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DIVERSOS » Convenções Bilaterais e Multilaterais » Convenções Bilaterais (Segurança Social) » Canadá Canadá - Convenção sobre Segurança Social entre Portugal e o Canadá. Entrada em vigor a 1 de Maio de 1981. Arranjo Administrativo relativo às modalidades de aplicação do Acordo sobre Segurança Social concluído entre Portugal e o Canadá. Entrada em vigor a 1 de Maio de 1981. - Ajuste em matéria de Segurança Social entre o Governo de Portugal e o Governo do Quebeque. Entrada em vigor a 1 de Julho de 1981. - Arranjo Administrativo Geral relativo às modalidades de aplicação do ajuste em matéria de Segurança Social entre o Governo de Portugal e o Governo do Quebeque. Entrada em vigor a 1 de Julho de 1981. - Ajuste complementar em matéria de Segurança Social entre Portugal e o Quebeque. Entrada em vigor a 1 de Novembro de 1992. - Acordo Administrativo relativo ao Ajuste Complementar em matéria de Segurança Social entre Portugal e o Quebeque. Entrada em vigor a 1 de Novembro de 1992. - Acordo sobre a Repatriação de Cidadãos Nacionais entre o Governo da República Portuguesa e o Governo do Canadá. Entrada em vigor a 5 de Setembro de 2001. - Convenção entre a República Portuguesa e o Canadá para evitar a dupla tributação e prevenir a evasão fiscal em matéria de impostos sobre o rendimento e respectivo Protocolo. Entrada em vigor a 24 de Outubro de 2001 O Governo de Portugal e o Governo do Canadá, desejando cooperar no âmbito social, decidiram subscrever um acordo sobre segurança social e, para esse fim, convieram nas disposições seguintes: PARTE I Disposições gerais ARTIGO 1.° Para aplicação no presente Acordo, desde que o contexto não exija interpretação diferente: a) O termo «autoridade competente» significa, relativamente a Portugal, o ou os Ministros responsáveis pela aplicação da legislação descrita no parágrafo 1, a), do artigo II e, relativamente ao Canadá, o ou os Ministros responsáveis pela aplicação da legislação no parágrafo 1, b), do artigo II; b) O termo «território» significa, relativamente a Portugal, o território da República Portuguesa e, relativamente ao Canadá, o território do Canadá; c) O termo «legislação» significa a legislação descrita no artigo II; d) O termo «instituição competente» significa, relativamente a Portugal, a instituição em que a pessoa interessada está inscrita no momento em que são solicitadas as prestações ou por parte Página 1 de 13 Portal das Comunidades Portuguesas - Canadá 24-09-2014 http://www.secomunidades.pt/c/portal/layout?p_l_id=PUB.1.103

Acordos Canadá

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  • DIVERSOS Convenes Bilaterais e Multilaterais Convenes Bilaterais (Segurana Social) Canad

    Canad

    - Conveno sobre Segurana Social entre Portugal e o Canad. Entrada em vigor a 1 de Maio de 1981.

    Arranjo Administrativo relativo s modalidades de aplicao do Acordo sobre Segurana Social concludo entre Portugal e o Canad. Entrada em vigor a 1 de Maio de 1981.

    - Ajuste em matria de Segurana Social entre o Governo de Portugal e o Governo do Quebeque. Entrada em vigor a 1 de Julho de 1981.

    - Arranjo Administrativo Geral relativo s modalidades de aplicao do ajuste em matria de Segurana Social entre o Governo de Portugal e o Governo do Quebeque. Entrada em vigor a 1 de Julho de 1981.

    - Ajuste complementar em matria de Segurana Social entre Portugal e o Quebeque. Entrada em vigor a 1 de Novembro de 1992.

    - Acordo Administrativo relativo ao Ajuste Complementar em matria de Segurana Social entre Portugal e o Quebeque. Entrada em vigor a 1 de Novembro de 1992.

    - Acordo sobre a Repatriao de Cidados Nacionais entre o Governo da Repblica Portuguesa e o Governo do Canad. Entrada em vigor a 5 de Setembro de 2001.

    - Conveno entre a Repblica Portuguesa e o Canad para evitar a dupla tributao e prevenir a evaso fiscal em matria de impostos sobre o rendimento e respectivo Protocolo. Entrada em vigor a 24 de Outubro de 2001

    O Governo de Portugal e o Governo do Canad, desejando cooperar no mbito social, decidiram subscrever um acordo sobre segurana social e, para esse fim, convieram nas disposies seguintes:

    PARTE I

    Disposies gerais

    ARTIGO 1.

    Para aplicao no presente Acordo, desde que o contexto no exija interpretao diferente:

    a) O termo autoridade competente significa, relativamente a Portugal, o ou os Ministros responsveis pela aplicao da legislao descrita no pargrafo 1, a), do artigo II e, relativamente ao Canad, o ou os Ministros responsveis pela aplicao da legislao no pargrafo 1, b), do artigo II;

    b) O termo territrio significa, relativamente a Portugal, o territrio da Repblica Portuguesa e, relativamente ao Canad, o territrio do Canad;

    c) O termo legislao significa a legislao descrita no artigo II;

    d) O termo instituio competente significa, relativamente a Portugal, a instituio em que a pessoa interessada est inscrita no momento em que so solicitadas as prestaes ou por parte

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  • da qual tem direito a prestaes ou teria direito a prestaes se residisse no territrio de Portugal e, relativamente ao Canad, as autoridades competentes;

    e) O termo trabalhador significa, relativamente a Portugal, um trabalhador salariado nos termos da legislao portuguesa e, relativamente ao Canad, uma pessoa que ocupe um emprego que abra direito a penso ao abrigo do Regime de Penses do Canad;

    f) O termo perodo creditado significa um perodo de contribuio, de emprego ou de residncia que permita a aquisio de um direito a prestaes ao abrigo da legislao de uma ou da outra Parte. Este termo significa ainda, relativamente a Portugal, qualquer perodo equivalente ao abrigo da legislao portuguesa e, relativamente ao Canad, um perodo equivalente em relao ao qual seja pagvel uma penso de invalidez ao abrigo do Regime de Penses do Canad;

    g) O termo emprego do Estado compreende, relativamente ao Canad, o emprego num posto de membro da Guarda Real do Canad ou das foras armadas do Canad, o emprego de uma pessoa pelo Governo do Canad, pelo Governo de uma provncia ou por uma corporao municipal de qualquer provncia, incluindo qualquer emprego eventualmente designado como tal pelo Canad;

    h) O termo servio administrativo oficial significa, relativamente a Portugal, a Administrao Central, Regional e Local e os institutos pblicos que possuam a natureza de servios personalizados ou de fundos pblicos;

    i) O termo seguro de morte compreende, relativamente a Portugal, um subsdio por morte e prestaes de sobrevivncia;

    j) Os termos penso, subsdio ou prestaes compreendem todos os complementos ou melhorias que lhes so aplicveis;

    k) O termo prestao de velhice significa, relativamente a Portugal, a penso de velhice ao abrigo da legislao portuguesa e, relativamente ao Canad, a penso de velhice ao abrigo da Lei sobre a Segurana na Velhice (com excluso de qualquer suplemento sujeito a prova de recursos, incluindo o subsdio de cnjuge e a penso de reforma do Regime de Penses do Canad);

    l) O termo subsdio de cnjuge significa, relativamente ao Canad, a prestao pagvel ao cnjuge de um pensionista e compreende o contravalor da penso de segurana na velhice e do suplemento do rendimento garantido ao abrigo da Lei sobre a Segurana na Velhice;

    m) O termo prestao de sobrevivncia significa, relativamente a Portugal, as penses pagveis ao abrigo da legislao portuguesa, por motivo da morte de uma pessoa segurada ou de um pensionista, s pessoas que, nos termos dessa legislao, so os sobreviventes da referida pessoa ou do referido pensionista e, relativamente ao Canad, a penso de sobrevivncia pagvel ao cnjuge sobrevivo nos termos do Regime de Penses do Canad;

    n) O termo prestao de invalidez significa, relativamente a Portugal, a

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  • penso de invalidez pagvel ao abrigo da legislao portuguesa e, relativamente ao Canad, a penso de invalidez pagvel nos termos do Regime de Penses do Canad;

    o) O termo prestao por descendentes a cargo significa as prestaes de rfo ou por descendentes a cargo de um contribuinte invlido nos termos do Regime de Penses do Canad;

    p) O termo prestao por morte significa, relativamente a Portugal, o subsdio por morte, pago de uma s vez no mbito do seguro de morte, e, relativamente ao Canad, a prestao por morte pagvel em montante nico nos termos do Regime de Penses do Canad;

    q) Os termos no definidos no presente artigo tm o sentido que lhes atribudo ao abrigo da legislao aplicvel.

    ARTIGO 2.

    1 - As legislaes a que o presente Acordo se aplica so:

    a) Em Portugal:

    i) A legislao relativa ao regime geral de previdncia social dos trabalhadores salariados referentes aos seguros de invalidez, velhice e morte;

    ii) A legislao relativa a regimes especiais para determinadas categorias de trabalhadores, na medida em que esta legislao se refira a riscos cobertos pela legislao descrita no subpargrafo i);

    iii) A legislao sobre a penso social;

    b) No Canad:

    i) A Lei sobre a Segurana na Velhice;

    ii) O Regime de Penses do Canad.

    2 - O presente Acordo aplicvel ou ser aplicvel a todos os actos legislativos ou regulamentares que tenham modificado ou completado, ou venham a modificar ou completar, as legislaes referidas no pargrafo 1.

    3 - O presente Acordo s ser aplicvel aos actos legislativos ou regulamentares que venham alargar os regimes existentes a outras categorias de beneficirios, no caso de no haver, a esse respeito, oposio de qualquer das Partes Contratantes, notificada outra Parte no prazo de trs meses a contar da comunicao dos actos referidos, nos termos do artigo XVIII.

    4 - As legislaes provinciais de segurana social podero ser objecto de ajustes nos termos do artigo XXIV.

    ARTIGO 3.

    1 - O presente Acordo aplica-se s pessoas que estejam ou tenham estado sujeitas legislao referida no artigo II, bem como s pessoas a seu cargo e aos seus sobreviventes, consoante a legislao de uma ou de outra Parte.

    2 - Salvo o disposto no presente Acordo, as pessoas mencionadas no pargrafo anterior, independentemente da sua nacionalidade, esto sujeitas legislao de uma Parte e tm direito a dela beneficiarem nas mesmas condies que os nacionais dessa Parte.

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  • 3 - As disposies do presente Acordo no so aplicveis aos agentes diplomticos e consulares de carreira, incluindo os funcionrios do quadro das chancelarias que no sejam residentes permanentes ou nacionais do Estado recebedor.

    ARTIGO 4.

    Com ressalva do disposto nos artigos XII, XIII, XIV e XV do presente Acordo, as penses, prestaes, rendas subsdios por morte adquiridos nos termos da legislao de uma das Partes Contratantes no podem sofrer qualquer reduo, alterao, suspenso, supresso ou confisco pelo simples facto de o beneficirio residir no territrio da outra Parte e sero concedidos no territrio desta Parte.

    ARTIGO 5.

    Qualquer penso, prestao, renda e subsdio por morte pagvel, nos termos do presente Acordo, por uma Parte no territrio da outra, s-lo- igualmente no territrio de um terceiro Estado.

    PARTE II

    Disposies relativas legislao aplicvel

    ARTIGO 6.

    1 - Com ressalva do disposto nos artigos 6, 7e 9 um trabalhador apenas fica sujeito legislao da Parte em cujo territrio exerce actividade.

    2 - Sem prejuzo dos artigos VII, VIII, e IX, o trabalhador que exera, para a mesma entidade patronal, emprego no territrio das duas Partes no decurso do mesmo perodo apenas fica sujeito legislao da Parte em cujo territrio resida habitualmente.

    ARTIGO 7.

    1 - Quando, aps a entrada em vigor do presente Acordo, um trabalhador que no seja o mencionado no artigo 8, estando sujeito legislao de uma Parte e ao servio de uma entidade patronal com sede ou sucursal no territrio dessa Parte, tiver sido destacado pela referida entidade patronal para o territrio da outra Parte para a exercer actividade, a legislao da primeira Parte continua a aplicar-se ao mesmo trabalhador, em referncia a essa relao de trabalho, por um perodo mximo de vinte e quatro meses.

    2 - a) Quando, antes da entrada em vigor do presente Acordo, um trabalhador que no seja o mencionado no artigo 8, estando sujeito legislao de uma Parte e ao servio de uma entidade patronal com sede ou sucursal no territrio dessa Parte, tiver sido destacado pela referida entidade patronal para o territrio da outra Parte para a exercer actividade, poder, dentro dos seis meses subsequentes entrada em vigor do presente Acordo, decidir se a legislao da primeira ou a da segunda Parte que deve ser-lhe aplicada em referncia a essa relao de trabalho. Se optar por ficar abrangido pela legislao da primeira Parte, a legislao dessa Parte ser-lhe- aplicada por um perodo mximo de vinte e quatro meses; se optar por ficar sujeito legislao da segunda Parte, a legislao dessa Parte ser-lhe- aplicada. Em qualquer dos casos, a sua

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  • opo ser executria a partir da data em que o interessado a comunicar adequada entidade competente.

    b) Se o referido trabalhador no usar do seu direito de opo, nos termos da alnea a), no termo do prazo de seis meses previsto naquela alnea:

    i) Continua a aplicar-se a legislao que lhe aplicada data da entrada em vigor do presente Acordo. Se esta legislao for a da primeira Parte, mencionada na alnea a), ser aplicada apenas por um perodo mximo de vinte e quatro meses aps a entrada em vigor do presente Acordo;

    ii) Se no lhe era aplicada qualquer legislao ou se as legislaes das duas Partes lhe eram aplicadas, ser-lhe- aplicada a legislao da segunda Parte, mencionada na alnea a).

    3 - O acordo prvio e conjunto das autoridades competentes das duas Partes ou das autoridades em que para o efeito aquelas tenham delegado competncia necessrio para a prorrogao, se for caso disso, da manuteno de sujeio legislao da primeira Parte, mencionada no pargrafo 1 ou 2, no caso de o destacamento dever prolongar-se para alm de vinte e quatro meses.

    ARTIGO 8.

    1 - Quando uma pessoa que pertena a um servio administrativo oficial, relativamente a Portugal, enviada em servio ao territrio canadiano, no lhe aplicvel a legislao do Canad e continua sujeita legislao portuguesa.

    2 - Quando uma pessoa abrangida pela legislao do Canad e exercendo um emprego do Estado, relativamente ao Canad, enviada em servio ao territrio portugus, no lhe aplicvel a legislao portuguesa e a legislao do Canad -lhe aplicvel como se a referida pessoa se encontrasse a exercer actividade no territrio canadiano.

    3 - Com ressalva do disposto no pargrafo 4, uma pessoa contratada localmente por uma Parte para exercer actividade num servio administrativo oficial ou num emprego do Estado no territrio da outra Parte fica abrangida pela legislao desta ltima Parte.

    4 - Um nacional de uma Parte que tenha sido contratado localmente por esta Parte, antes ou depois da data de entrada em vigor do presente Acordo, para exercer um emprego num servio administrativo oficial ou um emprego do Estado no territrio da outra Parte poder decidir relativamente a esse emprego que a legislao da primeira Parte lhe seja aplicada.

    A comunicao por escrito da deciso deve ser feita autoridade competente da primeira Parte dentro dos seis meses subsequentes data de entrada em vigor do presente Acordo ou dentro dos seis meses subsequentes ao incio do trabalho, conforme a data mais recente, e a deciso ser executria a contar do dia em que a comunicao seja feita.

    ARTIGO 9.

    1 - Com ressalva do disposto nos pargrafos 2 e 3, qualquer nacional de uma Parte que exera um emprego como membro da tripulao de um

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  • navio ou aeronave da outra Parte apenas est sujeito, relativamente a esse emprego, legislao desta ltima Parte.

    2 - Uma pessoa que resida habitualmente no territrio de uma Parte e exera um emprego como membro da tripulao de um navio, sendo remunerada por uma entidade patronal com sede ou sucursal no territrio dessa Parte, apenas est sujeita, relativamente a esse emprego, legislao dessa Parte.

    3 - Para efeitos do pargrafo 1 do presente artigo:

    i) No obstante o disposto no artigo II, a legislao do Canad compreende somente o Regime de Penses do Canad;

    ii) O termo navio de uma Parte significa um navio cuja tripulao est ao servio de uma entidade patronal cuja sede se situa no territrio dessa Parte.

    ARTIGO 10.

    1 - Com ressalva do disposto no pargrafo 2, se, nos termos da presente parte, uma pessoa, que no seja a referida no artigo IX, estiver sujeita legislao canadiana, incluindo o regime geral de penses de uma provncia, durante qualquer perodo de residncia no territrio portugus, este perodo de residncia ser considerado - relativamente a essa pessoa, ao seu cnjuge e s pessoas a seu cargo que com ela habitem e no exeram emprego durante o perodo referido - como um perodo de residncia no Canad para efeitos da Lei sobre a Segurana na Velhice.

    2 - Nenhum dos perodos em que o cnjuge ou as pessoas a cargo, referidas no pargrafo 1, se encontrem sujeitas legislao portuguesa em resultado do exerccio do seu emprego ser equiparvel a um perodo de residncia no Canad para efeitos da Lei sobre a Segurana na Velhice.

    3 - Com ressalva do disposto nos pargrafos 4 e 5, se, nos termos da presente parte, uma pessoa, que no seja a referida no artigo IX, estiver sujeita legislao portuguesa durante qualquer perodo de residncia no territrio canadiano, este perodo de residncia no ser considerado - relativamente a essa pessoa, ao seu cnjuge e s pessoas a seu cargo que com ela habitem e que no exeram emprego durante o perodo referido - como perodo de residncia no Canad para efeitos da Lei sobre a Segurana na Velhice.

    4 - Qualquer perodo de contribuio para o Regime de Penses do Canad e para o regime geral de penses de uma provncia do Canad cumprido, em resultado de um emprego, pelo cnjuge ou pelas pessoas a cargo referidas no pargrafo 3 ser equiparado a um perodo de residncia no Canad para efeitos da Lei sobre a Segurana na Velhice.

    5 - Se a pessoa referida no pargrafo 3 ficar tambm sujeita ao Regime de Penses do Canad ou ao regime geral de penses de uma provncia do Canad pelo facto de exercer simultaneamente mais que um emprego, este perodo de emprego no pode ser equiparado a um perodo de residncia no Canad para efeitos da Lei sobre a Segurana na

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  • Velhice.

    ARTIGO 11.

    No obstante o disposto nos artigos VI, VII, VIII e IX, as autoridades competentes podem estabelecer qualquer acordo considerado necessrio no interesse de determinadas categorias de pessoas, em conformidade com o esprito e os princpios fundamentais do presente Acordo.

    PARTE III

    Disposies relativas s prestaes

    CAPTULO 1.

    Prestaes de velhice

    ARTIGO 12.

    1 - a) Se uma pessoa tiver direito a uma prestao de velhice nos termos da legislao de Portugal sem recorrer s disposies seguintes do presente artigo, a prestao pagvel ao abrigo da legislao portuguesa s-lo- igualmente em territrio canadiano.

    b) Se uma pessoa tiver direito a uma prestao de velhice nos termos da Lei sobre a Segurana na Velhice sem recorrer s disposies seguintes do presente artigo, a referida prestao ser-lhe- pagvel em territrio portugus desde que a referida pessoa tenha cumprido no total, ao abrigo da referida lei canadiana, pelo menos vinte anos de residncia no Canad.

    c) Se uma pessoa tiver direito a uma prestao de velhice segundo as regras dos subpargrafos 3 (1), a) e b), da referida Lei sobre a Segurana na Velhice sem recorrer s de posies seguintes do presente artigo, mas no tiver pelo menos vinte anos de residncia no Canad, ser-lhe- pagvel uma prestao parcial em territrio portugus desde que os perodos de residncia nos territrios das duas Partes, quando totalizados em conformidade com as regras enunciadas no pargrafo 4 do presente artigo, perfaam pelo menos vinte anos. O montante da prestao de velhice pagvel em territrio portugus, neste caso, ser calculado segundo os princpios do pagamento da penso parcial pagvel, em conformidade com os pargrafos 3 (1.1) a 3 (1.4), inclusive, da referida lei canadiana, e as modalidades de aplicao destes pargrafos da mesma lei canadiana ao presente Acordo sero definidas pelo acordo administrativo previsto no artigo XVII. d) Se uma pessoa tiver direito a uma penso parcial, em conformidade com as regras dos pargrafos 3 (1.1) a 3 (1.4), inclusive, da referida lei canadiana, sem recorrer s disposies seguintes do presente artigo, a penso parcial ser-lhe- pagvel em territrio portugus desde que os perodos de residncia no territrio das duas Partes, quando totalizados segundo as regras enunciadas no pargrafo 4 do presente artigo, perfaam pelo menos vinte anos.

    2 - No obstante qualquer outra disposio do presente Acordo, as legislaes portuguesa e canadiana aplicveis para efeitos dos restantes pargrafos do presente artigo so, respectivamente, as legislaes portuguesas sobre os regimes geral e especial de previdncia social e a Lei sobre a Segurana na Velhice, com

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  • excluso do pargrafo 3 (1) da mesma lei.

    3 - Se uma pessoa no tiver direito a uma prestao de velhice somente com base nos perodos creditados ao abrigo da legislao de uma das Partes, a abertura do direito referida prestao ser determinada totalizando esses perodos com os estipulados no pargrafo seguinte do presente artigo, desde que esses perodos no se sobreponham.

    4 - a) Para efeito de abertura do direito prestao de velhice pagvel pelo Canad por aplicao do pargrafo 5 do presente artigo, a residncia em territrio portugus aps a idade especificada e determinada nos acordos administrativos, tendo em conta a legislao canadiana, ser equiparvel residncia em territrio canadiano.

    b) Para efeito da abertura do direito penso de velhice pagvel por Portugal por aplicao do pargrafo 5 do presente artigo:

    i) Um ms terminado em 31 de Dezembro de 1965 ou anteriormente, que seria considerado como um ms de residncia nos termos da Lei sobre a Segurana na Velhice, equiparvel a um ms de contribuio ao abrigo da legislao portuguesa;

    ii) Um ano em que tenha sido paga uma contribuio para o Regime de Penses do Canad, com incio em 1 de Janeiro de 1966 ou posteriormente, equiparvel a doze meses de contribuio ao abrigo da legislao portuguesa;

    iii) Um ms com incio em 1 de Janeiro de 1966 ou posteriormente, que seria um ms de residncia ao abrigo da Lei sobre a Segurana na Velhice e relativamente ao qual no foram pagas contribuies ao abrigo do Regime de Penses do Canad, equiparvel a um ms de contribuio ao abrigo da legislao portuguesa.

    5 - Quando uma pessoa, s recorrendo totalizao prevista no pargrafo 3 satisfizer s condies exigidas para ter direito a uma prestao de velhice, a instituio competente da Parte ou das Partes em causa calcula o montante da penso em conformidade com as disposies da legislao que aplica, directa e exclusivamente em funo dos perodos cumpridos nos termos dessa legislao.

    6 - No obstante qualquer outra das disposies do presente Acordo, quando o perodo totalizado no perfizer pelo menos dez anos, o Canad no se obriga a conceder prestaes de velhice nos termos do presente artigo e, quando esse perodo no perfizer pelo menos vinte anos, o Canad no se obriga a conceder prestaes de velhice nos termos do presente artigo em territrio portugus.

    7 - Se o total das prestaes a pagar pelas instituies competentes das duas Partes no atingir o montante mnimo estabelecido pela legislao portuguesa, o interessado residente em Portugal tem direito a um complemento igual diferena, a cargo da instituio competente portuguesa.

    CAPTULO 2.

    Subsdio de cnjuge

    ARTIGO 13.

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  • 1 - A legislao canadiana aplicvel relativamente ao subsdio de cnjuge, nos termos do presente artigo, , no obstante as demais disposies do presente Acordo, a Lei sobre a Segurana na Velhice, com excluso do pargrafo 17.1 (1) da referida lei.

    2 - Se uma pessoa no tiver direito a subsdio de cnjuge por no poder satisfazer as condies de residncia exigidas para o efeito ao abrigo da legislao canadiana, o Canad deve conceder pessoa referida uma parte do subsdio de cnjuge calculada em conformidade com a legislao do Canad, desde que ela tenha residido aps a idade especificada e determinada nos acordos administrativos, tendo em conta a Lei sobre a Segurana na Velhice, durante pelo menos um total de dez anos no territrio de ambas as Partes.

    3 - O subsdio de cnjuge somente pode ser pago no territrio do Canad.

    CAPTULO 3.

    Prestao de sobrevivncia, prestaes de invalidez, prestaes por descendentes a cargo e prestaes por morte.

    ARTIGO 14.

    1 - As disposies do presente artigo so aplicveis s prestaes de sobrevivncia, s prestaes de invalidez, s prestaes por descendentes a cargo e s prestaes por morte, na medida exigida pela natureza destas prestaes.

    2 - As pessoas que tenham direito a uma prestao com base em perodos creditados em seu favor ao abrigo da legislao de uma Parte sem recorrer ao disposto nos pargrafos seguintes do presente artigo tm direito ao pagamento dessa prestao no territrio da outra Parte.

    3 - Se uma pessoa no tiver direito a uma prestao com base unicamente nos perodos creditados ao abrigo da legislao de uma Parte, a abertura do direito referida prestao ser determinada totalizando os perodos creditados em seu nome, em conformidade com as disposies dos pargrafos seguintes do presente artigo. Para efeito somente de prestaes de sobrevivncia, prestaes por descendentes a cargo e prestaes por morte, a referncia no presente artigo a um perodo creditado deve ser interpretada como sendo unicamente aplicvel em relao pessoa cujas contribuies esto na origem do pedido de prestao.

    4 - a) Para efeitos da abertura do direito a uma prestao pagvel pelo Canad ao abrigo do pargrafo 5 do presente artigo, um ano que compreenda pelo menos trs meses de contribuies ao abrigo da legislao portuguesa equivalente a um ano de contribuies ao abrigo do Regime de Penses do Canad.

    b) As alneas i), ii) e iii) do pargrafo 4, b), do artigo XII so aplicveis para efeitos de abertura do direito a uma prestao a conceder por Portugal ao abrigo do pargrafo 5 do presente artigo.

    5 - a) O disposto nos pargrafos 5 e 7 do artigo XII aplicvel ao presente artigo, excepto, relativamente ao Canad, para

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  • o clculo do montante a conceder da prestao de montante fixo ao abrigo do Regime de Penses do Canad.

    b) O quantitativo da prestao de montante fixo ao abrigo do Regime de Penses do Canad a importncia igual ao produto obtido pela multiplicao:

    i) Do montante da prestao de montante fixo, determinado em conformidade com as disposies do Regime de Penses do Canad;

    ii) Pela proporo que os perodos de contribuio para o Regime de Penses do Canad representam em relao ao total dos perodos de contribuio para o Regime de Penses do Canad e dos perodos creditados ao abrigo da legislao de Portugal necessrios para satisfazer as condies mnimas de abertura do direito ao abrigo do Regime de Penses do Canad.

    6 - Um perodo de contribuio, nos termos da legislao de Portugal, anterior data em que o contribuinte tenha atingido a idade de 18 anos pode ser tomado em considerao para determinar a admissibilidade de um requerente a uma prestao de sobrevivncia, de rfo, por morte ou de invalidez ao abrigo da legislao do Canad. Contudo, no poder ser concedida qualquer prestao de sobrevivncia de rfo, ou por morte, se o perodo susceptvel de contribuio, nos termos do Regime de Penses do Canad, do contribuinte falecido no atingir pelo menos trs anos e no poder ser concedida qualquer prestao de invalidez se o perodo susceptvel de contribuio, nos termos do Regime de Penses do Canad, da pessoa invlida no atingir pelo menos cinco anos.

    7 - Uma prestao pagvel por uma Parte por aplicao do presente artigo deve ser concedida mesmo que o beneficirio resida no territrio da outra Parte.

    CAPTULO 4.

    Disposies comuns

    ARTIGO 15.

    1 - Em caso de totalizao relativamente a uma prestao, segundo as disposies dos artigos 12, 13 e 14, se a durao total dos perodos cumpridos ao abrigo da legislao de uma Parte no atingir um ano, a instituio ou autoridade dessa Parte no tem que conceder prestaes com base nos referidos perodos, nos termos deste Acordo.

    2 - Contudo, esses perodos sero tomados em considerao pela instituio ou autoridades da outra Parte para abertura dos direitos, por totalizao, s prestaes dessa Parte.

    3 - Para efeitos do presente artigo os perodos cumpridos ao abrigo da legislao de uma Parte significam, em relao ao Canad, alm dos perodos creditados, qualquer perodo de residncia a que se refere o pargrafo 4, a), do artigo12.

    CAPTULO 5.

    Contribuies voluntrias

    ARTIGO 16.

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  • Para determinar a admissibilidade s contribuies voluntrias para o respectivo regime geral de seguro obrigatrio de invalidez, velhice e morte, bem como de prestaes de sobrevivncia, a instituio portuguesa competente tomar em considerao, se necessrio, para completar os perodos de seguro cumpridos ao abrigo da legislao que aplica, os perodos creditados ao abrigo do Regime de Penses do Canad, em conformidade com as disposies do subpargrafo 4, b), ii), do artigo 12I.

    PARTE IV

    Disposies diversas

    ARTIGO 17.

    1 - Um acordo administrativo geral, estabelecido pelas autoridades competentes das duas Partes, fixar, no que se torna necessrio, as condies de aplicao do presente Acordo.

    2 - Naquele acordo sero designados os organismos de ligao das duas Partes Contratantes.

    ARTIGO 18.

    1 - As autoridades competentes e as instituies responsveis pela aplicao do Acordo:

    a) Comunicam-se mutuamente todas as informaes necessrias para efeitos da aplicao do Acordo;

    b) Prestam-se gratuitamente os seus bons ofcios, bem como assistncia mtua, relativamente a qualquer questo referente aplicao do Acordo;

    c) Transmitem-se mutuamente, sempre que possvel, todas as informaes sobre as medidas adoptadas para efeitos da aplicao do presente Acordo ou sobre as modificaes introduzidas na legislao respectiva, desde que tais modificaes afectem a aplicao do Acordo.

    2 - As informaes fornecidas ao abrigo do pargrafo 1 do presente artigo devem ser utilizadas unicamente para efeitos da aplicao do Acordo e das legislaes a que o Acordo aplicvel e no para qualquer outra finalidade.

    ARTIGO 19.

    - A iseno ou reduo de custos previstas pela legislao de uma Parte relativamente emisso de certificados ou documentos a apresentar para aplicao da legislao referida extensiva aos certificados e documentos para aplicao da legislao da outra Parte.

    2 - Os actos e documentos de natureza oficial a apresentar para efeitos da aplicao do presente Acordo esto dispensados de legalizao ou de qualquer outra formalidade similar.

    ARTIGO 20.

    Os pedidos, comunicaes ou recursos que, ao abrigo da legislao de uma das Partes, deveriam ser apresentados dentro de um prazo estabelecido autoridade competente da referida Parte ou a uma das suas instituies responsvel pela aplicao deste Acordo, mas que foram apresentados,

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  • no mesmo prazo, autoridade ou instituio correspondente da outra Parte, so considerados como tendo sido apresentados autoridade ou instituio da primeira Parte. Neste caso, a autoridade ou instituio da segunda Parte transmite, logo que possvel, esses pedidos, comunicaes ou recursos autoridade ou instituio da primeira Parte.

    ARTIGO 21.

    Para aplicao do presente Acordo, as autoridades e instituies competentes das duas Partes podem comunicar directamente entre si em qualquer das lnguas oficiais de uma ou de outra Parte.

    ARTIGO 22.

    As autoridades competentes das duas Partes comprometem-se a solucionar, na medida do possvel, as dificuldades que possam resultar da interpretao ou da aplicao do presente Acordo, em conformidade com o seu esprito e princpios fundamentais.

    ARTIGO 23.

    1 - No caso de o presente Acordo deixar de estar em vigor, sero mantidos os direitos adquiridos por uma pessoa ao abrigo das disposies do referido Acordo e sero estabelecidas negociaes para a regularizao dos direitos em via de aquisio, nos termos das referidas disposies.

    2 - Nenhuma disposio do presente Acordo confere o direito a uma penso, a um subsdio ou a prestaes relativamente a um perodo anterior data da sua entrada em vigor.

    3 - Salvo disposio em contrrio ao presente Acordo, os perodos creditados antes da data da entrada em vigor deste Acordo devem ser tomados em considerao com vista determinao do direito s prestaes por efeito do mesmo Acordo.

    4 - Ressalvadas as disposies dos pargrafos 1, 2 e 3 do presente artigo, uma penso, um subsdio ou prestaes sero pagveis nos termos do presente Acordo, mesmo no caso de se referirem a uma situao anterior data da sua entrada em vigor.

    ARTIGO 24.

    1 - A autoridade competente portuguesa e as autoridades competentes das provncias do Canad podero celebrar ajustes relativamente a toda a legislao de segurana social dependente da competncia provincial, desde que esses ajustes no sejam contrrios s disposies do presente Acordo.

    2 - Quando tenha sido celebrado um ajuste entre a autoridade competente portuguesa e uma provncia que tenha institudo um regime geral de penses, relativamente a este regime provincial de penses, o Canad poder, se o julgar necessrio, para efeitos de aplicao do presente Acordo, celebrar com essa provncia um ajuste quanto s modalidades de coordenao do Regime de Penses do Canad e desse regime e, entre outros efeitos, aceitar como perodo de contribuio para a legislao do Canad os perodos de contribuio para o regime provincial.

    ARTIGO 25.

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  • 1 - O presente Acordo entrar em vigor aps a concluso do acordo administrativo geral no primeiro dia do segundo ms subsequente data da troca de instrumentos de ratificao.

    2 - O presente Acordo mantm-se em vigor por tempo ilimitado. Poder ser denunciado por qualquer das Partes atravs de notificao escrita outra Parte com um pr-aviso de doze meses.

    Em f do que os abaixo assinados, com os devidos poderes para o efeito, apuseram as suas assinaturas no presente Acordo.

    Feito em dois exemplares em Otava, no dia 15 do ms de Dezembro do ano de 1980, em portugus, ingls e francs, fazendo igualmente f qualquer dos textos.

    Pelo Governo Portugus:

    (Assinatura ilegvel.)

    Pelo Governo do Canad:

    (Assinatura ilegvel.)

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