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Relatório ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA 2012 2013

Acompanhamento da Ação Educativa – 2012-2013 · 3.1 Fases do trabalho individual / em equipa Antes da primeira ida à escola, cada equipa inspetiva acede aos documentos existentes

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Relatório

ACOMPANHAMENTO

DA

AÇÃO EDUCATIVA

2012 2013

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ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2012-2013

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FICHA TÉCNICA

Título

Acompanhamento da Ação Educativa — Relatório 2012-2013

Autoria

Inspeção-Geral da Educação e Ciência

Coordenação geral: Maria Leonor Duarte

Elaboração: Jorge Sarmento Morais

Maria Margarida Paulo

Coleção

Relatórios

Edição

© Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC)

Av. 24 de Julho, 136

1350–346 LISBOA

Tel.: 213 924 800 / 213 924 801

Fax: 213 924 950 / 213 924 960

e-mail: [email protected]

URL: www.igec.mec.pt

Coordenação editorial, copidesque, design gráfico e divulgação

IGEC — Divisão de Comunicação e Sistemas de Informação (DCSI)

Fevereiro 2015

Homologado pelo Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova de

Almeida, por despacho de 10 de abril de 2015.

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Nota de leitura

Este relatório é breve.

Se pretender fazer uma leitura rápida e reter as ideias principais, sugerimos que leia: o sumário, os títulos

e as frases com realce.

SUMÁRIO

A atividade de Acompanhamento da Ação Educativa iniciou-se em janeiro de 2013. Decorreu ao longo

do ano em 23 agrupamentos ou escolas não agrupadas, em regra, com três visitas a cada escola1.

Em cada escola foi elaborado um Programa de Acompanhamento que se institui como um instrumento

orientador de toda a atividade. O Programa de Acompanhamento identifica as fragilidades da escola,

as áreas em que esta centrou a sua atividade e as ações de melhoria objeto de acompanhamento por

parte da IGEC.

O planeamento da ação da escola e o acompanhamento do trabalho dos docentes revelaram-se áreas

centrais das ações de melhoria implementadas.

A avaliação do desenvolvimento da atividade, efetuada pelas escolas e pelas equipas inspetivas, deu

indicações muito positivas sobre as dinâmicas de trabalho instituídas.

1 Neste relatório, utiliza-se escola para designar um agrupamento de escolas ou uma escola não agrupada.

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ÍNDICE

SUMÁRIO ............................................................................................................ 3

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 7

2. CARACTERIZAÇÃO E OBJETIVOS DA ATIVIDADE ............................................................. 8

2.1 Objetivo Geral .............................................................................................. 8

2.2 Objetivos Específicos ...................................................................................... 8

3. METODOLOGIA DA ATIVIDADE ................................................................................. 9

3.1 Fases do trabalho individual / em equipa .............................................................. 9

3.2 Recolha e tratamento de informação ................................................................... 9

3.3 Critérios de seleção das escolas ......................................................................... 9

3.4 Produtos ..................................................................................................... 9

4. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE .................................................................................... 11

4.1 Duração .................................................................................................... 11

4.2 Equipas inspetivas ........................................................................................ 11

4.3 Tarefas realizadas ........................................................................................ 11

5. RESULTADOS DA ATIVIDADE ................................................................................. 14

5.1 Apreciação decorrente dos relatórios finais ......................................................... 14

5.2. Apreciação efetuada pelas escolas ................................................................... 20

5.3. Apreciação dos inspetores ............................................................................. 23

6. BOAS PRÁTICAS ................................................................................................ 27

6.1 O planeamento estratégico ............................................................................. 27

6.2 Supervisão do trabalho dos docentes ................................................................. 29

7. CONCLUSÕES ................................................................................................... 30

ANEXOS ............................................................................................................ 32

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Índice de gráficos e quadros

Quadro 1 − Número de escolas intervencionadas por área territorial da IGEC ......................... 11

Gráfico 1: Carcaterização dos principais ganhos − Relatórios finais ..................................... 14

Gráfico 2: Caracterização dos restantes ganhos − Relatórios finais ..................................... 16

Gráfico 3: Principais constrangimentos − Relatórios Finais ............................................... 17

Gráfico 4: Caracterização das oportunidades de desenvolvimento − Relatórios Finais ............... 19

Gráfico 5: Opiniões das escolas sobre as possibilidades do Programa de Acompanhamento ........ 20

Gráfico 6: Opiniões das escolas sobre os efeitos do Acompanhamento da Ação Educativa .......... 21

Gráfico 7: Opiniões das escolas sobre a adequação da metodologia utilizada ......................... 22

Gráfico 8: Opiniões das escolas sobre a eficácia da atividade ............................................ 22

Gráfico 9: Opinião das escolas sobre o trabalho de acompanhamento por parte da IGEC ........... 23

Gráfico 10: Síntese das apreciações sobre o grau de concretização das ações ........................ 24

Gráfico 11: Áreas de intervenção em que se registaram mais melhorias da 2.ª para a 3.ª

intervenção .......................................................................................... 25

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1. INTRODUÇÃO

O sistema educativo português tem vivido, nos últimos anos, sob o signo do reforço da autonomia das

escolas, enquanto instrumento de regulação, responsabilização e melhoria do seu trabalho.

Num tempo em que se solicita aos diferentes atores – tutela, serviços da administração educativa,

escolas, etc. − um novo posicionamento e uma intervenção partilhada na prestação do serviço

educativo, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC), correspondendo também a este desafio,

implementa metodologias de trabalho que possibilitam uma regulação através de instrumentos

partilhados e que envolvem positivamente as escolas.

A atividade de Acompanhamento da Ação Educativa toma por referência algumas das ações de

melhoria que, no seguimento da avaliação externa e da sua autoavaliação, cada escola tem em

desenvolvimento.

A IGEC desenvolve uma reflexão conjunta com cada escola sobre a pertinência e eficácia do trabalho

efetuado. Procura-se induzir procedimentos de monitorização e de avaliação, designadamente por

parte das estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica, recentrando o investimento

da escola na melhoria das práticas letivas.

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2. CARACTERIZAÇÃO E OBJETIVOS DA ATIVIDADE

2.1 Objetivo Geral

A atividade de Acompanhamento da Ação Educativa pretende promover, em cada escola, a assunção

e a internalização de processos de coordenação e supervisão que contribuam para a melhoria da

qualidade e da equidade na prestação do serviço público de educação.

2.2 Objetivos Específicos

Conhecer as áreas de intervenção que a escola priorizou para a sua ação;

Identificar as ações de melhoria que a escola se propõe implementar para cada uma das áreas

de intervenção;

Induzir uma reflexão sobre o rigor − objetividade, pertinência, adequação, credibilidade,

exequibilidade − e a eficácia das ações de melhoria por si delineadas;

Induzir a monitorização da execução e dos resultados das ações de melhoria implementadas

na escola;

Conhecer e questionar as práticas de supervisão e coordenação pedagógica implementadas

pelos departamentos curriculares das escolas;

Induzir a implementação de estratégias focadas na supervisão regular do trabalho dos

docentes por parte dos coordenadores de departamento.

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3. METODOLOGIA DA ATIVIDADE

3.1 Fases do trabalho individual / em equipa

Antes da primeira ida à escola, cada equipa inspetiva acede aos documentos existentes na IGEC,

relativamente aos dois últimos anos da escola. São assim analisados os relatórios das diferentes

atividades desenvolvidas pela IGEC na escola durante esse período, os documentos relativos às ações

de provedoria, etc.

A primeira intervenção na escola tem por objeto a construção do Programa de Acompanhamento; as

restantes intervenções destinam-se a acompanhar a implementação do Programa de

Acompanhamento.

3.2 Recolha e tratamento de informação

A informação a que as equipas inspetivas acedem, no decorrer das intervenções, resulta dos

mecanismos de monitorização instituídos pela escola, tendo em conta os objetivos estabelecidos para

as respetivas ações objeto de acompanhamento.

A metodologia das intervenções assenta em reuniões de trabalho, de diálogo e interpelação com a

direção da escola e com os interlocutores do Programa de Acompanhamento, procurando analisar o

progresso e as conclusões do seu trabalho, perceber dificuldades e ganhos obtidos, com vista ao

enriquecimento do mesmo suscitando novos aprofundamentos.

3.3 Critérios de seleção das escolas

A seleção das escolas teve por base as classificações atribuídas a cada escola no âmbito da Avaliação

Externa das Escolas, tendo-se priorizado as que obtiveram níveis de classificação mais baixos.

3.4 Produtos

Durante a primeira intervenção na escola é elaborado o Programa de Acompanhamento. Este

documento espelha as opções da escola e da IGEC, nomeadamente na seleção das áreas a

acompanhar por parte da IGEC.

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De um modo sintético, o documento elenca:

As fragilidades da escola;

As áreas de intervenção em que a escola centrou a sua atividade;

As áreas de intervenção da escola que serão objeto de acompanhamento por parte da IGEC;

Os interlocutores do Programa de Acompanhamento;

Os materiais a disponibilizar em futuras intervenções;

O agendamento das intervenções.

No final da segunda e da terceira intervenções é apresentado e entregue à escola um relatório com a

explicitação dos seguintes aspetos:

Apreciação do desenvolvimento das ações;

Identificação das principais melhorias conseguidas;

Constrangimentos surgidos;

Identificação de aspetos em que importa focalizar a intervenção da direção e/ou dos

restantes interlocutores.

Após a última intervenção é elaborado um relatório final que sintetiza o trabalho efetuado ao longo

do ano e identifica algumas áreas de continuidade e desenvolvimento.

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4. EXECUÇÃO DA ATIVIDADE

4.1 Duração

O Acompanhamento da Ação Educativa de cada escola decorre ao longo do ano letivo. O número de

visitas, bem como o calendário são estipulados entre a equipa inspetiva e a escola. Procura-se, por

esta via, não condicionar a ação da escola, ajustando a calendarização das intervenções ao trabalho

a desenvolver.

QUADRO 1 − NÚMERO DE ESCOLAS INTERVENCIONADAS POR ÁREA TERRITORIAL DA IGEC

2012-2013

Área Territorial do Norte 9

Área Territorial do Centro 6

Área Territorial de Lisboa e Vale do Tejo 10

Área Territorial do Alentejo e Algarve 7

Total de escolas intervencionadas 32

N.º de intervenções em cada escola 3

N.º de dias em cada intervenção 3

4.2 Equipas inspetivas

As equipas inspetivas são constituídas por dois inspetores.

De modo a garantir um acompanhamento mais continuado e com maior conhecimento da realidade

da escola, a equipa inspetiva mantém-se durante as diferentes intervenções realizadas na mesma

escola.

A preparação destas equipas tem merecido um grande investimento da IGEC, dinamizando para o

efeito sessões de formação e momentos de análise, diálogo e debate entre os inspetores.

4.3 Tarefas realizadas

4.3.1 Previamente à intervenção:

Informação, por ofício, à escola da realização da ação, com indicação dos documentos

a ter disponíveis para a equipa inspetiva;

Contacto telefónico da equipa com a escola;

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Análise de documentos sobre a escola existentes na IGEC:

Relatório da última avaliação externa;

Relatórios de outras atividades realizadas nos dois últimos anos;

Registos de ações de provedoria relativos aos dois últimos anos.

4.3.2 Primeira intervenção:

A agenda de trabalhos da primeira intervenção inicia-se com uma reunião com o

diretor da escola ou com toda a equipa.

Esta primeira reunião visa dar a conhecer os objetivos e metodologia da atividade,

ouvir o diretor sobre o trabalho em realização, bem como sobre as suas expectativas

face ao desenvolvimento da atividade. Num segundo momento, importa conhecer as

fragilidades da escola e as ações prioritárias do seu processo de melhoria. Procede-se

ainda à identificação dos interlocutores com quem a equipa inspetiva vai interagir e à

elaboração da agenda dos três dias de trabalho.

O objetivo principal da primeira intervenção é a conceção do Programa de

Acompanhamento. Este documento é concebido pela equipa inspetiva em articulação

com os responsáveis da escola.

As diferentes reuniões com os interlocutores da escola têm por objetivo a

apresentação da atividade – objetivos e metodologia – o conhecimento das

fragilidades da escola e das ações de melhoria em implementação, identificando-se

aquelas que serão objeto de acompanhamento por parte da IGEC.

A conceção do Programa de Acompanhamento tem por base:

A análise documental;

As reuniões com a direção da escola e com os interlocutores do Programa de

Acompanhamento.

4.3.3 Intervenções seguintes:

Reuniões de trabalho com os interlocutores do Programa de Acompanhamento,

procurando uma reflexão conjunta sobre o desenvolvimento das diferentes ações;

A equipa inspetiva adota um posicionamento de conhecimento e análise do trabalho

realizado, refletindo com os interlocutores sobre a operacionalização das ações, os

resultados alcançados, os desafios e aprofundamentos que ainda se podem colocar;

No último dia de cada intervenção, é apresentado, à escola, um relatório síntese

sobre o desenvolvimento das ações.

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5. RESULTADOS/AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE

Os resultados da atividade foram apurados por três instrumentos diferentes:

O conteúdo dos relatórios finais − através da leitura e caracterização dos mesmos;

A apreciação das escolas − através de um inquérito por questionário;

A opinião dos inspetores − através de um instrumento que cada equipa inspetiva tem

disponível para monitorizar a execução das ações.

5.1 Apreciação decorrente dos relatórios finais

5.1.1 Principais ganhos

Dada a diversidade de ganhos apontados nos relatórios, procurou-se agrupá-los graficamente, tendo

em conta o número de frequências registadas.

Constituiu-se um primeiro grupo de dez, com aqueles que obtêm acima de trinta referências e um

segundo grupo, abaixo desse limiar.

GRÁFICO 1: CARACTERIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS GANHOS − RELATÓRIOS FINAIS

97

75

64

57

49

38

37

35

Aumento do trabalho colaborativo dos professores

Aumento da reflexão sobre as estratégias utilizadas

Maior envolvimento dos docentes

Aumento da articulação pedagógica entre docentes

Conceção do Plano de Ações de Melhoria

Monitorização das ações de melhoria desenvolvidas

Maior supervisão do trabalho dos docentes

Melhoria nos resultados dos alunos

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O facto de as ações acompanhadas, nas diferentes escolas, se centrarem na melhoria do trabalho

didático e pedagógico, faz com que os principais ganhos registados se centrem nas dinâmicas de

trabalho dos docentes:

Aumento do trabalho colaborativo;

Incremento da reflexão sobre as estratégias utilizadas;

Maior envolvimento dos docentes no trabalho a realizar;

Aumento da articulação pedagógica entre os docentes.

A metodologia de trabalho utilizada durante a atividade suscitou uma crescente apropriação, por

parte das escolas, de princípios e metodologias de planeamento da ação educativa.

Os ganhos aqui registados decorrem, não só da implementação, por algumas escolas, de ações

diretamente relacionadas com a conceção de planos de melhoria ou com a autoavaliação da escola,

mas, essencialmente, da adoção de uma metodologia transversal à elaboração e implementação das

diferentes ações, a qual procurou induzir, em cada escola, uma tomada de consciência sobre: um

efetivo conhecimento da fragilidade que se pretende ultrapassar; uma análise sobre a adequação de

cada ação face a essas fragilidades; a definição dos objetivos a alcançar com determinada ação; a

formulação de metas; a identificação dos responsáveis; a calendarização das ações; a instituição de

mecanismos de monitorização.

Em resultado deste tipo de intervenção, as escolas reconheceram ter existido uma menor dispersão

no seu trabalho e um maior sentido de eficácia, decorrentes da monitorização das ações que estavam

em curso.

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GRÁFICO 2: CARACTERIZAÇÃO DOS RESTANTES GANHOS − RELATÓRIOS FINAIS

Os restantes ganhos, identificados no gráfico anterior, apontam para alguns aspetos mais específicos,

daí que seja importante ler o número de referências tendo em conta o número de escolas onde a

ação se realizou.

Deste modo, é útil registar a maior responsabilização e intervenção dos alunos, seja nas ações

dirigidas para as situações de indisciplina, seja para a intervenção nas práticas de avaliação

formativa ou no âmbito do trabalho experimental.

Sobre a indisciplina importa salientar algumas boas experiências que são fruto do envolvimento dos

alunos e dos encarregados de educação na análise e procura de soluções a implementar.

A observação de aulas interpares surge, em algumas escolas, como uma proposta de trabalho que,

por vezes, suscita algumas dificuldades e receios de implementação. Porém, o facto de terem

existido 20 escolas onde houve iniciativas com vista à observação da prática letiva e 13 onde foram

construídos instrumentos para tal permite concluir que o conhecimento das práticas tende a ser

reconhecido pelas escolas como um passo importante com vista à sua melhoria.

30

29

29

28

28

28

27

16

14

14

10

8

8

8

Acompanhamento preventivo do comportamento dos alunos

Partilha e troca de materiais entre professores

Maior responsabilização dos alunos

Observação de aulas

Conceção de instrumentos de monitorização

Reforço de medidas de apoio aos alunos

Maior envolvimento dos alunos

Conceção de instrumentos para a observação de aulas

Conceção de instrumentos de avaliação

Reforço da avaliação formativa

Reflexão sobre a eficácia de medidas de apoio

Reforço da avaliação diagnóstica

Maior utilização de recursos/materiais

Aumento do trabalho experimental

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ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2012-2013

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As práticas implementadas foram diversas. Houve diferentes graus de envolvimento, não só em

termos do número de professores/disciplinas e no tipo de trabalho feito, como, em alguns casos, nos

instrumentos para tal concebidos e utilizados.

Fica o reconhecimento, por parte dos docentes, de que se trata de uma prática com benefícios no

processo de ensino e de aprendizagem. Os receios iniciais foram-se esbatendo, principalmente nos

casos em que teve lugar um trabalho prévio dos docentes, ao nível do planeamento das

aprendizagens e da preparação conjunta de instrumentos de avaliação. Neste contexto, a análise das

práticas foi entendida como mais uma fase do trabalho reflexivo, crítico e colaborativo entre os

docentes.

A preocupação com a melhoria dos resultados escolares dos alunos é, hoje em dia, transversal aos

diferentes órgãos e estruturas da escola. A regulação deste processo, centrada nas provas externas

dos alunos, não deixa de suscitar dúvidas e críticas dos docentes. Sem menosprezar estes aspetos, foi

possível, em cada escola, impulsionar uma reflexão sobre os resultados obtidos, procurando perceber

o que é que eles podem revelar sobre as dinâmicas e práticas pedagógicas instituídas em cada escola.

A crescente generalização aos diferentes grupos de recrutamento de boas práticas, até agora

restritas a alguns grupos, foi um dos impactos do trabalho de acompanhamento. Esta

transversalidade foi visível ao nível da regulação interna do processo de avaliação das aprendizagens,

seja pela maior regularidade da avaliação formativa, seja pela implementação de instrumentos que

visaram a regulação do processo.

5.1.2 Constrangimentos

Entendeu-se por constrangimento, algo que, interno ou externo à escola, não estava, naquele

momento, na sua esfera de intervenção poder ultrapassar.

Foi efetuado um levantamento dos principais constrangimentos, os quais são sintetizados no gráfico a

seguir apresentado.

GRÁFICO 3: PRINCIPAIS CONSTRANGIMENTOS − RELATÓRIOS FINAIS

21

25

1

51

a) Início da atividade

b) Incompatibilidade de horários de docentes

c) Instalações escolares

d) Outros

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ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2012-2013

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a) Em 2012-2013, no primeiro ano da atividade, esta iniciou-se, em regra, a meio do segundo

período. A implementação das diferentes ações requereu, de cada escola, um trabalho prévio

de preparação e definição de determinados procedimentos. O terceiro período teve uma

duração curta, sendo ainda marcado pelos processos de avaliação externa dos alunos. Deste

modo, os objetivos da atividade têm a ganhar com um início mais cedo, já que a

internalização de práticas requer algum tempo de experimentação e de sedimentação. Por

outro lado, o envolvimento de docentes ocorre com alguma gradualidade, fruto também da

motivação decorrente dos resultados que vão sendo alcançados. Diversas ações,

designadamente ao nível da prática letiva, começaram por alguns grupos de recrutamento,

envolvendo, num segundo momento, um maior número de professores.

b) A incompatibilidade dos horários dos docentes, sentida como constrangimento, é, por outro

lado, uma evidência do enfoque da atividade nas práticas letivas. De facto, é necessário que

as escolas e os seus profissionais estabeleçam alguns compromissos a nível da organização das

tarefas, de modo a fomentar a implementação de estratégias de trabalho colaborativo entre

os docentes.

c) Os constrangimentos relativos às instalações escolares são restritos a uma ou outra escola,

onde a não realização de algumas obras condicionou o trabalho da escola.

d) O número de constrangimentos registados em «outros» é elevado devido ao facto de agregar

um conjunto de diversos constrangimentos. Estes resultam de aspetos contextuais relativos ao

ano letivo 2012-2013, como sejam o adiamento das reuniões de avaliação do 3.º período, na

sequência da greve dos docentes; a resistência de alguns docentes às metodologias de

trabalho implementadas; a instabilidade do corpo docente; a inexistência de práticas

sistemáticas e generalizadas de monitorização do trabalho desenvolvido pela escola e a

dimensão dos departamentos curriculares, o que condiciona o exercício da supervisão

pedagógica.

5.1.3 Oportunidades de desenvolvimento

Por oportunidades de desenvolvimento entendeu-se a identificação, por parte da escola e da equipa

inspetiva, de áreas de intervenção em que será relevante cada escola continuar o seu investimento.

Estes aspetos decorreram, nuns casos, da necessidade de aprofundar ou alargar a implementação de

ações já em curso, e noutros, da identificação de novas áreas em que importará intervir.

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ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2012-2013

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GRÁFICO 4: CARACTERIZAÇÃO DAS OPORTUNIDADES DE DESENVOLVIMENTO − RELATÓRIOS FINAIS

Em regra, as oportunidades apresentadas estão em linha com os aspetos em que a escola identificou

um maior número de ganhos, o que ilustra o reconhecimento da necessidade e da capacidade da

escola para investir nessas áreas. Nestas oportunidades são também identificados aspetos em que há

uma menor tradição de trabalho, bem como algumas áreas em que são notórias resistências e

dificuldades, como sejam o acompanhamento da atividade dos docentes, designadamente a

continuação da observação da prática letiva.

As ações no âmbito da melhoria dos comportamentos com ações de prevenção e combate às

situações de indisciplina estão presentes em diversos Programas de Acompanhamento, na medida em

que diversas escolas deram especial relevo a esta fragilidade e priorizaram-na na sua intervenção.

As soluções implementadas, embora com designações diferentes, seguem uma matriz algo idêntica,

designadamente com a intervenção de mediadores/animadores e psicólogos. Vislumbram-se aqui

soluções decorrentes das metodologias de trabalho disseminadas entre escolas que integram o

Programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP). O desenvolvimento de ações nesta

área é uma prioridade das escolas, procurando com o trabalho agora realizado ir mais longe do que o

mero levantamento de dados e conhecimento do problema. Num primeiro momento, a análise dos

dados do processo de monitorização permitiu perceber e, eventualmente, desfazer determinadas

perceções sobre a dimensão das ocorrências. A análise e questionamento destes dados nas estruturas

dos docentes abriu caminho para a reflexão sobre a eficácia de determinadas práticas, como seja a

recorrente ordem de saída de sala de aula, nos casos em que tal acontece. Por outro lado, criou a

oportunidade para uma análise das situações de indisciplina à luz das dinâmicas de sala de aula.

88

81

43

43

36

29

25

18

Planeamento Estratégico

Acompanhamento do trabalho dos docentes

Planeamento do ensino e das aprendizagens

Avaliação do ensino e das aprendizagens

Realizaçao do ensino e das aprendizagens

Comportamento dos alunos

Outras

Reflexão sobre os resulatods escolares dos alunos

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Importa, em sede de desenvolvimento de ações neste âmbito, incorporar dados da investigação e

experimentar novas soluções, fundadas no conhecimento produzido sobre esta problemática e

envolver diferentes intervenientes da comunidade. Perante um problema que extravasa os muros da

escola, tornam-se necessárias novas respostas que envolvam a direção, designadamente nas questões

organizativas da constituição de turmas e da elaboração dos horários, os docentes na melhoria da

gestão da sala de aula, e outros membros da comunidade educativa, como os encarregados de

educação, num trabalho que exige um esforço comum de persistência e continuidade.

5.2. Apreciação efetuada pelas escolas

Foi disponibilizado às escolas um inquérito por questionário com o objetivo de recolher a sua opinião

sobre o desenvolvimento da atividade.

A opinião das escolas tem sido entendida pela IGEC como um contributo indispensável para a

melhoria do trabalho realizado.

Tratando-se de uma atividade que estava no seu primeiro ano de implementação, a opinião das

escolas, quer quanto aos objetivos, quer quanto à metodologia utilizada, tinha um redobrado

interesse.

As escolas corresponderam à proposta feita, tendo respondido ao inquérito por questionário a

totalidade das escolas onde a atividade foi implementada.

5.2.1 Sobre o Programa de Acompanhamento

GRÁFICO 5: OPINIÕES DAS ESCOLAS SOBRE AS POSSIBILIDADES DO PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO

1

6

3

11

4

26

29

19

4

1.1. Estabelecer prioridades nas áreas de intervenção da escola.

1.2. Objetivar e sistematizar o plano de ações de melhoria da escola.

1.3. Centrar a ação da escola no trabalho pedagógico e didático com os alunos.

1.4. Outras hipóteses.

A conceção do Programa de Acompanhamento possibilitou::

1 (- -)

2 (-)

3 (+)

4 (++)

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ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2012-2013

21

Em outras hipóteses (1.4.) as escolas registaram:

Incentivar o trabalho colaborativo (referido por 3 escolas);

Melhorar o funcionamento da escola-sede;

O entendimento de que o docente também é um interveniente decisivo e não apenas o aluno

e suas famílias;

Aprofundamento da necessidade de existência de metas reais e de momentos privilegiados de

reflexão ao longo do ano, o contributo para a resolução de problemas identificados, e a

ênfase dada à monitorização e supervisão dos processos educativos;

Formalizar procedimentos de implementação;

Motivação extra de docentes e de alunos.

Os resultados obtidos, com inexistência da valoração de 1 (--) e apenas uma de 2 (-), permitem

concluir da mais-valia do contributo da atividade na priorização e sistematização da ação da escola,

designadamente no trabalho pedagógico e didático com os alunos.

GRÁFICO 6: OPINIÕES DAS ESCOLAS SOBRE OS EFEITOS DO ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA

Em outras hipóteses (2.6.) é referido por duas escolas:

Promover a consciencialização dos deveres de um profissional de ensino

Intensificou o trabalho colaborativo e cooperativo entre docentes de ciclos diferentes,

contribuindo para a sua articulação.

Numa análise global é possível constatar o predomínio das valorações de 4 (++) e em segundo lugar as

de 3 (+), sinal evidente do importante contributo da atividade para a ação da escola.

1

9

12

6

8

10

23

20

25

24

21

3

2.1. Induzir um trabalho de recolha de dados e de monitorização da eficácia das ações de melhoria.

2.2. Reforçar a reflexão sobre a eficácia das estratégias implementadas.

2.3. Intensificar a supervisão do trabalho dos docentes por parte das estruturas de coordenação educativa e de

supervisão pedagógica.

2.4. Fomentar as iniciativas de trabalho colaborativo e cooperativo entre os docentes.

2.5. Uma maior perceção das melhorias decorrentes do trabalho efetuado pela escola.

2.6. Outras hipóteses.

O Acompanhamento da Ação Educativa permitiu::

1 (- -)

2 (-)

3 (+)

4 (++)

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ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2012-2013

22

Numa análise de maior detalhe é importante sublinhar que, no item com mais valorações de 4 (++),

vinte e cinco escolas consideram que o Acompanhamento da Ação Educativa permitiu intensificar a

supervisão do trabalho dos docentes.

5.2.2 Sobre a metodologia utilizada no desenvolvimento da atividade

GRÁFICO 7: OPINIÕES DAS ESCOLAS SOBRE A ADEQUAÇÃO DA METODOLOGIA UTILIZADA

A metodologia de trabalho adotada foi valorizada pelas escolas como um contributo importante para

a sua ação.

Apenas o agendamento das intervenções merece algum reparo, tratando-se da única questão que

obteve uma menção de 1 (--) e mais de duas em 2 (-).

Em conjugação com outras respostas, designadamente os comentário finais e os constrangimentos

listados nos relatórios, foi possível constatar que o facto de a atividade, no primeiro ano da sua

realização, só se ter iniciado, na maioria das escolas, em pleno segundo período, condicionou o

trabalho a desenvolver pela escola.

Importa ainda registar o agrado das escolas com o facto de o número de idas à escola ter sido

ajustado com os respetivos responsáveis.

5.2.3 Sobre a eficácia da atividade

GRÁFICO 8: OPINIÕES DAS ESCOLAS SOBRE A EFICÁCIA DA ATIVIDADE

1 9

2

8

12

12

24

10

18

O número de visitas à escola por parte da equipa inspetiva foi ajustado às necessidades.

O agendamento da atividade – início e intervenções subsequentes – foi apropriado ao trabalho a

desenvolver pela escola.

A metodologia de trabalho seguida nesta atividade fomentou a autonomia da escola.

1 (- -)

2 (-)

3 (+)

4 (++)

10

13

11

22

19

21

A realização desta atividade ajudou a escola a implementar uma metodologia de planeamento

estratégico.

Em termos globais, a escola melhorou os seus procedimentos e/ou resultados com esta intervenção

da IGEC.

O trabalho desenvolvido ao longo deste ano potencia a sua continuidade, de forma autónoma pela escola,

nos anos letivos seguintes.

1 (- -)

2 (-)

3 (+)

4 (++)

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ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2012-2013

23

A eficácia da atividade é reconhecida também na apreciação destes três itens. Para além das

melhorias ao nível do planeamento da ação educativa e dos procedimentos e resultados do trabalho

efetuado, é de salientar a capacidade e, de algum modo, o compromisso de a escola dar

continuidade, de modo autónomo, a esta linha de trabalho.

GRÁFICO 9: OPINIÃO DAS ESCOLAS SOBRE O TRABALHO DE ACOMPANHAMENTO POR PARTE DA IGEC

A importância do acompanhamento do trabalho das escolas por parte da IGEC é reconhecido pela

totalidade das escolas, sendo que a grande maioria o considera muito necessário.

Quando se pergunta sobre a vantagem, eventual necessidade, de continuar na escola este tipo de

trabalho, as escolas respondem maioritariamente que sim, porém na análise dos resultados entre as

duas questões, pode vislumbrar-se um notório desejo de o conseguir fazer de modo autónomo.

A opinião das escolas sobre o desenvolvimento e vantagens da atividade pode ainda ser constatado

nos comentários que diferentes escolas deixaram expressos no questionário (Vide Anexo II).

Desses comentários são possíveis duas conclusões:

O elevado número de apreciações feitas pelas escolas.

A grande satisfação e apreço que demonstram com a realização da atividade.

5.3. Apreciação dos inspetores

Com o objetivo de possibilitar a cada equipa inspetiva mais uma oportunidade de análise sobre o

desenvolvimento e concretização de cada Programa de Acompanhamento, foi concebido um

instrumento de trabalho, a preencher no final da segunda e terceira intervenções, que permite que

cada equipa faça uma apreciação, tendo por referência os objetivos e metas previstas nas diferentes

ações objeto de acompanhamento. Para tal utilizou-se uma escala semafórica com quatro cores,

sendo que a cada uma correspondia uma determinada simbologia, conforme a seguir se apresenta.

1 13

8

18

24

Considera vantajoso que a ação da sua escola continue a ser acompanhada pela IGEC no próximo

ano letivo.

Considera vantajoso que a IGEC acompanhe a ação das escolas com este tipo de atividade. 1 (- -)

2 (-)

3 (+)

4 (++)

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ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2012-2013

24

- + - + ++

Não a

plicável

Insuficiente Satisfatório Bom Excelente

Nunca Pontualmente Com frequência Sistematicamente

Nada relevante Pouco relevante Relevante Muito relevante

Inexistente Emergente Implementado Generalizado

Nada Parcialmente Maioritariamente Totalmente

Objetivo não atingido Objetivo em risco Objetivo atingido Objetivo superado

O gráfico, a seguir apresentado, dá conta da leitura feita pelos inspetores, relativamente ao conjunto

das ações.

GRÁFICO 10: SÍNTESE DAS APRECIAÇÕES SOBRE O GRAU DE CONCRETIZAÇÃO DAS AÇÕES

Tendo em conta o número de ações implementadas é possível constatar que:

86% das ações atingiram os objetivos propostos: (+) e (++);

Em 30% os objetivos foram superados: (++).

Estes dados permitem ter um grau de satisfação muito bom com o envolvimento das escolas e dos

seus profissionais no trabalho realizado. Importa lê-los não como uma medida única e absoluta, mas

como mais um indicador da concretização dos programas de acompanhamento.

A análise que a seguir faremos procura identificar as áreas em que as ações alcançaram e superaram

os objetivos definidos, mas também aquelas em que as escolas demonstraram mais dificuldades de

intervenção.

Densificando a análise, compararam-se os dados relativos à segunda e à terceira intervenções,

procurando compreender em que áreas de atuação houve um maior investimento da segunda para a

terceira intervenção.

1% 2%

11%

56%

30%

NA - + - + ++

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ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2012-2013

25

O gráfico a seguir apresentado ordena as áreas de atuação das escolas em que houve mais melhorias –

objetivos alcançados – da segunda para a terceira intervenção.

GRÁFICO 11: ÁREAS DE INTERVENÇÃO EM QUE SE REGISTARAM MAIS MELHORIAS DA 2.ª PARA A 3.ª INTERVENÇÃO

O resultado dessa comparação permite constatar que os maiores investimentos, em termos de

melhoria, se registaram ao nível do planeamento estratégico e da avaliação do ensino e das

aprendizagens.

Esta conclusão está alinhada com os objetivos da atividade: Conceptualmente, a atividade alicerça-

se nas vantagens de um planeamento estratégico implementado por cada escola – diagnóstico de

fragilidades; definição dos objetivos, de metas, de indicadores e medidas de ação; calendarização;

afetação de recursos – e na mais-valia de um olhar externo por parte de uma entidade com

legitimidade, responsabilidade e competências na melhoria do trabalho das escolas. in: Roteiro da

atividade.

Por planeamento estratégico não se entende aqui a intervenção específica ao nível dos instrumentos

do exercício de autonomia da escola – projecto educativo, regulamento interno, planos anual e

plurianual de actividades, orçamento – tidos como os documentos estruturais e estratégicos do seu

exercício. Conforme expresso no Roteiro da atividade, procura-se que cada órgão ou estrutura da

escola, ao pensar a sua ação, o faça de um modo estratégico, isto é, centrado nos aspetos a

ultrapassar, definindo objetivos e metas que desafiem e impulsionem a ação, permitindo também

uma monitorização e avaliação efetiva do trabalho realizado.

Embora o gráfico possa ser lido na perspetiva das áreas em que as escolas mais investiram, ele

também pode ser lido na perspetiva da identificação das áreas em que as escolas demonstraram

maior dificuldade de intervenção e de melhoria.

76%

63%

49%

47%

43%

25%

22%

Planeamento estratégico

Avaliação do ensino e das aprendizagens

Acompanhamento do trabalho dos docentes

Realização do ensino e das aprendizagens

Indisciplina

Planeamento do ensino e das aprendizagens

Reflexão sobre os resultados escolares dos alunos

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ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2012-2013

26

As áreas do planeamento do ensino e das aprendizagens e da reflexão sobre os resultados escolares

dos alunos são à partida aquelas em que se registaram menos melhorias da segunda para a terceira

intervenção. Porém, se tivermos em conta que estas áreas representam no seu global poucas ações

de melhoria e em poucas escolas, quatro e cinco respetivamente, podemos considerar que não é aí

que residem as dificuldades. Aliás, o facto de existirem poucas ações neste âmbito significa que as

escolas consideram que já têm rotinas instituídas e, portanto, não consideram tão premente o

investimento nestas áreas.

Assim sendo, podemos constatar que as áreas em que as escolas revelam algumas dificuldades de

aprofundamento dos impactos já alcançados situam-se ao nível da indisciplina, da realização do

ensino e das aprendizagens e do acompanhamento do trabalho dos docentes.

Exemplificando: as escolas reconhecem a importância do acompanhamento do trabalho dos docentes

e implementam ações que lhes permitem fomentar o trabalho nesta área. Porém, o seu

aprofundamento, designadamente através do envolvimento de outros docentes e da implementação

de novas dinâmicas de trabalho revela-se mais difícil. O mesmo se pode dizer ao nível da realização

do ensino e das aprendizagens. As escolas referem as dinâmicas de par pedagógico e as coadjuvações

como modalidades de trabalho reflexivo sobre as práticas letivas. Porém, o envolvimento nas mesmas

de outros docentes, sejam eles do mesmo grupo de recrutamento ou que lecione na mesma turma,

revela acrescidas dificuldades.

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ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2012-2013

27

6. BOAS PRÁTICAS

Neste item de boas práticas tomamos como exemplo algumas iniciativas das escolas que permitiram a

reflexão sobre o trabalho efetuado e uma mudança de práticas.

Procurando ser pertinentes, elegemos apenas duas áreas de intervenção das escolas: O planeamento

estratégico da escola e a supervisão do trabalho dos docentes.

6.1 O planeamento estratégico

6.1.1 O planeamento estratégico enquanto trabalho prévio de conhecimento

da realidade da escola:

a) Ponto de partida

Habitualmente as escolas procedem ao levantamento de dados, designadamente dos

resultados académicos dos alunos, e ao seu tratamento estatístico;

A análise destes dados, na tentativa de identificar as razões que justificam os resultados

obtidos, tende a relacionar as mesmas com fatores externos às dinâmicas de trabalho da

escola.

b) Boa prática

O reconhecimento por parte da escola de que não dispõe de meios para poder intervir, de

modo célere e eficaz, nessas razões que dizem respeito ao aluno e ao seu contexto familiar e

social, suscitou a necessidade de centrar a atenção nos fatores sobre os quais a escola tem,

de facto, possibilidades de atuação.

Uma primeira medida decorreu da conclusão de que a simples análise dos dados numéricos

dos resultados dos alunos diz pouco sobre as práticas instituídas, o que suscitou a necessidade

de adoção de instrumentos e procedimentos que permitissem o seu efetivo conhecimento e

caracterização.

Perante as dificuldades sentidas, a opção por um maior detalhe no levantamento dos

resultados dos alunos, procurando não restringir a análise aos dados constantes de uma única

pauta, desencadeou uma análise mais detalhada, decorrente da:

o Comparação dos resultados com os do período anterior;

o Comparação com os de outras turmas do mesmo ano de escolaridade;

o Análise tendo por base os resultados do ano letivo anterior.

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ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2012-2013

28

Uma etapa importante no processo foi a devolução desses dados a cada docente, suscitando

assim uma análise mais em detalhe de cada situação e encorajando uma análise e

questionamento sobre as práticas pedagógicas.

Revelou-se igualmente importante a solicitação a cada grupo de recrutamento a análise

desses dados, tendo por referência três perspetivas: o que é que estes dados nos dizem sobre

a forma como ensinamos, como os alunos aprendem e como avaliamos as aprendizagens?

6.1.2 Enquanto planeamento da ação:

a) Ponto de partida

As escolas tendem a ter objetivos abrangentes, como por exemplo, melhorar os resultados

dos alunos;

Embora se reconheça e afirme que a melhoria dos resultados é fruto de um conjunto diverso

de fatores, há uma tendência para estipular, como objetivo de uma ação de melhoria ou de

uma simples estratégia um objetivo demasiado ambicioso, como seja a melhoria dos

resultados escolares;

Quando essa melhoria dos resultados não é, a curto prazo, constatável, tende a considerar-se

que a ação não resultou, já que os resultados dos alunos não melhoraram, condenando-se,

desde logo, a estratégia seguida. Eventualmente o objetivo fixado estava desajustado ou era

mesmo desadequado.

b) Boa prática

Revelou-se uma prática interessante a fixação de objetivos com metas parciais, desafiantes e

exequíveis, que permitiram induzir e motivar a ação;

As metas tenderam a estar centradas não na imediata melhoria dos resultados escolares dos

alunos, mas na crescente e continuada concretização das dinâmicas de trabalho instituídas. A

fixação de metas tornou-se indutora da concretização;

Paralelamente, a implementação de instrumentos de monitorização, com devolução de dados

aos diferentes responsáveis, permitiu conhecer, de perto, os níveis de concretização,

colocando assim um enfoque na regularidade da ação;

Em síntese, foi possível concluir que não basta mudar uma estratégia e esperar que, só por si,

isso traga melhorias imediatas nos resultados. Os resultados escolares foram vistos como fruto

de um gradual alcançar de objetivos parciais, decorrentes de alterações várias no processo de

ensinar e de aprender.

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ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2012-2013

29

6.2 Supervisão do trabalho dos docentes

a) Ponto de partida

A necessidade e importância da supervisão do trabalho docente são reconhecidas por todos os

docentes e pelas suas estruturas de coordenação e supervisão;

As metodologias mais disseminadas de supervisão deste trabalho tendem a estar centradas no

levantamento, burocrático e administrativo, do cumprimento das planificações;

Sempre que se reflete sobre as vantagens da supervisão do trabalho docente surge a

necessidade de o grupo de docentes clarificar conceitos e práticas. Esta dificuldade não é

suscitada pelo desconhecimento, mas sim pelo facto de, nem sempre, determinado grupo de

professores, ter refletido, em conjunto, sobre esses assuntos;

b) Boa prática

A reflexão e decisão ao nível dos departamentos curriculares e do conselho pedagógico sobre

o que se entende por:

o Planeamento de curto, médio e longo prazo;

o Avaliação diagnóstica, formativa, sumativa: objetivos e instrumentos;

o Observação da prática letiva;

O envolvimento de todos os docentes na conceção de instrumentos garantiu uma

simplificação dos mesmos e um conhecimento mais transversal do que se pretende com

determinado instrumento ou prática, aumentando assim a sua implementação − a título de

exemplo pode referenciar-se a prática de algumas escolas que conceberam instrumentos

para:

o Conhecimento das estratégias de ensino e aprendizagem mais utilizadas;

o Levantamento do tipo e variedade de instrumentos de avaliação formativa mais utilizados;

o Observação da prática letiva com recurso a diferentes metodologias de organização e

instrumentos que permitiram direcionar essa análise;

o Monitorização das situações de indisciplina ocorridas.

A instituição de dinâmicas que permitam um conhecimento da prática letiva é associada a

receios e constrangimentos vários. As escolas que optaram por identificar esses receios e

constrangimentos conseguiram iniciar a experimentação de dinâmicas e instrumentos que lhes

garantiram a abertura da sala de aula e o acautelar dos receios de que, inicialmente,

partiram;

Algumas chegaram à conclusão de que esses receios e constrangimentos precisam de ser

ultrapassados, já que, por vezes, servem de argumento à manutenção das práticas existentes.

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ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2012-2013

30

7. CONCLUSÕES

A atividade de Acompanhamento da Ação Educativa implementou uma metodologia de trabalho que

se revelou inovadora pelo facto de o objeto da intervenção não estar definido à partida, tendo sido

estabelecido em diálogo entre a equipa inspetiva e cada escola. As ações constantes de cada

Programa de Acompanhamento decorrem do trabalho de autoavaliação já encetado pelas escolas,

onde o relatório da Avaliação Externa da Escola, com a identificação de pontos fortes e áreas de

melhoria, se assume como instrumento potenciador e facilitador do trabalho a desenvolver.

Ao longo das diferentes intervenções, a atuação dos inspetores pautou-se por um posicionamento de

questionamento e de desafio ao trabalho de melhoria da escola.

A implementação de cada Programa de Acompanhamento permitiu centrar a ação das escolas em

torno das necessidades consideradas prioritárias.

O enfoque no desenvolvimento de metodologias de planeamento estratégico permitiu a identificação

de prioridades de intervenção, a mobilização de esforços em torno de medidas direcionadas para o

trabalho em sala de aula e a implementação de instrumentos de monitorização e de avaliação da

eficácia dessas medidas.

Entre os diferentes ganhos já listados podem ser sublinhados dois, pela sua abrangência e

importância na melhoria da escola:

A experimentação de metodologias de planeamento estratégico;

A melhoria do trabalho colaborativo dos docentes, em torno das estratégias de ensino e de

aprendizagem.

As áreas em que se registaram impactos são também aquelas em que se encontram as maiores

dificuldades, como sejam:

A conceção de mecanismos simples e objetivos de monitorização do trabalho;

A abertura da sala de aula à opinião crítica e construtiva dos colegas.

Na generalidade das escolas intervencionadas foram visíveis boas práticas de atuação. Porém, estas

assumem, muitas vezes, um caráter pontual e/ou restrito a um grupo de professores, carecendo de

uma mais ampla generalização a toda a escola.

As escolas apreciaram a intervenção da IGEC com a metodologia adotada no Acompanhamento da

Ação Educativa.

O acompanhamento das escolas deve ser exigente, sistemático e de proximidade.

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ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2012-2013

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ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2012-2013

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ANEXOS

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ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2012-2013

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ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2012-2013

34

I – INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO APLICADO ÀS

ESCOLAS

ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA − 2012-2013

Inquérito por questionário aos Agrupamentos / Escolas não agrupadas onde decorreu a atividade.

Apresentação

Emo(a) Sr(a).

Diretor(a) de Agrupamento/Escola Secundária

A Inspeção-Geral da Educação e Ciência solicita a resposta a este inquérito por questionário com o

objetivo de conhecer a opinião das escolas sobre a atividade de Acompanhamento da Ação Educativa,

interessando-nos perceber de que modo ela contribuiu e pode contribuir para melhorar a ação das

escolas.

A escala de resposta varia entre 1 e 4, sendo que o valor 1 (--) corresponde à apreciação mais

negativa, ou de menor concordância e o valor 4 (++) à mais positiva, ou de maior concordância.

No final, tem disponível um espaço destinado a observações, apreciações e propostas de melhoria

que nos queira apresentar.

A sua colaboração, que desde já agradecemos, é fundamental para a melhoria não só desta

atividade, mas da ação da IGEC junto das escolas.

Agradecemos a sua colaboração.

Escola

1. Código do AE/ES

2. Designação

3. Área Territorial da IGEC a que a escola pertence. (Só escolhem a resposta)

Questões 1

(--) 2 (-)

3 (+)

4 (++)

4. A conceção do Programa de Acompanhamento possibilitou:

4.1 Estabelecer prioridades nas áreas de intervenção da escola.

4.2 Objetivar e sistematizar o plano de ações de melhoria da escola.

4.3 Centrar a ação da escola no trabalho pedagógico e didático com os alunos.

4.4 Outras (indique quais)

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ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2012-2013

35

5. O Acompanhamento da Ação Educativa por parte da IGEC permitiu:

5.1. Induzir um trabalho de recolha de dados e de monitorização da eficácia das ações de melhoria.

5.2. Reforçar a reflexão sobre a eficácia das estratégias implementadas.

5.3. Intensificar a supervisão do trabalho dos docentes por parte das estruturas de coordenação educativa e de supervisão pedagógica.

5.4. Fomentar as iniciativas de trabalho colaborativo e cooperativo entre os docentes.

Uma maior perceção das melhorias decorrentes do trabalho efetuado pela escola.

Outras (indique quais)

6. O número de visitas à escola por parte da equipa inspetiva foi ajustado às necessidades.

7. O agendamento da atividade – início e intervenções subsequentes – foi apropriado ao trabalho a desenvolver pela escola.

8. A metodologia de trabalho seguida nesta atividade fomentou a autonomia da escola.

9. A realização desta atividade ajudou a escola a implementar uma metodologia de planeamento estratégico.

10. Em termos globais, a escola melhorou os seus procedimentos e/ou resultados com esta intervenção da IGEC.

11. O trabalho desenvolvido ao longo deste ano letivo potencia a sua continuidade, de forma autónoma pela escola, nos anos seguintes.

12. Considera vantajoso que a ação da sua escola continue a ser acompanhada pela IGEC no próximo ano letivo.

13. Considera vantajoso que a IGEC acompanhe a ação das escolas com este tipo de atividade.

Registe aqui outras apreciações/observações/comentários que pretenda sobre a atividade.

O questionário chegou ao fim. Obrigado.

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ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2012-2013

36

II – TRANSCRIÇÃO DE OBSERVAÇÕES REGISTADAS PELAS

ESCOLAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

(ALGUNS EXEMPLOS)

As ações de acompanhamento, conforme o próprio nome indica, serão sempre úteis para a

melhoria do serviço educativo prestado pelas instituições.

Queremos realçar o bom clima de trabalho criado entre os inspetores e os docentes

envolvidos, bem como da disponibilidade e abertura para outras perspetivas de trabalho.

Esta intervenção permitiu redefinir algumas das ações de melhoria que constavam no nosso

plano.

Julgo que esta ação foi muito importante, na responsabilização do papel do Coordenador de

Departamento, pois veio salientar as competências de Supervisão Pedagógica que são

inerentes ao cargo, e que eles tinham tendência em menosprezar.

Na minha opinião a ação da IGEC é fundamental para monitorizar, acompanhar e melhorar o

funcionamento das escolas.

O Agrupamento entende esta ação como enriquecedora. É de realçar a implementação de

novas metodologias de planificação estratégica de ações a desenvolver. Consideramos do

maior interesse a continuidade desta intervenção.

O acompanhamento da ação educativa, realizado no período compreendido entre os dias 18

de janeiro a 9 de julho de 2013, foi considerado muito positivo no que concerne à

metodologia de trabalho adotado entre os intervenientes, à supervisão inspetiva prestada

pela equipa presente neste agrupamento de escolas e pelo feedback gerado entre todos os

intervenientes.

A equipa inspetiva proporcionou ainda ao agrupamento uma ajuda preciosa na identificação,

reflexão, implementação e monitorização da melhoria das práticas pedagógicas e de

supervisão nos diversos departamentos.

Na avaliação final efetuada foi considerada importante a sua continuidade nos anos letivos

subsequentes.

O agendamento das intervenções deverá ser efetuado no início do ano letivo, de forma a

permitir a planificação atempada das atividades a desenvolver.

Tal como referido ao longo do trabalho com a equipa da IGEC, o sucesso do trabalho a

realizar pelas escolas depende em larga medida do momento do ano letivo em que a ação se

inicia.

Pela experiência vivida, parece-nos adequado que o início recaia sempre dentro do 1.º

período letivo.

A intervenção da equipa inspetiva foi muito frutífera no modo de operacionalização do

funcionamento da escola e do agrupamento. Há, nitidamente, uma maior atenção e

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ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2012-2013

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focalização de todos no trabalho desenvolvido com os alunos e nos grupos disciplinares. No

entanto, consideramos que temos um caminho a percorrer e que, sem dúvida, a ajuda da

equipa inspetiva será muito importante para reorientar e reforçar as práticas.

Na educação pré-escolar potencializou a articulação entre o Agrupamento de Escolas (com

apenas 1 sala) e as instituições particulares do concelho.

No 1.º ciclo registaram-se melhorias significativas nas práticas de trabalho experimental das

ciências através de partilha de materiais e iniciativas.

No 2.º e 3.º ciclo houve algumas melhorias na partilha e práticas colaborativas.

Considera este Agrupamento como muito positiva esta ação e seria uma mais-valia a sua

continuidade em futuros anos letivos.

A prática de supervisão pedagógica poderia ter tido mais sucesso se tivesse começado mais

cedo.

Teve um papel de desmistificação da observação e aulas, deixando de as associar à avaliação

docente, mostrando o seu caráter formativo.

Esta Medida de Acompanhamento de Ação Educativa foi-nos apresentada pela IGEC como um

desafio que foi, imediatamente, agarrado e encarado como uma oportunidade para a

implementação de uma política ativa dos atores educativos. Estes tiveram de, embora num

curto espaço de tempo, construir/apresentar diferentes projetos e aplicá-los no terreno.

Tarefa que foi acionada com uma entrega total. Metodologia essa que foi, posteriormente,

adotada aquando da elaboração dos diferentes projetos do Contrato de Autonomia.

De realçar a metodologia apresentada pela IGEC (novo figurino) e que permitiu uma

metodologia diferente no trabalho com a nossa Escola, como parceiro na definição de um

plano estratégico de melhoria.

Como já tivemos oportunidade de transmitir à equipa que nos acompanhou, a apreciação

global é francamente positiva, pois permitiu ao agrupamento ultrapassar algumas

fragilidades que colocavam em causa o sucesso educativo dos alunos, quer ao nível dos

resultados académicos, quer das suas competências sociais. O facto de envolver os

profissionais da educação na procura de soluções simples, com objetivos muito

compreensíveis, e sem dispêndio de muito tempo acrescido na sua concretização, vem ao

encontro das necessidades das escolas. Assim, a proximidade por parte da IGEC permitiu

agilizar e aumentar a eficácia das decisões tomadas.

Consideramos que com este programa a IGEC se colocou ao lado das instituições que

norteiam a educação e contribuem para o desenvolvimento da sociedade, tornando-se ela

própria um elemento decisivo nessa transformação, pelo que deverá continuar este trabalho.

O Agrupamento desenvolverá esta atividade (depois da aprendizagem, pretendemos ser

autónomos e avançar), com os mesmos ou outros problemas que pretende resolver, no

próximo ano letivo, não só a nível pedagógico mas também a nível

administrativo/burocrático. O Conselho Pedagógico aprovou esta proposta do diretor.

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ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA – 2012-2013

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A atividade (inovadora) rompe com o paradigma dos programas anteriores (aplicação do

programa, relatório, avaliação subsequencial em alguns casos, ausência de acompanhamento

noutros…); o acompanhamento ao longo do ano é a pedra de toque. Contudo, esta atividade

deverá desenvolver-se durante todo o ano letivo.

Inexistência de painéis − no início foi um constrangimento para os professores, mas julgo ser

uma mais-valia deste Programa pois compromete (compromisso) pessoas (professores) e não

setores (departamento, etc.); sendo o diretor o responsável máximo na instituição (e isso foi

muito bem explicado aos professores pela equipa inspetiva) presente em todas áreas de

intervenção apresentadas, a par do professor indicado como interlocutor, percebeu-se a

intenção, que se entende.

Responsabilização – quer das estruturas intermédias (este programa valoriza as estruturas

intermédias), quer do diretor – percebe-se que a ação incidindo em determinadas áreas, tem

como primeiro responsável alguém em concreto, que tem rosto; julgo importante a assunção

de responsabilidades que, sendo também partilhadas, traduz-se num estímulo à cooperação

interpares e ao trabalho colaborativo.

Proporcionou momentos de reflexão e mostrou um rosto diferente da IGEC, mais apostada

em apoiar o desenvolvimento das condições em que se processam as atividades pedagógicas.

O início da atividade foi um pouco tardia, contudo ao longo do ano letivo foi-se compensando

esse retardar inicial.

É de saudar a iniciativa da IGEC, neste tipo de ações pois permite às escolas "descobrir" novas

fragilidades e tentar minimizá-las com a ajuda da equipa inspetiva.