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Acessos Arteriais
Dr. Achilles Gustavo da [email protected]
Hospital Dr. Hélio AngottiSERVIÇO DE HEMODINÂMICA E CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA
História do cateterismo cardíaco
1711- Stephen Hales- pressão e frequência em cavalos
1844- Claude Bernard- Temperatura e pressões em cavalos
1870- Adolph Fick- Catéter para cálculo de fluxo sanguíneo
1929- Forssmann- 1ª cateterização em humanos
1940- André Cournand- cateterização de cavidades e hemodinâmica
1947- Zimmerman- 1° cateterismo esquerdo
1950- Raskind- primeiro procedimento terapêutico
1953- Seldinger- Abordagem percutânea para cateterização
1958- Mason sones- Cateterização seletiva das coronárias
1967- Judkins- procedimento percutâneo pela femoral
1977- Gruntzig- 1ª dilatação de obstrução coronária
1989- Campeau- Utilização da artéria radial
Primeira cateterização cardíaca
First documented cardiac catheterization, right- and left-heart study performed by Hales (left) in 1711.
Acesso arterial ideal
Abordagem rápida à circulação
Sem limitações anatômicas
Permitir utilização de materiais e
dispositivos
Fácil hemostasia
Baixos índices de complicações
neurovasculares
Acesso femoral
Via de acesso mais
utilizada
Maior incidência de
complicações
vasculares
Algumas contra-
indicações relativas
Escolha de via alternativa
Claudicação intermitente
Ausência de pulso pedioso ou tibial posterior
Ausência de pulso poplíteo
Sopro em região inguinal
Enxerto femoral
Fibrose inguinal importante
Doença ilíaca significativa
Incapacidade de manutenção do decúbito após o procedimento
Principais passos para a técnica
femoral
1. Localização da artéria femoral e ponto de punção
2. Anestesia com xilocaina a 2% (10-15ml)
3. Punção com agulha própria ou jelco nº 16 e m ângulo de 45°
4. Introdução de guia J 0,035-0,038 após fluxo pulsátil e retirada de agulha
5. Introdução da bainha pela técnica de Seldinger
6. Retirada do guia e heparinização do acesso
As resistências . . .
Precoce
Retirada levemente da agulha e verificação do fluxo
Se não há fluxo ou não , deve-se retirar a agulha e comprimir por 5 minutos
Tentar mais uma vez
Tardia
Retirar agulha e usar introdutor menos calibroso com aplicação de pequena quantidade de contraste
Utilização de outros tipos de guias
Vantagens da via radial
Alternativa interessante à via femoral
Acesso fácil e rápido
Sem grandes nervos ou veias próximas
Baixo índice de complicações
Conforto do paciente
Deambulação e altas precoces
Obesos e doença vascular periférica
Desvantagens da via radial
Ocorrência de vasoespasmos
Dificuldade de manuseio dos cateteres
Maior experiência do operador
Necessidade de uso de enxertos
Teste de Allen modificado
Observação de saturação durante
compressão de artérias radial
Saturação maior que 90% confirma a
patência do arco palmar
Passos para realização da
punção
1. Teste de allen
2. Posicionamento com abdução do braço e hiperextensão do pulso
3. Anestesia com 1-2ml de lidocaina ao nível do processo estilóide
4. Punçao com agulha própria ou jelco nº 20-22 em 30-45°
5. Solução de nitroglicerina e passagem de fio guia 0,025 até a artéria braquial
6. Retirar agulha e ampliar incisão da pele com lãmina de bisturi
7. Introduzir bainha
8. Retirar guia e heparinizar o acesso
Abordagem braquial (Sones)
Alternativa quando a femoral está contra-indicada
Peculiaridades que dificultam a utilização rotineira desta via
É mais utilizada por dissecção (maior segurança)
Deve-se estar preparado para resolver as complicações
Hemostasia por arteriorrafia causando menos complicações hemorrágicas
Tem sido menos utilizada nos últimos
30 anos
Realizada em menos de 10% dos casos
Deve ser realizada por profissional
experiente
INDICAÇÕES
1. Doença vascular periférica
2. Risco aumentado de sangramento
3. Necessidade de deambulação
precoce
Em relação à técnica radial...
1. Capacidade de acesso às câmaras
direitas
2. Acesso mais calibroso
3. Acesso venoso para retirada de
corpos estranhos
CONTRA-INDICAÇÕES
1. Ausência de pulso braquial
2. Fístula arteriovenosa
3. Infecção local
4. Doença da artéria axilar ou subclávia
5. Incapacidade de adotar a postura par a
dissecção
Principais etapas da técnica
1. Anestesia com lidocaina 2% o ponto de punção acima da prega antecubital
2. Incisão horizontal (1,5cm) sobre o pulso braquial, 1-2cm acima da prega
3. Dissecção até exposição da artéria
4. Isolamento da artéria
5. Uso de fita cardíaca proximal e distal
6. Arteriotomia vertical (4mm) com lâmina 11
7. Uso de bainha e heparinizãção do acesso
Reparo da artéria braquial
1. Retirada da bainha com fitas tracionadas
2. Sutura com fio prolene 6.0
3. Liberação de fitas para conferir sangramentos
4. Retirada das fitas e fechamento da pele com pontos separados com mononáilon 4.0
EVIDÊNCIAS CLÍNICAS
Últimos anos os artigos buscaram
comprovar a eficácia e a segurança do
acesso radial em várias situações
clínicas
100 pacientes (angioplastia eletiva)
Complementação do exame em 98%
Sem complicações vasculares maiores
25% diminuição ou ausência de fluxo radial através de doppler
Via eficaz e segura
Diminuição do tempo de internação e custos
Radial Femoral Braquial
Sucesso 91,7% 90,7% 90,7%
Sangramento 0 2% 2,3%
Reparo 1%
1. 5% do grupo radial apresentavam oclusão da artéria
2. Tempo de internação menor para radial
3. Tempo de procedimento e fluoroscopia maior para
radial
4. Número de cateteres iguais
ESTUDO ACCESS
142 pacientes
Taxa de sucesso igual
4% dos acessos femorais tiveram hematomas importantes
12% mudaram para técnica femoral
8% Allen negativo e 4% sem possibilidade de canulação
Menor permanência hospitalar quando utilizado a técnica radial
Ochial et al. Efficacy of transradial primary stenting in patients with
acute myocardial infarction. AM J Cardiol 83 966-8, 1999
Eficácia do implante de stent primário pela técnica
radial
Sucesso em todos os 33 pacientes
79% nos primeiros 5 minutos
Liberação do stent em todos os casos
Sucesso primário em 97% deles
Stent múltiplos em 33% da população