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PROGRAMA ACOMPANHAMENTO ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA Relatório Agrupamento de Escolas Latino Coelho LAMEGO Novembro de 2019 Área Territorial de Inspeção do Norte

Acompanhamento da ação educativa -2019€¦ · planeamento estratégico no desenvolvimento de projetos que aglutinem aprendizagens das diferentes disciplinas, planeados, realizados

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PROGRAMA

ACOMPANHAMENTO

ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA

Relatório

Agrupamento de Escolas Latino Coelho

LAMEGO

Novembro de 2019

Área Territorial de Inspeção do Norte

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ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA -2019

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Introdução

A Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC), no âmbito das atividades que desenvolve,

tem vindo a implementar metodologias de trabalho que fomentam a intervenção dos

elementos da comunidade escolar na conceção e implementação de medidas que visam a

melhoria do desempenho da escola e o consequente sucesso educativo das crianças e

jovens que a frequentam.

A atividade Acompanhamento da Ação Educativa, inscrita nos sucessivos Planos de

Atividades da IGEC, desde 2013, decorre das suas atribuições, especialmente as

consignadas na alínea c) do n.º 2 do artigo 2.º do Decreto Regulamentar n.º 15/2012 de 27

de janeiro e desenvolve-se no respeito pela autonomia das escolas consignada no n.º 1 do

artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril.

A Atividade Acompanhamento da Ação Educativa tem como objetivo geral promover nas

escolas uma atuação estratégica face à resolução das suas dificuldades, em especial

naquelas que apresentam elevadas taxas de retenção no ensino básico, garantindo uma

efetiva aprendizagem, participação e inclusão de todos os alunos.

Pretende-se assim promover uma escola que se mobiliza e organiza para proporcionar uma

educação inclusiva, para todos e cada um dos alunos, tendo como referencial da sua ação

educativa o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

A atividade toma por referência algumas das ações/medidas de melhoria concebidas pelas

escolas na sequência da avaliação externa e dos seus processos de autoavaliação (planos

de melhoria), bem como as medidas contempladas noutros documentos orientadores, tais

como os planos de ação estratégica, concebidos no âmbito do Programa Nacional de

Promoção do Sucesso Escolar, ou os planos plurianuais de melhoria, no caso das escolas

que integram o Programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária.

Consagra, como metodologia de trabalho com as escolas, um acompanhamento regular, em

momentos diferentes, ao longo do ano letivo, relativamente às estratégias por estas

implementadas, com especial enfoque nos mecanismos internos de coordenação e

supervisão pedagógica do trabalho docente.

Objetivos da atividade:

Conhecer as áreas de intervenção que a escola elegeu como prioritárias;

Acompanhar e aprofundar ações/medidas de melhoria identificadas pela escola e

explicitadas nos seus documentos orientadores, tendo em vista a superação das

fragilidades diagnosticadas;

Suscitar a reflexão sobre o rigor – objetividade, pertinência, adequação, credibilidade,

exequibilidade – e a eficácia das ações/medidas de melhoria privilegiadas;

Induzir a monitorização da execução e dos resultados das ações/medidas de melhoria

implementadas;

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Conhecer e questionar as práticas de coordenação e supervisão implementadas,

promovendo o trabalho colaborativo, no âmbito da gestão do currículo;

Incentivar a implementação de estratégias sustentadas na regular supervisão do

trabalho dos docentes por parte dos coordenadores de departamento.

Este relatório deve ser objeto de debate por toda a comunidade escolar.

Identificação das escolas/agrupamentos

Designação: Agrupamento de Escolas Latino Coelho

Escola-Sede: Escola Secundária Latino Coelho

Endereço: Avenida das Acácias

Localidade: Lamego Código Postal: 5100-070

Concelho Lamego Distrito Viseu

Telefone: 254 612 024 E-mail institucional:

[email protected]

Intervenções

Início Fim

1.ª 16.01.2019 18.01.2019

2.ª 23.04.2019 26.04.2019

3.ª 26.11.2019 29.11.2019

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1. Identificação das principais fragilidades da escola:

Resultados escolares no ensino básico e secundário, em alguns casos, pouco satisfatórios;

Os resultados escolares dos alunos na transição entre o ensino básico e o ensino secundário;

Falta de hábitos de estudo e métodos de trabalho por parte de alguns alunos;

Desresponsabilização de alguns encarregados de educação pelos comportamentos disruptivos dos seus educandos;

Insuficiente articulação e uniformização dos procedimentos e práticas dos docentes face a situações de indisciplina;

Trabalho colaborativo de articulação pedagógica entre professores pouco consistente;

Interação, ainda um pouco ténue, entre professores das diferentes unidades

orgânicas.

2. Áreas de intervenção objeto de acompanhamento por parte da IGEC, conforme estipulado no Programa de Acompanhamento:

A elaboração do Programa de Acompanhamento (PA) teve por base o Plano de Melhoria e

Plano de Ação Estratégica do Agrupamento construídos na sequência da avaliação interna

efetuada pelos órgãos de direção e gestão pedagógica, da análise dos resultados das

provas de aferição do 2º, 5º e 8º anos e da última Avaliação Externa de Escolas. As áreas

de intervenção acompanhadas pela IGEC foram selecionadas a partir do diagnóstico

efetuado pelo Agrupamento e da reflexão conjunta da equipa inspetiva com o diretor e

seus colaboradores.

A IGEC fez um acompanhamento regular das ações de melhoria identificadas na primeira

intervenção inseridas nas seguintes áreas de intervenção:

Realização do ensino e das aprendizagens;

Trabalho prático no ensino das ciências.

A – APRECIAÇÃO FINAL DAS AÇÕES

Área de intervenção: REALIZAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS

Fragilidade: Trabalho colaborativo pouco consistente na transversalidade da competência linguística/comunicativa.

Ação n.1- Comunic@r … Sempre

Melhorias conseguidas:

1. Comprometimento dos docentes das disciplinas de Português, História, Matemática e Ciências Naturais, enquanto observadores participantes, no desenvolvimento do currículo e em todas as fases da Ação de Melhoria.

2. Verificação das virtualidades do trabalho colaborativo, no planeamento das

atividades, na elaboração de materiais e seleção de tarefas tendo em vista a melhoria das aprendizagens na dimensão da Competência Linguística/Leitora.

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3. Reconhecimento, por parte de todos os envolvidos, da relevância desta metodologia de trabalho, focada em processos de monitorização rigorosos e direcionados para a superação de fragilidades evidenciadas pelos alunos.

4. Motivação dos alunos para a realização das atividades propostas, que

promoveram o gosto pelo Saber, o aumento da sua autonomia e da sua autoestima pela superação das dificuldades que apresentavam.

5. Recurso a vários suportes de registo, incluindo o digital, permitindo a

sistematização e circulação dos dados.

Oportunidades de melhoria:

O Agrupamento deve privilegiar mecanismos internos de coordenação e supervisão pedagógica do trabalho docente, baseando-se na reflexão, discussão, negociação e partilha de ideias e experiências entre professores e alunos, num equilíbrio de responsabilidades.

As futuras ações a desenvolver devem continuar a aprofundar o diálogo e a partilha entre todos os envolvidos para que surjam as soluções adequadas a uma valorização da diversidade linguística dos alunos e da comunidade, enquanto expressão da identidade individual e coletiva.

Na sua ação, o Agrupamento deve continuar a privilegiar uma metodologia de planeamento estratégico no desenvolvimento de projetos que aglutinem

aprendizagens das diferentes disciplinas, planeados, realizados e avaliados,

colaborativamente, pelo conjunto dos professores do conselho de turma ou do ano de escolaridade.

Área de intervenção: TRABALHO PRÁTICO NO ENSINO DAS CIÊNCIAS Fragilidade: Trabalho colaborativo de articulação pedagógica entre docentes, pouco

consistente.

Ação n.º 2- Experiment@r….Sempre

Melhorias conseguidas:

1. Envolvência em sessões de trabalho dos coordenadores de departamento

(educação pré-escolar, 1.º ciclo, departamento de matemática e ciências e

respetivas secções) para análise/aplicação/generalização dos procedimentos

decorrentes das decisões pedagógicas assumidas no quadro da CTSA.

2. Decorrente das contínuas sessões de trabalho, salienta-se o “pensar” do

trabalho colaborativo e em rede, reforçado em sede dos departamentos

curriculares, nomeadamente com planeamento das atividades comuns a

implementar transversalmente.

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3. Comprometimento pessoal e profissional dos docentes dos diferentes níveis e

ciclos de educação e ensino no trabalho colaborativo, corporizados na conceção

e partilha de instrumentos, de materiais e de boas práticas promotoras de

aprendizagens mais sucedidas para crianças e alunos.

4. Implementação de práticas de monitorização dirigidas a todos os níveis de

educação e ensino, para aferir o grau de consecução das atividades definidas e,

eventualmente, para a reformulação/reajuste de atividades e procedimentos.

5. Motivação dos alunos para a aprendizagem com a implementação de

metodologias mais ativas, através da realização de atividades práticas, com

impacto positivo na sua participação e empenho na execução das tarefas

propostas, que contribuíram para o aprofundamento de competências nos

alunos no âmbito do saber-fazer (competências procedimentais) e do saber-ser

(competências atitudinais).

Oportunidades de melhoria:

Através dos processos já em curso, continuar a investir na qualidade das práticas de gestão do currículo, concorrendo para o desenvolvimento de projetos que criem alternativas de apropriação do currículo através da flexibilidade curricular.

A flexibilização do currículo é a alternativa que se possui para a construção de um processo de ensino que contemple a diversidade. É necessário ir além do mero debitar de informação, porque não é o tempo que faz aprender, mas o modo de fazer diferente.

O currículo carece de ser trabalhado de tal modo que o seu conteúdo seja apresentado de formas diferentes, ou seja, fazendo uso de metodologias diversificadas.

Mostra-se necessário diferenciar o currículo a três níveis: de conteúdo (porque é uniforme e fragmentado), de processo (dar mais profundidade à diversidade) e de produtos (construir instrumentos de avaliação diferenciados).

B- APRECIAÇÃO GLOBAL DO PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO

1. Grau de consecução das ações.

Área de intervenção: REALIZAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS

Ação n. º 1: Comunic@r … Sempre

Partindo da fragilidade identificada “Trabalho colaborativo pouco consistente na transversalidade

da competência linguística/comunicativa” foi estabelecido o objetivo “Desenvolver práticas

pedagógicas transversais facilitadoras do desenvolvimento da competência linguística/comunicativa” e a

meta “Envolver os docentes das disciplinas de Português, História e Matemática do 5º ano (3) e do 8ºano

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(3) que apresentam diferentes níveis de desempenho no domínio da competência linguística/comunicativa”

tendo sido delineado um conjunto de atividades para a sua concretização, tais como:

(i) Divulgação da ação no conselho pedagógico e promoção da mesma em sede de departamentos/secção

envolvidos; (ii) Análise dos resultados dos alunos (Provas de Aferição e no final do 1º período); (iii) Seleção

das turmas; (iv) Planificação de encontros quinzenais entre os docentes implicados;(v)Reuniões quinzenais

para construção de guiões/orientações para as atividades a realizar em sala de aula; (vi) Realização de

atividades no âmbito da competência linguística; (vii) Momentos de observação entre os professores do

mesmo ano/nível ou de diferentes níveis; (viii) Construção de um documento para análise do desempenho;

(ix) Apreciação global das Expressões Orais pelo professor e alunos (feedback), após os momentos de

reflexão; (x) Registos das reflexões por parte dos docentes; (xi) Elaboração e aplicação de fichas para

avaliação dos impactos; (xii) Reunião final de balanço no sentido de avaliar o grau de cumprimento da

meta definida.

Para acompanhamento e supervisão das atividades enunciadas, através de um processo

de coautoria e de responsabilidade partilhada, construíram-se documentos destinados a

registos sistemáticos que evidenciassem a implementação e desenvolvimento das

atividades previstas e a evolução dos resultados.

Desta forma surgiram grelhas, para recolha de evidências da operacionalização da ação e

elaboraram-se questionários, gráficos e relatórios (análise de conteúdo) para avaliar o

produto obtido e as perceções dos destinatários.

A ação de melhoria, conduzida de uma forma lógica e sequencial permitiu, entre outros

aspetos:

Motivar e envolver de uma forma comprometida os docentes de disciplinas específicas em todas as fases da Ação.

Aprofundar o trabalho colaborativo, no planeamento das atividades, na elaboração de materiais e seleção de tarefas direcionadas para a melhoria das aprendizagens na dimensão da Competência Linguística/Leitora;

Reconhecer a relevância desta metodologia de trabalho, focada no acompanhamento das estratégias pedagógico-didáticas adotadas para superação de fragilidades evidenciadas pelos alunos.

Melhorar significativamente os resultados dos alunos no domínio da Competência Linguística e motivá-los para a realização de atividades que promoveram o gosto pelo Saber, o aumento da sua autonomia e da sua autoestima;

Capacitar os docentes para a elaboração e sistematização de processos de

monitorização relativamente ao planeamento, à realização e avaliação do ensino e

das aprendizagens;

Em síntese:

Os dados recolhidos e os posicionamentos assumidos pelos diversos interlocutores

permitem afirmar que a Ação de Melhoria teve um impacto positivo nas dinâmicas

organizacionais do Agrupamento.

O trabalho colaborativo é considerado uma mais-valia, nomeadamente pelas

possibilidades que oferece para os professores enfrentarem os inúmeros desafios que

a docência coloca face ao objetivo de promoverem não só a aprendizagem dos alunos

como a sua extensão e êxito. Por outro lado, conferiu maior coerência aos projetos

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curriculares e teve em atenção as características dos alunos a quem se destinavam,

favorecendo processos mais ricos e mais significativos para um maior número de

alunos.

No trabalho por equipas docentes também houve oportunidades de aprendizagens e

possibilidades de partilha de conceções, de materiais e de divisão de trabalho. Ou

seja, a ação de melhoria na esteira do Perfil dos Alunos à saída da Escolaridade

Obrigatória, das Aprendizagens Essenciais, da Flexibilidade Curricular, da Inclusão,

da Cidadania e Desenvolvimento, teve o mérito de romper com o individualismo no

trabalho docente, promovendo e ampliando o trabalho colaborativo entre docentes.

Área de intervenção: TRABALHO PRÁTICO NO ENSINO DAS CIÊNCIAS

Ação n. º 2: Experiment@r….Sempre

Face à fragilidade diagnosticada (Trabalho colaborativo de articulação pedagógica entre docentes,

pouco consistente), foi definido o objetivo (Promover o Ensino Experimental das Ciências no âmbito do

CTSA, nos diferentes níveis de educação e ensino, como facilitador do trabalho colaborativo/cooperativo) e respetiva meta, tendo sido definido um conjunto de atividades para a sua concretização:

(i) Divulgação da ação no conselho pedagógico e promoção da mesma em sede de departamentos/secção

envolvidos; (ii) Reunião de planificação das atividades práticas a implementar com os coordenadores de

departamento da EPE e do 1.º ciclo, e subcoordenadores de Ciências Naturais, Física e Química e

Biologia; (iii) Workshop de formação para docentes da Educação Pré-Escolar e do 1.º ciclo (clarificação

de conceitos e potencialidades das atividades a desenvolver no âmbito Ciência, Tecnologia, Sociedade e

Ambiente (CTSA); (iv) Reunião de planificação dos temas e atividades práticas a implementar, com os

coordenadores de departamento da EPE e do 1.º ciclo, de Matemática e Ciências Experimentais e

representantes de secção; (v) Reunião com os docentes de cada ano escolaridade/disciplina para

elaboração e validação dos guiões/protocolos das Atividades Laboratoriais (AL’s); (vi) Realização das

atividades práticas e elaboração dos relatórios pelos docentes; (vii) Encontro de reflexão, divulgação e

discussão dos resultados; (viii) Realização de atividades práticas pelos alunos do 1.º ciclo sob a

orientação dos alunos do ES no âmbito do PA do Agrupamento; (ix) Reunião final de balanço no sentido

de avaliar o grau de cumprimento da meta definida.

Para o acompanhamento e supervisão da realização destas atividades, definiram-se

instrumentos de monitorização para registo, contínuo e sistemático, da

operacionalização do processo e dos resultados alcançados.

A ação de melhoria, considerando a metodologia da planificação estratégica, permitiu, entre outros aspetos:

Dinamizar/otimizar a formação interna no âmbito do ensino experimental das

ciências, em todos os níveis de educação e ensino;

Envolver os docentes no planeamento, elaboração e validação dos

guiões/protocolos das atividades laboratoriais e/ou experimentais;

Promover o compromisso pessoal e profissional dos docentes, que

reconhecidamente pela comunidade escolar contribuiu para melhoria da qualidade

das aprendizagens;

Cumprir a meta estabelecida (Realizar duas atividades experimentais a partir dos temas

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planificados no âmbito CTSA nos diferentes níveis/ciclos de ensino);

Melhorar a motivação dos alunos e incrementar o gosto/aprendizagem pelas ciências, evidenciada na adesão às atividades propostas.

Em síntese:

A área de intervenção objeto de acompanhamento produziu um impacto positivo

nas dinâmicas organizacionais do Agrupamento e na sua ação educativa. Os

diferentes intervenientes reconheceram a relevância do Trabalho Colaborativo,

estruturado e consistente, que lhes permitiu suscitar uma reflexão crítica acerca

da pertinência e da eficácia dos projetos que preveem pôr em prática, no atual

ano letivo, por referência ao Perfil dos Alunos à saída da Escolaridade

Obrigatória, às Aprendizagens Essenciais, à Flexibilidade Curricular, à Inclusão,

à Cidadania e Desenvolvimento.

2. Ganhos ao nível das áreas de intervenção objeto de acompanhamento.

Dos diferentes momentos de reflexão conjunta e da apreciação global sobre o resultado

das ações de melhoria, insertas no Programa de Acompanhamento, foram identificados

os seguintes ganhos nas áreas de intervenção “Realização do Ensino e da Aprendizagem

e Trabalho Prático no ensino das Ciências”:

Realização de ações de melhoria assentes em critérios de pertinência e de

objetividade, com impacto positivo nas dinâmicas organizacionais do

Agrupamento e na melhoria do planeamento da sua ação pedagógica;

Reforço do Trabalho Colaborativo dos docentes na seleção e conceção de

materiais didático-pedagógicos e de instrumentos de monitorização, para o

acompanhamento regular da execução das medidas adotadas e dos resultados

obtidos;

Implementação da metodologia da planificação estratégica, que a partir do

diagnóstico das fragilidades, permitiu reorientar o planeamento e as práticas

pedagógicas com impacto na melhoria das aprendizagens;

Gestão curricular que começa a assumir-se como processo estratégico e

intencional, tomando-se já consciência de alguns campos de decisão curricular-

Decidir o quê? Como? Com quem? Para quem?

Promoção da motivação, autonomia e da autoestima das crianças e dos alunos

através da realização das atividades propostas, de natureza mais prática;

Envolvimento dos órgãos e estruturas de coordenação educativa e supervisão

pedagógica nas diferentes fases das ações de melhoria (planeamento,

desenvolvimento, monitorização/avaliação), que contribuiu para debelar as

fragilidades diagnosticadas, para a melhoria de práticas pedagógicas e para

desencadear ações prospetivas, intencionais e estruturadas.

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3. Práticas pedagógicas inovadoras, em contexto de sala de aula, com impacto nas aprendizagens.

A concretização de práticas pedagógicas inovadoras, definidas como um conjunto de

intervenções, decisões com certo grau de intencionalidade e sistematização para

transformar as atitudes, ideias, modelos e práticas pedagógicas, (Fullan, apud MESSINA,

2001), começou a constituir-se como um processo multidimensional facilitador da

transformação dos processos de aprendizagem em sala de aula.

A implementação das duas ações de melhoria permitiu desenvolver distintas atividades e

ensaiar os princípios da Flexibilidade Curricular, tendo contribuído para o progresso da

literacia científica e da transversalidade da competência linguística, desenvolvendo

competências processuais e atitudinais das crianças e dos alunos, assim como o

aprofundamento de práticas pedagógicas inovadoras, mais flexíveis, ativas e

experimentais através do trabalho colaborativo.

Assim, no âmbito das duas Ações, salienta-se a:

Gestão flexível, articulada e integrada do currículo, assente no trabalho

colaborativo, através de uma planificação das aprendizagens bem estruturada

para dinamização de atividades práticas, no âmbito do ensino experimental,

dirigido aos diferentes níveis de educação e ensino (73 grupos/turmas),

integrando áreas do saber por referência a um tema comum e uma abordagem

multinível, para desenvolvimento de competências transversais, desconstruindo a

conceção fragmentária do conhecimento, das práticas pedagógicas e da

avaliação.

Constituição de Equipas Pedagógicas para conceção, coordenação de ações de

melhoria, que concorrem para práticas de flexibilidade curricular, práticas letivas

conjuntas em sala de aula (Port./Hist./Mat./C.Nat.), com a criação de um sistema de

monitorização assente, também, em plataforma digital concebida para o efeito,

potenciando o trabalho colaborativo e em rede, concorrendo para práticas mais

eficazes na melhoria das aprendizagens e do desenvolvimento profissional

docente.

4. Compromisso da escola para dar continuidade e/ou aprofundar o trabalho já realizado.

A ponderação efetuada pelos docentes envolvidos, com base em dados obtidos através

de observações várias e dos testemunhos dos alunos, permitiu-lhes concluir que a

utilização de estratégias transversais e de metodologias mais ativas se evidenciou

vantajosa, porque concorreu para a autonomia dos alunos, para a sua motivação e

participação nos processos de aprendizagem.

Assim, no quadro de desenvolvimento futuro da organização, assente no trabalho

colaborativo e em rede, o Agrupamento assume os seguintes compromissos:

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Aprofundar e consolidar as ações de melhoria que foram objeto de

acompanhamento pela IGEC, integrando a sua génese nos diferentes projetos de

promoção do sucesso escolar;

Criar as condições para a contínua gestão flexível, articulada e integrada do

currículo, planificando atividades que visem o desenvolvimento de competências

concetuais, procedimentais e atitudinais, com níveis de complexidade diferenciada

e crescente, por referência ao Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade

Obrigatória, às Aprendizagens Essenciais, à Gestão Flexível do Currículo, à

Inclusão e à Estratégia para a Cidadania;

Desenvolver metodologias de planificação estratégica, como a “metodologia do

planeamento estratégico” entre outras, como uma forma privilegiada de melhoria

das aprendizagens no âmbito da transversalidade da Competência Linguística, da

Literacia Científica e da Flexibilidade Curricular;

Conceber/apresentar recursos e instrumentos diversificados de avaliação das e

para as aprendizagens orientados para os seguintes níveis de desempenho

cognitivo: Conhecer/Reproduzir - Aplicar/Interpretar - Raciocinar/Criar.

Data: Lamego, 29 de novembro de 2019

A Equipa Inspetiva: Casimiro Veloso e Luísa Teixeira

Concordo

À consideração do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência, para homologação.

A Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área Territorial de Inspeção do Norte

Maria Madalena Moreira

2020-01-15

Homologo

O Inspetor-Geral da Educação e Ciência

Por delegação de competências do Senhor Ministro da Educação

nos termos do Despacho n.º 3407/2020, publicado no D.R. n.º 55,

Série II, de 18 de março de 2020