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B4 Paraíba Terça-feira, 05 de Agosto de 2014 O Direito e o Trabalho [email protected] [email protected] Filmagem em banheiro gera dano moral DORGIVAL TERCEIRO NETO JÚNIOR A Terceira Turma do Tribunal Regional do Traba- lho de Minas Gerais decidiu ser devida indenização por dano moral à empregada doméstica que comprovou ter sido filmada por seus empregadores por meio de uma caneta espiã, quando usava o banheiro social da resi- dência. A empregada contou que o patrão determinou que ela utilizasse o banheiro social da residência para tomar banho, alegando que o de serviço estava com de- feito. Entretanto, lá ela encontrou a caneta espiã de pro- priedade dos reclamados, acoplada a um porta canetas, pronta para filmá-la em sua intimidade. O equipamento foi entregue à perícia técnica da polícia civil de Minas Gerais, no inquérito aberto pela reclamante. Os reclamados se defenderam alegando que a autoridade policial não apresentou nenhuma conclusão no inquérito e que as imagens gravadas pela câmera instalada no banheiro não mostram qualquer violação da imagem da empregada. Eles argumentam que jamais foram ouvidos, nem na lavratura do boletim de ocor- rência e nem no curso do inquérito policial, e que não há prova de que exigiram que a reclamante utilizasse as instalações do banheiro social e não as dependências de empregada. Acrescentaram que jamais se uniriam para violar a intimidade da empregada, que sempre foi tratada na casa com dignidade e respeito. Mas, sob a relatoria do juiz convocado, Milton Vasques Thibau de Almeida, a Turma entendeu que “... a reclamante, independentemente de provar a ocorrên- cia de ordem expressa de seus empregadores para que utilizasse o banheiro social naquele dia especifico, ficou exposta em sua intimidade durante o uso do banheiro social no qual se encontrava a referida caneta espiã em pleno funcionamento e em condições de registrar imagens suas. O O relator considerou comprovada a prática do ato ensejador do dano e do dever de indenizar, já que incontestavelmente vulnerada a garantia de inviolabi- lidade da intimidade da pessoa prevista no artigo 5º, inciso X, da Constituição Federal. Ao final, a Turma manteve a condenação dos empregadores domésticos em danos morais e também a rescisão indireta do contrato de trabalho, apenas redu- zindo o valor da indenização para R$ 5.000,00 (cinco mil reais). (TRT 3ª Região – 3ª Turma – Proc. 0000511- 22.2010.5.03.0007 AIRR) FALTA PARCIAL DE FGTS NÃO GERA RESCISÃO INDIRETA A ausência de apenas alguns depósitos do FGTS não é suficiente para a declaração de rescisão indireta do contrato de trabalho, conforme decisão da Décima Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. Para a relatora, desembargadora Wilma Gomes da Silva Hernandes, o conjunto probatório não favoreceu a tese do empregado, afirmando que “o autor não alegou ter necessitado utilizar o FGTS na vigência do contrato”. Expôs a relatora que não ficou comprovada a exis- tência de prejuízo efetivo ao empregado, não caracteri- zando a falta grave do empregador com base no artigo 483 da CLT. Em remate, a relatora afirmou que “a irregulari- dade quanto a alguns depósitos do FGTS é suscetível de ampla reparação econômica e a ausência de alguns depósitos relativos ao FGTS não é suficiente para o defe- rimento do pedido; não há que se cogitar na declaração de rescisão indireta de contrato.” (TRT 2ª Região – 11ª Turma – Proc. 00571006220085020482 – RO) Atividades começam em outubro com treinamento para advogados Tribunal adia implantação do PJe-JT em João Pessoa Nesses termos, afigura-se inexorável a conclusão de que a Emlur manteve-se inerte diante do quadro, sem adotar uma postura eficaz na fiscalização do contrato. Por essas reflexões, impõe-se manter a con- denação supletiva da autarquia pública Juíza convocada Herminegilda Leite Machado, relatora do processo A instalação do Pro- cesso Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho (PJe-JT) em João Pessoa foi adiada, com a conse- quente mudança no ca- lendário de atividades. As atividades para im- plantação nas Varas do Trabalho e demais uni- dades judiciais do Fórum Maximiano Figueiredo te- rão início, agora, no dia 7 de outubro de 2014. De acordo com o cro- nograma divulgado pela Secretaria da Correge- doria, os advogados que atuam em João Pessoa receberão treinamento no dia 7 de outubro de 2014 no auditório do Fórum de João Pessoa. O trei- namento será ministrado pelo servidor Agenor Cos- ta. A implantação defini- tiva do PJe-JT em João Pessoa está programado para acontecer no dia 17 de novembro de 2014. O novo calendário foi proposto à Presidên- cia pelos servidores que fomentam e executam as entregas das ações do Projeto Celeridade que visa à implantação do PJe-JT em todo o TRT, Marcelo de Castro Reis (secretário da Correge- doria), Ângelo Giuseppe Guido de Araújo (diretor da Secretaria de Tecno- logia da Informação e Comunicação – SETIC), Agenor da Costa Júnior Com o objetivo de tornar a Justiça do Tra- balho mais célere, aces- sível e eficiente, a Escola Judicial do Tribunal do Trabalho da Paraíba re- alizou, em três dias, um curso/palestra com o tema “Perspectivas atu- ais e evolutivas do Pro- cesso Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho” para desembargadores e juízes de 1ª Instância. O tema foi ministrado pelo juiz titular da Vara do Trabalho de Jaciara, no Mato Grosso, José Hor- têncio Ribeiro Júnior. O juiz José Hortên- cio Ribeiro Júnior falou da importância do siste- ma de Processo Judicial Eletrônico Nacional que foi produzido pelo Con- selho Superior da Justi- ça do Trabalho. Duran- te sua apresentação, o magistrado conversou e debateu com o público sobre todas as vanta- gens do PJe-JT. “O mais importante neste nosso contato não foi só apren- der a trabalhar, e sim gerenciar o sistema. Ter uma visão geral do PJe- JT, mostrar o potencial do sistema e suas exce- lentes ferramentas”, dis- se o magistrado. O curso foi coorde- nado pela vice-diretora da Escola Judicial, juíza Herminegilda Leite Ma- chado, totalizando 16 ho- ras aulas e contou com a participação do presi- dente do TRT, desembar- gador Carlos Coelho. “O juiz José Hortêncio Ri- beiro Júnior é um exce- lente profissional, e com seus conhecimentos, vai ajudar bastante os ma- gistrados do TRT da 13ª Região, trazendo toda a base do processo. Trata- se de um dos criadores do PJe-JT e esteve à fren- te de todo seu mecanis- mo”, disse o desembar- gador presidente Carlos Coelho. Herminegilda Lei- te Machado encerrou o curso/palestra na última sexta-feira (25), desta- cando a importância do que foi debatido durante o evento. “Excelente. É como podemos definir o curso. O PJe-JT é uma realidade, e os cursos estão servindo, exata- mente, para que possa- mos aprimorar nossos conhecimentos. Até sua implantação, em novem- bro, a Escola Judicial ainda irá promover mais um curso, em data a ser confirmada com a Presi- dência do TRT”, disse. Os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Ses- são de Câmara, apro- varam, por unanimidade as contas dos gestores do Tribunal do Trabalho da Paraíba no exercício 2011, período presidido pelo desembargador Pau- lo Américo Maia de Vas- concelos Filho. Foram aprovadas as contas dos desembar- gadores Paulo Américo Maia de Vasconcelos Fi- lho (presidente), Carlos Coelho de Miranda Freire (vice-presidente) e Vicen- te Vanderlei Nogueira de Brito (Decano), bem como dos responsáveis Alexan- dre Gondin Guedes Perei- ra, Glauco da Silva Cam- pos e Anderson Antônio Pimentel, bem como de Albanete Maria de Sou- sa, Marcelo Teixeira Cor- rea de Oliveira, Marcônio Albuquerque Madruga, Maria Cardoso Borges, e Vladimir Azevedo de Mello. O Ministro Substi- tuto André Luís de Carva- lho foi o Relator Processo TC-023.709/2012-0 que se referiu a prestação de contas ordinária do Exer- cício 2011. Participou ainda da Sessão de Câmara o representante do Ministério Público, o Procurador-Geral Paulo Soares Bugarin. Conforme dados for- necidos pela Fundação Carlos Chagas, respon- sável pela realização do concurso do Tribunal do Trabalho da Paraíba, o gabarito das provas reali- zadas no último domingo (3), deverá ser divulgado nos sites do TRT e da Fundação Carlos Chagas nesta quarta-feira, dia 6. Dos 8.735 candidatos inscritos, 3.054 faltaram as provas que acontece- ram em João Pessoa. A aplicação das provas foi realizada nos colégios Marista Pio X, na Praça da Independên- cia, Faculdade Maurício de Nassau, na avenida Epitácio Pessoa, Facene – Faculdade de Enfer- magem e Medicina Nova Esperança, avenida Frei Galvão, Gramame, Colé- gio Meta, na rua Maria Rosa Jacinto, bairro do Bessa e Colégio Master Bessa, na rua Maria Alves da Rocha, no bairro do Bessa, todos em João Pessoa. A Fundação Carlos Chagas informou ainda que pela manhã para o cargo de Técnico Ju- diciário foram inscritos 2.568 candidatos e ape- nas 1.626 fizeram a pro- va, num total de 63,32 por cento, contra 36,63 por cento de faltosos. Já na parte da tarde foi a vez da prova para NOVO CALENDÁRIO ATIVIDADE DIA HORÁRIO Treinamento dos Advogados 7 /10 9h às 11h e 14h às 16h Workshop 17 /10 9h às 11h Treinamento dos instrutores 20 A 24/10 9h às 12h e 14h às 17h Treinamento específico de diretores e um servidor de cada unidade 27 A 31 /10 9h às 12h e 14h às 17h Treinamento específico dos servidores da Cenaten e Distribuição dos Feitos 3 A 7/11 9h às 12h e 14h às 17h Treinamento geral 10 A 14/11 9h às 12h e 14h às 17h Implantação 17/11 1ª Semana de produção 17 A 21/11 (SETIC) e Dinalva Torres (chefe do Núcleo de Apoio à Primeira Instância e coordenadora do Projeto Celeridade - Assessoria de Gestão Estratégica). 3 MIL CANDIDATOS FALTAM TRT divulga gabarito na quarta TCU aprova contas de gestão EXERCÍCIO 2011 PJE-JT MAIS ACESSÍVEL E EFICIENTE Treinamento para novo sistema Curso para desembargadores aconteceu na Escola Judicial Analista Judiciário, que inscreveu 6.167 candi- datos, comparecendo 4.055, perfazendo um total de 65,75. Perd- eram a prova 2.112, o que equivale a 34,25 por cento dos inscritos. Comissão organizadora do TRT e da Fundação Carlos Chagas LICITAÇÃO TRT vai comprar material de consumo O Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região) vai rea- lizar licitação na mo- dalidade Pregão Ele- trônico, do tipo menor preço, cujo objeto é o registro de preços para aquisição de ma- terial de consumo (sa- cos plásticos para lixo com capacidade para comportar 20, 40, 60 e 100 litros), para atender as necessi- dades do Regional. A quantidade e as es- pecificações estão no Edital e seus anexos. O presidente da Comissão Permanen- te de Licitação e pre- goeiro do TRT, João Sexto Neto Vilar de Oliveira informa que a licitação está pre- vista para às 9h (ho- rário de Brasília-DF) do dia 7 de agosto de 2014. Cópia do Edi- tal estará à disposi- ção dos interessados na Sala da Comissão Permanente de Lici- tação, instalada na Sede do TRT, situada na Avenida Corálio Soares de Oliveira, s/ n, Centro, João Pes- soa-PB, bem como disponibilizada na Internet, através dos sites www.trt13.jus. br e www.licitacoes- e.com.br. Outras Informa- ções podem ser obti- das no endereço aci- ma citado, das 7h às 17h (horário de João Pessoa-PB) ou pelo telefone (83) 3533- 6068, bem como por intermédio do correio eletrônico cpl@trt13. jus.br.

[email protected] O Direito e o Trabalho Tribunal adia ... · Coelho de Miranda Freire (vice-presidente) e Vicen-te Vanderlei Nogueira de Brito (Decano), bem como ... Galvão, Gramame,

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B4 Paraíba Terça-feira, 05 de Agosto de 2014

O Direito e o [email protected]

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Filmagem em banheiro gera dano moral

DORGIVAL TERCEIRO NETO JÚNIOR

A Terceira Turma do Tribunal Regional do Traba-lho de Minas Gerais decidiu ser devida indenização por dano moral à empregada doméstica que comprovou ter sido filmada por seus empregadores por meio de uma caneta espiã, quando usava o banheiro social da resi-dência. A empregada contou que o patrão determinou que ela utilizasse o banheiro social da residência para tomar banho, alegando que o de serviço estava com de-feito. Entretanto, lá ela encontrou a caneta espiã de pro-priedade dos reclamados, acoplada a um porta canetas, pronta para filmá-la em sua intimidade. O equipamento foi entregue à perícia técnica da polícia civil de Minas Gerais, no inquérito aberto pela reclamante.

Os reclamados se defenderam alegando que a autoridade policial não apresentou nenhuma conclusão no inquérito e que as imagens gravadas pela câmera instalada no banheiro não mostram qualquer violação da imagem da empregada. Eles argumentam que jamais foram ouvidos, nem na lavratura do boletim de ocor-rência e nem no curso do inquérito policial, e que não há prova de que exigiram que a reclamante utilizasse as instalações do banheiro social e não as dependências de empregada. Acrescentaram que jamais se uniriam para violar a intimidade da empregada, que sempre foi tratada na casa com dignidade e respeito.

Mas, sob a relatoria do juiz convocado, Milton Vasques Thibau de Almeida, a Turma entendeu que “...a reclamante, independentemente de provar a ocorrên-cia de ordem expressa de seus empregadores para que utilizasse o banheiro social naquele dia especifico, ficou exposta em sua intimidade durante o uso do banheiro social no qual se encontrava a referida caneta espiã em pleno funcionamento e em condições de registrar imagens suas.

O O relator considerou comprovada a prática do ato ensejador do dano e do dever de indenizar, já que incontestavelmente vulnerada a garantia de inviolabi-lidade da intimidade da pessoa prevista no artigo 5º, inciso X, da Constituição Federal.

Ao final, a Turma manteve a condenação dos empregadores domésticos em danos morais e também a rescisão indireta do contrato de trabalho, apenas redu-zindo o valor da indenização para R$ 5.000,00 (cinco mil reais).

(TRT 3ª Região – 3ª Turma – Proc. 0000511-22.2010.5.03.0007 AIRR)

FALTA PARCIAL DE FGTS NÃO GERA RESCISÃO INDIRETA

A ausência de apenas alguns depósitos do FGTS não é suficiente para a declaração de rescisão indireta do contrato de trabalho, conforme decisão da Décima Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. Para a relatora, desembargadora Wilma Gomes da Silva Hernandes, o conjunto probatório não favoreceu a tese do empregado, afirmando que “o autor não alegou ter necessitado utilizar o FGTS na vigência do contrato”.

Expôs a relatora que não ficou comprovada a exis-tência de prejuízo efetivo ao empregado, não caracteri-zando a falta grave do empregador com base no artigo 483 da CLT.

Em remate, a relatora afirmou que “a irregulari-dade quanto a alguns depósitos do FGTS é suscetível de ampla reparação econômica e a ausência de alguns depósitos relativos ao FGTS não é suficiente para o defe-rimento do pedido; não há que se cogitar na declaração de rescisão indireta de contrato.”

(TRT 2ª Região – 11ª Turma – Proc. 00571006220085020482 – RO)

Atividades começam em outubro com treinamento para advogados

Tribunal adia implantação do PJe-JT em João Pessoa

Nesses termos, afigura-se inexorável a conclusão de que a Emlur manteve-se inerte diante do quadro, sem adotar uma postura eficaz na fiscalização do contrato. Por essas reflexões, impõe-se manter a con-denação supletiva da autarquia pública

Juíza convocada Herminegilda Leite Machado, relatora do processo

““de que a Emlur manteve-se inerte diante do quadro, sem adotar uma postura eficaz na fiscalização do contrato. Por essas reflexões, impõe-se manter a con-denação supletiva da autarquia pública

A instalação do Pro-cesso Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho (PJe-JT) em João Pessoa foi adiada, com a conse-quente mudança no ca-lendário de atividades. As atividades para im-plantação nas Varas do Trabalho e demais uni-dades judiciais do Fórum Maximiano Figueiredo te-rão início, agora, no dia 7 de outubro de 2014.

De acordo com o cro-nograma divulgado pela Secretaria da Correge-doria, os advogados que atuam em João Pessoa receberão treinamento no dia 7 de outubro de 2014 no auditório do Fórum de João Pessoa. O trei-

namento será ministrado pelo servidor Agenor Cos-ta. A implantação defini-tiva do PJe-JT em João Pessoa está programado para acontecer no dia 17 de novembro de 2014.

O novo calendário foi proposto à Presidên-cia pelos servidores que fomentam e executam as entregas das ações do Projeto Celeridade que visa à implantação do PJe-JT em todo o TRT, Marcelo de Castro Reis (secretário da Correge-doria), Ângelo Giuseppe Guido de Araújo (diretor da Secretaria de Tecno-logia da Informação e Comunicação – SETIC), Agenor da Costa Júnior

Com o objetivo de tornar a Justiça do Tra-balho mais célere, aces-sível e eficiente, a Escola Judicial do Tribunal do Trabalho da Paraíba re-alizou, em três dias, um curso/palestra com o tema “Perspectivas atu-ais e evolutivas do Pro-cesso Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho” para desembargadores e juízes de 1ª Instância. O tema foi ministrado pelo juiz titular da Vara do Trabalho de Jaciara, no Mato Grosso, José Hor-têncio Ribeiro Júnior.

O juiz José Hortên-cio Ribeiro Júnior falou da importância do siste-ma de Processo Judicial Eletrônico Nacional que foi produzido pelo Con-selho Superior da Justi-ça do Trabalho. Duran-te sua apresentação, o magistrado conversou e debateu com o público

sobre todas as vanta-gens do PJe-JT. “O mais importante neste nosso contato não foi só apren-der a trabalhar, e sim gerenciar o sistema. Ter uma visão geral do PJe-JT, mostrar o potencial do sistema e suas exce-lentes ferramentas”, dis-se o magistrado.

O curso foi coorde-nado pela vice-diretora da Escola Judicial, juíza Herminegilda Leite Ma-chado, totalizando 16 ho-ras aulas e contou com a participação do presi-dente do TRT, desembar-gador Carlos Coelho. “O juiz José Hortêncio Ri-beiro Júnior é um exce-lente profissional, e com seus conhecimentos, vai ajudar bastante os ma-gistrados do TRT da 13ª Região, trazendo toda a base do processo. Trata-se de um dos criadores do PJe-JT e esteve à fren-

te de todo seu mecanis-mo”, disse o desembar-gador presidente Carlos Coelho.

Herminegilda Lei-te Machado encerrou o curso/palestra na última sexta-feira (25), desta-cando a importância do que foi debatido durante o evento. “Excelente. É como podemos definir o

curso. O PJe-JT é uma realidade, e os cursos estão servindo, exata-mente, para que possa-mos aprimorar nossos conhecimentos. Até sua implantação, em novem-bro, a Escola Judicial ainda irá promover mais um curso, em data a ser confirmada com a Presi-dência do TRT”, disse.

Os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Ses-são de 2ª Câmara, apro-varam, por unanimidade as contas dos gestores do Tribunal do Trabalho da Paraíba no exercício 2011, período presidido pelo desembargador Pau-lo Américo Maia de Vas-

concelos Filho. Foram aprovadas as

contas dos desembar-gadores Paulo Américo Maia de Vasconcelos Fi-lho (presidente), Carlos Coelho de Miranda Freire (vice-presidente) e Vicen-te Vanderlei Nogueira de Brito (Decano), bem como dos responsáveis Alexan-

dre Gondin Guedes Perei-ra, Glauco da Silva Cam-pos e Anderson Antônio Pimentel, bem como de Albanete Maria de Sou-sa, Marcelo Teixeira Cor-rea de Oliveira, Marcônio Albuquerque Madruga, Maria Cardoso Borges, e Vladimir Azevedo de Mello. O Ministro Substi-

tuto André Luís de Carva-lho foi o Relator Processo TC-023.709/2012-0 que se referiu a prestação de contas ordinária do Exer-cício 2011. Participou ainda da Sessão de 2ª Câmara o representante do Ministério Público, o Procurador-Geral Paulo Soares Bugarin.

Conforme dados for-necidos pela Fundação Carlos Chagas, respon-sável pela realização do concurso do Tribunal do Trabalho da Paraíba, o gabarito das provas reali-zadas no último domingo (3), deverá ser divulgado nos sites do TRT e da Fundação Carlos Chagas nesta quarta-feira, dia 6. Dos 8.735 candidatos inscritos, 3.054 faltaram as provas que acontece-ram em João Pessoa.

A aplicação das provas foi realizada nos colégios Marista Pio X, na Praça da Independên-cia, Faculdade Maurício de Nassau, na avenida Epitácio Pessoa, Facene

– Faculdade de Enfer-magem e Medicina Nova Esperança, avenida Frei Galvão, Gramame, Colé-gio Meta, na rua Maria Rosa Jacinto, bairro do Bessa e Colégio Master Bessa, na rua Maria Alves da Rocha, no bairro do Bessa, todos em João Pessoa.

A Fundação Carlos Chagas informou ainda que pela manhã para o cargo de Técnico Ju-diciário foram inscritos 2.568 candidatos e ape-nas 1.626 fizeram a pro-va, num total de 63,32 por cento, contra 36,63 por cento de faltosos. Já na parte da tarde foi a vez da prova para

NOVO CALENDÁRIOATIVIDADE DIA HORÁRIOTreinamento dos Advogados 7 /10 9h às 11h e 14h às 16hWorkshop 17 /10 9h às 11hTreinamento dos instrutores 20 A 24/10 9h às 12h e 14h às 17hTreinamento específico de diretores e um servidor de cada unidade 27 A 31 /10 9h às 12h e 14h às 17h Treinamento específico dos servidores da Cenaten e Distribuição dos Feitos 3 A 7/11 9h às 12h e 14h às 17h Treinamento geral 10 A 14/11 9h às 12h e 14h às 17h Implantação 17/11 1ª Semana de produção 17 A 21/11

(SETIC) e Dinalva Torres (chefe do Núcleo de Apoio à Primeira Instância e

coordenadora do Projeto Celeridade - Assessoria de Gestão Estratégica).

3 MIL CANDIDATOS FALTAM

TRT divulga gabarito na quarta

TCU aprova contas de gestãoEXERCÍCIO 2011

PJE-JT MAIS ACESSÍVEL E EFICIENTE

Treinamento para novo sistema

Curso para desembargadores aconteceu na Escola Judicial

Analista Judiciário, que inscreveu 6.167 candi-datos, comparecendo 4.055, perfazendo um

total de 65,75. Perd-eram a prova 2.112, o que equivale a 34,25 por cento dos inscritos.

Comissão organizadora do TRT e da Fundação Carlos Chagas

LICITAÇÃO

TRT vai comprar material de consumo

O Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região) vai rea-lizar licitação na mo-dalidade Pregão Ele-trônico, do tipo menor preço, cujo objeto é o registro de preços para aquisição de ma-terial de consumo (sa-cos plásticos para lixo com capacidade para comportar 20, 40, 60 e 100 litros), para atender as necessi-dades do Regional. A quantidade e as es-pecificações estão no Edital e seus anexos.

O presidente da Comissão Permanen-te de Licitação e pre-goeiro do TRT, João Sexto Neto Vilar de Oliveira informa que a licitação está pre-vista para às 9h (ho-rário de Brasília-DF)

do dia 7 de agosto de 2014. Cópia do Edi-tal estará à disposi-ção dos interessados na Sala da Comissão Permanente de Lici-tação, instalada na Sede do TRT, situada na Avenida Corálio Soares de Oliveira, s/n, Centro, João Pes-soa-PB, bem como disponibilizada na Internet, através dos sites www.trt13.jus.br e www.licitacoes-e.com.br.

Outras Informa-ções podem ser obti-das no endereço aci-ma citado, das 7h às 17h (horário de João Pessoa-PB) ou pelo telefone (83) 3533-6068, bem como por intermédio do correio eletrônico [email protected].

B4 Paraíba Terça-feira, 12 de agosto de 2014

O Direito e o [email protected]

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Ex-empregado pode optar por plano de saúde

Dorgival TErcEiro NETo JúNior

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu que o empregado demitido sem justa causa deve ser expressamente comunicado pelo ex-empregador do seu direito de optar, no prazo de 30 dias a contar de seu desligamento, por se manter vinculado ao plano de saúde em grupo, desde que assuma o pagamento integral.

Entendeu a Turma, a partir do voto do rela-tor, ministro Paulo de Tarso Sanseverino, que o ar-tigo 30 da Lei 9.656/1998, com a redação dada pela MP 2.177-44/2001, assegura ao consumidor que contribuir para plano de saúde em decorrência de vínculo empregatício, no caso de rescisão ou exo-neração do contrato de trabalho sem justa causa, o direito de manter sua condição de beneficiário, nas mesmas condições de cobertura assistencial de que gozava quando da vigência do contrato de traba-lho, desde que assuma o seu pagamento integral.

A Turma ainda tomou em consideração a Resolução 20/1999 do Conselho de Saúde Suple-mentar (CONSU), que, por meio do seu artigo 2º, § 6º, ao exonerado ou demitido o direito de optar pela manutenção do benefício, no prazo máximo de trinta dias após seu desligamento, em resposta à comunicação da empresa empregadora, formali-zada no ato da rescisão contratual.

Para a Turma, a melhor interpretação da norma é no sentido de que o prazo de trinta dias é razoável, mas o empregador deve comunicar expressamente o ex-empregado sobre o seu direito de manter o plano de saúde, devendo o mesmo formalizar a opção.

Trata-se de aplicação do dever de informação, nascido do princípio da boa-fé objetiva, expressa-mente acolhido pelo ordenamento pátrio no artigo 422 do Código Civil.

Decorre, portanto, justamente da função inte-gradora do princípio da boa-fé objetiva, a necessi-dade de comunicação expressa ao ex-empregado de possível cancelamento do plano de saúde caso este não faça a opção pela manutenção no prazo de 30 dias. E mais, não pode a operadora do plano de saúde proceder ao desligamento do beneficiário sem a prova efetiva de que foi dada tal oportuni-dade ao ex-empregado.

(STJ – 3ª. Turma – REsp 1.237.054-PR)

SINDROME DO ESGOTAMENTO PROFISSIONAL GERA DANO MORAL

A empregada acometida da “síndrome do esgotamento profissional”, diagnosticada a partir de episódio depressivo grave sem sintomas psicó-ticos e reação aguda ao stress, provocados pelas cobranças da reclamada quanto ao desempenho e cumprimento de metas, faz jus a recebimento de indenização por dano moral.

Foi o que decidiu a Terceira Vara do Traba-lho de Betim-MG, com base em prova técnica, que constatou que a reclamante foi acometida de quadro de síndrome do esgotamento profissional quando trabalhou para a reclamada.

A magistrada registrou que o dano moral é inerente à própria ofensa e se concretiza na inca-pacidade total da reclamante durante o período de afastamento, bem assim que “Seria exagero exigir que a vítima comprovasse a dor, a tristeza, o sofrimento ou a humilhação através de depoi-mentos, documentos e perícia. Por se tratar de algo localizado no plano imaterial ou ideal, não se pode eleger os mesmos meios destinados à prova do dano material”

Quanto à culpa da empresa, a julgadora expli-cou que esta decorreu da falta de zelo na proteção do ambiente do trabalho, bem como na adoção de medidas para reduzir os riscos decorrentes da atividade econômica.

Ao final, a empresa acabou condenada a pa-gar indenização por dano moral de R$ 2.000,00.

(TRT 3ª. Região – VT de Betim-MG – Proc. nº 00016-2012-028-03-00-3)

Funcionária foi acusada de roubar um aparelho de telefone celular

Empresa não prova roubo e é condenada pela Justiça

Temos que ter responsabilidade para fixar os nossos objetivos para a construção de nos-sas metas, com a nossa missão, que é servir a sociedade

Desembargador Ubiratan Delgado, vice-presidente do TRT

““

Fórum sediou oficina

EScOLA JuDIcIAL

Curso abordou teoria crítica

OuvIDORIA:

n Desembargador ouvidor: Wolney de Macedo Cordeiro

Horário de atendimento

Segunda a Sexta das 7h às 17h

Entre em contatoF 0800-7281313 (ligação gratuita para telefones fixos)F Formulário eletrônico na página do Tribunal no seguin-

te endereço: www.trt13.jus.br.F Telefax: 83-3533-6001 nos horários de funcionamen-

to do TRT.F Pessoalmente, também nos horários do TRT.F Por carta: Ouvidoria do Tribunal Regional do Traba-

lho da 13ª Região, na Avenida Soares Corálio de Oliveira, s/n –Centro – João Pessoa – PB CEP: 58013-260.

F Formulários disponibilizados junto às urnas localiza-das na sede do Tribunal, nos Fóruns da Capital e Campina Grande e demais Varas do Trabalho.

FE-mail: [email protected], com o Desembargador Ouvidor, me-

diante prévio agendamento pelo telefone 3533-6001.

PLANEJAMENTO ESTRATéGIcO EM JOãO PESSOA

O juiz substituto da 3ª Vara do Trabalho de Campina Grande, Aécio Pereira de Lima Filho con-denou as empresas THC Telecom e Claro S/A, ao pagamento de indenização no valor de R$ 5 mil por danos morais a uma fun-cionária demitida por jus-ta causa sob a acusação de furto de um aparelho celular.

De acordo com o processo nº 0130044-10.2014.5.13.0009, não houve qualquer prova no processo capaz de incri-minar a funcionária do suposto furto. Não há gra-vação do vídeo das câme-ras de segurança demons-trando o furto, mesmo

sendo esclarecido nos au-tos que a empresa recla-mada mantinha câmeras de vigilância em seu salão e em seu estoque.

O juiz destacou na sentença que, “sem prova cabal do furto (como o ví-deo ou testemunha ocular do crime), não se poderia atribuir o crime à autora, até porque a prova oral deixou claro que todos os trabalhadores da loja ti-nham acesso aos celulares do estoque e não apenas a reclamante, como ten-ta insinuar a empresa em sua defesa”.

Ficou comprovado que a reclamante sofreu vexame sendo exposta a uma situação humilhante

e constrangedora, acarre-tando danos à personali-dade, pois viola a dignida-de e sua imagem perante os colegas de trabalho. “A autora viveu verdeiro ter-ror psicológico”.

Foi fixada conde-nação, a título de danos morais, no valor de R$ 5 mil, além da reversão da justa causa, com as res-pectivas verbas rescisó-rias e aplicação da multa do artigo 477 da CLT.

Em sua defesa, a Claro S/A (segunda re-clamada) apresentou ile-gitimidade passiva para figurar no polo passivo da demanda, alegando man-ter com a primeira recla-mada (THC Telecom) rela-

ção meramente mercantil, incapaz de ensejar suas responsabilização subsidi-ária.

A instrução do pro-cesso, demonstrou que a Claro S/A foi parte bene-ficiada no pacto laboral celebrado entre a recla-mante e a reclamada THC Telecom. “É incontroversa, no caso em tela, a existên-cia do contrato de presta-ção de serviços entre as reclamadas, não havendo dúvida de que a prestação de serviços pela reclaman-te atendeu à finalidade da segunda reclamada na terceirização de seus ser-viços, se beneficiando di-retamente da força de tra-balho da reclamante”.

Desembargador Eduardo Sérgio fez a abertura do curso

Durante três dias, ju-ízes titulares e substitutos do Tribunal do Trabalho da Paraíba participaram do curso “Teoria Crítica e Direito”, promovido pela Escola Judicial – Ejud. O curso foi ministrado pela mestre e doutora em Filo-sofia do Direito, Mariana Pimentel Fischer Pache-co.

A ministrante foi apresentada aos magis-trados pelo desembarga-dor Eduardo Sérgio de Almeida, diretor da Ejud, que destacou as qualida-des da Mestra que é pro-fessora de pós-graduação Latu Sensu da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas, além de pesquisadora, que

atua nas áreas de Direito com ênfase em Filosofia do Direito, atuando, prin-cipalmente nos temas: democracia, ética, teoria crítica e psicanálise.

O curso teve como objetivo apresentar e de-bater temas instigantes como a Teoria Crítica, a Teoria do Estado De-mocrático de Direito de Jürgen Habermas e Reco-nhecimento, Democracia e Direito em Axel Honne-th. Foram aulas exposi-tivas com auxílio de Po-wer Point, com interação permanente com o pú-blico alvo, apresentando questões teóricas com o exercício da Magistratura Trabalhista. A coordena-ção ficou com a juíza Her-

minegilda Leite Machado, vice-diretora da Escola. mostraram-se interes-sados no aprendizado e na parte prática do PJe-JT, pois no segundo dia

já emitimos mandados, notificações, designando audiências. Ou seja, efe-tuando todas as tarefas inerentes à Vara do Tra-balho”, concluiu.

Licitação

Serviços serão para combater incêndio

O Tribunal do Trabalho da Paraí-ba vai realizar no dia 21 de agosto licitação na modalidade Toma-da de Preços, do tipo menor preço, para a contratação de empre-sa especializada na prestação de serviços de manutenção pre-ventiva e corretiva do sistema de combate a incêndio do Fórum Iri-neu Joffily Filho, em Campina Grande.

A meta é atender às necessidades do Regional, conforme normas e condições do Edital à disposição dos interessados no site “www.trt13.jus.br” e na Sala da Comissão Permanente de Licita-ção, instalada na Sede do TRT (2º andar), si-tuada na Avenida Co-rálio Soares de Olivei-ra, s/n, Centro, João Pessoa-PB

A presidente da Comissão Permanen-te de Licitação (subs-tituta), Samara Gau-dêncio Asfora Lacerda disse que outras in-formações podem ser obtidas pessoalmente das 7h às 17h, via e-mail ([email protected]) ou pelo telefone (83) 3533-6068.tadora do agente insalubre ao qual era exposto o em-pregado.

A equipe da Assesso-ria de Gestão Estratégica do Tribunal do Trabalho da Paraíba recebeu mais sugestões para inclusão no novo Planejamento Estra-tégico 2015–2020. Desta vez, as sugestões vieram dos gestores e seus subs-titutos das nove Varas do Trabalho de João Pessoa, Distribuição dos Feitos, Central de Mandados Ju-diciais e Administração Fórum Maximiano Figuei-redo, onde aconteceu o en-contro.

No Fórum de João Pessoa, os diretores de se-cretarias e seus substitu-tos foram recebidos pelo vice-presidente do TRT, desembargador Ubiratan Delgado. “Estamos dando seguimento a um trabalho que já vem sendo realizado pelo Tribunal. As oficinas e polos já aconteceram em vários municípios porque

o objetivo é ter a participa-ção e o envolvimento de to-dos na construção do novo Planejamento Estratégico, que vai nos mostrar onde queremos chegar”, disse o vice-presidente.

De acordo com o ma-gistrado, será realizada uma reunião mais ampla que poderá homologar, ou não, as sugestões colhidas. “O ideal é que todos parti-cipem do Planejamento Es-tratégico e construam algo mais próximo da nossa re-alidade. Temos que ter res-ponsabilidade para fixar os nossos objetivos para a construção de nossas me-tas, com a nossa missão, que é servir a sociedade”, disse.

O assessor de Gestão Estratégica do Tribunal, Max Frederico, que é tam-bém patrocinador do proje-to Planejamento Estratégi-co 2015–2020 lembrou que

o primeiro Planejamento Estratégico do Tribunal (2009/2014), ainda está em vigor e é a peça mais importante, porque é res-ponsável pelo destino do Regional até o final deste ano. “Agora estamos aqui reunidos para ajudar a construir o próximo, que é a nossa ‘Carta Magna’ para os próximos 6 anos”.

Durante o encontro, os gestores apresentaram os questionários entregues nas reuniões de apresen-tação do projeto, com as ações sugeridas, que ver-sam sobre missão, visão de futuro, atributos de va-lor, objetivos estratégicos, além da análise do am-biente (Matriz SWOT). O projeto Planejamento Es-tratégico 2015 – 2020, tem como slogan “Construindo o Futuro”, e o gestor é o servidor José Heriberto Martins, da AGE.

oficina reuniu gestores e substitutos das unidades do Fórum Maximiano Figueiredo

B4 Paraíba Terça-feira, 19 de agosto de 2014

O Direito e o [email protected]

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Retenção de equipamento de trabalho é legal

DoRgival TeRceiRo NeTo JúNioR Decisão da Justiça impõe pagamento também pela empresa Limp Fort

TRT condena Emlur a pagar indenização a terceirizado

Correio TrabalhisTa

A Segunda Câmara do Tribunal Regional do Trabalho de Cam-pinas-SP entendeu que a retenção, pelo empregado, do equipamento de trabalho fornecido pelo empregador, em comodato, para fins de recebimento de verbas rescisórias não configura apropriação e que acusação em tal sentido gera direito a reparação por danos morais.

A decisão foi proferida em processo onde uma ex-empregada de uma editora reteve um notebook e um aparelho celular que lhe haviam sido fornecidos pelo empregador para execução de suas atividades, pelo fato de não ter recebido as verbas rescisórias.

A reclamante, que não obteve êxito na primeira instância, pediu em seu recurso, indenização por danos morais por dois fun-damentos. O primeiro em decorrência de um boletim de ocorrência lavrado pela reclamada, em que a funcionária foi acusada de apro-priação indébita de um notebook e um celular entregues pela em-presa como ferramenta de trabalho e, que por essa razão, deveriam ser devolvidos por ocasião do fim do contrato laboral. O segundo pelo fato de o preposto da reclamada ter agido com sarcasmo ao ser questionado sobre o reembolso de despesas com combustível e alimentação.

A empresa impugnou o recurso sustentando que “a reclaman-te se apoderou de dois equipamentos de propriedade da reclamada, e esta, diante da prática do crime cometido, apenas pretendeu, como pretende, resguardar o seu direito de propriedade”. Alegou ainda a empregadora ter firmado contrato de comodato com reclamante, por meio do qual a trabalhadora se comprometia a restituir à reclama-da os equipamentos objeto do contrato por ocasião da extinção do contrato.

No caso, a empregada pediu demissão, solicitando inclusive a dispensa do cumprimento do aviso prévio ante a falta de pagamento do combustível daquele mês, impossibilitando a trabalhadora de cumprir o aviso prévio. Por sua vez, a empregadora enviou telegra-ma à reclamante, cobrando a devolução das ferramentas de trabalho, sob pena de pagamento de multa diária de 100 reais para cada dia de atraso.

A empregada respondeu ao telegrama da empresa dizendo que devolveria os aparelhos em juízo, como havia informado, uma vez que já havia ingressado com ação trabalhista pelo não recebimen-to dos valores devidos no ato da rescisão contratual. Depois disso, a reclamada registrou Boletim de Ocorrência de apropriação indébita, mesmo sabendo que a reclamante não tinha a intenção de tomar para si bem alheio, mas sim de assegurar com essa medida o pagamento de suas verbas rescisórias alimentares. A Câmara, sob a relatoria da desembargadora Mariane Khayat, reformou a sentença de primeiro grau, ressaltando que a retenção dos instrumentos de trabalho “é legítimo e está respaldado no direito de resistência do empregado e no princípio da boa-fé objetiva, que deve nortear os atos jurídicos em geral”. O acórdão ressaltou o fato “interessante” de que a reclamada “se indigna com a retenção dos seus bens particulares (direito à pro-priedade), mas entende ser absolutamente aceitável reter as verbas rescisórias da reclamante (direito de natureza alimentar e urgente), numa evidente e perniciosa inversão de valores”.

Após discorrer sobre algumas das previsões jurídicas de reten-ção de bens (art. 1.219 do Direito Civil; arts. 1.467 e 1.469 do Código Civil), a relatora concluiu que “a violação do direito ao pagamento das verbas rescisórias à reclamante criou para ela o direito de reter suas ferramentas de trabalho, até que lhe fossem pagas suas verbas rescisórias ou até a primeira audiência, o que, de fato, ocorreu”. A devolução dos bens à reclamada (em bom estado de conservação), logo em primeira audiência, “sela qualquer dúvida sobre a boa-fé da reclamante no exercício do direito de retenção”, afirmou.

Já a conduta da reclamada de noticiar crime inexistente (apro-priação indébita), já que não houve dolo da trabalhadora, “traduz-se em abuso de direito, com nítido propósito de macular a honra e dignidade da reclamante, afigurando-se como ato ilícito, passível de reparação por meio de indenização por danos morais”, acrescentou a relatora. Ao final, a Câmara condenou a empresa a pagar indeniza-ção por dano moral no valor de R$ 10 mil.

(TRT 15ª Região – 2ª Câmara – Proc. 0000961-62.2010.5.15.0093)

ana clara Nóbrega recebeu a comenda em cerimônia realizada no Dia do Jurista, em Brasília

conciliação humanista

TRT-SC conhece o Nucon

Nesses termos, afigura-se inexorável a conclusão de que a Emlur manteve-se inerte diante do quadro, sem adotar uma postura eficaz na fiscalização do contrato. Por essas reflexões, impõe-se manter a con-denação supletiva da autarquia pública

Juíza convocada Herminegilda Leite Machado, relatora do processo

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ordem do mérito judiciário

Desembargadora é homenageadaEm solenidade ocor-

rida na sede do Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília, a desembargado-ra (aposentada) do Tribu-nal do Trabalho da Paraí-ba, Ana Clara Nóbrega foi agraciada com a Comenda da Ordem do Mérito Judi-ciário da Justiça do Traba-lho no Grau Comendador. A cerimônia de entrega da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho 2014 aconte-ceu na segunda-feira (11), data em que se comemora o Dia do Jurista. A indica-ção da magistrada do TRT da Paraíba foi feita pelo ministro João Oreste Dala-zen, com aprovação de to-dos os membros do Órgão Especial daquela Corte.

Na abertura do even-to, o presidente do TST, ministro Barros Levenha-gen ressaltou que, este ano, a comenda foi atri-buída “a um mosaico de pessoas da sociedade que efetivamente trabalharam em prol do Judiciário e

futuro planejado

AGE reúne gestores em JP

Servidor do TRT da 12ª Região aprovou proposta humanística

gestores participam da construção do planejamento estratégico

A Segunda Turma do Tribunal do Trabalho da Paraíba manteve a decisão proferida na 4ª Vara do Trabalho de João Pessoa, que condenou as empre-sas Limp Fort Engenharia Ambiental Ltda., em cará-ter principal e a Autarquia Municipal de Limpeza Ur-bana – Emlur em caráter subsidiário, a pagar ver-bas sonegadas ao longo do contrato trabalhista, a um ex-empregado.

A Emlur recorreu da decisão, renovando as argumentações de ca-rência do direito de ação e de ilegitimidade passi-va. Citou o Artigo 71 da Lei 8.666/1993 que im-pede a transferência de responsabilidade traba-lhista aos entes da Admi-

nistração, nas hipóteses de contratação de servi-ços por meio de licitação. Ressaltou que não man-teve vínculo de emprego com o reclamante e que os direitos reconhecidos na sentença eram inde-vidos. Com essas ações solicitou o afastamento da responsabilidade sub-sidiária imposta na sen-tença.

Conforme o enten-dimento externado pelo Supremo Tribunal Fede-ral na ADI nº 16, refletido na nova redação da Sú-mula 331, as entidades administrativas podem ser responsabilizadas nas ações trabalhistas que versam sobre tercei-rização, em face de pos-síveis falas na fiscaliza-

ção do cumprimento das obrigações contratuais e legais pela prestadora de serviço. Neste caso resta configurada a culpa da Emlur, uma vez que na condição de beneficiária da força de trabalho do empregado, descuidou-se do dever de monitorar, de forma efetiva, o cumpri-mento dos deveres traba-lhistas por parte da em-presa Limp Fort.

O contrato de traba-lho entre o empregado e a Limp Fort se estendeu por mais de sete anos, sendo fato incontestá-vel que a empresa dei-xou de efetuar regular-mente o pagamento da contraprestação com-pensatória pelo trabalho realizado sob condições

insalubres, demonstran-do desrespeito aos co-mandos legais referentes à higiene e segurança do trabalho.

“Nesses termos, afi-gura-se inexorável a con-clusão de que a Emlur manteve-se inerte diante do quadro, sem adotar uma postura eficaz na fis-calização do contrato. Por essas reflexões, impõe-se manter a condenação supletiva da autarquia pública”, concluiu a Rela-tora do Processo 0133300-10.2013.5.13.0004, juíza convocada Herminegilda Leite Machado, negando provimento ao Recurso Ordinário interposto pela Emlur, cujo voto foi acor-dado pelos desembarga-dores da Segunda Turma.

“Longe de ser finali-dade para atender uma exigência, é uma realida-de que vai mudar a forma administrativa do TRT da Paraíba nos próximos seis anos”, disse o secre-tário Geral da Presidência do TRT, Wladimir Melo durante abertura da Ofi-cina realizada pela Asses-soria de Gestão Estratégi-ca para colher sugestões para o novo Planejamento Estratégico, que vai nor-tear as ações no Tribunal no período 2015/2020.

Quando chegou à João Pessoa, a caravana da AGE reuniu gestores e substitutos das 9 Varas da Capital, Distribuição dos Feitos, Central de Mandados e Administra-ção do Fórum Maximiano de Figueiredo no audi-tório para receber suas propostas no dia 7 deste mês de agosto. O segundo encontro aconteceu com os gestores e substitutos da Área Administrativa e o terceiro, os gestores e seus substitutos da Área Judiciária da sede do TRT, ambos na Astra, nos dias 12 e 15 últimos.

De acordo com Wla-dimir Melo, o PEI vai ter

reflexo no dia a dia dos magistrados, servidores, advogados, partes e da so-ciedade. “É necessária a participação de todos para a construção da nova peça, que seja realista e que aten-da a instituição”, observou, aproveitando para parabe-nizar a equipe da AGE pelo trabalho incansável.

Nos encontros, que já aconteceram em Campina, Patos, Guarabira e Santa Rita, envolvendo Varas do Trabalho de outros municí-pios, a AGE recebeu suges-tões para a construção do novo Planejamento Estra-tégico. Durante os encon-tros, foram apresentados os questionários entregues nas reuniões de apresen-tação do projeto, com as ações sugeridas de missão, visão de futuro, atributos de valor, objetivos estraté-

gicos, além da análise do ambiente (Matriz SWOT).

O Projeto tem como slogan “Construindo o Fu-turo”, e é patrocinado pelo assessor da AGE, Max Fre-derico e tem como gestor o servidor José Heriberto Martins. Seu foco principal é o “envolvimento e partici-pação” de todos os magis-trados e servidores na re-alização da nova peça, que norteará os destinos do TRT nos próximos 6 anos. Ainda em agosto, a AGE promoverá mais uma ofi-cina para os magistrados. Todas as sugestões que estão sendo apresentadas, serão unificadas e transfor-madas num só documen-to, que será encaminhado ao Fórum do Planejamento Estratégico, que acontece-rá nos dias 22, 23 e 24 de outubro em João Pessoa.

A proposta inova-dora de humanização no Judiciário, funda-mentada na “Abordagem Centrada na Pessoa”, do psicólogo e pesquisador Carl Rogers implantada no Núcleo Permanente de Métodos Consensu-ais e Solução de Confli-to (Nucon) do Tribunal do Trabalho da Paraíba atraiu o TRT de Santa Catarina (12ª Região). A juíza do Trabalho Nayara Queiroz Mota, coordena-dora do Núcleo recebeu a visita de Cláudio de Macedo, que é servidor especializado e respon-sável pela coordenação do Núcleo de Conciliação daquele estado.

Um documentário produzido pela Assesso-ria de Comunicação So-cial do TRT da Paraíba, que mostra as técnicas humanistas utilizadas no Nucon para incentivar a conciliação, foi apresen-tado em reunião do Colé-gio de Presidentes e dis-tribuído com os gestores dos TRTs. O documentá-rio, que traz também a opinião de partes envol-vidas em processos que tramitam nesta Justiça

especializada, a exemplo de advogados, empresá-rios e trabalhadores so-bre o Nucon, chamou a

atenção do TRT 12, que resolveu enviar um repre-sentante para conhecer o setor na Paraíba.

No TRT de Santa Catarina, o Núcleo de Conciliação é ligado a Secretaria Geral da Presidência, mas que ainda não possui estrutura funcional montada. “Estou em busca de tornar o nosso Núcleo mais atuante. Hoje só atuamos em eventos do Conselho Nacional de Justiça, a exemplo da Semana Nacional de Conciliação e em eventos isolados, quando solicitado”, disse Cláudio de Macedo, destacando que o Nucon da Paraíba responde a todos os seus questionamentos.

!Atuante

do seu crescimento”, em defesa de temas que são “bandeiras do TST”, como o combate às formas de trabalho degradante e in-fantil, e em prol do traba-

lho seguro. A desembargadora

(aposentada) do TRT da Paraíba esteve acompa-nhada pelos filhos Cassia-no Nóbrega, que é servidor

do TRT de Minas Gerais, Antonieta Maroja, juíza da Justiça Comum da Para-íba e Leonardo Nóbrega, servidor do TRT da Paraí-ba, além de uma neta.

Cláudio de Macedo levará para a 12ª Região a proposta humanística e a estrutural, como a utilização da mesa redonda e a cultura regional retratada nas paredes através da arte. Levará, também, a vontade do querer fazer. “O difícil será montar uma equipe com o mesmo carisma, mas vou tentar”, disse. Em um caderninho, o servidor anotou tudo o que presenciou no Nucon, como pauta, estrutura, PJe-JT, croquis, mobiliário, obras de arte e outros detalhes.

!Proposta

B4 Paraíba Terça-feira, 26 de agosto de 2014

O Direito e o [email protected]

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Ex-empregado pode optar por plano de saúde

Dorgival TErcEiro NETo JúNior Ministro vai receber a população e advogados em audiências

TST fará correição na Paraíba no final do mês de setembro

Correio TrabalhisTa

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu que o empregado demitido sem justa causa deve ser expressamente comunicado pelo ex-empregador do seu direito de optar, no prazo de 30 dias a contar de seu desligamento, por se manter vinculado ao plano de saúde em grupo, desde que assuma o pagamento integral.

Entendeu a Turma, a partir do voto do relator, mi-nistro Paulo de Tarso Sanseverino, que o artigo 30 da Lei 9.656/1998, com a redação dada pela MP 2.177-44/2001, assegura ao consumidor que contribuir para plano de saúde em decorrência de vínculo empregatício, no caso de rescisão ou exoneração do contrato de trabalho sem justa causa, o direito de manter sua condição de benefici-ário, nas mesmas condições de cobertura assistencial de que gozava quando da vigência do contrato de trabalho, desde que assuma o seu pagamento integral.

A Turma ainda tomou em consideração a Resolução 20/1999 do Conselho de Saúde Suplementar (CONSU), que, por meio do seu artigo 2º, § 6º, ao exonerado ou de-mitido o direito de optar pela manutenção do benefício, no prazo máximo de trinta dias após seu desligamento, em resposta à comunicação da empresa empregadora, formalizada no ato da rescisão contratual.

Para a Turma, a melhor interpretação da norma é no sentido de que o prazo de trinta dias é razoável, mas o empregador deve comunicar expressamente o ex-em-pregado sobre o seu direito de manter o plano de saúde, devendo o mesmo formalizar a opção.

Trata-se de aplicação do dever de informação, nascido do princípio da boa-fé objetiva, expressamente acolhido pelo ordenamento pátrio no artigo 422 do Códi-go Civil.

Decorre, portanto, justamente da função integradora do princípio da boa-fé objetiva, a necessidade de comu-nicação expressa ao ex-empregado de possível cance-lamento do plano de saúde caso este não faça a opção pela manutenção no prazo de 30 dias. E mais, não pode a operadora do plano de saúde proceder ao desligamento do beneficiário sem a prova efetiva de que foi dada tal oportunidade ao ex-empregado.

(STJ – 3ª. Turma – REsp 1.237.054-PR)

SINDROME DO ESGOTAMENTO PROFISSIONAL GERA DANO MORAL

A empregada acometida da “síndrome do esgota-mento profissional”, diagnosticada a partir de episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos e reação aguda ao stress, provocados pelas cobranças da reclamada quanto ao desempenho e cumprimento de metas, faz jus a recebimento de indenização por dano moral.

Foi o que decidiu a Terceira Vara do Trabalho de Betim-MG, com base em prova técnica, que constatou que a reclamante foi acometida de quadro de síndrome do esgotamento profissional quando trabalhou para a reclamada.

A magistrada registrou que o dano moral é inerente à própria ofensa e se concretiza na incapacidade total da reclamante durante o período de afastamento, bem assim que “Seria exagero exigir que a vítima comprovasse a dor, a tristeza, o sofrimento ou a humilhação através de depoimentos, documentos e perícia. Por se tratar de algo localizado no plano imaterial ou ideal, não se pode eleger os mesmos meios destinados à prova do dano material”

Quanto à culpa da empresa, a julgadora explicou que esta decorreu da falta de zelo na proteção do ambien-te do trabalho, bem como na adoção de medidas para reduzir os riscos decorrentes da atividade econômica.

Ao final, a empresa acabou condenada a pagar inde-nização por dano moral de R$ 2.000,00.

(TRT 3ª. Região – VT de Betim-MG – Proc. nº 00016-2012-028-03-00-3)

Não se questiona o fato do empregador, no exercício do seu poder diretivo de fiscalização, adotar medidas com vistas a proteger seu patrimônio. Todavia essa faculdade não deve ser exercida de forma a violar o indeclinável dever de respeito à dignidade da pessoa humana

Desembargador Eduardo Sérgio de Almeida, relator do processo

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cONDENAçãO

Empresa terá que pagarR$ 3 mil por revista pessoal

João Batista Pereira é o corregedor da Justiça do Trabalho

O corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro João Batista Bri-to Pereira fará Correição Ordinária no Tribunal Re-gional do Trabalho da Pa-raíba (13ª Região), no pe-ríodo de 29 de setembro a 3 de outubro. O Edital de Correição Ordinária foi di-vulgado no Diário Eletrô-nico da Justiça do Traba-lho e no Diário da Justiça Eletrônico do TRT/PB na semana passada.

O documento, que também está afixado na sede do Tribunal, cienti-fica os desembargadores do Tribunal e os juizes convocados, de acordo o Regimento Interno da Corregedoria-Geral. O ministro informou que estará à disposição dos interessados, preferen-cialmente, no dia 30 de

setembro de 2014, no horário das 9h às 18h, na sede do TRT. A Admi-nistração do TRT divulga-rá nos próximos dias, no site da instituição, os nú-meros de telefone em que

os usuários da Justiça do Trabalho (advogados e partes envolvidas em processos que estejam em tramitação) possam agen-dar audiência com o mi-nistro corregedor-geral.

A Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho tem como incumbência a fiscalização, disciplina e orientação administrativa dos tribunais regionais do trabalho, seus juízes e serviços judiciários. Compete ao corregedor-geral da Justiça do Trabalho, segundo os artigos 709 da Consolidação das Leis do Trabalho e 6º do Regimento Interno da CGJT, exercer funções de inspeção permanente ou periódica, ordinária ou extraordinária, geral ou parcial sobre os serviços judiciários de segundo grau da Justiça do Trabalho, além de decidir Pedidos de Providência e Correições Parciais contra atos atentatórios à boa ordem processuais praticados por magistrados dos tribunais regionais do trabalho.

!Fiscalização

Hoje e amanhãTreinamento para o PJe-JT

Com o objetivo de formar multiplicadores, a Corregedoria do TRT/PB, em conjunto com a Coor-denação de Instalação e Expansão do PJe-JT nas Varas do interior, realizam treinamento com diretores e um servidor das Varas de Areia, Mamanguape, Santa Rita, Itaporanga, Itabaiana, Guarabira, Ca-tolé do Rocha, Patos, Pi-cuí, Cajazeiras, Sousa e Monteiro, para recapacitar e dirimir dúvidas sobre o uso do sistema PJe-JT.

De acordo com Cláu-dia Guimarães e Ronaldo Costa, “houve um lapso temporal entre o treina-mento por ocasião das implantações e a movi-mentação processual que começou a se acumular no sistema, o que gera dúvidas em algumas VTs. O treinamento acontecerá hoje e amanhã (26 e 27), no Laboratório de Infor-mática do Fórum Maxi-miano Figueiredo. No dia 27 de agosto, acontecerá no auditório da Astra, o “I Encontro de Diretores que Utilizam o PJe-JT na Justiça do Trabalho da Paraíba” para a troca de experiências e boas práti-cas adquiridas ao longo da utilização do sistema.

A Segunda Turma de Julgamento do Tribu-nal do Trabalho da Pa-raíba manteve, inaltera-da, a sentença proferida pelo juiz Marcelo Rodri-go Carniato, da 2ª Vara do Trabalho de Campi-na Grande, condenando a empresa Atacadão de Estivas e Cereais Rio do Peixe Ltda., ao pagamen-to de R$ 3 mil reais por danos morais a um tra-balhador, pela prática de revista pessoal.

O empregado, que trabalhou na empresa durante um ano, denun-ciou a realização de revis-tas, realizadas no perío-do, por duas ou três vezes por semana, primeiro com detector de metais e depois, de forma íntima, em horários diversos. Já a empresa reconheceu, em parte, o procedimen-to, mas afirmou que tra-tava-se de proteção ao seu patrimônio.

A empresa afirmou que a revista era feita em caráter geral e impessoal, em acessórios utilizados pelos empregados, dentro do estabelecimento, o que

não configura violação e preceito constitucional protetivo da pessoa. “A revista íntima não deveria ser considerada discrimi-natória, a ponto de gerar constrangimento e vergo-nha ao empregado, já que a medida era de controle rotineiro a que o cidadão comum se submete em lugares públicos, e foi o que ocorreu no caso, de-fendeu o representante jurídico do Atacadão.

No proces-so nº 0134200-15.2012.5.13.008, tanto o trabalhador quanto a empresa recorreram da decisão arbitrada em primeira instância. O re-clamante definiu como irrisório o valor a ser pago a titulo de indeni-zação. Acreditou que a conduta da empresa me-recia medida mais grave e solicitou que um valor maior fosse acrescentado a condenação. Por outro lado, a empresa reclama-da disse ser indevida a condenação, porque não houve prova de afronta à honra do empregado. A empresa negou ter pra-

ticado ato ilícito, já que o procedimento da revista era feito através de de-tectores de metais, sem contato físico, inexistin-do afronta.

Para o relator do processo, desembarga-dor Eduardo Sérgio de Almeida, “não se ques-tiona o fato do emprega-dor, no exercício do seu poder diretivo de fisca-lização, adotar medidas com vistas a proteger seu patrimônio. Todavia essa faculdade não deve ser exercida de forma a violar o indeclinável dever de respeito à dignidade da pessoa humana”.

O magistrado dis-se ainda que há outros meios dos quais o empre-gador deve se valer, para exercer permanente fisca-lização de seus bens. “ A revista pessoal é conduta que agride a dignidade do trabalhador, ao ter que, como rotina, ver posta à prova sua honestidade, a despeita do princípio da boa-fé das partes contra-tantes que rege a execu-ção dos contratos, inclu-sive os pactos laborais”.

EM BRASíLIA

Paraíba é representada em encontros do CNJ

Servidores do Tribunal do Traba-lho da Paraíba esti-veram em Brasília, na semana passa-da, representando a instituição em even-tos promovidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O II Encontro Nacional de Comuni-cação do Poder Judi-ciário, reuniu profis-sionais e servidores públicos que atuam na área em todos os tribunais brasileiros. Já o encontro de co-municadores aten-deu a uma exigência da Resolução CNJ n. 85, que apregoa que o aprimoramento da comunicação com o público externo e que

deve ser um dos obje-tivos estratégicos do Judiciário.

Poder JudiciárioDiscutir as dire-

trizes definidas pela Resolução 192/2014, editada em maio des-te ano e que entra em vigor neste mês de agosto foi o objetivo principal do II Encon-tro Nacional de For-mação e Aperfeiçoa-mento dos Servidores do Poder Judiciário.

O TRT foi repre-sentado pelo jornalis-ta José Vieira Neto. e pelos servidores Sa-muel Norat, diretor de Gestão de Pessoas e Olavo Nóbrega Jú-nior, da Escola Judi-cial (EJud).

juízES E DESEMBARGADORES

Sugestões para o futuro do TRTCom as sugestões

apresentadas durante a realização do “Polo Magis-trados”, no Pleno do TRT, a Assessoria de Gestão Estratégica concluiu a pri-meira etapa da construção do novo Planejamento Es-tratégico, que vai nortear o Regional no período de 2015 a 2020 e que tem como slogan “Construin-do o Futuro”. As sugestões apresentadas por desem-bargadores e juízes serão compiladas em um docu-mento, que junto com as sugestões de todos os ser-vidores das Varas e sede do Tribunal, serão levadas para o Fórum de Gestão Estratégica, que ocorrerá nos dias 22, 23 e 24 de ou-tubro em João Pessoa.

O assessor da AGE,e patrocinador do projeto

“Planejamento Estratégico 2015/2020”, Max Frederi-co e a equipe da AGE, re-alizou visitas pelo interior e Grande João Pessoa, ou-vindo diretores de Varas e servidores.

Durante o encontro, desembargadores e magis-trados discutiram sobre missão, visão de futuro, atributos de valor e objeti-vos estratégicos, principais peças estratégicas do TRT para os próximos 6 anos. Ao longo de dois meses a equipe da AGE realizou en-contros em Campina, Pa-tos, Guarabira, Santa Rita e João Pessoa. Recebeu gestores de todas as Varas do estado e demais setores dos Fóruns para receber suas propostas. O evento deu oportunidade para que os servidores participassem

da construção do futuro do TRT até 2020. De acordo com Max Frederico, todos “colaboraram para a cons-trução de uma instituição que quer ser reconhecida pela sociedade como re-ferência na prestação de justiça”, disse.

Segunda etapa

A segunda etapa do Planejamento Estratégico 2015/2020 é a realização da Pesquisa de Clima Or-ganizacional, com ques-tionário que será aplica-do aos desembargadores, Juízes, servidores, advo-gados e usuários da Jus-tiça do Trabalho.

Finalizada etapa para construção do Planejamento Estratégico