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Ações da Vigilância Sanitária em Surtos de Doenças de Transmissão
Hídrica e Alimentar
Hayde Koerich e Sá – Médica VeterináriaDivisão de Alimentos -
Diretoria de Vigilância Sanitária
Doença de Transmissão Hídrica e Alimentar
• DTHA – Doenças Transmissão Hídrica e Alimentar São causadas pela ingestão de alimentos e/ou água contaminados. Existem mais de 250 tipos de DTHA e a maioria são infecções causadas por bactérias e suas toxinas, vírus e parasitas. Outras doenças são envenenamentos causados por toxinas naturais (ex. cogumelos venenosos, toxinas de algas e peixes) ou por produtos químicos prejudiciais que contaminaram o alimento (ex. chumbo, agrotóxicos).
(http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/doencas-transmitidas-por-alimentos-dta)
• SURTOS DE DTHA – De forma geral duas ou mais pessoas apresentando mesmo sintoma após consumo de alimento e/ou ingestão de água, sendo que para microrganismos com severidade mais alta como C. botulinum O157:H7, basta um caso para ser considerado surto.
Principais alimentos envolvidos• Carnes bovinas e de frango;• Maionese;• Queijo.(GERMANO, 2011)
Fatores que influenciam na contaminação por agentes patógenos:
• Ingredientes crus contaminados;• Pessoas infectadas;• Práticas inadequadas de manipulação;• Limpeza e desinfecção deficiente dos equipamentos;• Alimentos sem procedência;• Alimentos elaborados contaminados;• Recipientes tóxicos;• Plantas tóxicas tomadas por comestíveis;• Aditivos acidentais;• Aditivos intencionais;• Saneamento deficiente.
• Preparação com excessiva antecipação;• Alimentos deixados à temperatura ambiente;• Alimentos esfriados em panelas grandes;• Inadequada conservação a quente;• Descongelamento inadequado;• Preparação de quantidades excessivas.
Fatores que influem na sobrevivência dos agentes patógenos:
• Aquecimento ou cocção insuficiente;• Reaquecimento insuficiente.
Fatores que influem na proliferação dos agentes patógenos
- Detectar, intervir, prevenir e controlar surtos de DTHA, -Identificar os locais, alimentos e os agentes etiológicos
envolvidos em surtos de DTHA
No surto de DTHA é competência da VISA avaliar em toda a cadeia alimentar (exceção para os POA) as Boas Práticas de Fabricação/manipulação, por meio da verificação do cumprimento dos procedimentos previstos nos seus manuais de BPF, no APPCC e no atendimento aos regulamentos sanitários, objetivando a prevenção de agravos à saúde do consumidor.
ATUAÇÃO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA NOS CASOS DE SURTOS DE DTA
Passo a passo frente a suspeita de DTHA
• Ao receber a comunicação de surto de DTHA deve imediatamente comunicar a VE municipal.
• A investigação deve ser conjunta com a VE. Ao final da investigação, preencher o Relatório de Inspeção em Surto de DTHA e encaminhar cópia para VE municipal.
• Consultar o Roteiro para coleta de alimento em caso de surtos de doenças transmitidas por alimento.
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº. 003/DIVS/2010
• Sacos plásticos transparentes e de primeiro uso para coleta de alimentos.
• Lacre ou outro material que torne a amostra inviolável.• Fita crepe.• Álcool a 70%.• 01 termômetro de uso geral. • 01 termômetro de introdução.• 01 caixa térmica (24 litros) com gelo reciclado.• Equipamento de proteção individual (EPI) como guarda-pós,
tocas, luvas descartáveis, etc.
Materiais que devem ser levados para coleta
Procedimentos para coleta de alimentos
• Obter a lista completa dos alimentos servidos; • Realizar a coleta dos alimentos servidos e que estejam
diretamente envolvidos nas refeições suspeitas (Inquérito Epidemiológico),
• Preencher o Auto de Coleta como Análise de Orientação, sendo 01 Auto de Coleta para cada alimento;
• As amostras de Surtos de DTHA devem ter no mínimo 100 g ou 100 mL e o transporte deve ser refrigerado. Nota: Coletar as sobras dos alimentos efetivamente consumidos pelos doentes.
• Os procedimentos para coleta estão especificados nos Manual de orientação para coleta de produtos sujeitos à vigilância sanitária.
Exemplo para DTA
- Assinalar ORIENTAÇÃO
- Órgão autuante: VISA coletora (end completo COM telefone)
- Nome da Pessoa física ou jurídica responsável pela guarda da amostra coletada pela VISA
- Nome: strogonoff de frango
- Marca: -
- Quantidade: ex. mín. 100g
- Peso: 150g cada
- Motivo da Coleta: suspeita de DTHA
- Temperatura de conservação: refrigerado
- Lacres : neste caso somente Lacen
-Lote: ex. 78GA
-Validade/fabricação
-Firma/produtor: ex. KRAFT BRASIL
-Endereço completo/município e estado,CNPJ, CEP, telefone,
-número de registro na agricultura: SIF, SIE, SIM)
-Data: data da coleta
• Utilizar o Manual de Orientação para Coleta de Água e Amostras Ambientais.
• As amostras devem ser encaminhadas ao Lacen com o Formulário para coleta de água para consumo humano e cópia do Formulário 01 .
Procedimentos para coleta de água
Água suspeita de envolvimento em DTHAa) mínimo 1000 mL de água coletada em frascos com inibidor de cloro ou bolsas plásticas com inibidor de cloro;b) o prazo máximo 24 horas, sob refrigeração;c) é imprescindível que o fiscal sanitarista registre todas as informações solicitadas no Formulário 01, principalmente os sinais e sintomas, a data e hora da ingestão dos alimentos suspeitos e água e a hora do início dos sintomas. A falta desses dados dificulta a realização das análises no laboratório e a elucidação dos casos de suspeita de DTHA. •Deverá vir acompanhando a(s) amostra(s): Formulário 01, Auto de Coleta, Inquérito Epidemiológico).
Procedimentos para coleta de água
Procedimentos para coleta de água
Após a coleta, como proceder?
• Quando os alimentos suspeitos forem definidos, o técnico responsável pela coleta deverá ligar imediatamente ao Lacen.
• As amostras devem ser encaminhadas a junto com os seguintes documentos:– Auto de Coleta– Formulário 1– Inquérito Epidemiológico (preenchido pela VE)– Ofício em papel timbrado de encaminhamento do produto
especificando o motivo da coleta, com endereço e telefone da VISA.
• Produtos perecíveis refrigerados: conservados e transportados em caixas isotérmicas com gelo reciclável (gelox) para manter a temperatura de 0 a 4ºC. Não devem ser congelados.
• Amostras perecíveis mas não refrigeradas, (acima de10ºC), devem ser resfriadas (0 a 4ºC).
• Amostras congeladas em sua origem devem ser mantidas com uso de gelo seco.
• Amostras não perecíveis, já embaladas ou secas devem ser enviadas em temperatura ambiente.
Após a coleta, como proceder?
• Para embalagens de vidro ou plástico, recomenda-se colocar flocos de isopor, espuma ou pedaços de papel, de modo a evitar quebras por atrito ou empilhamento.
• Enviar cópia do relatório de inspeção à DIVS.
Após a coleta, como proceder?
• Manual de Orientação para Investigação em surtos de DTA.
• Nota Técnica conjunta nº 01/2015 LACEN/DIVS/DIVE
• Vídeo
Documentos para consulta