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• Auto-Avaliação Escrita Pré-Curso (Somente para PC)
• Materiais Complementares em SAVC
• Principais Medicamentos em SAVC
© 2006 Edição original em inglês: American Heart Association © 2008 Edição em português: American Heart Association
American Heart Association
Suporte Avançado de Vida em Cardiologia
Auto-Avaliação Escrita Pré-Curso
Junho de 2008
© 2006 American Heart Association – Edição original em inglês© 2008 American Heart Association – Edição em português
Auto-Avaliação Escrita Pré-Curso de SAVC 2© 2006 American Heart Association – Edição original em inglês© 2008 American Heart Association – Edição em português
Auto-Avaliação Escrita Pré-Curso de SAVC 2006
1. Dez minutos após uma mulher de 85 anos sofrer um colapso, os paramédicos chegam einiciam a RCP pela primeira vez. O monitor revela a presença de FV fina (baixa amplitude).Qual das seguintes ações deve ser feita a seguir?
a. Realizar pelo menos 5 minutos de RCP vigorosa antes de tentar a desfibrilaçãob. Introduzir um tubo endotraqueal, administrar 2 a 2,5 mg de epinefrina em 10 ml de SSN através
do tubo e depois desfibrilarc. Aplicar até 3 golpes precordiais enquanto observa a resposta do paciente no monitord. Aplicar cerca de 2 minutos - ou 5 ciclos de RCP - e aplicar um choque monofásico de 360 J ou
de corrente bifásica equivalente
2. Um paciente em parada cardíaca chega ao PS com AESP com 30 batimentos por minuto. ARCP continua a ser feita, o posicionamento correto do tubo é confirmado e o acesso IV éestabelecido. Qual das seguintes medicações é a mais adequada para ser administrada aseguir?
a. Cloreto de cálcio 5 ml em solução a 10% por via IVb. Epinefrina 1 mg IVc. Cardioversão sincronizada a 200 Jd. Bicarbonato de sódio 1 mEq/kg IV
3. Qual das seguintes ações ajuda a aplicar uma corrente máxima durante a desfibrilação?
a. Colocar compressas com álcool entre as pás do desfibrilador e a peleb. Reduzir a pressão usada para comprimir as pás do desfibriladorc. Aplicar pasta condutora às pás do desfibriladord. Diminuir a carga do choque após o 2º choque
4. Qual das seguintes ações NÃO é realizada quando você “se afasta” de um pacienteimediatamente antes da descarga do desfibrilador?
a. Checar a pessoa que está manejando a via aérea: o corpo não está em contato com a bolsa-valva-máscara ou com o tubo endotraqueal, o oxigênio não está fluindo sobre o tórax
b. Checar a si próprio: as mãos posicionadas corretamente sobre as pás do desfibrilador, o corponão está em contato com o paciente ou com a maca
c. Checar as derivações do monitor: derivações desconectadas para evitar que o choque danifiqueo monitor
d. Checar os outros: ninguém está em contato com o paciente, com a maca ou com oequipamento conectado ao paciente
Auto-Avaliação Escrita Pré-Curso de SAVC 3© 2006 American Heart Association – Edição original em inglês© 2008 American Heart Association – Edição em português
5. Uma mulher com uma história de TSVP de complexo estreito chega ao PS. Ela está alerta eorientada, mas pálida. A FR é 165 bpm e o ECG registra TSV. A PA é 105/70 mmHg. Oxigêniosuplementar é fornecido e o acesso IV já foi estabelecido. Qual das seguintes combinaçõesde doses de medicamentos é a mais adequada para o tratamento inicial?
a. Adenosina 6 mg em infusão contínua e rápida IVb. Epinefrina 1 mg IV contínuac. Cardioversão sincronizada com 25 a 50 Jd. Atropina 1 mg em infusão contínua IV
6. Qual dos seguintes fatos sobre a identificação de uma FV é verdadeiro?
a. Um pulso periférico fraco e irregular indica FVb. Uma queda repentina na pressão arterial indica FVc. Sinais de artefato mostrados no monitor podem se assemelhar à FVd. Mudar a amplitude do sinal (“ganho”) para zero pode intensificar o sinal de FV
7. Uma tentativa de intubação endotraqueal foi feita em um paciente em parada respiratória.Durante a ventilação com bolsa-valva-máscara, você ouve sons de gargarejo no estômagosobre o epigástrio, mas não ouve sons de respiração e a saturação de oxigênio (pelaoximetria de pulso) permanece muito baixa. Qual das seguintes é a explicação mais provávelpara esses achados?
a. Intubação do esôfagob. Intubação do brônquio fonte esquerdoc. Intubação do brônquio fonte direitod. Pneumotórax hipertensivo bilateral
8. Qual dessas afirmações sobre a administração IV de medicações durante a tentativa deressuscitação é verdadeira?
a. Administre epinefrina pela via intracardíaca, se não obtiver acesso IV em 3 minutosb. Após aplicar medicações IV através de veias periféricas, infunda um bolus de fluidoc. Após aplicar medicações IV através de veias centrais, não infunda um bolus de fluidod. Faça a infusão de solução salina normal misturada com bicarbonato de sódio (100 mEq/l)
durante a RCP contínua
9. Um homem de 60 anos (peso corporal = 50 kg) com FV recorrente apresentou conversão deFV para um ritmo de complexo largo sem perfusão, após a administração de epinefrina 1mgIV e um 3º choque. Qual dos seguintes esquemas farmacológicos é o mais adequado paraser administrado a seguir?
a. Amiodarona 300 mg em infusão contínua IVb. Lidocaína 150 mg em infusão contínua IVc. Magnésio 3 g em infusão contínua IV, diluído em 10 ml de solução glicosada a 5%d. Procainamida 20 mg/min, até uma dose máxima de 17 mg/kg
Auto-Avaliação Escrita Pré-Curso de SAVC 4© 2006 American Heart Association – Edição original em inglês© 2008 American Heart Association – Edição em português
10. Durante o tratamento de um paciente com parada cardíaca com FV persistente após 2choques, você considera o uso de vasopressina. Qual das seguintes diretrizes para o uso devasopressina é verdadeira?
a. Administrar vasopressina 40 U a cada 3 a 5 minutosb. Administrar vasopressina para uma melhor vasoconstrição e estimulação -adrenérgica do que
a fornecida pela epinefrinac. Administrar vasopressina como alternativa para uma primeira ou segunda dose de epinefrina na
FV refratária ao choqued. Administrar vasopressina como um agente vasopressor de primeira linha para o choque clínico
causado por hipovolemia
11. Qual das seguintes causas de AESP é a mais provável de responder ao tratamento imediato?
a. Embolia pulmonar maciçab. Hipovolemiac. Infarto agudo maciço de miocárdiod. Ruptura miocárdica
12. Qual das seguintes combinações de doses de medicamentos é recomendada comomedicação inicial a ser administrada a um paciente em assistolia?
a. Epinefrina 3 mg IVb. Atropina 3 mg IVc. Epinefrina 1 mg IVd. Atropina 0,5 mg IV
13. Um paciente com freqüência cardíaca de 40 bpm se queixa de dor torácica e está confuso.Após a administração de oxigênio, qual é o primeiro medicamento que você deve lheadministrar enquanto espera trazerem um marca-passo para a sala?
a. Atropina 0,5 mgb. Epinefrina 1 mg IV contínuac. Infusão de isoproterenol 2 a 10 μg/mind. Adenosina 6 mg em infusão contínua e rápida IV
14. Qual das seguintes afirmações descreve corretamente as ventilações que devem seraplicadas após a inserção do tubo endotraqueal, insuflação do balão e verificação doposicionamento do tubo?
a. Aplicar 8 a 10 ventilações por minuto sem pausas para compressões torácicasb. Aplicar ventilações o mais rápido possível desde que haja elevação visível do tórax a cada
ventilação.c. Aplicar ventilações com um volume corrente de 3 a 5 ml/kgd. Aplicar ventilações usando ar ambiente até descartar a presença de DPOC
Auto-Avaliação Escrita Pré-Curso de SAVC 5© 2006 American Heart Association – Edição original em inglês© 2008 American Heart Association – Edição em português
15. Um paciente no PS relata 30 minutos de dor torácica subesternal grave, com sensação deaperto no tórax. A PA é 110/70 mmHg, a FC é 58 bpm e o monitor revela bradicardia sinusalregular. O paciente recebeu 325 mg de ácido acetilsalicílico VO, oxigênio 4 l/min por cânulanasal e 3 comprimidos de nitroglicerina sublinguais a intervalos de 5 minutos, mas continuacom dor intensa. Qual dos seguintes agentes deve ser administrado a seguir?
a. Atropina 0,5 a 1 mg IVb. Furosemida 20 a 40 mg IVc. Lidocaína 1 a 1,5 mg/kgd. Sulfato de morfina 2 a 4 mg IV
16. Qual dos seguintes agentes é utilizado freqüentemente no tratamento precoce da isquemiacardíaca aguda?
a. Lidocaína em bolus seguida de uma infusão contínua de lidocaínab. Ácido acetilsalicílico mastigável, nitroglicerina sublingual e morfina IVc. Amiodarona em bolus seguida de uma dose de IECA por via orald. Bloqueador dos canais de cálcio mais furosemida IV
17. Um homem de 50 anos, que está muito sudoréico e hipertenso, queixa-se de dor torácicasubesternal, com sensação de aperto no tórax e respiração curta grave. Ele tem uma históriade hipertensão. Ele mastigou 2 comprimidos de aspirina infantil em casa e agora estárecebendo oxigênio. Qual das seguintes sequências terapêuticas é a mais adequada nestemomento?
a. Morfina seguida de nitroglicerina, mas somente se a morfina não aliviar a dorb. Nitroglicerina seguida de morfina, mas somente se a elevação do segmento ST for > 3 mmc. Nitroglicerina seguida de morfina, mas somente se a nitroglicerina não aliviar a dord. Somente nitroglicerina, pois a hipertensão crônica contra-indica o uso de morfina
18. Um homem de 50 anos tem uma elevação de 3 mm do segmento ST nas derivações V2 a V4. Ador torácica intensa continua, apesar da administração de oxigênio, ácido acetilsalicílico,nitroglicerina SL 3 e morfina 4 mg IV. A PA é 170/110 mmHg; a FC é 120 bpm. Qual dasseguintes combinações terapêuticas é a mais adequada para esse paciente nesse momento(considere que não há contra-indicações para qualquer medicação)?
a. Bloqueador dos canais de cálcio IV + heparina em bolus IVb. IECA IV + infusão de lidocaínac. Sulfato de magnésio IV + enoxaparina (Lovenox) SCd. Fibrinolítico + heparina em bolus IV
19. Uma mulher de 70 anos queixa-se de cefaléia moderada e dificuldade para caminhar. Ela temum desvio da rima bucal, fala pastosa e dificuldade para levantar o braço direito. Ela toma“várias medicações” para pressão arterial alta. Qual das seguintes ações é a mais adequadanesse momento?
a. Acionar o sistema de atendimento de emergência; dizer ao médico regulador que você precisade ajuda para uma mulher que está apresentando sinais e sintomas de hemorragiasubaracnóidea aguda
b. Acionar o sistema de atendimento de emergência; dizer ao médico regulador que você precisade ajuda para uma mulher que está apresentando sinais e sintomas de um AVC
c. Acionar o sistema de atendimento de emergência; fazer com que a mulher tome 325 mg deácido acetilsalicílico e depois fazê-la deitar enquanto vocês dois aguardam a chegada daequipe de emergência
d. Levar a mulher em seu carro para o PS mais próximo
Auto-Avaliação Escrita Pré-Curso de SAVC 6© 2006 American Heart Association – Edição original em inglês© 2008 American Heart Association – Edição em português
20. Nos 45 minutos após a chegada ao PS, qual das seguintes sequências de avaliação deve serrealizada para uma mulher de 70 anos com início rápido de cefaléia, fala alterada e fraquezano braço e na perna direita?
a. História, exames físico e neurológico, TC de crânio sem contraste, com interpretação porradiologista
b. História, exames físico e neurológico, TC de crânio sem contraste, iniciar o tratamentofibrinolítico se a TC revelar AVC
c. História, exames físico e neurológico, punção lombar (PL), TC da cabeça com contraste caso aPL seja negativa para a presença de sangue
d. História, exames físico e neurológico, TC de crânio com contraste, iniciar o tratamentofibrinolítico quando houver melhora nos sinais neurológicos
21. Qual dos seguintes ritmos é uma indicação adequada para marca-passo cardíacotranscutâneo?
a. Bradicardia sinusal sem sintomasb. Ritmo sinusal normal com hipotensão e choquec. Bloqueio cardíaco completo com edema pulmonard. Assistolia que persiste após 6 ou mais choques com desfibrilação
22. Qual das seguintes causas de assistolia ocorrida em paciente fora do hospital é maisprovável de responder ao tratamento?
a. Parada cardíaca prolongadab. Submersão prolongada em água mornac. Overdose de drogasd. Trauma multissistêmico com objeto rombo
23. Uma mulher de 34 anos com uma história de prolapso da válvula mitral se apresenta ao PSqueixando-se de palpitações. Seus sinais vitais são os seguintes: FC = 165 bpm, resp = 14por minuto, PA - 118/92 mmHg, e saturação de O2 = 98%. Seus pulmões parecem livres e elarelata não ter dificuldade para respirar ou dispnéia aos esforços. O ECG e o monitor revelamuma taquicardia regular de complexo estreito. Qual dos seguintes termos melhor descrevesua condição?
a. Taquicardia estávelb. Taquicardia instávelc. Freqüência cardíaca adequada para as condições clínicasd. Taquicardia secundária a função cardiovascular inadequada
24. Um homem de 75 anos se apresenta ao PS com uma história de 1 semana de sensação decabeça vazia, palpitações e intolerância a exercícios leves. O ECG inicial de 12 derivaçõesrevela fibrilação atrial, que continua a aparecer no monitor à uma FC irregular de 120 a 150bpm e uma PA de 100/70 mmHg. Qual das seguintes terapias é a mais adequada para serrealizada a seguir?
a. Sedação, analgesia e depois cardioversão imediatab. Lidocaína 1 a 1,5mg/kg IV em bolusc. Amiodarona 300 mg IV em bolusd. Pedir a avaliação de um especialista
Auto-Avaliação Escrita Pré-Curso de SAVC 7© 2006 American Heart Association – Edição original em inglês© 2008 American Heart Association – Edição em português
25. Você prepara para realizar a cardioversão em uma mulher de 48 anos, instável, comtaquicardia. O monitor/desfibrilador está no modo “sincronização”. A paciente subitamentetorna-se não responsiva e sem pulso e o ritmo se fica irregular, caótico e em padrãosemelhante à FV. Você carrega o desfibrilador em 200 J e pressiona o botão CHOQUE, mas odesfibrilador não aplica o choque. Por que?
a. A bateria do desfibrilador/monitor não funcionoub. O botão “sinc” não funcionouc. Você não pode aplicar um choque em FV no modo "sinc"d. Uma das derivações do monitor perdeu contato, produzindo o ritmo “pseudo-FV”
26. A vasopressina pode ser recomendada para qual dos seguintes ritmos de parada?
a. FVb. Assistoliac. AESPd. Todos os ritmos acima
27. Ventilações eficazes com bolsa-valva-máscara são realizadas em um paciente em paradacardíaca. Agora, 2 minutos após a administração de epinefrina 1 mg IV, o ritmo de AESPcontinua em 30 bpm. Qual das seguintes ações deve ser realizada a seguir?
a. Administrar atropina 1 mg IVb. Iniciar o acionamento do marca-passo transcutâneo à uma freqüência de 60 bpmc. Iniciar a infusão de dopamina IV a 15 a 20 g/kg por minutod. Administrar epinefrina (1 ml de solução 1:10.000) em bolus IV
28. Os seguintes pacientes foram diagnosticados com AVC isquêmico agudo. Qual deles NÃOapresentou contra-indicação para a terapia fibrinolítica por via IV?
a. Uma mulher de 65 anos, que vive sozinha e foi encontrada não responsiva por seu vizinhob. Um homem de 65 anos que se apresentou aproximadamente 4 horas após o início dos
sintomasc. Uma mulher de 65 anos que se apresentou 1 hora após o início dos sintomasd. Um homem de 65 anos, diagnosticado com úlcera sangrante 1 semana antes do início dos
sintomas
29. Uma mulher de 25 anos se apresenta ao PS e afirma que está tendo outro episódio de TSVP.Sua história médica inclui um exame com estimulação eletrofisiológica (EPS), que confirmouuma taquicardia com reentrada, sem síndrome de Wolff-Parkinson-White e sem pré-excitação.Sua FC é 180 bpm. A paciente relata palpitações e uma leve falta de ar. As manobras vagaiscom massagem do seio carotídeo não surtiram efeito sobre a FC e o ritmo. Qual dasseguintes é a próxima intervenção mais adequada?
a. Cardioversão DCb. Diltiazem IVc. Propranolol IVd. Adenosina IV
Auto-Avaliação Escrita Pré-Curso de SAVC 8© 2006 American Heart Association – Edição original em inglês© 2008 American Heart Association – Edição em português
30. Um paciente com uma FC de 30 a 40 bpm queixa-se de tontura, extremidades frias e úmidas, edispnéia. Ele apresenta um bloqueio AV de terceiro grau. Todas as modalidades detratamento estão disponíveis. O que você faria primeiro?
a. Administrar atropina 0,5 a 1 mg IVb. Administrar epinefrina 1 mg IV contínuac. Iniciar a infusão de dopamina 2 a 10 μg/mind. Iniciar imediatamente o acionamento do marca-passo transcutâneo, com sedação, se possível
Identifique os seguintes ritmos:
31.
� Ritmo Sinusal Normal
� Taquicardia Sinusal
� Bradicardia Sinusal
� Fibrilação Atrial
� Flutter Atrial
� Taquicardia Supraventricular com Reentrada
� Taquicardia Ventricular Monomórfica
� Taquicardia Ventricular Polimórfica
� Fibrilação Ventricular
� Bloqueio Atrioventricular de Segundo Grau
� Bloqueio Atrioventricular de Terceiro Grau
Auto-Avaliação Escrita Pré-Curso de SAVC 9© 2006 American Heart Association – Edição original em inglês© 2008 American Heart Association – Edição em português
32.
� Ritmo Sinusal Normal
� Taquicardia Sinusal
� Bradicardia Sinusal
� Fibrilação Atrial
� Flutter Atrial
� Taquicardia Supraventricular com Reentrada
� Taquicardia Ventricular Monomórfica
� Taquicardia Ventricular Polimórfica
� Fibrilação Ventricular
� Bloqueio Atrioventricular de Segundo Grau
� Bloqueio Atrioventricular de Terceiro Grau
33.
� Ritmo Sinusal Normal
� Taquicardia Sinusal
� Bradicardia Sinusal
� Fibrilação Atrial
� Flutter Atrial
� Taquicardia Supraventricular com Reentrada
� Taquicardia Ventricular Monomórfica
� Taquicardia Ventricular Polimórfica
� Fibrilação Ventricular
� Bloqueio Atrioventricular de Segundo Grau
� Bloqueio Atrioventricular de Terceiro Grau
Auto-Avaliação Escrita Pré-Curso de SAVC 10© 2006 American Heart Association – Edição original em inglês© 2008 American Heart Association – Edição em português
34.
� Ritmo Sinusal Normal
� Taquicardia Sinusal
� Bradicardia Sinusal
� Fibrilação Atrial
� Flutter Atrial
� Taquicardia Supraventricular com Reentrada
� Taquicardia Ventricular Monomórfica
� Taquicardia Ventricular Polimórfica
� Fibrilação Ventricular
� Bloqueio Atrioventricular de Segundo Grau
� Bloqueio Atrioventricular de Terceiro Grau
35.
� Ritmo Sinusal Normal
� Taquicardia Sinusal
� Bradicardia Sinusal
� Fibrilação Atrial
� Flutter Atrial
� Taquicardia Supraventricular com Reentrada
� Taquicardia Ventricular Monomórfica
� Taquicardia Ventricular Polimórfica
� Fibrilação Ventricular
� Bloqueio Atrioventricular de Segundo Grau
� Bloqueio Atrioventricular de Terceiro Grau
Auto-Avaliação Escrita Pré-Curso de SAVC 11© 2006 American Heart Association – Edição original em inglês© 2008 American Heart Association – Edição em português
36.
� Ritmo Sinusal Normal
� Taquicardia Sinusal
� Bradicardia Sinusal
� Fibrilação Atrial
� Flutter Atrial
� Taquicardia Supraventricular com Reentrada
� Taquicardia Ventricular Monomórfica
� Taquicardia Ventricular Polimórfica
� Fibrilação Ventricular
� Bloqueio Atrioventricular de Segundo Grau
� Bloqueio Atrioventricular de Terceiro Grau
37.
� Ritmo Sinusal Normal
� Taquicardia Sinusal
� Bradicardia Sinusal
� Fibrilação Atrial
� Flutter Atrial
� Taquicardia Supraventricular com Reentrada
� Taquicardia Ventricular Monomórfica
� Taquicardia Ventricular Polimórfica
� Fibrilação Ventricular
� Bloqueio Atrioventricular de Segundo Grau
� Bloqueio Atrioventricular de Terceiro Grau
Auto-Avaliação Escrita Pré-Curso de SAVC 12© 2006 American Heart Association – Edição original em inglês© 2008 American Heart Association – Edição em português
38.
� Ritmo Sinusal Normal
� Taquicardia Sinusal
� Bradicardia Sinusal
� Fibrilação Atrial
� Flutter Atrial
� Taquicardia Supraventricular com Reentrada
� Taquicardia Ventricular Monomórfica
� Taquicardia Ventricular Polimórfica
� Fibrilação Ventricular
� Bloqueio Atrioventricular de Segundo Grau
� Bloqueio Atrioventricular de Terceiro Grau
39.
� Ritmo Sinusal Normal
� Taquicardia Sinusal
� Bradicardia Sinusal
� Fibrilação Atrial
� Flutter Atrial
� Taquicardia Supraventricular com Reentrada
� Taquicardia Ventricular Monomórfica
� Taquicardia Ventricular Polimórfica
� Fibrilação Ventricular
� Bloqueio Atrioventricular de Segundo Grau
� Bloqueio Atrioventricular de Terceiro Grau
Auto Avaliação Escrita Pré-Curso de SAVC 13© 2006 American Heart Association – Edição original em inglês© 2008 American Heart Association – Edição em português
40.
� Ritmo Sinusal Normal
� Taquicardia Sinusal
� Bradicardia Sinusal
� Fibrilação Atrial
� Flutter Atrial
� Taquicardia Supraventricular com Reentrada
� Taquicardia Ventricular Monomórfica
� Taquicardia Ventricular Polimórfica
� Fibrilação Ventricular
� Bloqueio Atrioventricular de Segundo Grau
� Bloqueio Atrioventricular de Terceiro Grau
Auto-Avaliação Escrita Pré-Curso de SAVC 14© 2006 American Heart Association – Edição original em inglês© 2008 American Heart Association – Edição em português
Auto-Avaliação Escrita Pré-Curso de SAVC 2006Gabarito
1. A alternativa correta é d.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, páginas 38 e 43
2. A alternativa correta é b.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 53
3. A alternativa correta é c.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 45
4. A alternativa correta é c.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 37
5. A alternativa correta é a.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 101
6. A alternativa correta é c.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 41
7. A alternativa correta é a.Consulte o CD do Aluno - SAVC, páginas 22-23.
8. A alternativa correta é b.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 47
9. A alternativa correta é a.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 46
10. A alternativa correta é c.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 45
11. A alternativa correta é b.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 58-59
12. A alternativa correta é c.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 62
13. A alternativa correta é a.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 83
14. A alternativa correta é a.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 32
15. A alternativa correta é d.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 72Consulte www.americanheart.org/cpr - SAVC, Principais Medicamentos em SAVC
16. A alternativa correta é b.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 74
Auto-Avaliação Escrita Pré-Curso de SAVC 15© 2006 American Heart Association – Edição original em inglês© 2008 American Heart Association – Edição em português
17. A alternativa correta é c.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 72.
18. A alternativa correta é d.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, páginas 77 e 78.
19. A alternativa correta é b.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 107
20. A alternativa correta é a.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, páginas 106 e 112-113.
21. A alternativa correta é c.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 85
22. A alternativa correta é c.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 64
23. A alternativa correta é a.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 98
24. A alternativa correta é d.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 99
25. A alternativa correta é c.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, páginas 93-95 e 99
26. A alternativa correta é d.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, páginas 45, 48, 53 e 62
27. A alternativa correta é a.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 53
28. A alternativa correta é c.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 115
29. A alternativa correta é d.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, página 101
30. A alternativa correta é d.Consulte o Livro de SAVC para Profissionais de Saúde, páginas 83 e 86
31. Ritmo sinusal normalConsulte www.americanheart.org/cpr – SAVC, Ritmos de Não Parada
32. Bloqueio Atrioventricular de Segundo GrauConsulte www.americanheart.org/cpr – SAVC, Ritmos de Não Parada
33. Bradicardia sinusalConsulte www.americanheart.org/cpr - SAVC, Ritmos de Não Parada
34. Flutter AtrialConsulte www.americanheart.org/cpr – SAVC, Ritmos de Não Parada
35. Bradicardia SinusalConsulte www.americanheart.org/cpr – SAVC, Ritmos de Não Parada
Auto-Avaliação Escrita Pré-Curso de SAVC 16© 2006 American Heart Association – Edição original em inglês© 2008 American Heart Association – Edição em português
36. Bloqueio Atrioventricular de Terceiro Grau Consulte www.americanheart.org/cpr – SAVC, Ritmos de Não Parada
37. Fibrilação Atrial Consulte www.americanheart.org/cpr – SAVC, Ritmos de Não Parada
38. Taquicardia Ventricular Monomórfica Consulte www.americanheart.org/cpr – SAVC, Ritmos de Não Parada
39. Taquicardia Ventricular Polimórfica Consulte www.americanheart.org/cpr – SAVC, Ritmos de Não Parada
40. Fibrilação Ventricular Consulte www.americanheart.org/cpr - SAVC, Principais Ritmos de Parada
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© 2008 American Heart Association – Edição em português
Curso de SAVC para Profissionais de SaúdeFolha de Respostas da Auto-Avaliação Escrita Pré-Curso
Nome: _________________________________ Data: ____________________
Circule as respostas corretas.
Questão Resposta Questão Resposta
1. a b c d 16. a b c d
2. a b c d 17. a b c d
3. a b c d 18. a b c d
4. a b c d 19. a b c d
5. a b c d 20. a b c d
6. a b c d 21. a b c d
7. a b c d 22. a b c d
8. a b c d 23. a b c d
9. a b c d 24. a b c d
10. a b c d 25. a b c d
11. a b c d 26. a b c d
12. a b c d 27. a b c d
13. a b c d 28. a b c d
14. a b c d 29. a b c d
15. a b c d 30. a b c d
Complete com o ritmo correto as questões 31 a 40.
31. _____________________________
32. _____________________________
33. _____________________________
34. _____________________________
35. _____________________________
36. _____________________________
37. _____________________________
38. _____________________________
39. _____________________________
40. _____________________________
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© 2008 Edição em português: American Heart Association 1
Livro de SAVC para Profi ssional de SaúdeMateriais Complementares
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© 2008 Edição em português: American Heart Association
© 2006 Edição original em inglês: American Heart Association
© 2008 Edição em português: American Heart Association 2
3
Índice
Manejo da Via Aérea ....................................................................................................................6
Parte 1 – O Manejo Básico das Vias Aéreas ...........................................................................7
Dispositivos para Administrar Oxigênio Suplementar .........................................................7
Resumo ...........................................................................................................................7
Oxigênio Suplementar ....................................................................................................7
Cânula Nasal ...................................................................................................................8
Máscara Facial ................................................................................................................8
Máscara de Venturi .......................................................................................................10
Ventilação com Bolsa-Valva-Máscara................................................................................10
Resumo .........................................................................................................................10
Uso com Via Aérea Avançada .......................................................................................11
Dicas para Realizar Ventilação com Bolsa-Valva-Máscara ...........................................11
Ventilação com Via Aérea Avançada e Compressões Torácicas ..................................13
Parte 2 – Manejo da Via Aérea Avançada ...............................................................................14
Acessórios de Vias Aéreas Avançadas: Combitubo ..........................................................14
Resumo ........................................................................................................................14
Colocação do Combitubo ............................................................................................15
Acessórios de Vias Aéreas Avançadas: Via Aérea com Máscara Laríngea ......................17
Resumo ........................................................................................................................17
Inserção da Máscara Laríngea .....................................................................................17
Intubação Endotraqueal ....................................................................................................19
Resumo ........................................................................................................................19
Técnica da Intubação Endotraqueal .............................................................................20
Indicações para Intubação Endotraqueal ....................................................................20
Manobra de Pressão Cricóide ......................................................................................20
Ventilação com um Tubo Endotraqueal Assegurado Durante as Compressões
Torácicas ..................................................................................................................21
Complicações da Colocação do Tubo Endotraqueal ...................................................22
Traumatismo com o Tubo e Efeitos Adversos ..............................................................23
Inserção de Tubo Endotraqueal em Um Brônquio .......................................................23
Administração Endotraqueal de Medicamentos para Ressuscitação ..........................23
Confi rmação do Posicionamento do Tubo Endotraqueal: Exame Físico .....................24
Confi rmação do Posicionamento do Tubo Endotraqueal:
Dispositivos Qualitativos e Quantitativos ..................................................................25
Detectores de CO2 Expirado (Qualitativos) ..................................................................25
Monitores Quantitativos de CO2 Expirado ...................................................................27
Detectores Esofágicos .................................................................................................27
Causas de Resultados Enganosos pelos Detectores de CO2
Expirado e Esofágicos ...............................................................................................29
Ritmos Principais em SAVC ........................................................................................................31
Parte 1 – Reconhecimento dos Principais Ritmos de Parada ao ECG ..................................32
Aspectos Básicos .............................................................................................................32
Ritmos de Parada Cardíaca ..............................................................................................33
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© 2008 Edição em português: American Heart Association
Fibrilação Ventricular ....................................................................................................33
AESP ............................................................................................................................34
Assistolia ......................................................................................................................35
Parte 2 — Reconhecimento dos Principais Ritmos de Não Parada ao ECG ........................... 36
Reconhecimento das Taquiarritmias Supraventriculares ..................................................36
Taquicardia Sinusal .......................................................................................................36
Fibrilação Atrial e Flutter Atrial .....................................................................................37
TSV Mediada por Acessório .........................................................................................39
Reconhecimento das Taquiarritmias Ventriculares ...........................................................40
TV Monomórfi ca ...........................................................................................................40
TV Polimórfi ca ..............................................................................................................41
Torsades de Pointes .....................................................................................................42
Reconhecimento da Bradicardia Sinusal ..........................................................................44
Bradicardia Sinusal .......................................................................................................44
Reconhecimento do Bloqueio Atrioventricular (AV) ..........................................................45
Bloqueio AV de Primeiro Grau ......................................................................................45
Bloqueio de Segundo Grau Tipo I (Mobitz I – Wenckebach) ........................................46
Bloqueio AV de Segundo Grau Tipo II (Infranodal) (Mobitz II) ......................................47
Bloqueio AV de Terceiro Grau e Dissociação AV ..........................................................48
Desfi brilação ...............................................................................................................................50
Parte 1 – Desfi brilação e Segurança .....................................................................................51
Desfi brilação Manual ..........................................................................................................51
Uso do Desfi brilador Manual/Monitor ..........................................................................51
Fixação das 3 Derivações do Monitor ..........................................................................51
Segurança e Afastamento do Paciente ............................................................................52
Afastamento do Profi ssional de Saúde e de sua Equipe .............................................52
Nota Final Sobre os Desfi briladores .............................................................................53
Parte 2 – Lista de Checagem do DEA ...................................................................................54
Vias de Acesso para Medicações ..............................................................................................55
Parte 1 – Introdução ..............................................................................................................56
Prioridades Corretas .....................................................................................................56
Via Intravenosa .............................................................................................................56
Via Intra-Óssea .............................................................................................................56
Via Endotraqueal ..........................................................................................................57
Parte 2 – Acesso Intravenoso ................................................................................................58
Uso de Veias Periféricas para Acesso IV ......................................................................58
Princípios Gerais do Acesso IV .....................................................................................60
Parte 3 — Acesso Intra-Ósseo ...............................................................................................61
Introdução ....................................................................................................................61
Agulhas .........................................................................................................................61
Sítios .............................................................................................................................61
Indicações e Administração .........................................................................................61
Complicações ...............................................................................................................62
Contra-Indicações ........................................................................................................62
Equipamento Necessário ..............................................................................................62
Procedimento ...............................................................................................................62
Seguimento ..................................................................................................................64
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Síndromes Coronarianas Agudas ...............................................................................................65
Parte 1 – Localização do Infarto IAMEST e Bloqueio Cardíaco ............................................66
Infarto Ventricular Direito ..............................................................................................66
Bloqueio AV com IAM Inferior .......................................................................................66
Parte 2 — Lista de Checagem para Terapia Fibrinolítica ......................................................68
Acidente Vascular Cerebral ........................................................................................................69
Lista de Checagem de Fibrinolíticos para AVC .....................................................................70
Equipes de Emergência Médica (ou de Resposta Rápida) para Evitar a Parada Cardíaca
no Hospital ..............................................................................................................................71
Introdução ....................................................................................................................72
Equipes de Parada Cardíaca (Hospitalar) ....................................................................72
Sistemas de Resposta Rápida .....................................................................................73
Equipe de Resposta Rápida .....................................................................................73
Equipe de Emergências Médicas ............................................................................73
Estudos Publicados ......................................................................................................73
Implementação de Um Sistema de Resposta Rápida .................................................74
Abrangência Humana, Ética e Legal do ACE e SAVC .................................................................75
Parte 1 – Questões Ligadas aos Profi ssionais de Saúde e às Testemunhas ........................76
Qual o Índice de Sucesso da RCP, da Desfi brilação e do SAVC? .....................................76
Orgulhe-se de Suas Habilidades Como Um Profi ssional de Saúde em SAVC .................76
Reações de Estresse Após as Tentativas de Ressuscitação .............................................76
Técnicas de Redução do Estresse em Profi ssionais de Saúde e Testemunhas ...............77
Barreiras Psicológicas à Ação ..........................................................................................78
Parte 2 – Aspectos Legais e Éticos .......................................................................................80
A Coisa Certa a Fazer .......................................................................................................80
Princípio da Inutilidade ......................................................................................................81
Cessação dos Esforços de Ressuscitação .......................................................................81
Quando Não Iniciar a RCP ................................................................................................82
Manutenção x Desistir da RCP .........................................................................................82
Suspensão do Suporte de Vida ........................................................................................83
Diretivas Avançadas, Desejos em Vida e Autodeterminação do Paciente .......................84
Ordens de Não-Ressuscitação Fora do Hospital .............................................................84
Programas do Serviço de Emergência Que Não Utilizam RCP ........................................85
Transporte .........................................................................................................................85
Aspectos Legais do Uso do DEA ......................................................................................86
Parte 3 –Suporte Emocional para a Família ..........................................................................88
Notifi cação Aos Sobreviventes sobre a Morte de Um Ente Querido .................................88
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Manejo da Via Aérea
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Dispositivos para Administrar Oxigênio Suplementar
Resumo A administração de oxigênio é sempre adequada para pacientes com doença
cardíaca aguda ou com comprometimento pulmonar. Vários dispositivos
podem fornecer oxigênio suplementar de 21% a 100% (Tabela 1). Esta seção
descreve 4 dispositivos para fornecer oxigênio suplementar:
• Oxigênio suplementar (cilindro ou unidade de parede)
• Cânula nasal
• Máscara facial
• Máscara de Venturi
Sempre que você cuidar de um paciente que esteja recebendo oxigênio
suplementar, verifi que rapidamente se o sistema de fornecimento de oxigênio
utilizado está funcionando corretamente.
Tabela 1. Fornecimento de Oxigênio Suplementar: Taxas de Fluxo e Porcen-
tagem de Oxigênio Fornecido.
Dispositivo Freqüências de Fluxo O2 Fornecido*
Cânula nasal 1 l/min
2 l/min
3 l/min
4 l/min
5 l/min
6 l/min
21% - 24%
25% - 28%
29% - 32%
33% - 36%
37% - 40%
41% - 44%
Máscara facial simples de oxigênio
6 – 10 l/min 35% - 60%
Mascara facial com reservatório de O2 (máscara não reinalante)
6 l/min
7 l/min
8 l/min
9 l/min
10 – 15 l/min
60%
70%
80%
90%
95% - 100%
Máscara de Venturi 4 – 8 l/min
10 – 12 l/min
24% - 40%
40% - 50%
*A porcentagem é aproximada
Oxigênio Suplementar
O termo “oxigênio suplementar” refere-se a uma unidade de parede ou a
um cilindro de oxigênio que se conecta a um dispositivo de fornecimento de
oxigênio para o paciente. Quando o paciente está recebendo oxigênio de um
desses sistemas, não deixe de checar os seguintes equipamentos:
Parte 1 — O Manejo Básico das Vias Aéreas
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• Manopla das válvulas para abrir o cilindro, o medidor de pressão e o fl uxímetro
• Conexão dos tubos de fornecimento de oxigênio ao dispositivo de adminis-
tração de oxigênio para o paciente
Cânula Nasal A cânula nasal (Figura 1) é um sistema de administração de oxigênio de
baixo fl uxo, idealizado para aumentar a concentração de oxigênio no ar am-
biente quando o paciente inspira.
• Uma cânula nasal fornece até 44% de oxigênio.
• Neste sistema de fl uxo baixo, o ar inspirado mistura-se com o ar ambien-
te. A concentração fi nal de oxigênio inspirado é determinada pela taxa de
fl uxo de oxigênio através da cânula e pela profundidade de inspiração do
paciente (volume corrente).
• O aumento de 1 l/min no fl uxo de oxigênio (começando com 1 l/min) au-
mentará a concentração de oxigênio inspirado em aproximadamente 4%:
— 1 l/min: 21% a 24%
— 2 l/min: 25% a 28%
— 3 l/min: 29% a 32%
— 4 l/min: 33% a 36%
— 5 l/min: 37% a 40%
— 6 l/min: 41% a 44%
Máscara Facial
Uma máscara facial simples fornece um fl uxo baixo de oxigênio para a boca
e o nariz do paciente. Uma máscara com reinalação parcial consiste de uma
máscara facial com uma bolsa reservatória acoplada (Figura 2.)
Figura 1. Uma cânula nasal usada para fornecimento de oxigênio suplementar em pacientes
com respiração espontânea.
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Uma máscara facial pode fornecer oxigênio em uma concentração de até
60%, com taxas de fl uxo de 6 a 10 l/min (Tabela 1). Uma máscara facial com
reservatório de oxigênio (máscara não reinalante) fornece até 90% a 100% de
oxigênio, com taxas de fl uxo de 9 a 15 l/min. Neste sistema, um fl uxo cons-
tante de oxigênio entra em um reservatório acoplado.
Use uma máscara facial com um reservatório para pacientes que:
• Estejam gravemente doentes, estejam conscientes e que tenham uma ven-
tilação adequada, mas que tenham necessidade de altas concentrações de
oxigênio
• Não necessariamente precisem de intubação endotraqueal, caso as inter-
venções agudas produzam um efeito clínico rápido (p. ex., pacientes com
edema pulmonar agudo, doença pulmonar obstrutiva crônica [DPOC] ou
asma grave)
• Tenham indicações relativas para intubação endotraqueal, mas mantêm o
refl exo de vômito preservado
• Tenham indicações relativas para intubação, mas estejam com trismo ou
outras barreiras físicas para a intubação imediata
Os pacientes acima podem ter uma redução no nível de consciência e estar
sob risco de náuseas e vômitos. Uma máscara que se adapte perfeitamente
sempre precisará ser rigorosamente monitorizada. Os dispositivos de aspi-
ração devem estar disponíveis imediatamente.
Figura 2. Uma máscara facial com reservatório de oxigênio usada para o fornecimento de
oxigênio suplementar a pacientes com respiração espontânea.
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Máscara de Venturi
A máscara de Venturi permite um fornecimento mais confi ável e controlado
de concentrações de oxigênio de 24% a 50%. Use a máscara de Venturi
em pacientes com retenção de dióxido de carbono (CO2). Os pacientes que
têm altos níveis crônicos de CO2 no sangue e hipoxemia moderada a grave
podem desenvolver depressão respiratória, caso haja redução do fl uxo que
os estimula a respirar (oxigênio).
• Uma máscara de Venturi pode controlar adequadamente a concentração
de oxigênio inspirado. Use-a em pacientes com DPOC, que geralmente têm
hipercapnia crônica (altas concentrações de CO2) e hipoxemia de intensida-
de leve à moderada.
• A administração de altas concentrações de oxigênio a pacientes com
DPOC em estádio terminal pode produzir depressão respiratória, pois o
aumento na PaO2 elimina o efeito estimulante da hipoxemia nos centros
respiratórios.
• Nunca mantenha oxigênio suplementar para pacientes que tenham angús-
tia respiratória e hipoxemia grave apenas porque você suspeita de um fl uxo
ventilatório hipóxico. Se a administração de oxigênio deprimir a respiração,
dê suporte para a ventilação.
As concentrações de oxigênio fornecidas podem ser ajustadas para até 24%,
28%, 35% e 40%, usando um fl uxo de 4 - 8 l/min, e para 40% a 50%, usan-
do um fl uxo de 10 - 12 l/min. Observe o paciente atentamente, procurando
detectar depressão respiratória. Use um oxímetro de pulso para titular rapida-
mente até o nível desejado de administração de oxigênio.
Ventilação com Bolsa-Valva-Máscara
Resumo Um dispositivo bolsa-valva-máscara, que tipicamente consiste de uma bolsa
auto-infl ada e uma válvula sem refl uxo, pode ser usado com uma máscara
facial ou com uma via aérea avançada (Figura 3). A ventilação com bolsa-
valva-máscara é uma habilidade desafi adora e requer treino considerável até
adquirir competência na técnica. Os profi ssionais de saúde podem fornecer
ventilação com bolsa-valva-máscara com ar ambiente ou com oxigênio, caso
utilizem um balão auto-infl ável. Este dispositivo fornece ventilação com pres-
são positiva quando usado sem uma via aérea avançada e, portanto, pode
produzir insufl ação gástrica e suas complicações.
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Uso com Via Aérea Avançada
Os dispositivos de via aérea avançada, como a máscara laríngea (ML) e o
combitubo esofagotraqueal, estão atualmente dentro da área de atuação dos
profi ssionais de saúde do serviço de emergência em várias regiões (com a
autorização específi ca de um grupo médico de controle). Esses dispositivos
podem fornecer alternativas aceitáveis aos dispositivos bolsa-valva-máscara,
quando usados por profi ssionais de saúde bem treinados e com experiência
sufi ciente em seu uso. Ainda não está bem defi nido se esses dispositivos são
mais ou menos complicados de utilizar que a máscara de bolso. É preciso ter
treinamento para utilizar o dispositivo bolsa-valva-máscara e cada uma das
vias aéreas avançadas de modo seguro e efi caz.
Dicas para Realizar Ventilação com Bolsa-Valva-Máscara
• Insira uma cânula orofaríngea o quanto antes, se o paciente não tiver refl exo
de tosse ou de vômito, para ajudar a manter a via aérea.
• Não existe um volume corrente específi co recomendado para adultos.
Ao invés disso, o volume corrente deve ser sufi ciente para produzir uma
elevação visível do tórax.
• Muitos profi ssionais de saúde não podem criar uma vedação hermética
entre a máscara e a face usando apenas uma mão. A mão que segura a
máscara deve realizar as 2 tarefas simultaneamente: realizar a inclinação
da cabeça e pressionar a máscara contra a face, enquanto eleva o queixo.
Realize e mantenha a inclinação da cabeça e depois use os dedos polegar
e indicador para formar um “C”, pressionando os bordos da máscara contra
a face da vítima. Depois, use os demais dedos para elevar o ângulo da
mandíbula e abrir a via aérea (Figura 4A).
Figura 3. Dispositivo bolsa-valva-máscara em RCP com 2 profi ssionais de saúde.
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• Por essas razões, muitos especialistas recomendam que 2 profi ssionais de
saúde experientes e bem treinados trabalhem juntos durante a ventilação
com bolsa-valva-máscara. Um profi ssional de saúde deve manter a más-
cara com 2 mãos, criando uma vedação hermética entre a máscara e a
face, enquanto eleva o queixo do paciente. O outro comprime a bolsa lenta
e suavemente por 1 segundo por ventilação (Figura 4B).
• Esses problemas com vedação e volume não ocorrem quando o dispositi-
vo bolsa-valva-máscara é fi xado à extremidade de uma via aérea avançada
(p. ex., tubo endotraqueal, combitubo, ou ML).
Figura 4. A, Técnica do clamp E–C boca-a-máscara para a manutenção da máscara, enquanto
eleva a mandíbula. Posicione-se próximo da cabeça do paciente. Circule o polegar e o dedo in-
dicador ao redor da parte superior da máscara (formando uma letra “C”) enquanto usa o terceiro,
quarto e quinto dedos (formando a letra “E”) para elevar o queixo. B, Uso de bolsa-valva-máscara
por 2 profi ssionais de saúde. Aquele que estiver próximo da cabeça da vitima inclina a cabeça do
paciente e veda a máscara contra a face, com o polegar e o indicador de cada mão criando uma
letra “C”, para fornecer uma vedação hermética ao redor dos bordos da máscara. Os 3 dedos
restantes (formando a letra “E”) levantam a mandíbula da vítima (isso mantém a via aérea aberta).
O segundo profi ssional de saúde comprime a bolsa lentamente (por 1 segundo), até que haja
elevação do tórax. Ambos devem observar a elevação do tórax.
A
B
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Ventilação com Via Aérea Avançada e Compressões Torácicas
Quando o paciente tem uma via aérea avançada assegurada durante a RCP,
2 profi ssionais de saúde não mais aplicarão ciclos de RCP (isto é, compres-
sões interrompidas por pausas para ventilação).
• As compressões torácicas são aplicadas à freqüência de 100 por minuto.
• O profi ssional de saúde que aplica as ventilações realiza 1 ventilação a
cada 6 a 8 segundos (8 a 10 por minuto).
• Os profi ssionais de saúde devem revezar funções a cada 2 minutos para
evitar a fadiga daquele que realiza as compressões e a deterioração da
qualidade e velocidade de aplicação das compressões torácicas.
• Minimize as interrupções nas compressões torácicas.
• Evite a ventilação excessiva (muitas ventilações ou ventilações com volu-
me excessivo).
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Resumo O combitubo (Figura 5) é uma via aérea avançada que é uma alternativa
aceitável ao uso de um tubo endotraqueal. O combitubo é um dispositivo
de via aérea invasivo, com 2 cuffs de balão infl áveis. É inserido sem a
visualização das cordas vocais. O tubo tem maior probabilidade de penetrar
no esôfago que na traquéia. Quando o tubo realmente penetra no esôfago,
ocorre a ventilação através das aberturas laterais adjacentes às cordas
vocais e a traquéia. Se o tubo penetra na traquéia, a ventilação ainda pode
ocorrer por uma abertura na extremidade do tubo.
Os estudos demonstram que profi ssionais de saúde com todos os níveis
de experiência são capazes de inserir o combitubo e de aplicar ventilação
comparável àquela da intubação endotraqueal. As vantagens do combitubo
estão principalmente relacionadas à facilidade de treinamento. Contudo,
somente profi ssionais de saúde treinados e experientes no uso do combitubo
devem colocar o dispositivo, pois pode ocorrer complicações fatais.
Acessórios de Vias Aéreas Avançadas: Combitubo
Parte 2 — Manejo da Via Aérea Avançada
A = obturador esofágico, ventilação na traquéia através das
aberturas laterais = BC = tubo endotraqueal; ventilação através da abertura distal se a
extremidade proximal estiver inserida na traquéia
D = cuff faríngeo: insufl ado através do cateter = EF = cuff esofágico/traqueal; insufl ado através do cateter = GH = marca dos dentes; combitubo inserido às cegas até a marca
alcançar o nível dos dentes
Figura 5. Combitubo esofagotraqueal.
14
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Colocação do Combitubo
Os passos para a colocação do combitubo às cegas são:
Passo Ação
1 Preparo do equipamento: Cheque a integridade de ambos os cuffs, de acordo com
as instruções do fabricante e lubrifi que o tubo.
2 Preparo do paciente: Forneça oxigenação e ventilação, faça a sedação quando as
condições clínicas indicarem a necessidade e posicione o paciente. Verifi que se há
as seguintes contra-indicações para a inserção do combitubo (de acordo com as
instruções do fabricante):
• Menos de 16 anos ou altura inferior às recomendadas pelo fabricante para adul-
tos ou adultos muito pequenos.
• Presença de refl exo de vômitos
• Doença esofágica conhecida ou suspeita
• Ingestão de substâncias cáusticas
3 Técnica de inserção:
• Segure o dispositivo com os cuffs desinfl ados, de forma que a curvatura do tubo
esteja adaptada à curvatura da faringe.
• Eleve a mandíbula e insira o tubo suavemente, até que as linhas pretas do tubo
(Figura 5 H) estejam colocadas entre os dentes do paciente (não force e não tente
realizar a inserção por mais de 30 segundos).
• Insufl e o cuff proximal/faríngeo (azul) com 100 ml de ar (insufl e com 85 ml para o
combitubo menor). Depois, insufl e o cuff distal (branco ou transparente) com 15
ml de ar (insufl e com 12 ml para o combitubo menor).
A = obturador esofágico; ventilação na traquéia
através das aberturas laterais = BD = cuff faríngeo (insufl ado)
F = cuff esofágico/traqueal insufl ado
H = marcas dos dentes, insira até as linhas de
marcação no nível dos dentes
Figura 6. Combitubo esofagotraqueal inserido no esôfago.
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Passo Ação
4 Confi rme a localização do tubo e selecione a via para ventilação. Para selecionar a
via adequada para usar com a ventilação, você deve saber onde a ponta do tubo
está localizada. A ponta do tubo pode estar situada no esôfago ou na traquéia.
• Posicionamento esofágico: Os sons respiratórios devem estar presentes bilateral-
mente, sem sons epigástricos. Fornecer ventilação através da via azul (proximal/
faríngea). Esta ação fornece ventilação através dos orifícios laterais ou faríngeos,
situados entre os 2 cuffs, e o ar penetrará na traquéia. Como a ponta do tubo
está situada no esôfago, não use o tubo distal (branco ou transparente) para a
ventilação. O cuff distal também estará situado no esôfago; a insufl ação desse
cuff impede que as ventilações que você aplica através do tubo faríngeo pene-
trem no esôfago.
• Posicionamento endotraqueal: Os sons respiratórios estão ausentes e os sons
epigástricos estão presentes quando você tenta fornecer ventilação através da
via azul (proximal/faríngea). Pare imediatamente de fornecer ventilações através
da via azul e forneça através da via distal (branca ou transparente), que se abre
na extremidade do tubo na traquéia. Com o posicionamento endotraqueal do
tubo, o cuff distal realiza a mesma função que o cuff no tubo endotraqueal. A
detecção do CO2 expirado (através da via de ventilação branca ou transparente)
deve ser usada para confi rmar o posicionamento, principalmente se o paciente
tiver uma perfusão adequada.
• Posicionamento desconhecido: Tanto os sons respiratórios quanto os sons
epigástricos estão ausentes. Desinsufl e ambos os cuffs e retire o tubo lentamen-
te, reinsufl ando o cuff azul e depois reinsufl ando o cuff branco (ou transparente)
(veja os passos acima). Caso os sons respiratórios e epigástricos ainda estejam
ausentes, remova o tubo.
5 Insira um abridor de boca, forneça ventilação e continue a monitorizar as condições
do paciente e o posicionamento do combitubo. Um abridor de boca reduz a possi-
bilidade de obstrução da via aérea e de lesão do tubo. Mantenha o abridor de boca
em posição até a remoção do combitubo.
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Resumo A ML (Figura 7) é um dispositivo de via aérea avançado, considerado uma
alternativa aceitável para o tubo endotraqueal. A ML é composta de um tubo
com uma projeção semelhante a uma máscara, com cuff na extremidade do
tubo.
Inserção da Máscara Laríngea
Os passos para inserção às cegas da ML (Figura 8) são:
Passo Ação
1 Preparo do equipamento: Checar a integridade da máscara e do tubo, de acordo
com as instruções do fabricante. Lubrifi car somente a superfície posterior do cuff,
para evitar o bloqueio da abertura da via aérea.
2 Preparo do paciente: Fornecer oxigenação e ventilação, sedar quando indicado
e posicionar o paciente. Note que o uso da ML apresenta risco de regurgitação e
aspiração em pacientes não responsivos. Você deve ponderar os riscos e os benefí-
cios do estabelecimento de uma via aérea, usando este dispositivo específi co.
3 Técnica de inserção (Figura 8):
• Coloque a ML na faringe e introduza-a às cegas, até sentir resistência. A resistên-
cia indica que a extremidade distal do tubo alcançou a hipofaringe.
• Insufl e o cuff da máscara. A insufl ação do cuff empurra a máscara contra a aber-
tura traqueal, permitindo que o ar fl ua através do tubo em direção à traquéia.
• A ventilação através do tubo é feita para a abertura no centro da máscara e a
traquéia.
• Para evitar traumatismos, não use força excessiva em qualquer momento durante
a inserção da ML.
• Nunca superinsufl e o cuff após sua insufl ação. A pressão intracuff excessiva
pode resultar em mal posicionamento do dispositivo ou causar lesão faringolarín-
gea (p. ex., dor de garganta, disfagia ou lesão nervosa).
Acessórios de Vias Aéreas Avançadas: Via Aérea com Máscara Laríngea
Figura 7. Máscara laríngea (ML).
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Passo Ação
4 Insira o abridor de boca, forneça ventilação e continue a monitorizar as condições
do paciente e o posicionamento da ML. Um abridor de boca reduz a possibilida-
de de obstrução da via aérea e de lesão do tubo. Mantenha o abridor de boca em
posição até a remoção da ML.
Figura 8. Inserção da máscara laríngea (ML).
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Resumo O posicionamento do tubo endotraqueal fornece um manejo da via aérea
avançada. O tubo endotraqueal:
• Mantém a via aérea patente
• Permite fornecer altas concentrações de oxigênio
• Facilita o fornecimento de um volume corrente fi nal para manter uma insu-
fl ação adequada do pulmão
• Pode proteger a via aérea da aspiração do conteúdo gástrico ou de outras
substâncias na boca, faringe ou via aérea superior
• Permite uma aspiração efi caz da traquéia
• Promove uma via alternativa para a administração das medicações de res-
suscitação, quando o acesso intravenoso (IV) ou intra-ósseo (IO) não pode
ser obtido. Essas medicações são atropina, vasopressina, epinefrina e lido-
caína. Contudo, note que o fornecimento de medicamentos e os efeitos da
farmacoterapia após a administração endotraqueal são menos previsíveis
que os observados quando os medicamentos são aplicados pela via IV/IO.
O combitubo e a ML são atualmente considerados alternativas aceitáveis ao
tubo endotraqueal para o manejo da via aérea avançada.
Um mal posicionamento de um tubo endotraqueal pode resultar em compli-
cações graves e até mesmo fatais. Por isso, somente profi ssionais de saú-
de experientes e habilitados devem realizar a intubação endotraqueal. Na
maioria dos estados (EUA), os atos de prática médica especifi cam o nível da
equipe que pode realizar este procedimento. Por razões clínicas, a intubação
deve ser restrita aos profi ssionais de saúde que preencham os seguintes
requisitos:
• São bem treinados.
• Realizam intubação freqüentemente.
• Recebem treinamento freqüente de reciclagem nessa habilidade.
• O posicionamento do tubo endotraqueal é incluído no âmbito da prática
defi nido por regulamentação governamental.
e• Participam em processos de melhora continuada da qualidade para detec-
tar a incidência de complicações e minimizá-las.
O posicionamento de um tubo endotraqueal é uma parte importante da ten-
tativa de ressuscitação. Contudo, é uma prioridade menos importante que o
fornecimento de compressões torácicas contínuas, de alta qualidade e com
poucas interrup ções, fornecendo desfi brilação quando necessário e estable-
cendo a via IV/IO.
Intubação Endotraqueal
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Técnica da Intubação Endotraqueal
Muitos profi ssionais de saúde de SAVC não realizam intubação, devido
às restrições profi ssionais citadas acima. Contudo, todos os membros da
equipe de ressuscitação devem compreender o conceito de intubação en-
dotraqueal e os passos envolvidos no procedimento. Os membros da equipe
podem ajudar na intubação endotraqueal e devem saber como integrar as
compressões e as ventilações quando um tubo endotraqueal está em po-
sição.
Este conhecimento é freqüentemente mais importante que saber realizar o
procedimento propriamente dito.
Todos os profi ssionais de saúde de SAVC devem compreender o seguinte:
• Quando intubar
• Como confi rmar o posicionamento adequado do tubo
• Como integrar as compressões torácicas e as ventilações
• Como evitar e reconhecer o deslocamento do tubo
• Como verifi car e monitorizar uma oxigenação e ventilação efi caz
Indicações para Intubação Endotraqueal
• Parada cardíaca, quando a ventilação com bolsa-valva-máscara não é
possível ou efi caz.
• Paciente responsivo, em caso de comprometimento respiratório que não
seja capaz de oxigenar adequadamente, apesar de medidas ventilatórias
não invasivas
• O paciente não é capaz de proteger a via aérea (ou seja, coma, arrefl exia
ou parada cardíaca)
Manobra de Pressão Cricóide
Durante a intubação endotraqueal em adultos que estejam recebendo RCP,
um terceiro profi ssional de saúde não envolvido na aplicação de compres-
sões ou ventilações pode aplicar pressão cricóide (Figura 9). Esta manobra
pode proteger contra a regurgitação do conteúdo gástrico e ajudar a assegu-
rar o posicionamento do tubo no orifício traqueal. Este profi ssional de saúde
deve manter a pressão cricóide até que o tubo endotraqueal seja colocado,
que o cuff do tubo endotraqueal seja insufl ado e que o posicionamento ade-
quado do tubo seja confi rmado.
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Os passos para a manobra de pressão cricóide são:
Passo Ação
1 Localizar a proeminência da cartilagem tireóide (pomo de Adão).
2 Localizar a depressão de tecido mole abaixo da cartilagem tireóide (membrana
cricotireóidea).
3 Localizar a proeminência de tecido duro imediatamente abaixo dessa depressão
(cartilagem cricóide).
4 Aplicar pressão fi rme, enquanto pressiona com o polegar e o indicador, ao mesmo
tempo em que aplica pressão fi rme em direção à parte posterior do paciente e um
pouco em direção à cabeça. Esta ação pressiona a traquéia para trás, contra o esôfa-
go, comprimindo-o. A pressão cricóide facilita a intubação, pois comprime o orifício
traqueal em direção ao campo visual da pessoa que está realizando a intubação.
5 Libere a pressão somente quando o posicionamento adequado do tubo for con-
fi rmado e o cuff estiver insufl ado, ou quando instruído a fazer essa liberação pela
pessoa que está realizando a intubação.
Ventilação com um Tubo Endotraqueal Assegurado Durante as Compressões Torácicas
Durante a parada cardíaca ou respiratória, faça o seguinte:
• Volume: O volume deve ser sufi ciente para causar uma elevação visível do
tórax.
— Quando estiver praticando esta habilidade, tente compreender qual é a
quantidade exata de volume, quando a bolsa de ventilação for comprimida.
— Forneça um volume levemente maior para pacientes muito obesos.
• Freqüência: Forneça 8 a 10 ventilações por minuto (aproximadamente 1
ventilação a cada 6 a 8 segundos), enquanto aplica ventilação durante a RCP
e 10 a 12 ventilações por minuto (aproximadamente 1 ventilação a cada 5 a
6 segundos), para ventilação sem compressões torácicas (isto é, para parada
respiratória sem parada cardíaca). Cada ventilação deve durar 1 segundo.
Figura 9. Pressão cricóide.
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• Ciclos de compressão - ventilação: Quando a via aérea avançada estiver
assegurada, o profi ssional de saúde que aplica as compressões torácicas
deve realizá-las à freqüência de, pelo menos, 100 por minuto, sem pausas
para ventilação. O profi ssional de saúde que realiza as compressões deve
trocar de funções a cada 2 minutos.
Assim que o paciente chegar ao hospital, deve ser submetido à uma radio-
grafi a de tórax o quanto antes, para determinar a profundidade de inserção
do tubo endotraqueal. Procure detectar o posicionamento incorreto no brôn-
quio principal.
Nunca espere a radiografi a de tórax para checar o mal posicionamento do
tubo no esôfago. Você deve detectar a inserção esofágica imediatamente,
checando o posicionamento do tubo logo após sua inserção. Confi rme o
posicionamento adequado por exame físico e usando as técnicas de confi r-
mação discutidas a seguir (no item Confi rmação Clínica e de Dispositivo do
Posicionamento do Tubo Endotraqueal).
Tome cuidado para evitar o aprisionamento de ar nos pacientes com con-
dições associadas a aumento da resistência expiratória, como pacientes
com doença pulmonar obstrutiva crônica grave ou asma. O aprisionamento
de ar pode resultar em um efeito de pressão expiratória fi nal positiva (PEEP),
que pode reduzir signifi cativamente a pressão arterial. Nesses pacientes, use
taxas de ventilação mais lentas para permitir uma expiração mais completa.
Em casos de hipovolemia, restaure o volume intravascular.
Complicações da Colocação do Tubo Endotraqueal
Várias complicações podem ocorrer com a intubação endotraqueal.
Se o tubo endotraqueal for inserido no esôfago, o paciente não receberá ven-
tilação ou oxigenação, a menos que ainda esteja respirando espontaneamen-
te. Se você ou sua equipe não for capaz de reconhecer a intubação esofági-
ca, o paciente poderá sofrer uma lesão cerebral permanente ou ir a óbito.
Seja cauteloso ao remover e reposicionar um tubo endotraqueal colocado
incorretamente. Use a ventilação bolsa-valva-máscara e depois reintube,
após abordar as prioridades maiores (isto é, compressões torácicas contí-
nuas, desfi brilação, se necessário, e o acesso IV). O tubo endotraqueal ajuda
a reduzir o risco de insufl ação gástrica, mas o processo de inserção requer a
interrupção das compressões torácicas e pode produzir complicações adi-
cionais.
Caso um laringoscópio ou tubo não estejam prontamente disponíveis ou se a
tentativa de intubação não foi bem sucedida nos primeiros 30 segundos, vol-
te a aplicar a ventilação com bolsa-valva-máscara. Forneça oxigênio a 100%
e tente a intubação novamente em 20 a 30 segundos.
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Traumatismo com o Tubo e Efeitos Adversos
A intubação endotraqueal pode causar traumatismo signifi cativo para o pa-
ciente, incluindo:
• Laceração dos lábios ou língua, por pressão forçada entre a lâmina do
laringoscópio e a língua ou bochecha
• Dentes lascados
• Traquéia ou faringe lacerada pela extremidade do estilete ou do tubo endo-
traqueal
• Lesão das cordas vocais
• Perfuração faringe-esofágica
• Vômitos e aspiração do conteúdo gástrico nas vias aéreas inferiores
• Liberação de altos níveis de epinefrina ou norepinefrina, que podem elevar
a pressão arterial, provocar taquicardia ou arritmias
Inserção de Tubo Endotraqueal em Um Brônquio
A inserção do tubo endotraqueal no brônquio principal direito (mais comum)
ou no brônquio principal esquerdo é uma complicação freqüente. A intubação
incorreta ou a intubação não diagnosticada em um brônquio pode resultar em
hipoxemia devido à subinsufl ação do pulmão não envolvido.
Para determinar se o tubo endotraqueal foi inserido em um brônquio, aus-
culte os sons respiratórios bilaterais no tórax. Também procure detectar a
expansão simétrica de ambos os lados, durante a ventilação.
Se você suspeitar que o tubo foi inserido no brônquio principal esquerdo ou
direito, faça o seguinte:
• Desinsufl e o cuff do tubo.
• Puxe o tubo para fora 1 a 2 cm.
• Confi rme o correto posicionamento do tubo.
• Cheque novamente os sinais clínicos do paciente, incluindo a expansão
torácica, os sons respiratórios e evidências de oxigenação.
Você pode solicitar uma radiografi a portátil de tórax para checar o posiciona-
mento do tubo endotraqueal. Mas, lembre-se, o reconhecimento desta compli-
cação é uma responsabilidade clínica. Você pode solicitar uma radiografi a após
a confi rmação clínica para avaliar o correto posicionamento do tubo endotra-
queal e a posição do tubo.
Administração Endotraqueal de Medica-mentos para Ressuscitação
A administração endotraqueal de medicamentos é feita se o acesso IV ou
IO não puder ser estabelecido. As vias IV e IO são as vias preferíveis para
a administração de medicamentos. Os profi ssionais de saúde usam a regra
mnemônica NAVEL para lembrar-se de naloxona, atropina, vasopressina, epi-
nefrina e lidocaína, que são os medicamentos que podem ser administrados
por tubo endotraqueal. Use a via de administração endotraqueal somente se
você não puder obter um acesso IV/IO. Além disso, você deve usar uma dose
aproximadamente 2 a 2,5 vezes maior que a dose para a administração IV/IO.
Misture a dose do medicamento com 5 a 10 ml de solução salina normal ou
com água destilada. (Nota: A absorção de epinefrina e de lidocaína é maior
quando esses medicamentos são diluídos com água destilada, mas a água
pode causar mais efeitos adversos sobre a PaO2.)
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• Como mencionamos acima, as doses de medicações para uso endotra-
queal devem ser consideravelmente mais elevadas que as doses IV – cerca
de 2 a 2,5 vezes a dose IV. Por exemplo, a dose de epinefrina recomenda-
da para administração via endotraqueal é de pelo menos 2 a 2,5 mg.
• Depois de administar a medicação através do tubo endotraqueal, realize 1 a 2
ventilações adequadas para facilitar a deposição do fármaco nas vias aéreas.
• Quando quantidades iguais de um mesmo medicamento são administra-
das pelas vias IV e endotraqueal, a concentração sérica dos medicamentos
administrados via endotraqueal é muito mais baixa que a dos medicamen-
tos administrados por via IV.
Confi rmação do Posiciona-mento do Tubo Endotraqueal: Exame Físico
Confi rme o posicionamento do tubo imediatamente, avaliando a primeira ven-
tilação aplicada com bolsa-valva-máscara. Esta avaliação não deve requerer
a interrupção das compressões torácicas. Nenhuma técnica de confi rmação
única, incluindo sinais clínicos ou a presença de vapor de água no tubo ou no
dispositivo, é completamente confi ável, principalmente quando houver uma
parada cardíaca. Por isso, a AHA recomenda fazer uma avaliação clínica e no
dispositivo para confi rmar o correto posicionamento do tubo. O ideal é utilizar
um dispositivo de detecção de CO2, para permitir detectar o CO
2 expirado.
Quando a bolsa é comprimida, procure auscultar sobre o epigástrio e obser-
var a movimentação da parede torácica. Se você escutar um borbulhamento
gástrico e não observar expansão da parede torácica, a intubação foi feita no
esôfago. Pare de aplicar as ventilações. Remova o tubo endotraqueal imedia-
tamente. E, então:
• Reinicie imediatamente as compressões torácicas, caso a RCP esteja sen-
do realizada.
• Reinicie a ventilação com bolsa-valva-máscara ou considere a possibilida-
de de usar uma via aérea avançada alternativa.
• Somente tente a intubação novamente após ter reoxigenado o paciente
(aproximadamente 30 segundos de ventilações com bolsa-valva-máscara,
usando oxigênio a 100%).
• Se a parede torácica se elevar adequadamente e o borbulhamento gás-
trico não for ouvido após a intubação, proceda à ausculta dos campos
pulmonares com uma ausculta em 5 pontos: sobre o estômago, os campos
pulmonares anteriores esquerdo e direito e os campos pulmonares médio
axilares esquerdo e direito. Documente a localização dos sons respirató-
rios no prontuário médico do paciente. Caso você tenha qualquer dúvida,
suspenda a aplicação de ventilações pelo tubo.
• Se ainda houver dúvidas sobre o correto posicionamento do tubo, use o
laringoscópio para observar se o tubo está passando através das cordas
vocais.
• Caso o tubo pareça estar em posição, confi rme novamente a marca do
tubo nos dentes anteriores (notada previamente, após inserir o tubo 1 a 2
cm depois das cordas vocais).
• Fixe o tubo com um dispositivo comercial apropriado ou com fi ta adesiva.
• Depois de fi xar o tubo, introduza um abridor de boca, caso o dispositivo
comercial usado para segurar o tubo em posição não impeça o paciente
de morder e ocluir a via aérea.
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Confi rmação do Posiciona-mento do Tubo Endotraqueal: Dispositivos Qualitativos e Quantitativos
As Diretrizes AHA para RCP e ACE de 2005 recomendam a confi rmação do
posicionamento do tubo endotraqueal tanto por avaliação clínica quanto
por um dispositivo específi co. A fi xação do dispositivo à bolsa antes desta
ser unida ao tubo aumenta a efi cácia e reduz o tempo de interrupção das
compressões.
Os profi ssionais de saúde sempre devem usar tanto a avaliação clínica
quanto um dispositivo para confi rmar a localização do tubo endotraqueal
imediatamente após o posicionamento, e cada vez que o paciente for
movimentado. A avaliação detalhada das tentativas de intubação fora do
hospital concluíram que os tubos endotraqueais são (1) muito mais difíceis
de serem colocados adequadamente nestas condições e (2) altamente
susceptíveis ao mal posicionamento e ao deslocamento. O treinamento
adequado, a supervisão, a experiência clínica freqüente e um processo de
melhora da qualidade são fundamentais para realizar uma intubação bem
sucedida.
Há vários dispositivos eletrônicos e mecânicos disponíveis para uso dentro
e fora do hospital. Existem vários modelos de detectores de CO2 expirado
(qualitativo, quantitativo e contínuo) e de dispositivos detectores esofágicos.
Esses dispositivos variam desde simples e baratos até complexos e caros.
Detectores de CO2 Expirado (Qualitativos)
Diversos dispositivos comerciais podem reagir ao CO2 expirado dos pulmões,
geralmente com uma mudança da cor. Esse sistema simples pode ser usado
como um método inicial para confi rmar o posicionamento correto do tubo,
mesmo em pacientes em parada cardíaca (Figura 10). O dispositivo de
detecção qualitativo que demonstra a presença do CO2 expirado indica o
posicionamento adequado do tubo endotraqueal. A ausência de resposta ao
CO2 pelo detector (isto é, os resultados são negativos para o CO
2) geralmente
signifi ca que o tubo está no esôfago, principalmente em pacientes com
circulação espontânea.
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CO2 não detectado, mas o tubo está na traquéia: O tubo está realmente na
traquéia, mas uma leitura negativa para CO2 leva à remoção desnecessária
do tubo. Essas leituras negativas mais comumente ocorrem porque a pro-
dução de CO2 expirado é mínima em casos de parada cardíaca. As com-
pressões torácicas durante a RCP produzem um fl uxo sangüíneo para os
pulmões estimado em 20% a 33% do normal; portanto, há pouca ou quase
nenhuma expiração de CO2. As leituras negativas também ocorrem em pa-
cientes com uma grande quantidade de espaço morto (ou seja, uma embolia
pulmonar signifi cativa).
Figura 10. Confi rmação do posicionamento do tubo endotraqueal. A, Indicador colorimétrico
da presença de dióxido de carbono expirado: a cor púrpura indica falta de dióxido de carbono
– provavelmente o tubo está colocado no esôfago. B, Indicador colorimétrico de dióxido de
carbono expirado: a cor amarela indica a presença de dióxido de carbono e tubo localizado
na via aérea. Note que a detecção do dióxido de carbono não pode assegurar a profundidade
adequada da inserção do tubo. O tubo deve ser mantido em posição e depois fi xado, após a
verifi cação de seu posicionamento correto.
A
B
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CO2 detectado, mas o tubo está no esôfago. O tubo está situado no esôfago,
contudo, detectou-se CO2, levando à uma intubação esofágica prolongada.
Essas leituras positivas já foram relatadas em animais experimentais que
haviam ingerido grandes quantidades de líquidos carbonatados antes da pa-
rada. Isso resulta em liberação de CO2 do estômago em direção ao esôfago
durante a RCP. Para evitar esse problema, os fabricantes sugerem avaliar as
leituras do detector de CO2 após fornecer cerca de 5 a 6 ventilações.
Monitores Quantitativos de CO2 Expirado
O monitor quantitativo de CO2 expirado é um dispositivo de confi rmação
manual. Este dispositivo é um capnômetro. Ele fornece uma leitura quanti-
tativa única da concentração de CO2 em um determinado ponto no tempo.
O capnógrafo fornece uma amostra contínua do nível de CO2, à medida que
esse gás varia em todo o ciclo da ventilação.
Esses monitores podem confi rmar o posicionamento correto do tubo endo-
traqueal em segundos após uma tentativa de intubação. Eles também podem
detectar a deterioração do paciente associada ao declínio das condições
clínicas ou ao deslocamento do tubo endotraqueal. O deslocamento é um
evento adverso perigosamento comum durante o transporte externo de um
paciente.
Detectores Esofágicos
Os detectores esofágicos (Figura 11) aplicam uma força de aspiração à
extremidade inserida do tubo endotraqueal. A força de aspiração é criada
quando você puxa o êmbolo de uma seringa calibrosa (60 a 100 ml) para trás
ou comprime completamente um bulbo de aspiração fl exível. Uma vez com-
primido, o bulbo é fi xado com fi rmeza à extremidade do tubo que sai da boca
e depois liberado. Se a ponta do tubo estiver situada no esôfago, a aspiração
puxará a mucosa esofágica contra a ponta do tubo, impedindo a movimen-
tação do êmbolo ou a reexpansão do bulbo de aspiração. Nesse caso, não
haverá expansão ou haverá uma reexpansão muito lenta.
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Diferentemente do detector de CO2 expirado, o detector esofágico não de-
pende do fl uxo de sangue. Contudo, embora o dispositivo geralmente seja
sensível para detectar o posicionamento do tubo endotraqueal no esôfago,
ele não é específi co para o posicionamento do tubo endotraqueal na tra-
quéia. Além disso, ele pode levar a resultados enganosos em pacientes com
obesidade mórbida, gravidez em estágio fi nal ou com estado de mal asmáti-
co. Não existem evidências de que o detector esofágico seja um dispositivo
preciso para a monitorização contínua do posicionamento do tubo endotra-
queal. Por essas razões, o detector esofágico deve ser considerado um dos
vários métodos para confi rmação do posicionamento do tubo endotraqueal.
Os resultados sugerem que o tubo não está no esôfago, quando ele efeti-
vamente está no esôfago. Existem várias maneiras pelas quais o detector
esofágico pode sugerir que o tubo esté na traquéia (aspiração não mantida
no bulbo), quando o tubo realmente está no esôfago. O detector esofágico
indica que o tubo está na traquéia por rápida reexpansão do bulbo de aspi-
ração. Mas as ventilações ou a RCP prévias com bolsa-valva-máscara, po-
dem preencher o estômago ou o esôfago com ar, fazendo com que o bulbo
se expanda novamente ou o êmbolo seja puxado. O profi ssional de saúde
desavisado, pensando que o tubo está na traquéia, pode deixá-lo no esôfa-
go, cometendo um erro potencialmente fatal.
Consulte a Tabela 2 para uma comparação do desempenho qualitativo de
detector esofágico e do dispositivo de CO2 expirado, em termos de respostas
corretas e das causas mais comuns dos resultados enganosos.
Figura 11. Detector esofágico: técnica do bulbo de aspiração. Segure o tubo em posição, até
confi rmar que ele está na posição correta e depois fi xe-o.
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Causas de Resultados Enganosos pelos Detectores de CO2 Expirado e Esofágicos
A Tabela 2 enumera as possíveis causas de resultados enganosos usando
detectores de CO2 expirado e detectores esofágicos para confi rmar o correto
posicionamento do tubo endotraqueal. As colunas (verticais) indicam a leitura
e a localização real do tubo endotraqueal. As linhas (horizontais) indicam os
resultados esperados usando (A) um detector de CO2 expirado colorimétri-
co ou (B) um detector esofágico do tipo bulbo. Com ambos os dispositivos,
considere que o profi ssional de saúde fez um esforço de intubação conscien-
cioso e que o tubo endotraqueal esteja na traquéia.
Tabela 2. Motivos para Resultados Enganosos Usando o Detector de CO2
Expirado e um Detector Esofágico.
A. Detector de CO2 Expirado Colorimétrico
Leitura Localização Real do Tubo Endotraqueal: Traquéia
Localização Real do Tubo Endotraqueal: Esôfago (ou Hipofaringe)
Detecção de Dióxido de Carbono
Alteração da cor (ou
conforme especifi cado
pelo fabricante)
(positivo = CO2
presente)
Tubo endotraqueal na traquéiaContinuar a aplicar ventilações.
Razões para a aparente de-tecção de CO2, apesar do tubo estar localizado no esôfago
Causas: Distensão gástrica,
ingestão recente de bebidas
carbonatadas, fontes não pulmo-
nares de CO2
Conseqüências: Intubação
esofágica não reconhecida pode
levar à morte por iatrogenia
CO2 Não Detectado
Ausência de alteração
da cor (ou conforme
especifi cado pelo
fabricante) (negativo =
ausência de CO2)
Ausência de detecção de CO2 com o tubo situado na traquéia
Causas: Estado de fl uxo
sangüíneo baixo ou ausente (p.
ex., parada cardíaca); qualquer
parada cardíaca com RCP
ausente, prolongada ou de má
qualidade.
Conseqüências: Leva à re-
moção desnecessária de um
tubo endotraqueal colocado
adequadamente. As tentativas
de reintubação aumentam as
chances de outras conseqüên-
cias adversas.
Ausência de detecção de CO2 e o tubo não está situado na traquéia (isto é, tubo situado no esôfago)
Causas: Os profi ssionais de saú-
de colocaram o TET no esôfago/
hipofaringe. Ocorreu um evento
adverso potencialmente fatal.
Conseqüências: O profi ssio-
nal de saúde reconhece que o
tubo endotraqueal não está na
traquéia; é adequadamente e
rapidamente identifi cado; o tubo
é removido imediatamente; o
paciente é reintubado.
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B. Detector Esofágico
Leitura Localização Real do Tubo Endotraqueal: Esôfago
Localização Real do Tubo Endotraqueal: Traquéia
Compatível Com Tubo no Esôfago
O bulbo não é preen-
chido novamente ou é
preenchido lentamente
(> 5 segundos × 2), ou
a seringa não pode ser
aspirada, sugerindo
que a ponta do tubo
endotraqueal esteja no
esôfago
O dispositivo sugere que o tubo está localizado no esôfa-go, quando está localizado no esôfago
Causas: O profi ssional de
saúde posicionou o tubo no
esôfago/hipofaringe. Ocorreu
um evento potencialmente fatal.
Conseqüências: O profi ssional
de saúde reconhece correta-
mente que o tubo endotraqueal
está no esôfago; o tubo endo-
traqueal é removido imediata-
mente; o paciente é reintubado.
O dispositivo sugere que o tubo está no esôfago, quando, na verdade, está situado na traquéia
Causas: Secreções traqueais
(muco, conteúdo gástrico, ede-
ma pulmonar agudo); inserção
no brônquio principal direito;
traquéia compressível (obesida-
de mórbida, últimos estágios da
gravidez).
Conseqüências: Leva à re-
moção desnecessária de um
tubo endotraqueal colocado
adequadamente. As tentativas
de reintubação aumentam as
chances de outras conseqüên-
cias adversas.
Compatível Com Um Tubo na Traquéia
O bulbo é preenchido
imediatamente ou
a seringa pode ser
aspirada, sugestivo
de que o tubo
endotraqueal esteja na
traquéia
Os resultados sugerem que o tubo NÃO está situado no esôfago (isto é, ele está na traquéia) quando, na verdade, ele ESTÁ no esôfago
Causas:
• Condições que aumentam
a expansão pulmonar (p.
ex., DPOC, estado de mal
asmático).
• Condições que preenchem
o estômago com ar (p. ex.,
história recente de ventilação
bolsa-a-máscara, ventilação
boca-a-máscara ou boca-a-
boca).
• Condições que causam
tono insufi ciente no esfíncter
esofágico ou aumento da
pressão gástrica (gravidez em
fase terminal).
Conseqüências: A intubação
esofágica não reconhecida
pode levar à morte.
Os resultados sugerem que o tubo NÃO está situado no esôfago (isto é, ele está na traquéia) e, de fato, ele ESTÁ na traquéia.
O detector esofágico indica que
o tubo endotraqueal está na
traquéia.
Continue a aplicar as venti-
lações.
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Ritmos Principais em SAVC
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Aspectos Básicos
A Figura 12 mostra a anatomia do sistema de condução cardíaca e sua
relação com o ciclo cardíaco ao ECG.
Parte 1— Reconhecimento dos Principais Ritmos de Parada ao ECG
Figura 12. Anatomia do sistema de condução cardíaca: relação com o ciclo cardíaco ao ECG. A, Coração: anatomia
do sistema de condução. B, Relação do ciclo cardíaco com anatomia do sistema de condução.
Nó AV
Ramo esquerdo
Nó sinusal
Feixe de Bachmann
Vias internodais
Feixe de His
Ramo direito
Divisão posterior
Divisão anterior
Fibras de Purkinje
Intervalo QT
Despolarização ventricular
Repolarização ventricular
Período refratário absoluto
Período refratário relativo
NAV
B
A
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Ritmos de Parada Cardíaca
Fibrilação Ventricular (Figura 13)
Fisiopatologia • Os ventrículos consistem de áreas de miocárdio normal, alternando com áreas de miocár-
dio isquêmico, lesado ou infartado, levando a um padrão assíncrono caótico de despola-
rização e de repolarização ventricular. Sem uma despolarização ventricular organizada, os
ventrículos não podem contrair-se como uma unidade e não produzem um débito cardía-
co. O coração irá “tremular” e não bombeia sangue.
Critérios de Defi nição pelo ECG
• Freqüência/Complexo QRS: incapaz de determinar; não existem ondas P ou complexos
QRS ou T reconhecíveis. As ondulações basais ocorrem entre 150 e 500 por minuto.
• Ritmo: indeterminado, padrão de defl exões agudas superiores (picos) e inferiores (depres-
sões)
• Amplitude: medida entre o pico até a depressão; freqüentemente usada subjetivamente
para descrever a FV como fi na (pico até depressão 2 a < 5 mm), média ou moderada (5 a <
10 mm), grave (10 a <15 mm), ou muito grave (> 15 mm)
Manifestações Clínicas
• O pulso desaparece com o início da FV (o pulso pode desaparecer antes do início da FV
se um precursor comum para FV, TV rápida, desenvolver-se antes para FV)
• Colapso, falta de resposta
• Respiração agônica
• Início da morte irreversível
Etiologias Comuns
• Síndromes coronarianas agudas levam à formação de áreas isquêmicas do miocárdio
• TV estável para instável, não tratada
• Complexos ventriculares prematuros (CVPs) com fenômeno de R sobre T
• Drogas múltiplas, anormalidades dos eletrólitos ou do equilíbrio ácido-base que prolongam
o período refratário relativo
• Prolongamento QT primário ou secundário
• Eletrocução, hipóxia, muitas outras
Os ritmos ao ECG para pacientes que estão em parada cardíaca são:
• Fibrilação ventricular (FV)/taquicardia ventricular (TV) sem pulso
• Atividade elétrica sem pulso (AESP)
• Assistolia
Esses ritmos ao ECG estão ilustrados abaixo:
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Figura 13. A, Fibrilação ventricular grave. Note os formatos de onda de alta amplitude, que
variam em tamanho, formato e ritmo, representando uma atividade elétrica ventricular caótica.
Os critérios ao ECG para FV são os seguintes:
(1) Complexos QRS: complexos QRS de aparência normal não são reconhecíveis; um padrão
regular “negativo – positivo – negativo” (Q-R-S) não pode ser observado.
(2) Freqüência: incontável; as defl exões elétricas são muito rápidas e muito desorganizadas
para serem contadas.
(3) Ritmo: nenhum padrão regular de ritmo pode ser discernido; os formatos de onda elétrica
variam em tamanho e formato; o padrão é completamente desorganizado.
B, Fibrilação ventricular fi na. Em comparação com a Figura 13A, a amplitude da atividade elé-
trica é muito reduzida. Note a ausência completa de complexos QRS. Em termos de eletrofi sio-
logia, prognóstico e da resposta clínica provável para uma tentativa de desfi brilação, agentes
adrenérgicos ou antiarrítmicos e esse padrão de ritmo pode ser difícil de distinguir da assistolia.
AESP
Fisiopatologia • Os impulsos de condução cardíaca ocorrem em um padrão organizado, mas não pro-
duzem contração miocárdica (esta condição era anteriormente denominada dissociação
eletromecânica); ou enchimento ventricular sufi ciente durante a diástole; ou contrações
não efi cazes
Critérios de Defi nição pelo ECG
• O ritmo apresenta atividade elétrica organizada (não FV/TV sem pulso)
• Geralmente não tão organizada quanto o ritmo sinusal normal
• Pode ser estreito (QRS < 0,10 mseg) ou largo (QRS > 0,12 mseg); rápido (> 100 por minu-
to) ou lento (< 60 por minuto)
• Pode ser estreito (etiologia não cardíaca) ou largo (freqüentemente etiologia cardíaca) e
pode ser lento (etiologia cardíaca) ou rápido (freqüentemente de etiologia não cardíaca)
Manifestações Clínicas
• Colapso, paciente não responsivo
• Respiração agônica ou apnéia
• Ausência de pulso detectável à palpação (pressão arterial sistólica muito baixa pode ainda
estar presente nesses casos, denominados pseudo-AESP)
B
A
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Etiologias Comuns
Use a regra mnemônica dos Hs e dos Ts para lembrar-se das possíveis causas de AESP:
• Hipovolemia
• Hipóxia
• Hidrogênio (acidose)
• Hipo-/hiperpotassemia
• Hipoglicemia
• Hipotermia
• Toxinas (“comprimidos” isto é, overdose de drogas, ingestão)
• Tamponamento cardíaco
• Tensão no tórax (pneumotórax hipertensivo)
• Trombose, coronária ou pulmonar (embolia)
• Trauma
Assistolia (Figura 14)
Critérios de Defi nição pelo ECGClassicamente,
a assistolia
apresenta-se
como uma “linha
reta”; os critérios
de defi nição são
virtualmente
inexistentes
• Freqüência: não se observa atividade ventricular ou ≤ 6 complexos por minuto; a chamada
“assistolia da onda P” ocorre somente com impulsos atriais presentes (ondas P)
• Ritmo: nenhuma atividade ventricular é observada ou ≤ 6 complexos por minuto
• PR: não pode ser determinada; ocasionalmente, observa-se onda P, mas, por defi nição, a
onda R deve estar ausente
• Complexo QRS: ausência de defl exões observadas que sejam compatíveis com um com-
plexo QRS
Manifestações Clínicas
• Pode ter respiração agônica (precoce); com ausência de resposta
• Ausência de pulso ou pressão arterial
• Parada cardíaca
Etiologias Freqüentes
• Fim da vida (morte)
• Isquemia/hipóxia por muitas causas
• Insufi ciência respiratória aguda (falta de oxigênio, apnéia, asfi xia)
• Choque elétrico maciço (p. ex., eletrocussão, descarga elétrica)
• Pode representar “atordoamento” do coração imediatamente após a desfi brilação (apli-
cação do choque que elimina a FV), antes do reinício de um ritmo espontâneo
Figura 14. O “ritmo” da assistolia ventricular. O paciente está sem pulso e não responsivo.
Observe os complexos similares a 2 QRS no início desta análise do ritmo. Esses complexos
representam uma atividade elétrica mínima, provavelmente batimentos com escape ventricular.
Este padrão representa atividade elétrica sem pulso? Note a secção longa em que a atividade
elétrica está completamente ausente. Este paciente está em assistolia neste momento.
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Taquicardia Sinusal (Figura 15)
Fisiopatologia • Nenhuma – é mais um sinal físico que uma arritmia ou uma condição patológica
• Formação e condução normal do impulso
Critérios de Defi nição e Características ao ECG
• Freqüência: > 100 por minuto
• Ritmo: sinusal
• Intervalo PR: geralmente < 0,20 segundos
• P para cada Complexo QRS• Complexo QRS: normal
Manifestações Clínicas
• Nenhum critério específi co para taquicardia
• Os sintomas podem estar presentes devido à causa da taquicardia (febre, hipovolemia, etc)
Etiologias Comuns
• Exercício normal
• Febre
• Hipovolemia
• Estimulação adrenérgica, ansiedade
• Hipertireoidismo
Figura 15. Taquicardia sinusal.
Parte 2 — Reconhecimento dos Principais Ritmos de Não Parada ao ECG
Reconhecimento das Taquiarritmias Supraventriculares
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Fibrilação Atrial (Figura 16) e Flutter Atrial (Figura 17)
Fisiopatologia • Impulsos atriais mais rápidos que os impulsos sinoatriais (nó SA)
• Fibrilação atrial: os impulsos assumem múltiplas vias, caóticas e aleatórias, através do
átrio
• Flutter atrial: os impulsos assumem um curso circular ao redor dos átrios, criando ondas
de fl utter
Fibrilação Atrial Flutter Atrial
Critérios de Defi -nição e Caracte-rísticas ao ECG(Diferenciação
entre a fi brilação
atrial e o fl utter
atrial; todas as
demais carac-
terísticas são as
mesmas)
Características da Fibrilação Atrial: Um axioma
clínico clássico:
“Ritmo irregular-
mente irregular
– com variação
tanto no intervalo
quanto na ampli-
tude onda R para
onda R – é fi bri-
lação atrial”. Essa
condição geral-
mente é variável.
Também pode
ser observada na
taquicardia atrial
multifocal (MAT).
Características do Flutter Atrial: As ondas de fl utter
no padrão clássi-
co de “dentes de
serra”
Freqüência • Resposta ventricular de variação
ampla à freqüência atrial
• Pode ser normal ou lenta, se a
condução do nó AV for anormal
(p. ex., “síndrome do seio doen-
te”)
• Freqüência atrial 220 a 350 por
minuto
• A resposta ventricular é uma função
do bloqueio do nó AV ou da con-
dução dos impulsos atriais
• Resposta ventricular raramente
>150 a 180 batimentos devido aos
limites de condução do nó AV
Ritmo • Irregular (“irregularmente irregular
clássico”)
• Regular (diferentemente da fi bri-
lação atrial)
• Ritmo ventricular freqüentemente
regular
• Uma relação determinada com o
ritmo atrial, p. ex., 2 para 1 ou 4
para 1
Ondas P • Somente ondas fi brilatórias atriais
caóticas
• Cria um valor basal variável
• Ausência de ondas P verdadeiras
• As ondas de fl utter no padrão “em
dentes de serra” são clássicas
Intervalo PR • Não pode ser mensurado
Complexo QRS
• Continua entre ≤ 0,10 e 0,12 segundos, a menos que o complexo QRS
seja distorcido pela fi brilação, ou pelas ondas de fl utter, ou por defeitos de
condução para os ventrículos
Manifestações Clínicas
• Os sinais e os sintomas são uma função da freqüência da resposta ventricular nas ondas
de fi brilação atrial; “a fi brilação atrial com resposta ventricular rápida” pode ser caracteri-
zada por dispnéia aos esforços (DAE), respiração curta (RC) e, algumas vezes, por edema
pulmonar agudo
• Perda do “kick atrial” pode reduzir o débito cardíaco e a perfusão coronária
• O ritmo irregular freqüentemente é percebido como “palpitações”
• Pode ser assintomático
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Etiologias Comuns
• As síndromes coronarianas agudas, a doença arterial coronária e a insufi ciência cardíaca
congestiva
• Doença na válvula mitral ou tricúspide
• Hipóxia, embolia pulmonar aguda
• Induzido por drogas: digoxina ou quinidina, β agonistas, teofi lina
• Hipertensão arterial
• Hipertireoidismo
Figura 16. Fibrilação atrial.
Figura 17. Flutter atrial.
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TSV Mediada por Acessório (Figura 18); Pode incluir taquicardia reentrante do nó AV ou taquicardia reentrante AV.
Fisiopatologia Fenômeno de reentrada: os impulsos sofrem reciclagem repetidamente no nó AV, pois um
circuito de ritmo anormal permite que uma onda de despolarização trafegue em um círculo.
Geralmente, a despolarização trafega no sentido anterógrado (em direção anterior), através
de uma via anormal e depois circula de volta de modo retrógrado, através de um tecido de
condução “normal”
Critérios de Defi -nição e Caracte-rísticas ao ECG
Características: Taquicardia regular
com complexo
estreito, sem
ondas P e início ou
cessação súbita
Nota: Para me-
recer o diagnós-
tico de TSV com
reentrada, alguns
especialistas
requerem a cap-
tura de um início
abrupto ou de uma
cessação abrupta
na tira de exame
do monitor
Freqüência: excede o limite superior da taquicardia sinusal de repouso ( > 120 a 130 por
minuto), raramente < 150 por minuto, freqüentemente até 250 por minuto
Ritmo: regular
Ondas P: raramente observadas, devido à freqüência que faz com que as ondas P fi quem
“escondidas” nas ondas P precedentes, tornando difícil detectá-las devido à sua origem na
porção baixa do átrio
Complexo QRS: normal, estreito (geralmente ≤ 0,10 segundos)
Manifestações Clínicas
• Palpitações sentidas pelo paciente no início; torna-se ansioso e incomodado
• Baixa tolerância aos exercícios físicos, com freqüências muito altas
• Sintomas de taquicardia instável podem ocorrer
Etiologias Comuns
• Via de condução acessória em muitos pacientes com TSV
• Para pacientes com as demais características saudáveis, muitos fatores podem provocar
a TSV com reentrada: cafeína, hipóxia, cigarros, estresse, ansiedade, privação de sono,
medicações em grande número
• Freqüência da TSV aumentada, em pacientes não saudáveis, com doença arterial coroná-
ria, doença pulmonar obstrutiva crônica e insufi ciência cardíaca congestiva
Figura 18. Ritmo sinusal com uma taquicardia supraventricular com reentrada (TSV).
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TV Monomórfi ca (Figura 19)
Fisiopatologia • A condução do impulso é lentifi cada ao redor das áreas de lesão ventricular, infarto, ou
isquemia
• Essas áreas também servem como fontes de impulsos ectópicos (focos irritáveis)
• Essas áreas de lesão podem fazer com que o impulso tome um curso circular, levando a
um fenômeno de reentrada e a despolarizações rápidas e repetidas
Critérios de Defi -nição pelo ECG
Características: A
mesma morfologia,
ou formato, é ob-
servada em cada
complexo QRS
Notas:3 ou mais CVPs
consecutivos indi-
cam TV
– TV < 30 segun-
dos de duração
é TV não susten-
tada
– TV > 30 segun-
dos de duração
é TV sustentada
• Freqüência: Freqüência ventricular >100 por minuto; tipicamente 120 a 250 por minuto
• Ritmo: ritmo ventricular regular
• Intervalo PR: ausente (o ritmo é dissociado do AV)
• Ondas P: raramente observadas, mas presentes; a TV é uma forma de dissociação AV,
uma característica defi nidora para taquicardias de complexo largo de origem ventricular x
taquicardias supraventriculares com condução aberrante
• Complexo QRS: amplo e bizarro, complexos “similares a CVP” > 0,12 segundos, com
ondas T largas, de polaridade oposta ao QRS
• Batimentos de fusão — Captura de modifi cações ocasionais de uma onda P conduzida.
Complexo QRS “híbrido” resultante, parte normal, parte ventricular
• TV não sustentada — dura < 30 segundos e não requer intervenção
Manifestações Clínicas
• Tipicamente, os sintomas de redução do débito cardíaco (posição ortostática, hipotensão,
síncope, limitação das atividades físicas, etc.) se desenvolvem
• A TV monomórfi ca pode ser assintomática, apesar da crença difundida de que a TV sus-
tentada sempre produz sintomas
• A TV não tratada e sustentada deteriorará para uma TV instável, freqüentemente com FV
Etiologias Comuns
• Um evento isquêmico agudo (ver Fisiopatologia) com áreas de “irritabilidade ventricular”
levando a CVP
• CVP que ocorre durante um período refratário relativo do ciclo cardíaco (“fenômeno R-
sobre-T”)
• Intervalo QT prolongado, induzido por drogas (antidepressivos tricíclicos, procainamida,
digoxina, alguns anti-histamínicos de ação prolongada)
Reconhecimento das Taquiarritmias Ventriculares
Figura 19. TV Monomórfi ca na freqüência de 150 por minuto: complexos QRS largos (seta A),
com ondas T de polaridade oposta (seta B).
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TV Polimórfi ca (Figura 20)
Fisiopatologia • Lentifi cação da condução do impulso ao redor de múltiplas áreas de lesão ventricular,
infarto ou isquemia
• Essas áreas também servem como fonte de impulsos ectópicos (focos irritáveis); os focos
irritáveis ocorrem em múltiplas áreas dos ventrículos e, portanto, são considerados “poli-
mórfi cos”
• Essas áreas de lesão podem gerar impulsos que assumem um curso circular, levando ao
fenômeno de reentrada e a despolarizações repetidas e rápidas
Critérios de Defi -nição pelo ECG
Características: Variação acentua-
da e inconsistên-
cia observada nos
complexos QRS
• Freqüência: freqüência ventricular >100 por minuto; tipicamente 120 a 250 por minuto
• Ritmo: somente ventricular regular
• Intervalo PR: inexistente
• Ondas P: raramente observadas, mas presentes; a TV é uma forma de dissociação AV
• Complexos QRS: variação acentuada e inconsistência observada nos complexos QRS
Manifestações Clínicas
• Tipicamente, deteriorarão rapidamente para FV ou TV sem pulso
• Sintomas de redução do débito cardíaco (posição ortostática, hipotensão, perfusão inade-
quada, síncope, etc.) presentes antes da parada sem pulso
• Raramente TV sustentada
Etiologias Comuns
• Evento isquêmico agudo (ver Fisiopatologia) com áreas de “irritabilidade ventricular”
• CVP que ocorre durante o período refratário relativo do ciclo cardíaco (“fenômeno R-sobre-T”)
• Intervalo QT prolongado, induzido por drogas (antidepressivos tricíclicos, procainamida,
sotalol, amiodarona, ibutilida, dofetilida, alguns antipsicóticos, digoxina, alguns anti-hista-
mínicos de ação prolongada)
• Síndromes hereditárias do intervalo QT longo
Figura 20. TV polimórfi ca: complexos QRS apresentam morfologias múltiplas.
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Torsades de Pointes (Um Subtipo Único de TV Polimórfi ca) (Figura 21)
Fisiopatologia Fisiopatologia específi ca das torsades clássicas:
• O intervalo QT é anormalmente longo (ECG basal) (consulte a tabela de Intervalo QT Máxi-
mo no Livro de ACE)
• Aumenta o período refratário relativo (“período vulnerável”) do ciclo cardíaco. Este au-
mento eleva a probabilidade de ocorrência de um foco irritável (CVP) na onda T (período
vulnerável ou fenômeno R sobre T)
• O fenômeno R-sobre-T freqüentemente induz a TV
Critérios de Defi -nição pelo ECG
Características: Os complexos
QRS apresentam
um padrão “fuso
nó” no qual a
amplitude da TV
aumenta e depois
reduz em um
padrão regu-
lar, (criando um
“fuso”). A defl exão
no início de um
fuso (p. ex., nega-
tiva) será seguida
de complexos de
polaridade oposta
(p. ex., positiva)
ou por defl exão
no início do fuso
seguinte (criando o
“nó”).
• Freqüência atrial: não pode ser determinada
• Freqüência ventricular: 150 a 250 complexos/min
• Ritmo: somente ritmo ventricular irregular
• Intervalo PR: inexistente
• Ondas P: inexistentes
• Complexos QRS: apresentam um padrão clássico em fuso–nó (ver “Características” no
quadro da esquerda)
Manifestações Clínicas
• Tendência para deterioração súbita para FV ou TV sem pulso
• Sintomas de débito cardíaco reduzido são típicos (posição ortostática, hipotensão arterial,
síncope, sinais de perfusão inadequada etc.)
• Torsades “estáveis”; as torsades sustentadas são incomuns
• Tratado com choques não sincronizados de alta energia (desfi brilação)
Etiologias Comuns
Mais comumente ocorrem em pacientes com intervalo QT prolongado, devido a muitas
causas:
• Induzido por drogas: antidepressivos tricíclicos, procainamida, sotalol, amiodarona,
ibutilida, dofetilida, alguns antipsicóticos, digoxina, alguns anti-histamínicos de duração
prolongada
• Eletrólitos e alterações metabólicas (hipomagnesemia é o protótipo)
• Formas hereditárias da síndrome QT longa
• Eventos isquêmicos agudos (ver Fisiopatologia)
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Figura 21. Torsades de pointes: um tipo único de TV polimórfi ca. A, Início de um “fuso”. Note a defl exão ne-
gativa inicial e a amplitude crescente do complexo QRS. B, Final de um fuso e início de um nó. C, Final de um
nó e início do próximo fuso. Note a defl exão inicial positiva e o “afi lamento” da amplitude do complexo QRS.
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Bradicardia Sinusal (Figura 22)
Fisiopatologia • Os impulsos se originam no nó SA em uma freqüência lenta
• Pode ser fi siológico
• Pode ser um sinal físico, como uma taquicardia sinusal
Critérios de Defi -nição pelo ECG
Características: Ondas P regu-
lares, seguidas
de complexos
QRS regulares, à
freqüência de <60
por minuto
Nota: Freqüente-
mente, um sinal
físico mais que um
ritmo anormal
• Freqüência: < 60 por minuto
• Ritmo: sinusal regular
• Intervalo PR: regular, < 0,20 segundos
• Ondas P: de tamanho e formato normal; cada onda P é seguida de um complexo QRS,
cada complexo QRS é precedido de uma onda P
• Complexo QRS: estreito; ≤ 0,10 segundos, na ausência de defeito de condução intraven-
tricular
Manifestações Clínicas
• Geralmente assintomática em repouso
• Com aumento da atividade e disfunção do nó sinusal, uma freqüência lenta persistente
leva a sintomas de fadiga fácil, falta de ar, tontura e sensação de cabeça vazia, síncope e
hipotensão
Etiologias Comuns
• Pode ser normal, para pessoas com bom condicionamento físico
• Eventos vasovagais, como vômitos, manobra de Valsalva, estímulos retais, pressão inad-
vertida sobre o seio carotídeo (“síncope do barbeador”)
• Síndromes coronarianas agudas que afetam a circulação para o nó SA (artéria coronária
direita); mais freqüentemente IAM inferior
• Efeitos farmacológicos adversos, por exemplo, β-bloqueadores ou bloqueadores dos
canais de cálcio, digoxina, quinidina
Reconhecimento da Bradicardia Sinusal
Figura 22. Bradicardia sinusal.
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Bloqueio AV de Primeiro Grau (Figura 23)
Fisiopatologia • Lentifi cação da condução do impulso (bloqueio parcial) no nó AV para um intervalo fi xo
• Pode ser um sinal de outro problema ou de anormalidade da condução primária
Critérios de Defi -nição pelo ECG
Características: Intervalo PR > 0,20
segundos
• Freqüência: bloqueio cardíaco de primeiro grau pode ser observado com ritmos com bra-
dicardia sinusal ou com taquicardia sinusal e também como um mecanismo sinusal normal
• Ritmo: sinusal, regular, em ambos os átrios e ventrículos
• Intervalo PR: prolongado, > 0,20 segundos, mas que não varia (fi xo)
• Ondas P: de tamanho e formato normais; cada onda P é seguida de um complexo QRS,
cada complexo QRS é precedido de uma onda P
• Complexo QRS: estreito, ≤ 0,10 segundos na ausência de defeito de condução intraven-
tricular
Manifestações Clínicas
• Geralmente assintomático
Etiologias Comuns
• Muitos bloqueios AV de primeiro grau são devidos a medicamentos, geralmente os blo-
queadores do nó AV: ß-bloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio não – dihidropiri-
dínicos e digoxina
• Qualquer condição que estimule o sistema nervoso parassimpático (p. ex., o refl exo vaso-
vagal)
• IAMs que afetam a circulação para o nó AV (artéria coronária direita); mais freqüentemente
IAMs inferior
Reconhecimento do Bloqueio Atrioventricular (AV)
Figura 23. Bloqueio AV de primeiro grau.
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Bloqueio de Segundo Grau Tipo I (Mobitz I – Wenckebach) (Figura 24)
Fisiopatologia • Sítio da lesão: nó AV
• O suprimento sangüíneo para nó AV é originado de ramos da artéria coronária direita (cir-
culação dominante direita)
• A condução do impulso é progressivamente lentifi cada no nó AV (aumentando o intervalo
PR) até que um impulso sinusal seja completamente bloqueado e o complexo QRS falhe
Critérios de Defi -nição pelo ECG
Características: Existe um alon-
gamento progres-
sivo do intervalo
PR, até que uma
onda P não seja
mais seguida de
um complexo
QRS (batimento
falhado)
• Freqüência: freqüência atrial apenas um pouco mais rápida que a ventricular (devido à
falha da condução); geralmente dentro de uma faixa de normalidade
• Ritmo: os complexos atriais são regulares e os complexos ventriculares são irregulares
quanto à cronologia (devido à falha dos batimentos); pode-se observar ondas P regulares
caminhando através do QRS irregular
• Intervalo PR: alongamento progressivo do intervalo PR ocorre de ciclo em ciclo; depois,
uma onda P não é mais seguida de um complexo QRS (“falha do batimento”)
• Ondas P: o tamanho e o formato continuam normais; onda P ocasional não seguida de
complexo QRS (“falha do batimento”)
• Complexo QRS: ≤ 0,10 segundos mais freqüentemente, mas o QRS “falha” periodicamente
Manifestações Clínicas - Relacionadas à Freqüência
Devido à bradicardia:
• Mais freqüentemente assintomática
• Sintomas: dor torácica, falta de ar, redução do nível de consciência
• Sinais: hipotensão, choque, congestão pulmonar, insufi ciência cardíaca congestiva (ICC),
angina
Etiologias Comuns
• Agentes bloqueadores do nó AV: β-bloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio não-
dihidropiridínicos, digoxina
• Condições que estimulam o sistema nervoso parassimpático
• Síndrome coronariana aguda que envolve a artéria coronária direita
Figura 24. Bloqueio AV de segundo grau tipo I. Note o alongamento progressivo do intervalo
PR, até que uma onda P (seta) não seja mais seguida de um complexo QRS.
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Bloqueio AV de Segundo Grau Tipo II (Infranodal) (Mobitz II) (Figura 25)
Fisiopatologia • O sítio de bloqueio é mais freqüentemente abaixo do nó AV (infranodal), no feixe de His
(pouco freqüente) ou em ramos correlatos
• A condução do impulso através do nó é normal, assim, não há um bloqueio de primeiro
grau ou prolongamento do intervalo PR prévio
Critérios de Defi -nição pelo ECG
• Freqüência atrial: geralmente 60 a 100 por minuto
• Freqüência ventricular: por defi nição (devido aos impulsos bloqueados), mais lenta que a
freqüência atrial
• Ritmo: atrial = regular, ventricular = irregular (devido aos impulsos bloqueados)
• Intervalo PR: constante e fi xo; sem prolongamento progressivo, como ocorre com o blo-
queio de segundo grau Tipo I de Mobitz – uma característica distintiva
• Ondas P: típicas quanto ao tamanho e ao formato; por defi nição, algumas ondas P não
serão seguidas de um complexo QRS
• Complexo QRS: estreito ( ≤ 0,10 segundos), implica na presença de um bloqueio alto
relativo para o nó AV; largo (> 0,12 segundos) implica na presença de um bloqueio baixo
relativo para o nó AV
Manifestações Clínicas - Relacionadas à Freqüência
Devido à bradicardia:
• Sintomas: dor torácica, falta de ar, redução do nível de consciência
• Sinais: hipotensão, choque, congestão pulmonar, ICC, IAM
Etiologias Comuns
• Síndrome coronariana aguda, que envolve ramos da artéria coronária esquerda
A
B
Figura 25. A, Tipo II (bloqueio alto): intervalos PR – QRS regulares até a ocorrência
da falha de 2 batimentos; complexos QRS normais limítrofes indicam bloqueio nodal
alto ou bloqueio nodal. B, Tipo II (bloqueio baixo): intervalos PR – QRS irregulares até
a falha dos batimentos; complexos QRS largos indicam bloqueio infranodal.
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Bloqueio AV de Terceiro Grau e Dissociação AV (Figura 26)
FisiopatologiaNó AV: Dissociação AV
é uma classe
defi nidora; o
bloqueio AV de
terceiro grau
ou completo
é um tipo de
dissociação AV.
Por convenção
(desatualizada), se
a despolarização
de escape
ventricular for
mais rápida que a
freqüência atrial,
há dissociação AV;
se a freqüência
ventricular for
mais lenta que a
freqüência atrial,
há um bloqueio AV
de terceiro grau.
• Lesão ou dano para o sistema de condução cardíaco, não havendo passagem de impulso
(bloqueio completo) entre o átrio e os ventrículos (nem anterógrado, nem retrógrado)
• Este bloqueio completo pode ocorrer em várias áreas anatômicas diferentes:
— nó AV (bloqueio “nodal alto”, “supra”- ou “juncional”)
— Feixe de His
— Ramos do feixe (bloqueio “nodal baixo” ou “infranodal”)
Critérios de Defi -nição pelo ECG
Característi-cas: Bloqueio
de terceiro grau
(ver Fisiopatolo-
gia) causa uma
despolarização
independente dos
ventrículos e dos
átrios, sem uma re-
lação entre os dois
(dissociação AV)
• Freqüência Atrial: geralmente 60 a 100 por minuto; os impulsos são completamente inde-
pendentes (“dissociados”) de uma taxa ventricular mais lenta
• Freqüência ventricular: depende da taxa de batimentos de escape ventricular que surgir:
— Freqüência de escape ventricular mais lenta que a freqüência atrial = bloqueio AV de
terceiro grau (freqüência = 20 a 40 por minuto)
— Freqüência de escape ventricular mais rápida que a freqüência atrial = dissociação AV
(freqüência = 40 a 55 por minuto)
• Ritmo: tanto o ritmo atrial quanto o ritmo ventricular são regulares, mas independentes
(“dissociados”)
• Intervalo PR: por defi nição, não existe uma relação entre a onda P e a onda R
• Ondas P: típicas quanto ao tamanho e formato
• Complexo QRS: estreito (≤ 0,10 segundos) implica na presença de um bloqueio alto relati-
vo ao nó AV; largo (> 0,12 segundos) implica na presença de um bloqueio baixo relativo ao
nó AV
Manifestações Clínicas - Relacionadas à Freqüência
Devido à bradicardia:
• Sintomas: dor torácica, falta de ar, redução do nível de consciência
• Sinais: hipotensão, choque, congestão pulmonar, ICC, IAM
Etiologias Comuns
• Síndrome coronariana aguda, que envolve ramos da artéria coronária esquerda.
Em particular, envolve a artéria descendente anterior esquerda (DAE) e os ramos para o septo
interventricular (ramos de irrigação do feixe)
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Figura 26. Bloqueio AV de terceiro grau: ondas P regulares de 50 a 55 por minuto; “batimentos de
escape” ventricular regular em 35 a 40 por minuto; sem relação entre as ondas P e os batimentos de
escape.
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Desfi brilação
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Uso do Desfi brilador Manual/Monitor
Quando utilizar um desfi brilador manual/monitor, faça uma análise do ritmo,
conforme indicado no Algoritmo de Parada Cardíaca Sem Pulso. Essa análise
pode ser feita fi xando-se as pás adesivas de desfi brilação ou colocando as
pás do desfi brilador no tórax da vítima (com gel ou superfície de condução
adequada) e usando o modo de pá “quick look”.
Como as pás adesivas do monitor/desfi brilador são tão efi cazes quanto as
pás com gel ou as pastas e as pás convencionais, as pás descartáveis po-
dem ser colocadas antes da parada cardíaca, para permitir a monitorização e
a rápida aplicação de um choque, quando necessário. Assim, as pás adesi-
vas devem ser utilizadas de rotina, ao invés das pás convencionais. Quando
utilizar pás convencionais ou pás descartáveis adesivas, o profi ssional de
saúde em SAVC deve ser muito cuidadoso para não adiar a aplicação do
choque e, durante a RCP, para minimizar o tempo entre a última compressão
e a aplicação do choque. Já foi demonstrado que o adiamento na aplicação
do primeiro choque dura aproximadamente 20 a 30 segundos, um tempo
que não é mais aceitável. Caso a RCP esteja em evolução, as compressões
torácicas devem continuar até as pás adesivas do desfi brilador serem fi xadas
no tórax e o desfi brilador manual estar pronto para analisar o ritmo.
Quando você identifi car a presença de FV/TV sem pulso, aplique 1 choque
imediatamente. Use os seguintes níveis de energia:
• Bifásico manual: nível de energia específi co para cada dispositivo (tipica-
mente, uma carga selecionada de 120 J com onda bifásica retilínea e uma
carga selecionada de 150 J a 200 J com onda exponencial truncada bifá-
sica); caso você não saiba qual é a carga específi ca do dispositivo efi caz
para reverter a FV, use 200 J
• Monofásico: 360 J
Após aplicar o choque, reinicie a RCP imediatamente, aplicando compres-
sões fortes e rápidas (freqüência de compressão de 100 por minuto). Permita
o total retorno do tórax após cada compressão e minimize as interrupções
nas compressões.
Fixação das 3 Derivações do Monitor
A maioria dos monitores utiliza 3 derivações: branca, vermelha e preta.
“BRANCO à DIREITA”
“VERMELHO para as COSTELAS”
“E a DERIVAÇÃO QUE SOBROU para o OMBRO ESQUERDO”
A tabela abaixo explica essas orientações em mais detalhes.
Desfi brilação Manual
Parte 1—Desfi brilação e Segurança
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Afastamento do Profi ssional de Saúde e de Sua Equipe
Para garantir a segurança durante a desfi brilação manual ou automática, a pes-
soa que opera o desfi brilador deve sempre anunciar que um choque está prestes
a ser aplicado e realizar uma inspeção visual para assegurar-se de que ninguém
tenha contato com o paciente. O operador é responsável pelo “afastamento” dos
profi ssionais de saúde do paciente antes da aplicação de cada choque. Sempre
que você utilizar um desfi brilador, faça com fi rmeza “um aviso de afastamento por
causa de desfi brilação” antes de aplicar cada choque. O objetivo deste aviso é
assegurar que ninguém terá qualquer tipo de contato com o paciente e que não
haverá fl uxo de oxigênio passando pelo tórax do paciente ou no ar ambiente,
pelas pás adesivas. Você deve fazer esse aviso rapidamente, para minimizar o
tempo desde a última compressão até a aplicação do choque. Por exemplo:
• “Vou aplicar o choque em 3 segundos. Um, eu estou afastado” (Certifi que-
se de que você não tenha contato com o paciente, a maca ou com outros
equipamentos.)
• “Dois, você está afastado”. (Certifi que-se de que ninguém tenha contato
com o paciente. “Ninguém” inclui os profi ssionais de saúde que realizam as
compressões torácicas, os que aplicam os cateteres de acesso IV e os que
fazem a ventilação e a manutenção da via aérea.)
Certifi que-se de que todos da equipe se afastem do paciente, removam
suas mãos do paciente e não tenham contato com qualquer dispositivo
ou objeto que esteja em contato com o paciente. Qualquer pessoa que
tenha contato indireto com o paciente, como um membro da equipe que
está segurando a bolsa de ventilação fi xada a um tubo endotraqueal,
também deve afastar-se e não ter contato com o paciente. A pessoa
responsável por dar suporte à via aérea e pela aplicação de ventilação
deve assegurar-se de que o oxigênio não está fl uindo ao redor das pás
adesivas (ou pás convencionais) ou sobre o tórax do paciente.
• “Três, todos estão afastados”. (Faça uma verifi cação visual, para certifi car-
se de que ninguém tenha contato com o paciente ou com a maca.)
Fixe... Onde…
A DERIVAÇÃO BRANCA para a
DIREITA
Lado direito do tórax, imediatamente abaixo da
clavícula direita
A DERIVAÇÃO VERMELHA para as
COSTELAS
Linha média da axila esquerda, abaixo do ponto espe-
rado de impulso máximo do coração (ictus cordis)
A DERIVAÇÃO QUE SOBROU para o
OMBRO ESQUERDO
Lado esquerdo do torso, imediatamente abaixo da
extremidade distal da clavícula esquerda
Segurança e Afastamento do Paciente
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Nota Final Sobre os Desfi briladores
Você não precisa usar essas palavras exatamente. Mas é imperativo que
você avise os outros membros de que está prestes a aplicar um choque e
que todos devem fi car afastados.
Os DEAs mais modernos e os desfi briladores manuais usam ondas bifásicas.
Separe um tempo para aprender a operar o desfi brilador usado em seu am-
biente de trabalho e conhecer as regulagens de energia. Lembre-se, a pronta
desfi brilação aumenta a chance de sobrevivência do paciente. Esse princípio é
verdadeiro, independentemente do tipo de desfi brilador ou de onda utilizado.
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Parte 2 — Lista de Checagem do DEALista de Checagem do DEA Pronto para Uso
Lista de Checagem Diária/Semanal
Data ________________ Período de Cobertura _________ até ___________
Nome/Identifi cação da Organização _______________________________________________
Fabricante/Modelo No ______________________________________
Número de Série ____________
No início de cada turno ou em um momento determinado, inspecione o dispositivo usando esta lista de checagem.
Anote quaisquer inconsistências, problemas e ações corretivas que sejam realizadas. Caso o dispositivo não esteja
pronto para uso ou esteja fora de serviço, escreva FDS na linha “dia do mês” e anote os problemas no local especifi -
cado para escrever a ação corretiva.
1. Unidade de desfi brilador a. Limpo, sem respingos, desobstruído
b. Estojo intacto
2. Cabos de desfi brilação e conectores a. Inspecione para verifi car a presença de rachaduras, fi os partidos ou
danos
b. Os conectores se adaptam com segurança
3. Suprimentos disponíveis a. Dois conjuntos de pás descartáveis de desfi brilador dentro do prazo
de validade e em embalagens seladas
b. Equipamento de proteção individual — luvas, dispositivo de barreira
(ou equivalente)
c. Lâmina de barbear e tesouras
d. Toalha de mão
e. Dispositivo sobressalente de documentação de eventos*
f. Fita de ritmo*
g. Eletrodos para monitorização do ECG*
h. Módulo/chave SAV (ou equivalente)*
4. Fornecimento de energia elétrica a. Verifi que se a(s) bateria(s) totalmente carregada(s) estão em posição
b. Verifi que se há baterias carregadas sobressalentes disponíveis*
c. Troque as baterias conforme as especifi cações do fabricante*
d. Verifi car se a eletricidade tipo corrente alternada (AC) está ligada*
5. Indicadores e tela mostradora a. Mostrador LIGADO e autoteste OK*
b. Mostrador do monitor ECG funcionando*
c. Ausência de mensagem de erro/indicação de erro ou de
necessidade de reparação*
d. Tempo correto no mostrador/dispositivo; sincronizado com centro
médico regulador
6. Fita de ritmo e dispositivo de documentação do evento a. O dispositivo de documentação do evento em posição e
funcionando*
b. Fita de ritmo adequada para o ECG*
c. Gravador de ECG funcionando*
7. Ciclo de carga/apresentação para desfi brilação a. Teste segundo o procedimento recomendado pelo fabricante
b. Identifi ca um ritmo chocável*
c. Carrega a níveis adequados de energia*
d. Descarga aceitável detectada*
8. O DEA retornou pronto para uso no paciente
* Aplicável somente se o dispositivo tiver essa capacidade ou característica ou se requisitado pelas
autoridades médicas.
Registro da Ação Corretiva__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Dia do Mês/Assinatura/Unidade Nº 1. __________________
2. __________________
3. __________________
4. __________________
5. __________________
6. __________________
7. __________________
8. __________________
9. __________________
10. __________________
11. __________________
12. __________________
13. __________________
14. __________________
15. __________________
16. __________________
17. __________________
18. __________________
19. __________________
20. __________________
21. __________________
22. __________________
23. __________________
24. __________________
25. __________________
26. __________________
27. __________________
28. __________________
29. __________________
30. __________________
31. __________________
Exemplo de registro: 5.
John Jones (assinatura)
/ Dispositivo 2 checado
dispositivo 2 verifi cado
no dia 5 desse mês e
encontra-se pronto para
uso
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Vias de Acesso para Medicações
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Prioridades Corretas
Historicamente em SAVC, os medicamentos eram administrados por via
intravenosa (IV) ou endotraqueal. Mas novas opiniões científi cas e de con-
senso têm dados novas prioridades para ambas as vias de acesso e para a
administração de medicamentos. Lembre-se, nenhum medicamento adminis-
trado durante a parada cardíaca demonstrou melhorar a sobrevivência à alta
hospitalar ou melhorar a função neurológica após uma parada cardíaca.
• A RCP de alta qualidade e a desfi brilação precoce são as principais priori-
dades durante a parada cardíaca.
• A administração de medicamentos é de importância secundária.
• A colocação de uma via aérea avançada para a administração de medica-
mentos ou para a realização de ventilação é de importância secundária, a
menos que a ventilação com bolsa-valva-máscara não seja efi caz. A ab-
sorção dos medicamentos administrados por via endotraqueal é imprevisí-
vel e a dosagem ideal ainda é desconhecida. Por isso, a via IO é preferível,
quando o acesso IV não estiver disponível.
Via Intravenosa
O acesso periférico AV é preferível para a administração de medicamentos e
fl uidos. Um cateter de acesso central não é necessário durante a maioria das
tentativas de ressuscitação. Tentar inserir um cateter central pode interrom-
per a RCP. Além disso, a RCP pode causar complicações durante a inserção
do cateter central, como laceração vascular, hematomas e sangramento. A
inserção de um cateter central em uma área não compressível de uma veia é
uma contra-indicação relativa para a terapia fi brinolítica (isto é, para o pa-
ciente com um IAMEST e parada cardíaca súbita).
Não deve haver necessidade de interromper a RCP para estabelecer um
acesso periférico. Qualquer medicamento precisa tipicamente de 1 a 2
minutos para alcançar a circulação central, quando administrado pela via IV
periférica. Tenha isso em mente durante a RCP. Os medicamentos que você
administra com base na análise do ritmo não terão efeito até serem infundi-
dos no paciente e terem circulado pela corrente sangüínea gerada durante a
RCP.
Caso você opte pela via venosa periférica, administre o medicamento em in-
jeção em bolo e prossiga com 20 ml de bolo de fl uido IV. Eleve a extremidade
por 10 a 20 segundos para facilitar sua distribuição para a circulação central.
Via Intra-Óssea
Use a via IO para aplicar medicamentos e fl uidos durante a tentativa de
ressuscitação, caso a via IV não esteja disponível. O acesso IO é seguro e
efi caz para a ressuscitação com fl uidos, para a aplicação de medicamentos
e para coleta de sangue para avaliação laboratorial. O acesso IO pode ser
estabelecido em vítimas de qualquer faixa etária.
Parte 1—Introdução
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Qualquer medicamento ou fl uido que possa ser administrado por via IV, tam-
bém pode ser administrado por via IO. A via IO é preferível à endotraqueal.
A canulação IO fornece acesso para um plexo venoso não colapsável na
medula óssea. Esta rede vascular fornece uma via rápida, segura e con-
fi ável para a administração de medicamentos cristalóides, colóides e sangue
durante a tentativa de ressuscitação. Freqüentemente, é possível alcançar
o acesso IO em 30 a 60 segundos. A técnica usa uma agulha rígida, preferi-
velmente uma agulha para medula óssea ou para IO, desenhada especifi ca-
mente para este fi m. É preferível usar uma agulha IO com estilete que sem
estilete, pois esse dispositivo evita a obstrução da agulha com osso cortical
durante a inserção. As agulhas modelo butterfl y e as agulhas hipodérmicas
convencionais também podem ser utilizadas.
Via Endotraqueal
As vias de administração IV e IO são preferíveis à via endotraqueal durante a
RCP. Ao considerar o uso da via endotraqueal durante a RCP, tenha em men-
te os seguintes conceitos:
• A dose ideal da maioria dos medicamentos administrados por via endotra-
queal é desconhecida
• A dose típica dos medicamentos administrados por via endotraqueal é 2 a
2½ vezes a dose administrada por via IV.
• Para administrar medicamentos pela via endotraqueal, dilua a dose em 5 a
10 ml de água ou de solução salina normal e injete o medicamento direta-
mente no tubo endotraqueal. Prossiga com várias ventilações com pressão
positiva.
• Você pode administrar os seguintes medicamentos pela via endotraqueal
durante a parada cardíaca: atropina, vasopressina, epinefrina e lidocaína.
A regra mnemônica NAVEL é freqüentemente usada para lembrar quais
os medicamentos que podem ser administrados por via endotraqueal. Os
medicamentos para parada cardíaca que podem ser administrados são:
atropina (A), epinefrina (E), vasopressina (V) e lidocaína (L). O “N” signifi ca
naloxona, que é freqüentemente usada para depressão respiratória devida
a opióides. Note que a absorção dos medicamentos e o efeito farmacoló-
gico são muito menos previsíveis quando administrados por via endotra-
queal que quando pelas vias IV/IO.
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Uso de Veias Periféricas para Acesso IV
Os sítios mais comuns para o acesso IV são as mãos e os braços. Os sítios
preferidos são o dorso das mãos, os punhos e a fossa antecubital. De ma-
neira ideal, somente as veias antecubitais devem ser usadas para a adminis-
tração de medicamentos durante a RCP.
Anatomia: Extremidades Superiores (Figura 27)
Iniciando na face radial do punho, uma veia calibrosa, a veia radial superfi cial,
corre lateralmente em direção à fossa antecubital e une-se à veia cefálica
mediana para formar a veia cefálica. As veias superfi ciais na face ulnar do
antebraço correm em direção ao cotovelo e unem-se à veia basílica media-
na para formar a veia basílica. A veia cefálica do antebraço se bifurca em Y
na fossa antecubital, tornando-se a veia cefálica mediana (lateralmente) e a
basílica mediana (medialmente).
A veia basílica passa em direção superior à face interna do braço, onde
se une à veia braquial para tornar-se a veia axilar. A veia cefálica continua
lateralmente, em direção superior no braço, cruzando anteriormente e com
um trajeto profundo entre os músculos peitoral maior e deltóide. Após uma
angulação aguda, ela une-se à veia axilar em ângulo de 90°. Esta angulação
aguda torna a veia cefálica inadequada para a inserção de cateteres arteriais
pulmonares venosos centrais.
Técnica: Venopuntura Antecubital
As veias superfi ciais mais calibrosas do braço estão situadas na fossa ante-
cubital. Selecione estas veias para o acesso inicial, caso o paciente esteja em
colapso circulatório ou em parada cardíaca (Figura 27). Selecione um ponto
entre as junções das 2 veias antecubitais. A veia é mais estável nesse ponto
e a venopuntura é mais freqüentemente bem sucedida.
Kits especiais permitem o acesso venoso central mais simples, razão pela
qual os profi ssionais de saúde atualmente quase nunca usam veias periféri-
cas do membro inferior para acesso vascular.
Parte 2 — Acesso Intravenoso
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Figura 27. Venopuntura antecubital. A, Perspectiva do local à distância. B, Vista em aproxi-
mação da área antecubital: anatomia das veias da extremidade superior.
B
A
AxilarAxilar
Cefálica
Mediana
Cefálica
Basílica
Mediana
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Princípios Gerais do Acesso IV
Depois de obter um acesso vascular, siga esses princípios importantes para a
administração da terapia IV:
• Se o paciente tornar-se estável após a parada cardíaca, remova a cânula
inserida emergencialmente e substitua-a por uma nova cânula sob con-
dições estéreis. Quando um acesso vascular de emergência é estabelecido
fora do ambiente hospitalar, geralmente não há uma observação rigorosa
das técnicas de assepsia na maioria das venopunturas de emergência,
pois a velocidade é essencial e a equipe e os medicamentos são limitados.
• As soluções IV são geralmente embaladas em frascos plásticos inque-
bráveis ou em sacos plásticos. Esprema os sacos plásticos antes de usar,
para detectar punturas que possam levar à contaminação do conteúdo.
• Evite adicionar medicamentos que possam ser absorvidos pelo saco
plástico ou pelo tubo (p. ex., nitroglicerina IV). Se você precisar administrar
esses medicamentos sem sistemas de infusão especiais, permita a ab-
sorção do medicamento quando você titular até a taxa de administração
de medicamentos.
• De maneira ideal, regule a taxa de infusão para pelo menos 10 ml/h, para
manter patente o acesso IV.
• Sistemas de cateter com travamento para solução salina são especial-
mente úteis para pacientes que têm circulação espontânea e precisam de
injeções de medicamentos, mas não da infusão de volume IV.
• Os sistemas mais atuais usam sítios de injeção sem agulha. Esses sis-
temas permitem que as infusões de medicamentos e de solução salina
sejam feitas sem o uso de agulhas e sem os riscos associados às punturas
das mesmas.
• Evite deixar o braço com o acesso IV pendendo da maca. Coloque o braço
da vítima no nível do coração ou levemente acima dele para facilitar a ad-
ministração de fl uidos e de medicação para a circulação central.
• Durante a parada cardíaca, após a administração periférica de todos os
medicamentos, administre um bolo de pelo menos 20 ml de solução em
infusão IV. Esta infusão facilitará a distribuição do medicamento para a cir-
culação central. Eleve a extremidade da vítima por 10 a 20 segundos para
facilitar a administração do medicamento para a circulação central.
• Conheça as complicações comuns de todas as técnicas IV. As compli-
cações locais incluem a formação de hematomas, celulite, trombose e
fl ebite. As complicações sistêmicas incluem a sepse, a tromboembolia
pulmonar, a embolia aérea e a embolia por fragmentos do cateter.
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Introdução Quando o acesso venoso não pode ser alcançado rapidamente, o acesso
intra-ósseo (IO) pode servir como uma via rápida, segura e confi ável para a
administração de medicamentos cristalóides, colóides e sangue. A canulação
IO fornece acesso para um plexo venoso não colapsável na medula óssea e
pode freqüentemente ser alcançado em 30 a 60 segundos. Esta técnica de
acesso vascular é adequada para pessoas de todas as faixas etárias, desde
neonatos pré-termo até adultos.
Agulhas A técnica utiliza uma agulha rígida, de preferência uma agulha para medula
óssea do tipo Jamshidi ou uma agulha IO, desenhada especifi camente para
esse fi m. Uma agulha IO com estilete é preferível a uma agulha sem estilete,
pois o estilete pode evitar a obstrução da agulha com osso cortical durante a
inserção. Os kits com agulhas desenhadas especialmente para esse fi m estão
disponíveis comercialmente.
No passado, a maior densidade óssea nas crianças mais velhas e nos adultos di-
fi cultava a penetração de agulhas IO menos calibrosas no osso sem que curvas-
sem. Com o desenvolvimento de sistemas de cânula IO para adultos, o acesso
IO é agora mais simples de se obter em crianças mais velhas e em adultos.
Sítios Muitos sítios são adequados para a infusão IO. Para crianças pequenas, a
porção proximal da tíbia, imediatamente abaixo da placa de crescimento, a
diáfi se, é o sítio mais comumente utilizado. Em crianças mais velhas e adul-
tos, os sítios de inserção IO bem sucedidos incluem o osso esterno, a porção
distal da tíbia imediatamente acima do maléolo medial, os maléolos lateral e
medial, a porção distal do rádio e a distal da ulna, a porção distal do fêmur e
a espinha ilíaca anterior superior.
Indicações e Administração
Os medicamentos para ressuscitação, os fl uidos e os produtos derivados
do sangue podem ser administrados com segurança por via IO. As infusões
contínuas de catecolaminas também podem ser fornecidas por essa via.
O início da ação e os níveis dos medicamentos após a infusão IO durante a
RCP são comparáveis aos obtidos para as vias de administração vasculares,
incluindo o acesso venoso central. Ao fornecer medicamentos e fl uidos pela
via IO, lembre-se do seguinte:
• Faça uma infusão de toda a medicação com 5 a 10 ml de solução salina
normal para facilitar a aplicação para a circulação central.
• Administre os medicamentos e soluções viscosos e os fl uidos para um
rápido restabelecimento do volume sob pressão, usando uma bomba de
infusão, uma bolsa de pressão, ou uma pressão manual forçada para supe-
rar a resistência das veias emissárias.
Alguns profi ssionais expressaram preocupação de que a infusão de sangue
sob alta pressão possa induzir a hemólise. Mas, estudos em animais experi-
mentais não conseguiram documentar esse problema.
Parte 3 — Acesso Intra-Ósseo
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Complicações As complicações da infusão IO incluem a fratura da tíbia, a síndrome do com-
partimento da extremidade inferior e um extravasamento extremo de medi-
cações e a osteomielite. Mas < 1% dos pacientes tiveram complicações após
a infusão IO. Uma técnica cuidadosa ajuda a evitar essas complicações.
Contra-Indicações
As contra-indicações absolutas para o acesso IO são as seguintes:
• Fraturas e lesões por esmagamento, próximas ao sítio de acesso• Condições nas quais o osso esteja frágil, tais como a osteogênese imper-
feita• Tentativas prévias de estabelecer um acesso no mesmo osso
Evite a canulação IO, se houver infecção nos tecidos suprajacentes
Equipamento Necessário
Os seguintes equipamentos são necessários para estabelecer o acesso IO:
• Luvas
• Desinfetante para pele
• Agulha IO (calibre 16 ou 18) ou agulha para medula óssea
• Fita adesiva
• Seringa
• Fluido cristalóide isotônico e tubo intravenoso
Procedimento Os passos para estabelecer o acesso IO usando a tuberosidade tibial como
um sítio de acesso para exemplifi cação são:
Passo Ação
1 • Sempre use as precauções universais, ao tentar um acesso vascular. Desinfete a pele suprajacente e
as áreas circundantes com um agente desinfetante adequado.
• Identifi que a tuberosidade da tíbia imediatamente abaixo da articulação do joelho. O sítio de inserção
é a parte plana da tíbia, 1 ou 2 dedos de largura abaixo e medialmente à essa proeminência óssea. A
fi gura 28 mostra os sítios para o acesso IO.
2 • O estilete deve permanecer em posição durante a inserção para impedir que a agulha fi que obstruída
com osso ou tecido.
• Estabilize a perna, para facilitar a inserção da agulha. Não coloque sua mão atrás da perna.
3 • Insira a agulha de forma que ela fi que perpendicular à tíbia (quando colocar uma agulha IO em outras
localizações, introduza-a ligeiramente afastada do espaço articular mais próximo para reduzir o risco
de lesão das epífi ses ou da articulação, mas mantenha a agulha o mais perpendicular ao osso possível
para evitar que curve.)
GIRE – NÃO PRESSIONE – A AGULHA.
• Faça um movimento giratório, com pressão suave, mas fi rme. Algumas agulhas IO têm rosca. Estas
roscas devem ser giradas em sentido horário e parafusadas no osso.
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4 Continue a inserir a agulha através do osso cortical, até a liberação súbita da resistência. (Esta liberação
ocorre à medida que a agulha penetra no espaço medular.) Se a agulha for colocada corretamente, ela
fi cará em posição com facilidade, sem necessidade de suporte.
5 • Remova o estilete e fi xe uma seringa.
• A aspiração do conteúdo da medula óssea e de sangue no canhão da agulha confi rma o posiciona-
mento adequado. Você pode mandar este sangue para uma avaliação laboratorial. (Nota: O sangue ou
a medula óssea podem não ser aspirados em todos os casos.)
• Infunda um pequeno volume de solução salina e observe se há inchaço no sítio de inserção. Também
cheque a extremidade atrás do sítio de inserção no caso da agulha ter penetrado no osso cortical
posterior. Com a injeção de solução salina da seringa, o fl uido deve infundir-se com facilidade, sem
evidências de inchaço no sítio de aplicação.
• Caso a injeção de teste não seja bem sucedida (ou seja, se você observar infi ltração/inchaço sobre
ou próximo ao sítio de inserção), remova a agulha e tente o procedimento em outro osso. Se a cortical
óssea for penetrada, uma outra agulha colocada na mesma extremidade permitirá que os fl uidos ou
medicamentos escapem do orifício original e infi ltrem-se nos tecidos moles, talvez causando lesões.
Figura 28. A, Localização para a inserção IO na porção distal da tíbia e no fêmur. B, Localização para
inserção IO na crista ilíaca. C, Localização para inserção IO na porção distal da tíbia.
A
Superfície plana medial anterior da
tíbia
Fêmur
Maléolo medial
B CEspinha
ilíaca anterior superior
Crista ilíaca
Espinha ilíaca posterior superior
Face distal da tíbia
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6 Há vários métodos para estabilizar a agulha. Ponha uma fi ta adesiva sobre a aleta da agulha, para dar
suporte. Coloque compressas de gaze em ambos os lados da agulha, para um suporte adicional.
7 Quando conectar um tubo IV, fi xe-o à pele da vítima com fi ta adesiva para evitar o deslocamento da
agulha ao pressionar o tubo.
8 A reposição de volume nas tentativas de ressuscitação pode ser feita por um dispositivo fi xado na exten-
são do tubo ou por infusão de pressão sobre o fl uido. Quando utilizar uma bolsa de fl uido pressurizado,
tenha cuidado para evitar a embolia com ar.
Outros métodos de administração são:
• Use uma injeção em bolo através de uma porta para medicação no tubo IV (dispositivo trifásico não
necessário).
• Fixe uma trava de solução salina na cânula IO e depois forneça bolos através dessa trava.
9 Qualquer medicação que possa ser administrada por via IV pode ser administrada pela via IO, incluindo a
infusão de medicamentos vasoativos (p. ex., infusão de epinefrina).
Todas as medicações devem ser seguidas de uma infusão de solução salina.
Seguimento É importante fazer um seguimento após o estabelecimento de um acesso IO.
Siga as seguintes regras:
• Cheque o sítio freqüentemente para ver se há sinais de inchaço.
• Cheque o sítio freqüentemente para ver se a agulha se deslocou. A apli-
cação de fl uidos ou medicamentos através de uma agulha deslocada pode
causar complicações graves (p. ex., necrose tecidual ou síndrome compar-
timental).
• Substitua o acesso IO por um acesso vascular, tão logo seja razoável. As
agulhas IO devem ser usadas por curtos períodos de tempo, geralmente
< 24 horas. A substituição por um acesso vascular de longo prazo é geral-
mente feita na unidade de terapia intensiva.
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Síndromes Coronarianas Agudas
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Infarto Ventricular Direito
Os pacientes com infarto ventricular direito (VD) ou inferior freqüentemente
apresentam excesso de tono parassimpático. Uma descarga parassimpática
inadequada pode causar bradicardia sintomática e hipotensão. Se houver
hipotensão, geralmente será devida a uma combinação de hipovolemia (re-
dução da pressão de enchimento do ventrículo esquerdo [VE]) e bradicardia.
• Faça uma infusão cuidadosa de fl uido com solução salina normal (250 a
500 ml com base na avaliação clínica). Repita a administração de fl uidos
(tipicamente até 1 a 2 litros), caso exista melhora e não surjam sintomas
ou sinais de insufi ciência cardíaca ou de sobrecarga de volume. Reavalie o
paciente antes de cada administração de fl uidos. Para pacientes com infar-
to VD e hipotensão, a administração de volume pode salvar vidas.
Quando há hipotensão, uma freqüência cardíaca lenta é inadequada. A fre-
qüência cardíaca deve ser mais rápida na presença de pressão arterial baixa.
Uma administração de fl uido em bolo aumenta a pressão de enchimento do
VD - aumentando a força de contração do VD (mecanismo Starling) - o fl uxo
de sangue para os pulmões e, por fi m, a pressão de enchimento do VE e o
débito cardíaco.
Bloqueio AV com IAM Inferior
O infarto agudo da parede inferior do miocárdio (geralmente um evento da ar-
téria coronária direita) pode resultar em um bloqueio AV sintomático de segun-
do ou terceiro graus, com um ritmo de escape de complexo estreito, juncional.
Contudo, se o paciente permanecer assintomático e hemodinamicamente
estável, a colocação de marca-passo transcutâneo (TCP) e transvenoso não
está indicada. Monitorize o ritmo do paciente e prepare para a colocação de
um marca-passo transcutâneo se houver desenvolvimento de um bloqueio de
alto grau e se o paciente tornar-se sintomático ou instável antes da avaliação
por um especialista em cardiologia.
• O bloqueio cardíaco freqüentemente se desenvolve por excesso de tono
vagal e isquemia do nó atrioventricular. O paciente pode permanecer es-
tável se as células do marca-passo juncional puderem funcionar e man-
ter uma freqüência ventricular adequada. Esse ritmo geralmente tem um
complexo QRS estreito e uma freqüência ventricular de 40 a 60 por minuto.
A menos que uma grande extensão do miocárdio esteja disfuncional ou
existam condições comórbidas, o paciente freqüentemente estará estável.
• Se a bradicardia for sintomática, siga o Algoritmo de Bradicardia.
• Prepare para a colocação de um marca-passo transcutâneo (MPTC).
Parte 1 — Localização do Infarto IAMEST e Bloqueio Cardíaco
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• Use atropina para aumentar a freqüência cardíaca e a pressão arterial, se
o paciente tornar-se sintomático. A dose inicial de atropina recomendada
é de 0,5 mg IV. Evite excesso de atropina. Use somente a dose necessá-
ria para estabilizar o paciente. O excesso de atropina pode aumentar a
isquemia, por aumento da freqüência cardíaca e da contratilidade – fatores
determinantes importantes do consumo de oxigênio pelo miocárdio.
• Caso não haja resposta à atropina e ao TCP, siga o Algoritmo de Bradicar-
dia e considere infusão de epinefrina (2 a 10 μg/min) ou dopamina (2 a 10
μg/kg por minuto).
• Os defeitos de condução são freqüentemente transitórios. Contudo, você
deve manter o MPTC em compasso de espera para esses pacientes.
• A avaliação do bloqueio AV em pacientes com IAM pode ser difícil. Solicite
imediatamente a avaliação e recomendações de um especialista (p. ex.,
realização de marca-passo transcutâneo temporário).
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Parte 2 — Lista de Checagem para Fibrinolíticos
Figura 29. Lista de Checagem para Fibrinolíticos
LISTA DE CHECAGEM DE DOR TORÁCICA PARA FIBRINOLÍTICOS EM PACIENTES COM IAMEST
Passo Um: O paciente sentiu desconforto torácico por mais de 15 minutos e menos de 12 horas?
SIM
SIM NÃO
Passo Dois:
O ECG mostra IAMEST ou BRE novo ou presumivelmente novo?
NÃO
Há contra-indicações para fi brinólise?Caso QUALQUER alternativa a seguir seja SIM, a fi brinólise PODE estar contra-indicada.
PARE
PA sistólica maior que 180 mmHg
PA diastólica maior que 110 mmHg
Diferença da PA sistólica no braço direito x esquerdo maior que 15 mmHg
História de doença estrutural do sistema nervoso central
Trauma fechado signifi cativo da cabeça/face nos 3 meses anteriores
Trauma maior recente (nas últimas 6 semanas), cirurgia (inclusive cirurgia ocular com laser), sangramento GI/GU
Problema de sangramento ou coagulação ou fazendo uso de anticoagulantes
RCP por mais de 10 minutos
Está grávida
Doença sistêmica grave (p. ex., câncer em estágio avançado/terminal, doença hepática ou renal grave)
SIM NÃO
SIM NÃO
SIM NÃO
SIM NÃO
SIM NÃO
SIM NÃO
SIM NÃO
SIM NÃO
SIM NÃO
SIM NÃO
O paciente é de alto risco?Caso QUALQUER alternativa a seguir seja SIM, CONSIDERE a possibilidade de transferência para uma unidade com ICPPasso Três:
SIM NÃO
SIM NÃO
SIM NÃO
SIM NÃO
Freqüência cardíaca maior ou igual a 100 bpm E PA sistólica menor que 100 mmHg
Edema pulmonar (estertores)
Sinais de choque (pele fria e úmida)
Contra-indicações para terapia fi brinolítica
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Acidente Vascular Cerebral
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Lista de Checagem de Fibrinolíticos para AVC
Tabela 3. Lista de Checagem de Fibrinolíticos para Pacientes com AVC Isquêmico Agudo
Todos os quadros devem ser preenchidos antes do tPA poder ser administrado. Nota: A lista de checagem abaixo inclui as indicações e contra-indicações aprovadas pela FDA para administração de tPA para AVC isquêmico agudo. Um médico com experiência em cuidados para o AVC agudo pode modifi car esta lista.
Critérios de Inclusão (todos os quadros marcados Sim nesta seção devem estar marcados): Sim
Idade igual ou superior a 18 anos? Diagnóstico clínico de AVC isquêmico com um defi cit neurológico mensurável? Tempo de início dos sintomas (a última vez em que o paciente foi visto normal) bem estabelecido como sendo < 180 minutos (3 horas) antes do início do tratamento?
Critérios de Exclusão (todos os quadros Não na seção “Contra-Indicações” devem estar marcados): Contra-indicações:
Não
Evidências de hemorragia intracraniana na TC cerebral não contrastada, pré-tratamento? Apresentação clínica sugestiva de hemorragia subaracnóidea, mesmo com TC normal? A TC demonstra infarto multilobar (hipodensidade maior que um terço do hemisfério cerebral)? História de hemorragia intracraniana? Hipertensão não controlada: No momento em que o tratamento deveria iniciar, a pressão sistólica permanece > 185 mmHg ou a pressão diastólica permanece > 110 mmHg, apesar de repetidas mensurações?
Aneurisma, neoplasia ou malformação arteriovenosa conhecida? Convulsão testemunhada no início do AVC? Sangramento interno ativo ou trauma agudo (fratura)? Diátese hemorrágica aguda incluindo, mas não se limitando a – Contagem de plaquetas < 100.000/mm3? – Heparina nas últimas 48 horas, resultando em um tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) maior que o limite superior da normalidade para
o exame laboratorial? – Uso atual de anticoagulantes (p. ex., varfarina sódica) que tenha produzido uma elevação do índice de normalização internacional (INR) > 1,7 ou um
tempo de protrombina (TP) > 15 segundos?* Foi submetido a cirurgia intracraniana ou intramedular, sofreu traumatismo craniano grave ou AVC nos últimos 3 meses? Punção arterial em local não compressível, nos últimos 7 dias?
Contra-indicações Relativas/Precauções: Experiências recentes sugerem que, sob algumas circunstâncias – com a consideração cuidadosa e a ponderação da relação risco-benefício – os pacientes podem receber terapia fi brinolítica, apesar de uma ou mais contra-indicações relativas. Considere cuidadosamente os prós e os contras da administração de tPA, se houver quaisquer dessas contra-indicações relativas:
• Somente sintomas de AVC menores ou melhorando rapidamente (melhorando espontaneamente) • Nos primeiros 14 dias de cirurgia maior ou trauma grave • Hemorragia do trato urinário ou gastrintestinal recente (nos últimos 21 dias) • Infarto agudo de miocárdio recente (nos últimos 3 meses) • Pericardite pós-infarto do miocárdio • Nível glicêmico anormal (< 50 ou > 400 mg/dl [< 2,8 ou >22,2 mmol/l]) * Em pacientes sem uso recente de anticoagulantes orais ou heparina, o tratamento com tPA pode ser iniciado antes da disponibilidade dos resultados de exames de coagulação,
mas deve ser suspenso se o INR for > 1,7 ou o tempo de tromboplastina parcial for elevado para os padrões laboratoriais locais.
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Equipes de Emergência Médica (ou de Resposta Rápida)
para Evitar a Parada Cardíaca no Hospital
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Introdução A mortalidade por parada cardíaca no hospital permanece alta. O índice
médio de sobrevivência é de aproximadamente 17%, apesar dos avanços
signifi cativos nos procedimentos terapêuticos. Os índices de sobrevivência
são especialmente baixos para a parada associada a ritmos que não a fi bri-
lação ventricular (FV)/taquicardia ventricular (TV). Os ritmos não FV/TV estão
presentes em mais de 75% das paradas ocorridas em ambiente hospitalar.
Muitas paradas que ocorrem no hospital são precedidas de alterações fi sio-
lógicas facilmente reconhecíveis, muitas das quais evidenciadas pela mo-
nitorização rotineira dos sinais vitais. Em estudos recentes, quase 80% dos
pacientes hospitalizados com parada cardiorrespiratória tinham sinais vitais
anormais documentados por até 8 horas antes da parada real. Esses acha-
dos sugerem que exista um período de aumento da instabilidade antes da
ocorrência de uma parada.
Da baixa porcentagem de pacientes com parada cardíaca hospitalar que ex-
perimentam o retorno da circulação espontânea e são admitidos na unidade
de terapia intensiva, 80% acabam morrendo antes da alta. Em comparação,
somente 44% dos pacientes sem parada, transferidos do pronto socorro
para a unidade de tratamento intensivo em condições de emergência (isto é,
antes que ocorra uma parada) morrem antes da alta hospitalar.
Equipes de Parada Cardíaca (Hospitalar)
As equipes de parada cardíaca provavelmente não evitarão as paradas, pois,
geralmente, são chamadas somente após a parada ter ocorrido, em cuja
circunstância o índice de mortalidade é superior a 80%.
A abordagem para a parada cardíaca hospitalar variou muito nos últimos
anos. Atualmente, a segurança do paciente e a prevenção da parada é o
novo enfoque. A melhor maneira de melhorar as chances de sobrevivência
do paciente que sofre uma parada cardiorrespiratória é evitar sua ocorrência.
Por isso, o reconhecimento da deterioração clínica e a intervenção imediata
para evitar a parada são aspectos enfocados e enfatizados atualmente. A
avaliação rápida e a intervenção imediata para diversas condições fi siológi-
cas anormais podem reduzir o número de paradas que ocorrem em ambiente
hospitalar. A maioria das paradas cardiorrespiratórias em ambiente hospitalar
deve ser classifi cada como “falha em socorrer”, ao invés de ser uma ocorrên-
cia isolada, inesperada e aleatória. Esta nova maneira de pensar requer uma
mudança cultural signifi cativa nas instituições hospitalares. Ações e inter-
venções precisam ser pró-ativas, com o objetivo de melhorar os índices de
morbidade e mortalidade, ao invés de reagir a um evento catastrófi co.
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Sistemas de Resposta Rápida
– Equipe de Resposta Rápida
– Equipe de Emergências Médicas
Nas últimas décadas, hospitais em vários países têm desenvolvido sistemas
para identifi car e tratar precocemente a deterioração clínica dos pacientes. O
objetivo desses sistemas de resposta rápida é melhorar a evolução do pa-
ciente, trazendo especialistas em cuidados críticos para o atendimento dos
pacientes em enfermaria. Existem vários nomes para esses sistemas, como
equipe de emergência médica, equipe de resposta rápida e equipe de ava-
liação rápida.
Estes são os componentes básicos comuns para todos os sistemas de res-
posta rápida. O sucesso depende de muitos fatores. Inicialmente, o sucesso
depende do acionamento de uma equipe de emergência médica por uma
enfermeira do pronto socorro ou por uma enfermeira ou médico da enferma-
ria, utilizando critérios fi siológicos específi cos para decidir quando acionar a
equipe. A lista abaixo dá exemplos desses “critérios de acionamento” para
pacientes adultos:
• Via aérea ameaçada
• Freqüência respiratória < 6 ou > 30 respirações por minuto
• Freqüência cardíaca < 40 por minuto ou > 140 por minuto
• Pressão arterial sistólica < 90 mmHg
• Hipertensão sintomática
• Redução súbita no nível de consciência
• Agitação inexplicada
• Convulsão
• Queda signifi cativa no débito urinário
• Enfermeira ou profi ssional de saúde preocupado com o paciente
• Critérios subjetivos também podem ser utilizados
O sistema é criticamente dependente da enfermeira primária identifi car e agir
com base em critérios específi cos para imediatamente acionar a equipe de
emergência médica para o leito do paciente. A equipe de emergência médica
consiste tipicamente de profi ssionais de saúde com experiência em cuidados
de emergência e cuidados críticos, além de habilidades para dar suporte ime-
diato às intervenções em situações de cuidados críticos. A equipe de emer-
gência médica é responsável por realizar uma avaliação rápida do paciente e
iniciar o tratamento adequado para reverter a deterioração fi siológica e evitar
uma evolução inadequada.
Estudos Publicados
A maioria dos estudos publicados “antes e depois” das equipes de emer-
gência médica ou dos sistemas de resposta rápida demonstra uma queda de
17% a 65% na freqüência cardíaca após a intervenção. Os outros benefícios
documentados para esse sistema são: redução nas transferências de emer-
gências não planejadas para a unidade de terapia intensiva (UTI), redução do
tempo de permanência na UTI e do índice de hospitalização total, reduções
nos índices de morbidade e mortalidade pós-operatória e melhora nos índi-
ces de sobrevivência a uma parada cardíaca.
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O ensaio MERIT, publicado recentemente, é o único ensaio randomizado e
controlado que comparou hospitais com e sem equipes de emergência mé-
dica. O estudo não demonstrou uma diferença direta da evolução composta
(parada cardíaca, morte inesperada, admissão não planejada à UTI) entre
12 hospitais equipes de emergência médica e 11 hospitais sem equipes de
emergência médica. Pesquisas adicionais são necessárias para avaliar os de-
talhes clínicos da implementação e efi cácia potencial das equipes de emer-
gência médica na prevenção da parada cardíaca ou na melhora de outros
parâmetros de evolução importantes para o paciente.
Implementação de Um Sistema de Resposta Rápida
Implementar qualquer tipo de sistema de resposta rápida exige uma modifi -
cação cultural signifi cativa na maioria dos hospitais. Aqueles que planejam
e gerenciam o sistema devem prestar atenção especial aos aspectos que
poderiam impedir que o sistema fosse usado de maneira efi caz. Exemplos
desses aspectos preocupantes são: recursos insufi cientes, orientação inade-
quada, medo de acionar a equipe, medo de perder o controle do tratamento
do paciente e resistência pelos membros da equipe.
A implementação de um sistema de resposta rápida ou de uma uma equipe
de emergência médica requer uma orientação contínua, com coleta criteriosa
dos dados, revisão e reavaliação. O desenvolvimento e a manutenção des-
ses programas requerem um comprometimento fi nanceiro e cultural a longo
prazo por parte da administração do hospital, que deve entender que os
benefícios potenciais do sistema (redução do uso de recursos e melhora dos
índices de sobrevivência) podem ter desdobramentos fi nanceiros positivos
independentes. Os administradores hospitalares e os profi ssionais de saúde
precisam reorientar sua abordagem para os eventos médicos de emergência
e devem desenvolver uma cultura de segurança do paciente, com o objetivo
primário de reduzir a morbidade e a mortalidade.
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Abrangência Humana, Ética e Legal do ACE e SAVC
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Qual o Índice de Sucesso da RCP, da Desfi brilação e do SAVC?
Muitos especialistas em saúde pública consideram que o treinamento em
RCP seja a iniciativa de saúde pública mais bem sucedida dos tempos
atuais. Milhões de pessoas se prepararam para realizar ações que salvam
vidas de um ser humano. Mas, apesar de nossos melhores esforços, na
maioria dos locais, 50% ou mais das tentativas de ressuscitação fora do
hospital não são bem sucedidas. A RCP realizada em ambiente doméstico
ou em público resulta em um retorno da circulação espontânea (RCE) – isto
é, mesmo um retorno temporário de um ritmo adequado – somente cerca de
50% das vezes.
Tragicamente, mesmo quando ocorre o retorno da circulação espontânea,
somente cerca de 50% dos pacientes com parada cardíaca com FV admiti-
dos ao pronto-socorro e ao hospital sobrevivem e voltam para casa. Isso sig-
nifi ca que 3 de cada 4 tentativas de RCP pré-hospitalares serão “mal sucedi-
das” em termos de sobrevida livre de seqüelas neurológicas à alta hospitalar.
Além disso, existe um índice de mortalidade > 80% para a parada cardíaca
hospitalar. Devemos levar em consideração e planejar as reações emocionais
dos profi ssionais de saúde e das testemunhas para qualquer tentativa de
ressuscitação. Isso é especialmente verdadeiro quando esse esforço parece
ter sido “fracassado”.
Orgulhe-se de Suas Habilidades Como Um Profi ssional de Saúde em SAVC
Você deve se orgulhar de estar aprendendo a tornar-se um profi ssional de
saúde de SAVC. Agora você pode ter certeza de que estará melhor prepa-
rado para fazer a coisa certa, quando suas habilidades profi ssionais forem
necessárias. É claro que essas emergências podem ter evolução negativa.
Você e os outros membros da equipe de emergência que chegam para ajudar
na tentativa de ressuscitação podem não ser bem sucedidos para restaurar
a vida. Algumas pessoas têm uma parada cardíaca, simplesmente porque
chegaram ao fi m da vida. Seu sucesso não será medido pela possibilidade
do paciente com parada cardíaca viver ou morrer, mas pelo fato de você ter
tentado e desempenhado bem suas funções, juntamente com a equipe. A
simples realização das ações, seus esforços e tentativa de ajuda serão o real
critério de julgamento de seu sucesso.
Reações de Estresse Após as Tentativas de Ressuscitação
Uma parada cardíaca é um evento dramático e emocional, especialmente
se o paciente é um amigo ou um ente querido. A emergência pode envolver
detalhes físicos desagradáveis, como, sangramento, vômitos e higiene ina-
dequada. A emergência pode produzir reações emocionais fortes nos médi-
cos, enfermeiras, circunstantes, socorristas leigos e na equipe do serviço de
emergência. As tentativas mal sucedidas de ressuscitação podem estressar
mais ainda o profi ssional de saúde, resultando em várias reações emocionais
e sintomas físicos que podem perdurar até depois do término da situação de
emergência original.
Parte 1 — Questões Ligadas aos Profi ssionais de Saúde e às Testemunhas
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É comum que uma pessoa experimente “pós-choques” emocionais depois
de um evento desagradável. Essas reações de estresse geralmente ocorrem
imediatamente depois ou nas primeiras horas após o evento. Algumas vezes,
a resposta emocional ocorre mais tardiamente. Essas reações são freqüentes
e normais. Não existe nada de errado com você ou com alguém que sofra
essas reações após a ocorrência de um evento.
Os psicólogos que trabalham com equipes profi ssionais de emergência sa-
bem que os profi ssionais de saúde podem experimentar luto, ansiedade, rai-
va e culpa. As reações físicas típicas incluem difi culdade para dormir, fadiga,
irritabilidade, alterações nos hábitos alimentares e confusão mental. Muitas
pessoas dizem que eram incapazes de parar de pensar no evento. Lembre-se
de que essas reações são comuns e normais. Elas não signifi cam que você
esteja “perturbado” ou “fraco”. Reações fortes simplesmente indicam que
esse evento em particular teve um impacto signifi cativo sobre você. Com
a compreensão e o apoio dos amigos e dos entes queridos, as reações de
estresse geralmente passam.
Técnicas de Redução do Estresse em Profi ssionais de Saúde e Testemunhas
Os psicólogos nos ensinam que uma das maneiras mais bem sucedidas de
reduzir o estresse após um esforço de resgate é simples: falar sobre o as-
sunto. Sente-se com outras pessoas que testemunharam o evento e falem
sobre ele. A equipe do serviço de emergência que responde às chamadas de
emergência em locais com desfi brilação feita por socorrista leigo é encora-
jada a oferecer apoio emocional aos socorristas leigos e aos circunstantes.
Discussões mais formais, chamadas “reavaliação dos eventos críticos”, de-
vem incluir não somente socorristas leigos, mas também os profi ssionais que
responderam à situação de emergência.
Nessas discussões, você será encorajado a descrever o que aconteceu. Não
tenha medo de “reviver” o evento. É natural e saudável falar sobre ele. Des-
creva o que aconteceu, o que passou por sua mente durante os esforços de
resgate, como você se sentiu naquele momento e como se sente agora. Te-
nha paciência consigo mesmo. Compreenda que muitas reações diminuirão
em alguns dias. Compartilhar seus pensamentos e sentimentos com outros
companheiros de trabalho, profi ssionais de saúde, colegas, membros da
equipe do serviço de emergência ou amigos o ajudará a reduzir as reações
de estresse e a recuperar-se delas.
Outras fontes de apoio psicológico e emocional são os religiosos, o cape-
lão da polícia, o capelão do corpo de bombeiros e as assistentes sociais do
pronto socorro e do hospital. O instrutor de seu curso pode ser capaz de lhe
dizer quais planos foram estabelecidos para a reavaliação dos eventos críti-
cos em seu ambiente profi ssional.
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Barreiras Psicológicas à Ação
Ansiedade de Desempenho
O Curso de SAVC para Profi ssional de Saúde ajuda a prepará-lo para res-
ponder adequadamente a futuras emergências. Os profi ssionais de saúde
de SAVC têm expresso algumas preocupações comuns sobre a maneira de
responder a emergências cardíacas súbitas: Vou ser chamado a atuar? Vou
me lembrar dos passos da abordagem de SAVC? Vou me lembrar como
realizar as habilidades de RCP, desfi brilação e intubação e os detalhes sobre
as doses de medicamento e os passos nos algoritmos? Eu realmente vou
saber responder à uma emergência real? Qualquer emergência que envolva
um paciente com quem você tenha crescido, seja um amigo ou um familiar,
produzirá uma reação emocional forte.
Aspectos Desagradáveis da RCP
E o que dizer sobre os aspectos desagradáveis ou inconvenientes da rea-
lização da RCP, tanto dentro quanto fora do hospital? Você será realmente
capaz de realizar a ventilação de resgate boca–a–boca em um estranho? O
que vai acontecer se o paciente estiver com hemorragia por causa de feri-
mentos na face? Essa manobra não é um risco de doença para um profi s-
sional de saúde sem o dispositivo de barreira, ao realizar a RCP? A RCP e a
desfi brilação exigem que o profi ssional de saúde remova as roupas do tórax
do paciente. Você não pode fi xar as pás adesivas de desfi brilação, a menos
que seja diretamente sobre a pele da vítima. O profi ssional de saúde deve
abrir a blusa ou a camisa do paciente e precisa remover as roupas de baixo
da vítima. A inibição e princípios morais podem fazer com que algumas pes-
soas hesitem antes de removerem as roupas de estranhos, especialmente na
frente de muitas outras pessoas, em um local público.
Todos estão familiarizados com o conceito de choques de desfi brilação, con-
forme demonstrado em fi lmes e em programas de televisão. Todos sabem
que devem esperar pelo “salto” e pelas contrações musculares, sempre que
um personagem grita “afastem-se” e aplica um choque. Esses choques pare-
cem ser dolorosos. Você pode superar sua tendência natural de não machu-
car os outros, mesmo em uma situação de emergência, quando suas ações
puderem salvar vidas? Freqüentemente, amigos e parentes estarão no local
de uma emergência. Se você responder e atuar, essas pessoas o verão com
orgulho, por você realizar atividades rapidamente, com efi ciência e confi ança.
Essas barreiras psicológicas podem prejudicar uma resposta de emergência
rápida, principalmente em ambientes onde esses eventos são raros. Não
existem soluções fáceis para ajudar a superar essas barreiras psicológicas.
Seu instrutor o ajudará a antecipar muitas das situações descritas acima. Os
casos práticos incluem atividades de ensaio e simulação. Refl ita bastante
sobre como você responderia quando se vir frente a essas situações. A prá-
tica mental, mesmo quando não acompanhada da prática real, pode ajudar
a melhorar seu desempenho futuro. Contudo, o melhor preparo é a prática
freqüente com manequins, em situações e simulações realistas.
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Os líderes de todos os cursos que seguem as diretrizes da AHA estão cientes
dos desafi os mentais e emocionais oriundos dos esforços de ressuscitação.
Você terá apoio, caso alguma vez participe de uma tentativa de ressusci-
tação. Você pode não vir a saber, durante muito tempo, se o paciente sobre-
viveu ou morreu. Caso a pessoa que você tentou ressuscitar acabar morren-
do, conforme-se com a situação, sabendo que as ações que você realizou
foram as melhores possíveis.
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A Coisa Certa a Fazer
A AHA vem apoiando o treinamento em RCP na comunidade há mais de três
décadas. Cidadãos que respondem a uma emergência e realizam a RCP têm
salvado milhares de vidas. A AHA acredita que o treinamento na realização
de RCP e no uso do DEA aumentará substancialmente o número de sobrevi-
ventes de parada cardíaca.
Qualquer pessoa pode realizar a RCP de emergência, sem medo de sofrer
ações legais.
As compressões torácicas e a ventilação de resgate exigem um contato físico
direto entre o profi ssional de saúde e o paciente. É mais provável que essas
duas pessoas não se conheçam. Muito freqüentemente, o paciente em pa-
rada cardíaca pode morrer. Nos Estados Unidos, as pessoas podem acionar
legalmente alguém quando acreditam que essa pessoa prejudicou a outra,
mesmo não intencionalmente. Apesar desse aspecto legal, a RCP ainda é
amplamente utilizada e têm sido acentuadamente livre de ações legais e
penais. Apesar de alguns advogados terem entrado com ações legais contra
profi ssionais de saúde que realizam RCP, nenhum “bom samaritano” jamais
foi considerado culpado de prejudicar alguém enquanto estava realizando a
RCP.
Todos os 50 estados dos EUA têm leis do Bom Samaritano, que conferem
imunidade a qualquer voluntário ou socorrista leigo que tente realizar a RCP
em um esforço honesto e de “boa fé” para salvar uma vida. Uma pessoa é
considerada bom samaritano se:
• Estiver genuinamente tentando ajudar
• A ajuda for razoável (você não pode realizar condutas inadequadas e gros-
seiras, isto é, ações que uma pessoa sensata, com o mesmo treinamento
que você, jamais faria).
• O esforço de resgate for voluntário e não fi zer parte dos deveres profi ssio-
nais do indivíduo
A maioria das leis do Bom Samaritano protege pessoas leigas que realizam
RCP, mesmo se elas não tiveram um treinamento formal. O objetivo dessa
proteção é encorajar a formação de uma consciência ampla sobre as técni-
cas de ressuscitação e remover uma barreira, para envolver mais pessoas. A
menos que se espere que você realize RCP como parte de suas responsabi-
lidades profi ssionais, você não tem obrigação legal de tentar a RCP em um
paciente com parada cardíaca. A não realização de RCP quando não existe
perigo para um profi ssional de saúde com a habilidade necessária não é con-
siderada uma violação legal, mas alguns podem considerá-la uma violação
ética.
Parte 2 — Aspectos Legais e Éticos
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Princípio da Inutilidade
Se o objetivo de um tratamento médico não puder ser alcançado, a terapia
é considerada inútil. Os principais determinantes da inutilidade médica são a
duração e a qualidade de vida. Uma intervenção que não possa estabelecer
qualquer aumento na duração ou na qualidade de vida é considerada inútil.
Pacientes ou familiares podem pedir aos médicos para fornecerem cuida-
dos inadequados. Os médicos, contudo, não são obrigados a fornecer estes
cuidados, se houver um consenso científi co e social que determine que o
tratamento não será efi caz, como RCP em pacientes com sinais de morte
irreversível. Outros profi ssionais de saúde tampouco são obrigados a realizar
a RCP ou os cuidados de SAVC, se nenhum benefício for esperado (ou seja,
a RCP não restabeleceria uma circulação efi caz). Além dessas circunstâncias
clínicas e na ausência de diretivas avançadas (incluindo as ordens de não
tentar a ressuscitação – NTR) ou de desejos em vida que afi rmem o contrá-
rio, os profi ssionais de saúde profi ssionais de saúde devem tentar realizar a
ressuscitação.
Um exame cuidadoso do prognóstico do paciente, tanto para a duração
quanto para a qualidade de vida, determinará se a RCP é adequada. A RCP
não é adequada quando não se espera que ela leve à sobrevivência do pa-
ciente.
Quando a probabilidade de sobrevivência é limítrofe ou quando a probabili-
dade de morbidade e de carga para o paciente é relativamente alta, os profi s-
sionais de saúde devem apoiar os desejos do paciente. Se não souberem os
desejos do paciente, os profi ssionais de saúde podem seguir as preferências
de alguém legalmente autorizado a tomar a decisão no lugar do paciente.
Não iniciar a ressuscitação e a suspensão dos esforços do tratamento de
suporte à vida durante ou após a ressuscitação são aspectos eticamente
equivalentes. Quando o prognóstico do paciente é incerto, considere uma
prova de tratamento, enquanto reúne mais informações para determinar a
probabilidade de sobrevivência e o curso clínico esperado.
Cessação dosEsforços de Ressuscitação
A decisão de cessar os esforços de ressuscitação cabe ao médico respon-
sável pelo tratamento no hospital. O médico baseia sua decisão em muitos
fatores, incluindo o tempo até a RCP, o tempo até a desfi brilação, a presença
de co-morbidades, as condições pré-parada e o ritmo ao início da parada.
Nenhum desses fatores, isolada ou conjuntamente, é claramente preditivo da
evolução. O fator mais importante associado a uma evolução inadequada em
pacientes com parada cardíaca normotérmica é a duração dos esforços de
ressuscitação. A chance de alta hospitalar com vida e sem seqüelas neuroló-
gicas diminui à medida que aumenta o tempo até a ressuscitação. O médico
responsável pelo tratamento deve interromper a tentativa de ressuscitação se
houver um alto grau de certeza de que o paciente não responde aos esforços
adicionais de SAVC.
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Na ausência de fatores mitigantes (p. ex., toxicidade farmacológica, hipoter-
mia), os esforços prolongados de ressuscitação têm pouca probabilidade de
sucesso. Se ocorrer o RCE de qualquer duração, contudo, pode ser adequa-
do considerar o prolongamento dos esforços de ressuscitação. É importante
considerar as circunstâncias de parada cardíaca (p. ex., overdose de drogas
ou submersão em água gelada), ao decidir continuar ou não com os esforços
de ressuscitação.
Para a criança recém-nascida, a cessação das manobras de ressuscitação
pode ser justifi cada após 10 minutos sem sinais de vida, apesar dos esforços
de ressuscitação contínuos e adequados. O prognóstico de sobrevivência
ou a sobrevivência sem defi ciências já foi demonstrado como sendo extre-
mamente desfavorável quando não há resposta após mais de 10 minutos de
esforços intensivos de ressuscitação.
Quando Não Iniciar a RCP
Poucos critérios podem predizer com precisão a inutilidade da RCP. À luz
dessa incerteza, todos os pacientes com parada cardíaca devem receber
esforços de ressuscitação a menos que:
• Tenham uma ordem NTR (Não Tentar a Ressuscitação) válida
• Tenham sinais de morte irreversível (p. ex., rigidez cadavérica, decapitação,
decomposição ou lividez constante)
• Não se possa esperar qualquer benefício fi siológico, pois as funções vitais
estão deterioradas, apesar da terapia máxima (p. ex., choque cardiogênico
ou séptico progressivo)
A cessação da RCP para recém-nascidos na sala de parto pode ser adequa-
da sob circunstâncias como:
• Gestação confi rmada <23 semanas
• Peso ao nascer <400 g
• Anencefalia confi rmada
• Trissomia do 13 confi rmada
• Outras anomalias congênitas que são incompatíveis com a vida
Manutenção x Desistir da RCP
O treinamento de SBV reafi rma a necessidade de que o primeiro socorrista
leigo a chegar ao local de uma parada cardíaca inicie a RCP. Espera-se que
os profi ssionais de saúde forneçam SBV e SAVC como parte de seu dever
profi ssional. Existem algumas exceções à esta regra:
• A pessoa é encontrada morta, com sinais clínicos evidentes de morte
irreversível (p. ex., rigidez cadavérica, lividez constante, decapitação ou
decomposição).
• A tentativa de realizar a RCP colocaria o profi ssional de saúde em risco de
lesão física.
• O paciente ou seus responsáveis afi rmam não haver desejo de realização da
tentativa de ressuscitação, apresentando uma diretiva avançada (ordem NTR).
• Não se espera quaisquer benefícios fi siológicos, pois as funções vitais
deterioram apesar da terapia máxima (p. ex., sepse progressiva ou choque
cardiogênico).
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Nenhum profi ssional de saúde deve fazer um julgamento sobre a qualidade
de vida presente ou futura de um paciente em parada cardíaca, com base
nas condições neurológicas atuais (isto é, durante a tentativa de ressusci-
tação) ou previstas. Estes julgamentos “precipitados” são freqüentemente
imprecisos. Condições como lesão cerebral irreversível ou morte cerebral não
podem ser avaliadas com segurança ou previstas durante uma situação de
emergência.
Fora do hospital, os protocolos de NTR devem ser claros para todas as
pessoas envolvidas (p. ex., médicos, pacientes, familiares, entes queridos e
outros profi ssionais de saúde). As diretivas avançadas podem ser feitas de
muitas formas (p. ex., ordens expressas feita pelos médicos, à beira do leito,
cartões de identifi cação para carteira e braceletes de identifi cação).
O formulário de NTR ideal para o serviço de emergência deve ser portátil,
para o caso do paciente ser transferido. Além de incluir as ordens de NTR em
ambientes fora do hospital, o formulário deve instruir o serviço de emergên-
cia sobre o início e a manutenção das intervenções de suporte a vida para o
paciente que está sem pulso e apnéico.
Suspensão do Suporte de Vida
A suspensão do suporte de vida é uma decisão emocionalmente complexa
para a família e para a equipe de ressuscitação. Suspender ou desistir do
suporte à vida são eticamente similares. A decisão de suspender o suporte
de vida é justifi cável quando é declarado o óbito do paciente, se o médico e
o paciente ou seu responsável concordarem que os objetivos do tratamento
não podem ser alcançados ou se a carga para o paciente com a manu-
tenção do tratamento exceder quaisquer benefícios.
Alguns pacientes não recuperam a consciência após a parada cardíaca e o
(RCE). Na maioria dos casos, o prognóstico para adultos que permanecem
em coma profundo (Índice da Escala de Coma de Glasgow < 5) após a pa-
rada cardíaca pode ser previsto com precisão após 2 ou 3 dias da ressusci-
tação. Os achados físicos específi cos ou os exames laboratoriais podem ser
úteis para ajudar nesse processo. Os 3 fatores seguintes estão associados a
uma evolução desfavorável:
• Ausência de resposta pupilar à luz no terceiro dia
• Ausência de resposta motora à dor no terceiro dia
• Ausência bilateral de resposta cortical aos potenciais evocados somatos-
sensitivos do nervo mediano, quando aplicados em pacientes normotérmi-
cos que estão em coma por pelo menos 72 horas após a parada cardíaca
e a tentativa de ressuscitação.
Sob essas circunstâncias, é eticamente permissível suspender os esforços
de vida.
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Os pacientes em estágio terminal de uma doença incurável, conscientes ou
não, devem receber cuidados que assegurem seu conforto e dignidade. O
objetivo desses cuidados é minimizar o sofrimento associado à dor, à disp-
néia, ao delírio, às convulsões e a outras complicações terminais. É etica-
mente aceitável aumentar a dose de narcóticos e sedativos para aliviar a dor
e outros sintomas, até mesmo para níveis que possam encurtar a vida do
paciente.
Diretivas Avançadas, Desejos em Vida e Autode-terminação do Paciente
Uma diretiva avançada é qualquer manifestação expressa dos pensamentos,
desejos ou preferências de uma pessoa em relação a seu atendimento na
fase terminal. As diretivas avançadas podem ser baseadas em diretivas es-
critas, conversadas, desejos em vida, ou procurações registradas em cartório
referentes aos cuidados de saúde. A validade legal dos diversos relatórios de
diretivas avançadas varia de jurisdição para jurisdição. Os tribunais conside-
ram que as diretivas avançadas escritas sejam mais fi dedignas que as decor-
rentes de lembranças de conversações.
Um desejo em vida é uma recomendação feita por escrito pelo paciente aos
médicos sobre os cuidados de saúde que aprovaria caso viesse a se tornar
terminal e incapaz de tomar decisões. Um desejo em vida é uma evidência
nítida dos desejos do paciente e, na maioria dos locais, pode ser legalmente
adotado.
Os desejos em vida e as diretivas avançadas devem ser reavaliados periodi-
camente, porque os anseios dos pacientes e suas condições médicas podem
mudar com o passar do tempo. O Ato de Autodeterminação do Paciente de
1991 (EUA) obriga as instituições de cuidados à saúde e as organizações
de managed care a perguntar se os pacientes têm diretivas avançadas. As
instituições de cuidados à saúde devem facilitar a conclusão das diretivas
avançadas, se os pacientes assim o desejarem.
Ordens de Não-Ressuscitação Fora do Hospital
Muitos pacientes para os quais o 192 é acionado devido a parada cardía-
ca são pessoas com doenças crônicas, têm uma doença terminal, ou têm
uma diretiva avançada por escrito (ordem NTR). Estados e outras jurisdições
têm leis diferentes para as ordens NTR em ambiente fora do hospital e para
diretivas avançadas. Mesmo se um paciente tiver uma ordem NTR, pode ser
difícil determinar a importância de iniciar a ressuscitação. Essa determinação
é especialmente difícil se os familiares tiverem opiniões diferentes. Você deve
iniciar a RCP e os cuidados de SAVC se tiver razões para acreditar que:
• Existe dúvida razoável sobre a validade de uma ordem NTR ou de uma
diretiva avançada
• O paciente pode ter mudado de idéia
• Os melhores interesses do paciente estão em jogo
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Algumas vezes, alguns minutos após o início de uma tentativa de ressus-
citação, os parentes ou outras pessoas da equipe médica podem chegar e
confi rmar que o paciente havia claramente expresso o desejo de que a res-
suscitação não fosse tentada. As medidas de RCP ou outros suportes à vida
podem ser descontinuados com a aprovação da indicação médica, quando
não há informações adicionais disponíveis.
Quando você não puder obter uma informação clara sobre os desejos do paciente, inicie as medidas de ressuscitação.
Programas do Serviço de Emergência Que Não Utilizam RCP
Diversos estados (EUA) têm adotado programas “sem RCP”. Esses progra-
mas permitem ao paciente e seus familiares acionarem o 192 para cuidados
de emergência, apoio e tratamento para os problemas de estágio terminal da
vida (isto é, falta de ar, sangramento ou dor incontrolável). Os pacientes não
devem temer a realização de esforços indesejados de ressuscitação.
Em um programa de não–RCP, o paciente que geralmente tem uma doença
terminal assina um documento requisitando que não sejam feitas “medidas
heróicas” se houver perda do pulso ou cessação da respiração. Em alguns
estados, o paciente deve portar um bracelete com identifi cação de não-RCP.
Em uma situação de emergência, o bracelete ou outra documentação sinaliza
aos profi ssionais de saúde que os esforços de RCP, incluindo o uso do DEA,
não devem ser tentados.
Se um profi ssional de saúde de SAVC chega a um local em que há uma pes-
soa em aparente parada cardíaca (sem resposta, sem pulso, sem respiração)
e observa que a pessoa está portando um bracelete do programa de não-
RCP (ou tem alguma outra indicação da condição de não RCP), o profi ssional
de saúde deve respeitar os desejos do paciente. Relate o problema como
“pessoa que não responde, está em colapso e porta um bracelete de não-
RCP”. Informe que você considera que a RCP não deva ser realizada.
Verifi que a regulamentação de seu estado (EUA) ou pergunte a seu instrutor
como são as leis em sua jurisdição em relação às “ordens de não-RCP” em
ambiente fora do hospital.
Transporte Se um sistema de serviço de emergência não permite que os não médicos
declarem a morte e a interrupção dos esforços de ressuscitação, a equipe
pode ser forçada a transportar ao hospital uma vítima com óbito por parada
cardíaca, que se mostrou refratária a cuidados adequados de SBV/SAVC.
Essa ação é antiética. Se os protocolos de tratamento de SBV e SAVC exe-
cutados cuidadosamente falham fora do hospital, como pode o mesmo
tratamento ter êxito no departamento de emergência? Diversos estudos têm
observado regularmente que < 1% dos pacientes transportados com RCP
em realização sobrevivem à alta hospitalar.
Os esforços tardios ou mínimos para fornecer RCP e SAVC, denominados “acio-
namentos lentos” (sabidamente fornecendo ressuscitação inefi caz), são procedi-
mentos inadequados. Esta prática compromete a integridade ética dos profi ssio-
nais de saúde e debilita o relacionamento profi ssional de saúde-paciente.
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Muitos serviços de emergência autorizam o encerramento de uma tentativa
de ressuscitação fora do hospital. Os serviços de emergência devem
estabelecer protocolos para declarar o óbito e para o transporte adequado
do corpo e devem também treinar suas equipes para saberem lidar com a
família e com os amigos da vítima com bastante sensibilidade.
Aspectos Legais de Uso do DEA
Os desfi briladores, incluindo muitos DEAs, são dispositivos médicos restritos.
A maioria dos estados (EUA) tem legislações que exigem que o médico auto-
rize o uso de dispositivos médicos restritos. Programas de RCP realizada por
socorrista leigo e de desfi brilação que não disponibilizam DEAs para socor-
ristas leigos (e, em alguns casos, para os profi ssionais de saúde do serviço
de emergência) podem precisar ter uma autoridade médica ou um profi ssio-
nal de saúde que supervisione a compra dos DEAs, os protocolos de trata-
mento, o treinamento e o contato com os profi ssionais de saúde do serviço
de emergência. De certo modo, as autoridades médicas prescrevem o DEA
para uso por socorrista leigo e, portanto, estão de acordo com a regulamen-
tação médica.
Nos Estados Unidos, as acusações por mal prática e as conseqüentes ações
legais por responsabilidade aumentam a cada ano. No passado, o medo de
ser acionado legalmente por mal prática impediu programas inovadores que
trouxessem uma pronta RCP e desfi brilação para toda a comunidade, mas
esses medos mostraram-se infundados.
Para resolver o problema do medo de ser acionado legalmente, todos os
estados (EUA) têm mudado as leis e as regulamentações vigentes para for-
necer imunidade limitada aos socorristas leigos que usam o DEA no curso
da tentativa de ressuscitação. Muitos estados (EUA) têm criado leis do Bom
Samaritano para incluir o uso de DEA por socorristas leigos. Isso signifi ca que
o sistema legal considerará o socorrista leigo um Bom Samaritano se tentar
realizar a RCP e a desfi brilação em alguma pessoa que esteja em parada car-
díaca. Como um Bom Samaritano, nenhuma ação legal contra você por lesão
ou dano que ocorra durante os esforços de ressuscitação terá sucesso (ex-
ceto nos casos de negligência grosseira). Por volta do ano 2000, advogados
e promotores (EUA) começaram a acionar legalmente certos locais por não
treinarem e equiparem seus empregados na realização de RCP e uso do DEA,
mas até 2005 nenhuma ação legal envolvendo um caso de tentativa de res-
suscitação em que um socorrista leigo tenha usado um DEA foi identifi cada.
Alguns estados dão imunidade limitada para uso do DEA por socorrista leigo
se certas recomendações específi cas forem seguidas. Essas recomendações
podem exigir que o profi ssional de saúde:
• Tenha treinamento formal em RCP e uso do DEA (p. ex., o Curso Salva-Co-
rações de DEA da AHA ou equivalente)
• Utilize os protocolos de tratamento aprovados por uma autoridade médica
reconhecida
• Realize checagens de rotina e manutenção do DEA, conforme especifi cado
pelo fabricante
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• Notifi que as autoridades do serviço de emergência de sua região sobre a
localização do DEA, para que a equipe do serviço de emergência, princi-
palmente os médicos reguladores, saibam onde estão em caso de chama-
das de emergência feitas de um ambiente onde exista um DEA.
A AHA publicou recentemente um documento em que detalha a legislação re-
comendada para promover programas de RCP e uso do DEA por socorristas
leigos e para ajudar os legisladores e desenvolvedores de políticas de saúde
a removerem os impedimentos para esses programas:
(http://circ.ahajournals.org/cgi/reprint/CIRCULATIONAHA.106.172289v1)
Os programas de RCP e uso do DEA por socorristas leigos devem implemen-
tar processos de melhora continuada da qualidade, incluindo a avaliação dos
seguintes aspectos:
• Desempenho de um plano de resposta de emergência, incluindo intervalos
precisos de tempo para as principais intervenções (como colapso até o
choque ou aconselhamento de não choque para início da RCP) e a evo-
lução do paciente
• Desempenho do profi ssional que responde à situação de emergência
• Funcionamento do DEA
• Condição e funcionamento das baterias
• Funcionamento das pás com eletrodos e condições para uso imediato,
incluindo data de validade
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Notifi cação Aos Sobreviventes Sobre a Morte de Um Ente Querido
Apesar de nossos melhores esforços, a maioria das ressuscitações falham.
Notifi car os familiares da morte de um ente querido é um aspecto importan-
te de uma tentativa de ressuscitação, que deve ser feito compassivamente,
tomando cuidado para não ferir as crenças culturais e religiosas e as práticas
da família.
Não é raro que os familiares sejam afastados durante a tentativa de ressus-
citação de um ente querido. As pesquisas sugerem que os profi ssionais de
saúde têm opiniões variadas em relação à presença familiares durante as ten-
tativas de ressuscitação. Vários comentários têm expressado preocupação
de que os familiares possam interferir com os procedimentos ou acabem
desmaiando. A exposição da instituição e dos profi ssionais de saúde às res-
ponsabilidades legais é outra preocupação.
Contudo, diversas pesquisas desenvolvidas diante da observação dos es-
forços de ressuscitação demonstraram que a maioria dos familiares queria
estar presente durante a tentativa de ressuscitação. Familiares sem conhe-
cimentos médicos relataram que o fato de estarem ao lado de seus entes
queridos e de poder dizer adeus durante os momentos fi nais de sua vida era
uma atitude reconfortante. Eles também relataram que essa presença durante
a tentativa de ressuscitação os ajudou a aceitar melhor a morte de seu ente
querido e a maioria afi rmou que faria tudo novamente. Vários relatos retros-
pectivos apontam reações positivas por parte dos familiares, muitos dos
quais afi rmaram que haviam tido a sensação de terem ajudado seus entes
queridos e que isso havia aliviado parte de seu próprio sofrimento. A maioria
dos pais entrevistados queriam ter tido a opção de decidir se queriam ou não
estar presentes durante as tentativas de ressuscitação de seu fi lho.
Assim, na ausência de dados sugestivos de que a presença da família seja
prejudicial e à luz dos dados que sugerem que a estratégia possa ser útil,
oferecer a alguns familiares a oportunidade de estarem presentes durante
uma tentativa de ressuscitação parece ser algo razoável e desejado. Essa re-
comendação considera que o paciente, se for adulto, não tenha comunicado
uma objeção prévia. Os pais raramente perguntam se podem estar presentes,
a menos que sejam encorajados pelos profi ssionais de saúde.
A equipe encarregada da ressuscitação deve ser sensível à presença de fami-
liares durante os esforços de ressuscitação. É útil ter um membro da equipe
disponível para responder às perguntas feitas pela família, para dar esclareci-
mentos ou até para confortá-la.
Parte 3 — Suporte Emocional à Família
Principais Medicamentos em SAVC
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IV Periférica: Os medicamentos de ressuscitação administrados através de cateter IV periférico devem
ser seguidas da administração de 20 ml de fl uido via IV em bolus, para impulsioná-los para a
circulação central. A seguir, eleve a extremidade do paciente por 10 a 20 segundos.
Intra-óssea: Os medicamentos usados em SAVC que podem ser administrados por via IV também podem
ser administrados por via intra-óssea (IO).
Endotraqueal: Os medicamentos que podem ser administrados por via endotraqueal são indicados para
estes casos. As doses endotraqueais mais adequadas ainda não foram estabelecidas. A
administração IV/IO é preferível, pois pode proporcionar uma distribuição mais confi ável
do medicamento e um melhor efeito farmacológico. A medicação administrada via tubo
endotraqueal deve ser diluída em água ou em SSN até 10 ml. Aplique várias ventilações com
pressão positiva após administrar a medicação.
IECAs (Inibido-res da Enzima Conversora da Angiotensina)
Enalapril
Captopril
Lisinopril
Ramipril
Indicações • Os IECA reduzem a mortalidade e melhoram a
disfunção do VE em pacientes pós IAM. Esses
medicamentos ajudam a prevenir o remodela-
mento adverso do VE, retardam a progressão
para insufi ciência cardíaca e diminuem a
incidência de morte súbita e de IM recorrente.
• Um IECA deve ser administrado por via oral nas
primeiras 24 horas após o início dos sintomas e
continuado por longo prazo.
• Insufi ciência cardíaca clínica sem hipotensão
arterial em pacientes que não respondem aos
digitálicos ou diuréticos.
• Sinais clínicos de IAM com disfunção do VE.
• Fração de ejeção do VE < 40%.
Precauções/Contra-indicações para Todos os IECA • Contra-indicado na gravidez (pode causar
comprometimento fetal ou morte).
• Contra-indicado em casos de angioedema.
• Hipersensibilidade aos IECA.
• Em casos de insufi ciência renal, a dose deve
ser reduzida (creatinina > 2,5 mg/dl em homens,
> 2 mg/dl em mulheres). Evite seu uso em casos
de estenose bilateral da artéria renal.
• Concentrações séricas de potássio > 5 mEq/l.
Não administrar se o paciente estiver com hipo-
tensão arterial (PAS < 100 mmHg ou mais de 30
mmHg abaixo do valor basal) ou com depleção
de volume.
• Geralmente, seu uso não é iniciado no PS; após
a conclusão da terapia de reperfusão e a estabi-
lização da pressão, inicie em 24 horas.
Abordagem: A terapia com IECA deve
ser iniciada com a administração de
baixas doses por via oral (com doses IV
possíveis para algumas preparações) e
aumentadas constantemente, até alcan-
çar a dose total dentro de 24 a 48 horas.
Um bloqueador do receptor da angio-
tensina (BRA) deve ser administrado a
pacientes que não toleram os IECA.
Enalapril (IV = Enalaprilat) • VO: Inicie com a dose única de 2,5 mg.
Titule a dose para 20 mg VO, 2 vezes
ao dia.
• IV: dose inicial de 1,25 mg durante 5
minutos; depois, 1,25 a 5 mg a cada 6
horas.
• A via IV é contra-indicada em casos de
IAMEST (risco de hipotensão).
Captopril, Dose em Casos de IAM • Inicie com a dose única de 6,25 mg,
por via oral.
• Aumente para 25 mg 3 vezes ao dia;
depois, para 50 mg 3 vezes ao dia,
conforme tolerado.
Lisinopril, Dose em Casos de IAM • 5 mg nas primeiras 24 horas do início
dos sintomas. Depois,
• 5 mg administrados após 24 horas.
Depois,
• 10 mg administrados após 48 horas.
Depois,
•10 mg 1 vez ao dia, diariamente
Ramipril • Inicie com a dose única de 2,5 mg, por
via oral. Titule até 5 mg VO 2 vezes ao
dia, quando tolerado.
Medicamento/Terapia
Indicações/Precauções Dosagem em Adultos
Notas Sobre a Administração de Medicamentos por Via:
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Adenosina Indicações • Primeiro medicamento para a maioria das
formas de TSVP estável com complexo estreito.
Efi caz em eliminar as alterações devidas à
reentrada envolvendo o nó AV ou o nó sinusal.
• Pode ser considerada para taquicardia instável
com complexo estreito por reentrada, enquanto
se prepara para a cardioversão.
• Taquicardia Regular de complexo largo, conside-
rada ou previamente defi nida como TSV com
reentrada.
• Não reverte a fi brilação atrial, o fl utter atrial ou
a TV.
• TSV com complexo estreito, estável e indefi nido,
como uma manobra diagnóstica.
Precauções/Contra-indicações• Contra-indicação: Taquicardia induzida por
intoxicação/medicamento ou bloqueio cardíaco
de segundo ou terceiro grau.
• Os efeitos colaterais transitórios incluem
fl ushing, dor ou opressão torácica, períodos
breves de assistolia ou bradicardia, ectopia
ventricular.
• Menos efi caz (doses mais altas podem ser
necessárias) em pacientes que fazem uso de
teofi lina ou de cafeína; reduza a dose para 3 mg
em pacientes que estão recebendo dipiridamol
ou carbamazepina.
• Se administrado para TV/taquicardia com com-
plexo largo, pode causar deterioração (inclusive
hipotensão).
• Períodos transitórios de bradicardia sinusal e
ectopia ventricular são comuns após a elimina-
ção da TSV.
• Seguro e efi caz quando administrado durante a
gravidez.
Via IV Rápida Contínua• Coloque o paciente em posição de Tren-
delemburg invertida com leve inclinação,
antes de administrar o medicamento.
• Bolus inicial de 6 mg administrado
rapidamente durante 1 a 3 segundos,
seguido de bolus de 20 ml de SSN; de-
pois, eleve as extremidades do paciente.
• Uma segunda dose (12 mg) pode ser
administrada em 1 a 2 minutos, se
necessário.
• Uma terceira dose (12 mg) pode ser
administrada em 1 a 2 minutos, se
necessário.
Técnica de Injeção• Registre o ritmo cardíaco em uma tira de
ECG, durante a administração.
• Prepare a administração de adenosina e
injete em 2 seringas separadas.
• Conecte ambas as seringas ao porta-
injeção IV mais próximo do paciente.
• Clampeie o tubo IV acima do porta
injeção.
• Administre a adenosina IV tão rapida-
mente quanto possível (1 a 3 segundos).
• Enquanto se mantém uma pressão
no êmbolo da seringa de adenosina,
introduza a SSN contínua tão rapida-
mente quanto possível após a infusão de
adenosina.
• Libere o clamp do tubo IV.
Amiodarona IndicaçõesDevido a seus efeitos colaterais potencialmente
fatais e às difi culdades associadas a seu manejo,
a amiodarona deve ser prescrita para o tratamento
somente das seguintes arritmias ventriculares
recorrentes, potencialmente fatais, documenta-
das, quando essas arritmias não responderem
a outros agentes antiarrítmicos ou quando os
agentes alternativos não forem tolerados:
• Fibrilação ventricular recorrente
• Taquicardia ventricular recorrente hemodinami-
camente instável.
Os pacientes devem ser hospitalizados
enquanto as doses de ataque de amiodarona
são administradas. A amiodarona deve ser
prescrita apenas por médicos com experiência no
tratamento de arritmias potencialmente fatais, que
estejam completamente familiarizados com os
riscos e os benefícios da amiodarona, e que
tenham acesso aos recursos laboratoriais capazes
de monitorizar adequadamente a efi cácia e os
efeitos colaterais do tratamento com amiodarona.
Outros Usos: Procure consulta com especia-lista Atenção: Interações medicamentosas múltiplas e complexas
Parada Cardíaca Não Responsiva à RCP. Choque e Vasopressores 300 mg, IV/IO contínua (recomendada
diluição em 20 a 30 ml de SG 5%). A dose
inicial pode ser seguida de apenas mais
UMA dose de 150 mg IV contínua em 3 a
5 minutos.
Arritmias Ventriculares Recorrentes Potencialmente Fatais Dose máxima acumulada: 2,2 g por via IV
em 24 horas
Pode ser administrada da seguinte ma-
neira:
• Infusão rápida: 150 mg IV durante os
primeiros 10 minutos (15 mg/min). A
infusão rápida (150 mg IV) pode ser
repetida a cada 10 minutos, conforme a
necessidade.
• Infusão lenta: 360 mg IV durante 6 horas
(1 mg/min).
• Infusão de manutenção: 540 mg IV
durante 18 horas (0,5 mg/min).
Precauções • Com doses múltiplas, as doses acumu-
ladas > 2,2 g/24 horas são associadas
com hipotensão signifi cativa, segundo
relatos de ensaios clínicos.
• Não administre com outros medicamen-
tos que prolongam o intervalo QT (p. ex.,
procainamida).
• Eliminação terminal é extremamente pro-
longada (a meia-vida é de até 40 dias).
Medicamento/Terapia
Indicações/Precauções Dosagem em Adultos
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4
Anrinona (Ver Inanrinona)
Ácido Acetil-salicílico
Indicações• Administre para todos os pacientes com sín-
drome coronariana aguda, principalmente aos
candidatos a reperfusão, exceto em casos de
hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico.
• Bloqueia a formação de tromboxano A2, que
provoca a agregação das plaquetas e a constri-
ção das artérias. Isso reduz a mortalidade global
por síndrome coronariana aguda, reinfarto e
AVC não fatal.
• Qualquer pessoa com sintomas (sensação de
“pressão”, “peso”, “opressão”, ”trituração”)
sugestivos de dor isquêmica.
Precauções• Relativamente contra-indicada em pacientes
com úlcera ativa ou asma.
• Contra-indicado em pacientes com hipersensi-
bilidade conhecida ao ácido acetilsalicílico.
• Comprimido revestido não entérico de
160 mg a 325 mg, assim que possível (é
preferível comprimido mastigável).
• Pode ser utilizado supositório retal (300
mg) para pacientes que não podem
tomar o medicamento por VO.
• Meta: Administração nos primeiros
minutos após a chegada.
Sulfato de Atropina
Pode ser admi-
nistrada por tubo
endotraqueal
A administração
não deve atrasar
a colocação do
marca-passo em
pacientes com
sintomas graves
Indicações • Medicamento de primeira escolha para bradi-
cardia sinusal sintomática.
• Pode ser benéfi ca na presença de bloqueio do
nó AV ou de assistolia ventricular. Não será efi caz para o bloqueio infranodal (Mobitz tipo II).
• Medicamento de segunda linha (depois da
epinefrina ou vasopressina) para assistolia ou
atividade elétrica sem pulso bradicárdica.
• Intoxicação por organofosfatos (p. ex., agentes
neurotóxicos): doses extremamente altas
podem ser necessárias.
Precauções• Utilize com cautela na presença de isquemia
miocárdica e hipóxia. Aumenta a demanda
miocárdica de oxigênio.
• Evite em casos de bradicardia hipotérmica.
• Não será efi caz para o bloqueio AV infranodal
(tipo II) e bloqueio de terceiro grau recente com
complexos QRS largos. (Nesses pacientes,
pode causar lentifi cação paradoxal. Esteja
preparado para colocar marca-passo ou para
administrar catecolaminas).
• Doses de atropina < 0,5 mg podem resultar em
lentifi cação paradoxal da freqüência cardíaca.
Atividade Elétrica Sem Pulso ouAssistolia • 1 mg IV/IO contínua
• Pode ser repetida a cada 3 a 5 minu-
tos (se a assistolia persistir), até um
máximo de 3 doses (3 mg).
Bradicardia • 0,5 mg IV, a cada 3 a 5 minutos, con-
forme a necessidade; não exceder a
dose total de 0,04 mg/kg (total 3 mg).
• Utilize intervalos mais curtos entre as
doses (3 minutos) e doses mais altas
em condições clínicas graves.
Síndromes Coronarianas Agudas As Diretrizes ACE/AHA para o manejo do
IAMEST recomendam doses de 0,6 a 1
mg IV, repetidas a cada 5 minutos, para
pacientes com síndrome coronariana
aguda (dose total de 0,04 mg/kg).
Administração Endotraqueal• 2 a 3 mg diluídos em 10 ml de água ou
SSN.
Intoxicação por OrganofosforadosDoses extremamente altas (2 a 4 mg ou
mais altas) podem ser necessárias.
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Indicações/Precauções Dosagem em Adultos
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-Bloqueadores Indicações
Tartarato de Metoprolol
• Administre a todos os pacientes com suspeita
de infarto do miocárdio e angina instável, se não
houver contra-indicação. Esses medicamentos
são agentes antianginosos efi cazes e podem
reduzir a incidência de FV.
• Útil como um agente adjuvante à terapia com
agentes fi brinolíticos. Pode reduzir a incidência
de reinfarto não fatal e de isquemia recorrente.
Tartarato de metoprolol (esquemapara IAM)• Dose inicial IV: 5 mg via IV lenta, com
intervalos de 5 minutos, até um total de
15 mg.
• Esquema por via oral, após a dose IV: 50
mg, 2 vezes ao dia, por 24 horas, depois,
aumente para 100 mg, 2 vezes ao dia.
Atenolol • Para reverter ao ritmo sinusal normal ou para
lentifi car a resposta ventricular (ou ambos),
em casos de taquiarritmias supraventriculares
(TSVP, fi brilação atrial ou fl utter atrial).
Os ß-bloqueadores são agentes de segunda
linha (com os bloqueadores dos canais de
cálcio), após a adenosina.
• Para reduzir a isquemia miocárdica e a lesão
em pacientes com IAM com freqüência cardíaca
elevada ou pressão arterial alta, ou ambas.
Atenolol (esquema para IAM) • 5 mg IV lento (por 5 minutos).
• Aguarde 10 minutos, depois administre
uma segunda dose de 5 mg IV lento (por
5 minutos).
• Em 10 minutos, se bem tolerado, pode
iniciar 50 mg VO; depois, administre 50
mg VO 12h/12h × 2 e, depois, 100 mg
diariamente.
Propranolol • Para a terapia anti-hipertensiva de emergência
para o AVC isquêmico agudo e o AVC hemorrá-
gico.
Precauções/Contra-indicações• Administração via IV concomitante a agentes
bloqueadores dos canais de cálcio, como o
verapamil ou o diltiazem, pode causar
hipotensão grave.
Propranolol• Dose total 0,1 mg/kg por via IV lenta,
contínua, dividida em 3 doses iguais, em
intervalos de 2 a 3 minutos. Não exceda
1 mg/min.
• Se necessário, repita em 2 minutos após
a dose total ter sido administrada.
Esmolol • Evite em casos de doenças broncoespásticas,
insufi ciência cardíaca ou anormalidades graves
na condução cardíaca.
• Monitorize as condições cardíacas e pulmonares
durante a administração.
• Pode causar depressão miocárdica.
• Contra-indicado na presença de bradicardia
grave, PAS < 100 mmHg, insufi ciência grave do
VE, hipoperfusão ou bloqueio AV de segundo ou
terceiro grau.
• O propranolol está contra-indicado para a sín-
drome coronariana aguda induzida por cocaína.
Esmolol • 0,5 mg/kg durante 1 minuto, seguido de
uma infusão de 50 μg/kg (0,05 mg/kg)
por minuto, durante 4 minutos; dose
máxima: 0,3 mg/kg por minuto, para um
total de 200 μg/kg.
• Se a resposta inicial for insufi ciente, apli-
que um segundo bolus de 0,5 mg/kg por
um minuto, depois, aumente a dose da
infusão para 100 μg/kg por minuto; taxa
de infusão máxima 300 μg/kg (0,3 mg/kg)
por minuto.
• O esmolol tem uma meia-vida curta (2 a
9 minutos).
Labetalol Labetalol • 10 mg de labetalol IV contínua por 1 a 2
minutos.
• Pode repetir ou dobrar a dose de
labetalol a cada 10 minutos, até uma
dose máxima de 150 mg, ou dar a dose
inicial em bolus e depois iniciar a infusão
de labetalol à taxa de 2 a 8 mg/min
Cloreto de Cálcio
Solução a 10% é 100 mg/ml em 10 ml
Indicações• Hiperpotassemia conhecida ou suspeita (p. ex.,
insufi ciência renal).
• Redução dos níveis de cálcio iônico no sangue
(p. ex., após transfusões sangüíneas múltiplas)
• Como um antídoto para efeitos tóxicos (hipo-
tensão e arritmias) decorrentes de overdose de
bloqueadores dos canais de cálcio ou overdose
de β-bloqueadores.
Precauções • Não use rotineiramente em casos de parada
cardíaca.
• Não misture com bicarbonato de sódio.
Dose Típica• 500 mg a 1.000 mg (5 a 10 ml de uma
solução a 10%) IV para hiperpotassemia
e overdose de bloqueadores de canais
de cálcio. Pode ser repetido, conforme a
necessidade.
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Indicações/Precauções Dosagem em Adultos
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Cardioversão (Sincronizada)
Administrada
através dos ele-
trodos das pás
adesivas para
desfi brilação ou
das pás conven-
cionais manuais
de um desfi brila-
dor/monitor.
Ajuste o desfi -
brilador/monitor
para o modo
sincronizado
(sync)
O modo sync
fornece a
energia logo
após a onda R.
Indicações • Todas as taquicardias (freqüência > 150 bpm)
com sinais e sintomas graves relacionados à
taquicardia.
• É possível tentar utilizar alguns medicamentos
rapidamente, com base nas arritmias específi -
cas.
Precauções/Contra-indicações • Contra-Indicações: Taquicardia induzida por
intoxicação/medicamento.
• Em condições críticas, aplique choques não
sincronizados imediatamente.
• A cardioversão imediata geralmente não é
necessária se a freqüência cardíaca for ≤ 150
bpm.
• A reativação do modo sync é necessária após
cada tentativa de cardioversão (desfi briladores/
cardioversores convencionais para o modo não
sincronizado).
• Prepare para desfi brilar imediatamente, caso a
cardioversão cause uma FV.
• A cardioversão sincronizada não pode ser
realizada se o paciente não estiver conectado
ao monitor; o seletor deve estar indicando as
derivações I, II ou III e não “pás”.
Técnica
• Sempre que possível, faça pré-medi-
cação.
• Selecione o modo sync antes de cada
tentativa.
• Procure os indicadores sync na onda R.
• Certifi que-se de que não haja contato
físico com o paciente antes de cada
choque.
• O fl utter atrial e a TSV com reentrada
são ritmos que freqüentemente respon-
dem a níveis baixos de energia; comece
com 50 J a 100 J. Se o choque inicial
falhar, aumente a carga gradativamente.
• Para fi brilação atrial, use 100 J a 200 J
para o choque monofásico inicial ou
100 J a 120 J para o choque bifásico
(selecionado) inicial e depois aumente a
carga gradativamente.
• Aplique choques monofásicos na
seguinte seqüência: 100 J, 200 J, 300 J,
360 J. Use esta seqüência para o trata-
mento da TV monomórfi ca.
• Trate a TV polimórfi ca instável (forma e
freqüência irregulares) com a carga não
sincronizada de alta energia usada para
FV: 360 J para onda monofásica ou
carga de desfi brilação específi ca para o
dispositivo bifásico.
• Pressione o botão “carga”, elimine
todo “contato físico” com o paciente e
pressione ambos os botões “choque”
simultaneamente. Esteja preparado
para realizar RCP ou desfi brilação.
Clopidogrel Indicações • Administre assim que possível a todos os pa-
cientes com alto risco de depressão do
segmento ST ou inversão dinâmica da onda T
(IAMSEST e AI), na ausência de contra-indica-
ções, se:
—for planejada uma abordagem conservadora
hospitalar ou
—for planejada a realização de cateterização
cardíaca e ICP e o risco de hemorragia não
for alto.
• Pacientes que foram submetidos à cateteriza-
ção com ICP planejada.
• Utilizado para terapia anticoagulante; especial-
mente útil para pacientes com intolerância ao
AAS.
Precauções • Não administre para pacientes com sangramen-
to patológico ativo (p. ex., úlcera péptica).
Use com cautela em pacientes com risco de
sangramento.
• Use com cautela na presença de comprometi-
mento hepático.
• Não administre em casos de síndrome coro-nariana aguda, se a realização de CABG esti-ver planejada para os próximos 5 a 7 dias.
Dose • Dose inicial de 300 mg VO, seguida de
75 mg VO diariamente por 1 a 9 meses;
os efeitos totais somente se desenvol-
verão após vários dias.
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Indicações/Precauções Dosagem em Adultos
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Desfi brilação Seqüência de Choque Único, Reinicie a RCP Imediatamente
Use monitor
convencional/
desfi brilador
(profi ssional de
saúde em SAVC)
Use desfi brilador
automático (DEA)
ou desfi brilador
semi-automático
- socorrista
leigo e profi s-
sional de saúde
em SBV
Administre os
choques através
dos eletrodos
das pás adesi-
vas ou das pás
convencionais
manuais.
Indicações Primeira intervenção para FV e TV sem pulso.
Precauções • Sempre se certifi que de que não há contato
físico com o paciente antes de cada choque de
desfi brilação.
• Não adie a desfi brilação para FV/TV se a parada
tiver sido testemunhada e um desfi brilador
estiver disponível.
• Os socorristas do serviço de emergência que
não testemunharam a parada devem aplicar 5
ciclos (cerca de 2 minutos) de RCP antes de
tentar a desfi brilação.
• Não aplique choque na presença de assistolia.
• Trate a FV/TV em casos de parada cardíaca por
hipotermia com choque de desfi brilação inicial.
Repita os choques para FV/TV somente após a
temperatura central do corpo se elevar acima
de 30ºC.
• Caso o paciente com FV/TV seja portador de
um cardioversor desfi brilador automático im-
plantável (CDIA), realize a desfi brilação externa
segundo as diretrizes de SBV. Caso o CDIA
esteja aplicando os choques, aguarde 30 a 60
segundos para o término de um ciclo.
• Se o paciente tem um dispositivo implantado
(p. ex., CDIA, marca-passo) coloque as pás
convencionais e pás adesivas a uma distância
de pelo menos 2,5 cm do dispositivo.
Níveis de Energia Monofásica para Desfi brilação em Adultos• 360 J para o primeiro choque
monofásico e os subseqüentes.
Desfi brilador Bifásico Manual • Use a carga específi ca para cada
dispositivo, carga de energia tipica-
mente selecionada de 120 J (retilínea)
ou 150 J (truncada) até 200 J.
• Caso desconhecido, use 200 J.
Choques subseqüentes: mesma carga
ou carga mais alta.
Após um Choque Único
• Reinicie a RCP, começando com
compressões torácicas, por 5 ciclos
ou cerca de 2 minutos e depois analise
novamente o ritmo, aplique um outro
choque e reinicie a RCP.
• Caso os primeiros 2 choques não sejam
capazes de reverter a FV/TV, administre
epinefrina ou vasopressina.
• Caso esses medicamentos não sejam
capazes de reverter a FV/TV, considere
o uso de medicação antiarrítmica.
Nota: Quando usar as pás adesivas do
DEA, não use pás pediátricas ou sistema
de atenuação de dose para a desfi brila-
ção de adultos.
Nota: Use as doses e as pás para adultos
quando a criança tiver 8 anos ou mais,
mais de 25 kg de peso corporal ou mais
de 127 cm de altura. Consulte a seção
SAVP do Livro de ACE.
Digibind (Terapia com AnticorposEspecífi cos para a Digoxina)
Frasco de 40 mg
(cada frasco con-
tém aproximada-
mente 0,6 mg de
digoxina)
IndicaçõesToxicidade à digoxina nas seguintes condições:
• Arritmias potencialmente fatais.
• Choque ou insufi ciência cardíaca congestiva.
• Hiperpotassemia (níveis de potássio > 5 mEq /l).
• Níveis séricos em estado de equilíbrio dinâmico
> 10 a 15 ng/ml para pacientes sintomáticos.
Precauções • Os níveis séricos de digoxina aumentam após
a terapia com digibind e não devem ser usados
para orientar a terapia de manutenção.
Intoxicação Crônica3 a 5 frascos podem ser efi cazes.
Overdose Aguda
• A dose IV varia de acordo com a quanti-
dade de digoxina ingerida.
• A dose média é de 10 frascos (400 mg);
podem ser necessários até 20 frascos
(800 mg).
• Veja a bula dentro da embalagem para
mais detalhes.
Digoxina
0,25 mg/ml ou
0,1 mg/ml forne-
cida em ampolas
de 1 ml ou 2 ml
(total = 0,1 a 0,5
mg).
Indicações (pode ser de uso limitado) • Para reduzir a resposta ventricular na fi brilação
atrial e no fl utter atrial.
• Medicamentos alternativas para TSV com reen-
trada.
Precauções • Os efeitos tóxicos são comuns e estão
freqüentemente associados com arritmias
graves.
• Evite a cardioversão elétrica se o paciente esti-
ver recebendo digoxina, exceto se a condição
for potencialmente fatal; use cargas mais baixas
(10 J a 20 J).
Administração IV • Doses de ataque de 10 a 15 μg/kg de
peso corporal magro fornecem um
efeito terapêutico, com risco mínimo de
efeitos tóxicos.
• Somente repita a determinação dos
níveis de digoxina após 4 horas, ao
utilizar a via IV; e depois de 6 horas, ao
utilizar a via oral.
• A dose de manutenção é afetada pela
massa corporal e pela função renal.
• Atenção: Interação com amiodarona.
Reduza a dose de digoxina em até
50%, quando iniciar o uso de amioda-
rona.
Medicamento/Terapia
Indicações/Precauções Dosagem em Adultos
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Diltiazem Indicações• Para o controle da freqüência ventricular na
fi brilação atrial e no fl utter atrial. Pode eliminar
arritmias reentrantes que necessitam de condu-
ção do nó AV para sua continuação.
• Use após a administração de adenosina (agente
de segunda linha) para tratar a TSV refratária
com reentrada em pacientes com complexo
QRS estreito e pressão arterial adequada.
Precauções • Não use bloqueadores dos canais de cálcio
para taquicardias com complexo QRS largo de
origem incerta ou para taquicardia induzida por
intoxicação/medicamentos.
• Evite o uso de bloqueadores dos canais de
cálcio em pacientes com síndrome de Wolff-
Parkinson-White mais fl utter ou fi brilação atrial
rápida, em pacientes com síndrome sinusal ou
em pacientes com bloqueio AV sem um marca-
passo.
• Atenção: Pode haver uma queda da pressão
arterial decorrente de vasodilatação periférica
(uma queda maior com verapamil que com
diltiazem).
• Evite em pacientes em uso de ß-bloqueadores
por via oral.
• Administração IV concomitante ao uso de
ß-bloqueadores por via IV pode causar hipoten-
são grave.
Controle da Posologia na Fase Aguda • 15 a 20 mg (0,25 mg/kg) IV durante 2
minutos.
• Pode administrar outra dose IV em
15 minutos, de 20 mg a 25 mg (0,35
mg/kg) durante 2 minutos.
Infusão de Manutenção5 a 15 mg/h, titulada para obter a
freqüência cardíaca fi siologicamente
adequada (pode diluir em SG 5% ou em
SSN).
Dobutamina
Infusão IV
Indicações
• Considere seu uso para pacientes com
problemas de bombeamento do sangue
(insufi ciência cardíaca congestiva, congestão
pulmonar), com pressão arterial sistólica de 70 a
100 mmHg e sem sinais de choque.
Precauções/Contra-indicações • Contra-indicação: choque induzido por
intoxicação/medicamentos, suspeito ou diag-
nosticado.
• Evite em caso de pressão arterial sistólica < 100
mmHg e sinais de choque.
• Pode causar taquiarritmias, fl utuações na
pressão arterial, cefaléia e náuseas.
• Não misture com bicarbonato de sódio.
Administração IV • A taxa de infusão usual é 2 a 20 μg/kg
por minuto.
• Titule de modo que a freqüência
cardíaca não aumente > 10% do valor
basal.
• A monitorização hemodinâmica é reco-
mendada para uma utilização ótima.
• Os pacientes idosos podem ter uma
resposta signifi cativamente diminuída.
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Indicações/Precauções Dosagem em Adultos
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Dopamina
Infusão IV
Indicações • Medicamento de segunda linha para a bradicar-
dia sintomática (depois da atropina).
• Use para hipotensão (pressão arterial sistólica
≤ 70 a 100 mmHg) com sinais e sintomas de
choque.
Precauções • Corrija a hipovolemia através da reposição de
volume, antes de iniciar a administração de
dopamina.
• Use com cautela em casos de choque
cardiogênico acompanhados de ICC.
• Pode causar taquiarritmias, vasoconstrição
excessiva.
• Não misture com bicarbonato de sódio.
Administração IV • A taxa de infusão usual é 2 a 20 μg/kg
por minuto.
• Titule até obter a resposta do paciente,
reduza lentamente.
Epinefrina
Pode ser admi-
nistrada por tubo
endotraqueal
Nota:
disponível em
concentrações
de 1:10.000 e
1:1.000
Indicações
• Parada cardíaca: FV, TV sem pulso, assistolia,
atividade elétrica sem pulso.
• Bradicardia sintomática: pode ser considera-
da após a atropina, como uma infusão
alternativa à dopamina.
• Hipotensão grave: Pode ser usada quando a
colocação do marca-passo e a atropina falham,
quando a hipotensão está associada à bradicar-
dia ou com inibidor da enzima fosfodiesterase.
• Anafi laxia, reações alérgicas graves: associe
com grandes volumes de fl uidos, corticosterói-
des, anti-histamínicos.
Precauções • O aumento da pressão arterial e da freqüência
cardíaca pode causar isquemia miocárdica,
angina e um aumento na demanda de oxigênio.
• Altas doses não melhoram a sobrevivência ou a
evolução neurológica e podem contribuir para a
disfunção miocárdica pós-ressuscitação.
• Altas doses podem ser necessárias para tratar
o choque induzido por intoxicação/medicamen-
tos.
Parada Cardíaca • Dose IV/IO: 1 mg (10 ml da solução
a 1:10.000) administrada a cada 3 a
5 minutos, durante a tentativa de res-
suscitação. Após cada dose de 20 ml
contínua, eleve o braço da vítima por 10
a 20 segundos.
• Doses Mais Altas: Doses mais altas
(de até 0,2 mg/kg) podem ser usadas
para indicações específi cas (overdose
de bloqueadores dos canais de cálcio
ou de β-bloqueadores)
• Infusão Contínua: Acrescente 1 mg
de epinefrina (1 ml de solução 1:1.000)
a 500 ml de SSN ou SG 5%. A taxa
de infusão inicial de 1 μg/min deve ser
titulada até o efeito (dose típica: 2 a 10
μg/min)
• Via Endotraqueal 2 a 2,5 mg, diluídos em 10 ml de SSN.
Hipotensão ou Bradicardia Profunda Infusão de 2 a 10 μg/min; titule para a
resposta do paciente.
Medicamento/Terapia
Indicações/Precauções Dosagem em Adultos
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Fibrinolíticos
Alteplase, recombinante (Activase); ativador do plasminogênio tecidual (tPA)
Frascos de 50 e
100 mg recons-
tituídos com
água estéril, na
proporção de 1
mg/ml.
Para todos os 4 agentes, use 2 cateteres IV periféricos, um exclusivo para a admi-nistração dos fi brinolíticos
Reteplase, recombinante (Retavase) Frascos de 10
U reconstituídos
com água estéril
até 1 U/ml
Estreptoquinase(Streptase) Reconstitua até 1
mg/ml
Tenecteplase (TNKase)
Indicações Para Parada Cardíaca: Não existem evidências
sufi cientes para recomendar o uso rotineiro.
Para IAM em Adultos:
• Elevação do segmento ST (>1 mm em ≥ 2
derivações contíguas) ou BCRE novo ou
presumivelmente novo.
• Na presença de sinais e sintomas de IAM.
• Tempo desde o início dos sintomas ≤ 12 horas
Para AVC Isquêmico Agudo:
(A alteplase é o único fi brinolítico aprovado para
AVC isquêmico agudo).
• Início súbito de défi cits neurológicos focais ou
de alterações no nível de consciência (p. ex.,
desvio da rima bucal, queda do braço, fala
anormal).
• Ausência de hemorragia intracerebral ou sub-
aracnóidea ou efeito de massa à tomografi a.
• Ausência de défi cits neurológicos de intensida-
de variável ou melhorando rapidamente.
• A alteplase pode ser iniciada em < 3 horas do
início dos sintomas.
Precauções e Critérios de Exclusão
• Sangramento interno ativo (exceto menstrua-
ções) nos últimos 21 dias.
• História de eventos vasculares cerebrais,
intracranianos ou intramedulares nos últimos
3 meses (AVC, malformação arteriovenosa,
neoplasia, aneurisma, trauma recente, cirurgia
recente).
• Nos primeiros 14 dias após uma cirurgia maior
ou um trauma grave
• Dissecção da aorta.
• Hipertensão não controlada, grave.
• Transtornos conhecidos de sangramento.
• RCP prolongada com evidências de trauma
torácico.
• Punção lombar no prazo nos últimos 7 dias.
• Punção arterial recente em sítio não compres-
sível.
• Durante as primeiras 24 horas de terapia fi bri-
nolítica para AVC isquêmico, não administre
ácido acetilsalicílico ou heparina.
Alteplase, recombinante (tPA) A dose total recomendada é baseada
no peso corporal do paciente. Para IAM,
a dose total não deve exceder 100 mg;
para AVC isquêmico agudo, a dose total
não deve exceder 90 mg. Observe que
existe um esquema posológico para
pacientes com IAMEST e um esquema
diferente para casos de AVC isquêmico
agudo.
Para IAM:
• Infusão acelerada (1,5 horas)
— Administre 15 mg IV em bolus
— Depois, 0,75 mg/kg durante os
próximos 30 minutos (não exceder
50 mg).
— Depois, administre 0,5 mg/kg duran-
te 60 minutos (não exceder 35 mg).
Para AVC Isquêmico Agudo:
• Administre 0,9 mg/kg (máximo 90 mg)
infundidos durante 60 minutos.
• Administre 10% da dose total como um
bolus IV inicial, durante 1 minuto.
• Administre os 90% remanescentes
durante os próximos 60 minutos.
Reteplase, recombinante • Administre primeiramente 10 U IV em
bolus, durante 2 minutos.
• 30 minutos depois, administre um
segundo bolus de 10 U IV durante 2
minutos. (Administre SSN contínua
antes e depois de cada bolus).
• Administre heparina e ácido acetilsalicí-
lico conjuntamente.
Estreptoquinase 1,5 milhões de U em uma infusão por 1
hora
Tenecteplase Bolus: 30 a 50 mg, dose ajustada pelo
peso
Medicamento/Terapia
Indicações/Precauções Dosagem em Adultos
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Flumazenil Indicações Reversão da depressão respiratória e efeitos
sedativos devidos à overdose de benzodiazepi-
nas puras.
Precauções • Os efeitos podem não durar mais que os efeitos
das benzodiazepinas.
• Monitorize para depressão respiratória recor-
rente.
• Não use em caso de suspeita de overdose de
agentes tricíclicos.
• Não use em pacientes com tendência a con-
vulsões.
• Não use em casos de overdose de medicamen-
tos desconhecidos ou overdose de medicamen-
tos mistos com medicamentos conhecidos que
sabidamente causam convulsões (antidepressi-
vos tricíclicos, cocaína, anfetaminas, etc.).
Primeira Dose 0,2 mg IV durante 15 segundos.
Segunda Dose 0,3 mg IV durante 30 segundos. Se a
resposta não for adequada, administre
uma terceira dose.
Terceira Dose 0,5 mg IV administrados durante 30
segundos. Se não houver resposta ade-
quada, repetir uma vez a cada minuto,
até obter uma resposta adequada ou até
que seja administrado um total de 3 mg
Furosemida Indicações • Para a terapia adjuvante do edema pulmonar
agudo, em pacientes com pressão arterial
sistólica > 90 a 100 mmHg (sem sinais e sinto-
mas de choque).
• Emergências hipertensivas.
• Pressão intracraniana aumentada.
Precauções Podem ocorrer desidratação, hipovolemia, hipo-
tensão, hipopotassemia ou outros desequilíbrios
eletrolíticos.
Administração IV • 0,5 a 1 mg/kg administrados durante 1
a 2 minutos.
• Se não responder, duplique a dose
para 2 mg/kg, lentamente durante 1 a
2 minutos.
• Para edema pulmonar de início recente,
com hipovolemia < 0,5 mg/kg.
Glucagon
Pulverizado, em
frascos de 1 e
10 mg
Reconstitua
com a solução
fornecida pelo
fabricante
Indicações Tratamento adjuvante dos efeitos tóxicos dos
β-bloqueadores ou dos bloqueadores dos canais
de cálcio.
Precauções • Não misture com solução salina.
• Pode causar vômitos, hiperglicemia.
Infusão IV 3 mg inicialmente, seguidos de infusão
de 3 mg/hora, conforme a necessidade.
Medicamento/Terapia
Indicações/Precauções Dosagem em Adultos
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Inibidores da Glicoproteína IIb/IIIa
Indicações Esses medicamentos inibem o receptor da
integrina glicoproteína IIb/IIIa na membrana das
plaquetas, inibindo a agregação plaquetária.
Indicadas para síndromes coronarianas agudas
sem elevação do segmento ST.
Precauções/Contra-indicações
Sangramento interno ativo ou distúrbio de coagu-
lação nos últimos 30 dias, história de hemorragia
intracraniana ou outros sangramentos, procedi-
mento cirúrgico ou trauma no último mês, conta-
gem de plaquetas < 150.000/mm3, hipersensibili-
dade e uso concomitante de um outro inibidor da
GP IIb/IIIa (consulte também “Síndrome Coronar-
iana Aguda: Tratamento para AI/IAMSEST”).
Nota: Leia a bula no interior daembalagem para indicações atuais, doses e duração da terapia. A duração
ideal da terapia não foi estabelecida.
Abciximab(ReoPro®)
Indicações do Abciximab Aprovado pela FDA para pacientes com IAMSEST
ou angina instável com ICP planejada para as 24
horas seguintes.
Precauções/Contra-indicações Deve ser usada com heparina. Apresenta uma
ligação irreversível com as plaquetas. A recupe-
ração da função plaquetária requer 48 horas
(regeneração). A administração repetida pode
causar reação de hipersensibilidade.
Abciximabe
• Síndromes coronarianas agudas com ICP planejada no prazo de 24 horas: bolus IV de 0,25 mg/kg IV (10
a 60 minutos antes do procedimento),
depois, uma infusão IV de 0,125 μg/kg
por minuto, por 12 a 24 horas.
• ICP somente: bolus IV de 0,25 mg/kg,
a seguir infusão IV de 10 μg/min.
Eptifi batide (Integrilin®)
Indicações para o Eptifi batide Angina instável/IAMSEST controlada clinica-
mente e angina instável/IAMSEST em pacientes
submetidos a ICP.
Ações/Precauções
Recupera a função plaquetária dentro de 4 a 8
horas após a descontinuação.
Eptifi batide
• Síndromes Coronarianas Agudas: Bolus IV de 180 μg/kg durante 1 a 2
minutos, depois, infusão IV de 2 μg/kg
por minuto, por 72 a 96 horas.
• ICP: bolus IV de 180 μg/kg durante 1
a 2 minutos, depois, inicie infusão de 2
μg/kg por minuto, então, repita o bolus
em 10 minutos.
• Dose máxima (paciente 121 kg de peso
corporal) para Síndrome Coronariana
Aguda/ICP: bolus de 22,6 mg; infusão
de 15 mg/h.
• Ajuste a dose, se o clearance de
creatinina < 50 ml/min.
Tirofi ban(Aggrastat®)
Indicações para o Tirofi ban Angina instável/IAMSEST controlada clinica-
mente e angina instável/IAMSEST em pacientes
submetidos à ICP.
Ações/Precauções
Recupera a função plaquetária dentro de 4 a 8
horas após a descontinuação.
Tirofi ban
• Síndromes coronarianas agudas ou ICP: 0,4 μg/kg IV por minuto, durante
30 minutos, depois, infusão IV de 0,1
μg/kg por minuto durante 48 a 96
horas.
• Ajuste a dose, se o clearance de creati-
nina < 30 ml/min.
Medicamento/Terapia
Indicações/Precauções Dosagem em Adultos
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Heparina Não fracionada (HNF)
As concentra-
ções variam de
1.000 até 40.000
UI/ml
Indicações • Terapia adjuvante no tratamento do IAM.
• Inicie o uso de heparina com fi brinolíticos
específi cos (p. ex., alteplase, reteplase, tenecte-
plase).
Precauções • As mesmas contra-indicações da terapia fi bri-
nolítica sangramento ativo; cirurgia ocular, intra-
espinal ou intracraniana recente; hipertensão
grave; distúrbios hemorrágicos; sangramento
gastrintestinal.
• Doses e metas laboratoriais adequadas
quando utilizados com terapia fi brinolítica.
• Não use se a contagem de plaquetas for ou cair
a níveis < 100.000 ou estiver presente história
de trombocitopenia induzida por heparina. Para
esses pacientes, considerar o uso de antitrom-
binas diretas. Ver bivalirudina na parte inferior
desta coluna.
Infusão IV de HNF — IAMEST • Bolus inicial 60 UI/kg (bolus máximo:
4.000 UI)
• Continue com 12 UI/kg por hora,
procurando fi car o mais perto de 50 UI
(máximo: 1.000 UI/hora para pacientes
> 70 kg de peso corporal).
• Faça o ajuste, para manter a TTPa 1,5 a
2 vezes os valores de referência (aproxi-
madamente 50 a 70 segundos) por 48
horas ou até a angiografi a.
• Cheque o TTPa inicial após 3 horas,
então, a cada 6 horas, até que se esta-
bilize; a seguir, cheque diariamente.
• Siga o protocolo de heparina preconi-
zado pela instituição.
• Contagem de plaquetas diariamente.
Infusão IV de HNF — IAMSEST
• Bolus inicial 60 a 70 UI/kg. Máximo:
5.000 UI.
• 12 a 15 UI/kg por hora. Máximo: 1.000
UI/h.
• Siga o protocolo da instituição (ver os
3 últimos itens da seção Infusão IV de
HNF — IAMEST
Heparina Baixo Peso Molecular (HBPM)
Enoxaparina (Lovenox®)
Indicações Para uso em síndromes coronarianas agudas,
especifi camente em pacientes com IAMSEST /
angina instável. Esses medicamentos inibem a
geração de trombina pela inibição do fator Xa e
também inibem indiretamente a trombina pela
formação de um complexo com antitrombina III.
Esses medicamentos não são neutralizados pelas
proteínas que se ligam à heparina.
Precauções
• A hemorragia pode complicar qualquer terapia
com HBPM. Contra-indicada na presença de
hipersensibilidade à heparina ou produtos suí-
nos ou história de sensibilidade ao medicamen-
to. Utilize enoxaparina com extrema cautela em
pacientes com trombocitopenia tipo II induzida
por heparina
• Ajuste a dose para os casos de insufi ciência
renal.
• Contra-indicada se a contagem de plaquetas
for < 100.000. Para esses pacientes, considerar
o uso de antitrombinas diretas:
— Bivalirudina (Angiomax, aprovada pela FDA
para pacientes com Sindrome Coronariana
Aguda sob ICP): Bolus: infusão IV de 0,25
mg/kg: 0,5 mg/kg por hora por 12 horas;
depois, 0,25 mg/kg por hora por 36 horas.
Reduza a taxa de infusão se o TTPa > 75
segundos durante as primeiras 12 horas
Protocolo da Enoxaparina paraIAMSEST • 1 mg/kg SC 2 vezes por dia; a primeira
dose pode ser precedida de 30 mg IV
em bolus.
Protocolo de Enoxaparina para IAMEST — como terapia auxiliar com
fi brinolíticos
• Bolus IV de 30 mg, depois 1 mg/kg por
via subcutânea, 2 vezes ao dia, até a
alta hospitalar
• Para pacientes < 75 anos, com ausên-
cia de insufi ciência renal clinicamente
signifi cativa.
• Contra-indicada para creatinina >
2,5 mg/dl em homens ou 2 mg/dl em
mulheres (quando administrada com
tenecteplase).
Enoxaparina: Insufi ciência renalPara clearance de creatinina < 30 ml/min
reduzir a dose para 1 mg/kg SC diari-
amente.
Heparina Reversa
HIC ou sangramento potencialmente
fatal: Administre protamina, consulte a
bula no interior da embalagem.
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Indicações/Precauções Dosagem em Adultos
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Ibutilida A intervenção de
escolha é a
cardioversão DC
Indicações Tratamento de arritmias supraventriculares,
incluindo fi brilação atrial e fl utter atrial quando a
duração ≤ 48 horas. Duração de ação curta. Efi -
caz para a conversão de fl utter ou fi brilação atrial
de duração relativamente curta.
Precauções / Contra-indicações
Contra-indicação: Não administre a pacientes
com QTc > 440 mseg. As arritmias ventriculares
se desenvolvem em aproximadamente 2% a 5%
dos pacientes (taquicardia ventricular polimórfi ca,
incluindo torsades de pointes). Monitorize o ECG
ininterruptamente para detectar a presença de
arritmias durante a administração e durante 4 a 6
horas após a administração com um desfi brilador
muito próximo. Pacientes com função do VE sig-
nifi cativamente comprometida estão sob o mais
alto risco de arritmias.
Dose para Adultos ≥ 60 kg 1 mg (10 ml) administrado por via IV (di-
luída ou não diluída) durante 10 minutos.
Uma segunda dose pode ser adminis-
trada na mesma taxa, 10 minutos mais
tarde.
Dose para Adultos < 60 kg
Dose IV inicial de 0,01 mg/kg
Inanrinona Inibidor da
enzima
fosfo-diesterase
Indicações Insufi ciência cardíaca congestiva grave refratá-
ria aos diuréticos, vasodilatadores e agentes
inotrópicos convencionais.
Precauções
• Não misture com soluções de dextrose ou
outros medicamentos.
• Pode causar taquiarritmias, hipotensão, ou
trombocitopenia.
• Pode intensifi car a isquemia miocárdica.
Dose de Ataque e Infusão IV • 0,75 mg/kg (não exceder 1 mg/kg),
administre durante 2 a 3 minutos.
Administre a dose de ataque durante 10
a 15 minutos em casos de disfunção VE
(p. ex., pós-ressuscitação).
• Continue com uma infusão de 5 a 15
μg/kg por minuto, titulada pelo efeito
clínico.
• Pode ser administrado um bolus adicio-
nal em 30 minutos.
• Requer a monitorização hemodinâmica.
• Para clearance de creatinina < 10 ml/
min reduzir a dose em 25% a 50%.
Isoproterenol Infusão IV
Indicações • Use com cautela como medida temporária se
um marca-passo externo não estiver disponível
para o tratamento da bradicardia sintomática.
• Torsades de pointes refratárias que não respon-
dem ao sulfato de magnésio
• No controle temporário da bradicardia em
pacientes que receberam transplante cardíaco
(coração denervado não responsivo à atropina).
• Intoxicação por ß-bloqueadores.
Precauções • Não use para o tratamento da parada cardíaca.
• Aumenta a necessidade de oxigênio miocárdi-
co, que pode intensifi car a isquemia miocárdica.
• Não administre com epinefrina; pode causar
FV/TV.
• Não administre a pacientes com choque
induzido por intoxicação/medicamento (exceto
por intoxicação por ß-bloqueador).
• Pode-se usar doses mais altas para intoxicação
por ß-bloqueadores
Administração IV
• Administre a infusão a uma taxa de 2 a
10 μg/min.
• Titule para adequar a freqüência
cardíaca.
• Em casos de torsades de pointes, titule
para aumentar a freqüência cardíaca,
até que a TV seja suprimida.
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Indicações/Precauções Dosagem em Adultos
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Lidocaína Pode ser admi-
nistrada por tubo
endotraqueal
Indicações • Alternativa à amiodarona, em casos de parada
cardíaca por FV/TV .
• TV monomórfi ca estável com função ventricular
preservada.
• TV polimórfi ca estável com intervalo QT basal
normal e função do VE preservada, quando a
isquemia está tratada e o equilíbrio eletrolítico
está corrigido.
• Pode ser usado para TV polimórfi ca estável
com prolongamento do intervalo QT basal, se
houver suspeita de torsades.
Precauções/Contra-indicações • Contra-indicação: Uso profi lático em IAM está
contra-indicado
• Reduza a dose de manutenção (não a dose de
ataque) na presença de função hepática com-
prometida ou disfunção ventricular esquerda.
• Suspenda a infusão imediatamente, caso
ocorram sinais de toxicidade.
Parada Cardíaca por FV/TV • Dose inicial: 1 a 1,5 mg/kg IV/IO.
• Para FV refratária, pode ser adminis-
trado adicionalmente 0,5 a 0,75 mg/kg
IV contínua, repita em 5 a 10 minutos;
até um máximo de 3 doses ou um total
de 3 mg/kg.
• Administração endotraqueal: 2 a 4
mg/kg.
Arritmia com Perfusão Adequada Para TV estável, taquicardia com
complexo largo de tipo incerto, ectopia
signifi cativa:
• Doses variando de 0,5 a 0,75 mg/kg
e de até 1 a 1,5 mg/kg podem ser
usadas.
• Repita 0,5 a 0,75 mg/kg a cada 5 a 10
minutos: dose total máxima: 3 mg/kg.
Infusão de Manutenção. 1 a 4 mg/min (30 a 50 μg/kg por minuto);
pode diluir em SG 5%; SG 10%; ou SSN.
Sulfato de Magnésio
Indicações
• Recomendado para uso em parada cardíaca
somente se estiverem presentes torsades de
pointes ou houver suspeita de hipomagnesemia.
• Arritmias ventriculares potencialmente fatais
decorrentes de toxicidade digitálica.
• Não se recomenda administrar rotineiramente a
pacientes hospitalizados com IAM.
Precauções • Ocasionalmente pode haver redução na
pressão arterial com a administração rápida.
• Use com cautela, em casos de insufi ciência
renal.
Parada Cardíaca (Devida à Hipomagnesemia ou Torsades de Pointes) 1 a 2 g (2 a 4 ml de uma solução a 50%)
diluída em 10 ml de SG 5% IV/IO durante
5 a 20 minutos.
Torsades de Pointes com Pulso ou IAM com Hipomagnesemia • Dose de ataque de 1 a 2 g misturada
em 50 a 100 ml de SG 5%, durante 5 a
60 minutos IV.
• Seguir com 0,5 a 1 g/h IV (titular para
controlar torsades).
Manitol Concentrações:
5%, 10%, 15%,
20% e 25%
Indicações
Pressão intracraniana aumentada no tratamento
de emergências neurológicas.
Precauções
• Monitorize as condições dos fl uidos e a osmo-
lalidade sérica (não exceder 310 mOsm/kg).
• Cautela em casos de insufi ciência renal, porque
pode sobrevir sobrecarga hídrica.
Administração IV
• Administre 0,5 a 1 g/kg durante 5 a 10
minutos através de cateter com fi ltro.
• Doses adicionais de 0,25 a 2 g/kg
podem ser administradas a cada 4 a 6
horas, conforme a necessidade.
• Use com suporte de oxigenação e de
ventilação.
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Indicações/Precauções Dosagem em Adultos
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Milrinona
Meia vida mais
curta que a da
inanrinona
Indicações Disfunção miocárdica e resistência vascular pul-
monar ou sistêmica aumentada, incluindo
• Insufi ciência cardíaca congestiva em pacientes
no pós-operatório de cirurgia cardiovascular
• Choque com alta resistência vascular sistêmica
Precauções
Pode produzir náuseas, vômitos, hipotensão arte-
rial, principalmente em pacientes com depleção
de volume. Meia vida mais curta e menor efeito
sobre as plaquetas, mas maior risco de arritmia
ventricular que a inanrinona. Pode haver acúmulo
do medicamento em casos de insufi ciência renal
e em pacientes com baixo débito cardíaco; redu-
za a dose em casos de insufi ciência renal.
Dose de Ataque
50 μg/kg IV durante 10 minutos como
dose de ataque.
Infusão intravenosa
• 0,375 a 0,75 μg /kg por minuto por 2 a
3 dias.
• Monitorização hemodinâmica necessá-
ria.
• Reduza a dose em casos de compro-
metimento renal.
Sulfato de Morfi na
Indicações
• Dor torácica com síndrome coronariana aguda
não responsiva a nitratos.
• Edema pulmonar cardiogênico agudo (se a
pressão arterial for adequada).
Precauções
• Administre lentamente e titule até obter o efeito
desejado.
• Pode causar depressão respiratória.
• Causa hipotensão em pacientes com depleção
de volume.
• Use com cautela em casos de infarto ventricular
direito.
• Pode reverter com naloxona (0,4 a 2 mg IV).
Administração IV
Dose inicial: 2 a 4 mg IV (durante 1 a 5
minutos) a cada 5 a 30 minutos. Repetir
a dose: 2 a 8 mg em intervalos de 5 a 15
minutos
Cloridrato de Naloxona
Indicações
Depressão neurológica e respiratória devido a
intoxicação com opiáceos não responsiva a O2 e
ao suporte de ventilação.
Precauções
• Pode causar abstinência a opiáceos.
• Meia-vida mais curta que a dos narcóticos,
pode ser necessário repetir a dose.
• Monitorize para depressão respiratória recor-
rente.
• Reações anafi láticas raras têm sido relatadas.
• Dê suporte à ventilação antes da administração
de naloxona, evite a estimulação simpática.
• Evite em convulsões induzidas pela meperidina.
Administração
• Dose típica de 0,4 a 2 mg, titule até que
a ventilação seja adequada.
• Use doses mais altas para reversão
narcótica completa.
• Pode-se administrar até 6 a 10 mg du-
rante um período curto (< 10 minutos).
• IM/SC 0,4 a 0,8 mg
• Para pacientes com adição crônica aos
opióides, use pequenas doses e titule
lentamente.
• Pode ser administrada pela via endo-
traqueal, se o acesso IV/IO não estiver
disponível (outras doses são preferí-
veis).
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Nitroglicerina Disponível nas
apresentações
IV, comprimidos
sublinguais e
aerossol spray
Indicações • Tratamento inicial antianginoso para dor com
suspeita de natureza isquêmica.
• Para as primeiras 24 a 48 horas, em pacientes
com IAM e ICC, infarto extenso da parede
anterior, isquemia recorrente ou persistente, ou
hipertensão.
• Uso continuado (após as primeiras 48 horas)
para pacientes com angina recorrente ou
congestão pulmonar persistente.
• Urgência hipertensiva com síndrome corona-
riana aguda.
Contra-Indicações • Hipotensão (PAS < 90 mmHg ou mais de 30
mmHg abaixo do valor basal)
• Bradicardia grave (< 50 bpm) ou taquicardia
(> 100 bpm)
• Infarto VD
• Uso de inibidores da fosfodiesterase para
disfunção erétil (p. ex., sildenafi l e vardenafi l nas
últimas 24 horas; tadalafi l nas últimas 48 horas)
Precauções
• Com evidência de IAM, limite a redução da
pressão arterial sistólica a 10%, se o paciente
estiver normotenso; a 30%, se hipertenso, e
evite reduzir para menos de 90 mmHg.
• Não misture com outros medicamentos.
• O paciente deve sentar ou fi car deitado ao
receber esta medicação.
• Não agite o aerossol spray, pois afeta o dosa-
dor.
Administração IV
• Bolus IV: 12,5 a 25 μg (se nenhuma
medicação via SL ou spray for adminis-
trada).
• Infusão: Inicie com 10 a 20 μg /min.
Titule até obter o efeito, aumente para 5
a 10 μg/min a cada 5 a 10 minutos, até
obter o efeito desejado.
— Via de escolha para emergências.
-– Use equipamentos IV adequa-
dos fornecidos pelas indústrias
farmacêuticas.
• Dilua em SG 5% ou SSN.
Via Sublingual 1 comprimido (0,3 a 0,4 mg), repetido até
um total de 3 doses, em intervalos de 5
minutos.
Aerossol - Spray
1 a 2 nebulizações por 0,5 a 1 segundo,
em intervalos de 5 minutos (forneça 0,4
mg por dose). Máximo de 3 nebulizações
em 15 minutos.
Nota: Os pacientes devem ser instruídos
a entrar em contato com o serviço de
emergência se a dor não aliviar ou se
aumentar após o uso de um comprimido
sublingual ou da aplicação do spray.
Nitroprussiato (Nitroprussiato de Sódio)
Indicações • Crises hipertensivas.
• Para reduzir a pós-carga em casos de insufi ciê-
ncia cardíaca e de edema pulmonar agudo.
• Para reduzir a pós-carga em casos de regurgita-
ção da valva aórtica ou mitral aguda.
Precauções • Pode causar hipotensão, toxicidade por tiocian-
ato e retenção de CO2.
• Pode reverter a vasoconstrição pulmonar
hipóxica em pacientes com doença pulmonar,
exacerbando a derivação intrapulmonar, resul-
tando em hipoxemia.
• Outros efeitos colaterais incluem cefaléias,
náuseas, vômitos e câimbras abdominais.
• Cautela com inibidores da fosfodiesterase (p.
ex., sildenafi l).
Administração IV • Acrescente 50 ou 100 mg a 250 ml de
SG 5% (Consulte o manual farmacêu-
tico de sua instituição).
• Inicie com 0,1 μg /kg por minuto e
titule, aumentando as doses a cada 3 a
5 minutos, até atingir o efeito desejado
(geralmente até 5 μg /kg por minuto,
mas doses mais altas, até 10 μg /kg,
podem ser necessárias).
• Administre com uma bomba de infusão;
use monitorização hemodinâmica para
uma segurança ótima.
• A ação ocorre em 1 a 2 minutos.
• Sensível à luz, cubra o frasco que
contém o medicamento e o tubo com
material opaco.
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Indicações/Precauções Dosagem em Adultos
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Norepinefrina Indicações • Choque cardiogênico grave e hipotensão hemo-
dinamicamente signifi cativa (pressão arterial
sistólica < 70 mmHg) com resistência periférica
total baixa.
• Agente usado como último recurso para o trata-
mento de cardiopatia isquêmica e choque.
Precauções • Aumenta a demanda miocárdica de oxigênio,
eleva a pressão arterial e a freqüência cardíaca.
• Pode induzir arritmias. Use com cautela em
pacientes com isquemia aguda; monitorize o
débito cardíaco.
• O extravasamento causa necrose tecidual.
• Se ocorrer extravasamento, administre fento-
lamina 5 a 10 mg em 10 a 15 ml de solução
salina, infi ltrado na área.
Administração IV (Única Via) • 0,5 a 1 μg/min titulado até a melhora da
pressão arterial (até 30 μg/minuto).
• Acrescente 4 mg de norepinefrina ou
8 mg de bitartarato de norepinefrina a
250 ml de SG 5% ou GSSN 5%, mas
não SSN sozinha.
• Não administre no mesmo cateter IV
que as soluções alcalinas.
• Hipotensão induzida por intoxicação/
medicamentos pode requerer doses
mais altas para alcançar uma perfusão
adequada.
Oxigênio
Fornecido por
tanques porta-
teis ou fontes
montadas em
paredes, instala-
das através de
dispositivos de
fornecimento
Indicações
• Qualquer emergência cardiopulmonar suspeita.
• Queixas de respiração curta e dor isquêmica
suspeita.
• Síndrome coronariana aguda: administre a
todos os pacientes nas primeiras 6 horas. Con-
tinue se houver congestão pulmonar, isquemia
vigente ou se a saturação de oxigênio for
< 90%.
• Para pacientes com suspeita de AVC e hipoxe-
mia ou saturação de oxihemoglobina desco-
nhecida. Pode-se considerar a administração a
pacientes que não estejam hipoxêmicos.
Precauções
• Observe atentamente ao usar em pacientes
com alterações pulmonares sabidamente de-
pendentes de condições respiratórias hipóxicas
(muito raras).
• A oximetria de pulso pode ser imprecisa em
condições com baixo débito cardíaco, com
vasoconstrição ou com exposição ao monóxido
de carbono.
Dispositivo Taxa de Fluxo O2 (%)
Cânula Nasal 1-6 l/min 21-44
Máscara de Venturi 4-12 l/min 24-50
Máscara de
reinalação parcial 6-10 l/min 35-60
Máscara c/
reservatório de
oxigênio não
reinalante 6-15 l/min 60-100
Bolsa-valva-
máscara c/
“terminal” não
reinalante 15 l/min 95-100
Nota: A oximetria de pulso é um méto-
do útil para titular a administração de
oxigênio, para manter a saturação de
oxigênio fi siológica (ver Precauções).
Medicamento/Terapia
Indicações/Precauções Dosagem em Adultos
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Procainamida Indicações • Útil para o tratamento de uma ampla varie-
dade de arritmias, incluindo TV monomórfi ca
estável com intervalo QT normal e função do VE
preservada
• Pode ser usada para o tratamento de TSVP
não controlada pela adenosina e por manobras
vagais, se a pressão arterial estiver estável.
• Taquicardia estável com complexo largo de
origem desconhecida.
• Fibrilação atrial com freqüência rápida na Sín-
drome de Wolff-Parkinson-White.
Precauções
• Se houver disfunção cardíaca ou renal, reduza a
dose total máxima para 12 mg/kg e a infusão de
manutenção a 1 a 2 mg/min.
• Pró-arrítmico, principalmente em casos de IAM,
hipopotassemia ou hipomagnesemia.
• Pode induzir hipotensão em pacientes com
função comprometida do VE.
• Use com cautela com outros medicamentos
que prolongam o intervalo QT. Aconselha-se
consulta ao especialista.
FV/TV recorrente
• Infusão de 20 mg/min por via IV (dose
total máxima: 17 mg/kg).
• Em situações urgentes, até 50 mg/min,
pode ser administrada para uma dose
total de 17 mg/kg.
Outras Indicações
• Infusão de 20 mg/min por via IV, até
que ocorra um dos seguintes:
— Supressão da arritmia
— Hipotensão
— O complexo QRS alarga aproximada-
mente > 50%
— É administrada uma dose total de 17
mg/kg
• O uso em casos de parada cardíaca é
limitado pela necessidade de infusão
lenta e de efi cácia incerta.
Infusão de Manutenção 1 a 4 mg/min (dilua em SG 5% ou SSN).
Reduza a dose se houver insufi ciência
renal
Bicarbonato de Sódio
IndicaçõesAs indicações específi cas para o uso de bicar-
bonato são as seguintes:
• Hiperpotassemia preexistente conhecida
• Acidose preexistente responsiva ao bicarbonato
conhecida; p. ex., cetoacidose diabética, over-
dose de ácido acetilsalicílico ou antidepressivos
tricíclicos, cocaína ou difenidramina.
• Ressuscitação prolongada com ventilação
efi caz; em casos de retorno da circulação es-
pontânea após intervalo prolongado da parada.
• Não é útil ou efi caz em casos de acidose hiper-
cárbica (p. ex., parada cardíaca e RCP sem
intubação).
Precauções • A RCP e a ventilação adequadas, e não o bicar-
bonato, são os principais “agentes tampão” na
parada cardíaca.
• Não é recomendado para uso rotineiro em paci-
entes com parada cardíaca.
Administração IV
• 1 mEq/kg em bolus IV.
• Se disponível rapidamente, use a
análise de gasometria arterial para
orientar a terapia com bicarbonato
(défi cits de base ou concentrações de
bicarbonato calculadas). A gasometria
do sangue arterial é um indicador não
confi ável de acidose durante a parada
cardíaca.
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Indicações/Precauções Dosagem em Adultos
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Sotalol (Forma IV não aprovada para uso nos Estados Unidos)
Não é um
antiarrítmico de
primeira linha
Procure consulta
com especialista
Indicações Nos Estados Unidos, a forma de administração
por via oral é aprovada para o tratamento de
arritmias ventriculares e atriais. Fora dos Estados
Unidos, é usada para o tratamento de arritmias
supraventriculares e de arritmias ventriculares em
pacientes sem doença cardíaca com comprome-
timento estrutural.
Precauções/Contra-indicações
• Deve ser evitado em pacientes com perfusão
inadequada, devido aos efeitos inotrópicos
negativos signifi cativos. Deve ser infundido lentamente.
• Os efeitos adversos incluem bradicardia, hipo-
tensão arterial e arritmias (torsades de pointes).
• Use com cautela quando administrado com
outros medicamentos que prolongam o intervalo
QT (p. ex., procainamida, amiodarona).
Administração IV
• 1 a 1,5 mg/kg de peso corporal e de-
pois infusão à uma taxa de 10 mg/min.
• A infusão deve ser feita lentamente.• Reduza a dose em casos de compro-
metimento renal.
Agentes Trombolíticos (ver Agentes Fibrinolíticos)
Marca-passo Transcutâneo
Os marca-pas-
sos externos
apresentam
taxas fi xas (inde-
pendentes da
necessidade ou
modo assincrôni-
co) ou taxas
dependentes
da necessidade
(variação: de 30
a 180 bpm).
A corrente de
saída varia de 0
a 200 mA.
Indicações • Bradicardia hemodinamicamente instável ou
sintomática (p. ex., alterações da pressão
arterial, condições mentais alteradas, angina,
edema pulmonar).
• Condições de uso do marca-passo em casos
de IAM, como a seguir:
— Disfunção sintomática do nó sinusal.
— Bloqueio cardíaco de segundo grau tipo II.
— Bloqueio cardíaco de terceiro grau.
— Bloqueio bifascicular ou BCR novo direito,
esquerdo ou alternante.
• Bradicardia com ritmos de escape ventricular
sintomáticos .
• Colocação de marca-passo para o tratamento
de taquicardias refratárias à terapia farma-
cológica ou à cardioversão elétrica.
• Não recomendado para parada cardíaca bradi-
assistólica.
Precauções • Contra-indicado em casos de hipotermia grave
ou parada cardíaca bradiassistólica prolongada.
• Pacientes conscientes podem necessitar de
analgesia para o tratamento do desconforto.
• Evite utilizar o pulso carotídeo para confi rmar a
captura mecânica. A estimulação elétrica causa
um espasmo muscular que pode mimetizar o
pulso carotídeo.
Técnica
• Coloque os eletrodos do marca-passo
no tórax, de acordo com as instruções
na embalagem.
• LIGUE o marca-passo.
• Ajuste a freqüência de demanda em
aproximadamente 80 bpm.
• Ajuste a corrente (mA) de saída con-
forme explicado a seguir, para bradicar-
dia: aumente os miliampéres a partir de
um valor mínimo até atingir uma cap-
tura consistente (caracterizada por um
alargamento do complexo QRS e uma
onda T achatada após cada descarga
do marca-passo). Então, aumente mais
2 mA como margem de segurança.
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Indicações/Precauções Dosagem em Adultos
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Vasopressina Indicações • Pode ser usada como um agente vasopressor
alternativo à epinefrina no tratamento do
choque refratário à FV em adultos.
• Pode ser uma alternativa útil à epinefrina na
assistolia e na AESP.
• Pode ser útil para o suporte hemodinâmico
no choque por vasodilatação (p. ex., choque
séptico).
Precauções/Contra-indicações
• Vasoconstritor periférico potente. A resistência
vascular periférica aumentada pode provocar
isquemia cardíaca e angina.
• Não recomendada para pacientes responsivos
com doença arterial coronariana.
Administração IV
Uma dose para parada cardíaca: 40 U
IV/IO contínua pode substituir a primeira
ou a segunda dose de epinefrina. A
epinefrina pode ser administrada a cada
3 a 5 minutos, durante a parada cardíaca.
A vasopressina pode ser administrada
por via endotraqueal, mas ainda não
existem evidências sufi cientes para reco-
mendar uma dose específi ca.
Verapamil Indicações • Medicamento alternativo (após a adenosina)
para reverter a TSV paroxística com complexo
QRS estreito e pressão arterial adequada e
função preservada do VE.
• Pode controlar a resposta ventricular em paci-
entes com fi brilação atrial, fl utter ou taquicardia
atrial multifocal.
Precauções
• Administre somente a pacientes com TSV
paroxística com complexo estreito ou arritmias
supraventriculares conhecidas.
• Não use para taquicardias com complexo
QRS largo de origem incerta e evite o uso para
síndrome de Wolff-Parkinson-White e para
fi brilação atrial, síndrome sinusal (SSS), ou
bloqueio AV de segundo ou terceiro graus sem
a colocação de marca-passo.
• Pode diminuir a contratilidade miocárdica e
produzir vasodilatação periférica e hipotensão.
O uso de cálcio por via IV pode restabelecer a
pressão arterial em casos de intoxicação.
• Administração IV concomitante ao uso de
ß-bloqueadores por via IV pode causar hipoten-
são grave. Use com extrema cautela em pacien-
tes tratados com ß-bloqueadores por via oral.
Administração IV
• Primeira Dose: 2,5 a 5 mg IV em bolus
durante 2 minutos (durante 3 minutos
em pacientes mais velhos).
• Segunda Dose: 5 a 10 mg, se neces-
sário, a cada 15 a 30 minutos. Dose
máxima: 20 mg.
• Alternativa: 5 mg em bolus a cada 15
minutos até a dose total de 30 mg.
Medicamentos Simpatomiméticos, Inotrópicos e Inodilatadores
Medicamento Infusão IVEfeito Adrenérgico Potencial
Arritmogênicoα ß
Epinefrina 2 a 10 μg/min ++ +++ +++
Norepinefrina 0,5 a 12 μg/min +++ ++ ++
Dopamina2 a 4 μg/kg por minuto
5 a 10 μg/kg por minuto
10 a 20 μg/kg por minuto
+
++
+++
+*
++*
++
+
++
+++
Dobutamina 2 a 20 μg/kg por minuto + +++ ++
Isoproterenol 2 a 10 μg/min 0 +++ +++
Inanrinona† (anteriormente
denominada anrinona)
5 a 15 μg/kg por minuto (após
dose de ataque de 0,75 mg/kg,
não exceder 1 mg/kg, administre
durante 2 a 3 minutos ou mais
prolongado)
0 0* ++
*Aumenta o fl uxo sangüíneo renal e esplâncnico. †Inibidor da fosfodiesterase.
Medicamento/Terapia
Indicações/Precauções Dosagem em Adultos