMNIZATÓRIOS - VÍCIO DE FORMA - FUNDAMENTAÇÃO - Não são devidos juros indemnizatórios,

por não se apurar a existência de erro imputável à Administração

sobre os pressupostos de facto e de direito do acto de liquidação,

que foi anulado com exclusivo fundamento em vício de forma por

falta de fundamentação.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base

PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART43 N1).

Acórdão, de 15.10.2008,

Proc. 542/08

LGT - RECURSO HIERÁRQUICO - AUDIÇÃO - I - A audição do

contribuinte antes da decisão de reclamação graciosa deduzida

de uma liquidação de Contribuição Autárquica não afasta o direito

de ser ouvido no sequente procedimento de 2º grau despoletado

pela interposição de recurso hierárquico, nomeadamente, no

caso de na decisão de indeferimento desse recurso ter sido

utilizado pela Administração Tributária argumento jurídico novo

até então desconhecido pelo recorrente. II - A ocorrência desse

vício de forma em momento posterior à efectivação da liquidação,

consubstanciado na preterição do direito de audição, não projecta

efeitos anulatórios sobre esse acto tributário de liquidação, antes

conduzindo à anulação da respectiva decisão de indeferimento

do recurso hierárquico.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base

PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART60 N1

B).

Acórdão, de 29.10.2008,

Proc. 330/08

IMT - BF - ISENÇÃO - CADUCIADE - PRÉDIO PARA REVENDA - I - Nos termos do disposto no art. 11º, nº 3 do CIMSISSD, ficam

isentas de sisa as aquisições de prédios para revenda. II -

Todavia esses prédios deixam de beneficiar de isenção logo que

se verifique que foram novamente vendidos para revenda. III -

Para este efeito, apenas releva a posição da vendedora, que não

. 12 .

© PricewaterhouseCoopers, 2008

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

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a da compradora.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base

PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIMT ART11

N5).

Acórdão, de 29.10.2008,

Proc. 479/08

PT - RGIT - IVA - FALTA DE PAGAMENTO - O artigo 114º, nº 1

do RGIT, que pune como contra-ordenação fiscal a “falta de

entrega da prestação tributária”, não abrange na sua previsão

situações em que o imposto que deve ser entregue não está em

poder do sujeito passivo, por não ter sido recebido ou retido.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base

PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou RGIT ART114).

Acórdão, de 29.10.2008,

Proc. 622/08

PT - LGT - JUROS INDEMNIZATÓRIOS - REQUISITOS - I - O

direito a juros indemnizatórios previsto no nº 1 do art. 43º da LGT,

derivado de anulação judicial de um acto de liquidação, depende

de ter ficado demonstrado no processo que esse acto está

afectado por erro sobre os pressupostos de facto ou de direito

imputável à Administração Fiscal. II - A anulação de um acto de

liquidação baseada apenas em vício de forma por falta de

fundamentação não implica a existência de qualquer erro sobre

os pressupostos de facto ou de direito do acto de liquidação, pelo

que não existe o direito de juros indemnizatórios a favor do

contribuinte, previsto naquele nº 1 do art. 43º da LGT.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base

PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART43 N1).

Acórdão, de 6.11.2008,

Proc. 115/08

IVA - DEDUÇÃO - REEMBOLSO - INDEFERIMENTO - IMPUGNAÇÃO JUDICIAL - De harmonia com o disposto no nº

13 do artigo 33º do CIVA (redacção dada pelo artigo 28º da Lei nº

323-B/2002, de 30/12), a impugnação judicial constitui o meio

processual adequado à reacção na via contenciosa contra um

acto de indeferimento de pedido de reembolso de IVA.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base

PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART22

N13).

. 13 .

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Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

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Acórdão, de 6.11.2008,

Proc. 357/08

PT - LGT - ACTO TRIBUTÁRIO - REVISÃO OFICIOSA - INDEFERIMENTO - IMPUGNAÇÃO JUDICIAL - I - A forma

processual de reacção contra o despacho de indeferimento do

pedido de revisão oficiosa pode ser a impugnação judicial ou o

recurso contencioso (hoje acção administrativa especial)

conforme a decisão comporte ou não a apreciação da legalidade

do acto de liquidação. II - Se do probatório não constar o teor do

despacho de indeferimento, impõe-se ordenar a ampliação da

matéria de facto.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base

PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou LGTART78 N1).

Acórdão, de 6.11.2008,

Proc. 619/08

PT - RGIT - NULIDADES INSANÁVEIS - COIMA - DECISÃO DE APLICAÇÃO - I - Nos termos do artigo 79º, nº 1, alínea b), do

Regime Geral das Infracções Tributárias, a decisão de aplicação

de coima deve conter a “descrição sumária dos factos”. II - Tal

imposição visa satisfazer o direito de informação do arguido de

que, com a conduta por si praticada, incorreu no preenchimento

do tipo contra-ordenacional, pelo que, se tal informação tiver sido

prestada, esse requisito [“descrição sumária dos factos”] dá-se

por satisfeito. III - Assim, as exigências daquele artigo 79º

deverão considerar-se integradas quando as indicações da

decisão constituam fundamentação formal suficiente que permita

ao arguido o exercício efectivo dos seus direitos de defesa.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base

PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou RGIT ART79).

Acórdão, de 19.11.2008,

Proc. 930/08

PT - AUDIÇÃO PRÉVIA - PROJECTO DE DECISÃO - I - A

Administração Tributária está obrigada, nos termos do artigo 60º

da LGT, a comunicar ao sujeito passivo o projecto de decisão e a

sua fundamentação para este, querendo, exercer o seu direito de

audição. II - A indicação no projecto de decisão de que este fica a

valer como despacho definitivo se não forem trazidos novos

elementos que permitam alterar o sentido da decisão apenas

pode ser entendida como mera indicação do sentido da decisão

. 14 .

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Notícias InforFisco N.º 89 – Outubro a Dezembro de 2008

que se virá a tomar perante o silêncio do interessado, mas tal não

dispensa essa decisão final, a qual terá obrigatoriamente de ser

notificada ao sujeito passivo, nos termos do artigo 36º do CPPT.

III - Nos termos do nº 3 do artigo 34º do CPT, a instauração da

execução fiscal interrompe a prescrição e, não tendo, entretanto,

ocorrido paragem deste processo por mais de um ano por facto

não imputável à contribuinte, hipótese em que se somaria, para

efeitos de prescrição, o tempo que decorresse após este período

com o que tivesse decorrido até à data da autuação, o prazo

decorrido até ao momento em que ocorreu o facto interruptivo

(instauração da execução) é inutilizado (artigo 326º, nº 1 do CC)

e o novo prazo só começa a contar-se a partir da decisão que lhe

puser termo (artigo 327º, nº 1 do CC).

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base

PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART60 N5).

Acórdão, de 10.12.2008,

Proc. nº 768/08

PT - RECLAMAÇÃO GRACIOSA - INDEFERIMENTO TÁCITO- PRAZO - IMPUGNAÇÃO JUDICIAL - I - O prazo de

apresentação da impugnação judicial, de acordo com o nº 1 do

artigo 102º do Código de Procedimento e de Processo Tributário,

é de 90 dias, a partir, designadamente, do termo do prazo para

pagamento voluntário da prestação tributária [alínea a)], ou da

formação da presunção de indeferimento tácito [alínea d)]. II -

Para efeito de impugnação judicial, ocorre a presunção de

indeferimento tácito de reclamação graciosa seis meses após a

apresentação desta, sem que nela tenha sido proferida decisão

do órgão competente – nos termos das disposições combinadas

dos artigos 106º do Código de Procedimento e de Processo

Tributário, e 57º, n.ºs 1 e 5, da Lei Geral Tributária. III - É

tempestiva a impugnação judicial deduzida, antes do prazo (de

seis meses) de formação da presunção de indeferimento tácito

da respectiva reclamação graciosa, dentro dos 90 dias do termo

do prazo para pagamento voluntário da prestação tributária.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base

. 15 .

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Notícias InforFisco N.º 89 – Outubro a Dezembro de 2008

PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART106).

Acórdão, de 17.12.2008,

Proc. nº 734/08

PT - RECLAMAÇÃO GRACIOSA - INDEFERIMENTO TÁCITO - IMPUGNAÇÃO JUDICIAL - OBJECTO - I - Tendo a reclamação

graciosa como objecto um acto de liquidação, o objecto do

processo de impugnação judicial de indeferimento tácito de

reclamação graciosa embora seja, formalmente, o indeferimento

tácito, é, mediatamente, o acto de liquidação que foi objecto da

reclamação, e é mesmo este acto de liquidação, nos casos de

indeferimento tácito, o único cuja legalidade pode ser apreciada

no processo de impugnação judicial. II - Quando é apresentada

uma reclamação graciosa de um acto de liquidação, o

interessado pode optar por não esperar que seja proferida a

respectiva decisão, podendo optar pela impugnação contenciosa

do acto administrativamente impugnado, mesmo antes de estar

expirado o prazo legal para ser decidida a reclamação, com base

no princípio «de que os prazos, não podendo ser excedidos,

podem, em regra, ser antecipados», desde que já esteja

praticado o acto que é objecto de impugnação.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base

PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CPPT ART106).

5. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO NORTE (TCAN)

TIPO SUMÁRIO

Acórdão, de 16.10.2008,

Proc. 166/07

IRS - MÉTODOS INDIRECTOS - MANIFESTAÇÕES DE FORTUNA - I – Nos termos do disposto no artigo 89º-A da LGT

há lugar a avaliação indirecta da matéria colectável quando o

sujeito passivo declara rendimentos que mostrem uma

desproporção superior a 50% para menos em relação ao

rendimento padrão constante na tabela a que alude o n.º 4 deste

preceito legal. II – Tendo o sujeito passivo procedido à sua

declaração de rendimentos e adquirido posteriormente na

. 16 .

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Notícias InforFisco N.º 89 – Outubro a Dezembro de 2008

Alemanha um veículo pelo preço de € 54.900,00 mas,

comprovadamente com dinheiro pertença de seu pai que

pessoalmente o transferiu da sua conta bancária para um seu

irmão residente na Alemanha, sendo este que procedeu ao

pagamento do veículo, esta aquisição não contende com a

veracidade da declaração de rendimentos efectuada pelo sujeito

passivo, não podendo ser qualificada como manifestação de

fortuna para efeitos de avaliação indirecta da matéria colectável

dada a origem conhecida do rendimento utilizado no pagamento

do preço.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base

PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART89-A).

Acórdão, de 16.10.2008,

Proc. 483/08

IVA - REEMBOLSO - PRAZO - JUROS INDEMNIZATÓRIOS - I - Da mecânica do IVA (método indirecto subtractivo, método do

crédito de imposto ou método das facturas) resulta que o sujeito

passivo pode, relativamente a determinado período, ficar credor

de imposto. II - Regra geral, esse crédito será deduzido nos

períodos seguintes, mas, em casos excepcionais, como o de o

crédito exceder 25 vezes o salário mínimo, pode o sujeito passivo

solicitar o seu reembolso (cf. art. 22º, n.ºs 4 e 5, do CIVA). III - O

pedido de reembolso de IVA, efectuado pelo sujeito passivo

quando da apresentação da declaração periódica a que alude o

art. 40º do CIVA, não dá origem ao seu pagamento imediato,

podendo e devendo a AT proceder a diligências prévias no

sentido de averiguar da legitimidade do reembolso. IV - Os

reembolsos, «quando devidos», «deverão ser efectuados pela

Direcção-Geral dos Impostos até ao fim do 3º mês seguinte ao da

apresentação do pedido, findo o qual poderão os sujeitos

passivos solicitar a liquidação de juros indemnizatórios nos

termos do artigo 43º da Lei Geral Tributária» (art. 22º, nº 8, do

CIVA). V - Se os reembolsos forem concedidos para além do

termo do referido prazo, a única possibilidade de a AT se eximir

ao pagamento dos juros indemnizatórios pedidos é pela

. 17 .

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Notícias InforFisco N.º 89 – Outubro a Dezembro de 2008

demonstração de que o atraso é devido a facto imputável ao

contribuinte. VI - Não serve de justificação a esse atraso, porque

não contende com a legitimidade dos reembolsos, o facto de a

AT estar a aguardar eventuais liquidações de IVA, na sequência

de uma fiscalização ao contribuinte que incide sobre períodos

diferentes daqueles a que se referem os reembolsos pedidos,

com vista a compensar as dívidas resultantes daquelas com

estes. VII - A previsão do nº 9 do Despacho Normativo nº 342/93,

invocada pela AT como fundamento da suspensão dos

reembolsos, não dá cobertura à suspensão para garantir o

pagamento de dívidas de IVA do contribuinte respeitantes a

outros períodos e que ainda não estejam liquidadas; com essa

finalidade – de assegurar a cobrança dos seus créditos

respeitantes a outros períodos, quando exista fundado receio de

frustração da sua cobrança –, pode a AT lançar mão das

providências cautelares que a lei lhe faculta (cf. art. 135º do

CPPT e art. 51º da LGT). VIII - Relativamente à tributação em

custas no caso de inutilidade superveniente da lide, a regra é a

de que as custas ficam a cargo do autor, independentemente de

o facto que provoca a inutilidade ou impossibilidade lhe ser ou

não imputável, a menos que tal facto seja imputável ao réu, caso

em que será este a suportá-las (cf. art. 447º do CPC).

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base

PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIVA ART22

N8).

Acórdão, de 13.11.2008,

Proc. 470/05

IRS - INCIDENCIA - PAGAMENTO - AGREGADO FAMILIAR - CÔNJUGE - RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA - 1. A doutrina

e, sobretudo, a jurisprudência, têm sido persistentes na afirmação

do entendimento segundo o qual as dívidas tributárias são da

responsabilidade de ambos os cônjuges, “nos casos em que

estão em causa actividades lucrativas atento o exercício do

comércio que essas actividades pressupõem e pela presunção

de proveito comum das dívidas contraídas nesse exercício

. 18 .

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[alínea d) do art. 1691º do Código Civil]”. 2. No caso específico do

IRS, é imprescindível atentar, ainda, na especificidade decorrente

do estatuído no art. 14º n.ºs 2 e 3 al. a) CIRS (redacção vigente

nos anos de 1997 a 1999 e com reprodução integral no, actual,

art. 13º n.ºs 2 e 3 al. a) CIRS), no sentido de que “Existindo

agregado familiar, o imposto é devido pelo conjunto dos

rendimentos das pessoas que o constituem, considerando-se

como sujeitos passivos aqueles a quem incumbe a sua direcção”,

sendo que o agregado familiar é constituído, desde logo, pelos

cônjuges não separados judicialmente de pessoas e bens e os

seus dependentes. 3. No campo deste imposto sobre o

rendimento, a disciplina substantiva do tributo estabelece, pois,

um regime privativo, próprio, para a incidência pessoal do tributo,

procedendo a uma identificação clara e precisa de quem reúne

as condições para, ser sujeito passivo, ficar sujeito a IRS. 4.

Assim, no caso de cônjuges não separados judicialmente de

pessoas e bens, os pressupostos do facto tributário devem ter-se

por preenchidos em relação a ambos, sem que se torne

necessário estabelecer a titularidade de cada parcela do

rendimento englobado para efeitos de tributação, do que deriva

serem ambos, solidariamente, responsáveis pelo cumprimento da

dívida tributária, nos termos e para os efeitos do art. 21º nº 1

LGT. 5. Na medida em que os processos de execução fiscal, por

dívidas de IVA e juros compensatórios, dos anos de 1997, 1998 e

1999, foram autuados, apenas, contra o executado-marido, só

podemos, legal e legitimamente, imputar à executada-esposa

responsabilidade pelo pagamento coercivo das mesmas no

pressuposto de que se mostre possível, seja viável, concluir pela

existência de uma dívida susceptível, capaz, de responsabilizar

ambos os cônjuges, a coberto do estatuído no art. 1691º nº 1 al.

d) Cód. Civil. 6. Estando-se em presença de dívidas tributárias

contraídas em função e por motivo do exercício, por parte do,

então, marido da recorrente, da indústria/comércio de construção

. 19 .

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civil, a responsabilidade do respectivo pagamento é de imputar a

ambos, salvo se a executada/recorrente provar que os visados

débitos não foram assumidos em proveito conjunto do casal.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base

PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIRS ART13

N2).

6. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL CENTRAL ADMINISTRATIVO SUL (TCAS)

TIPO SUMÁRIO

Acórdão, de 11.11.2008,

Proc. 2228/08

IRS - INCIDÊNCIA - CATEGORIA B - RENDIMENTOS EMPRESARIAIS - LOTEAMENTO – I - São tributáveis em IRS,

na categoria C (abrangente dos rendimentos comerciais e

industriais) os lucros resultantes de actividade, habitual ou

esporádica, que visa a obtenção do lucro através da revenda ou

transformação de bens, pois na categoria G (mais-valias) cabem

apenas os ganhos inesperados ou fortuitos, os gerados por

valorizações operadas nos bens independentemente de qualquer

esforço ou vontade do respectivo titular, ou seja e como a

doutrina costuma referir, os ganhos trazidos pelo vento

(windfalls). II - Destarte e atento o disposto no art. 4º, nº 1, alínea

e), do CIRS, os ganhos derivados da venda de lotes de terreno

na sequência do loteamento efectuado pelo vendedor, têm de ser

considerados rendimentos de actividade industrial rendimentos

da categoria C) e não como mais-valias (rendimentos da

categoria G). III - Tendo o dono do terreno vendido o terreno que

adquiriu, o que quer dizer que não vendeu os lotes resultantes da

operação de loteamento que foi efectivada no dito terreno já pela

sociedade compradora, realizando diversas infra-estruturas,

desencadeando o competente processo junto da autarquia local

com vista à obtenção das licenças necessárias e desenvolvido as

diligências necessárias à venda dos lotes, naturalmente tendo em

. 20 .

© PricewaterhouseCoopers, 2008

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vista tirar lucro, os ganhos têm de considerar-se como

inesperados ou fortuitos, e, por isso, mais-valias para efeitos de

tributação em IRS e já não como obtidos no âmbito de uma

actividade de natureza comercial por referência ao conceito

económico de comércio constante no art. 4º do CIRS. IV - Não

obsta a essa qualificação o facto de a intenção inicial do

vendedor do terreno quando o adquiriu o terreno, pois o que

releva é, não apenas a decisão de lotear o terreno mas também a

sua concretização mediante a realização no terreno de diversas

infra-estruturas urbanísticas e a promoção do processo de

loteamento, com o propósito objectivado e obter lucros mediante

a venda dos lotes, pois esta actividade com vista à obtenção de

lucro, mesmo que seja acidental ou isolada, é que é determinante

para a qualificação dos ganhos.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base

PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIRS ART4 N1).

Acórdão, de 18.11.2008,

Proc. 16781/07

IRS - INCIDÊNCIA - CATEGORIA B - RENDIMENTOS EMPRESARIAIS - LOTEAMENTOS - 2. A transformação de um

prédio rústico pertença dos impugnantes, conjuntamente com

outros para o efeito constituídos em compropriedade, em lotes de

terreno para construção urbana, e posterior venda desses lotes,

integra actividade que se insere fora do mero uso ou fruição dos

prédios, antes se enquadra em actividade comercial ou industrial,

ainda que constituída por um só acto isolado, tendo como facto a

obtenção de um lucro; 3. A venda dos lotes de terreno que a

cada um veio a caber pela cessação da indivisão da

compropriedade, gera rendimentos sujeitos a IRS, categoria C,

mesmo no caso das pessoas singulares que não exerciam a

actividade de comerciantes (acto de comércio isolado).

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base

PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIRS ART4 N1).

Acórdão, de 25.11.2008,

Proc. 2165/07

SELO - MATÉRIA COLECTÁVEL - SOCIEDADE COMERCIAL - QUOTA - AVALIAÇÃO - 1. O valor de quota social transmitida

. 21 .

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Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

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por herança é determinado pelo último balanço, na suposição de

que esse balanço exprime a situação económica e financeira da

sociedade e, portanto, a medida do enriquecimento gratuito do

património do herdeiro; 2. A correcção oficiosa de tal balanço

pela AT resume-se aos casos em que o mesmo balanço se

mostre elaborado em desconformidade com as regras legais e

contabilísticas vigentes à data da sua elaboração, sendo a

correcção operada de acordo com as respectivas regras legais

de apuramento do lucro tributável, que não segundo as regras

gerais do apuramento do valor dos bens, onde é susceptível de

existir a 1ª e a 2ª avaliação; 3. Perante um requerimento ou

reclamação sem aptidão para iniciar, sequer, um procedimento,

por enfermar de vício que desde logo deva ser liminarmente

indeferido, não tem lugar tal direito à audição do interessado, por

nenhuma instrução ter sido realizada.

O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base PwC

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIS ART31).

Acórdão, de 18.12.2008,

Proc. nº 1877/07

IMI - BF - ISENÇÃO - HABITAÇÃO PRÓPRIA - DOMICÍLIO PROFISSIONAL - 1) O objecto de isenção de CA é o imóvel

adquirido a título oneroso, para residência permanente do sujeito

passivo ou do seu agregado familiar, não gozando da predita

isenção a aquisição de uma fracção autónoma de um prédio que

o sujeito passivo afecte ao seu domicílio profissional. 2) A

audiência do interessado pode ser dispensada por aplicação do

princípio do aproveitamento do acto administrativo, quando seja

evidente que a decisão tomada é a única legalmente possível.

O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base PwC

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou EBF ART46).

Acórdão, de 18.12.2008,

Proc. 2479/08

PT - LGT - IRS - DOMICÍLIO FISCAL - DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO - 1) O domicílio fiscal dos sujeitos passivos é o

local da residência habitual, sendo de presumir, no caso dos

contribuintes casados, que a residência habitual é a do agregado

familiar, isto é, a residência de família adoptada de comum

. 22 .

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Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 89 – Outubro a Dezembro de 2008

acordo. 2) Não tendo o contribuinte demonstrado ter dado

conhecimento à AF, da alteração do seu domicilio fiscal, em

decorrência da dissolução do seu casamento, é de considerar

válida e eficaz a notificação da liquidação do imposto endereçada

ao domicílio fiscal correspondente à residência de família, que

constituiu o casal.

O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base PwC

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou LGT ART19).

Acórdão, de 18.12.2008,

Proc. nº 2496/08

IRC - LIQUIDAÇÃO OFICIOSA - SIGILO BANCÁRIO - DERROGAÇÃO - Do estatuído, nos artigos 83º ,nºs 1 e 10 e 91º,

ambos do CIRC, resulta, de forma clara, que a Administração

Tributária pode servir-se dos elementos probatórios apurados e

comprovados, em resultado do procedimento de derrogação do

sigilo bancário, de que foi alvo o sócio gerente da sociedade

impugnante, para liquidar adicionalmente o imposto devido por

esta.

O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base PwC

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART83 N10).

Acórdão, de 18.12.2008,

Proc. 2293/08

IRC - PROVISÕES - CRÉDITO DE COBRANÇA DUVIDOSA - PRINCÍPIO DA ESPECIALIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS - 1) A

provisão por créditos de cobrança duvidosa, prevista no actual

artigo 35º, nº 1, al. c), do CIRC, só é fiscalmente atendível,

quando existam provas de terem sido efectuadas diligências,

para o seu recebimento. 2) O princípio da especialidade de

exercícios (art. 18º do CIRC) leva a que, apenas, possam ser

escriturados, em cada exercício (ano), os proveitos e os custos

que nele efectivamente tenham sido realizados. Só assim não

sendo, se na data de encerramento das contas do exercício

forem imprevisíveis ou manifestamente desconhecidos (cf. nº 2

do citado art. 18) 3) Todavia, não é qualquer desconhecimento

dos custos - ainda que o mesmo se venha a demonstrar, por

parte do sujeito passivo - que releva à excepção do regime-regra

da periodização do lucro tributável; antes terá de ser um

. 23 .

© PricewaterhouseCoopers, 2008

Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 89 – Outubro a Dezembro de 2008

desconhecimento fundamentado, no sentido de não só

desculpável como atendível, à luz do princípio de justiça, a fim de

não penalizar, excessiva e desproporcionadamente, aquele

sujeito passivo, por não ter contabilizado o custo no exercício

normalmente devido, em virtude de tal se ter ficado a dever a

comportamento tido como normalmente exigível, segundo

critérios de um “bonnus pater familiae”.

O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base PwC

InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou CIRC ART35 N1).

7. JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DAS COMUNIDADES EUROPEIAS

TIPO SUMÁRIO

Acórdão, de 16.10.2008,

Proc. C-253/07

Hockey Clubs

IVA - DIRECTIVA - ISENÇÃO - ACTIVIDADES DESPORTIVAS - INSTITUIÇÕES DESPORTIVAS - 1) O artigo 13º, A, nº 1, alínea

m), da Sexta Directiva 77/388/CEE do Conselho, de 17 de Maio

de 1977, relativa à harmonização das legislações dos Estados-

Membros respeitantes aos impostos sobre o volume de negócios

– Sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado:

matéria colectável uniforme, deve ser interpretado no sentido de

que abrange igualmente, no contexto de pessoas que praticam

desporto, prestações de serviços fornecidas a pessoas colectivas

e a associações não registadas, desde que – o que compete ao

órgão jurisdicional de reenvio verificar – essas prestações

tenham uma estreita conexão com a prática do desporto e sejam

indispensáveis à sua realização, sejam efectuadas por

organismos sem fins lucrativos e que os beneficiários efectivos

das referidas prestações sejam pessoas que praticam desporto.

2) A expressão «certas prestações de serviços estreitamente

conexas com a prática do desporto», utilizada no artigo 13º, A, nº

1, alínea m), da Sexta Directiva 77/388, não autoriza os

Estados-Membros a restringir a isenção prevista nesta disposição

. 24 .

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Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

Notícias InforFisco N.º 89 – Outubro a Dezembro de 2008

por referência aos destinatários das prestações de serviços em

causa.(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na

Base PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou DIR

77/388/CEE ART13 A N1 M)

Acórdão, de 6.11.2008,

Proc. C-291/07

TRR

IVA - DIRECTIVA - TERRITORIALIDADE - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - CONSULTADORIA - O artigo 9º, nº 2, alínea e), da

Sexta Directiva 77/388/CEE do Conselho, de 17 de Maio de

1977, e o artigo 56º, nº 1, alínea c), da Directiva 2006/112/CE do

Conselho, de 28 de Novembro de 2006, relativa ao sistema

comum do imposto sobre o valor acrescentado, devem ser

interpretados no sentido de que o destinatário de serviços de

consultadoria, prestados por um sujeito passivo estabelecido

noutro Estado-Membro, que exerce tanto actividades económicas

como actividades não abrangidas pelo âmbito de aplicação

dessas directivas, deve ser considerado sujeito passivo, mesmo

que os referidos serviços só sejam utilizados para efeitos destas

últimas actividades.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base

PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou DIR

2006/112/CE ART56 N1 C).

Acórdão, de 11.12.2008,

Proc. C-285/07

AT

IRC - PERMUTA DE ACÇÕES - REGIME COMUM - O artigo 8º,

n.ºs 1 e 2, da Directiva 90/434/CEE do Conselho, de 23 de Julho

de 1990, relativa ao regime fiscal comum aplicável às fusões,

cisões, entradas de activos e permutas de acções entre

sociedades de Estados-Membros diferentes, opõe-se a uma

regulamentação de um Estado-Membro segundo a qual a

permuta de acções dá origem à tributação dos sócios da

sociedade adquirida pelas mais-valias resultantes da entrada de

capital correspondentes à diferença entre o custo inicial de

aquisição das participações sociais objecto da entrada e o seu

valor venal, a menos que a sociedade adquirente inscreva o valor

contabilístico histórico das participações sociais objecto da

entrada no seu próprio balanço fiscal.

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Toda a informação contida neste documento está apresentada em forma resumida, sendo a respectiva informação integral susceptível de ser consultada na Base de Dados InforFisco.

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(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base

PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou DIR 90/434/CEE

ART8).

Acórdão, de 11.12.2008,

Proc. C-371/07

Danfoss

IVA - DIRECTIVA - AUTOCONSUMO EXTERNO - REFEIÇÕES - DEDUÇÃO - EXCLUSÃO - 1) O artigo 17º, nº 6, segundo

parágrafo, da Sexta Directiva 77/388/CEE do Conselho, de 17 de

Maio de 1977, relativa à harmonização das legislações dos

Estados-Membros respeitantes aos impostos sobre o volume de

negócios – Sistema comum do imposto sobre o valor

acrescentado: matéria colectável uniforme, deve ser interpretado

no sentido de que se opõe a que um Estado-Membro aplique,

posteriormente à entrada em vigor desta directiva, uma exclusão

do direito à dedução do imposto sobre o valor acrescentado a

montante que onera as despesas relativas às refeições

fornecidas gratuitamente pelas empresas, nas suas cantinas, a

pessoas das suas relações comerciais e ao pessoal por ocasião

de reuniões de trabalho, quando no momento dessa entrada em

vigor esta exclusão não era efectivamente aplicável às referidas

despesas, em razão de uma prática administrativa que tributava

as prestações fornecidas por essas cantinas pelo seu preço de

custo calculado com base nos custos de produção, isto é, no

preço das matérias-primas e nos custos salariais relativos à

confecção e venda desses alimentos e bebidas bem como à

administração das cantinas, em contrapartida do direito à

dedução total do imposto sobre o valor acrescentado pago a

montante. 2) O artigo 6º, nº 2, da Sexta Directiva 77/388 deve ser

interpretado no sentido de que esta disposição, por um lado, não

visa o fornecimento gratuito de refeições pelas empresas, nas

suas cantinas, a pessoas das suas relações comerciais por

ocasião de reuniões que se realizam nas instalações dessas

empresas, quando resulte de dados objectivos – que cabe ao

órgão jurisdicional de reenvio verificar – que essas refeições são

fornecidas para fins estritamente profissionais. Por outro lado, a

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referida disposição visa, em princípio, o fornecimento gratuito de

refeições por uma empresa ao seu pessoal nas suas instalações,

a menos que – o que cabe também ao órgão jurisdicional de

reenvio verificar – as exigências da empresa, como a de garantir

a continuidade e o bom ritmo das reuniões de trabalho,

imponham que o fornecimento das refeições seja assegurado

pela entidade patronal.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base

PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou DIR 77/388/CEE

ART6 N2).

Acórdão, de 11.12.2008,

Proc. C-407/07

Stichting

IVA - DIRECTIVA - AGRUPAMENTO AUTÓNOMO DE PESSOAS - ISENÇÃO - O artigo 13º, A, nº 1, alínea f), da Sexta

Directiva 77/388/CEE do Conselho, de 17 de Maio de 1977,

relativa à harmonização das legislações dos Estados-Membros

respeitantes aos impostos sobre o volume de negócios – Sistema

comum do imposto sobre o valor acrescentado: matéria

colectável uniforme, deve ser interpretado no sentido de que,

desde que estejam preenchidos os outros requisitos impostos por

esta disposição, as prestações de serviços fornecidas aos seus

membros por agrupamentos autónomos beneficiam da isenção

prevista na referida disposição, mesmo quando estas prestações

sejam fornecidas a um único ou a alguns dos referidos membros.

(O texto integral deste Acórdão pode ser consultado na Base

PwC InforFisco. Pesquisa: Descritores supra ou DIR 77/388/CEE

ART13 A N1 F).

8. NOTAS DE ENQUADRAMENTO

As notas constantes dos números seguintes não pretendem ser uma análise exaustiva dos textos

a que se reportam, mas tão somente permitir, através de uma leitura rápida, o conhecimento dos

aspectos essenciais do seu conteúdo.

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Lei n.º 64-A/2008, de 31 de Dezembro (OE para 2009). Referem-se, nos pontos seguintes, os

aspectos mais relevantes das alterações introduzidas ao sistema fiscal pela Lei que aprovou o

Orçamento do Estado para 2009.

1. IRS – IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS SINGULARES 1.1. Categoria A. Passes sociais. As importâncias relativas a passes sociais atribuídos pelas

empresas aos respectivos trabalhadores, com carácter geral, não constituem rendimento sujeito

a IRS, sendo consideradas como custo fiscal da entidade patronal (CIRS, art. 2º, nº 8, al. d) e

CIRC, art. 40º, nº 15).

1.2. Categoria B. Transparência fiscal. O adiantamento por conta de lucros passa a ser objecto

de imputação, no ano em que forem pagos ou colocados à disposição, quando auferidos por

pessoas ou membros de entidades sujeitas ao regime de transparência fiscal e desde que

superiores à matéria colectável que, nesse ano, fosse imputada nos termos do artigo 6.º do

Código do IRC. É prevista a eliminação da dupla tributação desses rendimentos, através dos

necessários ajustamentos nos anos subsequentes (CIRS, art. 20º, n.ºs 1 e 5).

A opção pela tributação segundo o regime da Categoria A (Trabalho Dependente) os

rendimentos auferidos pela prestação de serviços a uma única entidade não é extensiva a sócios

de sociedades de profissionais abrangidas pelo regime de transparência fiscal (CIRS, art. 28º, nº

8).

1.3. Categoria E. Swaps. É revogado o nº 10 do artigo 5º do Código do IRS, que equiparava a

juros os rendimentos relativos a swaps e operações cambiais a prazo (Lei nº 64-A/2008, art. 68º).

Vd., também, no que respeita a rendimentos distribuídos por fundos de investimento, o ponto

8.2.2.

1.4. Categoria F. Rendimentos Prediais. Vd. ponto 8.1.3.

1.5. Categoria G. Reinvestimento em habitação própria. Os ganhos realizados com a

alienação onerosa de prédios destinados a habitação própria e permanente dos sujeitos ou do

seu agregado familiar podem ser excluídos da tributação em IRS se, dentro de determinado

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prazo, forem reinvestidos na aquisição de outro prédio com a mesma finalidade. A intenção de

reinvestir esses ganhos deve constar da declaração do IRS, do ano da venda e dela, bem como

das dos anos posteriores, os valores efectivamente reinvestidos. O prazo para o reinvestimento

daquele valor foi elevado de 24 para 36 meses. A referida exclusão verifica-se, igualmente, no

caso desses ganhos serem utilizados para pagamento de aquisição efectuada, com aquela

finalidade, nos 24 meses anteriores (antes este prazo era de 12 meses). Observa-se que os

novos prazos são aplicáveis às situações em que o período de 24 ou de 12 meses ainda esteja a

decorrer ou se extinga no ano de 2009 (CIRC, art. 10º, nº 5, als. a) e b) e Lei nº 64-A/2008, de

31.12, art. 69º., nº 3).

Vd. também, pontos 8.1.2 e 8.2.3 1.6. Categoria H. Pensões. Clarifica-se no texto da lei que não são sujeitas a IRS as pensões ou

indemnizações auferidas por lesão corporal, doença ou morte em resultado do cumprimento do

serviço militar (CIRS, art. 12º, nº 1).

1.7. Pessoas com deficiência. Os rendimentos brutos das Categorias A, B e H obtidos em 2009

por sujeitos passivos com deficiência fiscalmente relevante são considerados apenas em 90%,

com o limite de € 2500 por cada categoria de rendimentos (Lei n.º 64-A/2008, art. 69º, n.ºs 1 e 2).

1.8. Dedução de perdas. Sempre que a matéria colectável do IRS seja determinada por

métodos indirectos não há lugar à dedução de resultado de perdas apuradas em qualquer

categoria de rendimentos, sem prejuízo de reporte para exercícios posteriores, dentro do período

legal (CIRS, art. 55º, nº 7).

1.9. Taxas e mínimo de existência. Os escalões das taxas gerais do IRS são actualizadas em

2,5% (CIRS, art. 68º). O mínimo de existência, não tributado quando referido a rendimentos

predominantemente respeitantes ao trabalho dependente, é igualmente actualizado em 2,5%

(CIRS, art. 70º, nº 1). 1.10. Taxas liberatórias. Não residentes. Os sujeitos passivos residentes na União Europeia,

ou no Espaço Económico Europeu, neste caso desde que exista intercâmbio de informações,

passam a poder solicitar o reembolso das retenções na fonte que lhes sejam efectuadas sobre

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rendimentos resultantes do exercício de actividades profissionais em território português, actos

isolados, incluindo rendimentos de espectáculos ou de desportistas. O reembolso, que deve ser

solicitado no prazo de 2 anos, reporta-se às importâncias retidas na fonte, na parte em que

sejam superiores ao que resultaria da aplicação das tabelas de taxas gerais de IRS, tendo em

consideração todos os rendimentos, incluindo os que forem obtidos fora daquele território, nas

mesmas condições que são aplicáveis aos residentes. Para o efeito, são dedutíveis os encargos

suportados pelo sujeito passivo para a realização dos rendimentos obtidos em Portugal, desde

que, devidamente comprovados, estejam directa e exclusivamente com eles relacionados. A

restituição deve efectivar-se até ao fim do 3º mês seguinte ao da apresentação dos elementos

comprovativos, fim o qual passam a ser devidos juros indemnizatórios a taxa idêntica à aplicável

aos juros compensatórios a favor do Estado. O pedido de restituição determina a informação

espontânea ao Estado da residência do contribuinte (CIRS, art, 71º, n.ºs 8 a 11).

1.11. Deduções à colecta. Para além de actualizações dos limites máximo das deduções que se

não encontram indexadas à retribuição mínima mensal em percentagens variáveis entre 2,5% e

3,2%, assinalam-se as seguintes modificações:

1.11.1. Encargos relativos a habitação. A dedução de encargos relativos à aquisição de

imóveis destinados a habitação própria e permanente ou para arrendamento devidamente

comprovado para habitação permanente, passa a ser extensiva a imóveis situados na União

Europeia ou no Espaço Económico Europeu, neste caso, desde que exista intercâmbio de

informações (CIRS, art. 85º, nº 1).

Vd. também, ponto 8.1.4)

1.11.2. Energias renováveis e veículos. A dedução relativa a aquisição de equipamentos novos

para utilização de energias renováveis passa a contemplar também, dentro de um único limite, a

aquisição de veículos sujeitos a matrícula exclusivamente eléctricos ou movidos a energias

alternativas não combustíveis (CIRS, art. 85º, nº 2).

1.11.3. Aquisição de computadores. A dedução à colecta do IRS relativa à aquisição de

computadores, nas condições previstas no artigo 68º do EBF, mantém-se com referência aos

anos de 2009 a 2011 (EBF, art. 68º).

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1.11.4. Pessoas com deficiência. A dedução à colecta de sujeitos passivos com deficiência

fiscalmente relevante eleva-se de 3,5 vezes para 4 vezes a remuneração mínima mensal (CIRS,

art. 87º, nº 1). Eleva-se, também, de duas para quatro vezes a retribuição mínima mensal a

dedução relativa a despesas de acompanhamento por cada sujeito passivo ou dependente, cujo

grau de invalidez permanente, devidamente comprovado, seja igual ou superior a 90% (CIRS,

art. 87º, nº 5). Quanto ao englobamento de rendimentos dos sujeitos passivos nestas condições,

vd. ponto 1.7.

1.11.5. Pensões de alimentos. Passam a ser dedutíveis à colecta 20% das importâncias

comprovadamente suportadas e não reembolsadas relativas a pensões de alimentos a que o

sujeito passivo esteja obrigado por sentença judicial ou por acordo homologado nos termos da lei

civil, salvo nos casos em que o beneficiário integre o seu agregado familiar ou relativamente ao

qual estejam previstas outras deduções à colecta (CIRS, art. 83º-A). Observa-se que até 2008,

inclusive, estes montantes eram dedutíveis ao rendimento líquido global do sujeito passivo.

1.12. Obrigações declarativas. Declaração modelo 11. Passa a ser extensiva às entidades e

profissionais competentes para autenticar documentos particulares que titulem actos sujeitos a

registo predial, a obrigação de comunicação de actos susceptíveis de produzir rendimentos

sujeitos a IRS (CIRS, art. 123º).

1.13. Regime opcional para não residentes. É instituído um regime opcional para os residentes

noutro Estado membro da União Europeia ou no Espaço Económico Europeu, neste caso desde

que exista intercâmbio de informações, que obtenham em território português rendimentos do

trabalho dependente, rendimentos empresariais ou pensões (Categorias A, B e H). Quando estes

rendimentos representem, pelo menos 90% da totalidade dos seus rendimentos totais relativos

ao ano em causa, incluindo os obtidos fora daquele território, podem optar pelo regime de

tributação aplicável aos sujeitos passivos residentes em Portugal (CIRS, art. 17º-A). A opção

efectiva-se através da entrega da declaração periódica de rendimentos. Independentemente da

opção, os referidos rendimentos são sujeitos a retenção na fonte às taxas aplicáveis aos não

residentes (CIRS, art. 17º-A).

1.14. Empresas de transportes – Vd. ponto 2.11

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2. IRC – IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS COLECTIVAS

2.1. Benefícios Fiscais. Segurança social. Tal como ocorrida já relativamente aos rendimentos

dos fundos de capitalização, os rendimentos de capitais administrados pelas instituições de

segurança social passam a beneficiar de isenção (CIRC, art. 9º, nº 1, al. c).

2.2. Empresas de seguros. Contribuições adicionais. Tal como se encontrava já previsto

relativamente às instituições financeiras sujeitas à supervisão do Banco de Portugal, as

contribuições suplementares para fundos de pensões e equiparáveis que devam ser efectuadas

pelas seguradoras em virtude da adopção do novo Plano de Contas para as Empresas de

Seguros, não relevam para efeitos do cálculo do limite previsto nos n.ºs 2 e 3 do artigo 40º do

Código do IRC. Esta regra, destinada a vigorar por um período transitório de cinco anos, abrange

as contribuições efectuadas no exercício de 2008 (CIRC, art. 40º, nº 13, al. b).

2.3. Passes sociais. Vd. ponto 1.1

2.4. Taxas. São criados dois escalões de taxas, aplicáveis às entidades residentes em território

português, que exerçam a título principal uma actividade comercial, industrial ou agrícola, bem

como às não residentes que nele exerçam a sua actividade através de estabelecimento estável:

12,5% até ao limite de € 12 500 de matéria colectável e 25% sobre o excedente. Aquela taxa

reduzida não é, porém, aplicável, ficando a totalidade da matéria colectável sujeita à taxa de

25%, quando:

- Em consequência de operação de cisão, reorganização ou reestruturação empresarial

efectuada depois de 31 de Dezembro de 2008, uma ou mais das sociedades envolvidas

venham a apurar matéria colectável igual ou inferior a € 12 500;

- O capital de uma das entidades seja realizado, no todo ou em parte, através da

transferência do património individual de pessoa singular e a actividade por aquela

exercida seja substancialmente idêntica à que era exercida a título individual (CIRC, art.

81º, n.ºs 1, 2 e 7).

É permitida a opção pelas novas taxas do IRC às entidades que, por disposição constante de

legislação avulsa, beneficiem de taxas especiais ou reduzidas (cooperativas, estabelecimentos

de ensino, interioridade, etc.). A opção não depende de qualquer formalismo específico, sendo

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exercida na declaração periódica de rendimentos (Lei nº 64-A/2008, de 31 de Dezembro, art.

73º).

Observa-se que as taxas do IRS aplicáveis nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira

são estabelecidas em diplomas regionais: DLR nº 2/99/A, de 20.1e DRL 45/2008/M, de 31.12,

respectivamente.

2.5. Não residentes. Retenção na fonte. As pessoas colectivas não residentes em território

português, mas com residência na União Europeia ou no Espaço Económico Europeu, neste

caso desde que exista intercâmbio de informações, passam a poder solicitar a devolução de

importâncias retidas na fonte sobre rendimentos relativos a prestações de serviços, comissões

de intermediação e actividades de profissionais de espectáculos e desportistas, em condições

idênticas às previstas para as pessoas singulares, na parte em que o imposto retido exceda o

que resultaria da aplicação das taxas do IRC às entidades residentes (CIRC, art. 88º, nº 8) (vd.

ponto 1.9).

2.6. Pagamentos por conta. Os pagamentos por conta, que se encontravam fixados em 75% e

85% do imposto liquidado no exercício anterior, consoante o volume de negócios da empresa

fosse igual ou superior a € 498 797,90, passam a ser, respectivamente, de 70% e de 90% (CIRC,

art. 97º, n.ºs 2 e 3).

2.7. Pagamento especial por conta. No cálculo do montante do PEC passam a considerar-se

os pagamentos por conta relativos ao ano anterior calculados nos termos legais e não já os que

tenham sido efectuados pelo sujeito passivo (CIRC, art. 98º, nº 3).

2.8. Declarações de substituição. O prazo para entrega de declaração de substituição de

anterior autoliquidação, de que tenha resultado imposto superior ou devido ou prejuízo fiscal

inferior ao efectivo, encontra-se fixado em um ano, a contar do termo do prazo legal. Passa a ser

considerado, para o início da contagem daquele prazo, em caso de qualquer decisão,

administrativa ou judicial, superveniente, a data em que o declarante dela tome conhecimento.

Neste caso, o prazo de caducidade do direito à liquidação é alargado até ao termo daquele

prazo, acrescido de um ano (CIRC, art. 114º, n.ºs 3 e 4).

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2.9. Regime simplificado. Deixa de ser possível a opção pelo regime simplificado de

determinação do lucro tributável. Este regime mantém-se, porém, aplicável aos sujeitos passivos

nele actualmente enquadrados, que, salvo opção pelo regime geral ou ocorrência de qualquer

das situações que determinam a sua cessação, nele poderão permanecer até ao final do período

de três exercícios ainda a decorrer. Findo este período, cessa definitivamente a aplicação deste

regime.

A opção pelo regime geral deve ser manifestada na declaração periódica relativa ao período de

tributação iniciado em 2009 (Lei nº 64-A/2008, art. 72º).

Observa-se que é concedida autorização ao Governo para promover a criação de um novo

regime simplificado, para as empresas de pequena dimensão, de base contabilística (Lei nº 64-

A/2008, art. 74º, nº 3).

2.10. Programas e equipamentos informáticos de facturação. Os programas e equipamentos

informáticos de facturação passam a ficar dependentes de prévia certificação pela Direcção-

Geral dos Impostos, em termos a definir por portaria do Ministro das Finanças (CIRC, art. 115º,

nº 9).

2.11. Empresas de transportes. Relativamente ao exercício de 2009, as empresas de

transporte público de passageiros e de mercadorias beneficiam de isenção de IRC (ou sendo o

caso de IRS) quanto à diferença positiva entre as mais-valias e menos-valias resultantes da

transmissão onerosa de veículos desde que seja efectuado o reinvestimento em veículos novos.

Beneficiam, ainda, de uma majoraçao de 20% dos custos suportados com a aquisição de

combustíveis em território português (EBF, art. 70º).

2.12. Mecenato. O limite dos donativos atribuídos ao abrigo do artigo 62º do EBF (mecenato

social) é, em 2009, elevado de 8/1000 para 12/1000 do volume de vendas ou dos serviços

prestados, sempre que se destinem a iniciativas de luta contra a pobreza, desde que a entidade

destinatária seja objecto de reconhecimento prévio por despacho do Ministro das Finanças.

2.13. Normas Internacionais de Contabilidade. É concedida autorização ao Governo para

alterar a legislação do IRC de forma a adaptar as respectivas regras às normas internacionais de

contabilidade (Lei nº 64-A/2008, art. 74º n.ºs 1 e 2).

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2.14. Incentivos à reabilitação urbana e ao arrendamento habitacional. Vd. pontos 8.1.1 e

8.2.1

3. IVA - IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO

3.1. Mecenato. Beneficiam de isenção de IVA, com direito a dedução, as transmissões de

quaisquer bens a título gratuito para posterior distribuição a pessoas carenciadas, efectuadas a

IPSS e organizações não governamentais sem fins lucrativos. Esta isenção já vigorava

anteriormente, mas apenas com referência a bens alimentares (CIVA, art. 15º, nº 10).

3.2. Operações imobiliárias. É alterada a redacção do nº 4 do art. 2º do DL nº 21/2007, de 29

de Janeiro, que estabelece o regime da renúncia à isenção do IVA nas operações imobiliárias, no

sentido de possibilitar a opção pelo regime de tributação no caso de sublocação de bens imóveis,

desde que estes se destinem a fins industriais.

3.3. Créditos incobráveis. A recuperação do IVA relativo a créditos considerados incobráveis,

de montante superior a € 750 e inferior a € 8 000, IVA incluído, passa a ser sujeito às seguintes

condições:

- O devedor, sendo um particular ou um sujeito passivo que realize exclusivamente operações

isentas sem direito a dedução, constar no registo informático de execuções como executado

contra quem foi movido processo de execução anterior entretanto suspenso ou extinto por não

terem sido encontrados bens penhoráveis;

- O devedor, sendo um sujeito passivo que realize exclusivamente operações isentas sem direito

a dedução, conste da lista de acesso público de execuções extintas com pagamento parcial ou

por não terem sido encontrados bens penhoráveis no momento da execução.

Observa-se que este regime não é aplicável quando estejam em causa operações cujo

adquirente ou destinatário constasse, no momento da sua realização, da lista de acesso público

de execuções extintas com pagamento parcial ou por não terem sido encontrados bens

penhoráveis (CIVA, art. 78º, n.ºs 8, als. b) e e) e 17).

(Vd. CPCIVIL, art. 806.º e Dec.Lei nº 201/2003, de 10.12, relativo ao registo informático de

execuções)

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3.4. Taxas reduzidas. Passam a ser tributadas à taxa reduzida, os seguintes bens e serviços:

- Cadeiras e assentos próprios para o transporte de crianças em veículos automóveis, bem

como de outros equipamentos de retenção para o mesmo fim (Lista I, Verba 2.29).

- Prestações de serviços de manutenção ou reparação de próteses, equipamentos,

aparelhos, artefactos e outros bens referidos nas verbas 2.2, 2.8 e 2.9 (Lista I, Verba

2.30).

3.5. Vendas a exportadores nacionais. A isenção do IVA nas vendas efectuadas a

exportadores nacionais, destinadas a exportação, passa a ser aplicável apenas às vendas de

mercadorias de valor superior a € 1000 (DL nº 198/90, de 19.6, art. 6º, na redacção dada pelo DL

nº 96/2004, de 23.4). Sobre a aplicação deste regime de isenção, na sua actual redacção, vd.

Circular nº 6/2009, Série II, da DGAIEC, de 13.1.2009).

3.6. Importação de Mercadorias. É aprovado o regime de isenção do IVA e dos IEC na

importação de mercadorias transportadas na bagagem pessoal dos viajantes, em conformidade

com a Directiva 2007/74/CE, do Conselho, de 20 de Dezembro (Lei nº 64-A/2008, art. 116º).

4. IMPOSTO DO SELO. As mais significativas alterações introduzidas ao Código do Imposto do

Selo relacionam-se com a possibilidade legal, admitida no Dec.Lei nº 116/2008, de 4 de Julho, de

serem titulados por documento particular autenticado, os actos que importem reconhecimento,

constituição, aquisição, modificação, divisão ou extinção de direitos reais sobre imóveis. A

autenticação, cuja validade depende de depósito electrónico dos documentos nos termos da

Portaria nº 1535/2008, de 30 de Dezembro, pode ser efectuada por notários, serviços de registo,

advogados, solicitadores bem como por câmaras de comércio e indústria. Esta possibilidade está

em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2009. Anteriormente, os negócios jurídicos relativos a bens

imóveis – salvo no caso de utilização do procedimento previsto no Dec.Lei nº 263-A/2007, de 23

de Julho (“Casa Pronta”) ou de previsão em lei especial – só podiam ser formalizados por

escritura pública, lavrada em notário. Era a esta entidade que cabia, então, liquidar o imposto do

selo eventualmente devido, nos termos da verba 1.1 da respectiva Tabela. Com as alterações

agora introduzidas ao respectivo Código, a liquidação do imposto relativo à transmissão dos bens

passa a ser efectuada em momento prévio à sua formalização, seja através de escritura pública

ou de documento particular, pelos serviços da administração fiscal mediante declaração do

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interessado. O imposto relativo a outros actos e documentos sujeitos a autenticação passa a ser

da competência do profissional ou entidade que autenticar o documento particular ou celebrar a

escritura pública.

4.1. Sujeitos passivos. Passam a ser sujeitos passivos as entidades e profissionais que

autentiquem documentos particulares, quando esta forma seja admitida em alternativa à escritura

pública (CIS, art. 2 nº 1, als. a) e n). Salvo nos casos em que o sujeito passivo seja o adquirente

dos bens, é a estas entidades que cabe liquidar e entregar ao Estado o imposto que for devido

pelos contratos e documentos que lhes sejam apresentados para quaisquer efeitos legais.

Todavia, nos actos a que se refere a verba 1.1 da Tabela (aquisição de direitos reais sobre

imóveis a título oneroso ou por doação), o sujeito passivo da obrigação de imposto é a pessoa,

singular ou colectiva, para quem se transmitem os bens (CIS, art. 2º, nº 3).

Aquelas entidades passam, ainda, a ser solidariamente responsáveis pelo pagamento do

imposto sempre que tenham colaborado na falta da respectiva liquidação, ainda que por mera

negligência (CIS, art. 42º, nº 1).

4.2. Facto gerador. A obrigação tributária constitui-se, nos documentos particulares ou qualquer

outro título, quando essa forma seja admitida em alternativa à escritura pública, no momento da

sua autenticação ou reconhecimento das assinaturas neles apostas (CIS, art. 5º, al. s).

4.3. Incidência. As transmissões gratuitas, a favor de pessoas colectivas sujeitas a IRC, são

excluídas da incidência do imposto do selo. Todavia, este tributo recai, cumulativamente, quer

sobre as transmissões gratuitas, qualquer que seja o título por que se operem (Verba 1.2 da

Tabela), bem como as transmissões por doação de bens imóveis (Verba 1.1). Colocava-se, pois,

a dúvida sobre se uma transmissão por doação a favor de uma pessoa colectiva, excluída do

selo previsto na Verba 1.2 se encontrava, ou não, excluída do imposto previsto na Verba 1.1. O

entendimento da administração fiscal orientou-se no sentido de que o imposto relativo à doação,

a que se refere esta verba, era sempre devido, não se contendo no âmbito da exclusão. É, pois,

esta orientação que passa, agora, a ter consagração legal (CIS, art. 1º, nº 5).

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Deixam de ser tributadas em imposto do selo os seguintes actos e operações (Lei nº 64-A/2008,

art. 83º).

- Comodato;

- Depósito civil;

- Exploração, pesquisa e prospecção de recursos geológicos;

- Registo de marcas e patentes;

- Operações aduaneiras;

- Dívida pública estrangeira;

- Vales de correio;

- Transferência de sede de empresas domiciliadas na Comunidade Europeia.

4.4. Isenções. As transmissões gratuitas a favor de unidos de facto passam a beneficiar de

isenção deste imposto em condições análogas às dos cônjuges. A isenção restringe-se à

tributação prevista na Verba 1.2 da Tabela. O imposto devido por doação de bens imóveis, a que

se refere a Verba 1.1, não é abrangida pela isenção, aliás, conforme entendimento da

administração tributária, que passa agora a ter consagração legal.

São isentas de selo as garantias a favor do Estado, constituídas em 2009, no âmbito de

processos de execução fiscal e de pagamentos em prestações ao abrigo do Dec.Lei nº 124/96,

de 1º de Agosto.

4.5. Liquidação. São modificadas as regras de liquidação do imposto relativo às transmissões,

que, em geral, passa a ser da competência da administração fiscal, nas seguintes condições:

- Se pelo acto for devido apenas o imposto previsto na Verba 1.1 (doações a favor de

pessoas colectivas e transmissões onerosas de bens imóveis), a liquidação é efectuada

pelos serviços tributários, em face de declaração do interessado, em momento prévio à

formalização da aquisição (CIS, art.23º, nº 4).

- Se for cumulativamente devido o imposto previsto nas verbas 1.1 e 1.2 (doações de

imóveis), a liquidação do imposto é também efectuada pelos serviços fiscais em face da

participação dos beneficiários da doação, em momento posterior ao acto, mas sempre até

ao final do 3º mês seguinte ao da constituição da obrigação tributária (CIS, art. 23º, nº 5).

Nos restantes casos, a competência para a liquidação continua a ser dos sujeitos passivos.

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4.6. Directiva reuniões de capitais. São acolhidas no Código do Imposto do Selo as regras

comunitárias previstas na Directiva 2008/7/CE, de 12 de Fevereiro de 2008, relativa as impostos

indirectos que incidem sobre reuniões de capitais. As operações de reestruturação de

sociedades (fusões, cisões, entradas de activos) antes isentas de selo, passam a ser excluídas

da tributação.

5. IMI – IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE IMÓVEIS. A par de diversas modificações relativas ao

funcionamento das comissões de avaliação, destacam-se, na área deste imposto as seguintes:

5.1. Avaliação de prédios já inscritos nas matrizes. Os prédios avaliados ao abrigo da

legislação anterior ao Código do IMI, são objecto de avaliação, para efeitos fiscais, quando

constituam objecto de uma primeira transmissão, onerosa ou gratuita, ocorrida a partir de 1 de

Dezembro de 2003. Esta avaliação passa a ser facultativa, salvo pedido expresso dos

beneficiários da transmissão, quando esta se operar por transmissão por morte a favor de

cônjuge, ascendentes ou descendentes do autor da herança (DL nº 287/2003, de 12.11, art. 15º,

nº 8).

5.2. Prédios em ruínas. A determinação do valor tributável dos prédios em ruínas, segundo os

critérios legais relativos à avaliação de terrenos para construção, fica dependente de deliberação

da respectiva Câmara Municipal (CIMI, art. 46º, nº 4). Estes prédios são tributados a uma taxa

elevada ao triplo (CIMI, art. 112º, n.ºs 3 e 15.º) e não são abrangidos pela cláusula de

salvaguarda, que limite o acréscimo do imposto a um determinado limite (DL 287/2003, de 12.11,

art. 25º, nº 4, al. b). A identificação dos prédios nestas condições é da competência dos

respectivos municípios.

5.3. Conceito de terreno para construção. É alterado o conceito de “terreno para construção”,

no sentido de passarem também a ser como tal considerados os terrenos relativamente aos

quais seja admitida comunicação prévia ou emitida informação prévia favorável de operação de

loteamento ou de construção – vd. Dec-Lei nº 555/99, de 16.12, Regime Jurídico da Urbanização

e Edificação (CIMI, art. 6º, nº 3).

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5.4. Segundas avaliações. É facultada às Câmaras Municipais a possibilidade de promoverem

uma segunda avaliação dos prédios urbanos quando não concordarem com o resultado da

primeira (CIMI, art. 76º, nº 1). Para o efeito, a Direcção-Geral dos Impostos passa a disponibilizar

aos municípios, por via electrónica, a informação relativa às avaliações (CIMI, art. 139º)

Em segunda avaliação, requerida pelo sujeito passivo ou promovida pelos serviços fiscais ou

pela câmara municipal, a comissão de avaliação avalia o prédio em causa em conformidade com

os índices legais definidos nos artigos 38º e seguintes do Código do IMI. Todavia, se considerar

que o valor patrimonial assim obtido se encontra distorcido em relação ao valor normal de

mercado do prédio em causa, fixa um novo valor patrimonial tributário, relevante apenas para

efeitos de IRS, IRC ou de IMT. Este valor, devidamente fundamentado, é determinado através do

método do custo adicionado do valor do terreno ou por aplicação do método comparativo dos

valores de mercado, consoante se reporte a edificações ou terrenos (CIMI, art. 76º, nº 4).

Para o efeito, considera-se que o valor patrimonial tributário de um prédio, determinado de

acordo com as regras dos artigos 38º e seguintes do CIMI, se encontra distorcido se for superior

ou inferior a 15% do seu valor de mercado (CIMI, art. 76º, n.ºs 4 a 6).

Passa, também, a ser admitida a realização de uma segunda avaliação, a pedido do sujeito

passivo, ou promovida pelos serviços fiscais ou pela câmara municipal, sempre que considerem

que o valor de um prédio urbano se encontra distorcido, para os referidos efeitos. O pedido ou a

promoção da avaliação devem ser devidamente fundamentados (CIMI, art. 76º, nº 6).

Contrariando o princípio geral da gratuitidade do procedimento administrativo consagrado no

artigo 11º do Código de Procedimento Administrativo, é estabelecido que as segundas avaliações de prédios urbanos deixam de ser gratuitas, passando a ficar sujeitas, consoante

a sua complexidade, a uma taxa a fixar entre 5 e 20 unidades de conta (em 2009: € 480 e €

1920), que apenas será restituída se o valor patrimonial se considerar distorcido (CIMI, art. 76º,

nº 3).

Em matéria de benefícios fiscais, vd. ponto 8.1.5

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6. IMT – IMPOSTO SOBRE AS TRANSMISSÕES ONEROSAS DE IMÓVEIS

6.1. Exclusão da incidência. Deixa de ser sujeito a tributação o imposto devido pelo cônjuge

que, em partilha por dissolução do casamento, a mais leve em bens imóveis. Esta exclusão

abrange apenas os casos em que o casamento tenha sido celebrado segundo o regime de

comunhão de adquiridos ou de comunhão geral de bens (CIMT, art. 2º, nº 6). Observa-se, no

entanto, que esta exclusão não será extensiva ao imposto do selo previsto na Verba 1.1 da

Tabela, que continua a incidir sobre o valor que deveria ser considerado para efeitos de

liquidação do IMT.

6.2. Isenções 6.2.1. Entidades públicas empresariais responsáveis pela rede pública de escolas. Estas

entidades, sujeitas a tributação directa e indirecta nos termos gerais, passam a beneficiar de

isenção de IMT, dependente de reconhecimento cuja competência é atribuída ao director-geral

dos impostos.

Vd. também, ponto 8.1.5

6.2.3. Isenções automáticas. Os pressupostos legais de isenções de IMT, de eficácia

automática, cuja verificação era atribuída à entidade que formalizasse a respectiva transmissão,

passaram a ser da competência dos serviços da administração fiscal (CIMT, art. 10º, nº 8). Os

interessados ficam obrigados a apresentar a respectiva declaração de liquidação junto de

qualquer serviço de finanças, ou através da Internet, em face da qual é emitida pelo sistema

informático da direcção-geral dos Impostos um “documento de cobrança”, preenchido a zeros,

com indicação da isenção em causa. Este documento deve ser apresentado à entidade que

celebrar a escritura ou que autenticar o documento que titule a transmissão (CIMT, arts. 19º, nº 3

e 49º, nº 3).

6.3.Taxas. São actualizadas as taxas do IMT aplicáveis às transmissões de imóveis

habitacionais, quer se destinem a habitação própria e permanente ou a quaisquer outros fins. O

valor limite das taxas zero ou de 1% aplicáveis a umas e a outras é elevado para € 89 700. Por

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outro lado, o valor máximo a que se aplicam taxas reduzidas é elevado para € 557 500 e € 534

700, respectivamente (CIMT, arts. 9º e 17º, nº 1, als. a) e b).

No caso de aquisição de figuras parcelares do direito de propriedade de prédio urbano destinado a habitação própria e permanente, a tabela de taxas respectiva só é aplicável quando

estiver em causa a aquisição dos direitos de usufruto, uso ou habitação.

São, ainda, modificados os critérios relativos à aplicação de taxas às aquisições de partes indivisas de prédios habitacionais, quer se destinem a habitação própria e permanente ou a

outro fim, pela seguinte forma (CIMT, art. 17º, nº 6):

- Se no mesmo acto se transmitir a totalidade do prédio, aplica-se a cada valor a taxa

correspondente à totalidade da transmissão;

- Se no acto se não transmitir a totalidade do prédio, ao valor tributável aplica-se a taxa

correspondente ao valor global do prédio, tendo em consideração a parte transmitida.

6.4. Competência para a liquidação. A liquidação do IMT, com base em declaração do sujeito

passivo, passa a poder fazer-se em qualquer serviço de finanças ou pela Internet. No caso de

liquidação oficiosa, por iniciativa dos serviços fiscais, a competência é atribuída ao serviço de

finanças da área da localização do imóvel (CIMT, art. 21º). Estando em causa liquidações

correctivas, designadamente em consequência de avaliação do prédio transmitido, a respectiva

competência é atribuída ao serviço de finanças que promoveu a liquidação a corrigir (CIMT, art.

31º, nº 2). Para efeitos de reclamação, recurso, impugnação judicial ou outros quaisquer meios

de defesa do sujeito passivo, a competência é atribuída ao serviço de finanças que tiver

efectuado a liquidação (CIMT, art. 41º, nº 2)

7. PROCEDIMENTO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

7.1. Orientações genéricas. No quadro da colaboração com os contribuintes, a administração

tributária está vinculada à publicação de orientações genéricas sobre a interpretação e aplicação

das normas tributárias. Este prazo, que se encontrava fixado em 6 meses passou a ser de 30

dias (LGT, art. 59º, nº 3, al. b). Ficou, também inscrito no texto da lei que aquela publicação

deverá ser promovida por meios electrónicos – Internet – (LGT, art. 59º, nº 5). Particularmente

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relevante é a obrigatoriedade que passa a recair sobre a administração fiscal de converter em

orientações genéricas – circulares administrativas - as informações vinculativas ou outro tipo de

entendimento prestado aos contribuintes, “quando tenha sido colocada questão de direito

relevante e esta tenha sido apreciada no mesmo sentido em três pedidos de informação ou seja

previsível que o venha a ser” (LGT, art. 68-A, nº 3).

Observa-se que a administração fiscal está vinculada às instruções genéricas que emitir

(circulares, regulamentos e instrumentos de idêntica natureza) não sendo rectroactivamente

invocáveis perante os contribuintes as que ainda não estavam em vigor no momento do facto

tributário, desde que estes tenham agido com base numa interpretação plausível e de boa-fé

(LGT, art. 68º-A, n.ºs 1 e 2).

7.2. Informações vinculativas. O regime das informações vinculativas é objecto de substanciais

modificações (LGT, art. 68º):

- A par das informações vinculativas normais, passam a ser admitidas informações vinculativas

urgentes. As primeiras são prestadas no prazo máximo de 90 dias sendo este prazo reduzido

para 60 dias, se requeridas com carácter de urgência;

- As informações vinculativas referem-se à concreta situação tributária dos sujeitos passivos ou

aos pressupostos dos benefícios fiscais. Não podem compreender factos abrangidos por

procedimento de inspecção tributária cujo início tenha já sido notificado ao sujeito passivo nem

factos relativamente aos quais se encontre pendente ou venha a ser apresentada reclamação,

recurso ou impugnação judicial. Com carácter de urgência, a informação tem de ser requerida

em momento prévio aos actos ou factos a que respeita.

- As informações vinculativas, da competência do dirigente máximo do serviço (director-geral dos

Impostos, no caso de referidas a impostos administrados por esta entidade), passam a ser

formuladas por via electrónica, segundo modelo oficial a aprovar.

- Para além de um requisito comum - descrição dos factos cuja qualificação jurídico-tributária se

pretenda – as informações requeridas com carácter de urgência devem, ainda, apresentar

justificação desta e apresentar uma proposta de enquadramento dos factos tributários a que se

reportam. No prazo máximo de 15 dias, a administração tributária notifica o requerente do

reconhecimento da urgência Caso seja esta reconhecida, é fixada uma taxa, entre 25 a 100

Unidades de Conta (em 2009, entre € 2400 e € 9600), que deve ser paga no prazo de 5 dias a

contar da notificação. Se não for reconhecida a urgência ou se não for paga a taxa fixada, o

pedido segue o regime da informação vinculativa normal.

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- A informação vinculativa urgente presume-se tacitamente sancionada pela administração

tributária se não for respondida no prazo de 60 dias. No caso de informação vinculativa normal, a

falta de resposta no prazo de 90 dias tem como consequência a exclusão da responsabilidade

por coimas e juros compensatórios, desde que o sujeito passivo tenha agido de boa fé na

apresentação do pedido e numa interpretação plausível da lei.

- A notificação aos interessados da resposta a um pedido de informação vinculativa passa

obrigatoriamente a incluir a informação ou o parecer a que fundamentou (CPPT, art. 57º, nº 1).

- A informação vinculativa caduca em caso de modificação superveniente dos respectivos

pressupostos e pode ser revogada, com efeitos para o futuro e com salvaguarda dos direitos e

interesses legítimos anteriormente constituídos, após um ano a contar da prestação, precedendo

audição do requerente.

- Salvaguardados os elementos de natureza pessoal do contribuinte, todas as informações

vinculativas passam a ser obrigatoriamente publicadas no prazo de 30 dias, por meios

electrónicos.

O novo regime vigora desde 1 de Janeiro de 2009, mas o regime das informações vinculativas urgentes só produz efeitos a partir de 1 de Setembro de 2009 (Lei nº 64-A/2008, art. 110º).

7.3. Manifestações de fortuna. É aditado um nº 11 ao artigo 89º-A – quantificação por métodos

indirectos da manteria colectável em caso de manifestações de fortuna – no sentido de que a

avaliação deve ser feita no âmbito de um procedimento que inclua a investigação das contas

bancárias. Fica esta sujeita ao regime de derrogação do sigilo bancário, nos termos do nº 1 do

artigo 63.º-B da LGT, isto é, sem necessidade de colaboração do sujeito passivo nem de audição

prévia e recurso judicial da decisão sem efeito suspensivo (LGT, art. 63º-B, nº 1, al. c).

7.4. Instituições de crédito e sociedades financeiras. Ficam obrigadas a mecanismos de

informação automática relativamente a contribuintes cuja situação tributária não se encontre

regularizada, constantes de listas públicas de devedores ao fisco e á segurança social – bem

como de contribuintes inseridos em sectores de risco em termos a definir por portaria do Ministro

das Finanças (LGT, art. 63-ºA, nº 1).

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7.5. Aplicação das normas anti-abuso. O prazo de três anos para abertura de procedimento

anti-abuso passa a contar-se do início do ano civil seguinte ao da realização do negócio jurídico

que constitua o seu objecto e já não data em que tenha sido realizado (CPPT, art. 63º, nº 3).

A exclusão do procedimento de aplicação da cláusula geral anti-abuso, quando tenha sido

apresentado pedido de informação vinculativa e na falta de resposta da administração fiscal,

passa a ser de 90 dias. Anteriormente era de 6 meses (CPPT, art. 63º, nº 8).

7.6. Procedimento de correcção de erros. É instituído um procedimento simplificado de

correcção de erros, manifestos ou materiais, da administração tributária, resultantes do

funcionamento anómalo dos sistemas informáticos e erros de cálculo, escrita, inexactidão ou

lapso, com dispensa de diversas formalidades. Este procedimento é da competência do dirigente

máximo do serviço (director-geral) sendo deduzido, verbalmente ou por escrito em qualquer

serviço da administração tributária, no prazo de 10 dias a partir daquele em que o interessado

deles tenha efectivo conhecimento. Sem dependência de audição prévia, o pedido deve ser

decidido no prazo de 15 dias (CPPT, arts. 95º-A, 95º-B e 95º-C).

7.7. Concurso de contra-ordenações. Em caso de concurso de contra-ordenações o cúmulo

material é substituído pelo cúmulo jurídico (RGIT, art. 25º).

7.8. Abuso de confiança fiscal. Só é punido como crime de abuso de confiança fiscal a falta de

entrega de prestação tributária superior a € 7 500. Deixa de constituir causa de extinção do

procedimento criminal a prestação tributária de montante não superior a € 2000 paga com juros e

coima mínima (RGIT, art. 105º).

8. INCENTIVOS À REABILITAÇÃO URBANA E AO ARRENDAMENTO HABITACIONAL. O

quadro de inventivos à reabilitação urbana, anteriormente definido no artigo 82º da Lei nº 67-

A/2997, de 31 de Dezembro, foi reformulado, ficando a constar do artigo 71º do EBF. Por outro

lado, foi criado um regime específico de incentivos aplicável a fundos e sociedades de

investimento imobiliário para arrendamento habitacional. Referem-se, a seguir, os elementos

essenciais de um e de outro.

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8.1. Incentivos à reabilitação urbana. Os incentivos à reabilitação urbana, que adiante se

referem, são aplicáveis aos imóveis reabilitados entre 1 de Janeiro de 2008 e 31 de Dezembro

de 2020.

8.1.1. Fundos de investimento imobiliário. Os fundos de investimento imobiliário que

constituídos entre 1 de Janeiro de 2008 e 31 de Dezembro de 2012, beneficiam de isenção de

IRC, desde que pelo menos 75% dos seus activos seja imóveis destinados a reabilitação urbana.

Os rendimentos das unidades de participação nestes fundos são sujeitos a retenção na fonte à

taxa de 10% ou não sujeitos a retenção quando os titulares sejam entidades isentas quanto a

rendimentos de capitais ou não residentes, com exclusão, de entre estes, dos que residam em

“paraísos fiscais” ou sejam detidos em mais de 25% por entidades residentes em território

português (EBF, art. 71º, n.ºs 1 e 3).

8.1.2. Mais-valias. As mais-valias auferidas por sujeitos passivos de IRS residentes em território

português, quando decorrentes da alienação de imóveis situados em áreas de reabilitação

urbanas, sem prejuízo de opção por englobamento, são tributados à taxa autónoma de 5% (EBF,

art. 71º nº5).

8.1.3. Rendimentos prediais. Os rendimentos prediais auferidos por sujeitos passivos de IRS

residentes em território português, sem prejuízo de opção pelo englobamento, são tributados à

taxa de 5%, quando inteiramente decorrentes do arrendamento de:

- Imóveis situados em áreas de reabilitação urbana recuperados nos termos das

respectivas estratégias de reabilitação;

- Imóveis arrendamentos passíveis de actualização faseada das rendas nos termos do

Novo Regime do Arrendamento Urbano.

8.1.4. Dedução à colecta. São dedutíveis à colecta do IRS, até ao limite de € 500, 30% dos

encargos suportados pelos proprietários relacionados com a reabilitação de prédios que se

encontrem nas condições referidas no ponto anterior, desde que devidamente comprovados

(EBF, art. 71º, n.ºs 4 e 17)

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8.1.5. Os prédios urbanos objecto de acções de reabilitação beneficiam de isenção de IMI por

um período de 5 anos, a contar, inclusive, da conclusão da reabilitação. Esta isenção pode ser

prorrogada por um período adicional de 5 anos (EBF, art. 71º, nº 7). Beneficiam de isenção de IMT as aquisições de prédio urbano, ou de fracção autónoma, destinado exclusivamente a

habitação própria permanente, na primeira transmissão de prédio reabilitado quando localizado

em área de reabilitação urbana (EBF, art. 71º, nº 8).

Estas isenções dependem de deliberação da assembleia municipal respectiva (EBF, art. 71º, nº

19)

8.2. Fundos e Sociedades de Investimento Imobiliário para Arrendamento Habitacional. O

regime especial aplicável aos fundos de investimento para arrendamento habitacional (FIIAH) e

às sociedades de investimento imobiliário para arrendamento habitacional (SIIAH) é aplicável

entre 1 de Janeiro de 2009 e 31 de Dezembro de 2020. Deste regime, que consta dos artigos

102º e 103º da Lei nº 64-A/2008, referem-se, em linhas gerais, os seguintes aspectos tributários:

8.2.1. Os Fundos e sociedades de investimento imobiliário, desde que constituídos entre 1 de

Janeiro de 2009 e 31 de Dezembro de 2013, beneficiam de isenção de IRC, até 31 de Dezembro

de 2020 (Art. 8º, nº 1 do Regime aprovado pela Lei nº 64-A/2008). Estas entidades beneficiam de

isenção do IMT e do IMI relativamente aos imóveis que integrem o seu património, nos termos do

respectivo regime legal. As operações relativas aos referidos imóveis são isentas de imposto do

selo.

8.2.2. Os rendimentos distribuídos pelos FIIAH e pelas SIIAH são isentos de IRS ou de IRC.

8.2.3. São isentas de IRS as mais-valias resultantes da transmissão onerosa de imóveis

destinados a habitação própria a favor dos fundos/sociedades, desde que aquela ocorra por

força da conversão do direito de propriedade desses imóveis num direito ao arrendamento.

São dedutíveis à colecta, dentro dos limites previstos na alínea c) do nº 1 do artigo 85º do Código

do IRS, as rendas suportadas pelos arrendatários em resultado da conversão do direito de

propriedade num direito de arrendamento.

Leonel Corvelo de Freitas

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