Ação Contra Banco Por Inscrição Indevida No Serasa e Por Cláusula Abusiva

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    EXCELENTSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CVELDA COMARCA DE W.

    X,atravs de sua advogada subscritora, com endereo profissional grafado no rodap dapresente, local onde recebe as correspondncias estilares, mandato incluso, vem augustapresena de Vossa Excelncia, propor a presente

    AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE PENDNCIA FINANCEIRA/NULIDADE DECLUSULA CONTRATUAL C/C RESSARCIMENTO DE DANOS MORAL E MATERIAL COMPEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA, em desfavor de

    BANCO Z, pelos fatos e fundamentos a seguir delineados:

    1DOS FATOS.

    O autor era correntista na modalidade 5 estrelas junto instituio r, gozando de altoslimites creditcios (doc. 01).

    Alterando-se a vida econmica do requerente, confessara ele toda a dvida at ento existente,nela incluindo conta corrente, crdito pessoal e carto de crdito (doc. 02).

    Com vista a saldar a dvida, fora a mesma parcelada em 57 (cinquenta e sete) parcelas de R$1.315,85 (um mil trezentos e quinze reais e oitenta e cinco centavos) (doc. 03), mantendo-se aconta aberta perante o ru to somente por sua exigncia, para que nela fossem vertidas asreferidas mensalidades.

    Todavia, inexplicavelmente, j que o demandante cumpre as parcelas mensais (doc. 04), seunome fora inserido na SERASA (Centralizao de Servios dos Bancos) (doc. 05), o que lhe

    cerceia a vida creditcia, inclusive com perda dos considerveis limites de cheque especial ecarto de crdito perante o Banco Y (doc. 06), bem como lhe impe a contratao de advogadopara manejar sua pretenso perante o Judicirio (doc. 07).

    Tais ocorrncias motivaram o ingresso desta demanda para declarar a inexistncia de qualquerdbito at ento, resultando tambm na condenatividade do polo passivo em danos morais emateriais e a postulao de tutela antecipada/cautelar para alijamento do nome do requerenteconsumidor da SERASA, o que fora feito perante o Juizado Especial que declinara de suacompetncia (doc. 08), agora o autor bate s portas da Justia Comum.

    2DO DIREITO.

    2.1DA INEXITNCIA DE DVIDA EM ATRASODECLARAO DE TAL SITUAOJURDICAINSCRIO INDEVIDADANO MORAL CONFIGURADO.

    Principia-se asseverando que a Cdula de Crdito Bancrio aponta que o valor final da dvida de R$ 75.003,45 (setenta e cinco mil e trs reais e quarenta e cinco centavos) (cf. clusula11.6), parcelada em 57 (cinquenta e sete) meses (cf. clusula 11.8).

    J no extrato fornecido pelo banco ru (doc. 03), no h qualquer dvida de que o autor pagaratodas as prestaes anteriores sua insero na SERASA, porque esta alude data de26/06/2012 (doc. 05), tendo o mesmo nmero da cdula referida no pargrafo anterior,

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    qual seja: 218532000003518, uma vez que no banco negativador no consta o nmeroidentificador da agncia (0000) permanecendo o sequencial posterior (000000).

    Alm do documento de lavra do demandado (doc. 03), o demandante aboja extratos mensaisque do conta de sua pontualidade quanto dvida renegociada (doc. 04).

    Logo, o acionante deseja ver declarada a inexistncia de quaisquer dbitos anteriores suainsero na SERASA, e tambm o relativo data de 26/06/2012, uma vez que cumpre opactuado.

    De outra banda, no pode o acionado cobrar do requerente qualquer importe sobre a utilizaoda conta corrente, visto que ela serve to s para viabilizar o pagamento das mensalidadesdefluentes do quantum renegociado, ou seja, ela existe por imposio da prpria instituiofinanceira que a exigira para materializar o parcelamento do dbito, tanto que no hpreviso contratual quando da renegociao do quantum debitor para a existncia dequalquer taxa a esse respeito.

    Dessarte, se esse for o motivo que est gerando a insero do nome do autor na SERASA

    (obrigaes acessriascobrana de taxa da manuteno da conta), com espeque naclusula 25.7 (doc. 02), tal conduta ilcita por malferir o arts. 39, V e 51, IV do CDC.

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    Em situao tal, assim di-lo a jurisprudncia:

    JUIZADOS ESPECIAIS CVEIS. CONSUMIDOR. PRELIMINARES DECARNCIA DE AO POR OBRIGAO IMPOSSVEL E ILEGITIMIDADE ADCAUSAM AFASTADAS. CONTRATO DE FINANCIAMENTO. COBRANA DETAXA DE MANUTENO DE CONTA. NULIDADE DE CLUSULACONTRATUAL ABUSIVA. ARTIGO 51, IV, DO CDC.RECURSOCONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENA MANTIDA POR SEUS PRPRIOSFUNDAMENTOS. (Acrdo n. 503387, 20111160015970ACJ, Relator WILDEMARIA SILVA JUSTINIANO RIBEIRO, 1 Turma Recursal dos JuizadosEspeciais do Distrito Federal, julgado em 26/04/2011, DJ 12/05/2011 p. 293) sem destaques no original.

    (...) possvel a pretenso da parte em ver revisadas clusulas contratuaiseventualmente abusivas, nos termos do art. 51, IVe 1, III, do CDC.EXTENSO DA REVISO. A renegociaodo contrato ou confisso de dvidano impede a reviso de clusulas tidas como ilegais. (...) (Apelao Cvel N70011186996, Dcima Stima Cmara Cvel, Tribunal de Justia do RS,Relator: Jorge Lus Dall\'Agnol, Julgado em 22/04/2005) ausentes reticnciasno original.

    Portanto, se for a clusula 25.7 que est motivando a insero do nome do requerente naSERASA, em que pese ele estar religiosamente em dia com o avenado, deve ser ela tida pornula, por conta de sua abusividade e iniquidade.

    Dito isso, a insero do requerente pelo ru na SERASA manifestamente indevida, porqueele vem quitando as mensalidades, inclusive a vencida em 26/06/2012(bastando cotejar os

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    docs. 03, 04 e 05), o que desgua na obrigao do Banco Z em arcar com danos morais, comose l:

    DANO MORAL. INSCRIO SPC. DVIDA PARCELADA. REGISTRODETERMINADO APS O PAGAMENTO DA PARCELA VENCIDA NAQUELEMS. IRREGULARIDADE DA INSCRIO. DEVER DE INDENIZARRECONHECIDO. REDUO DO MONTANTE. RECURSO PARCIALMENTEPROVIDO. (TJ/DFT, Recurso Cvel N 71000662817, Terceira Turma RecursalCvel, Turmas Recursais, Relator: Maria Jos Schmitt Sant Anna, Julgado em10/05/2005).

    O apenamento do dano moral em causa deve ser vigoroso:

    1.Uma vez que por conta da inscrio indevida em comento, o autor perdera considervel limitede seu cheque especial e do carto de crditoR$ 6.500,00 (seis mil e quinhentos reais) e R$13.150,00 (treze mil cento e cinquenta reais), respectivamente - junto ao Banco Y, o que lheest motivando severas dificuldades financeiras, estando com saldo devedor de R$ 5.898,45

    (cinco mil oitocentos e noventa e oito reais e quarenta e cinco centavos) perante o dito entebancrio (doc. 06);

    2.Em permanecendo a inscrio indevida na SERASA, mormente porque o Juizado Especial sedeu por incompetente com grande demora para emisso de simplria deciso, isto apsreclamao perante a Ouvidoria, mesmo tendo ocorrido agendamento de data para audinciade conciliao (doc. 10), o demandante vira-se, pela ausncia do limite que detinha junto aoBanco Y, inadimplente perante o Banco K por culpa exclusiva da ilcita negativaoperspegada pelo ru de uma prestao j paga;

    3.O requerente necessita, urgentemente, dos limites em seu cheque especial e carto decrdito por se tratar de proprietrio de caminhes (doc. 11) cujas movimentaes financeiras

    so dirias, e desta atividade profissional que retira seu sustento e cumpre suas obrigaes eno ficar cada vez mais devedor na praa.

    No toa que o Superior Tribunal de Justia vem balizando a quantificao do dano moral nopatamar de 50 (cinquenta) salrios mnimos, como se l:

    AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. INDENIZAO.CONTRATO DE FINANCIAMENTO. DANO MORAL. VALOR ARBITRADO NAINSTNCIA DE ORIGEM. RAZOABILIDADE. PRECEDENTES DO STJ.1. Segundo a jurisprudncia desta Corte razovel o valor do dano moralfixado em at 50 salrios mnimos para os casos de inscrio inadvertida emcadastros de inadimplentes, devoluo indevida de cheques, protesto incabvel

    e outras situaes assemelhadas.2. Agravo regimental no provido. (AgRg no Ag 1388597/SP, Rel. MinistroRICARDO VILLAS BAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em16/10/2012, DJe 19/10/2012)AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DANO

    MORAL. INSCRIO INDEVIDA. DISSDIO JURISPRUDENCIAL NODEMONSTRADO. 1. O Tribunal de origem, apreciando as peculiaridadesfticas da causa, julgou procedente o pedido de indenizao por dano moraldeduzido em desfavor do agravante, haja vista a inscrio indevida do nome doagravado nos cadastros de proteo ao crdito. 2. A reviso do valor fixado attulo de danos morais com fundamento em dissdio jurisprudencial, por vezes,

    mostra-se infecunda, tendo em vista que as razes que levaram as instnciasordinrias a fixar a indenizao por danos morais relacionam-se diretamente s

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    especificidades do caso concreto. Assim, fica dificultada, ou at mesmoimpossibilitada, a realizao de uma anlise comparativa entre ascircunstncias fticas que envolvem os precedentes citados e o caso ora emanlise. 3. "O quantum, a ttulo de danos morais, equivalente a at 50(cinqenta) salrios mnimos, tem sido o parmetro adotado para a

    hiptese de ressarcimento de dano moral em diversas situaesassemelhadas (e.g.: inscrio ildima em cadastros; devoluo indevida decheques; protesto incabvel)" (EDcl no Ag 811.523/PR, Relator o MinistroMASSAMI UYEDA, DJe de 22.4.2008). 4. Agravo regimental a que se negaprovimento. (AgRg no AREsp 157.460/SP, Rel. Ministro RAUL ARAJO,QUARTA TURMA, julgado em 12/06/2012, DJe 28/06/2012) destacou-se.

    2.2CONTRATAO DE ADVOGADOINTEGRAO DESTA VERBA NACONDENAOPOSICIONAMENTO DO STJ.

    Foram contratados com a causdica, a ttulo de honorrios, o valor de R$ 6.220,00 (seis mil

    duzentos e vinte reais), que sero adimplidos quando do trnsito em julgado da presentedemanda (doc. 07).

    Sabidamente, honorrios advocatcios contratados, em homenagem ao princpio da restituiointegral devem compor a condenao (art. 404 do CC), tal como j reconhecido pelo STJ:

    DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. PREQUESTIONAMENTO.AUSNCIA. SMULA 211/STJ. DISSDIO JURISPRUDENCIAL. COTEJOANALTICO E SIMILITUDE FTICA. AUSNCIA. VIOLAO DA COISAJULGADA. RECLAMAO TRABALHISTA. HONORRIOSCONVENCIONAIS. PERDAS E DANOS. PRINCPIO DA RESTITUIOINTEGRAL. APLICAO SUBSIDIRIA DO CDIGO CIVIL. A ausncia de

    deciso acerca dos dispositivos legais indicados como violados, no obstante ainterposio de embargos de declarao, impede o conhecimento do recursoespecial. 2. O dissdio jurisprudencial deve ser comprovado mediante o cotejoanaltico entre acrdos que versem sobre situaes fticas idnticas. 3. Aquitao em instrumentos de transao tem de ser interpretada restritivamente.4. Os honorrios convencionais integram o valor devido a ttulo de perdas edanos, nos termos dos arts. 389, 395 e 404 do CC/02. 5. O pagamento doshonorrios extrajudiciais como parcela integrante das perdas e danos tambm devido pelo inadimplemento de obrigaes trabalhistas, diante da incidnciados princpios do acesso justia e da restituio integral dos danos e dos arts.389, 395 e 404 do CC/02, que podem ser aplicados subsidiariamente no mbito

    dos contratos trabalhistas, nos termos do art. 8, pargrafo nico, da CLT. 6.Recurso especial ao qual se nega provido. (Superior Tribunal de Justia,Terceira Turma, Recurso Especial n 1.027.797-MG, relatora Ministra FtimaNancy Andrighi, julgado em 17 de fevereiro de 2011).CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. VALORES DESPENDIDOS A TTULO DEHONORRIOS ADVOCATCIOS CONTRATUAIS. PERDAS E DANOS.PRINCPIO DA RESTITUIO INTEGRAL. 1. Aquele que deu causa aoprocesso deve restituir os valores despendidos pela outra parte com oshonorrios contratuais, que integram o valor devido a ttulo de perdas e danos,nos termos dos arts. 389, 395 e 404 do CC/02. 2. Recurso especial a que senega provimento. (Superior Tribunal de Justia, Terceira Turma, Recurso

    Especial n 1.134.725-MG, relatora Ministra Nancy Andrighi, julgado em 14 dejunho 2011).

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    Nem se vem dizer que os honorrios advocatcios contratuais entabulados no teria cabida,porque outro j o entendimento doutrinrio e jurisprudencial, como se vislumbra:

    Ora, se o dano a efetiva diminuio do patrimnio, por bvio, aquele que sev obrigado a contratar advogado para buscar o adimplemento forado daobrigao no cumprida tempestivamente ou a contento, sofre dano em seupatrimnio, visto que mesmo sagrando-se vencedor na demanda, seupatrimnio no ser totalmente recomposto, pois uma parcela foi destinada aopagamento dos honorrios contratuais ajustados com seu advogado.Assim, aquele que teve seu veculo atingido por terceiros, por exemplo, e tevenegado pedido extra-judicial de ressarcimento, tendo que ingressar com aopara reaver o valor despendido e optando pelo Juizado Especial Cvel, ondeinexiste condenao em honorrios sucumbenciais em primeiro grau, deverincluir em seu pedido, alm do valor passvel de restituio pelos danoscausados ao veculo, tambm o valor gasto com honorrios de advogado,permitindo, desta forma, a reparabilidade integral do dano.

    o que se depreende, tambm, da mais tradicional doutrina, conforme esclioda j citada Judith Martins-Costa: efeito do inadimplemento imputvel o dever de reparar o prejuzo causado. tambm efeito do inadimplemento imputvel, quando definitivo, possibilitar oexerccio do direito formativo extintivo de resoluo, matria tratada no artigo475 ou, quando for o caso, dar ensejo execuo coativa, tambmacompanhada por perdas e danos. (Tiago Augusto de Macedo Binati,Disponvel em www.conjur.com.br/2011-jul-14/ausencia-sucumbencial-honorario-contratual-acrescido2, acessado em 20/09/2012).

    Em que pese o demandante buscar justia gratuita, mormente diante de sua situao dehipossuficincia (devedor na praa, em virtude da ilcita inscrio de seu nome pelo ru), que ofez perder o limite de cheque especial perante o Banco Y e ficar devedor na atualidade junto aoBanco K, tem ele o direito a escolher advogado particular, como se infere do posicionamentodo Superior Tribunal de Justia:

    PROCESSO CIVIL. ASSISTNCIA JUDICIRIA GRATUITA. ADVOGADOPARTICULAR. CONTRATAO PELA PARTE. HONORRIOSADVOCATCIOS AD EXITO. VERBA DEVIDA.1. Nada impede a parte de obter os benefcios da assistncia judiciria e serrepresentada por advogado particular que indique, hiptese em que, havendo acelebrao de contrato com previso de pagamento de honorrios ad exito,estes sero devidos, independentemente da sua situao econmica ser

    modificada pelo resultado final da ao, no se aplicando a iseno prevista noart. 3o, V, da Lei n 1.060/50, presumindo-se que a esta renunciou.2. Recurso especial provido.(REsp 1153163/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA,julgado em 26/06/2012, DJe 02/08/2012).

    Logo, o demandado dever desembolsar ao autor, como honorrios advocatcios contratados,o importe de R$ 6.220,00 (seis mil duzentos e vinte reais), quando sobrevier sentenadesfavorvel e transitada em julgado, j que a verba em epgrafe fora contratada comoclusula de xito.

    2.3DA TUTELA ANTECIPADARETIRADA DO NOME DO AUTOR DO BANCORESTRITIVO DE CRDITOREQUISITOS PRESENTES.

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    Existem duas restries em nome do requerente perante a SERASA. A insero feita pelo ru ilcita, porque decorre de quantia j quitada (doc. 04). A segunda por sua vez, nascera emrazo da primeira (doc. 09), isto , adveio da perda do limite que o requerente gozava junto aoBanco Y (doc. 06).

    Tem-se ento que:

    1.O requerente pagara as parcelas da dvida antecedentemente data de 26/06/2012, e,igualmente, tal prestao, a que encontra inserida na SERASA, consoante documentosabojados (docs. 03 e 04);

    2.O documento de nmero 03, alis, fornecido pelo prprio banco ru, encartando-se aqui ahiptese gizada pelo art. 368 do CPC, pois se trata de tela gestada pelo sistema informatizadoda prpria instituio que d conta do pagamento da parcela datada de 26/06/2012.

    Dessarte, a prova inequvoca do juzo de verossimilhana em prol do autor solar.

    J no plano do periculum in mora, a restrio na SERASA (doc. 05) impede o autor de teracesso aos limites do cheque especial e carto de crdito (doc. 06), tornando-o, na atualidade,portador de saldo devedor perante os Bancos Y e K (doc. 09).

    Por ser ele proprietrio de caminhes (doc. 11), demandando movimentao diria paraabastecimento, reparos, alimentao, visto que os fretes so pagos, no geral, aps a conduoda mercadoria e, em regra, parceladamente, aumenta suas agruras.

    Seu processo fora paralisado no Juizado Especial por cerca de quarenta dias, parasomente depois disso, ter aquele rgo se dado por incompetente aps ter ocorridoreclamao perante a Ouvidoria (doc. 12), o que d mostra, com todo respeito, a um arde retaliao digno de ser comunicado ao Conselho Nacional de Justia CNJ.

    Por fim, nenhuma irreversibilidade consiste no deferimento da medida antecipatria/cautelar,

    dado que, se o pleiteante sucumbir ter que pagar a dvida que lhe indevidamente assacadapelo demandado.

    Perora-se com este julgado:

    DIREITO DO CONSUMIDOR E PROCESSUAL CIVIL. INSCRIO DEDVIDA PAGA EM CADASTRO DE RESTRIO AO CRDITO. EXCLUSODA NEGATIVAO. TUTELA ANTECIPADA. I - Devida a retirada danegativao quando comprovado o pagamento da dvida que gerou a incluso.II - Deu-se provimento ao recurso. (Acrdo n. 571263, 20120020007752AGI,Relator JOS DIVINO DE OLIVEIRA, 6 Turma Cvel, julgado em 07/03/2012,DJ 15/03/2012 p. 167)

    3. DOS PEDIDOS

    Ante o exposto, requer se digne Vossa Excelncia em:

    1.Acolher o benefcio da gratuidade da Justia vindicado pelo autor, j que momentaneamenteencontra-se em estado de hipossuficincia (doc. 13), e teve o desplante de ver o seu processojudicial ser tido como incompetente para anlise perante o Juizado, sob pena de lhe trancar oacesso Justia (art. 5, XXXV da CF/88);

    2.Deferir como tutela antecipada/cautelar (art. 273 e 7 do CPC), estipulando-se multa diriaem caso de descumprimento para extirpar o nome do autor dos bancos restritivos de crdito

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    alusivamente relao jurdica materializada nos pagamentos mensais da Cdula de CrditoBancrio de n 0033218532000003518, no que pertine insero datada de 26/06/2012 ,posto que a obrigao tem sido cumprida rigorosamente;

    3.Inverter o nus da prova j na deciso inicial porque a relao entre os litigantes estguindada pelo Cdigo de Defesa do Consumidor, havendo de incidir na espcie o art. 6, VIII,

    desse diploma legal;

    4.Citar o ru, via A.R., para que no prazo de lei oferte resposta, sob pena de revelia econfisso;

    5.Julgar procedente este litgio, ratificando-se a tutela antecipada/cautelar vindicada a fim de:

    Declarar:

    e.1.1) A inexistncia de quaisquer dbitos anteriores, e, inclusive, a parcela vencida em26/06/2012, posto que j adimplidos;

    e.1.2) A nulidade da clusula 25.7 (doc. 02), se for por conta dela que o nome do autor estiver

    inserido na SERASA, visto que a permanncia da conta corrente s beneficia o acionado, e adita clusula est timbrada pelo selo da abusividade e da iniquidade, violando os arts. 39, V e51, IV do CDC, porque no compatvel com a vulnerabilidade do consumidor que se vejaencartado em rgo negativador de crdito pela totalidade da dvida se a vem cumprindo compontualidade;

    1.Condenar o demando a solver ao polo ativo:

    2.A ttulo de dano moral o quantum de 50 (cinquenta) salrios mnimos (atualmente em R$31.100,00trinta e um mil e cem reais), ou outro que esse rgo judicante entender devido;

    3.Em nvel de honorrios advocatcios contratados, a cifra de R$ 6.220,00 (seis mil duzentose vinte reais), entabulada em clusula de xito.

    4DAS PROVAS

    Protesta-se provar o alegado mediante documentos, depoimento pessoal do representante doru (o que desde j se requer, sob pena de confisso), e demais que se fizerem necessrias aodeslinde da causa.

    5DO VALOR DA CAUSA

    D-se causa o valor de R$ 37.320,00 (trinta e sete mil trezentos e vinte reais).

    Pede e Espera,

    Deferimento.

    Primavera de 2012.

    ROL DE DOCUMENTOS.

    Doc. 01Contrato de abertura de conta corrente demonstrando ser o autor titular, status 5estrelas, e detentor de expressivo limite creditcio;

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    Doc. 02Relao das operaes renegociadas;

    Doc. 03Consulta de extrato fornecido pelo prprio ru demonstrando a quantidade e valordas parcelas;

    Doc. 04Extratos mensais que do conta da pontualidade do demandante quanto ao

    parcelamento pactuado;Doc. 05Primeiro extrato da SERASA onde figura o nome do acionante;

    Doc. 06Perda dos limites do cheque especial e do carto de crdito pelo autor junto aoBanco Y em vista de sua inscrio na SERASA e extrato do Banco Y que demonstra que oautor est com saldo devedor;

    Doc. 07Contrato de honorrios;

    Doc. 08Sentena do Juizado Especial declarando sua incompetncia;

    Doc. 09Cpia do andamento nmero 01 desta petio que fora aforada no Juizado Especialem 26/09/2012, e segundo extrato da SERASA.

    Doc. 10Ata da audincia de conciliao no Juizado Especial que depois se dera porincompetente;

    Doc. 11Espelho do DETRAN que demonstra que o autor proprietrio de caminhes;

    Doc. 12Reclamao do feito no Juizado Especial perante a Ouvidoria;

    Doc. 13Declarao de Hipossuficincia.

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