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“O Engenho” é um Boletim de Conhecimento Técnico Mensal, os conteúdos não podem ser reproduzidos ou copiados sem a devida autorização dos autores. Todos os direitos reservados. Grupo Casais © 2016 www.casais.pt | www.casaisnet.casais.pt AciariUM FERRAMENTA DE CÁLCULO DE ESTRUTURAS METÁLICAS A ferramenta AciariUM é uma ferramenta informática de cálculo desenvolvida como instrumento de análise de estruturas metálicas de acordo com a EN 1993-1-1 e de verificação expedita dos resultados recolhidos a partir de programas comerciais de análise estrutural... // pág. 02 CASAIS GLOBAL SOURCING DHL com entregas totalmente automatizadas através de drones // pág. 11 GESTÃO Como influenciar pessoas Técnicas fundamentais (parte 1) // pág. 26 SEGURANÇA EM 1º LUGAR Utilização de ferro de espera como ponto de ancoragem para linhas de vida // pág. 22 ENGENHARIA Problemas correntes em edifícios e soluções de reparação // pág. 14 DIREITO A FALAR Obrigação de informação sobre entidades de resolução alternativa de litígios // pág. 28 BOLETIM DE CONHECIMENTO TÉCNICO 23 maio 2016

AciariUM - Grupo CasaisEstão disponíveis vários módulos de definição dos esforços atuantes na secção em análise e dos parâmetros que caracterizam a geometria do sistema

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AciariUMFERRAMENTA DE CÁLCULO DE

ESTRUTURAS METÁLICAS

A ferramenta AciariUM é uma ferramenta informática de cálculo desenvolvida como instrumento de análise de estruturas metálicas de acordo com a EN 1993-1-1 e de verificação

expedita dos resultados recolhidos a partir de programas comerciais de análise estrutural...// pág. 02

CASAIS GLOBAL SOURCING

DHL com entregas totalmente automatizadas através de drones

// pág. 11

GESTÃO

Como influenciar pessoasTécnicas fundamentais (parte 1)

// pág. 26

SEGURANÇA EM 1º LUGAR

Utilização de ferro de espera como ponto de ancoragem para linhas de vida

// pág. 22

ENGENHARIA

Problemas correntes em edifícios e soluções de reparação

// pág. 14

DIREITO A FALAR

Obrigação de informação sobre entidadesde resolução alternativa de litígios

// pág. 28

BOLETIM DE CONHECIMENTO TÉCNICO

Nº 23maio 2016

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Boletim de Conhecimento Técnico Nº 23/2016

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AciariUMFERRAMENTA DE CÁLCULO DE ESTRUTURAS METÁLICAS

João Morgado Eira

Departamento Técnico, Portugal

Ferramentas de Cálculo DTEO Departamento Técnico (DTE) da CASAIS dispõe e vem a desenvolver continuamente um conjunto de ferra-mentas de cálculo próprias destinadas a auxiliar e agilizar processos para que assim seja cada vez mais eficiente a dar resposta aos desafios com que se depara diariamente.

A AciariUM, apesar de ser apenas mais umas entre várias ferramentas, foi desenvolvida num contexto dife-rente: numa parceria entre o Grupo Casais e a Universidade do Minho.

A ferramenta AciariUM é uma ferramenta informática de cálculo de-senvolvida como instrumento de análise de estruturas metálicas de acordo com a EN 1993-1-1 e de verificação expedita dos resultados recolhidos a partir de programas comerciais de análise estrutural.

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MotivaçãoA eficiência dos programas de cálculo existentes é reconhe-cida. No entanto, os resultados são por vezes apresentados ao utilizador sem que este tenha acesso ao procedimento que lhes deu origem. A ferramenta AciariUM foi desenvolvida com o objetivo de contrariar este efeito de “caixa negra”, permitindo ao utili-zador total controlo sobre o procedimento de cálculo e os resultados. Todo o algoritmo e procedimento de cálculo relativo a cada parâmetro está constantemente disponível para consulta e edição.

Apresentação da AciariUMA ferramenta informática de cálculo AciariUM foi desenvol-vida em formato de ficheiro do Microsoft Excel complemen-tada com um denso algoritmo escrito em Visual Basic.

A AciariUM é direcionada para a verificação e dimensiona-mento aos ELU (Estados Limite Últimos) de vigas-coluna em aço sujeitas a flexão composta desviada de acordo com a EN 1993-1-1.

Estão abrangidas secções transversais em I e H, bissimé-tricas ou monossimétricas, perfis laminados comerciais e reconstituídos soldados.

Estrutura da ferramenta de cálculoA ferramenta AciariUM está dividida em interfaces ou se-paradores que devem funcionar pela ordem em que estão dispostos.

Em cada interface estão disponíveis vários módulos de in-trodução de dados, vários subinterfaces e vários subproce-dimentos que auxiliam a determinação de parâmetros rela-cionados com o cálculo.

Todas as fases do processo de verificação de um elemento em aço aos ELU estão incluídas: cálculo de esforços e comprimen-tos de encurvadura; verificação da resistência da secção trans-versal aos ELU; verificação do elemento estrutural em relação a fenómenos de instabilidade.

Introdução de dados e modelação

Verificações de Segurança

Resultados

Perfil Laminado Perfil Soldado

Secção transver-sal e proprieda-des do material

Resistência da secção transv. aos ELU

Relatório final de segurança

Apoio, travamento e solicitação

Fenómenos de encuradura

Estabilidade global

Interface I

Interface III

Interface VI

Interface II

Interface IV Interface V

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Ligação automática ao RobotSA (Autodesk)A ferramenta AciariUM permite recolher automaticamen-te dados a partir de um ficheiro do programa de análise estrutural Robot Structural Analysis aberto no computador, nomeadamente a geometria e o valor dos esforços atuantes em determinada secção transversal de um elemento estru-tural modelado nesse software.

INTERFACE IDefinição da geometria da secção transversal e das propriedades do material constituinte

A definição geométrica da secção transversal é feita comu-nicando à ferramenta de cálculo as dimensões principais do perfil que a constituí. A AciariUM parte dessa informação para calcular automaticamente um conjunto de proprieda-des mecânicas da secção. Também no Interface I são de-finidas as propriedades mecânicas do aço que constitui o elemento a ser verificado.

Módulo Comercial: permite a seleção de um perfil comercial a partir de uma base de dados.Módulo Manual: permite definição manual de cada uma das dimensões principais da secção.Módulo RobotSA: permite recolha automática das dimensões da secção transversal de um elemento viga/coluna selecionado num ficheiro do programa Robot SA aberto no computador.

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INTERFACE IICaracterização das condições de apoio e solicitação do sistema estrutural

Estão disponíveis vários módulos de definição dos esforços atuantes na secção em análise e dos parâmetros que caracterizam a geometria do sistema estrutural.Através do Módulo Automático a ferramenta é capaz de calcular todos os parâmetros.

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Ferramenta de cálculo AciariUM - princípios e opções de cálculo

Os procedimentos de cálculo incluídos nos Interfaces III, IV e V da ferramenta de cálculo AciariUM têm na base dos seus algoritmos a norma Eurocódigo 3 (EN 1993).

Classificação das secções transversais;

Determinação de propriedades efetivas das secções da Classe 4.

Resistência das secções transversais aos estados limites últimos;

Resistência dos elementos à encurvadura (varejamento);

Resistência dos elementos à encurvadura lateral (bambeamento);

Resistência à encurvadura por esforço transverso (enfunamento);

Verificação à estabilidade global: resistência à encurvadura de elementos solicitados a flexão composta com compressão;

III

III

III

IV

IV

IV

V

EN 1993-1-1 (5.5)

EN 1993-1-5 (4)

EN 1993-1-1 (6.2)

EN 1993-1-1 (6.3.1)

EN 1993-1-1 (6.3.2)

EN 1993-1-5 (5)

EN 1993-1-1 (6.3.3)

Verificação/Cálculo Interface Referência

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INTERFACE IIIResistência da secção transversal aos Estados Limite Últimos

A ferramenta de cálculo classifica de forma automática a secção transversal sujeita a flexão composta desviada e verifica a sua resistência em relação aos Estados Limite Últimos (ELU). O procedimento de cálculo adapta-se automaticamente para o cálculo em regime plástico (secções das classes 1 e 2) ou elástico (secções das classes 3 e 4). No caso de secções da classe 4 o cálculo é realizado considerando a sua secção efetiva reduzida em relação à secção bruta.

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INTERFACE IVResistência do elemento estrutural em relação a fenómenos de instabilidade

A resistência do elemento estrutural é verificada em relação a fenómenos de instabilidade: varejamento (encurvadura), bam-beamento (encurvadura lateral) e enfunamento (encurvadura por esforço transverso).

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INTERFACE VAnálise de estabilidade global de elementos em flexão composta com compressão

No Interface V é feita a análise de estabilidade global de elementos em flexão composta com compressão.

INTERFACE VIRelatório final de segurança

A ferramenta AciariUM produz um relatório de cálculo completo que resume os principais resultados obtidos no processo de verificação. O relatório de cálculo está ajustado para impressão num documento com duas a três páginas.

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Caso de estudo e validação da ferramenta de cálculo

O Edifício 2 do Estaleiro de Moçambique, em Matola (Mo-çambique), foi dimensionado pela CASAIS – Engenharia e Construção S.A. Foi estudado neste âmbito com o objetivo de validar os resultados fornecidos pela ferramenta Acia-riUM comparando-os com os devolvidos pelos programas de cálculo estrutural Robot Structural Analysis e CYPE 3D para o mesmo caso.

Como conclusão deste estudo foi possível aferir a eficiência da ferramenta de cálculo desenvolvida e ainda identificar algumas limitações dos programas de cálculo testados.

Considerações finaisJustifica-se a importância de dispor de ferramentas de uti-lização simples, como a AciariUM, que permitam validar de forma sistemática os principais parâmetros devolvidos pe-los programas de análise estrutural. A ligação da ferramenta com o programa Robot SA permite rápida comunicação de dados entre os dois tronando o processo rápido e simples.

A ferramenta AciariUM aproxima o processo de cálculo, no que diz respeito ao controlo que o utilizador tem sobre esse processo e sobre os resultados, do cálculo manual. Todo o algoritmo de cálculo relativo a cada parâmetro está dispo-nível para consulta.

A AciariUM é editável por qualquer utilizador e tem, portanto, grande margem para progressão.

AutoriaA ferramenta AciariUM foi desenvolvida numa parceria entre a Universidade do Minho e a Casais – Engenharia e Construção S.A sob a autoria de:

João Morgado Eira, na altura da produção deste trabalho aluno do MIECUM, agora Engenheiro Civil Projetista na CASAIS EC (Estágio Profissional).

Eng.º Miguel Mota Pires, Diretor do Departamento Técnico da CASAIS EC

Prof.ª Dr.ª Maria Isabel Brito Valente, MIECUM.

Universidade do MinhoEscola de Engenharia

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CASAIS GLOBAL SOURCING

DIVULGA…

Tendências na Logística

DHL COM ENTREGAS TOTALMENTE AUTOMATIZADAS ATRAVÉS DE DRONES*

Por José Luís Marques

// Diretor de Estaleiro - Portugal

C ASA I S G LO BA L S O U R C I N G

*Fontes: Revista Logística Moderna, PTjornal, Youtube, tansportmonth

A DHL anunciou recentemente a inclusão, na sua cadeia de distribuição, da terceira geração do seu projeto ‘Parcelcopter’, uma iniciativa que automatiza a entrega de encomendas através de drones.

A tecnologia foi concebida para as entregas de encomendas em regiões alpinas e já foi testada, durante o primeiro trimestre de 2016, na co-munidade de Reit im Winkl, onde os clientes DHL foram convidados a enviar as suas encomendas até ao planalto Winklmoosalm.

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C ASA I S G LO BA L S O U R C I N G

De acordo com a DHL, “durante este período de testes, foram realizados um total de 130 percursos de carga e descarga, totalmente automatizadas, através de um Packstation – Parcelcop-ter Skyport - especialmente desenvol-vido para o efeito. Os clientes tinham apenas de inserir as suas encomendas no Skyport e iniciar a transferência e entrega automatizadas através do Par-celcopter, em percursos de oito quiló-metros e a uma altura de 1200 metros acima do nível do mar.”

A empresa explica também que com esta solução é possível lidar com con-dições geográficas e meteorológicas adversas, com cargas mais pesadas e distâncias mais longas.

“Somos os primeiros, em todo o mun-do, a oferecer um transporte através de drone – Parcelcopter DHL – com entre-ga ao cliente final. Com esta combi-nação de carga e descarga totalmente automática, com o aumento da capa-cidade de carga de transporte e alcance do nosso Parcelcopter, conseguimos um nível de maturidade técnica e proces-sual que nos permite avançar numa próxima fase para testes em zonas urbanas”, afirma Jürgen Gerdes, Ma-nagement Board Member do Post – eCommerce – Parcel do Grupo Deuts-che Post DHL .

Consulte as fase do projeto em:

> link vídeo

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PROBLEMAS CORRENTES EM EDIFÍCIOS E SOLUÇÕES DE REPARAÇÃOPartilha de conhecimento Formação FUNDEC*

Ana Costa

Assistência Pós-Venda, PortugalNos dias 9 e 10 de maio, a APV participou na formação sobre Proble-mas correntes em edifícios e Soluções de reparação, no Fundec, cujo objetivo era dar a conhecer as manifestações patológicas mais cor-rentes em edifícios, as respetivas técnicas de diagnóstico e caracteri-zação, e as soluções de reparação mais adequadas a cada situação.

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O programa da formação abordava os seguintes temas e conceitos:

1. As infiltraçõesa. As infiltrações nos terraçosb. As infiltrações nas coberturas inclinadasc. As infiltrações nas caves d. As infiltrações nos pisos térreos.

2. Anomalias em revestimentos interioresa. Fissuração e destacamento de ladrilhos em pisos e paredesb. Anomalias em rebocos, estuques e pinturas interiores.

3. Anomalias em revestimentos exterioresa. Destacamento de revestimentos pétreos em fachadasb. Anomalias em superfícies exteriores pintadas.

4. Anomalias em paredesa. Anomalias de caráter estrutural associadas a fissuração.

5. Anomalias em elementos de madeira a. Identificação dos principais processos de degradaçãob. Preservação de madeira estrutural nova ou em serviçoc. Principais técnicas de reabilitação e reforço local de elementos estruturais de madeira em serviço.

6. Anomalias em betão armadoa. Fissurasb. Corrosão e descasques.

Um dos conceitos introdutórios teve que ver com a durabili-dade das construções desde o projeto. Existem vários fatores que condicionam a vida útil dos edifícios, nomeadamente:

1. Ambientais – radiação, temperatura, humidade, poluição2. Biológicos – fungos, animais3. Esforços mecânicos4. Desgaste.

Como tal, os acabamentos têm uma vida útil diferente da estrutura, sendo que o conceito de vida útil pode ser relati-vo. Por isso, de forma a prolongar este período aconselha--se a que a conceção dos edifícios seja flexível, ou seja, os acabamentos sejam de fácil substituição. Para além disso espera-se que a conceção tenha como principal objetivo a proteção do edifício contra a água e que os diferentes ele-mentos sejam de fácil inspeção e manutenção. Cada vez mais, é enfatizada a necessidade de manutenção preventiva nos edifícios para prolongar a vida útil dos mesmos.

Apostando num projeto de maior durabilidade, melhoran-do a qualidade da construção aliando, também, um sistema de manutenção preventiva atempado e eficaz é possível au-mentar o ciclo de vida de um edifício de 50 para 100 anos.

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Capítulo 1

INFILTRAÇÕES

A água é o principal agente de deterioração de um edifício e pode ser feita a proteção contra os seus efeitos através de:

• Drenagem- Inclinações apropriadas- Colocação de boeiros e tubagens- Tubagens de limpeza fácil

• Impermeabilização• Controlo da humidade.

1. Patologias correntes em Coberturas inclinadas – Zona Corrente:

• Roturas ou fissuração desses revestimentos • Deformações acentuadas dos revestimentos • Esfoliações e descasques dos revestimentos • Sobreposições insuficientes nas respetivas juntas trans-versais ou longitudinais • Inexistência de complementos de vedação dessas jun-tas, quando necessários • Inadequação de anilhas vedantes de peças de fixação • Corrosão de peças de fixação ou dos próprios materiais de revestimento • Condensações em superfícies frias.

2. Patologias correntes em Coberturas inclinadas – Zonas Localizadas ou Singulares:

• Cumeeiras• Remates laterais e inferiores• Paredes emergentes• Platibandas• Juntas de dilatação• Caleiras e pontos de drenagem e evacuação de águas pluviais • Atravessamentos da cobertura por tubagens• Soleiras de portas • Embasamentos de suporte de aparelhos ou equipamentos.

Consequências das infiltrações:• Modificação das propriedades físicas dos materiais; • Modificação das condições de habitabilidade e dura-bilidade; • Alterações prejudiciais do aspeto; • Degradações irreversíveis que inviabilizam a recupera-ção e tornam inevitável a sua substituição.

3. Patologias correntes em Revestimentos Pétreos Artificiais• Rotura das telhas• Deformação acentuada da cobertura• Telhas descascadas• Telhas desencaixadas• Deslocamento das telhas• Inclinação insuficiente• Ausência de ventilação – criação de condensações• Remates laterais deficientes• Ausência de acessórios de remate em tubos de chaminé• Instalação de equipamentos de ventilação• Remoção de telhas por ação do vento ou efeitos de vórtice

Técnicas de Reabilitação de Coberturas• Limpeza e manutenção• Substituição de revestimentos, peças de ligação entre ver-tentes, caleiras e algerozes que se encontrem deteriorados• Execução de novos remates dos revestimentos com elementos emergentes, platibandas, bordos laterais ou outros pontos singulares• Ventilação

- Ripado interrompido sobre laje contínua- Ventilação com dupla lâmina de ar- Aplicação subtelha

• Garantia do escoamento da água• Melhoramento da impermeabilização da cobertura• Melhoramento da ventilação da cobertura• Possibilidade de reutilização de telhas antigas• Facilidade de aplicação• Resistência química• Garantia de durabilidade da cobertura• Otimização do conforto térmico e acústico.

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Drenagem de Coberturas PlanasElementos Importantes:

• Pendentes• Tubos ladrão• Tubos de queda e ralos de pinha• Drenagem do terreno• Encaminhamento da Drenagem do Solo

- Executar ligação de esgoto ou vala• Drenagem de Fachadas

- Aplicação de goteiras- Correta execução da ventilação das paredes duplas

4. Anomalias em Impermeabilização de Coberturas em Terraços

Causas possíveis – Superfície Corrente1. Perfurações no revestimento de impermeabilização

a. Realização de trabalhos sobre a coberturab. Circulação de carros de mão para transporte de materiaisc. Ação de cargas pontuais de natureza estática (cavale-tes, andaimes, extratores de ar, suportes de depósitos de água, estendais, antenas) ou dinâmica (queda de obje-tos, em particular, os de ação cortante)d. Ação das peças de fixação do revestimento (aquando da circulação de pessoas e da colocação de equipamen-tos nas zonas adjacentes).

2. Arrancamento da membrana de impermeabilizaçãoa. Ação do vento (forças de sução); b. Inexistência de proteção pesada ou proteção dema-siado leve;c. Deslocamento do material de proteção (rolado ou bri-tado) – espessura da camada insuficiente, granulometria dos inertes reduzida e/ou muito variável: - espessura > 40 mm; - 5 mm < granulometria < 2/3 da espessura

3. Formação de pregasa. Ocorre essencialmente sobre juntas/fissuras do supor-te por ação do calor → impossibilidade de o revestimen-to acompanhar a velocidade de deformação do suporte + comportamento viscoso + deformações residuais;

4. Descolamento das juntas de sobreposiçãoa. Ação do vento com número insuficiente de peças de fixação mecânica em acabamentos com proteção leveb. Ação do calor sobre as juntas entre membranas auto protegidas com folha de alumínio (diferentes caracterís-tica térmicas betume-alumínio)c. Deficiente estabilidade dimensional ao calor em mem-branas de PVC (devido a erros de formulação) → defor-mações acentuadas de retração (hoje em dia, é pouco frequente).

5. Empolamentosa. Inexistência de colagem em zonas localizadasb. Falta de planeza ou curvatura acentuada do suportec. Materiais estranhos confinados entre a impermeabili-zação e o suporte (gravilha, pedaços de papel)d. Humidade nos materiais do suporte ou do próprio sis-tema de impermeabilizaçãoe. Uso de membranas de rolos achatados, devido a ar-mazenamento incorreto dos rolos, dificultando o seu po-sicionamento plano sobre o suporte.

6. Permanência prolongada de águaa. Reduzida pendente da coberturab. Conformação insatisfatória da camada de formac. Deformações acentuadas de suportes compressíveisd. Obstruções de caleiras e de embocaduras das saídas das águas pluviaise. Disposições construtivas inadequadas nas zonas das embocaduras.

Nota: Efeito nos revestimentos: diminuição da resistência e da capacidade de deformação → maior tendência para fissuração.

7. Fissuraçãoa. Ação do calor

Nota: Perda progressiva das matérias voláteis que entram na constituição da maioria dos materiais betuminosos → en-durecimento e retração; (Nota: a tensão de rotura aumenta)

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b. Ação da radiação ultravioleta Nota: (mais desfavorável em membranas tradicionais), em combinação com o calor – perda de ductilidade)

• Membranas de base betuminosa: alteração na compo-sição dos betumes • Membranas de PVC plastificado: perda do plastificante• Membranas de EPDM: capacidade de deformação pode ser reduzida.

c. Ação da camada da proteção do revestimento• Desprendimento do granulado mineral à membrana (autoproteção) por ação do vento ou pelo escoamento da água da superfície corrente• Deslocamento da proteção pesada por elementos soltos por ação do vento, deixando o revestimento mais exposto aos agentes de degradação (espessura > 40 mm; 5 mm < granulometria < 2/3 da espessura).

8. Vegetaçãoa. Deficiente drenagem da coberturab. Utilização de membranas sem aditivos antirraízesc. Ausência de manutenção.

Causas possíveis – Elementos emergentes1. Descolamento dos remates

a. Irregularidade dos paramentosi. Inexistência de reboco satisfatórioii. Teor de humidade excessivo

b. Más condições de realização da colagemi. Quantidade insuficiente de produto de colagemii. Condições atmosféricas desfavoráveisiii. Reduzidas larguras de juntas de sobreposição

c. Material isolante inadequadod. Falta de disposições construtivas de proteção do bordo superior do remate

2. Fluência/deslizamento dos rematesa. Inexistência de fixação mecânica complementar ao ní-vel superior do remate, cujo desenvolvimento em altura seja demasiado elevado

3. Insuficiente altura dos remates (<0,15m)a. Falta de definição das camadas a aplicar sobre a im-permeabilização ou alterações posteriores

i. Modificação da acessibilidade ii. Tipo de vegetação

b. Falta de coordenação de trabalhos em obra

4. Fissuração dos rematesa. Inexistência de proteção vertical do remate (esquarte-lada de 2 em 2 metros)b. Inexistência de junta na proteção pesada rígida a uma distância de 0,30m do paramento, devidamente esquar-telada;c. Movimentos diferenciais acentuados entre estrutura resistente e elemento emergente (fissura típica na zona de separação laje de betão – alvenaria).

5. Inadequado capeamento do coroamentoa. Inexistência de recobrimento do coroamento (cujo re-vestimento, ou a própria platibanda, podem fissurar)b. Paramento horizontal (sem pendente para o interior)c. Deficiente colagem ou fixação mecânica (incluindo as anilhas e vedantes).

Causas possíveis – Juntas de dilatação1. Fissuração ou descolamento das juntas de sobreposição

a. Realização de remates ao nível da superfície corrente, sobretudo quando a cobertura é acessível (maior susce-tibilidade a ações mecânicas)b. Realização de camada de proteção pesada rígida sem interrupção sobre a junta de dilatação (transmissão dos movimentos da junta aos remates de impermeabilização)c. Inexistência de camadas de dessolidarização entre as membranas de impermeabilização e as peças de remate → movimentos diferenciais por ação do calor; Nota: es-tas peças (pré-fabricadas em betão ou metálicas) devem garantir por si só a impermeabilidaded. Deficiente execução de juntas entre edifícios de altura diferente.

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E N G E N H A R I A

5. CondensaçõesAlgumas soluções para resolução das humidades de condensação

1. Correção das condições termo-higrométricasa. Reforço da temperatura ambiente através da colocação de sistema de aquecimento adequado, tendo o cuidado de não utilizar aquecedores de combustão, por estes li-bertarem grandes quantidades de vapor de água;b. Diminuir a humidade relativa do ar através do re-forço da ventilação dos espaços (correção de eventuais deficiências no sistema de extração do ar, instalação de dispositivos mecânicos de extração do ar ou instalação de grelhas de ventilação especiais na zona superior das paredes exteriores);c. Reduzir a dispersão térmica das paredes com o reforço do isolamento térmico aplicado pelo interior ou exterior das paredes (processo muito complicado em paredes à vista).

6. Humidades Ascensionais por Capilaridade

1. Formação de barreiras químicas – corte hídricoa. Introdução por gravidade (difusão) ou pressão (injeção < 0.4 MPa) de produtos apropriados contra a humidade ascendente em paredes, através duma impregnação len-ta desses produtosb. Produtos (a escolher para cada tipo de parede):

i. tapa-poros (resinas epóxidas, silicatos alcalinos, gel de acrilamina);ii. hidrófugos (siliconatos, silicones, organo-metálicos).

2. Corte químico com inserção de barreiras impermeáveisa. Método de desumidificação para alvenarias sujeitas à ascensão capilar, destinado a bloquear definitivamente o processo através da inserção de uma barreira horizontab. Só poderá ser aplicado a alvenarias em bom estado de conservação e solidamente aparelhadas, sem nenhum problema do posto de vista estrutural e estático;c. Nas zonas de risco sísmico, a descontinuidade a in-troduzir entre os materiais poderá causar deslizamentos diferenciais das alvenarias;d. Causam Vibrações, poeiras, custo e dificuldade de aplicação.

3. Execução de valas drenantes (exteriores ou interiores)a. Realização de valas drenantes com enchimento, afas-tadas cerca de 1.50 m das fundações e com a profundi-dade de 0.20 a 0.40 m abaixo do nível das fundações.

Capítulo 2

ANOMALIAS NOS REVESTIMENTOS

1. Revestimentos de ParedesCausas das Anomalias nos Revestimentos

• Deficiente pormenorização• Deficientes especificações e aplicações dos materiais• Ausência de ações periódicas de manutenção/conser-vação• Deficientes reparações (materiais / técnicas)• Ausência de registos / controlo do desempenho em serviço

Patologias de Rebocos• Manchas de humidade

- De obra• Aplicação do reboco antes da selagem adequada do suporte

- De terreno• Existência de zonas de paredes em contacto com a água do solo• Existência de materiais de elevada capilaridade nas paredes• Inexistência ou deficiente posicionamento de barreiras estanques nas paredes

Conceção dos Sistemas de Impermeabilização e Drenagem

Fatores que influenciam a escolha do sistema de impermeabilização

Posição do nível freático

Processo construtivo das contenções periféricas

Permeabilidade do terreno adjacente

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E N G E N H A R I A

- De precipitação• Revestimentos com elevada permeabilidade à água• Falta de disposições construtivas que impeçam a proteção dos paramentos

- De condensação• Deficiente ventilação

- Higroscopicidade• Existência de sais higroscópicos no interior dos revestimentos que fixam a água em grandes quantidades

- Causas fortuitas• Roturas das canalizações• Entupimento de caleiras, algerozes e tubos de queda• Deficiência de remates na cobertura.

• Fendilhação e fissuração- Constituição do reboco

• Retração do reboco• Dilatações e contrações higrotérmicas• Gelo• Deficiente dosagem na execução das argamassas• Espessura inadequada do revestimento

- Suporte• Deslocamentos do suporte• Reações de sais existentes no suporte• Absorção excessiva do suporte

- Outras causas• Corrosão de elementos metálicos: ligadores, canos, redes metálicas• Concentração de tensões junto a aberturas

• Efluorescências e criptoflorescências- Presença prolongada de humidade- Sais solúveis presentes no reboco, no suporte ou na água infiltrada- Cal não carbonatada

• Biodeterioração- Presença prolongada de humidade- Falta de ventilação- Iluminação

• Perda de aderência- Presença de humidade- Presença de sais- Dilatações/contrações térmicas- Movimentos do suporte- Erros de execução do revestimento

• Excesso de água na amassadura• Falta de humedecimento da superfície do suporte• Falta de limpeza da superfície a ser revestida• Falta de rugosidade suficiente do suporte• Composição pouco adequada da argamassa• Elevada impermeabilidade do suporte• Insuficiente permeabilidade ao vapor de água do re-vestimento.

• Perde de coesão ou desagregação- Humidade seguida de cristalização de sais- Reboco fraco, sem dureza superficial- Ação de microrganismos e organismos- Reação química entre os materiais que constituem revestimentos e os compostos naturais ou artificiais contidos na atmosfera

• Erosão- Humidade- Esforços mecânicos- Ações físicas por agentes atmosféricos- Perda de coesão

• Sujidade- Escorrimento da água da chuva- Ação do vento- Textura superficial do reboco

• Anomalias na camada de acabamento por pintura- Fissuração

• Produto mal formulado, revestimento duro e que-bradiço

- Empolamento• Deficiente preparação da base, insuficiente espes-sura, H e T elevadas durante a aplicação e secagem, bases húmidas e revestimentos impermeáveis

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E N G E N H A R I A

- Destacamento• Falta de aderência, humidade, eflorescências, má preparação da base

- Pulverulência• Ação da intempérie

- Saponificação• Dissolução do ligante

- Manchas- Perda/alteração de cor- Incompatibilidade com o suporte- Deficiente permeabilidade ao vapor de água de pinturas.

Medidas de prevenção• Escolha das placas de pedra

a. Espessura superior ou igual a 30 mm (para adequa-da furação);b. Evitar a utilização de placas de rocha calcária em ambientes de elevada poluição atmosférica;c. Porosidade inferior a 3%;d. O sistema geralmente mais vantajoso é a fixação através de estrutura intermédia;e. No sistema de fixação direta (não recomendável), reforçar a ligação através de agrafos;f. Dimensionar os elementos metálicos (inoxidáveis);g. Dimensionar juntas e aplicar adequados materiais de preenchimento.

2. Revestimento de PisosAnomalias mais frequentes

• Desprendimento/descolamento• Fendilhação• Anomalias superficiais e de aspeto• Danos físicos• Formação de bolhas.

Causas possíveis• Variações térmicas• Ação da água• Choques/vibrações• Falta de aderência• Falta de barreira para-vapor• Inexistência ou mau dimensionamento de juntas• Inexistência de camada de dessolidarização• Assentamentos diferenciais• Suporte com impurezas

Inspeção – Diagnóstico de Revestimento1. Identificação do defeito/anomalias2. Determinação das causas3. Identificação da solução e controlo do resultado4. Prevenção da reincidência do defeito.

Técnicas de Reabilitação de Rebocos1. Conservar o existente, sempre que possível2. Rebocos superficialmente degradados, mas funda-mentalmente coesos, aderentes à base na maior parte da sua área e resistência razoável -reparações pontuais e recuperação do aspeto estético3. Rebocos com degradação profunda, perda de aderên-cia ou coesão deficiente, mas com valor patrimonial (pin-turas murais, fingidos,…) – consolidação4. Reboco com degradação elevada, sem possibilidade de conservação – substituição, parcial ou total, por outro reboco compatível.

*No próximo mês, a edição d’ O Engenho vai divulgar a 2ª parte deste artigo dedicada aos Problemas Correntes em Edifícios e Soluções de Reparação – Partilha de conhecimento Formação FUNDEC.

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S EG U R A N Ç A E M 1 º LU GA R

UTILIZAÇÃO DO FERRO DE ESPERACOMO PONTO DE ANCORAGEM PARA LINHAS DE VIDA

Daniel Pintor

Departamento de Prevenção

e Segurança, Gibraltar

Miguel Pires

Departamento Técnico, Portugal

A utilização de linhas de vida como medida de segurança é bas-tante comum no dia-a-dia da construção. Atualmente, os vários equipamentos existentes no mercado do tipo linhas de vida, permitem-nos diferentes soluções e geometrias, assim como ser possível acoplar um ou vários trabalhadores na mesma linha. Tão importante como a resistência da própria linha de vida são os pontos de ancoragem da mesma.

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S EG U R A N Ç A E M 1 º LU GA R

Cada equipamento define qual o limite máximo de tra-balhadores por linha, assim como a relação entre o n.º de trabalhadores e a resistência necessária nos pontos de an-coragem (Ex: 1 trabalhador = X Kn em cada extremidade, 2 trabalhadores = Y Kn em cada extremidade….).

Quando falamos em pontos de ancoragem, e sendo que muitas vezes são utilizados os ferros de espera de pilares ou muros de betão armado, o Departamento de Prevenção e Segurança em conjunto com o Departamento Técnico, simulou um exercício onde fosse possível perceber qual a força aplicada, durante uma queda de um trabalhador, aos pontos de ancoragem de uma linha de vida.

Neste exercício deveria ser também possível perceber qual a deformação da linha de vida e qual a altura máxima onde

seria possível acoplar uma linha sem que fosse possível re-gistar deformação significativa do ferro de espera.

Valores utilizadosDistância entre pontos de ancoragem = 8m.N.º e diâmetro dos ferros de espera = 6Ø25.Peso utilizado= 100kg.Altura do ponto de ancoragem = 0.75m

ResultadoNão foi verificado deformação significativa dos ferros de es-pera e uma deformação mínima de 0.25m na linha de vida.

Também foi efetuado um exercício prático em obra que confirmou os resultados obtidos:

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S EG U R A N Ç A E M 1 º LU GA R

DESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO:

O sistema de suspensão é apresentado na Figura 1. O cabo de suspensão é ancorado aos varões de arranque de pilares que existem temporariamente na fase construtiva de eleva-ção de pisos estruturais.

1. MATERIAIS

Os materiais utilizados no dimensionamento serão os seguintes:

• Betão Armado- Classe de Resistência C 30/37; - Aço em Varão S 500 N R (Fyk = 500 N/mm2)

Para condições normais de carregamento, os fatores de segu-rança parcial utilizados foram os seguintes:

Aço Estrutural 1.15Betão Armado 1.50

• Sistema de Cabo de Suspensão: Safetop Cable Ref. 80266

2. AÇÕES DE DIMENSIONAMENTO

Ações normais caraterísticas• Betão Armado 25.0 kN/m3

• Aço 78.6 kN/m3

• Peso Próprio (1 Operário) - P 1.08 kN

3. ANÁLISE E DIMENSIONAMENTO

3.1 Procedimento de CálculoPara efeitos de cálculo um operário com o peso P=1.08 kN foi considerado, e a posição de trabalho definida foi a que implica maior esforço no sistema, ou seja:

x=L⁄(3=2.67 m) (L – distância entre pontos de ancoragem = 8.0m), conforme indicado na Figura 3.

Figura 1 – Sistema de suspensão de cabos.

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S EG U R A N Ç A E M 1 º LU GA R

Um valor limite de deformação no cabo “Cable Deflection (f)” de 250mm deve ser garantido no ponto P de aplicação da carga.

As seguintes expressões foram utilizadas para obter as rea-ções horizontais ( FH 1, FH 2) em cada ponto de ancoragem.

where

NQθf

número de trabalhadores suspensos ao mesmo tempo = 1.Coeficiente de Impacto Dinâmico = 2.0.Angulo de Desvio. tan(θ_1) igual a f⁄x; tan(θ_2) igual a f⁄((L-x) );Deformação Cabo = 250mm.

Figura 3 – Modelo Estrutural.

Figura 4 – Secção A-A’

3.2. ResultadosO procedimento de cálculo e os resultados são válidos ape-nas para as condições prescritas para o cenário identificado e em conformidade com as Figuras 3 e 4.

Todos os cálculos são necessariamente e obrigatoriamente revistos no caso da geometria ser diferente da indicada:

• Apenas uma pessoa age como ação acidental no sistema.

• Uma deformação inicial mínima (f) de 250mm está presente no ponto de aplicação da carga P.

• A distância (L) entre pontos de ancoragem é inferior a 8 metros.

• A distância (H) entre o topo das colunas de be-tão e o topo da fixação do sistema nas barras de varão de aço não pode ser superior a 0,75m.

• A distância (a) entre os varões de aço Ø25 não pode ser inferior a 0.20m.

ANEXODIMENSIONAMENT DETALHADO DE ACORDO COM EN 1993-1-1.

O exercício e estudo completo (versão em inglês) está disponível aqui.

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COMO INFLUENCIAR PESSOAS*Técnicas fundamentais para lidar com pessoas (PARTE 1)

G E S TÃO

Pedro Vilaça

Departamento Produção,

Portugal

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Dale Carnegie é famoso por ter desenvolvido diversos cursos de interação humana, tais como autoaperfeiçoamento, vendedor, treino corporativo, falar em público, e habilidades interpessoais.

*Artigos adaptados do livro “Como fazer amigos e influenciar pessoas” da autoria de Dale Carnegie

Uma das ideias centrais em seus livros é que é possível mudar o comporta-mento das outras pessoas mudando seu comportamento em relação a eles.

Todos nós lidamos com pessoas todos os dias, quer seja com familiares, co-legas, fornecedores ou clientes, nessa interação existe sempre diversos pon-tos que concordamos mas existe ou-

tros que discordamos, é nestes pontos que temos de convencer o nosso rece-tor que o ponto de vista dele pode não ser o mais correto, mas como o fazer sem que surja sentimentos de repulsa?

O autor efetuou uma pesquisa durante anos, recolhendo depoimentos de diver-sas pessoas de forma a tentar obter um veio condutor entre todas essas pessoas.

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G E S TÃO

Eis algumas aspetos que todos nós devemos ter em consideração quando pretendemos melhorar o nosso rela-cionamento com todas as pessoas que nos rodeiam tanto ao nível familiar e profissionalmente.

No próximo mês, a edição d’ O Engenho vai divulgar a 2ª parte deste artigo dedicada às Seis maneiras de fazer com que as pessoas gostem de si.

Não Critique. Não condene. Não se queixe.Ao longo dos anos foram-se desenvol-vendo estudos sobre o comportamen-to humano. Estes estudos concluíram que que a maioria das pessoas é in-capaz efetuar qualquer crítica sobre si mesmo, por mais que estejam erradas. Na sua análise intrínseca consideram que as suas atitudes foram realizadas com a maior das boas intenções em prol do seu semelhante.

Se efetuarmos uma crítica sobre uma pessoa, esta será completamente fú-til, uma vez que esta colocar-se-á na defensiva, debatendo-se para justificar os seus atos.

A crítica é perigosa, porque fere o orgu-lho precioso das pessoas, atinge a sua autoestima e desperta ressentimento.

Como se costuma dizer “Se queres co-lher mel não dês pontapés na colmeia”, ou seja, temos de abordar as questões de forma construtiva, para que não se fira sentimentos, só desta forma pode-mos obter resultados positivos, impe-dindo reações negativas que impeçam uma boa negociação atingindo, deste modo, os nossos objetivos.

TÉCNICAS FUNDAMENTAIS PARA LIDAR COM PESSOAS

Mostre um apreço honesto e sinceroEstes adjetivos são o grande segredo para lidar com pessoas.

Se pretendermos obter algo de alguém, devemos dar-lhe aquilo que deseja.

Todos nós temos necessidades, dese-jos que pretendemos obter, suprimir ao longo das nossas vidas, e conforme se vai conquistando umas, outras vão aparecendo.

As pessoas desejam:Saúde e preservação da sua vida; Alimentos; Descanso; Dinheiro e aquilo que o dinheiro pode comprar; Vida no além;Gratificação sexual; Bem-estar dos filhos e familiares; Sensação de importância.

Alguns de nós temos mais tendência para umas carências e outros de nós para outras, mas uma é transversal a todos: A Sensação de Importância. Quando estivermos a conviver, nego-ciar com alguém permita a que esses interlocutores sejam o foco das aten-ções, devemos ser genuínos na sua aprovação e generosos nos elogios, e as pessoas gostarão das palavras, acarinhando-as ao longo de toda vida, repetindo-as anos depois.

Mas temos que ter atenção para que esta atitude não se confunda com adu-lação, uma vez que esta é antítese do apreço. Uma vem do coração, a outra é da boca para fora. Uma é universal-mente admirada a outra é condenada.

Desperte na outra pessoa uma necessidade permanenteQualquer um nós já foi abordado por centenas de vendedores que tentam vender os seus produtos, e são auto-maticamente repelidos, porque não desejamos comprar os seus artigos. Esta ação/reação deve-se ao fato dos ven-dedores pensarem naquilo que desejam.

No entanto, se o produto for apre-sentado adequadamente, somos nós consumidores que vamos atrás do produto (que há pouco tempo não pretendíamos comprar).

Existirá eternamente a necessidade de comprar e vender os produtos e servi-ços existentes à nossa disponibilidade, no entanto, o marketing optou por agir de forma diferente sobre o consumidor em vez de tentar vender, fez despertar a necessidade de o consumidor comprar o produto. Ou seja, para o pensamen-to do consumidor ninguém lhe tentou vender nada, mas o ato da compra foi inteiramente do seu livre arbítrio.

Este conceito da psicologia pode ser transportado para qualquer unidade de negócio, bem como a negociação entre partes. Quando temos uma ideia brilhante, em vez de afirmar que é nossa, porque não deixamos os outros cozinhá-la e apurar a ideia sozinhos? Pensarão então que a ideia foi deles, gostarão dela e irão defendê-la como sendo verdadeira.

“Quem o conseguir fazer terá o mundo inteiro consigo, Quem não o conseguir percorrerá um caminho solitário”.

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D I R E I TO A FA L A R

Filipa TeixeiraDepartamento Jurídico

OBRIGAÇÃO DE INFORMAÇÃO SOBRE ENTIDADES DE RESOLUÇÃO ALTERNATIVA DE LITÍGIOS Lei 144/2015, de 08.09

Esta informação destina-se às em-presas fornecedores e/ou prestadores de bens e serviços aos consumido-res, como a Socimorcasal, Turicasais, Cura Aquae e/ou Opertec e à ne-cessidade de mencionar os Centros de Resolução Alternativa de Litígios (RAL) nos contratos e estabelecimen-tos abertos ao público.

O incumprimento desta obrigação pode gerar aplicação de coimas.

A Lei 144/2015 de 08.09 que transpôs a Diretiva 2013/11UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21.05.2013, veio estabelecer o enquadramento ju-rídico dos mecanismos de resolução extrajudicial de litígios de consumo.

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D I R E I TO A FA L A R

A resolução alternativa de litígios de consumo (RAL) abran-ge a mediação, a conciliação e a arbitragem. Entidades in-dependentes, com pessoal especializado e de modo im-parcial, ajudam o consumidor e a empresa a chegar a uma solução amigável por via da mediação ou da conciliação. Caso esse acordo não seja alcançado pode ainda recorrer-se ao tribunal arbitral, através de um processo simples e rápido.

01 Atualmente existem 10 centros de arbitragem de con-flitos de consumo a funcionar em Portugal, 7 de compe-tência genérica e de âmbito regional, 1 de âmbito nacional (supletivo) e dois de competência específica, como segue:

• Lisboa – Competência genérica e âmbito regional;• Porto – Competência genérica e âmbito regional;• Coimbra – Competência genérica e âmbito regional;• Guimarães – Competência genérica e âmbito regional;• Braga/Viana – Competência genérica e âmbito regional;• Algarve – Competência genérica e âmbito regional;• Madeira – Competência genérica e âmbito regional;• CNIACC – Âmbito nacional (supletivo);• Sector automóvel – Competência específica;• Setor seguros – Competência específica.

02 - Deveres das empresasTodos os fornecedores de bens e prestadores de serviços estão obrigados a informar os consumidores sobre as enti-dades RAL disponíveis, às quais aderiram voluntariamente ou a que estão vinculadas por força da Lei.

As informações devem ser prestadas de forma clara, com-preensível e adequada ao tipo de bens ou serviços que são vendidos ou prestados e serem facilmente acessíveis ou visíveis pelo consumidor nomeadamente:

a) No sítio eletrónico dos fornecedores de bens ou presta-dores de serviços, caso exista;b) Nos contratos de compra e venda ou de prestação de serviços quando celebrados por escrito ou constituam contratos de adesão;c) Não existindo contrato escrito a informação deve ser prestada em outro suporte duradouro, nomeadamente através de letreiro afixado no estabelecimento ou, p.e. na própria fatura que é entregue ao consumidor.

03 A Lei não prevê nenhum modelo de afixo ou informa-ção a prestar ao consumidor; Não obstante, a Direção Geral do Consumidor sugere os seguintes tipos de informação:

3.1. Para as empresas já aderentes a um ou mais centros de arbitragem de conflitos de consumo:

“Empresa aderente ao Centro de Arbitragem_________________, com os seguintes contactos: ___________;Em caso de litígio o consumidor pode recorrer a esta entidade de resolução de litígios.

Mais informações em Portal do Consumidor: www.consumidor.pt”

Alerta-se no entanto para o facto de, geralmente, aquando da adesão, os Centros de Arbitragem fornecerem dísticos próprios contendo as sobreditas informações.

3.2. Para as empresas não aderentes:

“Em caso de litígio o consumidor pode recorrer a uma entidade de resolução alternativa de litígios de consumo: - Nome da entidade existente: ___________________________;- Contacto: __________________________________________;

Mais informações em Portal do Consumidor: www.consumidor.pt”.

04 - Alertamos ainda para o seguinteUma empresa que tem apenas estabelecimento ou esta-belecimentos comerciais em determinado concelho deve-rá apenas indicar a entidade RAL que tem competência para dirimir conflitos de consumo nesse concelho;Uma empresa que tem vários estabelecimentos em vários concelhos deverá indicar todas as entidades competentes com referência às respetivas áreas territoriais;

As oficinas reparadoras de veículos automóveis, conside-rando a existência de centro de arbitragem com compe-tência específica, deverão indicar essa entidade;

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D I R E I TO A FA L A R

As empresas seguradoras, considerando a existência de centro de arbitragem com competência específica, deverão indicar essa entidade;

As agências de viagens, considerando a existência de cen-tro de arbitragem com competência específica, deverão indicar essa entidade;

A partir do dia 23 de Março de 2016 todos os fornecedores e prestadores de serviços devem ter as informações dispo-níveis ao consumidor;

A fiscalização do cumprimento das normas legais referidas cabe à ASAE e às entidades reguladoras setoriais nos res-petivos domínios;

ATENÇÃO: a informação dos consumidores sobre as en-tidades RAL disponíveis não dispensa os fornecedores de bens e prestadores de serviços de facultarem aos consu-midores o Livro de Reclamações, obrigatório nos termos do Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de setembro.