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______________________________________________________________ ________ EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE URUAÇU – ESTADO DE GOIÁS. Assistência Judiciária. XXXXX, ambos residentes e domiciliados à Rua Havaí, Qd. 20, Lt. 32, Setor Aeroporto, CEP nº 76400- 000, Uruaçu-GO., vêm com o devido respeito e acatamento, perante a honrosa presença de Vossa Excelência, propor AÇÃO DE PENSÃO POR MORTE em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), Autarquia Federal, com endereço na Rua 15 de Dezembro, n.º 249, Centro, Anápolis-GO, CEP: 75024-070, fazendo-o com fulcro no inciso 1º do artigo 109 e artigo 5º, XXXV, da Constituição Federal vigente, bem como no art. 11, inciso VII, art. 39, inciso I, art. 48 § 1º, art. 55 § 3º e art. 143, todos da Lei Federal 8.213, de 24.08.1991; ______________________________________________________________________ RUA ANÁPOLIS N.º 37, CENTRO, URUAÇU-GOIÁS – CEP. 76.400-000 TEL.: (62) 3357-1736 - FAX.: 3357-3097 SITE: PAULOPAIVA.ADV.BR 3 3

Ação de Pensão Por Morte

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Modelo Petição Pensão por Morte

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EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CVEL DA COMARCA DE URUAU - ESTADO DE GOIS

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______________________________________________________________________

EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL DA SUBSEO JUDICIRIA DE URUAU ESTADO DE GOIS.

Assistncia Judiciria.

XXXXX, ambos residentes e domiciliados Rua Hava, Qd. 20, Lt. 32, Setor Aeroporto, CEP n 76400-000, Uruau-GO., vm com o devido respeito e acatamento, perante a honrosa presena de Vossa Excelncia, propor

AO DE PENSO POR MORTE

em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), Autarquia Federal, com endereo na Rua 15 de Dezembro, n. 249, Centro, Anpolis-GO, CEP: 75024-070, fazendo-o com fulcro no inciso 1 do artigo 109 e artigo 5, XXXV, da Constituio Federal vigente, bem como no art. 11, inciso VII, art. 39, inciso I, art. 48 1, art. 55 3 e art. 143, todos da Lei Federal 8.213, de 24.08.1991; art. 92 da Lei n. 4.504, de 30 de novembro de 1964 (Estatuto da Terra); art. 11 do Decreto n. 59.566, de 14 de novembro de 1966 e demais dispositivos legais aplicveis espcie, e embasada nos fundamentos de fato e de direito a seguir expostos:

1 DA ASSISTNCIA JUDICIRIA

Segundo o artigo 4. da Lei n. 1.060, de 05 de fevereiro de 1950, com a redao dada pela Lei n. 7.510, de 04 de Julho de 1986, bem como art. 8. da mesma Lei, c/c o art. 5., inciso XXXV, da Constituio Federal, o juiz poder conceder a iseno de pagamento das custas judiciais, pelo que os Autores declaram, sob as penas da lei, no poderem arcar com as custas iniciais do processo, requerendo os benefcios da Assistncia Judiciria, desde j.

2. DOS FATOS E DO DIREITO

Os Autores aduzem, inicialmente, que pretendem penso por morte do instituidor do benefcio, os dois primeiros na condio de filhos, e a terceira na condio de companheira (artigos .........74/79).

O pai e companheiro dos autores, CRISTIANO ALVES RODRIGUES, era trabalhador rural com vnculo empregatcio, portanto, contribuinte do requerido.

No dia 16/08/2010 o pai e companheiro dos autores faleceu, como se pode observar pela Certido de bito juntada nos presentes autos.

Em ateno ao pedido de Penso por Morte, formulado em 10/03/2011, o INSS, aps analise da documentao apresentada, indeferiu o benefcio pleiteado, sob fundamento de que no foi reconhecido o direito ao benefcio, tendo em vista que os requerente/instituidor no era Segurado da Previdncia Social na data do requerimento ou do desligamento da ltima atividade.

Indeferido o benefcio pela via administrativa e considerando os vultosos prejuzos que lhe foram causados pelo Instituto Nacional do Seguro Social INSS ao negar-lhe o benefcio previdencirio a que tem direito, os Autores no restaram alternativas se no buscarem a tutela da prestao jurisdicional, conforme lhe faculta o artigo 5, inciso XXXV, da Carta Magna.

Vale ressaltar Excelncia, que atravs do Termo de Audincia de Instruo e Julgamento, foi deferido pelo MM. Juiz da Comarca de Uruau, escrivania de famlias e sucesses o reconhecimento da Unio Estvel de Cristiano Alves Rodrigues e Leila de S Lima.

Quanto ao perodo de contribuio do de cujus, que foi alegado pelo INSS, ressaltamos que os autores entraram com Ao Trabalhista na Vara de Trabalho de Uruau, o que foi reconhecido atravs de sentena por este MM. Juzo o vnculo empregatcio, a condenao do reclamado em efetuar todo o recolhimento previdencirio do perodo de setembro de 2007 a agosto de 2008, o que foi feito, conforme faz prova os comprovantes de recolhimentos em anexos.

Os Requerentes esto amparados pelo disposto no artigo 9., inciso VII do Regulamento da Previdncia Social, aprovado pelo Decreto n 3.048 de 06 de maio de 1.999. Alm disso, o artigo 16, I da Lei 8.213/91 colocam os filhos e companheira como dependentes presumidos.

No regime da Consolidao das Leis da Previdncia Social atualmente, o artigo 26, inciso I, da Lei n. 8.213/91 dispensa a carncia como requisito para a consecuo do benefcio previdencirio, ou seja, penso por morte.

Para a obteno do suso mencionado benefcio previdencirio, no existe carncia e igualmente a perda da qualidade de segurado. A penso por morte, como a prpria designao deixa entrever, tem um carter extremamente assistencialista, donde por isso mesmo, houve a excepcionalidade, para ela, do perodo de carncia (artigo 26, I, da Lei n. 8.213/91).

Posicionamento oposto, com certeza, retiraria o cunho assistencial do dito benefcio (penso por morte), igualitarizando-o generalidade das prestaes do INSS. Logo, o carter de excepcionalidade da penso por morte recomenda uma hermenutica particular a ela, sob pena de estar acometendo-a a vala comum dos benefcios previdencirios. Essa condio, digamos assim, de social da penso por morte que gerou a preocupao do legislador previdencirio, insculpindo a regra do art. 102, da lei de regncia.

E para concluir, de bom alvitre deixar assentado que a penso por morte dirigida a pessoas que, em bastas vezes, esto beira da marginalizao social, j que foram vitimadas por um acontecimento infausto (falecimento de quem presumidamente sustentava o lar), e acompanhadas de uma numerosa prole, na generalidade das ocorrncias, todos dependentes do falecido.

Os pressupostos para a penso por morte so os seguintes: a) bito do segurado (que, para este fim, desde que comprovado o vnculo laboral ou mesmo a condio de segurado facultativo, sempre estar como integrado ao Regime Geral da Previdncia Social); b) declarao judicial de morte presumida do segurado; c) condio de dependncia do pretendente.

Tais requisitos para a penso por morte, como de conhecimento geral, esto insertos no art. 74 da Lei n. 8213/91. O entendimento das nossas Cortes no rumo de que:

A penso por morte, benefcio cuja concesso independe de carncia, e que pode ser concedido mesmo aps a perda da qualidade de segurado, no exige prova do exerccio de atividade laborativa nos ltimos trs anos. (Revista Sntese Trabalhista, n 86, agosto de 1996, p. 96 destacou-se).

404534 PENSO POR MORTE COMPROVAO DE ATIVIDADE I. A penso por morte, benefcio cuja concesso independe de carncia e que pode ser concedido mesmo aps a perda da qualidade de segurado, no exige prova do exerccio de atividade laborativa nos ltimos trs anos. II. Honorrios advocatcios mantidos em 10% sobre o montante da condenao. (TRF 3 R. AC 96.03.003571-8 SP 1 T. Rel. Juiz Theotnio Costa DJU 23.04.1996).

DUPLO GRAU DE JURISDIO. AO ACIDENTRIA. PENSO POR MORTE DO COMPANHEIRO SEGURADO DO INSS. I (...). II a comprovao de vida estvel entre o falecido segurado e sua companheira, bem como a dependncia e econmica desta, suficiente para fazer juz referida penso, devendo ser confirmada a sentena que julga procedente o pedido em casos tais. Remessa Conhecida e Improvida. (TJGO. Terceira Cmara Cvel. Rel. Dr. Carlos Magno Rocha da Silva. Duplo Grau de Jurisdio 15169-5/195. DJ 15129 de 22.11.2007).

Indeferido o benefcio pela via administrativa e considerando os vultosos prejuzos que lhe foram causados pelo Instituto Nacional do Seguro Social INSS ao negar-lhe o benefcio previdencirio a que tem direito, o Autor no resta alternativa se no buscar a tutela da prestao jurisdicional, conforme lhe faculta o artigo 5, inciso XXXV, da Carta Magna.

3. DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, os Autores vem presena de Vossa Excelncia para REQUERER:

1. A citao do Instituto Nacional do Seguro Social INSS, na pessoa de seu representante legal, para nos termos da presente ao, querendo contestar, sob pena de revelia e confisso quanto aos fatos aqui narrados.

2. ao final, seja julgado procedente o pedido com a condenao do Requerido no pagamento da penso mensal por morte aos Requerentes, na conformidade da Lei n. 8.213/91, bem como, no pagamento do benefcio desde a data do bito (16/08/2010), cujo valor dever ser acrescido de atualizao monetria e juros legais at a data do devido pagamento;

3. seja concedido aos Requerentes, o benefcio da Justia Gratuita, nos termos da Lei n. 1.060/50, eis que os mesmos so pobres e no possuem condies financeiras de arcarem com despesas processuais e honorrios advocatcios sem prejuzo do seu prprio sustento;

4. a condenao do rgo Requerido, no pagamento dos honorrios advocatcios no percentual equivalente a 20% sobre a condenao, conforme preleciona o art. 20 do Cdigo de Processo Civil;

5. Intimao do ilustre representante do Ministrio Pblico Estadual, caso seja necessrio;

Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidos, mxime pela documental j acostada, depoimento pessoal do Requerido, na pessoa de seu representante legal, sob pena de confesso quanto matria de fato, oitiva de testemunhas, as quais devero ser intimadas, e outras que se fizerem necessrias.

D-se presente o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais).

Termos em que

P. deferimento.

Uruau (GO), 12 de julho de 2011.

PAULO GONALVES DE PAIVA MARILSON RIBEIRO SOARES

OAB/GO 17.027 OAB/GO 31.931

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