A família de Wilma Lúcia de Oliveira e João Trovossas Sarinho vive há cinco anos, na proprie-dade do pai de seu João, localizada no sítio Canudos, município Boqueirão-PB. Lá eles criam seus quatro filhos: Jonas Walekes, Rayane Taysa, Jhonny Ruan e a pequena Jamyli Tayssa, com apenas dois meses de vida.

A família participa do CASACO (Coletivo ASA Cariri Ocidental), foi onde receberam apoio para construção da cisterna de água de beber do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC). Recentemente também receberam apoio para construção da cisterna calçadão para captação de água para produção do Programa Um Terra e Duas Águas (P1+2).

Geralmente quem participa das atividades da associação é Wilma. Ela comenta: “João acha muito importante, pois nossa participação traz muitos benefícios para toda a família, quando ele pode, também vai junto comigo”.

A construção dessas cisternas foi muito importante para a família, que todos os anos encontrava muitas dificuldades para ter acesso à água potável.

Wilma comenta: “a dificuldade por água era grande, andávamos muito para pegar água no açude e não era de qualidade, já passamos por muitas dificuldades por água por aqui, mas hoje

com os projetos da ASA as coisas melhora-ram”.

Desde a construção da cisterna a família tem percebido mudanças significativas na qualidade e diversidade da alimentação. Agora eles consomem tudo o que é produzido na propriedade, com garantia de estarem consu-mindo alimentos saudáveis, produzidos sem uso agrotóxicos.

No arredor de casa, são produzidos diver-sas espécies de hortaliças, como: coentro, alface, beterraba, pimentão, cenoura, cebola. Também cultivam fruteiras: mamão, maracujá, goiaba, pinha, caju, acerola, coco, graviola, banana, seriguela. Sem contar o roçado que garante abóbora, milho, feijão e fava para o consumo da família.

Além das frutas e verduras, Wilma também

Paraíba

Ano 5 | nº 83 | Outubro | 2011Boqueirão - Paraíba

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Acesso à água proporciona mais saúde e qualidade de vida

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Seu João, Wilma, Rayane e a pequena Jamyli

Seu João, Wilma e Jamyli, ao lado da cisterna calçadão

cultiva algumas espécies de plantas medicinais ao lado de casa: capim santo, cidreira, hortelã, louro e saião. Ela diz que antes de ter a cisterna calçadão só tinha condições de cultivar o capim santo e a erva cidreira.

Essa diversidade de plantas medicinais contribui para que a agricultora possa garantir a saúde de sua família, sem necessitar recorrer aos medicamentos industrializados.

Wilma afirma: “Antes em minha casa eu não tinha nada disso!”.

Todos os anos a família seleciona e guarda as sementes que serão utilizadas na safra do ano seguinte.

Esse cuidado garante a proteção das sementes crioulas, evitando a aquisição de sementes geneticamente modificadas, as chamadas sementes transgênicas. Garantindo a segurança e soberania alimentar da agricultura familiar.

O casal ainda não comercializa os alimentos cultivados na propriedade, apenas utilizam para o consumo da família, porém fazem uma ressalta importante:

“A gente não tem renda com os produtos que cultivamos, mas é como se tivéssemos, pois não compramos as verduras e outros alimentos que plantamos e isso diminui muito as despesas das compras”.

No dia a dia da família as tarefas são divididas entre João, que cuida dos animais e ajuda no cuida-do da horta e Wilma que cuida da horta, das tarefas de casa e ajuda com os animais. Ela diz que devido ter tido bebê recentemente e estar de repouso a mãe de João tem ajudado o casal.

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Paraíba

Wilma, Jamyli e João em meio as fruteiras

Wilma, Jamyli e Rayane ao lado das hortaliças e fruteiras Wilma e Jamyli próximas ao canteiro de hortaliças

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Apoio:

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