29
INTRODUÇÃO AOS AUTÓMATOS PROGRAMÁVEIS A A U U T T Ó Ó M MA A T T O O S S P P R R O O G G R R A A M MÁ Á V V E E I I S S UNIVERSIDADE DO ALGARVE INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELÉCTRICA E ELECTRÓNICA ROTEIRO TEÓRICO 2º CAPÍTULO Ano Lectivo: 2008/2009 IVO M. MARTINS A.D.E.E. I.S.E.

Ac5-Autóm Program Introd

Embed Size (px)

Citation preview

  • INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    AAAUUUTTTMMMAAATTTOOOSSS PPPRRROOOGGGRRRAAAMMMVVVEEEIIISSS

    UNIVERSIDADE DO ALGARVE INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA

    LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELCTRICA E ELECTRNICA

    ROTEIRO TERICO 2 CAPTULO

    Ano Lectivo: 2008/2009

    IVO M. MARTINS A.D.E.E. I.S.E.

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS SUMRIO

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 1 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    SUMRIO

    INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS _______________________ 2

    INTRODUO _____________________________________________________ 2

    Definio de Autmato Programvel _____________________________ 2

    Evoluo Histrica ___________________________________________ 3

    A Norma IEC 1131 ____________________________________________ 7

    Caractersticas Funcionais e de Concepo ________________________ 9

    Especificaes ______________________________________________ 10

    Campos de Aplicao ________________________________________ 11

    ESTRUTURA CONCEITOS GERAIS ______________________________________ 12

    Concepo _________________________________________________ 12

    Arquitectura _______________________________________________ 13

    DESCRIO BSICA DO HARDWARE _____________________________________ 14

    Unidade Central de Processamento (CPU) ________________________ 14

    Memria __________________________________________________ 15

    Interfaces de E/S ____________________________________________ 16

    Interface de Comunicao ____________________________________ 17

    Ferramentas para Programao _______________________________ 18

    CICLOS NOES E FUNCIONAMENTO ___________________________________ 19

    Noo de Tempo de Ciclo _____________________________________ 19

    Tipos de Ciclos ______________________________________________ 20

    PROGRAMAO DOS AUTMATOS _____________________________________ 21

    Introduo _________________________________________________ 21

    Linguagens de Programao __________________________________ 23

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 2 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    INTRODUO

    DEFINIO DE AUTMATO PROGRAMVEL

    Segundo a norma DIN 19237, a definio de autmato programvel (PLC = Programmable Logic

    Controller) a seguinte:

    Equipamento electrnico programvel por tcnicos de instrumentao industrial (pessoal no

    informtico) destinado a controlar, em tempo real e em ambiente industrial, mquinas ou

    processos sequenciais.

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 3 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    EVOLUO HISTRICA

    A introduo dos PLCs na indstria ocorreu no final da dcada de 60.

    Esta evoluo dos sistemas de produo deveu-se

    principalmente necessidade de eliminar o elevado custo dos

    complexos sistemas de controlo baseados em rels e contactores.

    O principal problema destes sistemas prendia-se com o facto

    que quando os requisitos de produo modificavam, tambm era

    necessrio modificar o sistema de controlo. Tal situao encarecia a

    produo quando as modificaes eram frequentes.

    Por outro lado, o facto dos rels serem dispositivos mecnicos e apresentarem uma vida limitada

    obrigava a uma elevada manuteno das instalaes.

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 4 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    No final dos anos 60 a BEDFORD ASSOCIATES props algo denominado por Controlador Digital

    Modular (MODICON, MOdular DIgital CONtroler).

    O MODICON 084 resultou no primeiro PLC do mundo,

    tendo sido inventado em 1969 por Dick Morley.

    O primeiro PLC a ser comercializado com sucesso, o

    MODICON 184, foi introduzido no mercado em 1973 e foi

    desenvolvido por Michael Greenberg.

    Estes novos controladores deviam ser facilmente programveis, o seu tempo de vida devia ser

    elevado e as modificaes na programao devia ser realizada de forma muito simples. Finalmente

    impunha-se que trabalhassem sem problemas nos mais diversificados ambientes industriais.

    A soluo passou por se empregar tcnicas de programao familiares e substituir-se os rels

    mecnicos por rels de estado slido.

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 5 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    Em meados dos anos 70 as tecnologias dominantes dos PLCs eram mquinas de estado sequenciais e

    CPU baseados em deslocamento de bit. Os AMD 2901 e 2903 eram os CPUs mais populares nos

    modelos MODICOM e PLCs A-B.

    Os microprocessadores convencionais forneciam a potncia necessria

    para resolver de forma rpida e completa a lgica dos pequenos PLCs. Por

    cada modelo de microprocessador havia um modelo de PLC baseado no

    mesmo.

    As capacidades de comunicao comearam a aparecer aproximadamente em 1973. O primeiro sistema

    foi o BUS MODICOM (MODBUS).

    O PLC podia agora dialogar com outros PLCs e em conjunto controlarem as mquinas do processo.

    No entanto, a falta de uma norma acompanhada de uma contnua evoluo tecnolgica provocou que a

    comunicao entre PLCs se transformasse num conjunto de protocolos incompatveis entre si.

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 6 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    Nos anos 80 iniciou-se uma tentativa de normalizao das comunicaes entre PLCs, com o protocolo

    MAP (Manufacturing Automation Protocol) da GENERAL MOTORS.

    Foi tambm nos anos 80 que se reduziram significativamente as dimenses dos PLCs e se passou a

    programar com programao simblica atravs de PCs em vez dos clssicos terminais de

    programao.

    Nos anos 90 assistiu-se a uma reduo gradual no nmero protocolos, e na modernizao das camadas

    fsicas dos protocolos mais populares que sobreviveram aos anos 80.

    Actualmente a norma IEC 1131 tenta unificar o sistema de programao de todos os PLCs numa nica

    norma internacional. Agora dispomos de PLCs que podem ser programados em vrias linguagens de

    programao ao mesmo tempo.

    Actualmente, os PCs esto comeando a substituir os PLCs nalgumas aplicaes. Neste contexto,

    possvel que num futuro prximo, os PLCs desapaream frente aos cada vez mais potentes PCs.

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 7 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    A NORMA IEC 1131

    Em 1979 foi criado um grupo de trabalho sob a International Electro-Technical Commission

    (IEC) para efectuar um estudo completo sobre o projecto de controladores programveis, incluindo o

    projecto de hardware, instalao, testes, documentao, programao e comunicaes.

    O objectivo foi o de estabelecer um mtodo consistente de programao de PLCs que encorajasse o

    desenvolvimento de software de qualidade.

    Com a colaborao dos fabricantes, dos consumidores e do meio acadmico resultou o

    desenvolvimento da norma IEC 1131.

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 8 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    A norma IEC 1131 composta pelas 5 partes seguinte:

    PARTE 1 Informao geral. Estabelece as definies gerais dos termos utilizados na norma e

    identifica as principais caractersticas relevantes para a seleco e aplicao de controladores

    programveis e seus perifricos.

    PARTE 2 Requisitos de equipamento e testes. Contm os requisitos mnimos para as caractersticas

    funcionais, condies de servio, caractersticas de construo e condies de segurana e testes

    aplicveis aos controladores programveis e perifricos associados.

    PARTE 3 Linguagens de programao. Especifica a sintaxe e a semntica de um conjunto

    unificado de linguagens de programao para controladores programveis.

    PARTE 4 Guias para o utilizador. Contm um guia de aconselhamento dos utilizadores de PLCs

    para as diversas fases de projecto de automao.

    PARTE 5 Servios de comunicao. Contm informao sobre as comunicaes entre PLCs de

    diversos fabricantes, assim como comunicaes entre outros sistemas que utilizem a mesma protocolo

    de comunicaes: Manufacturing Messaging Specification (NMS).

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 9 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    CARACTERSTICAS FUNCIONAIS E DE CONCEPO

    Robustos: adaptao ao ambiente industrial.

    Programao prpria:

    Pequeno nmero de instrues.

    Orientada para a automao.

    Com primitivas especficas, no disponveis nas linguagens de uso geral.

    Com separao das fases de desenvolvimento e de execuo dos programas (bi-processamento).

    Com funcionamento sncrono: O autmato realiza a execuo de um programa de forma cclica,

    dependendo a durao do ciclo da extenso do programa.

    Potentes: a potncia de um PLC est directamente relacionada com a velocidade de execuo do

    programa e com o nmero de variveis tratadas.

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 10 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    ESPECIFICAES

    Quantidade, tipo e localizao das E/S

    Nmero de E/S

    Tenso AC ou DC

    Analgicas ou discretas

    Concentradas ou distribudas

    Caractersticas da comunicao

    Protocolo e rede utilizado

    Dispositivos possveis para comunicao

    Velocidade da aplicao

    Tempos de resposta do sistema

    Velocidade de processamento

    Filosofia da arquitectura de controlo

    Tipo de controlo (centralizado ou distribudo)

    Redundncia (CPU, alimentao, etc)

    Software de programao

    IEC vs 984

    Caractersticas de utilizao

    Tamanho e complexidade da programao

    Interface com o utilizador

    Caractersticas de explorao

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 11 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    CAMPOS DE APLICAO

    Os autmatos programveis encontram o seu principal campo de aplicao em processos industriais onde se

    verificam uma ou vrias das seguintes condies:

    Instalaes com espao reduzido.

    Processos de produo modificveis periodicamente.

    Processos sequenciais.

    Instalaes com maquinaria de processos variveis.

    Instalaes de processos complexos e amplos.

    Necessidade de gesto centralizada das vrias partes do processo.

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 12 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    ESTRUTURA CONCEITOS GERAIS

    CONCEPO

    Os autmatos programveis apresentam uma das seguintes estruturas ao nvel da concepo:

    Compacta: todos os elementos so colocados num s bloco.

    Modular: cada mdulo representa um bloco individual com um

    determinado tipo de funo:

    Fonte de alimentao

    CPU

    Mdulo de entradas

    Mdulo de sadas

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 13 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    ARQUITECTURA

    O autmato programvel apresenta-se estruturalmente como um conjunto de blocos funcionais, articulando-

    se em volta de um canal de comunicao: O Bus Interno.

    MEMRIA

    - Sistema operativo - Memria de E/S - Programa do utilizador - Memria de estados internos - Salvaguarda de dados - Variveis internas

    RELGIO

    UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO

    (CPU)

    FONTE DE ALIMENTAO

    INTERFACES DE E/S INTERFACES DE COMUNICAO

    BUS INTERNO

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 14 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    DESCRIO BSICA DO HARDWARE

    UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO (CPU)

    O CPU o elemento central do PLC.

    Cabe a ele executar o programa do utilizador, de acordo com a interpretao do sistema operativo do

    PLC. As tarefas do CPU so:

    Executar o programa do utilizador.

    Vigiar que o tempo de execuo do programa do utilizador no exceda um determinado tempo

    mximo (tempo de ciclo mximo). Esta funo denominada Watch Dog.

    Criar uma imagem das entradas, j que o programa do utilizador no deve aceder directamente

    s entradas do sistema.

    Renovar o estado das sadas em funo da imagem das mesmas obtidas no final do ciclo de

    execuo do programa do utilizador.

    Verificar o sistema.

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 15 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    MEMRIA

    Dentro do CPU existem vrias reas de memria, utilizadas para diversas funes:

    Memria de programa: zona de memria onde guardado o programa que o autmato vai executar

    ciclicamente.

    Memria de dados: zona de memria dividida em zonas especializadas de acordo com o tipo de dados

    a armazenar: temporizadores, contadores, etc.

    Memria do sistema: zona de memria onde se encontra o programa que monitoriza o sistema

    (firmware). Este programa executado directamente pelo microprocessador do autmato.

    Memria de armazenamento: zona de memria externa utilizada para o armazenamento do programa

    a executar pelo autmato. Esta memria de um dos seguintes tipos: EPROM, EEPROM, FLASH.

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 16 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    INTERFACES DE E/S

    Permitem a leitura dos estados dos sensores e o envio de comandos para os actuadores.

    Geralmente o autmato dispe de dois tipos de interfaces de E/S:

    E/S Digitais: baseadas no principio do tudo ou nada. So variveis binrias que possuem

    dois estados. Estas E/S so manipuladas ao nvel do bit dentro do programa do utilizador.

    E/S Analgicas: podem assumir um valor qualquer dentro de uma determinada gama de

    valores especificada pelo fabricante. So baseadas em conversores A/D e D/A conectados ao

    CPU. Estes sinais so processados ao nvel do byte ou word dentro do programa do utilizador

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 17 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    INTERFACE DE COMUNICAO

    Por norma, os autmatos programveis possuem interfaces que permitem a

    comunicao com:

    Redes internas;

    Mdulos auxiliares de E/S;

    Dispositivos perifricos: consolas de programao e de explorao,

    terminais de visualizao, etc;

    Mdulos especializados;

    Memria adicional;

    Ligao a outros autmatos.

    Estas interfaces permitem a ampliao e manipulao das caractersticas internas do autmato,

    incluindo a sua programao e a monitorizao dos processos a partir de diferentes localizaes.

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 18 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    FERRAMENTAS PARA PROGRAMAO

    Cada autmato deve dispor de alguma forma de programao, a qual se pode realizar a partir de um dos

    seguintes elementos:

    Consola de programao: consiste num terminal que proporciona uma forma rpida de

    realizar o programa do utilizador. Tambm pode ser utilizada para efectuar modificaes no

    programa ou para leitura dos dados, no local da instalao do autmato.

    PC: o modo mais potente e cmodo para a programao dos autmatos, pelo que o modo mais

    empregue actualmente na programao dos mesmos. Permite a

    programao do autmato a partir de um computador pessoal

    atravs da utilizao de ferramentas especficas. Permite ainda a

    salvaguarda do programa bem como a simulao do

    funcionamento do autmato.

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 19 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    CICLOS NOES E FUNCIONAMENTO

    NOO DE TEMPO DE CICLO

    O tempo de ciclo (TC) o tempo empregue na execuo de um ciclo de programa: leitura das entradas,

    processamento dos dados e afectao das sadas. Este tempo depende essencialmente do comprimento

    do programa e do tempo gasto na leitura dos perifricos.

    Inicializao do contador de programa

    Aquisio e memorizao das entradas

    Tratamento do

    programa

    Afectao das

    sadas

    CICLO DE PROGRAMA

    Para controlo deste tempo existe um Watch Dog. Se em alguma ocasio este tempo supera o tempo

    previamente estabelecido, gerado um sinal de paragem do autmato. Desta forma garante-se o

    controlo permanente do processo.

    O PLC pode ser programado com um tempo de ciclo fixo e peridico: se a execuo do programa for

    mais rpida que o tempo de ciclo, o autmato espera que este tempo seja tingido.

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 20 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    TIPOS DE CICLOS

    CICLO ELEMENTAR

    Entradas Tratamento Sadas

    CICLO DE ENTRADAS AGRUPADAS

    Entradas Tratamento Sadas Tratamento Sadas

    CICLO DISTRIBUDO

    Entradas Tratamento Sadas Entradas Tratamento Sadas

    CICLO COM PERODO FIXO

    Entradas Tratamento Sadas

    Tempo de ciclo fixo

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 21 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    PROGRAMAO DOS AUTMATOS

    INTRODUO

    Com o surgimento dos PLCs, foram eliminados os enormes quadros de manobra constitudos por

    contactos e rels. No entanto, procurou-se que a comunicao Homem-mquina continuasse a ser

    similar utilizada at esse momento.

    Para tal, foram desenvolvidas linguagens de fcil interpretao pelos mesmos tcnicos electricistas que

    anteriormente estavam em contacto com a instalao.

    Como exemplo, destaca-se a linguagem LL984 que consiste em diagramas lgicos implementados

    com simbologia equivalente aos rels.

    No entanto, com a crescente evoluo das linguagens de programao actualmente algumas delas j

    nada tm a ver com o tpico plano elctrico a rels.

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 22 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    Actualmente, a tpica programao dos autmatos a partir de consolas de programao, foi substituda

    por uma programao mais sofisticada e cmoda, passando-se a utilizar computadores e software

    dedicado para tal.

    Embora existam vrias linguagens de programao para autmatos, cada uma com a sua prpria

    sintaxe, estas possuem vrios elementos em comum, tais como:

    Identificadores de variveis:

    Variveis de entrada e sada

    Variveis intermdias

    Variveis de temporizao e/ou

    contagem

    Sequenciadores:

    Por acontecimento

    Temporizados

    Instrues:

    De afectao

    Lgicas

    Entrada/sada

    Salto

    Temporizao

    Contagem

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 23 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    LINGUAGENS DE PROGRAMAO

    A crescente complexidade na programao dos PLCs motivou a necessidade da sua normalizao.

    Sob a direco do IEC foi definida a norma IEC 1131-3 (3 parte da norma IEC 1131) para a

    programao dos PLCs, tendo em Agosto de 1992 alcanado o estado de norma internacional.

    As linguagens grficas e textuais definidas na norma constituem uma forte base para uma boa

    programao dos PLCs. Com o objectivo de tornar a norma adequada a uma grande variedade de

    aplicaes, foram definidas 5 linguagens de programao para PLCs:

    Lista de Instrues Instruction List (IL)

    Texto Estruturado Structured Text (ST)

    Diagrama de Funes Function Block Diagram (FBD)

    Diagrama de Contactos Ladder Diagram (LD)

    Grfico Sequencial de Funes (GRAFCET) Squential Function Chart (SFC)

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 24 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    LISTA DE INSTRUES

    A Lista de Instrues (IL) uma linguagem de baixo nvel composta por uma sequncia de instrues,

    na qual se executa uma instruo por linha. A sua

    estrutura muito semelhante da linguagem

    Assembler.

    A principal vantagem da lista de instrues advm

    do facto de dispor de um conjunto de funes

    bsicas que podem ser utilizadas para construir

    uma aplicao complexa. Esta linguagem muito

    til na elaborao de pequenas aplicaes onde a

    optimizao do cdigo fundamental para garantir

    a performance da aplicao.

    Uma das desvantagens da IL prende-se com o

    tempo despendido na elaborao dos programas.

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 25 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    TEXTO ESTRUTURADO

    O texto estruturado (ST) uma linguagem de alto nvel, cuja sintaxe parecida com a da linguagem

    Pascal. A utilizao de texto estruturado torna a

    linguagem ST fcil de utilizar.

    A linguagem ST pode ser empregue para realizar

    rapidamente aplicaes que operam com uma

    grande variedade de variveis de diferentes tipos de

    dados, incluindo valores analgicos e digitais.

    A ST uma linguagem adequada para a

    implementao de algoritmos matemticos

    complexos. Esta linguagem pode tambm ser

    utilizada para simplificar longos programas

    elaborados em diagramas de contactos ou

    diagramas de funes.

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 26 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    DIAGRAMA DE FUNES

    O Diagrama de Funes (FBD) permite o

    desenvolvimento de programas em ambiente

    grfico, atravs da utilizao de blocos de funes

    (FB) existentes na biblioteca de blocos de funes

    do IEC.

    O FBD, resulta especialmente cmoda de utilizar,

    por tcnicos habituados a trabalhar com circuitos

    de portas lgicas, j que a simbologia utilizada em

    ambos equivalente.

    A linguagem FBD adequada para o

    desenvolvimento de aplicaes que envolvem o

    fluxo de informao ou dados entre componentes de controlo.

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 27 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    DIAGRAMA DE CONTACTOS

    O Diagrama de Contactos (LD) uma linguagem de programao grfica que utiliza um conjunto de

    smbolos de programao normalizados.

    Os smbolos tradicionais do LD so os rels e os

    contactos. No entanto, o IEC permite a insero de

    blocos de funes no programa, tornando a linguagem

    mais verstil. Esse passo tem em vista a migrao

    progressiva dos tradicionais esquemas lgicos com

    rels para mtodos mais avanados de diagramas de

    blocos de funes.

    O LD est principalmente orientado para resolver

    problemas de automatismos combinatrios.

  • AUTMATOS PROGRAMVEIS INTRODUO AOS AUTMATOS PROGRAMVEIS

    Universidade do Algarve Instituto Superior de Engenharia 28 Licenciatura em Engenharia Elctrica e Electrnica

    GRFICO SEQUENCIAL DE FUNES (GRAFCET)

    O Grfico Sequencial de Funes (SFC) uma linguagem grfica que proporciona uma representao

    do processo em forma de diagrama, particionando-

    se o programa em sequncias lgicas. Foi

    especialmente desenvolvida para resolver

    problemas de automatismos sequenciais.

    O grfico constitudo por um conjunto de etapas

    e transies. As aces a executar so associadas

    s etapas e as condies a cumprir s transies.

    Como consequncia das aplicaes industriais

    funcionarem em forma de etapas, o SFC a forma

    lgica de especificar e programar em mais alto

    nvel um programa para PLCs.