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1 ISSN 1679-0189 Ano CXV Edição 14 Domingo, 03.04.2016 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Ação dos Batistas brasileiros na tragédia de Mariana - MG Neste artigo, da Coluna Ação Social, Simone Vieira relata um pouco da ação dos Batistas brasileiros durante os primeiros momentos da catástrofe ambiental ocorrida na região de Mariana - MG. (Página 10) Encontro sobre refugiados na CBB 2016 O encontro Juventude, Fé e Teologia, organizado pela Juventude Batista Brasileira (JBB), este ano terá como tema o drama dos refugiados no mundo. Este é um dos eventos que antecedem a 96ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, que acontecerá em abril, na cidade de Santos - SP. (Página 11)

Ação dos Batistas brasileiros na tragédia refugiados na CBB … · 2016-03-29 · maior poder, o profeta recri-mina os cidadãos comuns: “Todos são ruins todos, são perversos”

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1o jornal batista – domingo, 03/04/16?????ISSN 1679-0189

Ano CXVEdição 14Domingo, 03.04.2016R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Ação dos Batistas brasileiros na tragédia

de Mariana - MGNeste artigo, da

Coluna Ação Social, Simone Vieira relata um pouco da ação dos Batistas brasileiros durante os primeiros momentos da catástrofe ambiental ocorrida na região de Mariana - MG. (Página 10)

Encontro sobre refugiados na CBB 2016

O encontro Juventude, Fé e Teologia, organizado pela Juventude Batista Brasileira (JBB), este ano terá como tema o drama dos refugiados no mundo. Este é um dos eventos que antecedem a 96ª Assembleia da Convenção Batista Brasileira, que acontecerá em abril, na cidade de Santos - SP. (Página 11)

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2 o jornal batista – domingo, 03/04/16 reflexão

E D I T O R I A L

Ação da Oração

“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e buscar a minha presença, e se desviar dos seus maus caminhos, en-tão ouvirei dos céus, perdoa-rei os seus pecados e sararei a sua terra” (II Cr 7.14).

Normalmente ouvi-mos testemunhos e relatos sobre os efeitos ou as res-

postas de orações, mas nem sempre pensamos e refleti-mos na ação que a oração produz. O que estou dizendo é que a oração produz uma ação sem precedentes na vida de todos aqueles que oram, a partir da decisão de

orar. Sim, quando alguém decide orar é uma ação pro-duzida pela oração.

Orar produz a ação de de-positar toda nossa confiança no Senhor, produz a ação de reconhecimento da grandio-sidade, da soberania, do po-der de Deus. Produz a ação de reconhecimento da nossa fragilidade, pequeneza e im-potência diante dos desafios que se apresentam. Produz a ação de nos aquietar, de pararmos tudo ao nosso redor e buscarmos estar a sós com o Senhor, em silêncio, para ouvirmos a Sua voz. Produz a ação de compartilharmos com os outros as nossas ne-cessidades que precisam ser

levadas à presença do Pai. Produz a ação de reunir for-ças no mesmo sentimento buscando, através da oração, as respostas que precisamos e esperamos. Como descrito no texto bíblico acima, a oração transforma o mundo, pois produz uma série de ações transformadoras em nossas vidas. Devemos sempre man-ter a convicção bíblica de que a oração realmente muda as coisas.

A oração é uma súplica que dirigimos a Deus, O Pai, em nome de Jesus Cristo, Seu Filho, para buscarmos o perdão. É a forma de depo-sitarmos no Senhor todas as nossas ansiedades e temores,

e como podemos nos dirigir a Ele em um diálogo franco, sem barreiras e sem limites. A oração é vital para o crente.

Li certa vez que alguém, perguntado sobre a oração, assim expressou: “A oração é para nós o que a asa é para o pássaro e como os pés para o atleta”. Assim, como não é possível conceber que os pássaros voem sem asas e os atletas possam correr sem os pés, do mesmo modo, não é possível entender um crente sem a prática da oração.

Sócrates Oliveira de Souza,diretor executivo da

Convenção Batista Brasileira

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

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INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 03/04/16reflexão

(Dedicado ao leitor Gui-lherme Toledo Machado, do Rio de Janeiro)

“Quão poderosas são as palavras da boa razão!”.

Be n j a m i n K e a c h (1640-1704) tem sido objeto de con-jecturas; que com o

passar dos anos tornaram-se lendas ou balelas.

No boletim dominical de uma Igreja suburbana cario-ca, lemos o elogio da tradi-ção e a deturpação da Histó-ria. O sábio autor desse texto afirmou: “Existe uma tradição que não podemos abrir mão, a saber, a tradição dos após-tolos. O próprio apóstolo Paulo nos declara isso no contexto da Segunda Epísto-la aos Tessalonicenses. E o que vem a ser isso? Talvez o ‘Credo dos Apóstolos’ seja um sumário das grandes dou-trinas cristãs. Nele, as princi-pais doutrinas da fé cristã são apresentadas. Apesar desse exemplo de tradição que deve ser preservada, tenho a impressão de que há muita tradição em nossos dias que acabou”.

Concordamos nisto, muita tradição acabou; por exem-plo, o costume de colar à capa interna da Bíblia uma cópia do Pacto das Igrejas Batistas. Alegra-nos a dispo-

sição do autor acima referido de não abrir mão da tradição “Que deve ser preservada”. Entretanto, no que diz respei-to ao canto, ele defende os crentes que resolveram can-tar com ritmos, instrumentos e estilos contemporâneos.

Lembramos que as Igrejas evangélicas no Brasil, desde meados do século 19, em seu canto usaram a coleção “Sal-mos e Hinos”. Essa tradição hinódica deve ser preserva-da. Elas também respeita-ram a tradição de incluir, ou assimilar, em seus hinários documentos confessionais (Credo Apostólico, Confissão de Ausgburgo, e outros).

Nosso hinário é usado sem preocupação litúrgica; por isso, os cultos nas Igrejas Batistas não observam um calendário eclesiástico, uma prática que deveria ser ob-servada.

O admirador da tradição relembrou a controvérsia a respeito do uso dos hinos ou dos Salmos. Já examinamos o papel de Benjamin Keach na introdução do canto em congregações Batistas na Inglaterra (Ver: OJB, 17 jun 2002 e 03 nov 2002). Assun-to que virou clichê, por nós esclarecido, mas que, em atenção aos nossos leitores, voltaremos a examinar, em defesa da história doutrinária e hinódica.

A controvérsia, entre 1670 e 1700, era: Se deveriam ou não cantar durante o cul-to divino. Na época, havia dois grupos: Batistas Gerais (Arminianos que criam estar a salvação disponível para todos os pecadores) e Batis-tas Particulares (Reformados e Calvinistas que adotavam a doutrina da predestinação – A salvação disponível para certos pecadores escolhi-dos).

Os Batistas Gerais não acei-tavam a liturgia da Igreja ofi-cial (Anglicana), incluindo os cânticos e as orações rituais; eram contrários à composi-ção de cânticos e ao canto congregacional; considera-vam promíscuo um canto do qual participavam crentes e incrédulos; discordavam que as palavras e as melodias compostas por um homem fossem cantadas por toda a congregação; não queriam facilitar a introdução nas con-gregações de fórmulas rituais de canto e oração.

Alguns Batistas Particu-lares, embora apoiassem a doutrina calvinista, eram favoráveis aos hinos de com-posição humana, além dos Salmos tradicionais e dos cânticos contemporâneos. A maioria dos Batistas Par-ticulares sustentava o uso de Salmos métricos, não de hinos. Benjamin Keach

deixou os Batistas Gerais e foi para o arraial dos Batistas Particulares.

A adoção da hinodia nas Igrejas evangélicas decorreu não somente da interpretação doutrinária, mas também da situação política na Ingla-terra.

As leis da Restauração Mo-nárquica (1660-1665) impu-seram às congregações dissi-dentes a clandestinidade e o silêncio; evidentemente, nas Igrejas evangélicas não po-deria existir culto nem canto.

Pela Declaração de Indul-gência (1672) foi concedi-do aos dissidentes o direito de realizar cultos públicos. Mas o Ato de Prova (1673) cassou-lhes esse direito, e obrigou-os a obedecer aos ritos da Igreja Anglicana; essa repressão oficial continuou até 1685. Uma nova Decla-ração de Indulgência (1687) concedeu total tolerância religiosa aos dissidentes.

Em 1691, os Batistas de Horsleydown (Londres), pas-toreados por Benjamin Ke-ach, aprovaram a proposta do canto de hinos, contra a opinião de alguns membros da Igreja local, que só que-riam cantar Salmos. Não foi a paciência de Keach, de esperar 22 anos (1671-1693) para introduzir hinos em sua Igreja, mas o que realmente aconteceu foi o lento pro-

cesso político que liberou os dissidentes para cultuar e cantar à sua maneira.

No final do século 17, quando as denominações dissidentes (Presbiterianos, Batistas e Congregaciona-listas) afastaram-se da Igreja Anglicana, havia consciente e generalizada objeção não somente à música instrumen-tal na Igreja, mas também ao canto das melodias dos salmos metrificados.

No século 17, antes da obra sacra de Bach e Haen-del, havia desconfiança nas Igrejas em relação ao can-to e à música erudita. Para o crente comum, a música nos templos tornara-se estra-nha, assim como o sermão erudito. Entre 1660 e 1700, essa situação agravara-se nas congregações inglesas dissi-dentes.

A situação da música e da pregação nas Igrejas protes-tantes e reformadas da Euro-pa só começou a evoluir com a obra de Johann Sebastian Bach (1685-1750). (Ver: Frie-drich Blume, Protestant Chur-ch Music – A History, pág. 236-237. London: Gollancz, 1975).

Para evitar os cânticos con-temporâneos de Keach, os evangélicos ingleses fizeram muito bem, preferindo cantar os hinos tradicionais de Isaac Watts.

MÚSICAROLANDO DE NASSAU

Keach virou clichê

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4 o jornal batista – domingo, 03/04/16

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Cidadãos corruptos, nação

corrupta

reflexão

“Ai, nação pecadora, povo carregado de iniquidade, descendência de malfeitores, filhos corruptores; deixaram ao Senhor, blasfemaram o Santo de Israel, voltaram para trás” (Is 1.4).

O profeta I sa ías , quando anuncia a mensagem do Senhor ao “povo”

de Judá, não se limita a falar sobre um conceito teórico de “nação”. Ele exorta indivíduos concretos, pessoas conscientes e responsáveis. “Ai desse povo mau, dessa gente cheia de pe-cados! Todos são ruins, todos são perversos. Eles abando-naram o Senhor, rejeitaram o Santo Deus de Israel e viraram as costas para Ele” (Is 1.4).

Mesmo vivendo no am-biente palaciano de Jerusa-lém, Isaías não limita a sua mensagem às autoridades e aos políticos profissionais. Mesmo vivendo em um re-gime monárquico, cujo rei tinha a maior autoridade e o

maior poder, o profeta recri-mina os cidadãos comuns: “Todos são ruins todos, são perversos”. Jeremias, tempos depois, reforça o conceito bíblico da responsabilidade de cada cidadão. Criticando a ideia popular de que “Os pais comem uvas verdes, mas os dentes dos filhos ficam ásperos”, o profeta insiste no comprometimento pessoal de todos nós (Jr 31.29-30).

Quando uma nação fer-vilha com políticos e admi-nistradores de “ficha suja”, esta tragédia acontece como resultado de uma tragédia ainda maior: Seus cidadãos deixaram de ser “eleitores ficha limpa”. Como paráfra-se ao texto bíblico digamos “Bem-aventurada é a nação cujos cidadãos cultivam a comunhão com Deus” (Sl 144.15). E que oram ao es-colher seus governantes. E que continuam a apoiá-los espiritualmente, acompa-nhando com oração sua vida administrativa.

Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

Uma das mais pre-ciosas experiên-cias que tive no tocante à ética

ocorreu quando pastoreava uma Igreja Batista em uma grande cidade.

Um jovem professor, mem-bro de uma de nossas Igrejas, candidatou-se a vereador. Com o apoio de um diácono da nossa Igreja, experiente em campanhas, conseguiu eleger-se. Na segunda tenta-tiva perdeu por poucos votos. Queixou-se ao diácono: “Em quatro anos, seu pastor não me convidou a falar à Igreja, uma única vez!”. A vigência da legislatura estava no fim e, antes do término, chamei o candidato à reeleição, jus-tificando minha atitude. A explicação foi a seguinte:

“Quando o irmão foi elei-to, o prefeito lhe chamou, e perguntou o que o irmão desejava para contar com seu apoio. O irmão pediu empre-go para seu pai, sua mãe, e sua esposa. Sua esposa ocu-pou a chefia de uma senhora de nossa Igreja, concursada. A partir daí, a senhora, des-tituída de seu cargo, teve que apoiar sua esposa que nada entendia do expediente. Como convidá-lo sem ofen-der minha ovelha? O irmão entregou sua consciência nas mãos do prefeito”. Ele chorou arrependido.

Ao lermos às Escrituras, en-contramos vários exemplos dos heróis bíblicos sendo perdoados por Deus, mas, nenhum deles deixou de encontrar as consequências do seu pecado, mais a frente. Nós, humanos, cometemos falhas éticas, mas, em nenhu-

ma delas, teremos o apoio de Deus para nossa falha.

O maior de todos os pro-blemas brasileiros não é o fato dos nossos políticos fa-lharem na questão ética. O problema é que há chamados cristãos, no meio deles, e eles não se tornaram exceções. E todos eles estão, como no caso do vereador, pagando o preço da falha ética.

O salmista Davi clamava no Salmo 51: “Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável” (Sl 51.10). O salmista pede coração puro, e espírito estável. Duas coisas que custam enorme preço para andarem juntas. Em um simples cochilo, o coração nos trai, e o espírito perde a paz. Jamais um mortal esca-pou dessa armadilha.

Vigie seu coração, e jamais perderás a paz.

Juvenal Mariano de Oliveira Netto, membro da Primeira Igreja Batista em São Pedro da Aldeia - RJ

Não sei quando e nem onde surgiu a expressão “Que-ro pagar para ver”,

mas o que sei é que ela tor-nou-se corriqueira. Toda vez que alguém aceita voluntaria-mente correr um risco, com ou sem envolvimento de dinhei-ro, bens, etc., simplesmente para confirmar o seu posi-cionamento acerca de algum assunto pela razão, ela diz: “Eu vou pagar para ver”. Você já utilizou esta expressão em algum momento da sua vida?

No período chamado de pré-história, há mais de 2.200 A. C., existia uma sociedade perversa, má, violenta, sem princípios éticos ou morais; a sua maldade havia multi-

plicado sobremaneira sobre a face da terra até o ponto de o Criador ter que inter-vir. Deus toma uma decisão extrema. Ele decide destruir toda aquela geração, exceto um homem chamado Noé e a sua família. Ele decide re-começar. A história se repete e Ele manda o seu filho para resolver o problema. Jesus prepara doze homens para anunciar ao mundo o que os homens deveriam fazer para escaparem desta nova destruição que está por vir.

Ao ser indagado pelos seus discípulos sobre os sinais que haveriam de sinalizar os últi-mos dias de vida sobre a face da terra, Jesus lhes responde no que chamamos de “O ser-mão profético”. Jesus narra resumidamente no capítulo 24 de Mateus, os terríveis acon-tecimentos que antecederiam o princípio do fim. Quero

destacar um trecho do seu ser-mão que diz o seguinte: “Pois como foi dito nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casa-mento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perce-beram, até que veio o dilúvio, e os levou a todos; assim será também a vinda do Filho do homem” (Mt 24. 37-39).

Por que Jesus usa as pa-lavras “Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casa-mento”? O que há de errado nisso? Seria pecado fazer isso? Absolutamente, fazer essas coisas não é pecado. Jesus queria dizer que as pes-soas estavam tão envolvidas, entretidas com o mundo físi-co, que se esqueciam da re-alidade do mundo espiritual.

Hoje vemos as pessoas tão

envolvidas com a realida-de deste mundo, que se es-quecem, ou pior ainda, não acreditam na realidade da existência da vida pós-morte. Pessoas extremamente ocu-padas com o trabalho; pesso-as vivendo a todo o momento como se o ter fosse mais im-portante que o ser; pessoas insaciáveis pelas graduações em busca de mais status, poder, destaque e aplausos.

Não quero inventar nada, somente farei uso do que o maior best-seller de todos os tempos, a Bíblia sagrada, afirma: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigê-nito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo

por Ele. Quem crê nEle não é condenado; mas quem não crê já está condenado, por-quanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus”(Jo 3.16-18).

Se a Bíblia estiver equivo-cada, o que temos a perder, seguindo as suas orientações, tendo em vista que tudo o que nela está escrito visam o bem-estar dos homens? En-tretanto, se ela estiver certa, como eu creio cegamente que sim, e eu e você não atentarmos para o que ela diz, as consequências serão extremamente terríveis. Se-gundo a Bíblia, não há meio termo, quando partirmos des-ta vida, o nosso destino será o céu ou o inferno. A escolha é toda nossa, a responsabili-dade é individual. O fim está próximo, Jesus está voltando. Será que vale mesmo a pena pagar para ver? Prepare-se!

Ética cristã

Você vai mesmo pagar para ver?

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5o jornal batista – domingo, 03/04/16reflexão

diante do Criador. É a espiritu-alidade do temor que faz com que os joelhos se dobrem como demonstração de reve-rência, temor e dependência. É a espiritualidade da oração de joelhos.

De joelhos lembramos nos-so estado miserável diante de Deus, nossa condição de inadequação diante da perfeição do Senhor e nossa dependência diante do nosso Deus Provedor. De joelhos o nosso ego é humilhado e Deus é exaltado. De joelhos nossos desejos são aniquila-dos e a recompensa é ouvir a voz de Deus. De joelhos nosso passado é apagado e somos revigorados pela nova natureza, fruto da novidade de vida que desfrutamos em Jesus. De joelhos reconhe-cemos que não merecemos nada e que tudo que temos e somos é Graça de Deus. De joelhos percebemos que a misericórdia e o perdão do Senhor é que nos dá sentido na vida. De joelhos lembra-mos que não somos nada e que a graça nos basta. De joelhos lembramos o que éramos e tributamos louvor

deve oferecer primeiro. Já ouvi alguém dizer assim: “Se quer ser respeitado, me respeite!”. A visão de Deus é : Se você quer respei -to, respeite. Se você quer carinho, dê carinho. Se você quer um sorriso, sor-ria para alguém. Se você quer ser amado, ame. Se você quer ser perdoado, perdoe. Se você quer gen-tileza, seja gentil. Se você

pela nova vida em Jesus. De joelhos reconhecemos que não temos direitos, pelo contrário, que devemos nutrir um coração grato diante de tantas bênçãos do Senhor sobre nossas vidas.

De joelhos buscamos não a nossa vontade, mas a von-tade soberana de Deus. De joelhos não pensamos em nossas prioridades, e sim em priorizar o Reino de Deus e Sua justiça. De joelhos lan-çamos sobre os ombros de Jesus toda nossa ansiedade, temores e preocupações, na certeza de que Ele é quem cuida de nós. De joelhos nossa espiritualidade se torna sadia, bíblica e vivida. De joelhos buscamos viver no centro da vontade de Deus. De joelhos aprendemos a ser filhos e filhas de Deus, filhos (as) dependentes e não filhos mimados. A espiritua-lidade cristã é a que enfatiza a oração e oração de joelhos. Agradeço a minha avó por ensinar-me a orar de joelhos. Dobre-se diante do Senhor e Ele te sustentará de pé diante das adversidades desses dias difíceis.

quer um ombro amigo, seja amigo, ofereça seu ombro. Deu para entender?

Não queira receber para retribuir. Você não pode ser uma reação à ação do pró-ximo. Deus quer de outra forma, de outro jeito. Deus quer que você tome a ini-ciativa de abençoar a todos. O começo é com você, não com o seu próximo. Deus te abençoe!

Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

Minha avó mater-na sempre dizia para mim que orar de joelhos

é melhor. Cresci ouvindo e vendo-a orando de joelhos. Esse exemplo marcou minha caminhada espiritual. Um dia perguntei a ela por qual motivo deveríamos orar de joelhos, e ela disse que de joelhos lembramos nossa miséria e nossa real condição de dependentes do Senhor. A espiritualidade evangélica brasileira nos últimos anos tem sido marcada por jargões e frases de efeito. É uma es-piritualidade onde o ser hu-mano está no centro e Deus é que precisa se mover na direção do homem. Essa es-piritualidade evangélica que se distancia do Evangelho apregoa a felicidade humana oriunda de uma vida próspe-ra e luxuosa aqui na terra, uma espiritualidade que fala com Deus sem reverência e como se Ele fosse obrigado a nos dar o melhor dessa terra como se fôssemos passar a

Wanderson Miranda de Almeida, membro da Igreja Batista Betel de Italva – RJ

“Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei--lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7.12).

Gosto mui to de refletir sobre esse texto da Bíblia. Fico pensando

eternidade aqui, e como se os bens matérias fossem ter-mômetro da espiritualidade. Essa espiritualidade evangéli-ca despreza a salvação como o maior presente de Deus e foca em bênçãos materiais que irão se deteriorar.

Essa espiritualidade evan-gélica é surda para as pala-vras e cega para o ministé-rio de Jesus, que nos leva a devoção e a contrição. Essa falsa espiritualidade evan-gélica nos ensina a exigir-mos, a determinarmos e a cobrarmos as benesses do Senhor; enquanto Jesus nos ensina a realinharmos nossas vidas com as prioridades do Reino dos céus, a vivermos em obediência e reverência diante do Senhor, e a bus-carmos o Senhor em oração. Jesus nos ensina a verdadeira espiritualidade, que nada tem a ver com a demonstra-ção religiosa que os fariseus praticavam; pelo contrário, a espiritualidade ensinada e vivida por Jesus é aquela da reclusão para orar. Jesus nos ensina a entrarmos no quarto e orarmos em secreto ao Senhor, a abrirmos nosso

em como as pessoas fazem as coisas da forma errada. Elas querem ser bem trata-das, receber carinho, res-peito; resumindo: Querem receber só coisas boas do próximo. Isso não é pecado, não se preocupe. O pecado é esperar que o próximo comece. Você não pode ser uma reação à ação do próximo. Você tem que ser o começo.

coração diante de Deus, a nos rendermos a Ele em de-voção, dependentes do agir do Senhor.

A espiritualidade evangélica nos remete a figura de uma pessoa diante de um balcão exigindo aquilo que julga necessário para sua vida. É a figura de uma pessoa em pé reclamando em prol dos seus direitos. Já a espiritualida-de proposta por Jesus é a da oração e contrição. Jesus nos ensinou a orar, Ele se retirava para orar. Ele se refugiava em oração e conversa com o Deus Pai. Ele orava agra-decendo. Ele orava pedindo sempre a vontade de Deus sobre Sua vida e ministério. Ele ensinou a oração mode-lo, que chamamos de “Pai Nosso”, que é a expressão de um filho grato e dependente diante do Todo Poderoso. A espiritualidade cristã tem a ver com oração, com uma vida de gratidão e com joelhos no chão. A espiritualidade cristã é fomentada por filhos e filhas de Deus que reconhecem que tudo o que são e têm vem do Senhor, que os seus planos e sonhos devem ser colocados

Sei que você pode não gostar dessa ideia , mas a ideia de Deus é essa. Deus quer que você seja o começo. É muito fácil dar carinho a quem lhe dá ca-rinho, cumprimentar quem o cumprimenta, dar um sorriso a quem lhe dá um sorriso. Desse jeito, é fácil! Só que, de acordo com a Bíblia, o que você quer receber das pessoas, você

De joelhos é melhor

O começo é com você, não com seu próximo

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vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

6 o jornal batista – domingo, 03/04/16 reflexão

Há alguns anos es-teve no Brasil o doutor Thomas Gleaton, um dos

mais atuantes líderes de combate às drogas entre os jovens americanos, o Pride, sigla em inglês para Instituto Nacional de Pais para a Edu-cação sobre as Drogas. Gle-aton afirmou, em uma das suas palestras, que o maior perigo é acreditar que a ame-aça é remota. O que Thomas Gleaton tentou transmitir foi a mensagem de que nenhu-ma família é imune a este problema mundial. Os pais devem estar atentos para a possibilidade de que, por diversas razões, seus filhos possam, um dia, experimen-tar drogas e até se tornarem dependentes.

Willian e Nancy Perkins, líderes da Marcha pela Amé-rica, e autores do Livros “Criando seus filhos saudá-veis em um mundo cheio de drogas”, afirmaram: “Vimos, por toda a América, pais de todas as procedências com filhos envolvidos com álcool e outras drogas. Prefeitos, pastores, empresários, dire-tores de escolas, motoristas, professores - todos com fi-lhos consumindo drogas”. Negando a ameaça das dro-gas, a família deixa de estar preparada para enfrentar o problema. A negação da pos-sibilidade não faz com que a ameaça deixe de existir. A negação da possibilidade faz

com que os pais deixem de entrar em ação.

A Pedagogia do Medo, que muitas vezes se apresenta através de frases do tipo “Se um dia eu o encontrar usan-do drogas, vou acabar com você de tanta pancada” ou “Se eu o apanhar com drogas você nunca mais vai morar nesta casa!”. Não faz com que os filhos evitem as dro-gas. O melhor caminho é o do diálogo, desde a mais tenra idade. Para isso, os pais devem estar informados sobre os efeitos das drogas, entenderem seu impacto e as mudanças de comportamen-to que elas acarretam.

Os pais devem, de vez em quando e de maneira infor-mal, conversar com os filhos, explicando-lhes como o uso de drogas pode transformar suas vidas e os problemas que eles terão pela frente. Como pais, não podemos impedi-los de usar drogas, mas podemos educá-los e alertá-los quanto aos perigos e consequências desagradáveis.

Ao ouvirem juntos uma notícia sobre drogas, inicie uma conserva sobre o tema. Perguntem o que eles têm aprendido, o que eles pen-sam sobre drogas, se conhe-cem casos de uso de drogas em seus colégios.

Somente através de infor-mações sólidas, lógicas e razoáveis os pais podem dar condições aos filhos de dize-rem “não” às drogas.

Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

No cotidiano, obser-vamos que nem todos os chefes são líderes na es-

sência. E nem todos os lí-deres têm qualquer cargo, chefia, gerência ou diretoria. Sinceramente, tive o prazer de conhecer poucos desse tipo, mas o suficiente para admirá-los em sua postu-ra. Normalmente serenos, de olhar firme, tom de voz bem controlado, de passado incorrigível, atitudes ime-diatas, boa visão de futuro e coragem; provocam, princi-palmente em seus superio-res, certa perturbação já que demonstram maior capacida-de. Todavia, influenciar de forma positiva e produtiva quem está ao redor, não é fácil, no mundo conturbado em que vivemos. Aqui entra um aspecto fundamental ao líder: Confiança. As grandes empresas e conglomerados sabem exatamente o quanto significa na produção geral. Um bom comandante faz com que pessoas produzam além de seus limites e com prazer.

Diferentemente dos que têm cargo de gerência, os lí-deres não têm subordinados. Eles têm seguidores e admi-radores. Espantosamente, se olharmos direitinho, não dão ordem. Fazem simplesmente que sejam efetivadas, sem palavras. Entusiasmam! Eles influenciam. Não impõem nada a ninguém. Induzem os demais à produção pela sua conduta ou pela presença: Aquilo necessita ser feito e é só. Não é lei. Obedece quem tem juízo e prazer em servir quem manda. Cidadão ho-nesto, íntegro, informado, se sente bem ao lado de quem tem capacidade em orientá--lo, de conduzi-lo; de lhe fazer trabalhar melhor e com qualidade. Eis mais outro segredo.

Já lideranças morais e éti-cas são importantes para a

população de qualquer país que deseja crescer, que dese-ja ser sério. De forma triste, os relatos sobre as lideranças latino-americanas são pertur-badoras. Alguns destes líde-res são tachados de “excêntri-cos”. Vou mais além: Muitos são mesmo “loucos”. O mais assombroso e perturbador é saber que estas pessoas têm seguidores fora de suas fron-teiras. Aos poucos, por estes e outros inúmeros motivos, a compra de armas na região aumentou assustadoramente nos últimos anos. Diria até que já está fora de controle. Ao mesmo tempo, surgiram também líderes mentirosos e omissos. Há até o caso de um que dizia “Não saber de nada; que não via nada”. Quem gosta de ser liderado por um sujeito assim?

Dos filmes que me lembro ao escrever estas linhas, “O Gladiador” parece-me o que mais exemplifica a presença de um líder. Na Roma antiga, César vê no fiel Maximus as qualidades ideais de um líder: Sabedoria, justiça, temperan-ça e domínio. Mais do que no próprio herdeiro a quem barra na ascensão ao trono. Por conta disso, César é assas-sinado pelo filho ganancioso Comodorus, que manda ma-tar também Maximus, sendo este apenas ferido gravemen-te. Ao ser encontrado por uma caravana de escravos, torna-se um gladiador e lidera uma batalha histórica no Coliseu: Vence os opositores que estão em maior número. Assim, o público delira e grita sem pa-rar o nome do comandante da vitória, Maximus. É aqui que aprendemos: Quem é líder, é líder em qualquer lugar e em qualquer circunstância. Quantos pseudo-líderes você conhece?

No geral, o bom líder é aquele com quem os demais não apenas querem conver-sar. Na sua ausência, sentem sua falta. Tem muita gente aí esmurrando mesas ou com o dedo em riste, xingando, gritando e até se desfazendo

dos que estão sob sua guarda, pensando que os outros estão lhe obedecendo porque é um líder. Triste engano. Su-jeitam-se apenas pelo receio de demissão sumária que o cargo lhe atribui. Aqui vai uma lição: Não! Quem está liderança não pode abusar dos subordinados; jamais! Outro coisa: O bom coman-dante não deixa transparecer nervosismo. Mesmo que se encontre desesperado, per-manece firme. Sem agressão verbal aos funcionários.

A sociedade “cibernética” do século XXI nunca andou tão rápida como agora. Po-rém, mesmo com a globa-lização, continua à mercê da necessidade de líderes. No esporte, na política, nas empresas, nas famílias e até nas Igrejas isso não é fácil de encontrar. São tantos os ar-gumentos que justificam esse fato, que não há como deixar de observar as características da maior liderança que o mundo já viu e compreender porque estamos tão carentes. Quando esteve entre nós, Jesus Cristo demonstrou e en-sinou pelos exemplos como deve ser um comandante, pela sua natureza: Sem auto-ritarismo, não se preocupan-do jamais em ser o primeiro; e entre tantas qualidades, manter-se na humildade. Em qualquer lugar que andasse não perdia a oportunidade de demonstrar a grandeza de quem o enviou. Infelizmente, em quase todas as religiões, até os seus comandantes têm caído não só por falta destas condições essenciais, como também, por se corrompe-rem, dando-se aos deleites da materialidade e suas ten-tações. Sinceramente, o bom líder também ouve seus lide-rados. O que pode ser feito para que uma Igreja cresça? Líderes que fazem esse tipo de pergunta a si, também aos subordinados, e acatam sugestões, sempre comanda-rão uma Igreja grande, tanto em membros, quanto espiri-tualmente.

Drogas - não há famílias

imunes Estamos carentes de lideranças

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7o jornal batista – domingo, 03/04/16missões nacionais

Em parceria com a Con-venção Batista Baiana e a Igreja Batista Me-tropolitana, a Junta de

Missões Nacionais realizou a Congresso Multiplique na Bahia. Estiveram presentes mais de 500 pessoas dos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas e Per-nambuco, representando mais de 120 Igrejas. Além disso, 90 pastores, 29 missionários e 30 líderes locais.

Entre os preletores, o pas-tor Fernando Brandão, diretor executivo da JMN, e o pas-tor Diogo Carvalho, gerente operacional de Evangelismo e

autor do Livro “Relacionamen-to Discipulador”. “Discípulos não se fazem por atacado, na multidão. Discípulos se fazem no RD, um a um”, declarou o pastor. Milton Monte, missio-nário multiplicador da JMN e também preletor.

Também por meio de Mis-sões Nacionais, a Convenção Batista Piauiense realizou o I Congresso Multiplique. Mi-nistrado pelo pastor Roberto Carvalho, da Primeira Igreja Batista em Cabo Frio - RJ, o en-contro contou com a presença de pastores e missionários de todo o estado.

O primeiro Seminá-rio Multiplique Jovem do Brasil ocorrerá nos dias

de 26 a 28 de maio, na cida-de de Palmas, no Tocantins. O evento será realizado pela Convenção Batista do Tocan-tins e pela Junta de Missões Nacionais, em parceria com a Juventude Batista Brasileira (JBB), com a Juventude Batis-ta do Tocantins (JUBATO), com a Segunda Igreja Batista em Palmas (Sibapa) e com a Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB).

O encontro nacional tem como objetivo realizar pales-tras, painéis e oficinas sobre Igreja Multiplicadora, a fim de capacitar os jovens Batistas

Louvamos a Deus pelo en-volvimento das Convenções Estaduais no compromisso em disseminar e consolidar essa Visão. Também somos gratos aos Batistas brasileiros pelo

brasileiros a desenvolverem Relacionamentos Discipula-dores, ou seja, relacionamen-tos que têm a intenção de formar seguidores de Jesus Cristo. A ação pretende reunir mais de mil jovens e conta com a participação de pasto-res e cantores de renome para isso. A cantora Heloísa Rosa já tem presença confirmada.

Os preletores serão o pastor Fernando Brandão, diretor executivo da Junta de Mis-sões Nacionais; o pastor Dio-go Carvalho, missionário da JMN e autor do Livro “Rela-cionamento Discipulador”; o pastor Walmir Andrade, pas-tor da Segunda Igreja Batista em Palmas; o pastor Marcelo Santos, também missionário

compromisso em cumprir a Grande Comissão.

Acesse o site www.livraria-missoesnacionais.org.br, co-nheça as publicações da JMN e todo material de apoio dis-

da JMN, que trabalha com princípios multiplicadores no contexto universitário; o pastor Denny Souto, pastor de jovens e adolescentes da Sibapa e o pastor André Ta-vares, pastor da juventude da Igreja Batista do Bacacheri, em Curitiba - PR.

A hashtag escolhida para divulgar o encontro, #EuEs-colhiMultiplicar, traz a pró-pria temática do Congresso, sendo que as inscrições para o evento já estão disponíveis no site: www.batistasnoto-cantins.com.br/multiplique-jovem. Participe dessa visão que tem trazido tantas pesso-as a se renderem aos pés de Cristo. Seja você também um Multiplicador

ponível para nossa liderança. E em outubro, Missões Nacionais realizará o Congresso Multipli-que, em Aracruz - ES. Neste ano, o tema será Formação de Líderes. Faça a sua inscrição!

Batistas brasileiros disseminam a Visão da Igreja Multiplicadora no Nordeste

Congresso Multiplique em Teresina - PI Congresso Multiplique na Bahia

Primeiro Congresso Multiplique Jovem ocorrerá em maio

Líderes em oração no Multiplique que aconteceu na Bahia

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8 o jornal batista – domingo, 03/04/16 notícias do brasil batista

Monica Lopes, jornalista

Pela segunda vez consecutiva, neste ano de 2016, entre os dias 06 e 08 de

fevereiro, a Segunda Igreja Batista de Planaltina - DF rea-lizou mais uma visita ao cam-po missionário de São João D’Aliança - GO, na Primeira Igreja Batista. Mais de 60 vo-luntários dedicaram o feriado de Carnaval para proclama-rem o Amor de Deus. Cerca de 200 pessoas, incluindo crianças, prestigiaram a ação.

A programação contou com kids games, bazar, evan-

Marcos José Rodrigues, seminarista da Primeira Igreja Batista em São Miguel do Araguaia - GO

Entre os dias 12 e 13 de março de 2016, a Primeira Igreja Batista em São Miguel do Ara-

guaia - GO comemorou o seu 46º aniversário de organiza-ção. Foi uma grande bênção! Com uma programação rica e variada proporcionou a todos os participantes bons momen-tos de reflexão e enlevo espi-ritual da parte de Deus.

O orador oficial foi o pas-tor Silvio Daniel Machado, gerente Executivo de Missões da Convenção Batista Goiana (CBG), que chegou na cidade na companhia do ilustre irmão Moysés Loureço (“O Feliciano Amaral do Cerrado”). A pro-gramação contou ainda com uma linda homenagem da Es-cola M. Batista do Centenário, unidade de ensino criada pela nobre igreja. Um dos momen-tos mais marcantes que, com certeza, integrará os anais da Igreja local foi o lançamento da pedra fundamental para implantação de outra Igreja na cidade, a ser organizada na Rua 07, Qd F, Lt 25, Setor Oeste. Localidade estratégica da cidade, com mais de 15 mil habitantes. Com a abertura de uma Igreja aumentará para três o número de Igrejas Batistas em São Miguel do Araguaia. Deus seja Louvado!

As conferências foram diri-gidas principalmente à Igreja. Deus usou o pastor Silvio Da-niel Machado que, baseado na Palavra do Senhor registrada em Mateus 16.13-18, exortou a todos sobre o que é ser Igreja

gelismo, música, corte de cabelo, aferição da pressão arterial e “cinemão” com o filme “Quarto de Guerra”. Na noite de domingo, dia 07, a pedido de membros da Igreja local, foi realizada a Santa Ceia, um momento de grande confraternização

do Senhor. No texto citado aprendemos, dentre outras coisas, que, primeiro, o Se-nhor Jesus faz uma espécie de pesquisa: “O que diz o povo ser o Filho do homem?” Em seguida, Ele dirigiu a mesma pergunta aos seus seguido-res. Dessas duas perguntas de Jesus, depende o que vamos entender por Igreja. Porque se eu estou fazendo algo para Jesus, sem convicção do meu empenho, então estou enga-nando a mim mesmo e me deixando lesar totalmente. É preciso saber onde estou com os pés e que concepção tenho de Cristo, antes de querer que os outros saibam sobre Ele.

A Bíblia ensina sobre esse edificante tema, tendo em mente que não se trata de denominação, mas da Igreja de abrangência universal, fun-dada por Jesus.

Em nossa língua, “Igreja” (do latim, eclesia) significa um ajuntamento ou reunião de pessoas. No Novo Testamen-to, a palavra é citada, pelo menos, 114 vezes, sendo que a primeira vez foi Jesus quem a mencionou, no texto de Ma-teus 16.18.

Jesus usou a palavra “Igreja” em apenas dois trechos dos Evangelhos (Mateus 16.18;

entre os irmãos. No último dia (08) foi a vez das crianças se alegrarem com a “Manhã das Boas Novas”. Na ocasião, todas foram presenteadas com brinquedos novos e kits escolares, além de desfruta-rem de um delicioso lanche.

“É sempre uma grande ale-

18.17). Jesus falava a língua aramaica, mas o evangelis-ta Mateus apresentou seus ensinos em grego, usando a palavra ekklesía, que signi-fica: “Chamados para fora”, aludindo à saída do povo que nas cidades-estados eram con-vocados para sair de suas casas para se reunir em assembleias populares. No terceiro século antes de Cristo, os judeus de fala grega escolheram ekk-lesía para traduzir a palavra hebraica qahal, que referia-se à congregação de Israel.

O curioso que em aramaico a palavra Igreja é também cha-mada “assembleia” - kenista .(אתסינכ)

É fato, porém, que no Novo Testamento, ekklesía (ἐκκλησία) é o termo mais fre-quentemente usado para se referir à Igreja. Ele sugere que os primeiros seguidores de Jesus se viam como uma co-munidade de um povo com um chamado especial.

É fato também que até a morte e ressurreição de Jesus Cristo, os discípulos pareciam ainda não terem entendido plenamente o sentido da pala-vra Igreja, conforme registrado em Atos 2. Para Jesus, igreja era muito mais do que apenas um santuário de oração, a ekk-

gria levar o Amor de Deus em tempo e fora de tempo. Agradeço a Deus pela SIB, pois tem sido canal de ben-ção na vida de pessoas, não somente da comunidade, mas também de cidades vizi-nhas. O nosso desejo é que Deus continue nos dando es-

lesía era um lugar para com-panheirismo, onde os crentes oravam, estudavam, cuidavam dos doentes e compartilhavam refeições. “E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com ale-gria e singeleza de coração” (At 2.46).

Ekklesía, “chamados para fora”, é um significado que liga a Igreja a um clima mis-sionário. Em João 15.16, Jesus começa explicando que não fomos nós quem escolhemos a Ele, aludindo à incapacidade humana para enxergar os pla-nos de salvação divina.

Em seguida, Ele declara que os escolheu, confirmando o que fora feito aos discípulos. Por último, Ele então explica que nos designou para que fôssemos e déssemos frutos e estes frutos permanecessem.

Quando ele diz que nos escolheu, Ele está nos “cha-mando”; quando diz que fez isto para que fôssemos (vades), Ele está nos tirando para fora de nossas casas ou de nossos aconchegos pesso-ais; quando Ele diz que esta saída era para dar fruto, está confirmando que a Igreja é chamada para a maior tarefa de todos os tempos: Levar

tratégias para que mais vidas sejam alcançadas”, declarou o pastor presidente da SIB, pastor Wilson Gomes.

Agradecemos também o apoio dos nossos parceiros. “Que Deus possa recompensá--los pela parceria de sempre”, finalizou o pastor Wilson.

avante o Evangelho a toda a terra, antes que venha o fim (Mateus 24.14).

O pastor Joel Vicente Fer-nandes, pastor titular da Igreja; ensaiou um grupo de irmãos que cantaram belíssimos hi-nos de louvor a Deus nos dois dias de comemorações do aniversário da amada Igreja do Senhor em São Miguel do Ara-guaia. Foram entoados quatro hinos que são verdadeiras “pé-rolas” para o culto cristão: O hino 456 CC – “O Estandarte”, o 64 HCC – “Glorioso és tu Senhor”, o 566 CC - “Sauda-ção” e o 291 HCC - “Graça de Deus, infinito amor”. A Deus toda honra e toda glória para sempre. Amém!

Parabenizamos a toda dire-toria da PIB em são Miguel do Araguaia e aos voluntários que não mediram esforços e se empenharam para que esse trabalho fosse levado a bom termo. Agradecemos ao pastor Joel Fernandes pela louvável iniciativa e dedicação. Que mesmo com poucos recursos se esmerou e conseguiu mon-tar e ensaiar o coro musical e realizar uma belíssima partici-pação para o louvor a Deus. E “Console os vossos corações, e vos confirme em toda a boa palavra e obra” (II Ts 2.17).

Segunda Igreja Batista de Planaltina - DF dedica o feriado de Carnaval para levar o

Amor de Deus em Goiás

Primeira Igreja Batista em São Miguel do Araguaia - GO completa 46 anos

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9o jornal batista – domingo, 03/04/16notícias do brasil batista

Carlos Silva, Comunicação CBPC

A Convenção Batista do Planalto Central realizou nos dias 10 a 12 de março sua

56ª Assembleia anual e con-tou com mensageiros das di-versas Igrejas do campo que abrange o Distrito Federal, região do Entorno, Nordeste de Goiás e Noroeste de Mi-nas Gerais.

Foram três dias de celebra-ção com cultos de adoração ao Senhor. Além de ser um momento de confraterniza-ção cristã, também foram realizadas sessões adminis-trativas com apresentação e votação de diversos temas relevantes para a obra Batista no coração do Brasil.

Após declarar instalação

Ater Mattos, professor, músico, membro da Igreja Batista do Bairro Ideal - Realengo – RJ

Esta é a nossa Igreja: Somos do Bairro Ide-al, um sub-bairro de Realengo, no Rio de

Janeiro. Que em seus cultos se transforma em uma “Terra que mana leite e mel” (Ex 33.3), sem exagero ou fa-natismo. Nossos encontros acontecem domingos, segun-das, quartas e quintas-feiras, fora o evangelismo e ação social. São refeições diárias para o espírito. Oportunida-des ímpares de falar de Deus. Nossos bons momentos são vividos com alegria, lazer, comunhão e amor.

Toda Igreja tem suas di-ficuldades, suas particula-ridades e toda Igreja tem o pastor que merece. Não falar

da Assembleia, o presidente e pastor Héber Aleixo con-vidou a todos para recitar o tema “A Convenção somos todos nós”. Em seguida, o plenário entoou o hino ofi-cial do evento dirigido pelo cantor Mateus Santiago.

O pastor Edson Souza Cos-ta, pastor titular da Igreja hos-pedeira, saudou os presentes com mensagem de boas-vin-das e falou que “Devemos servir como Jesus, e esse é o desejo da Primeira Igreja Batista do Gama, durante a 56ª Assembleia”.

As celebrações das três noites foram destinadas a missões Nacionais, Mundiais e Locais:

Junta de Missões Nacio-nais: Na abertura, dia 10, o pastor Fabrício Freitas (Coor-

do nosso pastor Luiz Nunes seria uma injustiça. Falo de um homem inspirado e asses-sorado por Deus e toda uma membresia. Daí o incentivo e surgimento de corais, gru-pos de pagode, coreografia, dentre outros. Tornando as-sim, nossos cultos ecléticos e diversificados, bem aceitos por Deus e por toda família de Deus ali representada.

Nosso ministério de corais, música, louvores, hinos e adoração tem a face de nos-so ministro de música (Pura simpatia). Somos todos bem remunerados em alegrias, visão e inspiração vindas dos altos céus.

Os resultados disso não são conversões em massa, con-tudo, são raros os domingos onde almas não se entregam e se dobram diante do nosso Senhor Jesus Cristo. São en-contros e reencontros com

denador Nacional de Evange-lismo da JMN) foi o preletor e meditou na Terceira Carta de João, destacando que “Pre-cisamos de mais irmãos em nosso meio como Gaio, gen-te que olhe para frente, que tem intimidade com Deus e saiba trabalhar junto”.

Junta de Missões Mundiais: No segundo dia, 11, o prele-tor foi o pastor João Marcos (Diretor Executivo da JMM), que com base em Mateus 12.19-21, declarou que “Nós continuamos a Obra de Jesus, pois o que o mundo pode ver de Cristo é a Igreja”.

Missões Estaduais: Na noite de encerramento, dia 12, foi a vez de missões locais com preleção do pastor Robério Soares (Diretor executivo da

o “Verdadeiro caminho para vida eterna”.

Sobre o slogan da Igreja, não posso afirmar que acom-panha e inspira a Igreja desde sua fundação. Independente-mente, nestes novos dias de renovo, esta bandeira não perdeu em seu valor. Pelo contrário, fortalece como instrumento de construção e reconstrução de famílias, resgatando e tentando de-volver através de estudos e aconselhamentos aquilo que poucos têm: “A paz no lar”, ressaltando este trabalho do ministério de casais. Bem como, nossos adolescentes na pessoa de seus líderes.

Gostaria de ressaltar nossos irmãos fundadores. Em parti-cular, irmãos Avahy e Lecy, que abriram as portas de sua casa até o dia 21 de junho de 1992, quando ocorreu o reconhecimento como Igreja.

CBPC), que declarou: “Antes de qualquer coisa, nós preci-samos nos apresentar como resposta das nossas próprias orações”. Também falou so-bre a vocação para a unidade no ministério que recebemos do Senhor Jesus, com base no texto de Efésio 4. 4-6.

Eleição da nova diretoriaO pastor Héber Aleixo foi

reeleito por unanimidade para o cargo de presidente em assembleia que trans-correu de forma abençoada, ficando assim a sua compo-sição: Pastor Héber Aleixo de Souza (presidente); pastor Hércio Fonsêca de Araújo (1º vice-presidente); pastor Ed-son Souza Costa (2º vice-pre-sidente); Fátima Lima Garcia (3ª vice-presidente); pastora Zenilda Reggiani Cintra (1ª

Destacamos também a irmã Dulcineia, fundadora mais idosa em atividade na Igreja.

Temos “Nosso Projeto”, uma evolução do que cha-mávamos de congregação, entregues e bem administra-das por um grupo de irmãos abençoados e abençoadores. Comprometidos com o Reino.

À nossa amada, mas não idolatrada, Igreja. Templo cristão, representante fiel do significado de pregação e en-sinamentos de Cristo. Somos

secretária); Generosa Maria Ferreira Figueiredo (2ª secre-tária) e Sarah Cristina Nunes Mendes (3ª secretária).

EncerramentoA última sessão foi marcada

pela sensação de saudades de tudo o que foi vivencia-do nesses dias. Na ocasião, também foi realizada a Ceia do Senhor ministrada pelo pastor Edson Souza Costa.

A CBDF foi fundada em 22 de julho de 1960, composta de cinco Igrejas e um total de 358 membros. Atualmente, a CBDF é composta de 144 Igrejas, 49 Congregações e mais de 20 mil membros e congregados. E o desafio é ter mais 200 templos nos próximos 10 anos. Deus seja louvado! Mais informações no site www.cbpc.org.br.

um edifício construído, não tão somente com cimento e tijolos, mas com pedras vivas, na figura de parte de um povo que se prepara para morar no Céu. Englobando desde os mais humildes e simples, que oram e choram incessantemente. A certeza do nosso muito obrigado é e sempre será a nossa marca. E que almas se rendam aos pés do Senhor, pelo nosso teste-munho e desejo de pregar e fazer missões.

Igreja Batista do Bairro Ideal, em Realengo – RJ: A Igreja da Família

Assembleia anual no Distrito FederalCom o tema “A Convenção somos todos nós”, os Batistas do Planalto

Central se encontram durante três dias de celebraçãoFotos: Victória Galeno/ Nill Ramos/Thiago Bezerra/Lucas Nunes

Mesa Diretoria Pastor Fabrício Freitas - JMN Pastor Héber Aleixo - presidente reeleito CBPC

Pastor Robério Soares - CBPC

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10 o jornal batista – domingo, 03/04/16 notícias do brasil batista

Neste artigo, Simo-ne Vieira relata um pouco da ação dos Batistas brasi-

leiros durante os primeiros momentos da catástrofe am-biental ocorrida na região de Mariana.

Simone, que agora trabalha como diretora de advocacy da Tearfund Brasil, coorde-nava, à época do crime am-biental, o Comitê de Ação Social da Convenção Batista Mineira e vivenciou de perto o sofrimento dos moradores, especialmente os residentes na cidade de Barra Longa - MG.

Qual a situação da área atingida quando

você chegou?Ao ouvirmos nos notici-

ários sobre a tragédia que acabará de acontecer em Mariana com o rompimento da barragem não podíamos imaginar que teríamos um papel tão fundamental na reconstrução da esperança de tantas famílias atingidas.

No dia seguinte, no escri-tório da Convenção Batista Mineira, sob a palavra de desafio do Secretário Exe-cutivo Marcio Alexandre, o Comitê de Ação Social da Convenção Batista Mineira assumiu o compromisso de mobilizar todos os recursos e esforços possíveis para o atendimento imediato das famílias atingidas.

Em contato com o Pr. Jor-ge Simão, da PIB Mariana (PIBM), e com o missionário Pr Raimundo, da PIB Ouro Preto, informamos que esta-

ríamos chegando com uma equipe na cidade. Inicialmen-te descemos para Mariana em 4 carros e uma moto, 22 pessoas, entre elas seminaris-tas, assistente social e jovens. Em um trabalho de parceria, se uniu a nós, na PIBM, um grupo de jovens da Jocum e alunos do Seminário Diante do Trono. Após ouvirmos a notícia do Pastor Jorge de que as vitimas de Bento Ro-drigues, o único povoado de Mariana atingido, estavam sendo encaminhadas para hotéis e já haviam recebido toda assistência emergencial, Deus nos revelou que um pouco mais abaixo a Cida-de de Barra Longa, próxi-ma cidade diretamente mais atingida não havia recebido ainda socorro. Ali mesmo oramos e tomamos a decisão de seguir diretamente para Barra Longa.

Chegando na entrada da ci-dade já podíamos contemplar a desolação que recaiu sobre a cidade de 6.000 habitantes. O Rio se tornou rejeito, as casas totalmente tomadas de rejeitos até as janelas e outras até o telhado, objetos das ca-sas, dos comércios e de aten-dimento público destruídos e levados pela voracidade dos rejeitos.

Não conseguimos identifi-car onde um dia foi a praca central da cidade, a avenida das Palmeiras, os espaços de esporte e lazer e a Escola Estadual José Epifanio. Ce-nário de guerra e de pessoas desesperançosas. Aqueles atingidos tentavam isolada-mente, numa luta pela so-

brevivência, puxar o rejeito de suas casas. No entanto, a quantidade e estrutura da composição do rejeito torna-va a tarefa impossível para o morador. Muitos de braços cruzados observavam o so-frimento alheio, sem reação de auxílio.

Diante deste quadro dividi-mos a equipe para imediata-mente se mover ao encontro da urgência dos atingidos.

Quais as ações realizadas pela denominação Batista?Durante três meses houve

diversos atendimentos socio-assistenciais e evangelísticos: Distribuições de doações; limpeza das residências com a retirada do rejeito das casas e ruas; organização dos gal-pões de doações; descarre-gamento dos caminhões que chegavam com doações; rea-lização emergencial de apoio ao município na realização do cadastro para atendimen-to as vítimas (no galpão e nas casas), com a presença de as-sistente social Batista; distri-buição de Bíblias e materiais evangelísticos; distribuição de doações em regiões sem acesso; atendimentos médi-cos, psicológicos e de enfer-magem nos lares e na Uni-dade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade; realização de diversas festas, eventos, brincadeiras, EBF, rua de lazer; doações de presentes para as crianças, em espe-cial no mês de dezembro e janeiro; realização semanal de Pequenos Grupos nas terças, sextas e sábados; rea-lização de cultos frequentes

nas ruas, casas, Associação Comunitária e, inclusive, na Igreja Católica da cidade; participação semanal nas reuniões da Comunidade com a Samarco e órgãos pú-blicos para controle social e garantia de direitos.

Também houve a realiza-ção da Campanha Bola na Rede e Vacinação pelos bons tratos às crianças e adoles-centes da cidade, visando ao enfrentamento de todos os tipos de perigos que as mes-mas se encontram expostas, entre elas, a exploração sexu-al. Risco intensificado devido ao fluxo intenso de trabalha-dores nas casas e cidades. Evento com participação da cantora Simone Schenck para fechamento da Campanha e palestras preventivas para comunidade. Em especial, realizamos uma série de pa-lestras para os trabalhadores terceirizados da Samarco (Empresas Gerais, Hexágono e Vetor) nos dias 28 a 29 de janeiro, totlizando 390 traba-lhadores nos três momentos de palestras.

Realizamos uma pesqui-sa social com 200 famílias atingidas com o objetivo de controle social, na segunda fase do projeto. Esse cadas-tro encontra-se em nossos arquivos para elaboração de projetos sociais que atendam às demandas levantadas nas pesquisas.

As regiões de Barreto, Ges-teira/Mandioca, Praça, Morro Vermelho, Primeiro de Janei-ro e Volta da Capela, todas pertencentes à Barra Longa, foram totalmente atingidas

e alvos de cuidado espe-cial. Todas os lares foram individualmente visitados por diversas vezes. Algumas famílias permanecem sob acompanhamento.

Foram realizados trabalhos constantes de contação de histórias e brincadeiras nas escolas da cidade com as crianças atingidas.

Recebemos mais de mil voluntários de todo o Brasil, com a participação intensa de Convenções Batistas de outros estados.

Permanecem em Barra Lon-ga dando continuidade ao trabalho iniciado o missio-nário em formação da Junta de Missões Nacionais, André Vieira, e sua esposa Larissa. Eles vivem em Barra Longa em uma casa alugada pela Convenção Batista.

Na cidade temos também o importante trabalho que vem sendo desenvolvido por Doroti. Ela, partindo de uma decisão pessoal e ex-clusiva com Deus, deixou a cidade de Juiz de Fora - MG para viver em Barra Longa e se dedicar ao trabalho de discipulado como fazia na Primeira Igreja Batista Juiz de Fora. Atualmente, Doroti não possui sustento missionário, contando apenas com apoio da Primeira Igreja Batista Mariana e doações de ami-gos. Para garantir sua perma-nência em Barra Longa, tem buscado seu sustento junto às Igrejas e amigos. Vamos in-tensificar nossas orações para que Deus levante mantene-dores para a continuidade do trabalho de Doroti na cidade.

Departamento de Ação Social da CBB

Ação dos Batistas brasileiros na tragédia de Mariana - MG

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11o jornal batista – domingo, 03/04/16missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

O encontro Juven-tude, Fé e Teolo-gia, organizado pela Juventude

Batista Brasileira (JBB), este ano terá como tema o drama dos refugiados no mundo. Este é um dos eventos que antecedem a 96ª Assembleia da Convenção Batista Bra-sileira, que acontecerá em abril, na cidade de Santos - SP. Com grande experiência no cuidado e evangelização de refugiados, principalmen-te muçulmanos, nosso mis-sionário Caleb Mubarak fará sua participação no dia 14 de abril (quinta-feira) às 19h30 no Mendes Convention Cen-ter, palco da CBB 2016.

“Por mais que a mídia não esteja falando tanto sobre o êxodo dos refugiados, mi-lhares deles seguem lutando diariamente naquela jornada em busca de um lugar de refúgio”, diz Caleb. “Nos países vizinhos à Síria, o número de refugiados cres-ce exponencialmente, e o pior é que muitos já nem são mais cadastrados (pelas autoridades) e assim não

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Cuba é uma repú-blica socialista que tem experimentado um crescimento in-

crível de seguidores de Jesus nos últimos anos. Em meio a muitas limitações, Igrejas não param de ser abertas. E você poderá experimentar um pouco de tudo isso em julho, quando o Voluntários

recebem ajuda oficial, ne-cessitando da solidariedade e compaixão dos demais”, ressalta.

Caleb tem sido um dos missionários da JMM pre-sentes às edições do Movi.Mente, seminário para ca-pacitação de Igrejas para re-ceber e evangelização refu-giados. Com seu testemunho e experiência, Caleb espera contribuir para o maior en-gajamento dos batistas no processo de ajuda e recebi-mento de refugiados em solo brasileiro.

CBB 2016: Noite Missionária será no

dia 16 de abrilA 96ª Assembleia da CBB

acontece de 15 a 19 de abril no Mendes Convention Cen-ter (Av. Gal. Francisco Glicé-rio, 200), em Santos - SP. No dia 16, sábado, acontecerá a tradicional Noite Missioná-ria, um dos momentos mais aguardados pelos conven-cionais.

E Missões Mundiais tam-bém estará em Santos - SP com seu estande, aberto do primeiro ao último dia da CBB 2016. Nesse espaço, os convencionais poderão

Sem Fronteiras chegará à ilha caribenha para apoiar o dia a dia de missionários naquele país, trabalhando ao lado de irmãos cubanos.

Se você deseja participar da caravana que seguirá para Cuba, precisa correr. As ins-crições ficam abertas só até o dia 25 de abril através do e-mail [email protected]. Prazo necessário para emissão do visto cubano, que pode sair em até dois meses.

conhecer um pouco mais do que Deus tem feito no mundo através do volun-tariado, mobilização, ofer-tas e orações dos batistas brasileiros, além é claro de conhecer de perto missioná-rios, coordenadores e outros colaboradores da JMM para tirar dúvidas e trocar ideiais.

Nos encontros que ante-cedem a CBB 2016, como o da JBB, Missões Mundiais também estará representada, seja através de missionários como de líderes, inclusi-ve pelo diretor executivo, pastor João Marcos Barreto Soares.

A Assembleia da CBB pro-mete impactar a cidade de Santos e a denominação. Faz parte da entidade que representa os batistas bra-sileiros renovar o enten-dimento bíblico, a fim de aplicar o conceito divino para traçar novas metas, de acordo com a necessidade de cada igreja, conforme a região onde ela está inse-rida. O foco principal é a transformação de mentes, de pessoas e situações. As inscrições para a CBB 2016 podem ser feitas no site www.batistas.com.

Prevista para o período entre 08 e 19 de julho, a caravana terá seus trabalhos focados no interior cubano, dando apoio à obra missionária em duas regiões, podendo se estender a outras cidades próximas.

Segundo o Voluntários Sem Fronteiras, o grupo apoia-rá ações de trabalhos com casais, jovens, mulheres e crianças, música, Kids Ga-mes, pregação, além de ou-tros talentos e habilidades

que você tenha e queira dis-por no serviço.

“Vale muito a pena inves-tir seu tempo e recursos na obra de Deus. Todo mundo deveria experimentar, pois às vezes esse é o nosso verda-deiro chamado”, diz Jennifer Caetano, que já participou de uma caravana do Voluntários Sem Fronteiras.

“Não perca a oportunidade de ver e ter uma experiência que vai marcar a vida de

outras pessoas e a sua para sempre”, convida Oseas Oli-veira, que também entrou em campo como voluntário de Missões Mundiais.

Você terá uma oportunidade única de dedicar seu trabalho, tempo e talento cooperando para que o Evangelho chegue aonde é tão necessário. Cola-borando com o trabalho de nossa equipe naquele país, você sentirá como o amor faz diferença para todos!

Encontro sobre refugiados na CBB 2016

Embarque para Cuba com o Voluntários Sem Fronteiras

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12 o jornal batista – domingo, 03/04/16

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13o jornal batista – domingo, 03/04/16

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14 o jornal batista – domingo, 03/04/16

HOTÉISTotal aptos = 1.380Total leitos = 3.107

APTOS LEITOS

1

ATLÂNTICO GOLDENRua Jorge Tibiriçá, 40 - Gonzagawww.atlanticogolden.com.brTel. (13) 3285-4700 / (13) [email protected]

90 206

2

ATLÂNTICO HOTELAv. Pres. Wilson, 01 - Gonzagawww.atlantico-hotel.com.brTel. (13) 3289-4500Fax (13) [email protected]

120 320

3

ATLÂNTICO INN HOTELRua Jorge Tibiriçá, 04 - Gonzagawww.atlanticoinn.com.brTelefax (13) [email protected]

64 132

4

AVENIDA PALACEAv. Pres. Wilson, 10 - Gonzagawww.avenidapalace.com.brTel. (13) [email protected]

94 216

5

CAIÇARA HOTELPraça dos Expedicionários, 07 - Gonzagawww.caicarahotel.com.brTel. (13) 3284-6798 / (13) [email protected]

38 85

6

CANTINHO DA PRAIAAv. Bernardino de Campos, 637 - Campo Grandewww.pousadacantinhodapraia.com.brTel. (13) [email protected]

12 35

7

CARAVELASAv. Pinheiro Machado, 1.023 - José Meninowww.hotelcaravelas.com.brTelefax (13) 3237-2645 / (13) [email protected]

40 90

8

CASARÃO HOTELAv. Almirante Cochrane, 21 - Embaréwww.casaraohoteldolitoral.com.brTel. (13) 3231-8684Fax (13) [email protected]

21 60

9

IBISAv. Washington Luiz, 565, Torre II – Boqueirãowww.accorhotels.comTel. (13) [email protected]

160 320

10

IMPERADOR (antigo Fenícia)Av. Pres. Wilson, 184 - José Meninowww.hotelimperadorsantos.com.brTel (13) 3237-1955 / (13) 3394-1955 / (13) 3394-1956

42 114

11

INDEPENDÊNCIAAv. Mal. Floriano Peixoto, 206 - Gonzagawww.independenciahotel.com.brTelefax (13) [email protected]

18 56

APTOS LEITOS

12

PARQUE BALNEÁRIO HOTEL Av. Ana Costa, 555 - GonzagaTel. (13) 3285-6900Fax (13) 3284-0475www.parquebalneario.com.brreservas@parquebalneario.com.br

119 189

13

MENDES PLAZA HOTELAv. Mal. Floriano Peixoto, 42 - GonzagaTel. (13) 3208-6400Fax (13) [email protected]

105 209

14

MENDES PANORAMA HOTELRua Euclides da Cunha, 15 - GonzagaTel. (13) 3208-6400Fax (13) [email protected]

135 277

15

MERCUREAv. Washington Luiz, 565, Torre I – BoqueirãoTel. (13) [email protected]

95 190

16

MONTE SERRAT COMFORT HOTELRua Bittencourt, 130 – CentroTel. (13) 3232-6624www.monteserrathotel.com.brreservas@monteserrathotel.com.br

92 250

17

NATALAv. Mal. Floriano Peixoto, 104 - GonzagaTel. (13) 3284-2732Fax (13) [email protected]

24 61

18

NOVO HOTEL DE SANTOSPça Washington, 31 - José MeninoTel. (13) 3225-1853www.novohoteldesantos.com.bratendimento@novohoteldesantos.com.br

20 74

19

PRAIANOAv. Barão de Penedo, 39 - José MeninoTel. (13) 3237-4033Fax (13) [email protected]

51 143

20

RITZ HOTELAv. Mal. Deodoro, 24 - GonzagaTel. (13) 3284-1171www.hotelritz.com.br

40 80

FLATS Total aptos = 181Total leitos = 398

APTOS LEITOS

1

CARINA FLAT HOTELRua Ministro João Mendes, 271 - AparecidaTel. (13) 3278-2000Fax (13) [email protected]

60 140

2

COSMOPOLITAN PRAIA FLATRua Bahia, 174 - GonzagaTel. (13) 2102-9493Fax (13) 2102-9415www.cosmopolitanpraiaflat.comreservas@cosmopolitanpraiaflat.com

49 113

3

GONZAGA FLATRua Jorge Tibiriçá, 41 - GonzagaTelefax (13) 2102-5800 Fax (13) [email protected]

72 145

Hotéis e flats em Santos

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15o jornal batista – domingo, 03/04/16ponto de vista

Jonatas de Souza Nascimento*, diácono da Primeira Igreja Batista em Centenário - Duque de Caxias - RJ

Um assunto muitas vezes desprezado por Igrejas, admi-nistradores, gesto-

res eclesiásticos e até mesmo pela parte mais interessada, mas que merece especial atenção, é o que diz respeito ao tratamento previdenciário (INSS) do ministro de con-fissão religiosa (pastor, pa-dre, frei, missionário, pai de santo, etc.). A consequência é que o pastor fica desampa-rado financeiramente depois que deixa o ministério, sendo em muitos casos obrigado a exercer outras funções para garantir o seu sustento e até mesmo enfrentar a dura hu-milhação de viver de favores. Isso mesmo. Conheço vários casos, passados e presentes.

Isso posto, pretendo aqui lançar luz sobre o assunto da forma mais simples possível, em disposição de fácil leitura para, assim, prestar a mi-nha colaboração a todos que queiram fazer uma consulta rápida e segura, através deste sucinto trabalho.

Definição de ministro de confissão religiosa

Conceitualmente, minis-tro de confissão religiosa é

aquele que consagra sua vida a serviço de Deus e do próxi-mo, com ou sem ordenação, dedicando-se ao anúncio de suas respectivas doutrinas e crenças, à celebração dos cultos próprios, à organiza-ção das comunidades e à pro-moção de observância das normas estabelecidas, desde que devidamente aprovados para o exercício de suas fun-ções pela autoridade religiosa competente.

Categoria do ministro religioso perante

a previdênciaAtualmente, os ministros

de confissão religiosa e os membros de institutos de vida consagrada ou ordem religiosa são equiparados aos trabalhadores autôno-mos pela Previdência Social. Portanto, são segurados obri-gatórios.

Importante ressaltar que a Previdência Social não considera os valores des-pendidos pelas organizações religiosas com os ministros de confissão religiosa como remuneração, desde que estes decorram do seu mis-ter religioso ou para a sua subsistência e que esses va-lores sejam fornecidos em condições que independam da natureza e da quantidade do trabalho executado. Por esta razão, as organizações religiosas não se sujeitam

aos encargos previdenciários incidentes sobre os valores pagos a título de sustento pastoral (Ou outras nomen-claturas análogas - proventos pastorais, côngruas pasto-rais, renda eclesiástica, pre-bendas, múnus eclesiástico).

Quanto, como recolher e de quem é

a responsabilidadeDe acordo com a lei vigen-

te, cabe ao próprio ministro de confissão religiosa efetuar o recolhimento bancário da contribuição mensal para o INSS, à sua custa, sem ônus para a organização à qual esteja vinculado, até o dia 15 (quinze) de cada mês seguin-te ao do fato gerador, através do carnê, código de GPS 1007, no valor por ele decla-rado, respeitados os limites estabelecidos anualmente (piso e teto). No ano de 2015 vigoram os seguintes valo-res e percentuais: Piso: R$ 788,00 X 20% = R$ 156,60 e teto: R$ 4.663,75 X 20% = R$932,75.

Acontece que a lei facul-ta ao ministro de confissão religiosa recolher o INSS pelo valor por ele declara-do. Trocando em miúdos, ele não está preso à tabela que prevê que é rígida para trabalhadores autônomos e empregados.

Exemplificando: Se ele recebe um sustento de R$

2.000,00 por mês, pelo re-gime normal da Previdência estaria obrigado a recolher R$ 400,00. Mas, por sua condição diferenciada, ele poderá recolher o valor que quiser, respeitado o mínimo de R$ 157,60 e o máximo de R$ 932,50. Como se vê, cabe ao ministro religioso definir o valor de sua contri-buição para fins de proteção em caso de enfermidade e, principalmente, para a sua aposentadoria. A minha su-gestão é que quanto mais alto o valor da contribuição, melhor para quem dependerá única e exclusivamente desse benefício.

Pastor aposentado que continua em atividade

Por mais estranho que pos-sa parecer, a condição de contribuinte obrigatório não dispensa o ministro de con-fissão religiosa de contribuir para a Previdência Social mesmo depois de haver se aposentado. Neste caso, deve o ministro efetuar o recolhi-mento mensal mínimo de 20% (vinte por cento) sobre o valor do salário-mínimo nacional vigente, já que ne-nhum benefício advirá em face dessa obrigação.

Quando o ministro pode ter carteira assinada

O ministro de confissão religiosa só será empregado

da organização religiosa a ela vinculado se se verificar presentes os requisitos pre-vistos na CLT. Quase certo que quando isto acontece, certamente tal organiza-ção religiosa deixará de ser Igreja por desvio de fina-lidade. Afinal, sacerdócio é algo muito maior, muito mais sublime do que mero ofício laboral na mais pura acepção da palavra. É cha-mado divino para cuidar da alma das pessoas. Se de Igreja só o nome, então não é Igreja, é empresa, é comercialização do sacro, do divino. Neste sentido, os tribunais têm agindo sábia e acertadamente, negando reconhecimento de vínculo de emprego a “pastores” que procuram seus direitos na Justiça.

Finalizando, é preciso destacar que é claro que o ministro de confissão reli-giosa poderá prestar servi-ços de natureza não espi-ritual a uma outra Igreja à qual não esteja vinculado, em regime celetista, bem como a uma instituição de ensino ou outra organiza-ção até mesmo mercantil.

* Autor da obra “Cartilha da Igreja Legal” e membro do Conselho Fiscal da Con-venção Batista Brasileira. Contato: [email protected]

O que todo pastor precisa saber

sobre Previdência Social

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