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esponjas-do-mar ouriços-do-mar animais onde vivem / como são Flutuando na água ou encalhadas na praia, geralmente em grupos, em certas épocas do ano. Têm o corpo gelatinoso, de cor roxo- azulada, com uma parte semelhante a uma bexiga, que é visível acima da linha da água. São gelatinosas, com aspecto de guarda- chuva ou prato. Possuem tentáculos urti- cantes. Nadam na água, geralmente em grupo. A maioria é pequena e inofensiva. Raramente são visíveis quando no mar. São peixes muito comuns em águas rasas, em fundos arenosos ou iodosos. Possuem dois pares de barbilhões ao redor da boca e 3 espinhos serrilhados nas nadadeiras dorsal e peitorais. São peixes achatados, com nadadeiras largas e uma cauda comprida. Ficam enterrados em fundos arenosos ou iodosos. Costumam se aproximar da praia no verão. De cores vivas e tamanhos variados, são comuns em nossa costa, quase sempre fixas em rochas. São animais de corpomais ou menos esférico. Possuem espinhos abundantes, rígidos e quebradiços. São comuns sobre rochas, entre pedras ou em fundo arenoso, geral- mente formando grandes aglomerados. Embora pareçam cobras e tenham cara de bravas, são peixes pacíficos. Vivem em águas rasas, em tocas e frestas nas rochas. Vivem em águas rasas, em fundos rochosos. Movimentam-se pouco e se camuflam, fi- cando parecidos com o local onde se encon- tram. Os pescadores estão mais expostos a acidentes. São moluscos muito ativos e inteligentes. Vivem em tocas entre as rochas e pedras. Possuem tentáculos com ventosas e um bico associado a glândulas salivares que contêm veneno. riscos Os longos (até mais de 30 metros) e finos tentáculos são muito urticantes. Ao tocarem a vítima, aderem-se à pele provocando sérias lesões. Assim como as caravelas, os seus tentáculos possuem pequenas estruturas, semelhantes a agulhas hipodérmicas, repletas de toxinas. Ao tocarem a vítima, essas substâncias são injetadas na pele. A maioria dos acidentes ocorre em banhistas que pisam bagres pescados e devolvidos ao mar. Pescadores também se acidentam. Algumas espécies possuem um ou mais fer- rões na base da cauda, que podem ser intro- duzidos na vítima se ela se aproximar muito ou pisá-las. Possuem espículas – minúsculas estruturas semelhantes a agulhas –, que facilmente penetram na pele quando manuseadas. Há também a presença de substâncias irritantes na superfície de muitas esponjas. Os espinhos podem penetrar na vítima quando os animais são pisados ou esbar- rados. Contêm substâncias irritantes. Têm visão ruim e podem confundir nossos dedos com comida e morder fortemente. O mesmo pode ocorrer quando se sentem ameaçadas. Possuem espinhos nas nadadeiras com glândulas de veneno. Ao serem tocados podem causar ferimentos dolorosos. São pacatos. Todavia, exemplares grandes podem, muito raramente, envolver um mer- gulhador que os incomode, provocando até afogamento. São raros os casos de bicada. sintomas Irritação forte, dor intensa. Nos casos mais graves, provocam câimbras, náuseas, vômi- tos, desmaios, convulsões, arritmais cardía- cas e problemas respiratórios. Formam-se linhas vermelhas na pele da vítima. Desde dermatites discretas até lesões inten- samente dolorosas e necrose da pele. Em geral, causam os mesmos problemas provo- cados por caravelas, deixando também vergões na pele Dor forte por cerca de 6 horas. Pode haver necrose da pele. Raramente causa mal estar, febre, vômitos etc. Dor intensa e prolongada. Pode causar vômi- tos, febre e complicações cardíacas e pulmo- nares. A pele do local atingido pode vir a necrosar. Irritação na pele, vermelhidão, inchaço, co- ceira e dor, que podem durar de algumas horas a dias. Dor intensa, quando o espinho penetra fun- do (geralmente no pé). Algumas espécies são venenosas. Pode haver vermelhidão, inchaço e infecções secundárias. Os dentes são afiados. Quando morde, ten- de a não soltar facilmente. Pode dilacerar os tecidos da vítima, causando forte infecção. Apresentam veneno no céu da boca, o que aumenta muito a dor da mordida. É o acidente mais grave causado por peixe. Além da dor intensa e prolongada (até 24 horas), pode haver vômitos, palpitações, falta de ar etc. A pele do local atingido pode vir a necrosar. A bicada pode causar dor, formigamento e inchaço que, posteriormente, irradiam- se para uma área maior. como evitar Não nade quando caravelas e águas-vivas estiverem por perto. Se souber que houve acidentes nas proximidades, fique alerta e não entre na água. Os cuidados devem ser redobrados com relação às crianças, que são, particularmente, mais sensíveis do que os adultos. Cuidado ao caminhar na praia, especialmen- te na linha da maré, para não pisar em um bagre morto. Evite manuseá-los em pescarias. Durante mergulhos, não se aproxime dema- siadamente do animal. Cuidado ao esvaziar redes de arrastão. Não manuseie diretamente o animal. Cuidado ao caminhar em costões rochosos, principalmente sobre pedras úmidas, que são muito escorregadias. Utilize um calçado firme e forte. Ao mergulhar no mar agitado, evite locais com ouriços-do-mar. Não coloque as mãos desprotegidas em tro- cas. Quando capturadas, evite manuseá-las, pois nessa situação tornam-se mais agressivas. Observe com atenção o fundo do mar antes de pisar ou tocar qualquer coisa nas pedras. Evite manipular o animal os espinhos po- dem inocular o veneno mesmo quando o animal está morto. Não coloque a mão em tocas. Não se apro- xime de exemplares grandes. Se ficar preso por um polvo, mantenha a calma e aperte a cabeça do animal, o que fará com que ele solte os tentáculos. tratamentos 1. Remova os tentáculos com luvas, pinças ou a lâmina de uma faca. Não esfregue a região do ferimento; 2. Aplique compressas de água do mar gela- da ou bolsas de gelo; 3. Utilize compressas de vinagre para desa- tivar o veneno. Não use álcool ou urina. Não lave com água doce; 4. Procure auxílio médico. Mergulhe o ferimento em água quente por 30-90 minutos. Procure imediatamente um médico. Mergulhe o ferimento em água quente por 30-90 minutos. Procure imediatamente um médico. Espere os sintomas desaparecerem. Em casos de reação alérgica mais grave, procure um médico. Procure auxílio de profissionais de saúde – a correta assepsia ajuda a evitar infecções secundárias. Para aliviar a dor, faça banhos de água quente. Lave a ferida com água e sabão. Comprima a região de sangramento com uma compressa e faça banhos de água quente no local por 30-90 minutos. Não use torniquete. Procure auxílio médico. Mergulhe o ferimento em água quente por 30-90 minutos. Procure imediatamente um médico. O ferimento decorrente de uma bicada não é grave. Lave a região com água e sabão. Em casos mais graves, procure um médico. Caso haja dor intensa, mergulhe o local em água quente por 30-90 minutos. Acidentes com Animais Marinhos Conhecer os animais marinhos que vivem no nosso litoral é essencial para evitar acidentes e aliviar preocupações e medos desnecessários. Lembre-se que um animal pode se tornar ‘‘perigoso’’ para nós apenas quando invadimos seu território, chegamos muito perto dele ou os manuseamos sem os devidos cuidados. A primeira regra é não tocá-los, lembrando que mesmo aqueles que se encontram aparentemente inertes na praia podem manter venenos ativos depois de mortos, como é o caso das águas-vivas e peixes. Alguns peixes, ostras e mariscos possuem venenos em sua carne. Não compre ou coma frutos do mar de procedência duvidosa. Veja abaixo algumas dicas de prevenção e primeiros cuidados. Se houver algum acidente, mantenha a calma e siga as instruções a seguir. Evite tratamentos caseiros, que, no geral, mascaram os sintomas e agravam a situação. Prevenção e Primeiros Cuidados polvos mangangás ou peixes-escorpião moréias caravelas ou águas-vivas bagres raias ou arraias bexiguinhas www.dermato.fmb.unesp.br www.usp.br/cbm www.terraemar.org Centro de Controle de Envenenamento - CCE SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA AMBIENTAL DIVISÃO DE ZOONOSES E INTOXICAÇÃO www.saude.pr.gov.br Adaptado, com permissão de Alvaro Esteves Migotto (CEBIMar/USP), Vidal Haddad Junior (Unesp), Shirley Pacheco de Souza (Instituto Terra & Mar) - Novembro de 2004. Fotos: Alvaro Migotto e Vidal Haddad Junior. 0800 410148

Acidentes com Animais Marinhos - saude.pr.gov.br · cando parecidos com o local onde se encon- ... Observe com atenção o fundo do mar antes de pisar ou tocar qualquer coisa nas

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esponjas-do-mar

ouriços-do-mar

animais onde vivem / como são

Flutuando na água ou encalhadas na praia,geralmente em grupos, em certas épocas doano. Têm o corpo gelatinoso, de cor roxo-azulada, com uma parte semelhante a umabexiga, que é visível acima da linha da água.

São gelatinosas, com aspecto de guarda-chuva ou prato. Possuem tentáculos urti-cantes. Nadam na água, geralmente emgrupo. A maioria é pequena e inofensiva.Raramente são visíveis quando no mar.

São peixes muito comuns em águas rasas,em fundos arenosos ou iodosos. Possuemdois pares de barbilhões ao redor da bocae 3 espinhos serrilhados nas nadadeirasdorsal e peitorais.

São peixes achatados, com nadadeiras largase uma cauda comprida. Ficam enterrados emfundos arenosos ou iodosos. Costumam seaproximar da praia no verão.

De cores vivas e tamanhos variados, sãocomuns em nossa costa, quase semprefixas em rochas.

São animais de corpomais ou menos esférico.Possuem espinhos abundantes, rígidos equebradiços. São comuns sobre rochas,entre pedras ou em fundo arenoso, geral-mente formando grandes aglomerados.

Embora pareçam cobras e tenham cara debravas, são peixes pacíficos. Vivem emáguas rasas, em tocas e frestas nas rochas.

Vivem em águas rasas, em fundos rochosos.Movimentam-se pouco e se camuflam, fi-cando parecidos com o local onde se encon-tram. Os pescadores estão mais expostosa acidentes.

São moluscos muito ativos e inteligentes. Vivem em tocas entre as rochas e pedras.Possuem tentáculos com ventosas e umbico associado a glândulas salivares quecontêm veneno.

riscos

Os longos (até mais de 30 metros) e finostentáculos são muito urticantes. Ao tocarema vítima, aderem-se à pele provocando sériaslesões.

Assim como as caravelas, os seus tentáculospossuem pequenas estruturas, semelhantesa agulhas hipodérmicas, repletas de toxinas.Ao tocarem a vítima, essas substâncias sãoinjetadas na pele.

A maioria dos acidentes ocorre em banhistasque pisam bagres pescados e devolvidos aomar. Pescadores também se acidentam.

Algumas espécies possuem um ou mais fer-rões na base da cauda, que podem ser intro-duzidos na vítima se ela se aproximar muitoou pisá-las.

Possuem espículas – minúsculas estruturassemelhantes a agulhas –, que facilmentepenetram na pele quando manuseadas.Há também a presença de substânciasirritantes na superfície de muitas esponjas.

Os espinhos podem penetrar na vítimaquando os animais são pisados ou esbar-rados. Contêm substâncias irritantes.

Têm visão ruim e podem confundir nossosdedos com comida e morder fortemente.O mesmo pode ocorrer quando se sentemameaçadas.

Possuem espinhos nas nadadeiras comglândulas de veneno. Ao serem tocadospodem causar ferimentos dolorosos.

São pacatos. Todavia, exemplares grandespodem, muito raramente, envolver um mer-gulhador que os incomode, provocando atéafogamento. São raros os casos de bicada.

sintomas

Irritação forte, dor intensa. Nos casos maisgraves, provocam câimbras, náuseas, vômi-tos, desmaios, convulsões, arritmais cardía-cas e problemas respiratórios. Formam-selinhas vermelhas na pele da vítima.

Desde dermatites discretas até lesões inten-samente dolorosas e necrose da pele. Emgeral, causam os mesmos problemas provo-cados por caravelas, deixando tambémvergões na pele

Dor forte por cerca de 6 horas. Pode havernecrose da pele. Raramente causa mal estar,febre, vômitos etc.

Dor intensa e prolongada. Pode causar vômi-tos, febre e complicações cardíacas e pulmo-nares. A pele do local atingido pode vir anecrosar.

Irritação na pele, vermelhidão, inchaço, co-ceira e dor, que podem durar de algumashoras a dias.

Dor intensa, quando o espinho penetra fun-do (geralmente no pé). Algumas espécies sãovenenosas. Pode haver vermelhidão, inchaçoe infecções secundárias.

Os dentes são afiados. Quando morde, ten-de a não soltar facilmente. Pode dilacerar ostecidos da vítima, causando forte infecção.Apresentam veneno no céu da boca, o queaumenta muito a dor da mordida.

É o acidente mais grave causado por peixe.Além da dor intensa e prolongada (até 24horas), pode haver vômitos, palpitações,falta de ar etc. A pele do local atingido podevir a necrosar.

A bicada pode causar dor, formigamentoe inchaço que, posteriormente, irradiam-se para uma área maior.

como evitar

Não nade quando caravelas e águas-vivasestiverem por perto. Se souber que houveacidentes nas proximidades, fique alerta enão entre na água. Os cuidados devem serredobrados com relação às crianças, quesão, particularmente, mais sensíveis doque os adultos.

Cuidado ao caminhar na praia, especialmen-te na linha da maré, para não pisar em umbagre morto. Evite manuseá-los empescarias.

Durante mergulhos, não se aproxime dema-siadamente do animal. Cuidado ao esvaziarredes de arrastão.

Não manuseie diretamente o animal.

Cuidado ao caminhar em costões rochosos,principalmente sobre pedras úmidas, quesão muito escorregadias. Utilize um calçadofirme e forte. Ao mergulhar no mar agitado,evite locais com ouriços-do-mar.

Não coloque as mãos desprotegidas em tro-cas. Quando capturadas, evite manuseá-las,pois nessa situação tornam-se maisagressivas.

Observe com atenção o fundo do mar antesde pisar ou tocar qualquer coisa nas pedras.Evite manipular o animal os espinhos po-dem inocular o veneno mesmo quando oanimal está morto.

Não coloque a mão em tocas. Não se apro-xime de exemplares grandes. Se ficar presopor um polvo, mantenha a calma e apertea cabeça do animal, o que fará com que elesolte os tentáculos.

tratamentos

1. Remova os tentáculos com luvas, pinçasou a lâmina de uma faca. Não esfregue aregião do ferimento;2. Aplique compressas de água do mar gela-da ou bolsas de gelo;3. Utilize compressas de vinagre para desa-tivar o veneno. Não use álcool ou urina. Não lave com água doce;4. Procure auxílio médico.

Mergulhe o ferimento em água quente por30-90 minutos. Procure imediatamente ummédico.

Mergulhe o ferimento em água quente por30-90 minutos. Procure imediatamente ummédico.

Espere os sintomas desaparecerem. Emcasos de reação alérgica mais grave,procure um médico.

Procure auxílio de profissionais de saúde –a correta assepsia ajuda a evitar infecçõessecundárias. Para aliviar a dor, faça banhosde água quente.

Lave a ferida com água e sabão. Comprima aregião de sangramento com uma compressae faça banhos de água quente no local por30-90 minutos. Não use torniquete. Procureauxílio médico.

Mergulhe o ferimento em água quente por30-90 minutos. Procure imediatamenteum médico.

O ferimento decorrente de uma bicada nãoé grave. Lave a região com água e sabão.Em casos mais graves, procure um médico.Caso haja dor intensa, mergulhe o localem água quente por 30-90 minutos.

Acidentes com Animais MarinhosConhecer os animais marinhosque vivem no nosso litoral éessencial para evitar acidentese aliviar preocupações e medosdesnecessários.

Lembre-se que um animal podese tornar ‘‘perigoso’’ para nósapenas quando invadimos seuterritório, chegamos muitoperto dele ou os manuseamos sem os devidos cuidados.

A primeira regra é não tocá-los,lembrando que mesmo aquelesque se encontram aparentementeinertes na praia podem mantervenenos ativos depois de mortos,como é o caso das águas-vivase peixes.

Alguns peixes, ostras e mariscospossuem venenos em sua carne.Não compre ou coma frutos domar de procedência duvidosa.

Veja abaixo algumas dicas de prevenção e primeiros cuidados. Se houver algum acidente, mantenha a calma e siga as instruções a seguir. Evite tratamentos caseiros, que, no geral, mascaram os sintomas e agravam a situação.

Prevenção e Primeiros Cuidados

polvos

mangangás oupeixes-escorpião

moréias

caravelas ou

águas-vivas

bagres

raias ou arraias

bexiguinhas

www.dermato.fmb.unesp.br

www.usp.br/cbm www.terraemar.org

Centro de Controle de Envenenamento - CCE

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁSUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDEDEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA AMBIENTAL DIVISÃO DE ZOONOSES E INTOXICAÇÃOwww.saude.pr.gov.br

Adaptado, com permissão de Alvaro Esteves Migotto (CEBIMar/USP), Vidal Haddad Junior (Unesp), Shirley Pacheco de Souza (Instituto Terra & Mar) - Novembro de 2004. Fotos: Alvaro Migotto e Vidal Haddad Junior.

0800 410148